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JEAN-JACQUES ROUSSEAU
DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS
DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS [1755]
Morreu em 2 de julho de 1778 em Ermenoville na França.
BIOGRAFIA DO AUTOR
NASCEU EM 28 DE JUNHO DE 1712 EM GENEBRA NA SUÍÇA
FOI UM FILÓSOFO ILUMINISTA, TEÓRICO POLÍTICO E ESCRITOR
ESTUDOU EM ESCOLA RELIGIOSA.
JÁ ADULTO E EM PARIS, FOI CONVIDADO POR DIDEROT PARA
ESCREVER ALGUNS VERBETES PARA A ENCICLOPÉDIA.
EM 1762 COMEÇOU A SER PERSEGUIDO POR SUAS OBRAS.
EM 1765, FOI PARA A INGLATERRA A CONVITE DO FILÓSOFO
DAVID HUME.
EM 1767, VOLTA Á FRANÇA E CASA-SE COM THÉRÈSE LEVASSEUR
DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE
OS HOMENS.
epidro
JEAN JACQUES-ROUSSEAU
ESTRUTURA DA OBRA
Questão proposta pela academia de Dijon
Á república de Genebra
Prefácio
Advertência sobre as notas
Discurso sobre as origem e os fundamentos
da desigualdade entre os homens:
Primeira parte
Segunda parte
Notas
QUESTÃO PROPOSTA PELA ACADEMIA DE
DIJON
Qual é a origem da desigualdade entre os homens, e se é autorizada pela lei
natural.
Á REPÚBLICA DE GENEBRA
Rosseau dedica seu livro como uma homenagem pública aos cidadãos de
Genebra.
• DISCORRE SOBRE A METODOLOGIA QUE SERA UTILIZADA PARA RESPONDER A
QUESTÃO PROPOSTA: CONHECER O HOMEM ANTES DE DESCOBRIR A ORIGEM E OS
FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE ELES.
• CONHECER O HOMEM ATRAVÉS DE SI MESMO, AO INVÉS DE BUSCAR
EXTERNAMENTE.
• “CONHECE-TE A TI MESMO”: RACIOCÍNIOS HIPOTÉTICOS E CONDICIONAIS
• DOIS TIPOS DE DESIGUALDADE: NATURAL E POLÍTICA
• DOIS PRINCIPIOS ANTERIORES Á RAZÃO: SOBREVIVENCIA E PIEDADE.
PREFÁCIO
ADVERTÊNCIA SOBRE AS NOTAS
NESSA PARTE DA OBRA, O AUTOR ESCLARECE QUE PARA UMA MELHOR EXPERIENCIA
DE LEITURA, ELE TRATOU DE EXPLICAR SUAS NOTAS EM UMA PARTE PÓS-DISCURSO.
AQUI ROSSEAU AFIRMA QUE O HOMEM VIVIA EM UM ESTADO
PRIMITIVO (NATURAL) E DEVIDO AO PROGRESSO E AO
CONHECIMENTO, ELE CHEGOU AO ESTADO PRESENTE
(CIVILIZADO), E IRÁ BUSCAR QUAL FOI O MARCO DE
TRANSIÇÃO DE UM ESTADO PARA O OUTRO.
DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS
DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS
“Não me deterei em buscar no sistema animal o que ele pode ter sido no começo, para tornar-se enfim o
que é.”
Inicialmente avalia a desigualdade natural pelo lado físico
“Sendo o corpo do homem selvagem o único instrumento por ele conhecido, vale-se dele para diferentes
usos, para os quais, por falta de exercício, os nossos são incapazes”.
“Ao tornar-se sociável e escravo, torna-se fraco, temeroso, rastejante, e seu modo de vida indolente e
efeminado acaba de debilitar ao mesmo tempo a sua força e a sua coragem”.
PRIMEIRA PARTE – A DESIGUALDADE
NATURAL
Instinto vs Liberdade
“Um escolhe ou rejeita por instinto e o outro, por um ato de liberdade; e o que faz com que o animal não
possa afastar-se da regra que lhe é prescrita, mesmo quando lhe seja vantajoso fazê-lo, e o homem dela se
afaste com frequência para prejuízo próprio.”
Faculdade de aperfeiçoar-se: Fonte de todas as desgraças do homem.
“As paixões, por sua vez, têm origem nas nossas necessidades, e o progresso delas, em nossos
conhecimentos.”
“É impossível imaginar por quê, neste estado primitivo, um homem precisaria mais de outro homem do
que um macaco ou um lobo de seu semelhante”.
LADO METAFÍSICO E MORAL
“O estado de natureza é aquele em que o cuidado de nossa conservação é
menos prejudicial á dos outros, tal estado seria, por conseguinte, o mais
próprio para a paz, o mais conveniente ao gênero humano”.
