SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Baixar para ler offline
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




«Dar respostas certas não é o importante. O que é importante é ser capaz de
                          fazer boas perguntas.»




            «Os animais e tudo o mais!»


                       Educadora Ana Maria Barroca

                     Jardim de Infância Vasco da Gama

                           Ano letivo 2011- 2012

INDÍCE:



  PROJETO CURRICULAR DE GRUPO           SALA 3 JI VG        ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



 Introdução
 Caraterização da Instituição e da Equipa Educativa
 Caraterização do Grupo de Criança
                     Nível Socioeconómico
                      Nível Familiar
                      Nível de Desenvolvimento
 Identificação de Problemas/ Interesses/ Necessidades
                     Problemas identificados
                     Áreas a reforçar/ atividades a desenvolver
 Fundamentação das opções e estratégias educativas
                     Papel do educador
 Organização do Ambiente Educativo
                     Organização do Espaço/Sala
                     Organização do Tempo
 Objetivos
                     Gerais
                     Específicos
 Projetos transversais a desenvolver ao longo do ano
 Avaliação
                     Instrumentos de avaliação
 Interação Escola/Família
 Bibliografia
 Operacionalização do Projeto
                     Planificações, Operacionalização e Evidências.
 Avaliação Projeto
                     Avaliação do 1º período
                     Avaliação do 2º período
                     Avaliação do 3º período
 Avaliação Final do Projeto
 Anexos
                     Plano Anual de Atividades
                     Componente de Apoio à família
                     Plano Educativo Individual




   INTRODUÇÃO


PROJETO CURRICULAR DE GRUPO              SALA 3 JI VG         ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



“A elaboração de qualquer Projeto, supõe a previsão de um processo que tem como
  referências: um ponto de partida, uma situação que é necessário resolver, uma
intenção, uma curiosidade ou um desejo de realizar qualquer coisa que se traduz na
   decisão de desencadear um processo. Esta intenção de mudança ou realização
            corresponde ao “porquê” do projeto, à sua razão de existir”

         in “ Qualidade e Projeto na Educação Pré-Escolar, Outubro de 1998




O presente Projeto Curricular, elaborado no decorrer de todo o ano letivo, tem como
linhas orientadoras, as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, a Lei
de Bases do Sistema Educativo, a Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar e as linhas
definidas no Projeto Educativo do Agrupamento:


       1º - Desenvolver as competências leitoras.
       2º - Assegurar a igualdade de oportunidades à nossa comunidade.
       3º -Transformar o nosso Agrupamento num espaço propiciador do sucesso
           educativo para todas as crianças, jovens e adultos.
       4º - Promover os afetos, a solidariedade, o trabalho e a disciplina.
       5º -Educar para a saúde/sexualidade desenvolvendo competências que
           permitam escolhas informadas e seguras.
       6º -Potenciar formas organizadas de cooperação entre os docentes, que
           facilitem a articulação curricular.
       7º - Envolver a comunidade escolar através da qualificação diversificada.
       8º - Envolver as famílias na vida escolar.



Considera ainda as filosofias, as opções e as intencionalidades educativas com que a
docente se identifica, assentando numa metodologia própria, sustentando-se no
construtivismo e na teoria de Vigotsky.

Pretende contribuir para o desenvolvimento global da cada criança, concorrer para a
igualdade de oportunidades, combater a iliteracia, fomentar o gosto pelos livros,
ajudar a formar futuros jovens leitores e envolver cada vez mais as famílias no
processo educativo dos filhos, tornando-os aliados e parceiros da escola.

A escolha do tema - «Os animais e tudo o mais» - teve como fundamento o facto de
ser um tema abrangente, do interesse das crianças e permitir o cruzamento das
filosofias da Agenda 21, do projeto aLer+, linhas estruturantes do Projeto Educativo
do Agrupamento.

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                 SALA 3 JI VG       ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



A prática pedagógica desenvolvida durante o presente ano vai enraizar-se nos
princípios do Sistema de Acompanhamento de Crianças, segundo uma perspetiva
Experiencial - modelo baseado na linha de pensamento de Ferre Leavers, seguido e
adaptado pela equipa de Gabriela Portugal da Universidade de Aveiro.

«Trata-se de investir no desenvolvimento do cidadão emancipado: alguém autentico
na interação que estabelece com o Mundo, emocionalmente saudável, evidenciando
 vitalidade, com uma atitude fortemente exploratória, aberta ao mundo externo e
   interno, com um sentido de pertença e de ligação, e uma forte motivação para
contribuir para a qualidade de vida e o universal processo de criação, respeitando o
                               Homem e a Natureza.

     Este processo de ligação e de desenvolvimento de uma orientação positiva
  relativamente a si próprio, aos outros, à comunidade e natureza é o que confere
    sentido e valor à educação, estando na base de uma orientação pro-social e
                              construtiva do mundo»

   Gabriela Portugal in «Avaliação em Educação Pré-escolar», nov. 2010, pag. 15




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO            SALA 3 JI VG         ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



          CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO E DA EQUIPA EDUCATIVA


                     O Jardim-de-Infância fica situado na Cidade do Porto, na
                   Freguesia de Ramalde, numa zona densamente povoada, com
                   predominância de bairros camarários e muito industrializada.

                   A população é diversificada e apresenta fortes contrastes sociais.
                   No entanto predominam as famílias pertencentes à classe média -
trabalhadora, e a famílias mais desfavorecidas, com poucos recursos económicos. Nos
últimos anos temos vinda a ter crianças de outras etnias, nomeadamente etnia
cigana.

O edifício é um pré-fabricado com 32 anos de existência que foi implantado na
Freguesia de Ramalde, no Porto, num Projeto da Câmara Municipal do Porto do ano
de 1978, que visava abranger as populações trabalhadoras, desfavorecidas
socialmente, dando apoio na educação dos seus filhos.

É frequentado por oitenta e cinco crianças, entre os três e os seis anos de idade, que
se distribuem por quatro grupos heterogéneos.

Composto por quatro salas de atividade, um gabinete de trabalho pedagógico, um
gabinete de atendimento ao Pais, por uma sala polivalente, um refeitório, uma
cozinha, uma copa e uma lavandaria, o JI está localizado num terreno com um vasto
recinto exterior, com zona cimentada, muito
terreno relvado onde para alem de bonitas
árvores que proporcionam bastante sombra,
dinamizamos uma horta pedagógica. Há ainda
um pequeno equipamento (composto por
escorregão e cordas) que permite a exploração
e desenvolvimento de competências motoras.

O JI funciona das 8h30 até às 18h00, sendo o horário letivo das 9h00 às 12h00 e das
13h30 às 15h30. No restante horário funciona a Componente de Apoio à Família (CAF)
onde as crianças estão sob a vigilância das Auxiliares e desenvolvem atividades
previamente planificadas e constantes do Plano da Componente de Apoio à Família. È
da responsabilidade da Junta de Freguesia este tempo de permanência das crianças
de acordo com a legislação em vigor (Despacho nº 14460/2008 de 26 de Maio de
2008) bem como a manutenção dos espaços físicos (interiores e exteriores) e o
serviço de refeições. As educadoras de Infância fazem, rotativamente, a supervisão
deste tempo não letivo.


     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG          ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Em todas as salas há uma equipa formada por uma Educadora e por um Auxiliar de
Educação. No Jardim-de-infância Vasco da Gama há quatro Educadoras, uma
Assistente Técnica, três Auxiliares de Educação, duas Assistentes Operacionais e duas
Cozinheiras. Esta equipa trabalha em conjunto há vários anos, e alguns elementos já
completaram 32 anos ao serviço desta comunidade.
Atualmente frequentam o JI Vasco da Gama duas crianças com N.E.E. Esta realidade
que se tem vindo a repetir ao lingo de diversos anos (desde o ano letivo de
1989/1990) permite a integração destas crianças nos grupo constituindo uma mais-
valia para todos e são apoiados por técnicos especializados da Educação Especial e da
APPACDM do Porto.
Somos também visitadas semanalmente por um Médico Pediatra que colabora com as
educadoras na resolução, despiste e encaminhamento de situações anormais para os
centros de saúde ou para os hospitais.


A EQUIPA EDUCATIVA DA SALA


«O Trabalho em equipa torna-se fundamental para refletir sobre a melhor forma de
organizar o tempo e os recursos humanos, no sentido de uma ação articulada e
concertada que responda às necessidades das e crianças e dos pais.»
                     (Orientações Curriculares, 1997)

Concretamente na sala, a equipa educativa é formada pela educadora e pela auxiliar
de educação. Esta última concluiu durante o ano letivo anterior o mestrado em
Educação de Infância na ESE de Bragança depois de ter completado a licenciatura em
educação básica, na ESE do Porto.
São duas profissionais que trabalham em conjunto desde longa data, e por isso
constituem uma verdadeira equipa. Ambas acreditam nos mesmos valores e
fundamentos, tem a mesma perspetiva da aprendizagem e desenvolvimento das
crianças em contexto de educação de infância. Desse facto resulta uma boa
articulação facilitadora do sucesso de todo o processo educativo.


         CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO DE CRIANÇA



O grupo é formado por dezanove crianças: catorze de 3 anos e cinco de 4 anos.
No grupo está inserida uma criança do sexo feminino com Necessidades Educativas
Especiais, por sofrer de epilepsia refratária ainda não controlada (Síndrome de
West). Considera-se que a inclusão de crianças com N.E.E. em contexto de Jardim-
de-infância, constitui uma mais-valia para todo o grupo que vê assim reforçada a

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG           ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



        oportunidade em desenvolver competências de solidariedade, de interajuda e de
        cooperação.
        Doze crianças são do sexo masculino e sete são do sexo feminino facto que imprime
        caraterísticas muito próprias ao grupo; são crianças mais enérgicas, mais
        conflituosas, turbulentas, com uma maior necessidade de espaço, com dificuldade
        nas interações ao nível de pares. Gostam particularmente de brincar na casinha, na
        área das construções, na garagem e pista dos carros, de jogar à bola. Revelam um
        maior interesse em atividade de grande motricidade.
        Todas as crianças frequentam o JI pela primeira vez; contudo há seis crianças que
        vieram de creches, três crianças de amas e sete que nunca frequentaram nenhum
        espaço educativo, tendo permanecido à guarda dos avós.
        Dezoito crianças usufruem do almoço; há apenas uma que almoça em casa e não
        frequenta o período da tarde.
        A Componente de Apoio à Família é frequentada por dez crianças que usufruem do
        período da manhã e do fim da tarde.
        A construção dos Quadros abaixo apresentados baseia-se nos dados recolhidos nas
        Fichas de Identificação preenchidas pelos Encarregados de Educação.


                           COMPOSIÇÃO DO GRUPO/ TURMA

Nº Turma                           Nome da criança               Data Nasc    Idade   Nº Vezes

   1              Afonso Soares Maia                            20/11/2007      4        1ª

   2              Alexandre Rafael Macedo de Sousa              15/07/2008      3        1ª

   3              Beatriz Teixeira da Costa Feiteira            31/12/2008      3        1ª

   4              Carolina da Costa Barbosa (NEE)               02/03/2008      3        1ª

   5              Fabiano Rodrigo Silva Madureira               18/09/2008      3        1ª

   6              Filipe Ladeira Rodrigues                      02/04/2008      3        1ª

   7              Gonçalo Manuel Conceição Pereira              13/12/2007      4        1ª

   8              Jéssica Ribeiro Ramos                         30/10/2008      3        1ª

   9              Lourenço de Sousa Figueiredo                  14/06/2007      4        1ª

   10             Luana Mara Santos Guedes1                     16/09/2008      3        1ª

   11             Martim Alexandre Silva Ribeiro                09/06/2008      4        1ª

   12             Matilde Antunes Constâncio                    22/07/2008      3        1ª




        1
            Frequentou apenas 3 dias

                PROJETO CURRICULAR DE GRUPO            SALA 3 JI VG          ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



13         Matilde de Araújo Couto Tavares Ferreira                20/06/2008      3         1ª

14         Matilde Filipa Sousa Oliveira                           15/10/2008      3         1ª

15         Nuno Filipe da Silva Prazeres                           13/10/2008      3         1ª

16         Paulo Jorge Nunes da Almeida                            12/12/2008      3         1ª

17         Pedro Miguel Barros Valente                             10/08/2008      3         1ª

18         Ruben Miguel Santos da Silva                            17/03/2008      3         1ª

19         Salvador Andrade Ribeiro                                19/07/2008      3         1ª

20         Sofia Gomes Freitas                                     22/06/2007      4         1ª




     CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO O SEXO

      TOTAL Nº CRIANÇAS          FEMININO        MASCULINO



              19                      7                   12



     CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO A IDADE DAS CRIANÇAS

        TOTAL Nº CRIANÇAS                      3 ANOS                           4 ANOS


                   19                           14                                 5



     CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO A FREQUENCIA NO ANO ANTERIOR

     TOTAL Nº CRIANÇAS                AMA      CRECHE            CASA/ AVÓS      SEM DADOS


                   19                      3          6                  7              3



     Nº DE CRIANÇAS QUE FREQUENTAM O PROLONGAMENTO E O ALMOÇO

       TOTAL Nº CRIANÇAS            COMPONENTE APOIO À FAMÍLIA                    ALMOÇO


               19                                 10                                   18




           NÍVEL FAMILIAR



         PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                      SALA 3 JI VG          ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



CARATERIZAÇÃO DAS FAMILIAS

TOTAL Nº CRIANÇAS                                FAMILIA
                            MONOPARENTAL               NUCLEAR          ALARGADA


         19                          4                     11               4


NÚMERO DE IRMÃOS


           NOME DA CRIANÇA                    Nº DE IRMÃOS       SEXO           IDADE
Afonso Soares Maia                                 1              F             13A
Alexandre Rafael Macedo de Sousa                   0              -               -
Beatriz Teixeira da Costa Feiteira                 1              M              9A
Carolina da Costa Barbosa                          1              F             12A
Fabiano Rodrigo Silva Madureira                    0              -               -
Filipe Ladeira Rodrigues                           2              F              8M
Gonçalo Manuel Conceição Pereira                   1              F             10A
Jéssica Ribeiro Ramos                              0              -               -
Lourenço de Sousa Figueiredo                       1              F              8A
Martim Alexandre Silva Ribeiro                     1              F             19M
Matilde Antunes Constâncio                         0              -               -
Matilde de Araújo Tavares Ferreira                 0              -               -
Matilde Filipa Sousa Oliveira                      1              F             14A
Nuno Filipe da Silva Prazeres                      1              F             14A
Paulo Jorge Nunes da Almeida                       0              -               -
Pedro Miguel Barros Valente                        1              F              8A
Ruben Miguel Santos da Silva                       1              F
Salvador Andrade Ribeiro                           0              -               -
Sofia Gomes Freitas                                1


IDADE DOS PROGENITORES

   IDADE          20-30              31- 40        41-50            NÃO
                                                                 RESPONDEM

PAI                   4                  7             2                5

MÃE                   6                  8             2                1


Depois da análise dos dados contidos nas tabelas acima representadas pode concluir-
se que as famílias das crianças são maioritariamente nucleares (onze); há quatro
casos de famílias monoparentais por motivo de divórcio/separação dos pais e quatro
casos de famílias alargadas vivendo com os avós e tios.

      PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                 SALA 3 JI VG              ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



 Na sua maioria (mais de 50%) não são filhos únicos mas sim segundos filhos, com
 irmãos mais velhos. No entanto sete crianças são filhas únicas. Há ainda um caso que
 tem duas irmãs gémeas mais novas.
 A maioria dos pais tem idades compreendidas entre os trinta e os quarenta anos.




         NIVEL SOCIO-ECONOMICO


 SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS PAIS

PROFISSÃO DA MAE                    EMPREGADA      DESEMPREGADA   NÃO RESPONDEM

Técnica de contas a pagar           1
Gestora                             1
Assistente de consultório           1
Empregada Domestica                 1
Auditora                            1
Empregada de balcão                 3
Administrativa                      1
Empregada de hotelaria              1
Gestora de Qualidade                1
Merchandiser                        1
Cabeleireira                        1
Empregada de limpeza                2
Sem profissão                                      2
Não respondem                                                     2




PROFISSÃO DO PAI                    EMPREGADO      DESEMPREGADO   NÃO RESPONDEM

Trabalho por conta própria          1
Motorista                           1
Informático                         1
Psicólogo                           1
Engenheiro Químico                  1
Vigilante                           1
Técnico de alarmes                  1
Gerente/ pasteleiro                 1
Empregado de hotelaria              1
Responsável comercial               1
Sem profissão                                      3
Não respondem                                                     8


 ESCALÕES DO SASE

    ESCALÃO A               ESCALÃO B           OUTROS


         2                      4                 13




       PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                SALA 3 JI VG        ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Depois de uma análise feita aos dados sobre a situação económica das famílias
podemos concluir que maioritariamente são famílias economicamente estáveis (só há
dois casos de mães e três de pais desempregados). Há uma situação em que ambos os
pais recebem Rendimento Social de Inclusão (RSI).

Na sua maioria são famílias com um nível socioeconómico medio ou medio/baixo.



HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DA MÃE

 4ºANO        6ºANO       9ºANO          12ºANO      LICENCIATURA     MESTRADO         NÃO
                                                                                    RESPONDEM

    2              3           2               4             3               0          5




HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DO PAI

 4ºANO       6ºANO     9ºANO          12ºANO       LICENCIATURA     MESTRADO          NÃO
                                                                                   RESPONDEM

   1           2          4              1               2               1             8




                       HABILITAÇÕES ACADÉMICAS                   Nº DE PAIS

                                                                        6
                               Ensino Superior

                                                                        5
                              Ensino Secundário

                                                                        6
                                    3º Ciclo

                                                                        5
                                    2º Ciclo

                                                                        3
                                    1º Ciclo

                                   Sem dados                           13

                                     Total                             38



Podemos também verificar (pela leitura dos quadros acima apresentados) que a
formação académica dos progenitores corresponde a um grau de escolaridade medio/
baixo só havendo seis casos de formação universitária e seis de nível secundário.
Há a salientar a existência de dois pais com formação ao nível de 1º ciclo.


        PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                  SALA 3 JI VG             ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




               IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS/ INTERESSES/ NECESSIDADES



O grupo é composto maioritariamente por crianças de 3 anos, que se encontram
numa fase de conquista da autonomia, com acentuadas características egocêntricas,
com uma visão individualista da partilha dos materiais, dificuldades na aceitação do
outro, na resolução dos conflitos. Estão ainda muito centradas em si mesmas,
revelam dificuldade em ceder o que é deles, não conseguem diferenciar entre o
mundo dos outros e elas próprias.
Esta idade caracteriza-se, essencialmente pelo aparecimento da função simbólica,
sob diferentes formas: linguagem, jogo simbólico, imitação diferida, e imagem
mental.
No jogo simbólico as crianças brincam e imitam acontecimentos ou pessoas que
tenham impacto na sua vivência diária, sendo comum assumirem determinados
papéis, como acontece, especialmente na área da casinha e no canto dos fantoches.
Nestes espaços, as crianças inventam conversas ou reproduzem-nas, utilizam as
bonecas como se fossem seus filhos, mudam a fralda, vestem roupas, dão-lhes
comida, falam como elas; recriam histórias à semelhança das suas vivências. Muitas
das ações no jogo simbólico têm por base os desejos da própria criança. O mundo vai
tornando-se mais organizado, começam a colocar questões e a estabelecer a relação
de causa e efeito.
As noções temporais não estão definidas, para as crianças e tudo ainda muito
confuso. Vivem o presente, o aqui, o agora, lembrando-se vagamente do passado e o
futuro é especulado, mas ao qual não dão grande importância, a não ser que seja
algo de muito significativo, como é o caso, por exemplo do Natal, ou do seu
aniversário.
O desenho surge essencialmente como intermediário entre o jogo simbólico e a
imagem mental. Esta imagem mental surge como uma imitação interiorizada. As
crianças começam a atribuir intencionalidade ao que estão a desenhar, apesar de os
traços desenhados não corresponderem ao objeto real (realismo falhado) e de não
serem percetíveis ao adulto.
O desenvolvimento das capacidades motoras da criança permite-lhe conhecer e
utilizar o seu corpo com maior segurança e domínio.
O desenvolvimento da linguagem começa a ter cada vez mais relação com o meio
ambiente - da qualidade e quantidade de estímulos, que o meio ambiente pode

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO            SALA 3 JI VG         ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



proporcionar, depende o desenvolvimento destas competências. A linguagem passa
de simples a mais elaborada, a criança começa a conseguir relatar factos mesmo que
não sejam vivências suas. Há um grande progresso na sua capacidade linguística,
apesar de ainda permanecerem algumas dificuldades articulatórias e de ainda haver
falhas gramaticais. Os centros de interesse vão divergindo dos temas relacionados
com o meio familiar.


Por outro lado, as crianças aos 4 anos manifestam mais interesse por tudo o que as
rodeia e desejo em descobrir situações novas, gostam de colocar questões sobre o
que observam no sentido de obter respostas. Revelam uma maior disposição para
aprender. São mais criativas recriando a realidade.
Estabelecem laços de amizade cada vez mais fortes e começam a escolher os seus
amigos preferidos. São mais atentas ao outro começando a descobrir e a entender os
sentimentos dos outros.
Permanecem mais tempo nas tarefas que executam, evidenciam maior empenho e
maior capacidade de concentração.
Demonstram um maior domínio no jogo simbólico e gostam de assumir papéis que
combinam entre eles. Adoram disfarçar-se.
Conversam incessantemente mesmo que ninguém os ouça. A sua linguagem é cada
vez mais rica, rigorosa, clara e detalhada. Gostam de criar histórias misturando
ficção com realidade. Adoram disparates e começam a ter sentido de humor.
No desenho gostam que estes se pareçam com a realidade; ensaiam vários esboços
até encontrarem a forma que mais lhes agrada; os pormenores aumentam e
atribuem, sempre, significado ao que fazem; conseguem respeitar os limites da folha
e a organizar-se dentro dela. Gostam de desafios. Possuem uma maior e melhor
coordenação motora. Reconhecem as diferentes partes do corpo.
Começam a interiorizar a noção temporal distinguindo passado (ontem) e presente
(hoje) e futuro (amanhã).


O processo de adaptação destas crianças foi conseguido de uma forma fácil e
tranquila estando estas atualmente integradas nas rotinas do JI. Há apenas um caso
que ainda chora quando é deixada pela avó e que durante o dia, em diversos
momentos, afirma a sua tristeza porque a avo se foi embora.
No subgrupo das crianças de 4 anos distinguem-se duas crianças que apresentam um
desenvolvimento    adequado    à   idade.   Há   outras     duas   crianças   evidenciam
competências e desempenho abaixo do esperado.
Depois de ter realizado uma avaliação diagnostica de todas as crianças e de ter
identificado as áreas mais fortes e menos fortes deste grupo concluo:

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG            ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




Aspetos positivos:
Apesar de ser um grupo maioritariamente de crianças de 3 anos salienta-se, na
grande maioria:
    O interesse manifestado na diversidade de atividades;
    A capacidade de permanência em trabalho de grande grupo;
    A atenção e o tempo de permanência nas tarefas;
    Capacidade das crianças de identificar os seus sentimentos e estados de
       espírito




Aspetos menos positivos e de preocupação:
A existência de alguns casos de crianças (cinco) que evidenciam mal-estar,
instabilidade, pouca autonomia e um atraso global de desenvolvimento que se traduz
na falta de competências básicas expectáveis para a sua idade.
De uma maneira geral sinto a necessidade de reforçar/consolidar/desenvolver:
    A Autonomia;
    O bem-estar e a implicação/envolvimento nas atividades;
    A organização nas tarefas;
    A consecução das tarefas sem a supervisão constante do adulto;
    A concentração e atenção;
    As vivências sociais (diversificando as visitas de estudo e as saídas ao exterior)
    A linguagem (que em muitos casos está empobrecida)
    Desempenho ao nível da coordenação motora fina e ao nível da representação
       gráfica.



       ÁREAS A REFORÇAR/ ACTIVIDADES A DESENVOLVER


Tendo em consideração as caraterísticas destas crianças, as dificuldades e os
problemas diagnosticados e depois de uma reflexão, foram definidas as áreas, os
objetivos e as competências a reforçar, durante o presente ano letivo:

Como não podia deixar de ser, considerando que o desenvolvimento se realiza de
uma forma integral, todas as áreas de conteúdo vão ser trabalhadas, mas haverá sim,
uma maior atenção e cuidado no que respeita às seguintes:




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO              SALA 3 JI VG         ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



        Formação Pessoal e Social - por ser uma área transversal, integradora e
          estruturante de todo o processo educativo e do desenvolvimento global de
          cada criança como um ser único, autónomo, livre e solidário.
        Linguagem oral e abordagem à escrita - por ser uma das preocupações
          contidas no PEA, combater a iliteracia e fomentar as competências
          leitoras



    Área da Formação Pessoal e Social, promovendo situações de desenvolvimento
emocional, cognitivo e relacional, de interiorização de conceitos de cidadania e de
democracia, de desenvolvimento da autonomia, de desenvolvimento da identidade e
do sentido de pertença ao grupo.


               Competências/ atitudes a fomentar:
                  Autoestima positiva
                  Capacidade de iniciativa
                  Auto-organização na tarefa
                  Persistência na tarefa
                  Curiosidade e desejo de aprender
                  Sentimento de pertença
                  Ligação aos outros e ao mundo


                    Atividades a desenvolver:
Implementação de rotinas diárias; diálogos e conversas em individuais, em pequeno e
em grande grupo; preenchimento dos Quadros de presenças, Quadro do tempo,
Quadro da data; planificação conjunta de atividades e estratégias; resolução
situações do dia-a-dia; tomada de decisões.




      Área da Expressão Oral e da Linguagem, considerando que muitas das
crianças apresentam um vocabulário empobrecido, um discurso simplista, e
deficiência na articulação de muitos fonemas.


                   Competências/ atitudes a fomentar:
                  Ser capaz de:
                  Usar a linguagem como meio de comunicação; focalizar a atenção
                  no diálogo, compreender o sentido das palavras e das ideias,
                  comunicar com confiança através de um vocabulário adequado,
                  correto e rico.

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                 SALA 3 JI VG    ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




                                 Atividades a desenvolver:
Criar situações diárias que conduzam as crianças à expressão dos seus sentimentos e
emoções, a descrever e relatar situações vividas em casa ou na rua, a comunicar
ideias e pontos de vista, a recontar histórias usando os livros ou imagens, recorrendo
a diversas técnicas (fantoches, flanelografo, através de pps), a ordenar imagens
segundo uma sequência e ainda através da observação de livros informativos de
visitas a bibliotecas e de idas ao teatro.




 Área da Matemática, promover situações diárias de contagens que visam a
construção do sentido de número, a correspondência termo a termo e o
conceito de cardinalidade, através da manipulação de materiais colocados a
disposição das crianças e ainda através de situações recriadas para esse efeito que
fomentem as interiorização de noções espaço temporais, noções topológicas e de
classificação de objetos.



                     Competências/ atitudes a fomentar:
                       Ser capaz de:
                       Organizar sequencialmente alguns objetos, classificar objetos
                       de acordo com determinados atributos, contar e reconhecer a
                       representação da quantidade associando-a ao algarismos,
                       estabelecer a correspondência entre a quantidade e o
                       algarismo representativo, seguir um raciocínio logico dedutivo,
                       reconhecer e identificar as formas geométricas, descrever e
                       localizar os objetos - noções topológicas, reconhecer o
                       dia/noite, a sequência dos dias.


                     Atividades a desenvolver:
Rotinas diárias de preenchimento de diversas tabelas de registo – Quadro das
presenças, Quadro do tempo, Quadro dos leites; jogos de seriação e ordenação, de
classificação, de formação de conjuntos, com as formas geométricas, contagens
diversas,   jogos   que     desenvolvam      estabelecimento     de   relações,   jogos   de
correspondência, de semelhança e diferença, experiências de pesagem e medição;
modelagem com diversos tipos de pastas; construções com diversos materiais.




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                  SALA 3 JI VG          ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



      Área da Expressão Plástica, recorrendo à introdução gradual de diversas
técnicas de plástica, reforçando o uso do desenho como meio de exteriorização de
sentimentos, emoções e do pensamento, como forma de representação e “escrita”,
promovendo experiências de exploração e descoberta dos diversos materiais
colocados á sua disposição.


                  Competências/ atitudes a fomentar:
                 Ser capaz de:
                 Utilizar corretamente os lápis, pinceis, tesoura; usar livremente
                 técnicas de recorte, rasgagem, desenho, pintura, colagem e
                 modelagem
                 Recriar, executar e apreciar.


                  Atividades a desenvolver:
Atividades livres de exploração dos materiais, desenho livre, desenho orientado,
registos diversos, rasgagem, recorte, colagem, digitinta, modelagem com diversos
materiais, pintura com tinta e com lápis de cor, de cera e marcadores.




   Área da Expressão Motora, desenvolver as capacidades motoras de locomoção –
saltar, correr, saltar com um pé, rastejar, rebolar, subir e descer escadas - de
controlo de movimentos, favorecer a interiorização do esquema corporal; promover
situações de relaxamento e descontração.



                     Competências/ atitudes a fomentar:
                  Ser capaz de:
                  Identificar e localizar em si e no outro as diferentes partes do
                  corpo; movimentar-se com agilidade e segurança usando as suas
                  capacidades     motoras,   reconhecer       as   noções   topológicas   e
                  identificar e definir a sua lateralidade




                      Atividades a desenvolver:
 No dia-a-dia ou em momentos predefinidos com atividades programadas para esse
 efeito, no recreio em situações de livre expressão ou em momentos criados




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO               SALA 3 JI VG            ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



       Área do Conhecimento do Mundo, no dia-a-dia, favorecer a curiosidade, o
espírito de iniciativa, a vontade de saber mais, sensibilizar para o respeito pela
natureza, e desenvolver situações facilitadoras de saberes sociais e saberes sobre o
Mundo


               Competências/ atitudes a fomentar:
              Ser capaz de:
              Respeitar    o   meio   ambiente;    reconhecer    o     estado   do   tempo
              atmosférico; identificar as estações do Ano; reconhecer animais
              domésticos,      salvagens   identificando   os   seus    habitats,    hábitos
              alimentares, assumir um atitude exploratória manifestando desejo,
              curiosidade e vontade de saber mais.


                 Atividades a desenvolver
Desafios lançados através de conversas em pequeno grupo e em grande grupo,
recriando situações de reflexão sobre as atitudes corretas perante os outros,
nomeadamente os animais, o meio ambiente; situações que fomentem o
levantamento de hipóteses, a previsão de soluções; observação de livros que versem
esta temática; exploração de temas e desenvolvimento de projetos.




       Novas tecnologias de informação no dia-a-dia, promover o uso destas
ferramentas através da realização de jogos de computador, de forma a familiarizar
as crianças com o manuseamento do rato, introduzir gradualmente outros
instrumentos nomeadamente o teclado, os DVDs e CDs assim como a presentação de
pps e de pesquisas na net.


                   Competências/ atitudes a fomentar:
              Ser capaz de:
              Manipular o rato; explorar livremente os jogos; usar o programa de
              desenho (paint)




              FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES E ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                SALA 3 JI VG           ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



 «Uma educação inclusiva é aquela em que o educador cria um contexto educativo
   onde cada criança encontra a estimulação de que necessita para progredir, não
        perdendo de vista nenhuma criança e respondendo bem a todas elas»

         Gabriela Portugal in Avaliação em Educação Pré-escolar, nov. 2010.

A metodologia que vai ser adotada apoia-se no princípio de que todo o currículo se
deve centrar nos interesses e necessidades das crianças e na aceitação do direito á
igualdade de oportunidades fundamentais numa educação inclusiva.
Partindo de uma perspetiva integradora e transversal dos saberes, confia-se nas
capacidades das crianças, assenta-se a ação na co construção das aprendizagens
entre crianças e adultos num “processo conflitual que leva a novos saberes”. (Zona
de Desenvolvimento Próximo).
Este projeto, elaborado com base no levantamento da problemática, assenta na
avaliação diagnóstica das crianças, sustenta-se na definição das metas definidas no
PEA.É construído e serve de andaime a todo o processo educativo, à planificação,
adequação e execução das práticas educativas.
No entanto exige-se uma estruturação aberta, flexível e dinâmica da planificação,
por parte todos os intervenientes neste processo educativo.
«O currículo é uma grande estrada por onde as crianças viajam, sob a orientação de
  um guia e companheiro experimentado, o educador. O efeito que a viagem terá
  sobre cada um dos viajantes será diferente, de acordo com as características, as
   intenções e formas de ser individuais e também de acordo com os contornos da
                                      estrada.”
             Teresa Vasconcelos in “Cadernos de Educação de Infância”


Seguindo uma perspetiva construtivista do desenvolvimento, “na qual a
aprendizagem é entendida como um processo de construção pessoal e social do
conhecimento adequando toda a prática à realidade de desenvolvimento” o
educador lança desafios para que as crianças ponham em questão os esquemas de
conhecimento, forçando-as a progredir no seu desenvolvimento.
Toda a ação pedagógica vai dirigir-se para aquilo que as crianças não conhecem, não
dominam, quer dizer “ o ensino deve ser constantemente exigente com os alunos,
pondo-os perante situações que os obriguem a implicar-se num esforço de
compreensão da atuação” (Javier Onrubia).
A conceção inicial deste projeto vai sendo transformada e enriquecida pela
participação conjunta de todos os protagonistas (crianças e adultos) transformando-
se num instrumento de inovação, definindo os objetivos, os conteúdos, as atividades
e a avaliação dos processos e dos resultados.

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                SALA 3 JI VG     ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




   «É finalidade da educação pré-escolar organizar um conjunto de experiencias a
   partir das quais as crianças aprendem e desenvolvem competências pessoais e
 sociais. Este conjunto de experiências constitui o currículo, englobando princípios
  essenciais, valore, processos e praticas que formam a base de tudo o que sucede
                         num determinado contexto educativo.




