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ONHB15 Oficial / Fase 4
ONHB / IFCH - Unicamp
Conteúdo
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
35 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
36 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
37 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
38 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
39 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
40 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
41 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
42 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
43 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
44 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
45 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
46 / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
055: A última floresta . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
056: Tecnologia é liberdade . . . . . . . . . . . . . 10
057: O sentido da colonização . . . . . . . . . . . . 10
058: Entrevista com Fernando Novais . . . . . . . . 12
059: Outro rapaz morre com a peste-gay . . . . . . 12
060: Peste Gay já apavora São Paulo . . . . . . . . 13
061: Brasil contra a AIDS . . . . . . . . . . . . . . . 13
062: Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense . 13
063: Luiz Eurico Tejera Lisbôa (Ausenc’as, 2015) . . 14
064: Luiz Eurico Tejera Lisbôa . . . . . . . . . . . . 14
065: Museu Republicano . . . . . . . . . . . . . . . 15
066: Museu Republicano . . . . . . . . . . . . . . . 15
067: Seguro você vive melhor . . . . . . . . . . . . . 16
068: Especialistas veem perigo em armar cidadãos e
atiradores esperam mais incentivos do governo 16
069: O Último Tamoio . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
070: É . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1
Introdução
A aventura traz novas surpresas...
Sejam bem-vindo(a)s à Fase 4 da décima quinta edição da Olimpíada
Nacional em História do Brasil!
A quarta da fase da 15ª Olimpíada inicia dia 29 de maio (segunda-feira) e
encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 03 de junho (sábado). Esta
fase é composta por 11 Questões e 1 Tarefa. Lembre-se: em nossa prova,
cada questão possui quatro alternativas. Há mais de uma resposta
correta, mas cabe a sua equipe escolher qual alternativa considera como a
mais adequada e selecioná-la. A prova pode ser salva em “rascunho”, mas
não se esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando em
“entregar a questão”. Após clicar em “entregar a questão” não será mais
possível realizar alterações na questão.
Bom trabalho a todos!
2
Questões
35 / Questão
Assista ao trailer do documentário A última floresta (2020):
Documento 055 Trailer p. 10
A última floresta
O trailer indica que o filme
A. denuncia a tensão entre mineradores e povos indígenas,
conferindo protagonismo aos dilemas cotidianos e à cultura
local dos Yanomami, na perspectiva de um roteirista branco.
B. possibilita um olhar sensível sobre os impactos na vida de
grupos indígenas causados pelo contato com brancos, tema
este explorado em outros filmes do diretor Luiz Bolognesi.
C. recorre a uma representação da vida e dos costumes dos
Yanomami, mantendo como língua principal a dos
protagonistas, o que torna necessário o uso de legendas em
língua portuguesa.
D. contribui para uma reflexão, em uma perspectiva de longa
duração, sobre a violência contra os povos indígenas,
destacando, sobretudo, demandas do tempo presente.
36 / Questão
Observe, a seguir, a propaganda veiculada em uma revista
brasileira em 1988:
Documento 056 Propaganda p. 10
Tecnologia é liberdade
A propaganda:
A. É direcionada para um público específico e se baseia em
identificar, divulgar e vender soluções tipicamente
associadas a ele.
B. Apesar de apresentar uma retórica modernizadora, reforça
preconceitos e papéis de gênero atribuídos ao público
feminino.
C. Era um material comercial raramente voltado às mulheres
nas revistas que, àquela época, eram consumidas
convencionalmente por homens.
D. Pressupõe que tarefas domésticas e cozinhar para a família
são atividades obrigatórias da vida da mulher.
37 / Questão
Leia a seguir uma adaptação do capítulo “O sentido da
colonização”, do livro Formação do Brasil Contemporâneo, escrito
por Caio Prado Jr., e publicado pela primeira vez em 1942.
Documento 057 Texto Acadêmico p. 10
O sentido da colonização
No texto, o historiador:
A. Demonstra que, como o objetivo dos europeus estava
centrado nas atividades mercantis - que já ocorriam com o
Oriente - não lhes interessou o imediato povoamento da
América.
B. Explica como a expansão demográfica verificada na
Península Ibérica, no período posterior à Peste Negra,
proporcionou um excedente populacional imprescindível à
colonização americana nos trópicos.
C. Relaciona a migração de minorias perseguidas, no contexto
dos conflitos político-religiosos dos séculos XVI e XVII, ao
processo de ocupação da zona temperada do continente
americano.
D. Destaca o pioneirismo de Portugal em diversas ações
relacionadas à empresa colonial, por exemplo, o avanço
pelo oceano em busca de monopólios e a escravidão de
pessoas africanas.
3
38 / Questão
Volte ao texto de Caio Prado Jr. e, em seguida, leia o fragmento da
entrevista sobre essa obra com o historiador Fernando Novais,
publicada no livro Formação do Brasil Contemporâneo (edição da
Companhia das Letras, 2011).
Documento 057 Texto Acadêmico p. 10
O sentido da colonização
Documento 058 Entrevista p. 12
Entrevista com Fernando Novais
Caio Prado Jr.:
A. Afirmou que o “sentido da colonização” foi dado pela
organização da produção destinada a explorar os recursos
naturais da colônia, mas sempre voltada para o mercado
externo, para o proveito do comércio europeu.
B. Demonstrou como a catequização, realizada dentro dos
preceitos da Contrarreforma, teve papel fundamental no
empreendimento colonial, ao legitimar o domínio dos
portugueses sobre o território e sobre os povos indígenas.
C. Foi uma importante referência para Fernando Novais, autor
de ”Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial
(1777-1808)”, obra que analisa, entre outros aspectos, a
transição do capitalismo comercial para o industrial.
D. Elaborou um “sentido de colonização” que se reafirma por
contraposição de ideias e síntese entre elas, extrapolando a
colonização portuguesa e englobando as características da
economia global da era moderna.
39 / Questão
Documento 059 Jornal p. 12
Outro rapaz morre com a peste-gay
Documento 060 Jornal p. 13
Peste Gay já apavora São Paulo
Documento 061 Propaganda p. 13
Brasil contra a AIDS
Sobre os documentos e o tema que eles apresentam, escolha
uma alternativa:
A. A campanha televisiva sugere a transferência de
responsabilidades do Estado para os indivíduos, na
prevenção e luta contra a doença.
B. Trazem um conjunto de informações sobre a circulação do
vírus e formas de transmissão da Aids no Brasil, nos anos
1980.
C. Os associam contrair a doença à orientação sexual,
estigmatizando os homossexuais como grandes
responsáveis pela propagação do vírus.
D. Demonstram que, no final da década de 1980, os cientistas
desenvolveram os medicamentos antirretrovirais que
eliminam a AIDS do organismo.
40 / Questão
Documento 062 Jornal p. 13
Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense
O documento
A. usa como argumento moral o fato de que a história, no
futuro, virá a julgar e condenar os atos dos homens no
tempo presente.
B. indica como a cessação da escravidão foi um processo que
antecedeu a data de 13 de maio de 1888, e não se
fundamentava unicamente na vontade dos proprietários.
C. denota a abolição tardia em terras brasileiras como
ausência de patriotismo, em comparação com a ocorrida na
Revolução Francesa.
D. apresenta como honradas as localidades que libertaram
seus escravizados e descreve a instituição da escravidão
como marca de atraso e motivo de vergonha.
4
41 / Questão
A exposição Ausenc’as é composta por fotografias do argentino
Gustavo Germano. Em 2015 ela esteve em cartaz no Memorial da
Resistência de São Paulo. Observe uma das fotografias que a
compõem, e em seguida, leia a biografia de Luiz Eurico Tejera
Lisbôa, que aparece na primeira fotografia .
Documento 063 Fotografia p. 14
Luiz Eurico Tejera Lisbôa (Ausenc’as, 2015)
Documento 064 Biografia p. 14
Luiz Eurico Tejera Lisbôa
Sobre os documentos e os temas que eles suscitam, escolha uma
alternativa.
A. o tema do desaparecimento político durante a ditadura
militar é o tema mais sensível na historiografia brasileira.
B. Opor passado a presente é uma estratégia artística para
representar desaparecidos políticos.
C. Familiares de desaparecidos seguem lutando pela verdade e
esclarecimento no âmbito público.
D. A arte é uma ferramenta para tratar sobre passados
sensíveis para diferentes públicos.
Conteúdo adicional
LINK: Gustavo Germano
https://www.gustavogermano.com/portfolio/ausencias-brasil-2012/
42 / Questão
Leia os documentos a respeito da criação do Museu Republicano
“Convenção de Itu”, na cidade de Itu, no interior de São Paulo, em
1923.
Documento 065 Jornal p. 15
Museu Republicano
Documento 066 Jornal p. 15
Museu Republicano
A criação do Museu Republicano
A. foi iniciativa do governo estadual, em homenagem à
convenção que fundou o Partido Republicano Paulista (PRP),
em 1873.
B. buscou enquadrar a região de Itu a outros eventos
canônicos a fim de legitimar o protagonismo paulista no
período republicano.
C. esteve conectada à cultura histórica do período,
reconhecendo a pluralidade e diversidade social.
D. teve como pressuposto a utilização do lugar onde ocorreu a
Convenção de Itu para justificar sua narrativa museal.
5
43 / Questão
Documento 067 Propaganda p. 16
Seguro você vive melhor
Documento 068 Jorna eletrônico p. 16
Especialistas veem perigo em armar cidadãos e atiradores
esperam mais incentivos do governo
Escolha uma alternativa:
A. É possível associar o aumento de feminicídios por armas de
fogo e de atentados contra escolas ao crescente número de
armas de fogo nas mãos de civis.
B. O Estatuto do Desarmamento, aprovado no início da década
de 1990, estabelece o registro e controle de armas de fogo e
as penas para usos irresponsáveis.
C. Os documentos indicam diferentes relações de aquisição e
posse de armas de fogo nas últimas décadas no Brasil, de
acordo com a rigidez ou frouxidão das leis.
D. “Sentir-se seguro”, diferente do que aponta a propaganda,
deve ser garantido pelo Estado, pois a segurança pública,
por meio de políticas específicas, é um de seus principais
deveres.