“Seus desejos não ultrapassam as necessidades físicas, os únicos bens que
conhece no universo são o alimento, uma fêmea e o repouso”.
Conclusão: O homem em estado de natureza é livre, independente, age
basicamente pelo instinto, não é provido de raciocínio, não há comunicação
entre seus semelhantes, por conta disso, seus desejos e necessidades são
basicamente a sua conservação e ainda não existe agrupamentos humanos.
O ESTADO DE NATUREZA
SEGUNDA PARTE – A DESIGUALDADE MORAL
Necessidades: “A diferença dos
solos, dos climas, das estações pode
tê-los forçado a introduzi-las em
seus modos de vida. Anos estéreis,
invernos prolongados e rudes,
verões ardentes que tudo
consomem, exigiram deles uma
nova indústria.”
A partir das necessidades, os
homens formam associações livres
para o interesse comum e conforme
ocorria as associações, surgiam em
seus espírito, as percepções de
certas relações: grande, pequeno,
forte, fraco, veloz, lento, temeroso e
ousado, chamada de prudência
maquinal e ocorria paralelamente, o
desenvolvimento da linguagem.
DO ESTADO DE NATUREZA AO ESTADO CIVIL
Construção de abrigos pelos mais fortes
Maridos, mulheres, pais e filhos numa morada comum: A primeira diferença
na maneira de viver dos dois sexos.
Primeira fonte de males: As comodidades
“Tendo os homens, até então errante pelos bosques, tomado uma residência
fixa, aproximam-se lentamente, reúnem-se em diversos bandos e formam,
por fim, em cada região, uma nação particular.”
Surgem as ideias de mérito e beleza, e assim, os sentimentos de preferência
OS PRIMEIROS PROGRESSOS
“Cada qual começou a olhar para os outros e a querer ser por eles olhado, e a estima pública adquiriu um
valor.”
Com as preferências nasceram a vaidade, o desprezo, a vergonha e a inveja.
A verdadeira juventude do mundo: “Um justo meio entre a indolência do estado primitivo e a petulante
atividade do nosso amor-próprio.”
O PRIMEIRO PASSO PARA A DESIGUALDADE
“(...) mas desde que um homem precisou do auxílio de
outros: desde que se percebeu que era útil a um só ter
provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se
a propriedade.”
Surgimento da agricultura e metalurgia
A ideia de mão-de-obra
Ambição devorante pela riqueza relativa ocasiona em
conflitos, dominação e servidão.
A IDEIA DE PROPRIEDADE
1. Estabelecimento da lei e do direito de propriedade
2. Instituição da magistratura
3. Transformação do poder legítimo em poder
arbitrário
O PROGRESSO DA DESIGUALDADE
“Erguia-se entre o direito do mais forte e o direito do primeiro ocupante
um conflito perpétuo.”
“(...) ninguém se via seguro nem na pobreza, nem na riqueza.”
“Unamo-nos, diz-lhe ele, para defendermos da opressão os fracos,
contermos os ambiciosos e assegurarmos a cada qual a posse do que lhe
pertence.”
Lei da propriedade e da desigualdade instauradas.
ESTABELECIMENTO DA LEI E DO DIREITO DE
PROPRIEDADE
“Inicialmente, a sociedade consistiu apenas em algumas convenções gerais a que todos os particulares se
comprometiam e de que a comunidade se fazia fiadora perante cada um deles.”
“(...) foi preciso que os inconvenientes e as desordens se multiplicassem continuamente para que, enfim,
se pensasse em confiar a particulares o perigoso depósito da autoridade pública”.
“Os povos adotaram chefes para que estes defendessem sua liberdade e não para que os subjugasse.”
“(...) o estabelecimento do corpo político como um verdadeiro contrato entre o povo e os chefes que este
escolheu.”
INSTITUIÇÃO DA MAGISTRATURA
A ultima fase da desigualdade:
“O povo, já acostumado à dependência, ao repouso e às
comodidades da vida e já incapacitado de quebrar os seus
grilhões, consentiu em deixar aumentar a servidão, para
fortalecer a tranquilidade, e assim é que os chefes,
tornados hereditários, se acostumaram a encarar sua
magistratura como um bem de família, a se considerar a si
mesmos como os proprietários do Estado de que não eram
inicialmente senão os oficiais, a chamar os concidadão de
escravos...”
TRANSFORMAÇÃO DO PODER LEGÍTIMO EM
PODER ARBITRÁRIO
“POIS É MANIFESTAMENTE CONTRA A LEI DE
NATUREZA, SEJA COMO FOR QUE A DEFINAMOS,
QUE A CRIANÇA MANDE NO VELHO, O IMBECIL
GUIE O HOMEM SÁBIO E UM PUNHADO DE GENTE
TRANSBORDE DE SUPERFLUIDADES ENQUANTO A
MULTIDÃO ESFOMEADA CAREÇA DO NECESSÁRIO.”