       PAPEL DO EDUCADOR


O educador é o construtor e gestor do currículo. Está pessoalmente implicado em
todo o processo. Atento e disponível a tudo o que se passa, agarra sugestões, escuta
opiniões, mantém o diálogo, participa na elaboração do projeto. Alimenta a sua
construção, envolvendo todas as crianças, promovendo as interações, a exploração e
a aprendizagem.
Partindo do conhecimento de cada criança e do grupo em geral, configura uma
estrutura lógica e sequencial dos conteúdos, tendo em vista a interiorização e
assimilação de novas aprendizagens e o desenvolvimento global das crianças.
Favorece    as    aprendizagens,     parte    da    motivação      intrínseca,     promove    o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, sensibiliza para a Educação para os
Valores, cria um espírito crítico e interventivo, desenvolve o espírito de interajuda e
de trabalho cooperativo, promove uma atitude reflexiva. Transforma-se num
elemento do grupo, mais experimentado, que planeia em interação com as crianças,
organiza, e avalia cada degrau do projeto estabelecido em grupo.
É também responsável pela organização de todo o ambiente educativo, pela relação
afetiva que estabelece, pela implementação de atividades verdadeiramente
desafiadoras e pela promoção do desenvolvimento global de todas as crianças
enquanto     seres   únicos,   contribuindo    para     uma       verdadeira     igualdade   de
oportunidades.


                 ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO

 “O espaço, na educação constitui-se como uma estrutura de oportunidades. É uma
condição externa que favorecerá ou dificultará o processo de crescimento pessoal e
 o desenvolvimento das atividades instrutivas. (…) Isto leva-nos a uma consideração
  bidimensional do espaço escolar: como contexto de aprendizagem e crescimento
           pessoal, por um lado e, por outro, como contexto de significados”

                                   Miguel Zabalza, 1992.


     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                   SALA 3 JI VG           ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Conscientes da importância da qualidade das interações que se estabelecem entre
todos os elementos do contexto educativo e que são determinantes da qualidade do
trabalho e do ambiente educativo, procuramos incluir todos os agentes neste
processo (educadoras, auxiliares; pais).
É fundamental que, no JI, haja um trabalho em equipa em que estejam envolvidos
todos os adultos, para que sejam adotadas as mesmas atitudes e formas de agir com
as crianças, para que o trabalho desenvolvido seja coerente, organizado e promotor
do desenvolvimento harmonioso das crianças.




       ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO/ SALA

“A sala é antes de mais nada, e sobretudo na Escola Infantil, um ambiente de vida”.

                                     Miguel Zabalza



A sala é muito pequena e tem varias janelas, facto que, se por um lado dá um
aspeto arejado, luminoso e alegre à sala, por outro dificulta a distribuição e
organização dos espaços. Contudo, conseguiu – se organizar a sala criando-se
diferentes áreas em que são permitidas às crianças atividades de grupo, atividades
individuais, zonas de maior movimento e zonas de maior recato.

Tratando-se de um grupo maioritariamente de crianças de 3 anos, a sala foi
organizada e dividida em diferentes áreas que se entendeu serem de maior interesse,
e agrado das crianças:

     Área do faz-de-conta (inclui a Casinha das Bonecas e a zona de fantoches)
     Área dos jogos e da matemática
     Área das construções e garagem
     Área das atividades plásticas (inclui a pintura)
     Área do acolhimento
     Biblioteca (inclui o computador)

Estas diferentes zonas estão bem delimitadas, não são estanques e são transformadas
ao longo do ano, de acordo com os projetos que vão surgindo, originando novas
áreas, ou apenas modificadas e sempre renovadas. Todas o material das áreas está
etiquetado de forma a facilitar a sua arrumação.

Esta organização do espaço /sala permite:




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO              SALA 3 JI VG       ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



    Fomentar a cooperação e aprendizagem na interação com os adultos e
       sobretudo, entre as crianças, pois estas resolvem problemas, comunicam
       entre si, fazem projetos comuns, partilham jogos, atividades e espaços,
    Favorecer e fomentar a autonomia e o sentido de responsabilidade ao cuidar
       dos materiais, mantendo-os em ordem, limpos e arrumados.
    Estimular na criança o sentido de partilha pois tudo é de todos, não só os
       materiais existentes como também o espaço.



Área do faz-de-conta (Casinha das Bonecas e a zona de fantoches)



O espaço é amplo e está dividido do resto da sala
                              por uma grade com
                              uma porta/cancela.

                              A Casinha não está
                                 explicitamente
                              subdividida         em
                              quarto, sala e cozinha mas estas zonas estão definidas.

Os móveis estão etiquetados com o respetivo nome para que as crianças se habituem
à escrita e à leitura.

Há diverso material (pratos, tachos, copos, talheres, tábua de passar e ferro,
bonecas com roupas, roupa de cama, telefone, etc.) para que as crianças possam
desenvolver o jogo simbólico, recriando experiências familiares, assumindo e
experimentando papeis.

Os materiais existentes estão simplificados para que se vá
fazendo uma integração gradual dos diversos materiais,
aumentando a sua complexidade, provocando desafios
cada vez mais estimulantes, renovando os espaços de
brincadeira livre. Na casinha há também um espaço
destinado a servir de mercearia/ lojinha.



                                  Há ainda um espaço
                                  dedicado ao disfarce
                                  onde as crianças se
                                  podem     fantasiar   de
                                  acordo com os papéis

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG          ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



que assumir e representar. Uma das divisórias pode ser transformada em cenário/
biombo para a realização de teatro de fantoches.



Área da matemática

O espaço destinado aos jogos desta área é reduzido. Assim encontram-se ao dispor
das crianças diversos jogos e                                  material do dia-a-dia das
crianças que promovem as                                       contagens       (tampas     de
garrafas, botões em plástico).                                 Há   tabelas      de      dupla
entrada, blocos lógicos, jogos                                 de   padrões,     sequencias,
associação, encaixes.

Ao longo do ano estes jogos vão sendo substituídos por outros.



Área dos Jogos

Esta área ocupa uma grande parte da sala. È constituída
por um armário onde estão guardados os jogos. Há
também uma mesa grande as crianças podem fazer jogos
de encaixe, puzzles; jogos de associação, lotos; dominós,
pinos, enfiamentos. Ao mesmo tempo alguns jogos
também podem ser feitos na manta do acolhimento. Há
também um quadro magnético.



Área das construções e garagem

                          As brincadeiras com carros e as construções são uma das
                          tarefas preferidas por uma grande parte das crianças do
                          grupo. Neste espaço, para além de diverso material de
                          construção (blocos de madeira,
                          legos   grandes   e    pequenos,
pistas de carros e de comboio, material de carpintaria,
material para construir cidades de madeira e de plástico)
há uma garagem que facilita a organização no espaço. No
chão, as crianças podem ainda brincar ao faz-de-conta em cima de um tapete, que se
encontra á sua disposição, que contem a representação de uma cidade (com ruas e
casas).




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                SALA 3 JI VG           ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Área das atividades plásticas (inclui a Pintura)

Num armário específico para estas atividades, as crianças encontram diverso material
tais como papéis de diversos tamanhos e grossuras, lápis de carvão, lápis de cor e de
lápis de cera, pinceis e cola, revistas velhas, tesouras, plasticina, diverso material
para colagens e contornos. Os trabalhos terminados são colocados num tabuleiro e os
que estão ainda por terminar são guardados num outro. A presença de etiquetas com
a identificação e nome de tudo facilita a organização e arrumo dos materiais assim
como promovem a familiarização com o código escrito.

Numa das paredes há um cavalete de pintura. Esta atividade está diariamente à
disposição das crianças.



Área do acolhimento

Por ser um espaço que privilegia a troca de ideias, a discussão e tomada de decisões,
há um tapete extenso, onde as crianças se sentam em lugares escolhidos e
identificados com a foto de todos. Aqui é feito o acolhimento matinal, são
planificadas as atividades e avaliado o dia. Nas paredes estão os quadros de registo:
    Quadro das presenças,
    Quadro do tempo
    Data
    Quadro de registo do nº de presenças e de leites consumidos
    Quadro de Avaliação do dia




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO              SALA 3 JI VG         ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




                  Na sala há ainda material de música e de psicomotricidade:
                  maracas feitas com material reutilizável, pandeireta, pequenos
                  sacos de areia e pequenas bolas em plástico.




Biblioteca (Computadores)




A Biblioteca fica situada num canto da sala, perto de janelas, num espaço limitado
por dois armários e permite um recolhimento e ambiente próprio de uma biblioteca.
Uma das paredes é forrada a cortiça e numa outra há
um flanelógrafo, que permite inventar histórias
através de personagens e recontar os contos usando
para esse efeito algumas ilustrações das histórias
trabalhadas.

As crianças podem também manipular as imagens de
um ficheiro que vai sendo criado/enriquecido á medida que as temáticas vão sendo
abordadas.

Há uma variedade grande de livros de histórias e livros de carácter enciclopédico/
informativo que estão organizados por cores e temas.



                             Existe ainda um leitor e vários CD’s de música variada
                             - infantil, clássica e relaxante.


     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG        ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




No chão, as crianças                                     podem      sentar-se     em
almofadas.

Ao seu dispor existe                                     também    uma     mesa   com
cadeiras onde está um                                    computador que serve para
trabalho das crianças                                    introduzindo-as           no
manuseamento desta ferramenta.

Foram aplicadas as Escalas de Avaliação do Ambiente em Educação de Infância -
ECER’S    (Harms, Clifford & Cryer, 1998), edição revista( Set 2008)       - como um
instrumento regulador e avaliador do ambiente educativo com vista a uma melhoria
constante e permanente.



         ORGANIZAÇÃO DO TEMPO

Na organização do tempo teve-se em conta a panificação de momentos
comuns para as rotinas diárias, tempo para trabalho de grupo e para trabalho
individual, considerando sempre o carater flexível e a necessidade de se
adaptação às circunstâncias e situações que vão surgindo no dia-a-dia.
O esquema abaixo apresentado é apenas um guião.


                 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO


8h30 – 9h00            Receção das crianças na sala polivalente
9h00 -9h30             Acolhimento na sala; preenchimento dos Quadros das
                       presenças e do Tempo; Dialogo/ planificação sobre as
                       atividades a realizar
9h30 – 10h15           Atividades de livre escolha
                       Arrumação da sala
10h15 – 10h45          Lanche da manhã
                       Contagem e registo das crianças presentes e dos leites
                       consumidos
10h45- 11h15           Tempo de trabalho orientado
11h15-11h30
                       Recreio (se o tempo atmosférico permitir uma vez que não
                       temos um espaço coberto)
11h30-11h45


     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO               SALA 3 JI VG        ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




11h45 – 12h45          Preparação para o almoço – higiene
                       Saída para o Almoço
13h00 – 14h00          Higiene depois do almoço
14h00 – 15h00          Atividades de livre escolha
                       Atividade em grande grupo/ trabalho individualizado/ em
15h00 – 15h30          pequeno grupo
                       Tempo de avaliação do dia e preenchimento do respetivo
15h30                  Quadro.
                        Saída para o lanche. (As crianças que não frequentam a CAF
                       esperam, na sala pela chegada dos pais)




                OBJETIVOS


Ao definir os objetivos do Projeto Curricular de Sala, tivemos em conta as
crianças, o grupo e as nossas opções e conceções da educação Pré-Escolar.
Assim, e porque acreditando numa escola de integração e de inclusão, onde se
aceita a diferença, onde todos têm os mesmos direitos, onde se considera a
subjetividade, estipulamos os objetivos gerais, baseados nas Orientações
Curriculares.


        OBJETIVOS GERAIS


    Atender ao desenvolvimento global de cada criança como um ser único,
        autónomo, livre e solidário.
    Contribuir para uma igualdade de oportunidade para todas as crianças.
    Fomentar o respeito pela individualidade dentro de grupos sociais
        multiculturais, baseando-se no respeito pela pluralidade das culturas
    Promover o bem-estar e a autoestima.




     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG        ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




 Facilitar a participação e organização social tendo em vista uma
   vivência democrática e a crescente responsabilização, cooperação e
   participação na sociedade.
 Perspetivar a educação da sensibilidade e do sentido estético.
 Visar a aquisição de espírito crítico, numa perspetiva interventiva de
   educação para a cidadania.
 Garantir a participação ativa de cada criança no seu processo de
   desenvolvimento e aprendizagem, num ambiente facilitador que
   promova o sucesso do processo educativo.
 Incentivar a participação das famílias no processo educativo,
   interagindo a escola.
 Despistar inadaptações e ajudar a resolver conflitos potencialmente
   geradores de situações que afetam o desenvolvimento saudável das
   crianças




 PROJETO CURRICULAR DE GRUPO          SALA 3 JI VG       ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




            OBJETIVOS ESPECÍFICOS



AREAS DE CONTEUDO        DOMINIO                                 OBJETIVOS

                                        - Contribuir para o bem-estar emocional e
AREA DE FORMAÇÃO    IDENTIDADE/
 PESSOAL E SOCIAL   AUTOESTIMA          autoconfiança de cada criança.
                                        - Desenvolver a autonomia da criança e do grupo.
                    AUTONOMIA /         - Favorecer o sentido da responsabilidade, de
                    CAPACIDADE DE
                    INICIATIVA          partilha, de cooperação, de entreajuda e do
                                        trabalho em grupo.
                    COMPETENCIAS
                                        - Promover atitudes e valores que permitam às
                    SOCIAIS:
                    - Cooperação        crianças tornarem-se cidadãos solidários.
                    - Cidadania         - Promover a vivência democrática – saber opinar,
                    - Respeito pela
                                        saber ceder, saber desculpar, saber partilhar e
                    diferença
                    - Solidariedade     dar.
                                        - Fomentar atitudes de tolerância, compreensão e
                                        respeito pelo outro.
     AREA DAS
   EXPRESSÕES E
  COMUNICAÇÃO:

                                        - Promover a apropriação das noções espaciais
      MOTORA        MOTRICIDADE
                                        básicas
                    GROSSA
                                        - Estimular a consciência e domínio do próprio
                                        corpo, em situações de relaxamento




                                        - Promover o jogo simbólico e o faz-de-conta.

                    CRIATIVIDADE        - Promover a comunicação verbal e não-verbal.
      DRAMÁTICA
                                        - Proporcionar a exteriorização das vivências
                                        individuais.




                                        - Proporcionar a exteriorização de situações

       PLÁSTICA     EDUCAÇÃO DO         vividas
                    SENTIDO ESTETICO    - Desenvolver a motricidade fina
                                        - Promover o contacto com diferentes materiais,
                    EXPERIENCIA         de expressão Plástica.
                    ARTÍSTICA           - Desenvolver a expressão livre e criativa – a
                                        criatividade
                    CRIATIVIDADE        - Desenvolver o sentido estético e o gosto pela
                                        arte através dos distintos papéis de executante,


          PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG          ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



                                        criador e apreciador




                   EDUCAÇÃO DO          - Explorar e produzir diferentes sons e ritmos.
       MUSICAL     SENTIDO ESTETICO     - Desenvolver o sentido estético e a sensibilidade
                                        musical
                   EXPERIENCIA          - Fomentar a livre expressão musical
                   ARTÍSTICA
                                        - Desenvolver as competências musicais de cada
                                        criança
                   CRIATIVIDADE         - Explorar e identificar sons produzidos pela
                                        Natureza.




                   INTERAÇÕES ORAIS     - Desenvolver a expressão oral e o gosto pela
  LINGUAGEM E
EXPRESSÃO VERBAL                        comunicação através de diversas formas de
        E                               expressão e comunicação;

 EMERGENCIA DA                          - Saber escutar, compreender e comunicar;
    LEITURA                             - Promover a expressão através de vocabulário
       E           CONSCIENCIA
                                        variado, com uma articulação correta, de acordo
                   FONOLOGICA
 EMERGENCIA DA                          com a estrutura sintática e as regras de
    ESCRITA                             concordância;
                   RECONHECIMENTO
                                        - Adquirir um maior domínio de expressão e
                   DAS PALAVRAS
                   ESCRITA              comunicação- narrar acontecimentos, recontar
                                        histórias;

                   CONVENÇÕES           - Desenvolver a emergência das competências pre-
                   GRAFICAS             leitoras: consciência fonológica, reconhecimento
                                        da palavra escrita e das convenções gráficas
                                        - Fomentar o gosto pelos livros e pela leitura.
                                        - Proporcionar a familiarização com a palavra e a
                                        funcionalidade da linguagem escrita



                   SENTIDO DO
                                        - Promover situações diárias de contagens que
  MATEMÁTICA       NUMERO
                                        visam a construção do sentido de número, a
                                        correspondência termo a termo e o conceito de

                   GEOMETRIA            cardinalidade
                                        - Fomentar a emergência das operações
                                        matemáticas e do cálculo mental

                   ORGANIZAÇÃO DE       - Estimular a interiorização de noções topológicas
                   DADOS                - Estimular a construção da noção de espaço
                                        - Apoiar e fomentar o espírito crítico e reflexivo



          PROJETO CURRICULAR DE GRUPO          SALA 3 JI VG            ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



                                           na resolução de problemas.
                                           - Desenvolver o raciocínio lógico – matemático.
                                           - Favorecer a construção da noção de tempo




    AREA DO          COMPREENSÃO DO
CONHECIMENTO DO      MUNDO FISICO          - Proporcionar situações facilitadoras da aquisição
     MUNDO           SOCIAL E
                                           de saberes sociais e sobre o Mundo.
                                           - Sensibilizar para a Natureza e despertar para o
                                           respeito a ter com ela.
                                           - Favorecer o contacto direto com a Natureza
                                           - Sensibilizar para a Educação Ambiental
                      CIENCIAS
                     EXPERIMENTAIS
                                           - Estimular o pensamento crítico e a necessidade
                                           de pesquisa
                                           - Fomentar a curiosidade e a vontade de saber
                                           mais, fator fundamental para a aprendizagem e
                                           crescimento pessoal
                                           -   Abrir   novos     horizontes    na   aprendizagem
                                           científica futura; promove conhecimentos nas
                                           áreas da Biologia, Geografia, Química e Física.
                                           - Democratizar o conceito de ciência, tornando-o
                                           acessível a todos.
                                           - Sublinhar a importância na vida quotidiana
                                           - Desenvolver a capacidade de partilha e de
                                           colaboração.