44 / Questão
Observe a obra seguir:
Documento 069 Óleo sobre tela p. 17
O Último Tamoio
O quadro
A. retrata a morte de um líder indígena em uma praia durante a
Confederação dos Tamoios, tendo o seu corpo acolhido pelo
padre jesuíta José de Anchieta.
B. traz a interpretação do artista sobre um acontecimento mais
de 300 anos após o ocorrido, tendo como inspiração um
poema épico de Gonçalves de Magalhães.
C. ao trazer a figura de Aimberê morto, oferece um significado
sombrio que contrasta com a representação do indianismo
em obras do século XIX.
D. evidencia o caráter dominador do indígena, conectando-se
com o sentido pretendido por Rodolfo Amoêdo em
representar os povos originários fidedignamente.
45 / Questão
Leia a letra e ouça a canção “É”:
Documento 070 Música p. 17
É
A canção
A. parte de aspirações emocionais, criando uma aura de
identidade do povo brasileiro que clama por direitos ainda
não efetivados após os anos de repressão e supressão de
direitos.
B. foi composta durante a ditadura civil-militar e teve sua
primeira versão censurada, sendo lançada apenas em 1988,
no LP Corações Marginais.
C. faz uso recorrente do verbo ”ser” esvaziado do seu sentido
de ação, mas sim como uma interjeição, a partir da qual
exprime ideias simultâneas de frustração e de desejo,
chamando a atenção para aquilo que falta.
D. foi composta por Gonzaguinha que, em 1969, fundou o
Movimento Artístico Universitário (MAU), com Ivan Lins,
Aldir Blanc e César Costa Filho, entre outros.
6
46 / Tarefa
Prezado(a)s participantes da 15ª Olimpíada Nacional em História
do Brasil
Apresentamos aqui a quarta Tarefa da Olimpíada. Trata-se de
uma tarefa criada na 10ª edição da ONHB e que traz uma
atividade bastante comum aos historiadores. Quando os
historiadores fazem suas pesquisas, por exemplo, em arquivos,
bibliotecas, museus e acervos pessoais, frequentemente têm que
ler, decifrar e compreender documentos produzidos no passado.
Nesta Tarefa trazemos para vocês documento cartorial da
segunda mentade do século XIXI, e os desafiamos a ler, entender
e transcrever esse documento.
Como ele está em letra cursiva (escrita à mão), vocês devem
seguir algumas dicas que os pesquisadores utilizam:
a) leiam com calma cada palavra, tentando dar sentido ao que
está escrito;
b) procurem se acostumar com as formas como o(s) autor(s)
desenha(m) certas letras, pois essas formas se repetem e podem
auxiliar a decifrar outras palavras;
c) estejam atentos aos detalhes - o historiador também é uma
espécie de “detetive do passado”.
Instruções para realizar a tarefa:
1) Cada espaço em aberto no “box de edição” (formulário
editável) corresponde a um trecho [linha] que “retiramos” do
texto. Vocês devem ler o mesmo trecho no documento original e
escrevê-lo no espaço correspondente;
2) Uma pequena parte da transcrição já está realizada dentro do
box de edição da tarefa. Sua equipe deve completar os trechos
faltantes conforme indicado “box de edição” e demarcado no
documento;
3) As linhas estão numeradas. Conforme se passa o “mouse”
sobre a parte a ser preenchida, a mesma parte aparece em
destaque no documento original. Fizemos isso para que os
participantes não se percam na leitura do documento;
4) Na escrita, é possível usar a grafia atual (a forma de escrever a
palavra que usamos hoje) ou a grafia da época ou ainda misturar
as duas. Cada espaço preenchido vale ponto;
5) A transcrição deve acompanhar o texto apresentado em cada
linha do documento. Transcrições realizadas em locais incorretos
do texto não serão pontuadas;
6) A transcrição deve respeitar a pontuação, letras maiúsculas e
minúsculas etc. e principalmente as linhas em que os trechos se
encontram;
7) As abreviações, se existirem, podem ser mantidas ou
transcritas por extenso, cabe à equipe escolher a forma como
prefere registrá-las, desde que sejam coerentes com o que está
registrado no documento.
8) Nesta edição optou-se por não incluir na transcrição algumas
partes do documento, assim, observem atentamente aquilo que
está contemplado em cada linha indicada para a transcrição.
Atenção!
O sistema não permite o envio da tarefa a menos que TODOS os
trechos selecionados estejam transcritos. É necessário confirmar
a transcrição depois que a sua equipe terminar a tarefa.
Ao preencher o formulário com a transcrição de cada linha a
equipe deverá clicar em “Salvar Rascunho”, assim, o que foi
realizado até o momento será salvo em modo rascunho, e mesmo
que vocês saiam da página da Olimpíada e retornem depois, o
rascunho estará salvo e disponível. Para sua segurança o sistema
“desloga” quando a tarefa permanece muito tempo em edição,
assim sugerimos que a equipe salve periodicamente em modo
rascunho sua tarefa.
Lembramos que não é recomendável que mais de uma pessoa
edite a tarefa ao mesmo tempo. Nosso sistema não permite
sobreposição de rascunhos salvos em edições simultâneas em
tarefas de uma mesma equipe. Apenas aquilo que um dos
participantes realiza será salvo, podendo ser perdidas
informações e preenchimentos. A Comissão Organizadora da
ONHB não se responsabiliza por problemas causados por
edições simultâneas de tarefas em uma mesma equipe, sendo
computado para a composição da nota apenas aquilo que for
enviado como tarefa finalizada após um dos membros da equipe
clicar no botão “Entregar a questão”.
O envio definitivo ocorre apenas quando um membro da equipe
clicar em “Entregar a questão”. Para que o botão “Entregar
questão” seja liberado é necessário que todas as linhas estejam
preenchidas e salvas em rascunho.
Após clicar em “Entregar a questão” nenhuma alteração poderá
ser feita. Por isso só clique em “Entregar a questão” após ter
transcrito todos os trechos do documento e ter certeza de que
deseja finalizar a tarefa
Mãos à obra!
7
DOCUMENTO A SER TRANSCRITO COM INDICAÇÃO DAS LINHAS
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34
LINHAS A SEREM TRANSCRITAS
Observe que alguns trechos já estão transcritos, preencha os vazios.
1
2
3
4
5
6 1871
7
8
9
10
11
12 testamento
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14
15
16
17
18
19
20 Mãe
21
22
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24
25
26
27
28
29
30
8
31
32 Amaro
33
34
9
Documentos
Documento 055
A última floresta
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: ELENCO: Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami,
Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami, Roseane
Yanomami, Daucirene Yanomami
DIRETOR: Luiz Bolognesi
ROTERISTAS: Davi Kopenawa Yanomami e Luiz Bolognesi
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Pedro J. Márquez
PRODUTORES: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi
PRODUTORAS: Gullane e Buriti Filmes
DISTRIBUIDORA: Gullane
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WAVOR3Ob1_g CRÉDITOS: DIREÇÃO DE
FOTOGRAFIA: Pedro J. Márquez
PRODUTORES: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi
PRODUTORAS: Gullane e Buriti Filmes
DISTRIBUIDORA: Gullane PALAVRAS-CHAVE: documentário, cinema, indígenas
Documento 056
Tecnologia é liberdade
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Revista Manchete, 1988. Via Baú da Propaganda
Nacional (@bpnacional). Disponível em: https://twitter.com/bpnacional/status/1608876448823275522.
Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Revista Manchete PALAVRAS-CHAVE: tecnologia,
propaganda, século xx
Documento 057
O sentido da colonização
(...) Estamos tão acostumados em nos ocupar com o fato da
colonização brasileira, que a iniciativa dela, os motivos que a
inspiraram e determinaram, os rumos que tomou em virtude
daqueles impulsos iniciais se perdem de vista. Ela aparece
como um acontecimento fatal e necessário, derivado natural e
espontaneamente do simples fato do descobrimento. E os
rumos que tomou também se afiguram como resultados
exclusivos daquele fato. Esquecemos aí os antecedentes que se
acumulam atrás de tais ocorrências, e o grande número de
circunstâncias particulares que ditaram as normas a seguir.
(...) O primeiro passo [as condições para a expansão
ultramarina] estava dado e a Europa deixará de viver recolhida
sobre si mesma para enfrentar o oceano. O papel de pioneiro
nessa nova etapa caberá aos portugueses, os melhores
situados, geograficamente, no extremo dessa península que
avança pelo mar. Enquanto holandeses, ingleses, normandos e
bretões se ocupam na via comercial recém-aberta, e que
bordeja e envolve pelo mar o ocidente europeu, os portugueses
vão mais longe, procurando empresas em que não
encontrassem concorrentes mais antigos e já instalados, e
para que contavam com vantagens geográficas apreciáveis:
buscarão a costa ocidental da África, traficando aí com os
mouros que dominavam as populações indígenas. Nessa
avançada pelo oceano descobrirão as ilhas (Cabo Verde,
Madeira, Açores), e continuarão perlongando o continente
negro para o sul. Tudo isso se passa ainda na primeira metade
do século XV. Lá por meados dele começa a se desenhar um
plano mais amplo: atingir o Oriente contornando a África.
Seria abrir para seu proveito uma rota que os poria em contato
direto com as opulentas Índias das preciosas especiarias, cujo
comércio fazia a riqueza das repúblicas italianas e dos mouros
por cujas mãos transitavam até o Mediterrâneo. Não é preciso
repetir aqui o que foi o périplo africano, realizado afinal depois
de tenazes e sistemáticos esforços de meio século.
10
(...) Em suma e no essencial, todos os grandes acontecimentos
desta era, que se convencionou com razão chamar dos
“descobrimentos”, articulam-se num conjunto que não é senão
um capítulo da história do comércio europeu. (...) É sempre
como traficantes que os vários povos da Europa abordarão
cada uma daquelas empresas que lhes proporcionarão sua
iniciativa, seus esforços, o acaso e as circunstâncias do
momento em que se achavam.
(...) Tudo isso lança muita luz sobre o espírito com que os povos
da Europa abordam a América. A ideia de povoar não ocorre
inicialmente a nenhum. É o comércio que os interessa, e daí o
relativo desprezo por este território primitivo e vazio que é a
América; e inversamente, o prestígio do Oriente, onde não
faltava objeto para atividades mercantis. (...) Aliás, nenhum
povo da Europa estava em condições naquele momento de
suportar sangrias na sua população, que no século XIV ainda
não se refizera de todo das tremendas devastações da peste
que assolou o continente nos dois séculos precedentes.