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Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens - Rousseau

  • 1. JEAN-JACQUES ROUSSEAU DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS [1755]
  • 2.
  • 3. Morreu em 2 de julho de 1778 em Ermenoville na França. BIOGRAFIA DO AUTOR NASCEU EM 28 DE JUNHO DE 1712 EM GENEBRA NA SUÍÇA FOI UM FILÓSOFO ILUMINISTA, TEÓRICO POLÍTICO E ESCRITOR ESTUDOU EM ESCOLA RELIGIOSA. JÁ ADULTO E EM PARIS, FOI CONVIDADO POR DIDEROT PARA ESCREVER ALGUNS VERBETES PARA A ENCICLOPÉDIA. EM 1762 COMEÇOU A SER PERSEGUIDO POR SUAS OBRAS. EM 1765, FOI PARA A INGLATERRA A CONVITE DO FILÓSOFO DAVID HUME. EM 1767, VOLTA Á FRANÇA E CASA-SE COM THÉRÈSE LEVASSEUR
  • 4. DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS. epidro JEAN JACQUES-ROUSSEAU
  • 5. ESTRUTURA DA OBRA Questão proposta pela academia de Dijon Á república de Genebra Prefácio Advertência sobre as notas Discurso sobre as origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens: Primeira parte Segunda parte Notas
  • 6. QUESTÃO PROPOSTA PELA ACADEMIA DE DIJON Qual é a origem da desigualdade entre os homens, e se é autorizada pela lei natural.
  • 7. Á REPÚBLICA DE GENEBRA Rosseau dedica seu livro como uma homenagem pública aos cidadãos de Genebra.
  • 8. • DISCORRE SOBRE A METODOLOGIA QUE SERA UTILIZADA PARA RESPONDER A QUESTÃO PROPOSTA: CONHECER O HOMEM ANTES DE DESCOBRIR A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE ELES. • CONHECER O HOMEM ATRAVÉS DE SI MESMO, AO INVÉS DE BUSCAR EXTERNAMENTE. • “CONHECE-TE A TI MESMO”: RACIOCÍNIOS HIPOTÉTICOS E CONDICIONAIS • DOIS TIPOS DE DESIGUALDADE: NATURAL E POLÍTICA • DOIS PRINCIPIOS ANTERIORES Á RAZÃO: SOBREVIVENCIA E PIEDADE. PREFÁCIO
  • 9. ADVERTÊNCIA SOBRE AS NOTAS NESSA PARTE DA OBRA, O AUTOR ESCLARECE QUE PARA UMA MELHOR EXPERIENCIA DE LEITURA, ELE TRATOU DE EXPLICAR SUAS NOTAS EM UMA PARTE PÓS-DISCURSO.
  • 10. AQUI ROSSEAU AFIRMA QUE O HOMEM VIVIA EM UM ESTADO PRIMITIVO (NATURAL) E DEVIDO AO PROGRESSO E AO CONHECIMENTO, ELE CHEGOU AO ESTADO PRESENTE (CIVILIZADO), E IRÁ BUSCAR QUAL FOI O MARCO DE TRANSIÇÃO DE UM ESTADO PARA O OUTRO. DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS
  • 11. “Não me deterei em buscar no sistema animal o que ele pode ter sido no começo, para tornar-se enfim o que é.” Inicialmente avalia a desigualdade natural pelo lado físico “Sendo o corpo do homem selvagem o único instrumento por ele conhecido, vale-se dele para diferentes usos, para os quais, por falta de exercício, os nossos são incapazes”. “Ao tornar-se sociável e escravo, torna-se fraco, temeroso, rastejante, e seu modo de vida indolente e efeminado acaba de debilitar ao mesmo tempo a sua força e a sua coragem”. PRIMEIRA PARTE – A DESIGUALDADE NATURAL
  • 12. Instinto vs Liberdade “Um escolhe ou rejeita por instinto e o outro, por um ato de liberdade; e o que faz com que o animal não possa afastar-se da regra que lhe é prescrita, mesmo quando lhe seja vantajoso fazê-lo, e o homem dela se afaste com frequência para prejuízo próprio.” Faculdade de aperfeiçoar-se: Fonte de todas as desgraças do homem. “As paixões, por sua vez, têm origem nas nossas necessidades, e o progresso delas, em nossos conhecimentos.” “É impossível imaginar por quê, neste estado primitivo, um homem precisaria mais de outro homem do que um macaco ou um lobo de seu semelhante”. LADO METAFÍSICO E MORAL
  • 13. “O estado de natureza é aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial á dos outros, tal estado seria, por conseguinte, o mais próprio para a paz, o mais conveniente ao gênero humano”. “Seus desejos não ultrapassam as necessidades físicas, os únicos bens que conhece no universo são o alimento, uma fêmea e o repouso”. Conclusão: O homem em estado de natureza é livre, independente, age basicamente pelo instinto, não é provido de raciocínio, não há comunicação entre seus semelhantes, por conta disso, seus desejos e necessidades são basicamente a sua conservação e ainda não existe agrupamentos humanos. O ESTADO DE NATUREZA