TECNOLOGIAS DA                             - Fomentar a autonomia e responsabilidade na
 INFORMAÇÃO E                              utilização do computador: manipula o rato e
 COMUNICAÇÃO
                                           explora jogos, etc




              PROJETOS TRANSVERSAIS A DESENVOLVER AO LONGO DO ANO


     Ao longo de todo o ano letivo vão ser implementados/desenvolvidos projetos
     transversais a todo o agrupamento e que fazem parte do Plano estratégico do PEA
     TEIPII

          PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG                ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




PARTICIPAÇÃO NO PROJETO ALER+

Objetivos Gerais: Desenvolver as competências leitoras e pre-leitoras
Objetivos específicos: Promover o gosto pelos livros;
       Fomentar hábitos de leitura;
       Envolver as famílias na criação destes hábitos.
Atividades: Comemorações de dias especiais - Semana da leitura; Dia do livro
       Desenvolvimento de atividades específicas em contexto de sala, ao longo de
       todo o ano;
       Implementação do projeto de empréstimo de livros;
       Participação no projeto Histórias à Lupa com a BMAG;
       Atividades semanais de leitura;
       Visita de um contador de histórias
       Contactos com escritores ou ilustradores;
       Intercâmbio com famílias e outras salas
       Visitas a Bibliotecas.
Recursos existentes: Comunidade Educativa; Biblioteca Municipal Almeida Garrett
(BMAG); JFR; biblioteca pessoal da educadora
Calendarização: Ao longo do ano letivo e em dias chave tais como: Projeto Histórias à
Lupa – Maio, Semana da leitura – de 5 a 9 de Março; Dia das Bibliotecas Escolares –
Outubro; Dia Internacional do Livro - Abril; Semana do Livro Infantil; Outros.




EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE (PASSEZINHO)


Objetivos Gerais: Fomentar a aquisição de atitudes que levam a um desenvolvimento
adequado tendo em vista um estilo de vida saudável
Objetivos específicos: Reflexão sobre a importância de uma alimentação equilibrada,
sobre a aquisição de hábitos de higiene, sobre aquisição de hábitos de vida saudáveis
Justificação da acão – Ir de encontro às preocupações e levantamento de problemas
desta População, numa parceria com o Centro de Saúde
Atividades: Atividades desenvolvidas em contexto de sala ao longo de todo o ano
            Projeto “Semana da Alimentação” - Outubro;
            Sensibilização aos cuidados de higiene (corporal e oral).
Recursos existentes: Participação no projeto «Passezinho» com o CS; articulação com
alunas finalistas do curso de Enfermagem da UCP



     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO               SALA 3 JI VG         ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Calendarização: Ao longo do ano e em momentos chave tais como: Semana da
alimentação; ações de sensibilização
Avaliação: Através de reflexões com as crianças




AGENDA 21


Objetivos Gerais: Implementar atitudes de respeito pela natureza, tendo em vista um
desenvolvimento sustentável.
Objetivos específicos: Envolver as crianças/ a escola/ família no projeto de
reciclagem do lixo
Justificação da ação: Princípios consagrados na Agenda 21 de que o nosso
agrupamento faz parte.
Atividades: Diversas atividades de reutilização de materiais, desenvolvidas ao longo
do ano em contexto de sala;
            Criação de pequenos ecopontos reutilizando materiais de desperdício para
            fomentar a reciclagem na sala;
            Participação das crianças nas Ações desenvolvidas pela Lipor;
            Comemoração de Dias Especiais: (Dia Mundial da Água; Dia da Floresta;
         Chegada da Primavera; Dia do Ambiente);
            Realização de Visitas de estudo;
            Criação, na sala, de um Cantinho de exploração do Mundo / Natureza.
Calendarização: Ao longo do ano letivo
Avaliação: Comprovação da alteração dos comportamentos das famílias através de
diálogos com as crianças.




ENVOLVIMENTOS DAS FAMÍLIAS


Objetivos Gerais: Fomentar uma boa articulação com as famílias (Retirado do PEA)
Objetivos específicos: Promover o intercâmbio escola/ família; aumentar a
participação das famílias na escola e na vida escolar dos filhos
Atividades: Realização do blogue «A sala 3 do JI VG -
         http://asala3dojivg.blogspot.com/;
         Momentos de partilha/reuniões individuais ou coletivas;
         Visita de pais à escola para troca das suas experiências profissionais;
Justificação da Ação: Fundamentado nas linhas orientadoras e prioridades educativas
do PEA

     PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                SALA 3 JI VG          ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Parceiros a envolver: Associação de Pais; JFR; Agrupamento do Viso; BMAG;
Calendarização: Ao longo de todo o ano letivo
Avaliação: Envolvimento dos encarregados de educação,
           Participação nas reuniões;
           Contribuição para a elaboração das atividades de intercâmbio.




           AVALIAÇÃO


           Avaliação das crianças
    «A avaliação (só) pode ser concebida e utilizada como um meio de aprendizagem e
     não apenas como um exercício de comprovação da aquisição da mesma. Não é o
    momento final de um processo e, mesmo que o seja, pode converter-se no início de
                          um novo processo mais rico e fundamentado.»


                     Miguel Santos Guerra in” Uma seta no alvo”, Nov.2003



Seguindo as linhas definidas nos documentos emanados do ME 2, “Avaliar o processo e
os efeitos implica tomar consciência da ação para adequar o processo educativo às
necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução. A avaliação realizada com as
crianças é uma atividade educativa, constituindo também uma base de avaliação
para o educador. A sua reflexão, a partir dos efeitos que vai observando, possibilita-
lhe estabelecer a progressão das aprendizagens a desenvolver com cada criança.
Neste sentido, a avaliação é suporte do planeamento.”

    É “um processo contínuo e interpretativo que se interessa mais pelos processos do
    que pelos resultados e procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem,
    de modo a que vá tomando consciência do que já conseguiu e das dificuldades que
                             vai tendo e como as vai ultrapassando”.




2
    Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar; Perfil Específico de Desempenho Profissional do
Educador de Infância; Procedimentos e práticas organizativas e pedagógicas na avaliação na
educação Pré-Escolar; Avaliação na Educação Pré-escolar; Gestão do Currículo na Educação
Pré-escolar.




         PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                     SALA 3 JI VG             ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Assim, a avaliação é entendida como um instrumento de reflexão e monotorização de
toda a ação educativa, contribui para a reavaliação e adequação das práticas, tendo
em consideração o grupo e cada criança. Constitui um elemento de apoio estratégico
ao desenvolvimento da ação educativa pois permite analisar o percurso efetuado e,
por outro lado, perspetivar o futuro. É um guia útil para uma prática inteligente,
refletida e criativa visando o sucesso educativo.

É desenvolvida em vários momentos de decisão:

                 Avaliação diagnóstica, que serve para alicerçar a conceção do
                    currículo, a planificação e a organização do ambiente educativo;
                 Avaliação da evolução das aprendizagens das crianças realizada nos
                    finais de período e final de ano que serve para direcionar a
                    planificação com vista à obtenção das Metas de Aprendizagem.
                 Avaliação das atividades, do Projeto Curricular e de toda a ação
                    educativa, no final de cada trimestre, para reajustar as linhas de
                    orientação e de atuação.


    «As boas decisões acerca de quando intervir dependem de se observar de perto as
    interações e da avaliação das capacidades individuais das crianças para resolverem
    conflitos sem ajuda dos adultos, para afirmarem e defenderem os seus direitos, e
       para se envolverem de uma forma satisfatória e construtiva no trabalho e nas
                                            brincadeiras.3»




Avaliação do Ambiente Educativo

Pensar «o espaço para lhe dar uma primeira organização é, usando Dewey, um
exercício que visa intencionalmente fazer do espaço um território feito de muitos
territórios, de jogos, trabalho, sonho, transgressão…4». Assim, cada educador
transforma o espaço da sala num local privilegiado de atuação, de relações e de
intencionalidade educativa onde a sua atualização, mudança, avaliação e
reavaliação, são uma constante. A sua organização não é totalmente fixa. Para que o
ambiente seja realmente promotor de desenvolvimento há necessidade de, também,
se realizar uma avaliação da organização do espaço

      3
          In «Educação pré-escolar - A construção Social da Moralidade» ; Organização de júlia
                                          Formosinho, pag. 22


4
    In «O espaço e o tempo na pedagogia-em-participação» Júlia Oliveira-Formosinho - 2011

          PROJETO CURRICULAR DE GRUPO                   SALA 3 JI VG             ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO



Esta avaliação será feita com base na aplicação das Escalas de Avaliação do
Ambiente em Educação de Infância - ECER’S, (Harms, Clifford & Cryer, 1998) numa
versão revista e adaptada ao contexto português de 2008.

Instrumentos utilizados:

Recorre-se à utilização de diversos instrumentos:

              Registo de observação continua,
              Dossiers das crianças
              Check-list (grelhas de apoio e orientação para o educador)
              SAC’s – Sistema de acompanhamento de Crianças (aplicação das
                 escalas de bem-estar e implicação de Ferre Leavers)
              ECER´s- Escalas de avaliação do Ambiente em Educação de Infância
              Fichas de avaliação.
              Metas de aprendizagem
              Materiais diversos construídos pela educadora que promovem
                 autoavaliação das crianças (reforço da autorregulação das crianças,
                 quadro das áreas trabalhadas/exploradas, atividades desenvolvidas,
                 etc.)

          «Observa-se para avaliar, avalia-se para decidir, decide-se para agir»

                                 Paulo del Pino Fernandes




         INTERAÇÃO ESCOLA / FAMÍLIA



      Porque “Uma boa relação entre a escola e a família é, muitas vezes o segredo do
      êxito escolar da criança, da sua alegria e segurança afetiva” e “A família e a
      instituição de educação pré-escolar são dois contextos sociais que contribuem
      para a educação da mesma criança; importa por isso, que haja uma boa relação
      entre estes dois sistemas!5”.

      Assim pretendo:

         Estabelecer uma relação próxima com as famílias através de um dialogo
         permanente.

5
    In, Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar



        PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG           ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




 Fomentar participação dos pais na vida escolar dos filhos, promovendo a vinda
 à sala para troca de experiencias e leitura de histórias.
 Promover reuniões de pais - individuais ou em grupo - para troca de ideias
 sobre os filhos.
 Divulgar as atividades desenvolvidas no JI, através destas reuniões e da
 atualização do Blogue da sala - http://asala3dojivg.blogspot.com/.
 Incentivar a interação família – escola pedindo às crianças para trazerem
 materiais de casa, permitindo a participação dos pais nas atividades.
 Estabelecer, com os pais, o intercâmbio de materiais do JI facilitando a
 aproximação e envolvimento dos pais com os filhos e ao mesmo tempo
 desenvolver o sentido de responsabilidade nas crianças pelos materiais que
 pertencem a todos.
 Implementar o projeto de empréstimo semanal de livros.
 Dar a conhecer as avaliações das crianças em vários momentos previamente
 calendarizados




 CONSIDERAÇÕES FINAIS




PROJETO CURRICULAR DE GRUPO             SALA 3 JI VG         ANA BARROCA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO




   BIBLIOGRAFIA
 «Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar», ME, Departamento
   de Educação Básica, Núcleo de Educação Pré-escolar, Setembro de 1997.
 «Manual de desenvolvimento Curricular para a educação de infância»,
   Texto Editora, Lisboa, Junho de 2004
 «A descoberta da escrita», textos de apoio para Educadores de Infância, ME -
   DGIDC, 2008
 «Linguagem e Comunicação no Jardim de Infância», textos de apoio para
   Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2008
 «Sentido do número e organização de dados», textos de apoio para
   Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2008
 «Geometria», textos de apoio para Educadores de Infância» ME - DGIDC, 2008
 «Despertar para as ciências», atividades dos 3 aos 6, ME - DGIDC, 2009
 «As artes no Jardim de Infância», textos de apoio para Educadores de
   Infância, ME - DGIDC, 2010
 «Avaliação em Educação pré-escolar - Sistema de Acompanhamento das
   crianças», Gabriela Portugal e Ferre Laevers, Porto Editora, 2010
 «Aprender… Matemática do Jardim de Infância à escola», João Sampaio
   Maia, Porto Editora, 2008
 «Qualidade e Projeto na Educação Pré-Escolar», ME, Outubro de 1998.
 «Uma seta no Alvo – A Avaliação como Aprendizagem», Miguel Santos
   Guerra, Edições ASA, Nov.2003.
 «Diário de Aula», Miguel Zabalza, Porto Editora, 1994.
 «Escalas de avaliação do ambiente em educação de Infância», edição
   portuguesa e revista (Harms, Clifford & Cryer, 1998)
 «O espaço e o tempo na pedagogia-em-participação» Júlia Oliveira-
   Formosinho, Porto Editora, Junho 2011.




 PROJETO CURRICULAR DE GRUPO              SALA 3 JI VG        ANA BARROCA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relatório Síntese PCG 2º Periodo
Relatório Síntese PCG 2º PeriodoRelatório Síntese PCG 2º Periodo
Relatório Síntese PCG 2º PeriodoSalaAmarelaJIGradil
 
Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)
Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)
Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)Henrique Santos
 
Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)
Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)
Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)SalaAmarela Enxara Do Bispo
 
Relatório Síntese 3º período
Relatório Síntese 3º períodoRelatório Síntese 3º período
Relatório Síntese 3º períodoSalaAmarelaJIGradil
 
projecto curricular de grupo sala 3
projecto curricular de grupo sala 3projecto curricular de grupo sala 3
projecto curricular de grupo sala 3fatimasilva1957
 
Relatório Síntese 1º período
Relatório Síntese 1º períodoRelatório Síntese 1º período
Relatório Síntese 1º períodoSalaAmarelaJIGradil
 
Relatorio Sintese PCG 1º Período
Relatorio Sintese PCG 1º PeríodoRelatorio Sintese PCG 1º Período
Relatorio Sintese PCG 1º PeríodoSalaAmarelaJIGradil
 
Planificação mês de setembro
Planificação   mês de setembroPlanificação   mês de setembro
Planificação mês de setembrolaruzinha
 
Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15
Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15
Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15SalaAmarela Enxara Do Bispo
 
Pauta htpc 08 de fevereiro 2012
Pauta htpc 08 de fevereiro 2012Pauta htpc 08 de fevereiro 2012
Pauta htpc 08 de fevereiro 2012Nethy Marques
 
Relatorio de Auto-avaliação 2017
Relatorio de Auto-avaliação 2017Relatorio de Auto-avaliação 2017
Relatorio de Auto-avaliação 2017Henrique Santos
 

Mais procurados (20)

Relatório Síntese PCG 2º Periodo
Relatório Síntese PCG 2º PeriodoRelatório Síntese PCG 2º Periodo
Relatório Síntese PCG 2º Periodo
 
Relatorio Sintese 3º Periodo
Relatorio Sintese 3º PeriodoRelatorio Sintese 3º Periodo
Relatorio Sintese 3º Periodo
 
Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)
Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)
Relatorio Sintese PT (º Período 2013/2014)
 
PCG 2'17
PCG 2'17PCG 2'17
PCG 2'17
 
Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)
Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)
Relatório Síntese de Avaliação do PT (1º Período)
 
Relatório Síntese 3ºPeríodo (2016/2017)
Relatório Síntese 3ºPeríodo (2016/2017)Relatório Síntese 3ºPeríodo (2016/2017)
Relatório Síntese 3ºPeríodo (2016/2017)
 
Relatório Síntese 3º período
Relatório Síntese 3º períodoRelatório Síntese 3º período
Relatório Síntese 3º período
 
projecto curricular de grupo sala 3
projecto curricular de grupo sala 3projecto curricular de grupo sala 3
projecto curricular de grupo sala 3
 
Relatório Síntese 1º período
Relatório Síntese 1º períodoRelatório Síntese 1º período
Relatório Síntese 1º período
 
Relatorio Sintese PCG 1º Período
Relatorio Sintese PCG 1º PeríodoRelatorio Sintese PCG 1º Período
Relatorio Sintese PCG 1º Período
 
Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013
Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013
Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013
 
Planificação mês de setembro
Planificação   mês de setembroPlanificação   mês de setembro
Planificação mês de setembro
 
Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15
Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15
Relatório Síntese de Avaliação do PT 1º Período 14/15
 
Matemática no Pré-escolar
Matemática no Pré-escolarMatemática no Pré-escolar
Matemática no Pré-escolar
 
Relatorio 1periodo sala-amarela-2010-2011
Relatorio 1periodo sala-amarela-2010-2011Relatorio 1periodo sala-amarela-2010-2011
Relatorio 1periodo sala-amarela-2010-2011
 
Relatorio 2º Periodo
Relatorio 2º Periodo Relatorio 2º Periodo
Relatorio 2º Periodo
 
Relatório síntese pt 3 16
Relatório síntese pt 3 16Relatório síntese pt 3 16
Relatório síntese pt 3 16
 