(...) Se se povoou essa área temperada [do continente
americano], o que aliás só ocorreu depois do século XVII, foi
por circunstâncias muito especiais. É a situação interna da
Europa, em particular da Inglaterra, as suas lutas
político-religiosas, que desviam para a América as atenções de
populações que não se sentem à vontade e vão procurar ali
abrigo e paz para suas convicções. (...) Durante mais de dois
séculos despejar-se-á na América todo resíduo das lutas
político-religiosas da Europa. É certo que se espalhará por
todas as colônias; até no Brasil, tão afastado e por isso tanto
mais ignorado, procurarão refugiar-se huguenotes franceses
(França Antártica, no Rio de Janeiro). Mas se concentrará
quase inteiramente nas da zona temperada, de condições
naturais mais afins às da Europa, e por isso preferida para
quem não buscava ‘fazer a América’, mas unicamente
abrigar-se dos vendavais políticos que varriam a Europa, e
reconstruir um lar desfeito ou ameaçado.
(...) Nessa base se realizaria uma primeira seleção entre os
colonos que se dirigem respectivamente para um e outro setor
do Novo Mundo: o temperado e os trópicos. Para estes, o
europeu só se dirige, de livre e espontânea vontade, quando
pode ser um dirigente, quando dispõe de cabedais e aptidões
para isso; quando conta com outra gente que trabalhe para ele.
Mais uma circunstância vem reforçar essa tendência e
discriminação. É o caráter que tomará a exploração agrária
nos trópicos. Esta se realizará em larga escala, isto é, em
grandes unidades produtoras — fazendas, engenhos,
plantações (as plantations das colônias inglesas) — que
reúnem cada qual um número relativamente avultado de
trabalhadores. Em outras palavras, para cada proprietário
(fazendeiro, senhor ou plantador), haveria muitos
trabalhadores subordinados e sem propriedade.
(...) Nas demais colônias tropicais, inclusive o Brasil, não se
chegou nem a ensaiar o trabalhador branco. Isso porque nem
na Espanha, nem em Portugal, a que pertencia a maioria delas,
havia, como na Inglaterra, braços disponíveis, e dispostos a
emigrar a qualquer preço.
(...) Como se vê, as colônias tropicais tomaram um rumo
inteiramente diverso do de suas irmãs da zona temperada.
Enquanto nestas se constituirão colônias propriamente de
povoamento (...), escoadouro para excessos demográficos da
Europa que reconstituem no Novo Mundo uma organização e
uma sociedade à semelhança do seu modelo e origem
europeus, nos trópicos, pelo contrário, surgirá um tipo de
sociedade inteiramente original. (...) Mas conservará no
entanto um acentuado caráter mercantil; será a empresa do
colono branco, que reúne à natureza, pródiga em recursos
aproveitáveis para a produção de gêneros de grande valor
comercial, o trabalho recrutado entre raças inferiores que
domina: indígenas ou negros africanos importados. (...) No seu
conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a
colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa
comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre
com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos
naturais de um território virgem em proveito do comércio
europeu. É esse o verdadeiro sentido da colonização tropical,
de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os
elementos fundamentais, tanto no econômico como no social,
da formação e evolução históricas dos trópicos americanos.
(...) Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na
realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco,
alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois,
algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada
mais que isso. É com tal objetivo, objetivo exterior, voltado
para fora do país e sem atenção a considerações que não
fossem o interesse daquele comércio, que se organizarão a
sociedade e a economia brasileiras.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: PRADO JR., Caio. Formação do Brasil
Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011 [1942], pp. 12-31. Edição do Kindle.
CRÉDITOS: Caio Prado Jr. GLOSSÁRIO: Perlongando : Estendendo-se ao longo de; costeando.
PALAVRAS-CHAVE: historiografia, colonização
11
Documento 058
Entrevista com Fernando Novais
Qual é a importância da categoria de ‘sentido da colonização’ em
Formação do Brasil contemporâneo?
FERNANDO NOVAIS : ‘Sentido da colonização’ não está
suficientemente completo. ‘Sentido da colonização’ é
organizar a produção para fora; para o mercado externo. O que
significa ‘para fora’? Eu procuro entender isso nos meus
trabalhos. É a acumulação externa do capital. Aí vieram os
colegas a dizer: “Como externa? Essa mania do externa”? Não
é externo ao sistema. Aí seria na China, ou na Lua. É externo à
área produtiva. Não é qualquer economia que acumula capital
fora da área produtiva, e é isso que caracteriza a economia
colonial. Muito bem, Caio não chegou até lá, mas realizou um
passo decisivo. Faltou ainda falar na catequese, isto é, tratar a
catequese como um componente estrutural do sistema.
Pessoalmente, cabe observar que só nos últimos trabalhos
tento explicitar em sua inteireza esse componente religioso do
sistema. Só seria possível catequizar os índios, o que
representava uma legitimação para o domínio, se houvesse
controle sobre a terra e sobre o gentio. Isso dá uma outra
dimensão ao sentido da colonização. Por outro lado, só haveria
recursos para a catequese se fosse possível a exploração da
terra. A operação toda vai ficando imbricada. Mas, de todo
modo, insisto em que esse é um desdobramento que parte da
análise de Caio Prado Jr., e a incorpora. Do ponto de vista
metodológico, o fundamental é que ele definiu o sentido da
colonização, que perpassa todos os capítulos, e refere-se a
todos os elementos fundamentais para o historiador:
economia, sociedade, administração etc. Aliás, todos os
capítulos começam e terminam voltando sempre ao sentido da
colonização. Eles provam o sentido da colonização e o sentido
da colonização os explica. Por isso o método é em sua essência
dialético. (...) Esse movimento dialético do discurso eu nunca
vi discutido ou comentado por outros analistas. A ordem dos
capítulos não importa, pode ser qualquer uma. É a relação da
parte com o todo o que de fato interessa reter. O todo é a
síntese das partes e não a sua soma. Essa estrutura dá ao texto
uma força persuasiva fantástica, pois cada capítulo
constitui-se numa nova maneira de convencer-nos de que há
uma ideia geral e que esta é correta. Essa força decorre, na
verdade, do procedimento dialético da ‘apreensão do sentido’.
Ao atingir a essência do fenômeno, ele nos explica seus
segmentos; os quais, por sua vez, o explicitam. A apreensão da
essência torna os segmentos inteligíveis ao captá-los, e aquela
se explicita por meio deles.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Entrevista ORIGEM: Novais, Fernando. In: PRADO JR., Caio. Formação do
Brasil Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, pp. 575-576. Edição do Kindle.
CRÉDITOS: Fernando Novais; Caio Prado Jr. PALAVRAS-CHAVE: colonização, historiografia
Documento 059
Outro rapaz morre com a peste-gay
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: “Outro rapaz morre com a peste-gay”. Jornal Luta
Democrática, Rio, 17 e 18 de setembro de 1983, p.4, ano XXX, n.8.616. Arquivo: Hemeroteca da
Biblioteca Nacional. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=030678&pasta=ano%20198&pesq=&pagfis=70522.
Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Jornal Luta Democrática. PALAVRAS-CHAVE: meios de
comunicação de massa, história da medicina, aids
12
Documento 060
Peste Gay já apavora São Paulo
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: “Peste Gay já apavora São Paulo”, Jornal Notícias Populares,
12 de junho de 1983. Disponível em: https://naomekahlo.com/documentario-que-reconstroi-historia-do-
hiv-e-da-aids-no-pais-revela-desinformacao-e-preconceitos/. Acesso em: 18 fev. 2023.
CRÉDITOS: Jornal Notícias Populares. PALAVRAS-CHAVE: história da medicina, meios de
comunicação de massa, aids
Documento 061
Brasil contra a AIDS
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Comercial BRASIL CONTRA AIDS/GOVERNO FEDERAL
1989, Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qlT46pADaTU. Acesso em 18 fev. 2023.
CRÉDITOS: GOVERNO FEDERAL PALAVRAS-CHAVE: meios de comunicação de massa, aids, história
da medicina
Documento 062
Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense
Transcrição de trechos do documento:
13
QUADRO DE HONRA
MUNICIPIOS LIVRES – Mossoró, Caraúbas, Triunmpho
CIDADES LIVRES – Assú, Penha, Jardim
VILLAS LIVRES – Macahyba, Papary
POVOAÇÕES LIVRES - Utinga
——
À PROVINCIA
MANIFESTO ABOLICIONISTA
Povo Rio-Grandense – briosos filhos do norte!
Não vêdes como da consciência de cada cidadão se ergue uma
chamma ardente e fulgida , que se vai reunir na alma
collectiva do povo soberano, formando um vasto e glorioso
incêndio de patriotismo?
Não vêdes como desmorona, esfacelado e podre, o colosso do
escravismo, que a consciência publica não pode mais encarar,
sem pejo e sem horror?
Não vêdes como o país inteiro se pronuncia pela morte de uma
instituição, que cava entre a nossa querida pátria e o resto do
mundo culto, um valle profundissimo de trevas e lagrimas que
só as flores virentes da liberdade poderão encher e occultar
aos olhos do futuro?
Não vêdes como esperamos, trêmulos e envergonhados, os
severos juízes da historia, quando ella ensinar aos olhos do
porvir, que nessa terra a escravidão fez penetrar tão fundo as
suas envenenadas raizes, que cem annos depois da revolução
franceza ainda os homens se dividião em escravos e
senhores?”
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense. Natal, 8 de
janeiro de 1888, num. 1, p. 3-4. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/717630/1. Acesso em:
18 fev. 2023. CRÉDITOS: Hemeroteca digital GLOSSÁRIO: Fulgida : que emite luz, brilhante,
cintilante.
Pejo : sentimento de pudor, vergonha.
Virentes : verde, verdejante. PALAVRAS-CHAVE: escravidão, propaganda, imprensa
Documento 063
Luiz Eurico Tejera Lisbôa (Ausenc’as, 2015)
Porto alegre, 7 de março de 1969. Suzana e sua mãe posavam
ao lado de Luiz Eurico. Estavam em um apartamento na
Fernandes Vieira, número 583. A filha deixava a casa dos pais
em companhia do namorado. Eles seguiriam até o registro
civil, onde se casariam naquele dia.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Luiz Eurico Tejera Lisbôa, 2012. Folder da Exposição
Temporária Ausênc’as, do Memorial da Resitência de São Paulo (2015), Gustavo Germano.