  • 14. SEGUNDA PARTE – A DESIGUALDADE MORAL
  • 15. Necessidades: “A diferença dos solos, dos climas, das estações pode tê-los forçado a introduzi-las em seus modos de vida. Anos estéreis, invernos prolongados e rudes, verões ardentes que tudo consomem, exigiram deles uma nova indústria.” A partir das necessidades, os homens formam associações livres para o interesse comum e conforme ocorria as associações, surgiam em seus espírito, as percepções de certas relações: grande, pequeno, forte, fraco, veloz, lento, temeroso e ousado, chamada de prudência maquinal e ocorria paralelamente, o desenvolvimento da linguagem. DO ESTADO DE NATUREZA AO ESTADO CIVIL
  • 16. Construção de abrigos pelos mais fortes Maridos, mulheres, pais e filhos numa morada comum: A primeira diferença na maneira de viver dos dois sexos. Primeira fonte de males: As comodidades “Tendo os homens, até então errante pelos bosques, tomado uma residência fixa, aproximam-se lentamente, reúnem-se em diversos bandos e formam, por fim, em cada região, uma nação particular.” Surgem as ideias de mérito e beleza, e assim, os sentimentos de preferência OS PRIMEIROS PROGRESSOS
  • 17. “Cada qual começou a olhar para os outros e a querer ser por eles olhado, e a estima pública adquiriu um valor.” Com as preferências nasceram a vaidade, o desprezo, a vergonha e a inveja. A verdadeira juventude do mundo: “Um justo meio entre a indolência do estado primitivo e a petulante atividade do nosso amor-próprio.” O PRIMEIRO PASSO PARA A DESIGUALDADE
  • 18. “(...) mas desde que um homem precisou do auxílio de outros: desde que se percebeu que era útil a um só ter provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade.” Surgimento da agricultura e metalurgia A ideia de mão-de-obra Ambição devorante pela riqueza relativa ocasiona em conflitos, dominação e servidão. A IDEIA DE PROPRIEDADE
  • 19. 1. Estabelecimento da lei e do direito de propriedade 2. Instituição da magistratura 3. Transformação do poder legítimo em poder arbitrário O PROGRESSO DA DESIGUALDADE
  • 20. “Erguia-se entre o direito do mais forte e o direito do primeiro ocupante um conflito perpétuo.” “(...) ninguém se via seguro nem na pobreza, nem na riqueza.” “Unamo-nos, diz-lhe ele, para defendermos da opressão os fracos, contermos os ambiciosos e assegurarmos a cada qual a posse do que lhe pertence.” Lei da propriedade e da desigualdade instauradas. ESTABELECIMENTO DA LEI E DO DIREITO DE PROPRIEDADE
  • 21. “Inicialmente, a sociedade consistiu apenas em algumas convenções gerais a que todos os particulares se comprometiam e de que a comunidade se fazia fiadora perante cada um deles.” “(...) foi preciso que os inconvenientes e as desordens se multiplicassem continuamente para que, enfim, se pensasse em confiar a particulares o perigoso depósito da autoridade pública”. “Os povos adotaram chefes para que estes defendessem sua liberdade e não para que os subjugasse.” “(...) o estabelecimento do corpo político como um verdadeiro contrato entre o povo e os chefes que este escolheu.” INSTITUIÇÃO DA MAGISTRATURA
  • 22. A ultima fase da desigualdade: “O povo, já acostumado à dependência, ao repouso e às comodidades da vida e já incapacitado de quebrar os seus grilhões, consentiu em deixar aumentar a servidão, para fortalecer a tranquilidade, e assim é que os chefes, tornados hereditários, se acostumaram a encarar sua magistratura como um bem de família, a se considerar a si mesmos como os proprietários do Estado de que não eram inicialmente senão os oficiais, a chamar os concidadão de escravos...” TRANSFORMAÇÃO DO PODER LEGÍTIMO EM PODER ARBITRÁRIO
  • 23. “POIS É MANIFESTAMENTE CONTRA A LEI DE NATUREZA, SEJA COMO FOR QUE A DEFINAMOS, QUE A CRIANÇA MANDE NO VELHO, O IMBECIL GUIE O HOMEM SÁBIO E UM PUNHADO DE GENTE TRANSBORDE DE SUPERFLUIDADES ENQUANTO A MULTIDÃO ESFOMEADA CAREÇA DO NECESSÁRIO.”