Planificacao Março
Planificacao MarçoPlanificacao Março
Planificacao Março
 
Pauta htpc 08 de fevereiro 2012
Pauta htpc 08 de fevereiro 2012Pauta htpc 08 de fevereiro 2012
Pauta htpc 08 de fevereiro 2012
 
Relatorio de Auto-avaliação 2017
Relatorio de Auto-avaliação 2017Relatorio de Auto-avaliação 2017
Relatorio de Auto-avaliação 2017
 

Semelhante a Animais e mais

Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015
Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015
Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015jeffcezanne
 
PPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGA
PPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGAPPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGA
PPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGAAna Silva
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Pi reestruturado
Pi reestruturadoPi reestruturado
Pi reestruturadokarfrio
 
Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010Paloma Chaves
 
Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016
Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016
Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016Henrique Santos
 
PCG 2017 - Sala Amarela, JI do Gradil
PCG 2017 - Sala Amarela, JI do GradilPCG 2017 - Sala Amarela, JI do Gradil
PCG 2017 - Sala Amarela, JI do GradilHenrique Santos
 
Programa Saúde na Escola
Programa Saúde na EscolaPrograma Saúde na Escola
Programa Saúde na EscolaDorlin
 
Objectivos do proj educ actualizados
Objectivos do proj educ actualizadosObjectivos do proj educ actualizados
Objectivos do proj educ actualizadosANA GRALHEIRO
 
Projecto de reforço escolar
Projecto de reforço escolarProjecto de reforço escolar
Projecto de reforço escolarRivaldo Francisco
 
Relatório Auto-avaliação Docente 2019
Relatório Auto-avaliação Docente 2019 Relatório Auto-avaliação Docente 2019
Relatório Auto-avaliação Docente 2019 SalaAmarelaJIGradil
 
PPP 2013 e 2014 da escola pr francisco paz
PPP 2013 e 2014 da escola pr francisco pazPPP 2013 e 2014 da escola pr francisco paz
PPP 2013 e 2014 da escola pr francisco pazVeronica Mesquita
 
Agrupamento deEescolas D. Dinis - ODIVELAS - Apresentação do Agru.
Agrupamento deEescolas D. Dinis -  ODIVELAS - Apresentação do Agru.Agrupamento deEescolas D. Dinis -  ODIVELAS - Apresentação do Agru.
Agrupamento deEescolas D. Dinis - ODIVELAS - Apresentação do Agru.ANA GRALHEIRO
 

Semelhante a Animais e mais (20)

Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015
Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015
Planejamento Pedagógico - EE República do Suriname 2015
 
PPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGA
PPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGAPPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGA
PPP 2015 EC 29 DE TAGUATINGA
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Pi reestruturado
Pi reestruturadoPi reestruturado
Pi reestruturado
 
Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010
 
Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016
Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016
Relatorio de auto-avaliacao_2015-2016
 
Horta Pedagógica
Horta PedagógicaHorta Pedagógica
Horta Pedagógica
 
PCG 2017 - Sala Amarela, JI do Gradil
PCG 2017 - Sala Amarela, JI do GradilPCG 2017 - Sala Amarela, JI do Gradil
PCG 2017 - Sala Amarela, JI do Gradil
 
Programa Saúde na Escola
Programa Saúde na EscolaPrograma Saúde na Escola
Programa Saúde na Escola
 
R.dc.07 projeto pedagógico de sala
R.dc.07 projeto pedagógico de salaR.dc.07 projeto pedagógico de sala
R.dc.07 projeto pedagógico de sala
 
Orientações professor
 Orientações professor Orientações professor
Orientações professor
 
Objectivos do proj educ actualizados
Objectivos do proj educ actualizadosObjectivos do proj educ actualizados
Objectivos do proj educ actualizados
 
Apostila brincar-volume-2
Apostila brincar-volume-2Apostila brincar-volume-2
Apostila brincar-volume-2
 
Projecto de reforço escolar
Projecto de reforço escolarProjecto de reforço escolar
Projecto de reforço escolar
 
ESTUDO_ORIENTADO_PE.pdf
ESTUDO_ORIENTADO_PE.pdfESTUDO_ORIENTADO_PE.pdf
ESTUDO_ORIENTADO_PE.pdf
 
Relatório Auto-avaliação Docente 2019
Relatório Auto-avaliação Docente 2019 Relatório Auto-avaliação Docente 2019
Relatório Auto-avaliação Docente 2019
 
PPP 2013 e 2014 da escola pr francisco paz
PPP 2013 e 2014 da escola pr francisco pazPPP 2013 e 2014 da escola pr francisco paz
PPP 2013 e 2014 da escola pr francisco paz
 
SLIDE PPP!!!!.pdf
SLIDE PPP!!!!.pdfSLIDE PPP!!!!.pdf
SLIDE PPP!!!!.pdf
 
21 pdca
21 pdca21 pdca
21 pdca
 
Agrupamento deEescolas D. Dinis - ODIVELAS - Apresentação do Agru.
Agrupamento deEescolas D. Dinis -  ODIVELAS - Apresentação do Agru.Agrupamento deEescolas D. Dinis -  ODIVELAS - Apresentação do Agru.
Agrupamento deEescolas D. Dinis - ODIVELAS - Apresentação do Agru.
 

Mais de Ana Barroca

Pps Os peixes na Arte Contemporanea
Pps Os peixes na Arte ContemporaneaPps Os peixes na Arte Contemporanea
Pps Os peixes na Arte ContemporaneaAna Barroca
 
Analise dos inqueritos ao encarregados de educação
Analise dos inqueritos ao encarregados de educaçãoAnalise dos inqueritos ao encarregados de educação
Analise dos inqueritos ao encarregados de educaçãoAna Barroca
 
Dossier prof orff trabalho coral_ji
Dossier prof orff trabalho coral_jiDossier prof orff trabalho coral_ji
Dossier prof orff trabalho coral_jiAna Barroca
 
A gotinha medrosa
A gotinha medrosaA gotinha medrosa
A gotinha medrosaAna Barroca
 
Autoavaliação 1ºp
Autoavaliação 1ºpAutoavaliação 1ºp
Autoavaliação 1ºpAna Barroca
 
A leitura na eb das campinas copy (2)
A leitura na eb das campinas   copy (2)A leitura na eb das campinas   copy (2)
A leitura na eb das campinas copy (2)Ana Barroca
 
A leitura na eb das campinas copy
A leitura na eb das campinas   copyA leitura na eb das campinas   copy
A leitura na eb das campinas copyAna Barroca
 
Nunca se é pequeno demais para amar
Nunca se é pequeno demais para amarNunca se é pequeno demais para amar
Nunca se é pequeno demais para amarAna Barroca
 
Dia da pessoa com deficiência
Dia da pessoa com deficiênciaDia da pessoa com deficiência
Dia da pessoa com deficiênciaAna Barroca
 
Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14Ana Barroca
 
Lanches escolares guia de bolso
Lanches escolares   guia de bolsoLanches escolares   guia de bolso
Lanches escolares guia de bolsoAna Barroca
 
Distribuição das atividades
Distribuição das atividadesDistribuição das atividades
Distribuição das atividadesAna Barroca
 
Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14Ana Barroca
 
Ficha de atividade lengalengas
Ficha de atividade lengalengasFicha de atividade lengalengas
Ficha de atividade lengalengasAna Barroca
 
Material kit sobe_better
Material kit sobe_betterMaterial kit sobe_better
Material kit sobe_betterAna Barroca
 
Paa da sala 4 ji das campinas
Paa da sala 4 ji das campinasPaa da sala 4 ji das campinas
Paa da sala 4 ji das campinasAna Barroca
 
Horário da educadora sala
Horário da educadora salaHorário da educadora sala
Horário da educadora salaAna Barroca
 
Cm porto plano outubro
Cm porto plano   outubroCm porto plano   outubro
Cm porto plano outubroAna Barroca
 
Apresentação blogue inquerito pais
Apresentação blogue inquerito paisApresentação blogue inquerito pais
Apresentação blogue inquerito paisAna Barroca
 

Mais de Ana Barroca (20)

Pps Os peixes na Arte Contemporanea
Pps Os peixes na Arte ContemporaneaPps Os peixes na Arte Contemporanea
Pps Os peixes na Arte Contemporanea
 
Analise dos inqueritos ao encarregados de educação
Analise dos inqueritos ao encarregados de educaçãoAnalise dos inqueritos ao encarregados de educação
Analise dos inqueritos ao encarregados de educação
 
Dossier prof orff trabalho coral_ji
Dossier prof orff trabalho coral_jiDossier prof orff trabalho coral_ji
Dossier prof orff trabalho coral_ji
 
A gotinha medrosa
A gotinha medrosaA gotinha medrosa
A gotinha medrosa
 
Autoavaliação 1ºp
Autoavaliação 1ºpAutoavaliação 1ºp
Autoavaliação 1ºp
 
A leitura na eb das campinas copy (2)
A leitura na eb das campinas   copy (2)A leitura na eb das campinas   copy (2)
A leitura na eb das campinas copy (2)
 
A leitura na eb das campinas copy
A leitura na eb das campinas   copyA leitura na eb das campinas   copy
A leitura na eb das campinas copy
 
Nunca se é pequeno demais para amar
Nunca se é pequeno demais para amarNunca se é pequeno demais para amar
Nunca se é pequeno demais para amar
 
Dia da pessoa com deficiência
Dia da pessoa com deficiênciaDia da pessoa com deficiência
Dia da pessoa com deficiência
 
Liberdade
LiberdadeLiberdade
Liberdade
 
Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14
 
Lanches escolares guia de bolso
Lanches escolares   guia de bolsoLanches escolares   guia de bolso
Lanches escolares guia de bolso
 
Distribuição das atividades
Distribuição das atividadesDistribuição das atividades
Distribuição das atividades
 
Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14Paa sala 1 campinas 2013 14
Paa sala 1 campinas 2013 14
 
Ficha de atividade lengalengas
Ficha de atividade lengalengasFicha de atividade lengalengas
Ficha de atividade lengalengas
 
Material kit sobe_better
Material kit sobe_betterMaterial kit sobe_better
Material kit sobe_better
 
Paa da sala 4 ji das campinas
Paa da sala 4 ji das campinasPaa da sala 4 ji das campinas
Paa da sala 4 ji das campinas
 
Horário da educadora sala
Horário da educadora salaHorário da educadora sala
Horário da educadora sala
 
Cm porto plano outubro
Cm porto plano   outubroCm porto plano   outubro
Cm porto plano outubro
 
Apresentação blogue inquerito pais
Apresentação blogue inquerito paisApresentação blogue inquerito pais
Apresentação blogue inquerito pais
 