CRÉDITOS: Gustavo Germano PALAVRAS-CHAVE: fotografia, ditadura civil-militar
Documento 064
Luiz Eurico Tejera Lisbôa
Primogênito de sete irmãos, sendo um deles o músico Nei
Lisboa, iniciou sua militância política na Juventude Estudantil
Católica. Integrou o Partido Comunista Brasileiro (PCB), a
Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares (VAR-Palmares)
e a Ação Libertadora Nacional (ALN). Estudou no Colégio
Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, centro da
efervescência do movimento estudantil secundarista, onde fez
parte do Grêmio Estudantil e acabou expulso, junto com outros
colegas, por motivos políticos.
Mudou-se para Santa Maria e foi membro da diretoria da União
Gaúcha dos Estudantes Secundários. Em 1969, casou-se com
Suzana Keniger Lisboa e começou a trabalhar como
escriturário no Serviço Nacional de Indústrias (Senai). Porém,
em outubro do mesmo ano, foi condenado à revelia a seis
meses de prisão com base na Lei de Segurança Nacional, o que
levou o casal a optar pela clandestinidade.
Esteve algum tempo em Cuba, retornando ao Brasil em 1971,
na tentativa de reorganizar a ALN em Porto Alegre. Foi preso
em circunstâncias desconhecidas em São Paulo, na primeira
semana de setembro de 1972, e está desaparecido desde
então. Supõe-se que tenha morrido poucos dias depois, sob
tortura, aos 24 anos de idade.
Somente em junho de 1979, o Comitê Brasileiro pela Anistia
conseguiu localizar o corpo de Luiz Eurico, enterrado com o
nome de Nelson Bueno, no Cemitério Dom Bosco, em Perus,
São Paulo. Dentre os desaparecidos políticos do período da
ditadura militar, ele foi o primeiro cujo corpo foi encontrado.
Pouco depois, uma foto de Luiz Eurico foi capa de várias
revistas nacionais, e a carta escrita por sua mãe, Clélia Tejera
Lisboa, com o título “Não choro de pena de meu filho”,
tornou-se um símbolo da luta pela anistia e pelo
reconhecimento da existência dos desaparecidos políticos no
Brasil. Em 1993, a Editora Tchê, em parceria com o Instituto
Estadual do Livro do Rio Grande do Sul, publicou o livro
“Condições ideais para o amor”, com poesias e cartas de Luiz
Eurico Tejera Lisboa e depoimentos de pessoas que o
14
conheceram. Em junho de 2013, um laudo da Comissão
Nacional da Verdade refutou a versão oficial de que Luiz Eurico
tinha cometido suicídio.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Biografia ORIGEM: Luiz Eurico Tejera Lisbôa. Site Memórias da
Ditadura. Instituto Vladimir Herzog. Disponível em:
https://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/luiz-eurico-tejera-lisboa/.
CRÉDITOS: Instituto Vladimir Herzog PALAVRAS-CHAVE: ditadura civil-militar, biografia
Documento 065
Museu Republicano
Para homenagear as virtudes cívicas dos convencionais de
1873, reunidos em Itu, o governo paulista criou um museu no
mesmo prédio onde eles se encontraram. (...) A ideia deve ser
ótima. Mas o que poderá conter um Museu Republicano no
Brasil? Que espécies de troféus, que sorte de relíquias, que
incunábulos preciosos, que documentos de alto valor se
guardarão lá dentro? Eis que esperamos seja plenamente
elucidado. (...)
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 18 de abril de 1923, Anno
XLVIII, n. 88, p.1. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=103730_05&pagfis=8495. Acesso em: 19 fev.
2023. CRÉDITOS: Gazeta de Notícias; Hemeroteca digital. GLOSSÁRIO: Incunábulos : Obra
impressa que data da origem da imprensa (anterior a 1500). PALAVRAS-CHAVE: museus, brasil
república, efemérides
Documento 066
Museu Republicano
Itu, cidade histórica, cheia de tradições, orgulha-se de ter sido
o berço de vulto proeminentes da história brasileira que, pelos
seus grandes feitos, se tornaram salientes, estrelas luminosas
a brilhar no céu da pátria.
Quem negará que foi nesse abençoado solo paulista que
nasceu a ideia da Independência do Brasil, valentemente
apoiada por Feijó e Paula Souza, e que grato a esse festo, D.
Pedro I agalardoou o título de “Fidelíssima”.
Foi aí, ainda que mais tarde, a Convenção de Itu, reunida em
18 de abril de 1873, firmava os alicerces do monumento de 15
de novembro de 1889.
A fama dessa cidade historica, repercutiu no estrangeiro, por
ter sido aí que floresceram ituanos ilustres e também tiveram
movimentos mais notáveis do Brasil-Imperio e do
Brasil-república.
No edifício onde se realizou a assembleia memorável que ficou
gravada nas páginas de nossa história, foi fundado, há meia
dúzia de anos, um museu pelo Sr. Dr. Washington Luís, atual
presidente da República.
A ele, pois, se deve essa iniciativa que muito honra o nosso
Estado e que jamais será esquecida pelos ituanos.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: O Malho, Rio de Janeiro, 13 de abril de 1929, Anno XXVIII,
núm. 1387, p. 6. Disponível em:
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/malho/malho_1929/malho_1387.pdf. Acesso em:
19 fev. 2023. CRÉDITOS: O Malho; Hemeroteca digital. GLOSSÁRIO: Agalardoou : premiou.
PALAVRAS-CHAVE: museus, efemérides, brasil república
15
Documento 067
Seguro você vive melhor
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Revólver Taurus (Mesbla) - Anos 80 - Propagandas
Históricas | Propagandas Antigas. Disponível em:
https://www.propagandashistoricas.com.br/2018/02/revolver-taurus-mesbla-anos-80.html. Acesso em:
19 fev. 2023. CRÉDITOS: Propagandas Históricas | Propagandas Antigas.
PALAVRAS-CHAVE: armamento, propaganda
Documento 068
Especialistas veem perigo em armar cidadãos e
atiradores esperam mais incentivos do governo
O presidente Jair Bolsonaro tem se empenhado em cumprir a
promessa eleitoral de facilitar o acesso dos brasileiros às
armas de fogo. Desde que assumiu o Palácio do Planalto, em
janeiro de 2019, assinou em torno em 30 normas que, entre
outras mudanças, abrandaram as exigências para a posse e o
porte, aumentaram a quantidade de armas e munições que o
cidadão pode possuir, liberaram o comércio de armas antes
restritas às forças de segurança pública e dificultaram a
fiscalização e o rastreio de balas.
A nova política federal vai no caminho contrário ao do Estatuto
do Desarmamento, de 2003, que havia endurecido as
exigências e afastado as armas da população. O estatuto
permanece em vigor, mas parte de suas regras foi afetada
pelas recentes medidas presidenciais.
Como resultado da guinada, este é o momento de toda a
história nacional em que existem mais armas nas mãos de
cidadãos comuns. Em 2019 e 2020, os brasileiros registraram
320 mil novas armas na Polícia Federal. De 2012 a 2018, o
total havia sido de 303 mil. As autorizações concedidas pelo
Exército a caçadores, atiradores esportivos e colecionadores
de armas também bateram recorde no atual governo — 160 mil
nos últimos dois anos contra 70 mil nos sete anos anteriores. O
mercado de armas e munições, tanto as de origem nacional
quanto as importadas, está extraordinariamente aquecido.
Estudiosos da segurança pública veem com preocupação o
armamento da população. De acordo com eles, a literatura
científica mostra que mais revólveres, pistolas e afins
circulando na sociedade necessariamente pioram as
estatísticas de violência letal. Para atiradores, ao contrário,
Bolsonaro age de forma acertada. Eles entendem que o cidadão
precisa estar armado para proteger sua vida e seu patrimônio.
De acordo com Melina Risso, uma das diretoras do Instituto
Igarapé (ONG dedicada à segurança pública e aos direitos
humanos), a única política pública de Bolsonaro para a área da
segurança é a disseminação das armas.
— Quando anuncia que as pessoas têm que se defender com as
próprias mãos, o governo está dizendo: ’Esse não é meu
trabalho. Vocês que se virem’. Na verdade, o governo está
enganando as pessoas. A segurança pública é uma das
primeiras responsabilidades do Estado e não pode ser
terceirizada para os cidadãos — afirma Risso. — Ao mesmo
tempo, o governo vem destruindo a política de segurança que
havia sido construída até 2018 com a participação da
sociedade civil, dos gestores públicos e das polícias. Tivemos,
por exemplo, a aprovação do Sistema Único de Segurança
Pública e o estabelecimento de fontes de financiamento para o
setor. São avanços vêm sendo sistematicamente ignorados.
De acordo com Risso, as armas nas mãos de civis, em vez de
diminuírem a criminalidade, apenas aumentam o número de
mortes — sejam homicídios e suicídios, sejam acidentes
domésticos. Uma briga de trânsito que na pior hipótese
acabaria em agressão física, por exemplo, poderá resultar em
assassinato caso um dos envolvidos tenha um revólver dentro
do carro.
Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
16
(Ipea) mostrou que, nos 14 anos anteriores ao Estatuto do
Desarmamento, os assassinatos por tiro no Brasil subiam 5,5%
anualmente. Nos 14 anos seguintes, passaram a subir apenas
0,85% a cada ano. As mortes só não caíram mais porque a
criminalidade não depende apenas do número de armas à
mão, mas de uma série de outros fatores, como o desemprego,
a evasão escolar e a corrupção policial. O Ipea também indicou
que, cada vez que o número de armas de fogo em circulação no
país sobe 1%, a taxa de homicídios se eleva em 2%.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jorna eletrônico ORIGEM: WESTIN, Ricardo. “Especialistas veem perigo em
armar cidadãos, e atiradores esperam mais incentivos do governo”. Agência Senado, 18/03/2021.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/03/especialistas-veem-perigo-
em-armar-cidadaos-e-atiradores-esperam-mais-incentivos-do-governo. Acesso em: 19 fev. 2023.
CRÉDITOS: Ricardo Westin; Agência Senado. PALAVRAS-CHAVE: armamento, legislação
Documento 069
O Último Tamoio
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Óleo sobre tela ORIGEM: AMOEDO, Rodolfo. O Último Tamoio. Óleo sobre tela.
Dimensões: 180,3cm x 261,3cm. Data: 1883. Acervo: Museu Nacional de Belas Artes. Reprodução
fotográfica: autoria desconhecida. Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ultimo_tamoio_1883.jpg. Acesso em: 19 fev. 2023.
CRÉDITOS: Rodolfo Amoedo; Museu Nacional de Belas Artes. TÉCNICA: Óleo sobre tela
DIMENSÕES: 180,3cm x 261,3cm PALAVRAS-CHAVE: história da arte, indígenas
Documento 070
É
É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor
A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade
É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Pra passar a mão nela
É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
É, é, é, é, é, é, é!
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP: CORAÇÕES MARGINAIS
Gravadora: Warner Music
Ano: 1988
Compositor: Gonzaguinha
Intérprete: Gonzaguinha CRÉDITOS: Compositor: Gonzaguinha
Intérprete: Gonzaguinha PALAVRAS-CHAVE: brasil contemporâneo, história da música
17

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  • 1. ONHB15 Oficial / Fase 4 ONHB / IFCH - Unicamp
  • 2. Conteúdo Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 35 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 36 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 37 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 38 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 39 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 40 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 41 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 42 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 43 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 44 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 45 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 46 / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 055: A última floresta . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 056: Tecnologia é liberdade . . . . . . . . . . . . . 10 057: O sentido da colonização . . . . . . . . . . . . 10 058: Entrevista com Fernando Novais . . . . . . . . 12 059: Outro rapaz morre com a peste-gay . . . . . . 12 060: Peste Gay já apavora São Paulo . . . . . . . . 13 061: Brasil contra a AIDS . . . . . . . . . . . . . . . 13 062: Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense . 13 063: Luiz Eurico Tejera Lisbôa (Ausenc’as, 2015) . . 14 064: Luiz Eurico Tejera Lisbôa . . . . . . . . . . . . 14 065: Museu Republicano . . . . . . . . . . . . . . . 15 066: Museu Republicano . . . . . . . . . . . . . . . 15 067: Seguro você vive melhor . . . . . . . . . . . . . 16 068: Especialistas veem perigo em armar cidadãos e atiradores esperam mais incentivos do governo 16 069: O Último Tamoio . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 070: É . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 1
  • 3. Introdução A aventura traz novas surpresas... Sejam bem-vindo(a)s à Fase 4 da décima quinta edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil! A quarta da fase da 15ª Olimpíada inicia dia 29 de maio (segunda-feira) e encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 03 de junho (sábado). Esta fase é composta por 11 Questões e 1 Tarefa. Lembre-se: em nossa prova, cada questão possui quatro alternativas. Há mais de uma resposta correta, mas cabe a sua equipe escolher qual alternativa considera como a mais adequada e selecioná-la. A prova pode ser salva em “rascunho”, mas não se esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando em “entregar a questão”. Após clicar em “entregar a questão” não será mais possível realizar alterações na questão. Bom trabalho a todos! 2
  • 4. Questões 35 / Questão Assista ao trailer do documentário A última floresta (2020): Documento 055 Trailer p. 10 A última floresta O trailer indica que o filme A. denuncia a tensão entre mineradores e povos indígenas, conferindo protagonismo aos dilemas cotidianos e à cultura local dos Yanomami, na perspectiva de um roteirista branco. B. possibilita um olhar sensível sobre os impactos na vida de grupos indígenas causados pelo contato com brancos, tema este explorado em outros filmes do diretor Luiz Bolognesi. C. recorre a uma representação da vida e dos costumes dos Yanomami, mantendo como língua principal a dos protagonistas, o que torna necessário o uso de legendas em língua portuguesa. D. contribui para uma reflexão, em uma perspectiva de longa duração, sobre a violência contra os povos indígenas, destacando, sobretudo, demandas do tempo presente. 36 / Questão Observe, a seguir, a propaganda veiculada em uma revista brasileira em 1988: Documento 056 Propaganda p. 10 Tecnologia é liberdade A propaganda: A. É direcionada para um público específico e se baseia em identificar, divulgar e vender soluções tipicamente associadas a ele. B. Apesar de apresentar uma retórica modernizadora, reforça preconceitos e papéis de gênero atribuídos ao público feminino. C. Era um material comercial raramente voltado às mulheres nas revistas que, àquela época, eram consumidas convencionalmente por homens. D. Pressupõe que tarefas domésticas e cozinhar para a família são atividades obrigatórias da vida da mulher. 37 / Questão Leia a seguir uma adaptação do capítulo “O sentido da colonização”, do livro Formação do Brasil Contemporâneo, escrito por Caio Prado Jr., e publicado pela primeira vez em 1942. Documento 057 Texto Acadêmico p. 10 O sentido da colonização No texto, o historiador: A. Demonstra que, como o objetivo dos europeus estava centrado nas atividades mercantis - que já ocorriam com o Oriente - não lhes interessou o imediato povoamento da América. B. Explica como a expansão demográfica verificada na Península Ibérica, no período posterior à Peste Negra, proporcionou um excedente populacional imprescindível à colonização americana nos trópicos. C. Relaciona a migração de minorias perseguidas, no contexto dos conflitos político-religiosos dos séculos XVI e XVII, ao processo de ocupação da zona temperada do continente americano. D. Destaca o pioneirismo de Portugal em diversas ações relacionadas à empresa colonial, por exemplo, o avanço pelo oceano em busca de monopólios e a escravidão de pessoas africanas. 3
  • 5. 38 / Questão Volte ao texto de Caio Prado Jr. e, em seguida, leia o fragmento da entrevista sobre essa obra com o historiador Fernando Novais, publicada no livro Formação do Brasil Contemporâneo (edição da Companhia das Letras, 2011). Documento 057 Texto Acadêmico p. 10 O sentido da colonização Documento 058 Entrevista p. 12 Entrevista com Fernando Novais Caio Prado Jr.: A. Afirmou que o “sentido da colonização” foi dado pela organização da produção destinada a explorar os recursos naturais da colônia, mas sempre voltada para o mercado externo, para o proveito do comércio europeu. B. Demonstrou como a catequização, realizada dentro dos preceitos da Contrarreforma, teve papel fundamental no empreendimento colonial, ao legitimar o domínio dos portugueses sobre o território e sobre os povos indígenas. C. Foi uma importante referência para Fernando Novais, autor de ”Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808)”, obra que analisa, entre outros aspectos, a transição do capitalismo comercial para o industrial. D. Elaborou um “sentido de colonização” que se reafirma por contraposição de ideias e síntese entre elas, extrapolando a colonização portuguesa e englobando as características da economia global da era moderna. 39 / Questão Documento 059 Jornal p. 12 Outro rapaz morre com a peste-gay Documento 060 Jornal p. 13 Peste Gay já apavora São Paulo Documento 061 Propaganda p. 13 Brasil contra a AIDS Sobre os documentos e o tema que eles apresentam, escolha uma alternativa: A. A campanha televisiva sugere a transferência de responsabilidades do Estado para os indivíduos, na prevenção e luta contra a doença. B. Trazem um conjunto de informações sobre a circulação do vírus e formas de transmissão da Aids no Brasil, nos anos 1980. C. Os associam contrair a doença à orientação sexual, estigmatizando os homossexuais como grandes responsáveis pela propagação do vírus. D. Demonstram que, no final da década de 1980, os cientistas desenvolveram os medicamentos antirretrovirais que eliminam a AIDS do organismo. 40 / Questão Documento 062 Jornal p. 13 Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense O documento A. usa como argumento moral o fato de que a história, no futuro, virá a julgar e condenar os atos dos homens no tempo presente. B. indica como a cessação da escravidão foi um processo que antecedeu a data de 13 de maio de 1888, e não se fundamentava unicamente na vontade dos proprietários. C. denota a abolição tardia em terras brasileiras como ausência de patriotismo, em comparação com a ocorrida na Revolução Francesa. D. apresenta como honradas as localidades que libertaram seus escravizados e descreve a instituição da escravidão como marca de atraso e motivo de vergonha. 4
  • 6. 41 / Questão A exposição Ausenc’as é composta por fotografias do argentino Gustavo Germano. Em 2015 ela esteve em cartaz no Memorial da Resistência de São Paulo. Observe uma das fotografias que a compõem, e em seguida, leia a biografia de Luiz Eurico Tejera Lisbôa, que aparece na primeira fotografia . Documento 063 Fotografia p. 14 Luiz Eurico Tejera Lisbôa (Ausenc’as, 2015) Documento 064 Biografia p. 14 Luiz Eurico Tejera Lisbôa Sobre os documentos e os temas que eles suscitam, escolha uma alternativa. A. o tema do desaparecimento político durante a ditadura militar é o tema mais sensível na historiografia brasileira. B. Opor passado a presente é uma estratégia artística para representar desaparecidos políticos. C. Familiares de desaparecidos seguem lutando pela verdade e esclarecimento no âmbito público. D. A arte é uma ferramenta para tratar sobre passados sensíveis para diferentes públicos. Conteúdo adicional LINK: Gustavo Germano https://www.gustavogermano.com/portfolio/ausencias-brasil-2012/ 42 / Questão Leia os documentos a respeito da criação do Museu Republicano “Convenção de Itu”, na cidade de Itu, no interior de São Paulo, em 1923. Documento 065 Jornal p. 15 Museu Republicano Documento 066 Jornal p. 15 Museu Republicano A criação do Museu Republicano A. foi iniciativa do governo estadual, em homenagem à convenção que fundou o Partido Republicano Paulista (PRP), em 1873. B. buscou enquadrar a região de Itu a outros eventos canônicos a fim de legitimar o protagonismo paulista no período republicano. C. esteve conectada à cultura histórica do período, reconhecendo a pluralidade e diversidade social. D. teve como pressuposto a utilização do lugar onde ocorreu a Convenção de Itu para justificar sua narrativa museal. 5
  • 7. 43 / Questão Documento 067 Propaganda p. 16 Seguro você vive melhor Documento 068 Jorna eletrônico p. 16 Especialistas veem perigo em armar cidadãos e atiradores esperam mais incentivos do governo Escolha uma alternativa: A. É possível associar o aumento de feminicídios por armas de fogo e de atentados contra escolas ao crescente número de armas de fogo nas mãos de civis. B. O Estatuto do Desarmamento, aprovado no início da década de 1990, estabelece o registro e controle de armas de fogo e as penas para usos irresponsáveis. C. Os documentos indicam diferentes relações de aquisição e posse de armas de fogo nas últimas décadas no Brasil, de acordo com a rigidez ou frouxidão das leis. D. “Sentir-se seguro”, diferente do que aponta a propaganda, deve ser garantido pelo Estado, pois a segurança pública, por meio de políticas específicas, é um de seus principais deveres. 44 / Questão Observe a obra seguir: Documento 069 Óleo sobre tela p. 17 O Último Tamoio O quadro A. retrata a morte de um líder indígena em uma praia durante a Confederação dos Tamoios, tendo o seu corpo acolhido pelo padre jesuíta José de Anchieta. B. traz a interpretação do artista sobre um acontecimento mais de 300 anos após o ocorrido, tendo como inspiração um poema épico de Gonçalves de Magalhães. C. ao trazer a figura de Aimberê morto, oferece um significado sombrio que contrasta com a representação do indianismo em obras do século XIX. D. evidencia o caráter dominador do indígena, conectando-se com o sentido pretendido por Rodolfo Amoêdo em representar os povos originários fidedignamente. 45 / Questão Leia a letra e ouça a canção “É”: Documento 070 Música p. 17 É A canção A. parte de aspirações emocionais, criando uma aura de identidade do povo brasileiro que clama por direitos ainda não efetivados após os anos de repressão e supressão de direitos. B. foi composta durante a ditadura civil-militar e teve sua primeira versão censurada, sendo lançada apenas em 1988, no LP Corações Marginais. C. faz uso recorrente do verbo ”ser” esvaziado do seu sentido de ação, mas sim como uma interjeição, a partir da qual exprime ideias simultâneas de frustração e de desejo, chamando a atenção para aquilo que falta. D. foi composta por Gonzaguinha que, em 1969, fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), com Ivan Lins, Aldir Blanc e César Costa Filho, entre outros. 6
  • 8. 46 / Tarefa Prezado(a)s participantes da 15ª Olimpíada Nacional em História do Brasil Apresentamos aqui a quarta Tarefa da Olimpíada. Trata-se de uma tarefa criada na 10ª edição da ONHB e que traz uma atividade bastante comum aos historiadores. Quando os historiadores fazem suas pesquisas, por exemplo, em arquivos, bibliotecas, museus e acervos pessoais, frequentemente têm que ler, decifrar e compreender documentos produzidos no passado. Nesta Tarefa trazemos para vocês documento cartorial da segunda mentade do século XIXI, e os desafiamos a ler, entender e transcrever esse documento. Como ele está em letra cursiva (escrita à mão), vocês devem seguir algumas dicas que os pesquisadores utilizam: a) leiam com calma cada palavra, tentando dar sentido ao que está escrito; b) procurem se acostumar com as formas como o(s) autor(s) desenha(m) certas letras, pois essas formas se repetem e podem auxiliar a decifrar outras palavras; c) estejam atentos aos detalhes - o historiador também é uma espécie de “detetive do passado”. Instruções para realizar a tarefa: 1) Cada espaço em aberto no “box de edição” (formulário editável) corresponde a um trecho [linha] que “retiramos” do texto. Vocês devem ler o mesmo trecho no documento original e escrevê-lo no espaço correspondente; 2) Uma pequena parte da transcrição já está realizada dentro do box de edição da tarefa. Sua equipe deve completar os trechos faltantes conforme indicado “box de edição” e demarcado no documento; 3) As linhas estão numeradas. Conforme se passa o “mouse” sobre a parte a ser preenchida, a mesma parte aparece em destaque no documento original. Fizemos isso para que os participantes não se percam na leitura do documento; 4) Na escrita, é possível usar a grafia atual (a forma de escrever a palavra que usamos hoje) ou a grafia da época ou ainda misturar as duas. Cada espaço preenchido vale ponto; 5) A transcrição deve acompanhar o texto apresentado em cada linha do documento. Transcrições realizadas em locais incorretos do texto não serão pontuadas; 6) A transcrição deve respeitar a pontuação, letras maiúsculas e minúsculas etc. e principalmente as linhas em que os trechos se encontram; 7) As abreviações, se existirem, podem ser mantidas ou transcritas por extenso, cabe à equipe escolher a forma como prefere registrá-las, desde que sejam coerentes com o que está registrado no documento. 8) Nesta edição optou-se por não incluir na transcrição algumas partes do documento, assim, observem atentamente aquilo que está contemplado em cada linha indicada para a transcrição. Atenção! O sistema não permite o envio da tarefa a menos que TODOS os trechos selecionados estejam transcritos. É necessário confirmar a transcrição depois que a sua equipe terminar a tarefa. Ao preencher o formulário com a transcrição de cada linha a equipe deverá clicar em “Salvar Rascunho”, assim, o que foi realizado até o momento será salvo em modo rascunho, e mesmo que vocês saiam da página da Olimpíada e retornem depois, o rascunho estará salvo e disponível. Para sua segurança o sistema “desloga” quando a tarefa permanece muito tempo em edição, assim sugerimos que a equipe salve periodicamente em modo rascunho sua tarefa. Lembramos que não é recomendável que mais de uma pessoa edite a tarefa ao mesmo tempo. Nosso sistema não permite sobreposição de rascunhos salvos em edições simultâneas em tarefas de uma mesma equipe. Apenas aquilo que um dos participantes realiza será salvo, podendo ser perdidas informações e preenchimentos. A Comissão Organizadora da ONHB não se responsabiliza por problemas causados por edições simultâneas de tarefas em uma mesma equipe, sendo computado para a composição da nota apenas aquilo que for enviado como tarefa finalizada após um dos membros da equipe clicar no botão “Entregar a questão”. O envio definitivo ocorre apenas quando um membro da equipe clicar em “Entregar a questão”. Para que o botão “Entregar questão” seja liberado é necessário que todas as linhas estejam preenchidas e salvas em rascunho. Após clicar em “Entregar a questão” nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso só clique em “Entregar a questão” após ter transcrito todos os trechos do documento e ter certeza de que deseja finalizar a tarefa Mãos à obra! 7
  • 9. DOCUMENTO A SER TRANSCRITO COM INDICAÇÃO DAS LINHAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 LINHAS A SEREM TRANSCRITAS Observe que alguns trechos já estão transcritos, preencha os vazios. 1 2 3 4 5 6 1871 7 8 9 10 11 12 testamento 13 14 15 16 17 18 19 20 Mãe 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 8
  • 11. Documentos Documento 055 A última floresta Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: ELENCO: Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami, Roseane Yanomami, Daucirene Yanomami DIRETOR: Luiz Bolognesi ROTERISTAS: Davi Kopenawa Yanomami e Luiz Bolognesi DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Pedro J. Márquez PRODUTORES: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi PRODUTORAS: Gullane e Buriti Filmes DISTRIBUIDORA: Gullane Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WAVOR3Ob1_g CRÉDITOS: DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Pedro J. Márquez PRODUTORES: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi PRODUTORAS: Gullane e Buriti Filmes DISTRIBUIDORA: Gullane PALAVRAS-CHAVE: documentário, cinema, indígenas Documento 056 Tecnologia é liberdade Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Revista Manchete, 1988. Via Baú da Propaganda Nacional (@bpnacional). Disponível em: https://twitter.com/bpnacional/status/1608876448823275522. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Revista Manchete PALAVRAS-CHAVE: tecnologia, propaganda, século xx Documento 057 O sentido da colonização (...) Estamos tão acostumados em nos ocupar com o fato da colonização brasileira, que a iniciativa dela, os motivos que a inspiraram e determinaram, os rumos que tomou em virtude daqueles impulsos iniciais se perdem de vista. Ela aparece como um acontecimento fatal e necessário, derivado natural e espontaneamente do simples fato do descobrimento. E os rumos que tomou também se afiguram como resultados exclusivos daquele fato. Esquecemos aí os antecedentes que se acumulam atrás de tais ocorrências, e o grande número de circunstâncias particulares que ditaram as normas a seguir. (...) O primeiro passo [as condições para a expansão ultramarina] estava dado e a Europa deixará de viver recolhida sobre si mesma para enfrentar o oceano. O papel de pioneiro nessa nova etapa caberá aos portugueses, os melhores situados, geograficamente, no extremo dessa península que avança pelo mar. Enquanto holandeses, ingleses, normandos e bretões se ocupam na via comercial recém-aberta, e que bordeja e envolve pelo mar o ocidente europeu, os portugueses vão mais longe, procurando empresas em que não encontrassem concorrentes mais antigos e já instalados, e para que contavam com vantagens geográficas apreciáveis: buscarão a costa ocidental da África, traficando aí com os mouros que dominavam as populações indígenas. Nessa avançada pelo oceano descobrirão as ilhas (Cabo Verde, Madeira, Açores), e continuarão perlongando o continente negro para o sul. Tudo isso se passa ainda na primeira metade do século XV. Lá por meados dele começa a se desenhar um plano mais amplo: atingir o Oriente contornando a África. Seria abrir para seu proveito uma rota que os poria em contato direto com as opulentas Índias das preciosas especiarias, cujo comércio fazia a riqueza das repúblicas italianas e dos mouros por cujas mãos transitavam até o Mediterrâneo. Não é preciso repetir aqui o que foi o périplo africano, realizado afinal depois de tenazes e sistemáticos esforços de meio século. 10
  • 12. (...) Em suma e no essencial, todos os grandes acontecimentos desta era, que se convencionou com razão chamar dos “descobrimentos”, articulam-se num conjunto que não é senão um capítulo da história do comércio europeu. (...) É sempre como traficantes que os vários povos da Europa abordarão cada uma daquelas empresas que lhes proporcionarão sua iniciativa, seus esforços, o acaso e as circunstâncias do momento em que se achavam. (...) Tudo isso lança muita luz sobre o espírito com que os povos da Europa abordam a América. A ideia de povoar não ocorre inicialmente a nenhum. É o comércio que os interessa, e daí o relativo desprezo por este território primitivo e vazio que é a América; e inversamente, o prestígio do Oriente, onde não faltava objeto para atividades mercantis. (...) Aliás, nenhum povo da Europa estava em condições naquele momento de suportar sangrias na sua população, que no século XIV ainda não se refizera de todo das tremendas devastações da peste que assolou o continente nos dois séculos precedentes. (...) Se se povoou essa área temperada [do continente americano], o que aliás só ocorreu depois do século XVII, foi por circunstâncias muito especiais. É a situação interna da Europa, em particular da Inglaterra, as suas lutas político-religiosas, que desviam para a América as atenções de populações que não se sentem à vontade e vão procurar ali abrigo e paz para suas convicções. (...) Durante mais de dois séculos despejar-se-á na América todo resíduo das lutas político-religiosas da Europa. É certo que se espalhará por todas as colônias; até no Brasil, tão afastado e por isso tanto mais ignorado, procurarão refugiar-se huguenotes franceses (França Antártica, no Rio de Janeiro). Mas se concentrará quase inteiramente nas da zona temperada, de condições naturais mais afins às da Europa, e por isso preferida para quem não buscava ‘fazer a América’, mas unicamente abrigar-se dos vendavais políticos que varriam a Europa, e reconstruir um lar desfeito ou ameaçado. (...) Nessa base se realizaria uma primeira seleção entre os colonos que se dirigem respectivamente para um e outro setor do Novo Mundo: o temperado e os trópicos. Para estes, o europeu só se dirige, de livre e espontânea vontade, quando pode ser um dirigente, quando dispõe de cabedais e aptidões para isso; quando conta com outra gente que trabalhe para ele. Mais uma circunstância vem reforçar essa tendência e discriminação. É o caráter que tomará a exploração agrária nos trópicos. Esta se realizará em larga escala, isto é, em grandes unidades produtoras — fazendas, engenhos, plantações (as plantations das colônias inglesas) — que reúnem cada qual um número relativamente avultado de trabalhadores. Em outras palavras, para cada proprietário (fazendeiro, senhor ou plantador), haveria muitos trabalhadores subordinados e sem propriedade. (...) Nas demais colônias tropicais, inclusive o Brasil, não se chegou nem a ensaiar o trabalhador branco. Isso porque nem na Espanha, nem em Portugal, a que pertencia a maioria delas, havia, como na Inglaterra, braços disponíveis, e dispostos a emigrar a qualquer preço. (...) Como se vê, as colônias tropicais tomaram um rumo inteiramente diverso do de suas irmãs da zona temperada. Enquanto nestas se constituirão colônias propriamente de povoamento (...), escoadouro para excessos demográficos da Europa que reconstituem no Novo Mundo uma organização e uma sociedade à semelhança do seu modelo e origem europeus, nos trópicos, pelo contrário, surgirá um tipo de sociedade inteiramente original. (...) Mas conservará no entanto um acentuado caráter mercantil; será a empresa do colono branco, que reúne à natureza, pródiga em recursos aproveitáveis para a produção de gêneros de grande valor comercial, o trabalho recrutado entre raças inferiores que domina: indígenas ou negros africanos importados. (...) No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É esse o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos fundamentais, tanto no econômico como no social, da formação e evolução históricas dos trópicos americanos. (...) Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada mais que isso. É com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fossem o interesse daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a economia brasileiras. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011 [1942], pp. 12-31. Edição do Kindle. CRÉDITOS: Caio Prado Jr. GLOSSÁRIO: Perlongando : Estendendo-se ao longo de; costeando. PALAVRAS-CHAVE: historiografia, colonização 11
  • 13. Documento 058 Entrevista com Fernando Novais Qual é a importância da categoria de ‘sentido da colonização’ em Formação do Brasil contemporâneo? FERNANDO NOVAIS : ‘Sentido da colonização’ não está suficientemente completo. ‘Sentido da colonização’ é organizar a produção para fora; para o mercado externo. O que significa ‘para fora’? Eu procuro entender isso nos meus trabalhos. É a acumulação externa do capital. Aí vieram os colegas a dizer: “Como externa? Essa mania do externa”? Não é externo ao sistema. Aí seria na China, ou na Lua. É externo à área produtiva. Não é qualquer economia que acumula capital fora da área produtiva, e é isso que caracteriza a economia colonial. Muito bem, Caio não chegou até lá, mas realizou um passo decisivo. Faltou ainda falar na catequese, isto é, tratar a catequese como um componente estrutural do sistema. Pessoalmente, cabe observar que só nos últimos trabalhos tento explicitar em sua inteireza esse componente religioso do sistema. Só seria possível catequizar os índios, o que representava uma legitimação para o domínio, se houvesse controle sobre a terra e sobre o gentio. Isso dá uma outra dimensão ao sentido da colonização. Por outro lado, só haveria recursos para a catequese se fosse possível a exploração da terra. A operação toda vai ficando imbricada. Mas, de todo modo, insisto em que esse é um desdobramento que parte da análise de Caio Prado Jr., e a incorpora. Do ponto de vista metodológico, o fundamental é que ele definiu o sentido da colonização, que perpassa todos os capítulos, e refere-se a todos os elementos fundamentais para o historiador: economia, sociedade, administração etc. Aliás, todos os capítulos começam e terminam voltando sempre ao sentido da colonização. Eles provam o sentido da colonização e o sentido da colonização os explica. Por isso o método é em sua essência dialético. (...) Esse movimento dialético do discurso eu nunca vi discutido ou comentado por outros analistas. A ordem dos capítulos não importa, pode ser qualquer uma. É a relação da parte com o todo o que de fato interessa reter. O todo é a síntese das partes e não a sua soma. Essa estrutura dá ao texto uma força persuasiva fantástica, pois cada capítulo constitui-se numa nova maneira de convencer-nos de que há uma ideia geral e que esta é correta. Essa força decorre, na verdade, do procedimento dialético da ‘apreensão do sentido’. Ao atingir a essência do fenômeno, ele nos explica seus segmentos; os quais, por sua vez, o explicitam. A apreensão da essência torna os segmentos inteligíveis ao captá-los, e aquela se explicita por meio deles. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Entrevista ORIGEM: Novais, Fernando. In: PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, pp. 575-576. Edição do Kindle. CRÉDITOS: Fernando Novais; Caio Prado Jr. PALAVRAS-CHAVE: colonização, historiografia Documento 059 Outro rapaz morre com a peste-gay Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: “Outro rapaz morre com a peste-gay”. Jornal Luta Democrática, Rio, 17 e 18 de setembro de 1983, p.4, ano XXX, n.8.616. Arquivo: Hemeroteca da Biblioteca Nacional. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=030678&pasta=ano%20198&pesq=&pagfis=70522. Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Jornal Luta Democrática. PALAVRAS-CHAVE: meios de comunicação de massa, história da medicina, aids 12
  • 14. Documento 060 Peste Gay já apavora São Paulo Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: “Peste Gay já apavora São Paulo”, Jornal Notícias Populares, 12 de junho de 1983. Disponível em: https://naomekahlo.com/documentario-que-reconstroi-historia-do- hiv-e-da-aids-no-pais-revela-desinformacao-e-preconceitos/. Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Jornal Notícias Populares. PALAVRAS-CHAVE: história da medicina, meios de comunicação de massa, aids Documento 061 Brasil contra a AIDS Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Comercial BRASIL CONTRA AIDS/GOVERNO FEDERAL 1989, Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qlT46pADaTU. Acesso em 18 fev. 2023. CRÉDITOS: GOVERNO FEDERAL PALAVRAS-CHAVE: meios de comunicação de massa, aids, história da medicina Documento 062 Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense Transcrição de trechos do documento: 13
  • 15. QUADRO DE HONRA MUNICIPIOS LIVRES – Mossoró, Caraúbas, Triunmpho CIDADES LIVRES – Assú, Penha, Jardim VILLAS LIVRES – Macahyba, Papary POVOAÇÕES LIVRES - Utinga —— À PROVINCIA MANIFESTO ABOLICIONISTA Povo Rio-Grandense – briosos filhos do norte! Não vêdes como da consciência de cada cidadão se ergue uma chamma ardente e fulgida , que se vai reunir na alma collectiva do povo soberano, formando um vasto e glorioso incêndio de patriotismo? Não vêdes como desmorona, esfacelado e podre, o colosso do escravismo, que a consciência publica não pode mais encarar, sem pejo e sem horror? Não vêdes como o país inteiro se pronuncia pela morte de uma instituição, que cava entre a nossa querida pátria e o resto do mundo culto, um valle profundissimo de trevas e lagrimas que só as flores virentes da liberdade poderão encher e occultar aos olhos do futuro? Não vêdes como esperamos, trêmulos e envergonhados, os severos juízes da historia, quando ella ensinar aos olhos do porvir, que nessa terra a escravidão fez penetrar tão fundo as suas envenenadas raizes, que cem annos depois da revolução franceza ainda os homens se dividião em escravos e senhores?” Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Boletim da Libertadora Norte-Rio Grandense. Natal, 8 de janeiro de 1888, num. 1, p. 3-4. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/717630/1. Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Hemeroteca digital GLOSSÁRIO: Fulgida : que emite luz, brilhante, cintilante. Pejo : sentimento de pudor, vergonha. Virentes : verde, verdejante. PALAVRAS-CHAVE: escravidão, propaganda, imprensa Documento 063 Luiz Eurico Tejera Lisbôa (Ausenc’as, 2015) Porto alegre, 7 de março de 1969. Suzana e sua mãe posavam ao lado de Luiz Eurico. Estavam em um apartamento na Fernandes Vieira, número 583. A filha deixava a casa dos pais em companhia do namorado. Eles seguiriam até o registro civil, onde se casariam naquele dia. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Luiz Eurico Tejera Lisbôa, 2012. Folder da Exposição Temporária Ausênc’as, do Memorial da Resitência de São Paulo (2015), Gustavo Germano. CRÉDITOS: Gustavo Germano PALAVRAS-CHAVE: fotografia, ditadura civil-militar Documento 064 Luiz Eurico Tejera Lisbôa Primogênito de sete irmãos, sendo um deles o músico Nei Lisboa, iniciou sua militância política na Juventude Estudantil Católica. Integrou o Partido Comunista Brasileiro (PCB), a Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares (VAR-Palmares) e a Ação Libertadora Nacional (ALN). Estudou no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, centro da efervescência do movimento estudantil secundarista, onde fez parte do Grêmio Estudantil e acabou expulso, junto com outros colegas, por motivos políticos. Mudou-se para Santa Maria e foi membro da diretoria da União Gaúcha dos Estudantes Secundários. Em 1969, casou-se com Suzana Keniger Lisboa e começou a trabalhar como escriturário no Serviço Nacional de Indústrias (Senai). Porém, em outubro do mesmo ano, foi condenado à revelia a seis meses de prisão com base na Lei de Segurança Nacional, o que levou o casal a optar pela clandestinidade. Esteve algum tempo em Cuba, retornando ao Brasil em 1971, na tentativa de reorganizar a ALN em Porto Alegre. Foi preso em circunstâncias desconhecidas em São Paulo, na primeira semana de setembro de 1972, e está desaparecido desde então. Supõe-se que tenha morrido poucos dias depois, sob tortura, aos 24 anos de idade. Somente em junho de 1979, o Comitê Brasileiro pela Anistia conseguiu localizar o corpo de Luiz Eurico, enterrado com o nome de Nelson Bueno, no Cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo. Dentre os desaparecidos políticos do período da ditadura militar, ele foi o primeiro cujo corpo foi encontrado. Pouco depois, uma foto de Luiz Eurico foi capa de várias revistas nacionais, e a carta escrita por sua mãe, Clélia Tejera Lisboa, com o título “Não choro de pena de meu filho”, tornou-se um símbolo da luta pela anistia e pelo reconhecimento da existência dos desaparecidos políticos no Brasil. Em 1993, a Editora Tchê, em parceria com o Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul, publicou o livro “Condições ideais para o amor”, com poesias e cartas de Luiz Eurico Tejera Lisboa e depoimentos de pessoas que o 14
  • 16. conheceram. Em junho de 2013, um laudo da Comissão Nacional da Verdade refutou a versão oficial de que Luiz Eurico tinha cometido suicídio. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Biografia ORIGEM: Luiz Eurico Tejera Lisbôa. Site Memórias da Ditadura. Instituto Vladimir Herzog. Disponível em: https://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/luiz-eurico-tejera-lisboa/. CRÉDITOS: Instituto Vladimir Herzog PALAVRAS-CHAVE: ditadura civil-militar, biografia Documento 065 Museu Republicano Para homenagear as virtudes cívicas dos convencionais de 1873, reunidos em Itu, o governo paulista criou um museu no mesmo prédio onde eles se encontraram. (...) A ideia deve ser ótima. Mas o que poderá conter um Museu Republicano no Brasil? Que espécies de troféus, que sorte de relíquias, que incunábulos preciosos, que documentos de alto valor se guardarão lá dentro? Eis que esperamos seja plenamente elucidado. (...) Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 18 de abril de 1923, Anno XLVIII, n. 88, p.1. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=103730_05&pagfis=8495. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Gazeta de Notícias; Hemeroteca digital. GLOSSÁRIO: Incunábulos : Obra impressa que data da origem da imprensa (anterior a 1500). PALAVRAS-CHAVE: museus, brasil república, efemérides Documento 066 Museu Republicano Itu, cidade histórica, cheia de tradições, orgulha-se de ter sido o berço de vulto proeminentes da história brasileira que, pelos seus grandes feitos, se tornaram salientes, estrelas luminosas a brilhar no céu da pátria. Quem negará que foi nesse abençoado solo paulista que nasceu a ideia da Independência do Brasil, valentemente apoiada por Feijó e Paula Souza, e que grato a esse festo, D. Pedro I agalardoou o título de “Fidelíssima”. Foi aí, ainda que mais tarde, a Convenção de Itu, reunida em 18 de abril de 1873, firmava os alicerces do monumento de 15 de novembro de 1889. A fama dessa cidade historica, repercutiu no estrangeiro, por ter sido aí que floresceram ituanos ilustres e também tiveram movimentos mais notáveis do Brasil-Imperio e do Brasil-república. No edifício onde se realizou a assembleia memorável que ficou gravada nas páginas de nossa história, foi fundado, há meia dúzia de anos, um museu pelo Sr. Dr. Washington Luís, atual presidente da República. A ele, pois, se deve essa iniciativa que muito honra o nosso Estado e que jamais será esquecida pelos ituanos. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: O Malho, Rio de Janeiro, 13 de abril de 1929, Anno XXVIII, núm. 1387, p. 6. Disponível em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/malho/malho_1929/malho_1387.pdf. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: O Malho; Hemeroteca digital. GLOSSÁRIO: Agalardoou : premiou. PALAVRAS-CHAVE: museus, efemérides, brasil república 15
  • 17. Documento 067 Seguro você vive melhor Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Revólver Taurus (Mesbla) - Anos 80 - Propagandas Históricas | Propagandas Antigas. Disponível em: https://www.propagandashistoricas.com.br/2018/02/revolver-taurus-mesbla-anos-80.html. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Propagandas Históricas | Propagandas Antigas. PALAVRAS-CHAVE: armamento, propaganda Documento 068 Especialistas veem perigo em armar cidadãos e atiradores esperam mais incentivos do governo O presidente Jair Bolsonaro tem se empenhado em cumprir a promessa eleitoral de facilitar o acesso dos brasileiros às armas de fogo. Desde que assumiu o Palácio do Planalto, em janeiro de 2019, assinou em torno em 30 normas que, entre outras mudanças, abrandaram as exigências para a posse e o porte, aumentaram a quantidade de armas e munições que o cidadão pode possuir, liberaram o comércio de armas antes restritas às forças de segurança pública e dificultaram a fiscalização e o rastreio de balas. A nova política federal vai no caminho contrário ao do Estatuto do Desarmamento, de 2003, que havia endurecido as exigências e afastado as armas da população. O estatuto permanece em vigor, mas parte de suas regras foi afetada pelas recentes medidas presidenciais. Como resultado da guinada, este é o momento de toda a história nacional em que existem mais armas nas mãos de cidadãos comuns. Em 2019 e 2020, os brasileiros registraram 320 mil novas armas na Polícia Federal. De 2012 a 2018, o total havia sido de 303 mil. As autorizações concedidas pelo Exército a caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas também bateram recorde no atual governo — 160 mil nos últimos dois anos contra 70 mil nos sete anos anteriores. O mercado de armas e munições, tanto as de origem nacional quanto as importadas, está extraordinariamente aquecido. Estudiosos da segurança pública veem com preocupação o armamento da população. De acordo com eles, a literatura científica mostra que mais revólveres, pistolas e afins circulando na sociedade necessariamente pioram as estatísticas de violência letal. Para atiradores, ao contrário, Bolsonaro age de forma acertada. Eles entendem que o cidadão precisa estar armado para proteger sua vida e seu patrimônio. De acordo com Melina Risso, uma das diretoras do Instituto Igarapé (ONG dedicada à segurança pública e aos direitos humanos), a única política pública de Bolsonaro para a área da segurança é a disseminação das armas. — Quando anuncia que as pessoas têm que se defender com as próprias mãos, o governo está dizendo: ’Esse não é meu trabalho. Vocês que se virem’. Na verdade, o governo está enganando as pessoas. A segurança pública é uma das primeiras responsabilidades do Estado e não pode ser terceirizada para os cidadãos — afirma Risso. — Ao mesmo tempo, o governo vem destruindo a política de segurança que havia sido construída até 2018 com a participação da sociedade civil, dos gestores públicos e das polícias. Tivemos, por exemplo, a aprovação do Sistema Único de Segurança Pública e o estabelecimento de fontes de financiamento para o setor. São avanços vêm sendo sistematicamente ignorados. De acordo com Risso, as armas nas mãos de civis, em vez de diminuírem a criminalidade, apenas aumentam o número de mortes — sejam homicídios e suicídios, sejam acidentes domésticos. Uma briga de trânsito que na pior hipótese acabaria em agressão física, por exemplo, poderá resultar em assassinato caso um dos envolvidos tenha um revólver dentro do carro. Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 16
  • 18. (Ipea) mostrou que, nos 14 anos anteriores ao Estatuto do Desarmamento, os assassinatos por tiro no Brasil subiam 5,5% anualmente. Nos 14 anos seguintes, passaram a subir apenas 0,85% a cada ano. As mortes só não caíram mais porque a criminalidade não depende apenas do número de armas à mão, mas de uma série de outros fatores, como o desemprego, a evasão escolar e a corrupção policial. O Ipea também indicou que, cada vez que o número de armas de fogo em circulação no país sobe 1%, a taxa de homicídios se eleva em 2%. Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Jorna eletrônico ORIGEM: WESTIN, Ricardo. “Especialistas veem perigo em armar cidadãos, e atiradores esperam mais incentivos do governo”. Agência Senado, 18/03/2021. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/03/especialistas-veem-perigo- em-armar-cidadaos-e-atiradores-esperam-mais-incentivos-do-governo. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Ricardo Westin; Agência Senado. PALAVRAS-CHAVE: armamento, legislação Documento 069 O Último Tamoio Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Óleo sobre tela ORIGEM: AMOEDO, Rodolfo. O Último Tamoio. Óleo sobre tela. Dimensões: 180,3cm x 261,3cm. Data: 1883. Acervo: Museu Nacional de Belas Artes. Reprodução fotográfica: autoria desconhecida. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ultimo_tamoio_1883.jpg. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Rodolfo Amoedo; Museu Nacional de Belas Artes. TÉCNICA: Óleo sobre tela DIMENSÕES: 180,3cm x 261,3cm PALAVRAS-CHAVE: história da arte, indígenas Documento 070 É É! A gente quer valer o nosso amor A gente quer valer nosso suor A gente quer valer o nosso humor A gente quer do bom e do melhor A gente quer carinho e atenção A gente quer calor no coração A gente quer suar, mas de prazer A gente quer é ter muita saúde A gente quer viver a liberdade A gente quer viver felicidade É! A gente não tem cara de panaca A gente não tem jeito de babaca A gente não está Com a bunda exposta na janela Pra passar a mão nela É! A gente quer viver pleno direito A gente quer viver todo respeito A gente quer viver uma nação A gente quer é ser um cidadão A gente quer viver uma nação É, é, é, é, é, é, é! Ficha técnica TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP: CORAÇÕES MARGINAIS Gravadora: Warner Music Ano: 1988 Compositor: Gonzaguinha Intérprete: Gonzaguinha CRÉDITOS: Compositor: Gonzaguinha Intérprete: Gonzaguinha PALAVRAS-CHAVE: brasil contemporâneo, história da música 17