Animais e mais

  • 1. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO «Dar respostas certas não é o importante. O que é importante é ser capaz de fazer boas perguntas.» «Os animais e tudo o mais!» Educadora Ana Maria Barroca Jardim de Infância Vasco da Gama Ano letivo 2011- 2012 INDÍCE: PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 2. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Introdução Caraterização da Instituição e da Equipa Educativa Caraterização do Grupo de Criança Nível Socioeconómico Nível Familiar Nível de Desenvolvimento Identificação de Problemas/ Interesses/ Necessidades Problemas identificados Áreas a reforçar/ atividades a desenvolver Fundamentação das opções e estratégias educativas Papel do educador Organização do Ambiente Educativo Organização do Espaço/Sala Organização do Tempo Objetivos Gerais Específicos Projetos transversais a desenvolver ao longo do ano Avaliação Instrumentos de avaliação Interação Escola/Família Bibliografia Operacionalização do Projeto Planificações, Operacionalização e Evidências. Avaliação Projeto Avaliação do 1º período Avaliação do 2º período Avaliação do 3º período Avaliação Final do Projeto Anexos Plano Anual de Atividades Componente de Apoio à família Plano Educativo Individual INTRODUÇÃO PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 3. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO “A elaboração de qualquer Projeto, supõe a previsão de um processo que tem como referências: um ponto de partida, uma situação que é necessário resolver, uma intenção, uma curiosidade ou um desejo de realizar qualquer coisa que se traduz na decisão de desencadear um processo. Esta intenção de mudança ou realização corresponde ao “porquê” do projeto, à sua razão de existir” in “ Qualidade e Projeto na Educação Pré-Escolar, Outubro de 1998 O presente Projeto Curricular, elaborado no decorrer de todo o ano letivo, tem como linhas orientadoras, as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, a Lei de Bases do Sistema Educativo, a Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar e as linhas definidas no Projeto Educativo do Agrupamento: 1º - Desenvolver as competências leitoras. 2º - Assegurar a igualdade de oportunidades à nossa comunidade. 3º -Transformar o nosso Agrupamento num espaço propiciador do sucesso educativo para todas as crianças, jovens e adultos. 4º - Promover os afetos, a solidariedade, o trabalho e a disciplina. 5º -Educar para a saúde/sexualidade desenvolvendo competências que permitam escolhas informadas e seguras. 6º -Potenciar formas organizadas de cooperação entre os docentes, que facilitem a articulação curricular. 7º - Envolver a comunidade escolar através da qualificação diversificada. 8º - Envolver as famílias na vida escolar. Considera ainda as filosofias, as opções e as intencionalidades educativas com que a docente se identifica, assentando numa metodologia própria, sustentando-se no construtivismo e na teoria de Vigotsky. Pretende contribuir para o desenvolvimento global da cada criança, concorrer para a igualdade de oportunidades, combater a iliteracia, fomentar o gosto pelos livros, ajudar a formar futuros jovens leitores e envolver cada vez mais as famílias no processo educativo dos filhos, tornando-os aliados e parceiros da escola. A escolha do tema - «Os animais e tudo o mais» - teve como fundamento o facto de ser um tema abrangente, do interesse das crianças e permitir o cruzamento das filosofias da Agenda 21, do projeto aLer+, linhas estruturantes do Projeto Educativo do Agrupamento. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 4. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO A prática pedagógica desenvolvida durante o presente ano vai enraizar-se nos princípios do Sistema de Acompanhamento de Crianças, segundo uma perspetiva Experiencial - modelo baseado na linha de pensamento de Ferre Leavers, seguido e adaptado pela equipa de Gabriela Portugal da Universidade de Aveiro. «Trata-se de investir no desenvolvimento do cidadão emancipado: alguém autentico na interação que estabelece com o Mundo, emocionalmente saudável, evidenciando vitalidade, com uma atitude fortemente exploratória, aberta ao mundo externo e interno, com um sentido de pertença e de ligação, e uma forte motivação para contribuir para a qualidade de vida e o universal processo de criação, respeitando o Homem e a Natureza. Este processo de ligação e de desenvolvimento de uma orientação positiva relativamente a si próprio, aos outros, à comunidade e natureza é o que confere sentido e valor à educação, estando na base de uma orientação pro-social e construtiva do mundo» Gabriela Portugal in «Avaliação em Educação Pré-escolar», nov. 2010, pag. 15 PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 5. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO E DA EQUIPA EDUCATIVA O Jardim-de-Infância fica situado na Cidade do Porto, na Freguesia de Ramalde, numa zona densamente povoada, com predominância de bairros camarários e muito industrializada. A população é diversificada e apresenta fortes contrastes sociais. No entanto predominam as famílias pertencentes à classe média - trabalhadora, e a famílias mais desfavorecidas, com poucos recursos económicos. Nos últimos anos temos vinda a ter crianças de outras etnias, nomeadamente etnia cigana. O edifício é um pré-fabricado com 32 anos de existência que foi implantado na Freguesia de Ramalde, no Porto, num Projeto da Câmara Municipal do Porto do ano de 1978, que visava abranger as populações trabalhadoras, desfavorecidas socialmente, dando apoio na educação dos seus filhos. É frequentado por oitenta e cinco crianças, entre os três e os seis anos de idade, que se distribuem por quatro grupos heterogéneos. Composto por quatro salas de atividade, um gabinete de trabalho pedagógico, um gabinete de atendimento ao Pais, por uma sala polivalente, um refeitório, uma cozinha, uma copa e uma lavandaria, o JI está localizado num terreno com um vasto recinto exterior, com zona cimentada, muito terreno relvado onde para alem de bonitas árvores que proporcionam bastante sombra, dinamizamos uma horta pedagógica. Há ainda um pequeno equipamento (composto por escorregão e cordas) que permite a exploração e desenvolvimento de competências motoras. O JI funciona das 8h30 até às 18h00, sendo o horário letivo das 9h00 às 12h00 e das 13h30 às 15h30. No restante horário funciona a Componente de Apoio à Família (CAF) onde as crianças estão sob a vigilância das Auxiliares e desenvolvem atividades previamente planificadas e constantes do Plano da Componente de Apoio à Família. È da responsabilidade da Junta de Freguesia este tempo de permanência das crianças de acordo com a legislação em vigor (Despacho nº 14460/2008 de 26 de Maio de 2008) bem como a manutenção dos espaços físicos (interiores e exteriores) e o serviço de refeições. As educadoras de Infância fazem, rotativamente, a supervisão deste tempo não letivo. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 6. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Em todas as salas há uma equipa formada por uma Educadora e por um Auxiliar de Educação. No Jardim-de-infância Vasco da Gama há quatro Educadoras, uma Assistente Técnica, três Auxiliares de Educação, duas Assistentes Operacionais e duas Cozinheiras. Esta equipa trabalha em conjunto há vários anos, e alguns elementos já completaram 32 anos ao serviço desta comunidade. Atualmente frequentam o JI Vasco da Gama duas crianças com N.E.E. Esta realidade que se tem vindo a repetir ao lingo de diversos anos (desde o ano letivo de 1989/1990) permite a integração destas crianças nos grupo constituindo uma mais- valia para todos e são apoiados por técnicos especializados da Educação Especial e da APPACDM do Porto. Somos também visitadas semanalmente por um Médico Pediatra que colabora com as educadoras na resolução, despiste e encaminhamento de situações anormais para os centros de saúde ou para os hospitais. A EQUIPA EDUCATIVA DA SALA «O Trabalho em equipa torna-se fundamental para refletir sobre a melhor forma de organizar o tempo e os recursos humanos, no sentido de uma ação articulada e concertada que responda às necessidades das e crianças e dos pais.» (Orientações Curriculares, 1997) Concretamente na sala, a equipa educativa é formada pela educadora e pela auxiliar de educação. Esta última concluiu durante o ano letivo anterior o mestrado em Educação de Infância na ESE de Bragança depois de ter completado a licenciatura em educação básica, na ESE do Porto. São duas profissionais que trabalham em conjunto desde longa data, e por isso constituem uma verdadeira equipa. Ambas acreditam nos mesmos valores e fundamentos, tem a mesma perspetiva da aprendizagem e desenvolvimento das crianças em contexto de educação de infância. Desse facto resulta uma boa articulação facilitadora do sucesso de todo o processo educativo. CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO DE CRIANÇA O grupo é formado por dezanove crianças: catorze de 3 anos e cinco de 4 anos. No grupo está inserida uma criança do sexo feminino com Necessidades Educativas Especiais, por sofrer de epilepsia refratária ainda não controlada (Síndrome de West). Considera-se que a inclusão de crianças com N.E.E. em contexto de Jardim- de-infância, constitui uma mais-valia para todo o grupo que vê assim reforçada a PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 7. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO oportunidade em desenvolver competências de solidariedade, de interajuda e de cooperação. Doze crianças são do sexo masculino e sete são do sexo feminino facto que imprime caraterísticas muito próprias ao grupo; são crianças mais enérgicas, mais conflituosas, turbulentas, com uma maior necessidade de espaço, com dificuldade nas interações ao nível de pares. Gostam particularmente de brincar na casinha, na área das construções, na garagem e pista dos carros, de jogar à bola. Revelam um maior interesse em atividade de grande motricidade. Todas as crianças frequentam o JI pela primeira vez; contudo há seis crianças que vieram de creches, três crianças de amas e sete que nunca frequentaram nenhum espaço educativo, tendo permanecido à guarda dos avós. Dezoito crianças usufruem do almoço; há apenas uma que almoça em casa e não frequenta o período da tarde. A Componente de Apoio à Família é frequentada por dez crianças que usufruem do período da manhã e do fim da tarde. A construção dos Quadros abaixo apresentados baseia-se nos dados recolhidos nas Fichas de Identificação preenchidas pelos Encarregados de Educação. COMPOSIÇÃO DO GRUPO/ TURMA Nº Turma Nome da criança Data Nasc Idade Nº Vezes 1 Afonso Soares Maia 20/11/2007 4 1ª 2 Alexandre Rafael Macedo de Sousa 15/07/2008 3 1ª 3 Beatriz Teixeira da Costa Feiteira 31/12/2008 3 1ª 4 Carolina da Costa Barbosa (NEE) 02/03/2008 3 1ª 5 Fabiano Rodrigo Silva Madureira 18/09/2008 3 1ª 6 Filipe Ladeira Rodrigues 02/04/2008 3 1ª 7 Gonçalo Manuel Conceição Pereira 13/12/2007 4 1ª 8 Jéssica Ribeiro Ramos 30/10/2008 3 1ª 9 Lourenço de Sousa Figueiredo 14/06/2007 4 1ª 10 Luana Mara Santos Guedes1 16/09/2008 3 1ª 11 Martim Alexandre Silva Ribeiro 09/06/2008 4 1ª 12 Matilde Antunes Constâncio 22/07/2008 3 1ª 1 Frequentou apenas 3 dias PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 8. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO 13 Matilde de Araújo Couto Tavares Ferreira 20/06/2008 3 1ª 14 Matilde Filipa Sousa Oliveira 15/10/2008 3 1ª 15 Nuno Filipe da Silva Prazeres 13/10/2008 3 1ª 16 Paulo Jorge Nunes da Almeida 12/12/2008 3 1ª 17 Pedro Miguel Barros Valente 10/08/2008 3 1ª 18 Ruben Miguel Santos da Silva 17/03/2008 3 1ª 19 Salvador Andrade Ribeiro 19/07/2008 3 1ª 20 Sofia Gomes Freitas 22/06/2007 4 1ª CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO O SEXO TOTAL Nº CRIANÇAS FEMININO MASCULINO 19 7 12 CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO A IDADE DAS CRIANÇAS TOTAL Nº CRIANÇAS 3 ANOS 4 ANOS 19 14 5 CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO A FREQUENCIA NO ANO ANTERIOR TOTAL Nº CRIANÇAS AMA CRECHE CASA/ AVÓS SEM DADOS 19 3 6 7 3 Nº DE CRIANÇAS QUE FREQUENTAM O PROLONGAMENTO E O ALMOÇO TOTAL Nº CRIANÇAS COMPONENTE APOIO À FAMÍLIA ALMOÇO 19 10 18 NÍVEL FAMILIAR PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 9. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO CARATERIZAÇÃO DAS FAMILIAS TOTAL Nº CRIANÇAS FAMILIA MONOPARENTAL NUCLEAR ALARGADA 19 4 11 4 NÚMERO DE IRMÃOS NOME DA CRIANÇA Nº DE IRMÃOS SEXO IDADE Afonso Soares Maia 1 F 13A Alexandre Rafael Macedo de Sousa 0 - - Beatriz Teixeira da Costa Feiteira 1 M 9A Carolina da Costa Barbosa 1 F 12A Fabiano Rodrigo Silva Madureira 0 - - Filipe Ladeira Rodrigues 2 F 8M Gonçalo Manuel Conceição Pereira 1 F 10A Jéssica Ribeiro Ramos 0 - - Lourenço de Sousa Figueiredo 1 F 8A Martim Alexandre Silva Ribeiro 1 F 19M Matilde Antunes Constâncio 0 - - Matilde de Araújo Tavares Ferreira 0 - - Matilde Filipa Sousa Oliveira 1 F 14A Nuno Filipe da Silva Prazeres 1 F 14A Paulo Jorge Nunes da Almeida 0 - - Pedro Miguel Barros Valente 1 F 8A Ruben Miguel Santos da Silva 1 F Salvador Andrade Ribeiro 0 - - Sofia Gomes Freitas 1 IDADE DOS PROGENITORES IDADE 20-30 31- 40 41-50 NÃO RESPONDEM PAI 4 7 2 5 MÃE 6 8 2 1 Depois da análise dos dados contidos nas tabelas acima representadas pode concluir- se que as famílias das crianças são maioritariamente nucleares (onze); há quatro casos de famílias monoparentais por motivo de divórcio/separação dos pais e quatro casos de famílias alargadas vivendo com os avós e tios. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 10. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Na sua maioria (mais de 50%) não são filhos únicos mas sim segundos filhos, com irmãos mais velhos. No entanto sete crianças são filhas únicas. Há ainda um caso que tem duas irmãs gémeas mais novas. A maioria dos pais tem idades compreendidas entre os trinta e os quarenta anos. NIVEL SOCIO-ECONOMICO SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS PAIS PROFISSÃO DA MAE EMPREGADA DESEMPREGADA NÃO RESPONDEM Técnica de contas a pagar 1 Gestora 1 Assistente de consultório 1 Empregada Domestica 1 Auditora 1 Empregada de balcão 3 Administrativa 1 Empregada de hotelaria 1 Gestora de Qualidade 1 Merchandiser 1 Cabeleireira 1 Empregada de limpeza 2 Sem profissão 2 Não respondem 2 PROFISSÃO DO PAI EMPREGADO DESEMPREGADO NÃO RESPONDEM Trabalho por conta própria 1 Motorista 1 Informático 1 Psicólogo 1 Engenheiro Químico 1 Vigilante 1 Técnico de alarmes 1 Gerente/ pasteleiro 1 Empregado de hotelaria 1 Responsável comercial 1 Sem profissão 3 Não respondem 8 ESCALÕES DO SASE ESCALÃO A ESCALÃO B OUTROS 2 4 13 PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 11. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Depois de uma análise feita aos dados sobre a situação económica das famílias podemos concluir que maioritariamente são famílias economicamente estáveis (só há dois casos de mães e três de pais desempregados). Há uma situação em que ambos os pais recebem Rendimento Social de Inclusão (RSI). Na sua maioria são famílias com um nível socioeconómico medio ou medio/baixo. HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DA MÃE 4ºANO 6ºANO 9ºANO 12ºANO LICENCIATURA MESTRADO NÃO RESPONDEM 2 3 2 4 3 0 5 HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DO PAI 4ºANO 6ºANO 9ºANO 12ºANO LICENCIATURA MESTRADO NÃO RESPONDEM 1 2 4 1 2 1 8 HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Nº DE PAIS 6 Ensino Superior 5 Ensino Secundário 6 3º Ciclo 5 2º Ciclo 3 1º Ciclo Sem dados 13 Total 38 Podemos também verificar (pela leitura dos quadros acima apresentados) que a formação académica dos progenitores corresponde a um grau de escolaridade medio/ baixo só havendo seis casos de formação universitária e seis de nível secundário. Há a salientar a existência de dois pais com formação ao nível de 1º ciclo. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 12. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS/ INTERESSES/ NECESSIDADES O grupo é composto maioritariamente por crianças de 3 anos, que se encontram numa fase de conquista da autonomia, com acentuadas características egocêntricas, com uma visão individualista da partilha dos materiais, dificuldades na aceitação do outro, na resolução dos conflitos. Estão ainda muito centradas em si mesmas, revelam dificuldade em ceder o que é deles, não conseguem diferenciar entre o mundo dos outros e elas próprias. Esta idade caracteriza-se, essencialmente pelo aparecimento da função simbólica, sob diferentes formas: linguagem, jogo simbólico, imitação diferida, e imagem mental. No jogo simbólico as crianças brincam e imitam acontecimentos ou pessoas que tenham impacto na sua vivência diária, sendo comum assumirem determinados papéis, como acontece, especialmente na área da casinha e no canto dos fantoches. Nestes espaços, as crianças inventam conversas ou reproduzem-nas, utilizam as bonecas como se fossem seus filhos, mudam a fralda, vestem roupas, dão-lhes comida, falam como elas; recriam histórias à semelhança das suas vivências. Muitas das ações no jogo simbólico têm por base os desejos da própria criança. O mundo vai tornando-se mais organizado, começam a colocar questões e a estabelecer a relação de causa e efeito. As noções temporais não estão definidas, para as crianças e tudo ainda muito confuso. Vivem o presente, o aqui, o agora, lembrando-se vagamente do passado e o futuro é especulado, mas ao qual não dão grande importância, a não ser que seja algo de muito significativo, como é o caso, por exemplo do Natal, ou do seu aniversário. O desenho surge essencialmente como intermediário entre o jogo simbólico e a imagem mental. Esta imagem mental surge como uma imitação interiorizada. As crianças começam a atribuir intencionalidade ao que estão a desenhar, apesar de os traços desenhados não corresponderem ao objeto real (realismo falhado) e de não serem percetíveis ao adulto. O desenvolvimento das capacidades motoras da criança permite-lhe conhecer e utilizar o seu corpo com maior segurança e domínio. O desenvolvimento da linguagem começa a ter cada vez mais relação com o meio ambiente - da qualidade e quantidade de estímulos, que o meio ambiente pode PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 13. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO proporcionar, depende o desenvolvimento destas competências. A linguagem passa de simples a mais elaborada, a criança começa a conseguir relatar factos mesmo que não sejam vivências suas. Há um grande progresso na sua capacidade linguística, apesar de ainda permanecerem algumas dificuldades articulatórias e de ainda haver falhas gramaticais. Os centros de interesse vão divergindo dos temas relacionados com o meio familiar. Por outro lado, as crianças aos 4 anos manifestam mais interesse por tudo o que as rodeia e desejo em descobrir situações novas, gostam de colocar questões sobre o que observam no sentido de obter respostas. Revelam uma maior disposição para aprender. São mais criativas recriando a realidade. Estabelecem laços de amizade cada vez mais fortes e começam a escolher os seus amigos preferidos. São mais atentas ao outro começando a descobrir e a entender os sentimentos dos outros. Permanecem mais tempo nas tarefas que executam, evidenciam maior empenho e maior capacidade de concentração. Demonstram um maior domínio no jogo simbólico e gostam de assumir papéis que combinam entre eles. Adoram disfarçar-se. Conversam incessantemente mesmo que ninguém os ouça. A sua linguagem é cada vez mais rica, rigorosa, clara e detalhada. Gostam de criar histórias misturando ficção com realidade. Adoram disparates e começam a ter sentido de humor. No desenho gostam que estes se pareçam com a realidade; ensaiam vários esboços até encontrarem a forma que mais lhes agrada; os pormenores aumentam e atribuem, sempre, significado ao que fazem; conseguem respeitar os limites da folha e a organizar-se dentro dela. Gostam de desafios. Possuem uma maior e melhor coordenação motora. Reconhecem as diferentes partes do corpo. Começam a interiorizar a noção temporal distinguindo passado (ontem) e presente (hoje) e futuro (amanhã). O processo de adaptação destas crianças foi conseguido de uma forma fácil e tranquila estando estas atualmente integradas nas rotinas do JI. Há apenas um caso que ainda chora quando é deixada pela avó e que durante o dia, em diversos momentos, afirma a sua tristeza porque a avo se foi embora. No subgrupo das crianças de 4 anos distinguem-se duas crianças que apresentam um desenvolvimento adequado à idade. Há outras duas crianças evidenciam competências e desempenho abaixo do esperado. Depois de ter realizado uma avaliação diagnostica de todas as crianças e de ter identificado as áreas mais fortes e menos fortes deste grupo concluo: PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 14. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Aspetos positivos: Apesar de ser um grupo maioritariamente de crianças de 3 anos salienta-se, na grande maioria:  O interesse manifestado na diversidade de atividades;  A capacidade de permanência em trabalho de grande grupo;  A atenção e o tempo de permanência nas tarefas;  Capacidade das crianças de identificar os seus sentimentos e estados de espírito Aspetos menos positivos e de preocupação: A existência de alguns casos de crianças (cinco) que evidenciam mal-estar, instabilidade, pouca autonomia e um atraso global de desenvolvimento que se traduz na falta de competências básicas expectáveis para a sua idade. De uma maneira geral sinto a necessidade de reforçar/consolidar/desenvolver:  A Autonomia;  O bem-estar e a implicação/envolvimento nas atividades;  A organização nas tarefas;  A consecução das tarefas sem a supervisão constante do adulto;  A concentração e atenção;  As vivências sociais (diversificando as visitas de estudo e as saídas ao exterior)  A linguagem (que em muitos casos está empobrecida)  Desempenho ao nível da coordenação motora fina e ao nível da representação gráfica. ÁREAS A REFORÇAR/ ACTIVIDADES A DESENVOLVER Tendo em consideração as caraterísticas destas crianças, as dificuldades e os problemas diagnosticados e depois de uma reflexão, foram definidas as áreas, os objetivos e as competências a reforçar, durante o presente ano letivo: Como não podia deixar de ser, considerando que o desenvolvimento se realiza de uma forma integral, todas as áreas de conteúdo vão ser trabalhadas, mas haverá sim, uma maior atenção e cuidado no que respeita às seguintes: PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 15. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO  Formação Pessoal e Social - por ser uma área transversal, integradora e estruturante de todo o processo educativo e do desenvolvimento global de cada criança como um ser único, autónomo, livre e solidário.  Linguagem oral e abordagem à escrita - por ser uma das preocupações contidas no PEA, combater a iliteracia e fomentar as competências leitoras  Área da Formação Pessoal e Social, promovendo situações de desenvolvimento emocional, cognitivo e relacional, de interiorização de conceitos de cidadania e de democracia, de desenvolvimento da autonomia, de desenvolvimento da identidade e do sentido de pertença ao grupo.  Competências/ atitudes a fomentar: Autoestima positiva Capacidade de iniciativa Auto-organização na tarefa Persistência na tarefa Curiosidade e desejo de aprender Sentimento de pertença Ligação aos outros e ao mundo  Atividades a desenvolver: Implementação de rotinas diárias; diálogos e conversas em individuais, em pequeno e em grande grupo; preenchimento dos Quadros de presenças, Quadro do tempo, Quadro da data; planificação conjunta de atividades e estratégias; resolução situações do dia-a-dia; tomada de decisões.  Área da Expressão Oral e da Linguagem, considerando que muitas das crianças apresentam um vocabulário empobrecido, um discurso simplista, e deficiência na articulação de muitos fonemas.  Competências/ atitudes a fomentar: Ser capaz de: Usar a linguagem como meio de comunicação; focalizar a atenção no diálogo, compreender o sentido das palavras e das ideias, comunicar com confiança através de um vocabulário adequado, correto e rico. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 16. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO  Atividades a desenvolver: Criar situações diárias que conduzam as crianças à expressão dos seus sentimentos e emoções, a descrever e relatar situações vividas em casa ou na rua, a comunicar ideias e pontos de vista, a recontar histórias usando os livros ou imagens, recorrendo a diversas técnicas (fantoches, flanelografo, através de pps), a ordenar imagens segundo uma sequência e ainda através da observação de livros informativos de visitas a bibliotecas e de idas ao teatro.  Área da Matemática, promover situações diárias de contagens que visam a construção do sentido de número, a correspondência termo a termo e o conceito de cardinalidade, através da manipulação de materiais colocados a disposição das crianças e ainda através de situações recriadas para esse efeito que fomentem as interiorização de noções espaço temporais, noções topológicas e de classificação de objetos.  Competências/ atitudes a fomentar: Ser capaz de: Organizar sequencialmente alguns objetos, classificar objetos de acordo com determinados atributos, contar e reconhecer a representação da quantidade associando-a ao algarismos, estabelecer a correspondência entre a quantidade e o algarismo representativo, seguir um raciocínio logico dedutivo, reconhecer e identificar as formas geométricas, descrever e localizar os objetos - noções topológicas, reconhecer o dia/noite, a sequência dos dias.  Atividades a desenvolver: Rotinas diárias de preenchimento de diversas tabelas de registo – Quadro das presenças, Quadro do tempo, Quadro dos leites; jogos de seriação e ordenação, de classificação, de formação de conjuntos, com as formas geométricas, contagens diversas, jogos que desenvolvam estabelecimento de relações, jogos de correspondência, de semelhança e diferença, experiências de pesagem e medição; modelagem com diversos tipos de pastas; construções com diversos materiais. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 17. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO  Área da Expressão Plástica, recorrendo à introdução gradual de diversas técnicas de plástica, reforçando o uso do desenho como meio de exteriorização de sentimentos, emoções e do pensamento, como forma de representação e “escrita”, promovendo experiências de exploração e descoberta dos diversos materiais colocados á sua disposição.  Competências/ atitudes a fomentar: Ser capaz de: Utilizar corretamente os lápis, pinceis, tesoura; usar livremente técnicas de recorte, rasgagem, desenho, pintura, colagem e modelagem Recriar, executar e apreciar.  Atividades a desenvolver: Atividades livres de exploração dos materiais, desenho livre, desenho orientado, registos diversos, rasgagem, recorte, colagem, digitinta, modelagem com diversos materiais, pintura com tinta e com lápis de cor, de cera e marcadores.  Área da Expressão Motora, desenvolver as capacidades motoras de locomoção – saltar, correr, saltar com um pé, rastejar, rebolar, subir e descer escadas - de controlo de movimentos, favorecer a interiorização do esquema corporal; promover situações de relaxamento e descontração.  Competências/ atitudes a fomentar: Ser capaz de: Identificar e localizar em si e no outro as diferentes partes do corpo; movimentar-se com agilidade e segurança usando as suas capacidades motoras, reconhecer as noções topológicas e identificar e definir a sua lateralidade  Atividades a desenvolver: No dia-a-dia ou em momentos predefinidos com atividades programadas para esse efeito, no recreio em situações de livre expressão ou em momentos criados PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 18. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO  Área do Conhecimento do Mundo, no dia-a-dia, favorecer a curiosidade, o espírito de iniciativa, a vontade de saber mais, sensibilizar para o respeito pela natureza, e desenvolver situações facilitadoras de saberes sociais e saberes sobre o Mundo  Competências/ atitudes a fomentar: Ser capaz de: Respeitar o meio ambiente; reconhecer o estado do tempo atmosférico; identificar as estações do Ano; reconhecer animais domésticos, salvagens identificando os seus habitats, hábitos alimentares, assumir um atitude exploratória manifestando desejo, curiosidade e vontade de saber mais.  Atividades a desenvolver Desafios lançados através de conversas em pequeno grupo e em grande grupo, recriando situações de reflexão sobre as atitudes corretas perante os outros, nomeadamente os animais, o meio ambiente; situações que fomentem o levantamento de hipóteses, a previsão de soluções; observação de livros que versem esta temática; exploração de temas e desenvolvimento de projetos.  Novas tecnologias de informação no dia-a-dia, promover o uso destas ferramentas através da realização de jogos de computador, de forma a familiarizar as crianças com o manuseamento do rato, introduzir gradualmente outros instrumentos nomeadamente o teclado, os DVDs e CDs assim como a presentação de pps e de pesquisas na net.  Competências/ atitudes a fomentar: Ser capaz de: Manipular o rato; explorar livremente os jogos; usar o programa de desenho (paint) FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES E ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 19. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO «Uma educação inclusiva é aquela em que o educador cria um contexto educativo onde cada criança encontra a estimulação de que necessita para progredir, não perdendo de vista nenhuma criança e respondendo bem a todas elas» Gabriela Portugal in Avaliação em Educação Pré-escolar, nov. 2010. A metodologia que vai ser adotada apoia-se no princípio de que todo o currículo se deve centrar nos interesses e necessidades das crianças e na aceitação do direito á igualdade de oportunidades fundamentais numa educação inclusiva. Partindo de uma perspetiva integradora e transversal dos saberes, confia-se nas capacidades das crianças, assenta-se a ação na co construção das aprendizagens entre crianças e adultos num “processo conflitual que leva a novos saberes”. (Zona de Desenvolvimento Próximo). Este projeto, elaborado com base no levantamento da problemática, assenta na avaliação diagnóstica das crianças, sustenta-se na definição das metas definidas no PEA.É construído e serve de andaime a todo o processo educativo, à planificação, adequação e execução das práticas educativas. No entanto exige-se uma estruturação aberta, flexível e dinâmica da planificação, por parte todos os intervenientes neste processo educativo. «O currículo é uma grande estrada por onde as crianças viajam, sob a orientação de um guia e companheiro experimentado, o educador. O efeito que a viagem terá sobre cada um dos viajantes será diferente, de acordo com as características, as intenções e formas de ser individuais e também de acordo com os contornos da estrada.” Teresa Vasconcelos in “Cadernos de Educação de Infância” Seguindo uma perspetiva construtivista do desenvolvimento, “na qual a aprendizagem é entendida como um processo de construção pessoal e social do conhecimento adequando toda a prática à realidade de desenvolvimento” o educador lança desafios para que as crianças ponham em questão os esquemas de conhecimento, forçando-as a progredir no seu desenvolvimento. Toda a ação pedagógica vai dirigir-se para aquilo que as crianças não conhecem, não dominam, quer dizer “ o ensino deve ser constantemente exigente com os alunos, pondo-os perante situações que os obriguem a implicar-se num esforço de compreensão da atuação” (Javier Onrubia). A conceção inicial deste projeto vai sendo transformada e enriquecida pela participação conjunta de todos os protagonistas (crianças e adultos) transformando- se num instrumento de inovação, definindo os objetivos, os conteúdos, as atividades e a avaliação dos processos e dos resultados. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 20. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO «É finalidade da educação pré-escolar organizar um conjunto de experiencias a partir das quais as crianças aprendem e desenvolvem competências pessoais e sociais. Este conjunto de experiências constitui o currículo, englobando princípios essenciais, valore, processos e praticas que formam a base de tudo o que sucede num determinado contexto educativo. PAPEL DO EDUCADOR O educador é o construtor e gestor do currículo. Está pessoalmente implicado em todo o processo. Atento e disponível a tudo o que se passa, agarra sugestões, escuta opiniões, mantém o diálogo, participa na elaboração do projeto. Alimenta a sua construção, envolvendo todas as crianças, promovendo as interações, a exploração e a aprendizagem. Partindo do conhecimento de cada criança e do grupo em geral, configura uma estrutura lógica e sequencial dos conteúdos, tendo em vista a interiorização e assimilação de novas aprendizagens e o desenvolvimento global das crianças. Favorece as aprendizagens, parte da motivação intrínseca, promove o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, sensibiliza para a Educação para os Valores, cria um espírito crítico e interventivo, desenvolve o espírito de interajuda e de trabalho cooperativo, promove uma atitude reflexiva. Transforma-se num elemento do grupo, mais experimentado, que planeia em interação com as crianças, organiza, e avalia cada degrau do projeto estabelecido em grupo. É também responsável pela organização de todo o ambiente educativo, pela relação afetiva que estabelece, pela implementação de atividades verdadeiramente desafiadoras e pela promoção do desenvolvimento global de todas as crianças enquanto seres únicos, contribuindo para uma verdadeira igualdade de oportunidades. ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO “O espaço, na educação constitui-se como uma estrutura de oportunidades. É uma condição externa que favorecerá ou dificultará o processo de crescimento pessoal e o desenvolvimento das atividades instrutivas. (…) Isto leva-nos a uma consideração bidimensional do espaço escolar: como contexto de aprendizagem e crescimento pessoal, por um lado e, por outro, como contexto de significados” Miguel Zabalza, 1992. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 21. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Conscientes da importância da qualidade das interações que se estabelecem entre todos os elementos do contexto educativo e que são determinantes da qualidade do trabalho e do ambiente educativo, procuramos incluir todos os agentes neste processo (educadoras, auxiliares; pais). É fundamental que, no JI, haja um trabalho em equipa em que estejam envolvidos todos os adultos, para que sejam adotadas as mesmas atitudes e formas de agir com as crianças, para que o trabalho desenvolvido seja coerente, organizado e promotor do desenvolvimento harmonioso das crianças. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO/ SALA “A sala é antes de mais nada, e sobretudo na Escola Infantil, um ambiente de vida”. Miguel Zabalza A sala é muito pequena e tem varias janelas, facto que, se por um lado dá um aspeto arejado, luminoso e alegre à sala, por outro dificulta a distribuição e organização dos espaços. Contudo, conseguiu – se organizar a sala criando-se diferentes áreas em que são permitidas às crianças atividades de grupo, atividades individuais, zonas de maior movimento e zonas de maior recato. Tratando-se de um grupo maioritariamente de crianças de 3 anos, a sala foi organizada e dividida em diferentes áreas que se entendeu serem de maior interesse, e agrado das crianças:  Área do faz-de-conta (inclui a Casinha das Bonecas e a zona de fantoches)  Área dos jogos e da matemática  Área das construções e garagem  Área das atividades plásticas (inclui a pintura)  Área do acolhimento  Biblioteca (inclui o computador) Estas diferentes zonas estão bem delimitadas, não são estanques e são transformadas ao longo do ano, de acordo com os projetos que vão surgindo, originando novas áreas, ou apenas modificadas e sempre renovadas. Todas o material das áreas está etiquetado de forma a facilitar a sua arrumação. Esta organização do espaço /sala permite: PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 22. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO  Fomentar a cooperação e aprendizagem na interação com os adultos e sobretudo, entre as crianças, pois estas resolvem problemas, comunicam entre si, fazem projetos comuns, partilham jogos, atividades e espaços,  Favorecer e fomentar a autonomia e o sentido de responsabilidade ao cuidar dos materiais, mantendo-os em ordem, limpos e arrumados.  Estimular na criança o sentido de partilha pois tudo é de todos, não só os materiais existentes como também o espaço. Área do faz-de-conta (Casinha das Bonecas e a zona de fantoches) O espaço é amplo e está dividido do resto da sala por uma grade com uma porta/cancela. A Casinha não está explicitamente subdividida em quarto, sala e cozinha mas estas zonas estão definidas. Os móveis estão etiquetados com o respetivo nome para que as crianças se habituem à escrita e à leitura. Há diverso material (pratos, tachos, copos, talheres, tábua de passar e ferro, bonecas com roupas, roupa de cama, telefone, etc.) para que as crianças possam desenvolver o jogo simbólico, recriando experiências familiares, assumindo e experimentando papeis. Os materiais existentes estão simplificados para que se vá fazendo uma integração gradual dos diversos materiais, aumentando a sua complexidade, provocando desafios cada vez mais estimulantes, renovando os espaços de brincadeira livre. Na casinha há também um espaço destinado a servir de mercearia/ lojinha. Há ainda um espaço dedicado ao disfarce onde as crianças se podem fantasiar de acordo com os papéis PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 23. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO que assumir e representar. Uma das divisórias pode ser transformada em cenário/ biombo para a realização de teatro de fantoches. Área da matemática O espaço destinado aos jogos desta área é reduzido. Assim encontram-se ao dispor das crianças diversos jogos e material do dia-a-dia das crianças que promovem as contagens (tampas de garrafas, botões em plástico). Há tabelas de dupla entrada, blocos lógicos, jogos de padrões, sequencias, associação, encaixes. Ao longo do ano estes jogos vão sendo substituídos por outros. Área dos Jogos Esta área ocupa uma grande parte da sala. È constituída por um armário onde estão guardados os jogos. Há também uma mesa grande as crianças podem fazer jogos de encaixe, puzzles; jogos de associação, lotos; dominós, pinos, enfiamentos. Ao mesmo tempo alguns jogos também podem ser feitos na manta do acolhimento. Há também um quadro magnético. Área das construções e garagem As brincadeiras com carros e as construções são uma das tarefas preferidas por uma grande parte das crianças do grupo. Neste espaço, para além de diverso material de construção (blocos de madeira, legos grandes e pequenos, pistas de carros e de comboio, material de carpintaria, material para construir cidades de madeira e de plástico) há uma garagem que facilita a organização no espaço. No chão, as crianças podem ainda brincar ao faz-de-conta em cima de um tapete, que se encontra á sua disposição, que contem a representação de uma cidade (com ruas e casas). PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 24. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Área das atividades plásticas (inclui a Pintura) Num armário específico para estas atividades, as crianças encontram diverso material tais como papéis de diversos tamanhos e grossuras, lápis de carvão, lápis de cor e de lápis de cera, pinceis e cola, revistas velhas, tesouras, plasticina, diverso material para colagens e contornos. Os trabalhos terminados são colocados num tabuleiro e os que estão ainda por terminar são guardados num outro. A presença de etiquetas com a identificação e nome de tudo facilita a organização e arrumo dos materiais assim como promovem a familiarização com o código escrito. Numa das paredes há um cavalete de pintura. Esta atividade está diariamente à disposição das crianças. Área do acolhimento Por ser um espaço que privilegia a troca de ideias, a discussão e tomada de decisões, há um tapete extenso, onde as crianças se sentam em lugares escolhidos e identificados com a foto de todos. Aqui é feito o acolhimento matinal, são planificadas as atividades e avaliado o dia. Nas paredes estão os quadros de registo:  Quadro das presenças,  Quadro do tempo  Data  Quadro de registo do nº de presenças e de leites consumidos  Quadro de Avaliação do dia PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 25. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Na sala há ainda material de música e de psicomotricidade: maracas feitas com material reutilizável, pandeireta, pequenos sacos de areia e pequenas bolas em plástico. Biblioteca (Computadores) A Biblioteca fica situada num canto da sala, perto de janelas, num espaço limitado por dois armários e permite um recolhimento e ambiente próprio de uma biblioteca. Uma das paredes é forrada a cortiça e numa outra há um flanelógrafo, que permite inventar histórias através de personagens e recontar os contos usando para esse efeito algumas ilustrações das histórias trabalhadas. As crianças podem também manipular as imagens de um ficheiro que vai sendo criado/enriquecido á medida que as temáticas vão sendo abordadas. Há uma variedade grande de livros de histórias e livros de carácter enciclopédico/ informativo que estão organizados por cores e temas. Existe ainda um leitor e vários CD’s de música variada - infantil, clássica e relaxante. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 26. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO No chão, as crianças podem sentar-se em almofadas. Ao seu dispor existe também uma mesa com cadeiras onde está um computador que serve para trabalho das crianças introduzindo-as no manuseamento desta ferramenta. Foram aplicadas as Escalas de Avaliação do Ambiente em Educação de Infância - ECER’S (Harms, Clifford & Cryer, 1998), edição revista( Set 2008) - como um instrumento regulador e avaliador do ambiente educativo com vista a uma melhoria constante e permanente. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO Na organização do tempo teve-se em conta a panificação de momentos comuns para as rotinas diárias, tempo para trabalho de grupo e para trabalho individual, considerando sempre o carater flexível e a necessidade de se adaptação às circunstâncias e situações que vão surgindo no dia-a-dia. O esquema abaixo apresentado é apenas um guião. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO 8h30 – 9h00 Receção das crianças na sala polivalente 9h00 -9h30 Acolhimento na sala; preenchimento dos Quadros das presenças e do Tempo; Dialogo/ planificação sobre as atividades a realizar 9h30 – 10h15 Atividades de livre escolha Arrumação da sala 10h15 – 10h45 Lanche da manhã Contagem e registo das crianças presentes e dos leites consumidos 10h45- 11h15 Tempo de trabalho orientado 11h15-11h30 Recreio (se o tempo atmosférico permitir uma vez que não temos um espaço coberto) 11h30-11h45 PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 27. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO 11h45 – 12h45 Preparação para o almoço – higiene Saída para o Almoço 13h00 – 14h00 Higiene depois do almoço 14h00 – 15h00 Atividades de livre escolha Atividade em grande grupo/ trabalho individualizado/ em 15h00 – 15h30 pequeno grupo Tempo de avaliação do dia e preenchimento do respetivo 15h30 Quadro. Saída para o lanche. (As crianças que não frequentam a CAF esperam, na sala pela chegada dos pais) OBJETIVOS Ao definir os objetivos do Projeto Curricular de Sala, tivemos em conta as crianças, o grupo e as nossas opções e conceções da educação Pré-Escolar. Assim, e porque acreditando numa escola de integração e de inclusão, onde se aceita a diferença, onde todos têm os mesmos direitos, onde se considera a subjetividade, estipulamos os objetivos gerais, baseados nas Orientações Curriculares. OBJETIVOS GERAIS  Atender ao desenvolvimento global de cada criança como um ser único, autónomo, livre e solidário.  Contribuir para uma igualdade de oportunidade para todas as crianças.  Fomentar o respeito pela individualidade dentro de grupos sociais multiculturais, baseando-se no respeito pela pluralidade das culturas  Promover o bem-estar e a autoestima. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 28. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO  Facilitar a participação e organização social tendo em vista uma vivência democrática e a crescente responsabilização, cooperação e participação na sociedade.  Perspetivar a educação da sensibilidade e do sentido estético.  Visar a aquisição de espírito crítico, numa perspetiva interventiva de educação para a cidadania.  Garantir a participação ativa de cada criança no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem, num ambiente facilitador que promova o sucesso do processo educativo.  Incentivar a participação das famílias no processo educativo, interagindo a escola.  Despistar inadaptações e ajudar a resolver conflitos potencialmente geradores de situações que afetam o desenvolvimento saudável das crianças PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 29. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO OBJETIVOS ESPECÍFICOS AREAS DE CONTEUDO DOMINIO OBJETIVOS - Contribuir para o bem-estar emocional e AREA DE FORMAÇÃO IDENTIDADE/ PESSOAL E SOCIAL AUTOESTIMA autoconfiança de cada criança. - Desenvolver a autonomia da criança e do grupo. AUTONOMIA / - Favorecer o sentido da responsabilidade, de CAPACIDADE DE INICIATIVA partilha, de cooperação, de entreajuda e do trabalho em grupo. COMPETENCIAS - Promover atitudes e valores que permitam às SOCIAIS: - Cooperação crianças tornarem-se cidadãos solidários. - Cidadania - Promover a vivência democrática – saber opinar, - Respeito pela saber ceder, saber desculpar, saber partilhar e diferença - Solidariedade dar. - Fomentar atitudes de tolerância, compreensão e respeito pelo outro. AREA DAS EXPRESSÕES E COMUNICAÇÃO: - Promover a apropriação das noções espaciais MOTORA MOTRICIDADE básicas GROSSA - Estimular a consciência e domínio do próprio corpo, em situações de relaxamento - Promover o jogo simbólico e o faz-de-conta. CRIATIVIDADE - Promover a comunicação verbal e não-verbal. DRAMÁTICA - Proporcionar a exteriorização das vivências individuais. - Proporcionar a exteriorização de situações PLÁSTICA EDUCAÇÃO DO vividas SENTIDO ESTETICO - Desenvolver a motricidade fina - Promover o contacto com diferentes materiais, EXPERIENCIA de expressão Plástica. ARTÍSTICA - Desenvolver a expressão livre e criativa – a criatividade CRIATIVIDADE - Desenvolver o sentido estético e o gosto pela arte através dos distintos papéis de executante, PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 30. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO criador e apreciador EDUCAÇÃO DO - Explorar e produzir diferentes sons e ritmos. MUSICAL SENTIDO ESTETICO - Desenvolver o sentido estético e a sensibilidade musical EXPERIENCIA - Fomentar a livre expressão musical ARTÍSTICA - Desenvolver as competências musicais de cada criança CRIATIVIDADE - Explorar e identificar sons produzidos pela Natureza. INTERAÇÕES ORAIS - Desenvolver a expressão oral e o gosto pela LINGUAGEM E EXPRESSÃO VERBAL comunicação através de diversas formas de E expressão e comunicação; EMERGENCIA DA - Saber escutar, compreender e comunicar; LEITURA - Promover a expressão através de vocabulário E CONSCIENCIA variado, com uma articulação correta, de acordo FONOLOGICA EMERGENCIA DA com a estrutura sintática e as regras de ESCRITA concordância; RECONHECIMENTO - Adquirir um maior domínio de expressão e DAS PALAVRAS ESCRITA comunicação- narrar acontecimentos, recontar histórias; CONVENÇÕES - Desenvolver a emergência das competências pre- GRAFICAS leitoras: consciência fonológica, reconhecimento da palavra escrita e das convenções gráficas - Fomentar o gosto pelos livros e pela leitura. - Proporcionar a familiarização com a palavra e a funcionalidade da linguagem escrita SENTIDO DO - Promover situações diárias de contagens que MATEMÁTICA NUMERO visam a construção do sentido de número, a correspondência termo a termo e o conceito de GEOMETRIA cardinalidade - Fomentar a emergência das operações matemáticas e do cálculo mental ORGANIZAÇÃO DE - Estimular a interiorização de noções topológicas DADOS - Estimular a construção da noção de espaço - Apoiar e fomentar o espírito crítico e reflexivo PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 31. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO na resolução de problemas. - Desenvolver o raciocínio lógico – matemático. - Favorecer a construção da noção de tempo AREA DO COMPREENSÃO DO CONHECIMENTO DO MUNDO FISICO - Proporcionar situações facilitadoras da aquisição MUNDO SOCIAL E de saberes sociais e sobre o Mundo. - Sensibilizar para a Natureza e despertar para o respeito a ter com ela. - Favorecer o contacto direto com a Natureza - Sensibilizar para a Educação Ambiental CIENCIAS EXPERIMENTAIS - Estimular o pensamento crítico e a necessidade de pesquisa - Fomentar a curiosidade e a vontade de saber mais, fator fundamental para a aprendizagem e crescimento pessoal - Abrir novos horizontes na aprendizagem científica futura; promove conhecimentos nas áreas da Biologia, Geografia, Química e Física. - Democratizar o conceito de ciência, tornando-o acessível a todos. - Sublinhar a importância na vida quotidiana - Desenvolver a capacidade de partilha e de colaboração. TECNOLOGIAS DA - Fomentar a autonomia e responsabilidade na INFORMAÇÃO E utilização do computador: manipula o rato e COMUNICAÇÃO explora jogos, etc PROJETOS TRANSVERSAIS A DESENVOLVER AO LONGO DO ANO Ao longo de todo o ano letivo vão ser implementados/desenvolvidos projetos transversais a todo o agrupamento e que fazem parte do Plano estratégico do PEA TEIPII PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 32. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO PARTICIPAÇÃO NO PROJETO ALER+ Objetivos Gerais: Desenvolver as competências leitoras e pre-leitoras Objetivos específicos: Promover o gosto pelos livros; Fomentar hábitos de leitura; Envolver as famílias na criação destes hábitos. Atividades: Comemorações de dias especiais - Semana da leitura; Dia do livro Desenvolvimento de atividades específicas em contexto de sala, ao longo de todo o ano; Implementação do projeto de empréstimo de livros; Participação no projeto Histórias à Lupa com a BMAG; Atividades semanais de leitura; Visita de um contador de histórias Contactos com escritores ou ilustradores; Intercâmbio com famílias e outras salas Visitas a Bibliotecas. Recursos existentes: Comunidade Educativa; Biblioteca Municipal Almeida Garrett (BMAG); JFR; biblioteca pessoal da educadora Calendarização: Ao longo do ano letivo e em dias chave tais como: Projeto Histórias à Lupa – Maio, Semana da leitura – de 5 a 9 de Março; Dia das Bibliotecas Escolares – Outubro; Dia Internacional do Livro - Abril; Semana do Livro Infantil; Outros. EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE (PASSEZINHO) Objetivos Gerais: Fomentar a aquisição de atitudes que levam a um desenvolvimento adequado tendo em vista um estilo de vida saudável Objetivos específicos: Reflexão sobre a importância de uma alimentação equilibrada, sobre a aquisição de hábitos de higiene, sobre aquisição de hábitos de vida saudáveis Justificação da acão – Ir de encontro às preocupações e levantamento de problemas desta População, numa parceria com o Centro de Saúde Atividades: Atividades desenvolvidas em contexto de sala ao longo de todo o ano Projeto “Semana da Alimentação” - Outubro; Sensibilização aos cuidados de higiene (corporal e oral). Recursos existentes: Participação no projeto «Passezinho» com o CS; articulação com alunas finalistas do curso de Enfermagem da UCP PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 33. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Calendarização: Ao longo do ano e em momentos chave tais como: Semana da alimentação; ações de sensibilização Avaliação: Através de reflexões com as crianças AGENDA 21 Objetivos Gerais: Implementar atitudes de respeito pela natureza, tendo em vista um desenvolvimento sustentável. Objetivos específicos: Envolver as crianças/ a escola/ família no projeto de reciclagem do lixo Justificação da ação: Princípios consagrados na Agenda 21 de que o nosso agrupamento faz parte. Atividades: Diversas atividades de reutilização de materiais, desenvolvidas ao longo do ano em contexto de sala; Criação de pequenos ecopontos reutilizando materiais de desperdício para fomentar a reciclagem na sala; Participação das crianças nas Ações desenvolvidas pela Lipor; Comemoração de Dias Especiais: (Dia Mundial da Água; Dia da Floresta; Chegada da Primavera; Dia do Ambiente); Realização de Visitas de estudo; Criação, na sala, de um Cantinho de exploração do Mundo / Natureza. Calendarização: Ao longo do ano letivo Avaliação: Comprovação da alteração dos comportamentos das famílias através de diálogos com as crianças. ENVOLVIMENTOS DAS FAMÍLIAS Objetivos Gerais: Fomentar uma boa articulação com as famílias (Retirado do PEA) Objetivos específicos: Promover o intercâmbio escola/ família; aumentar a participação das famílias na escola e na vida escolar dos filhos Atividades: Realização do blogue «A sala 3 do JI VG - http://asala3dojivg.blogspot.com/; Momentos de partilha/reuniões individuais ou coletivas; Visita de pais à escola para troca das suas experiências profissionais; Justificação da Ação: Fundamentado nas linhas orientadoras e prioridades educativas do PEA PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 34. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Parceiros a envolver: Associação de Pais; JFR; Agrupamento do Viso; BMAG; Calendarização: Ao longo de todo o ano letivo Avaliação: Envolvimento dos encarregados de educação, Participação nas reuniões; Contribuição para a elaboração das atividades de intercâmbio. AVALIAÇÃO Avaliação das crianças «A avaliação (só) pode ser concebida e utilizada como um meio de aprendizagem e não apenas como um exercício de comprovação da aquisição da mesma. Não é o momento final de um processo e, mesmo que o seja, pode converter-se no início de um novo processo mais rico e fundamentado.» Miguel Santos Guerra in” Uma seta no alvo”, Nov.2003 Seguindo as linhas definidas nos documentos emanados do ME 2, “Avaliar o processo e os efeitos implica tomar consciência da ação para adequar o processo educativo às necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução. A avaliação realizada com as crianças é uma atividade educativa, constituindo também uma base de avaliação para o educador. A sua reflexão, a partir dos efeitos que vai observando, possibilita- lhe estabelecer a progressão das aprendizagens a desenvolver com cada criança. Neste sentido, a avaliação é suporte do planeamento.” É “um processo contínuo e interpretativo que se interessa mais pelos processos do que pelos resultados e procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, de modo a que vá tomando consciência do que já conseguiu e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando”. 2 Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar; Perfil Específico de Desempenho Profissional do Educador de Infância; Procedimentos e práticas organizativas e pedagógicas na avaliação na educação Pré-Escolar; Avaliação na Educação Pré-escolar; Gestão do Currículo na Educação Pré-escolar. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 35. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Assim, a avaliação é entendida como um instrumento de reflexão e monotorização de toda a ação educativa, contribui para a reavaliação e adequação das práticas, tendo em consideração o grupo e cada criança. Constitui um elemento de apoio estratégico ao desenvolvimento da ação educativa pois permite analisar o percurso efetuado e, por outro lado, perspetivar o futuro. É um guia útil para uma prática inteligente, refletida e criativa visando o sucesso educativo. É desenvolvida em vários momentos de decisão:  Avaliação diagnóstica, que serve para alicerçar a conceção do currículo, a planificação e a organização do ambiente educativo;  Avaliação da evolução das aprendizagens das crianças realizada nos finais de período e final de ano que serve para direcionar a planificação com vista à obtenção das Metas de Aprendizagem.  Avaliação das atividades, do Projeto Curricular e de toda a ação educativa, no final de cada trimestre, para reajustar as linhas de orientação e de atuação. «As boas decisões acerca de quando intervir dependem de se observar de perto as interações e da avaliação das capacidades individuais das crianças para resolverem conflitos sem ajuda dos adultos, para afirmarem e defenderem os seus direitos, e para se envolverem de uma forma satisfatória e construtiva no trabalho e nas brincadeiras.3» Avaliação do Ambiente Educativo Pensar «o espaço para lhe dar uma primeira organização é, usando Dewey, um exercício que visa intencionalmente fazer do espaço um território feito de muitos territórios, de jogos, trabalho, sonho, transgressão…4». Assim, cada educador transforma o espaço da sala num local privilegiado de atuação, de relações e de intencionalidade educativa onde a sua atualização, mudança, avaliação e reavaliação, são uma constante. A sua organização não é totalmente fixa. Para que o ambiente seja realmente promotor de desenvolvimento há necessidade de, também, se realizar uma avaliação da organização do espaço 3 In «Educação pré-escolar - A construção Social da Moralidade» ; Organização de júlia Formosinho, pag. 22 4 In «O espaço e o tempo na pedagogia-em-participação» Júlia Oliveira-Formosinho - 2011 PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 36. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Esta avaliação será feita com base na aplicação das Escalas de Avaliação do Ambiente em Educação de Infância - ECER’S, (Harms, Clifford & Cryer, 1998) numa versão revista e adaptada ao contexto português de 2008. Instrumentos utilizados: Recorre-se à utilização de diversos instrumentos:  Registo de observação continua,  Dossiers das crianças  Check-list (grelhas de apoio e orientação para o educador)  SAC’s – Sistema de acompanhamento de Crianças (aplicação das escalas de bem-estar e implicação de Ferre Leavers)  ECER´s- Escalas de avaliação do Ambiente em Educação de Infância  Fichas de avaliação.  Metas de aprendizagem  Materiais diversos construídos pela educadora que promovem autoavaliação das crianças (reforço da autorregulação das crianças, quadro das áreas trabalhadas/exploradas, atividades desenvolvidas, etc.) «Observa-se para avaliar, avalia-se para decidir, decide-se para agir» Paulo del Pino Fernandes INTERAÇÃO ESCOLA / FAMÍLIA Porque “Uma boa relação entre a escola e a família é, muitas vezes o segredo do êxito escolar da criança, da sua alegria e segurança afetiva” e “A família e a instituição de educação pré-escolar são dois contextos sociais que contribuem para a educação da mesma criança; importa por isso, que haja uma boa relação entre estes dois sistemas!5”. Assim pretendo: Estabelecer uma relação próxima com as famílias através de um dialogo permanente. 5 In, Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 37. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO Fomentar participação dos pais na vida escolar dos filhos, promovendo a vinda à sala para troca de experiencias e leitura de histórias. Promover reuniões de pais - individuais ou em grupo - para troca de ideias sobre os filhos. Divulgar as atividades desenvolvidas no JI, através destas reuniões e da atualização do Blogue da sala - http://asala3dojivg.blogspot.com/. Incentivar a interação família – escola pedindo às crianças para trazerem materiais de casa, permitindo a participação dos pais nas atividades. Estabelecer, com os pais, o intercâmbio de materiais do JI facilitando a aproximação e envolvimento dos pais com os filhos e ao mesmo tempo desenvolver o sentido de responsabilidade nas crianças pelos materiais que pertencem a todos. Implementar o projeto de empréstimo semanal de livros. Dar a conhecer as avaliações das crianças em vários momentos previamente calendarizados CONSIDERAÇÕES FINAIS PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
  • 38. AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO BIBLIOGRAFIA  «Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar», ME, Departamento de Educação Básica, Núcleo de Educação Pré-escolar, Setembro de 1997.  «Manual de desenvolvimento Curricular para a educação de infância», Texto Editora, Lisboa, Junho de 2004  «A descoberta da escrita», textos de apoio para Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2008  «Linguagem e Comunicação no Jardim de Infância», textos de apoio para Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2008  «Sentido do número e organização de dados», textos de apoio para Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2008  «Geometria», textos de apoio para Educadores de Infância» ME - DGIDC, 2008  «Despertar para as ciências», atividades dos 3 aos 6, ME - DGIDC, 2009  «As artes no Jardim de Infância», textos de apoio para Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2010  «Avaliação em Educação pré-escolar - Sistema de Acompanhamento das crianças», Gabriela Portugal e Ferre Laevers, Porto Editora, 2010  «Aprender… Matemática do Jardim de Infância à escola», João Sampaio Maia, Porto Editora, 2008  «Qualidade e Projeto na Educação Pré-Escolar», ME, Outubro de 1998.  «Uma seta no Alvo – A Avaliação como Aprendizagem», Miguel Santos Guerra, Edições ASA, Nov.2003.  «Diário de Aula», Miguel Zabalza, Porto Editora, 1994.  «Escalas de avaliação do ambiente em educação de Infância», edição portuguesa e revista (Harms, Clifford & Cryer, 1998)  «O espaço e o tempo na pedagogia-em-participação» Júlia Oliveira- Formosinho, Porto Editora, Junho 2011. PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA