O texto introdutório aborda o período da Grande Depressão, destacando a dualidade que a década de 1920 representa para os Estados Unidos e o mundo. No mesmo são exploradas as consequências causadas pela crise em solo americano e nos países envolvidos com a sua economia, destacando datas históricas como a data de 24 de outubro de 1929. O plano de aula foi aplicado na turma do 9º Ano “A” do Ensino Fundamental II, no turno da manhã, em 9 de maio de 2017, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena.
1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena
Série: 9º Ano/A/Ensino Fundamental II
Data: 09/05/2017 Carga horária: 01 aula de 45 minutos
Professor Supervisor: Thiago Acácio Raposo
Bolsistas: Jilton Joselito de Lucena Ferreira; Marília Cristina de Queiroz; Mylla
Christtie; Sabrina Kele Dias Lopes; Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes; Valdeir
Alves dos Santos
TEXTO INTRODUTÓRIO
A Crise de 1929
A Primeira Guerra Mundial proporcionou aos Estados Unidos da América a
possibilidade de se tornar uma grande economia. Durante a guerra, a Europa voltou
grande parte de sua indústria para a produção de armas, passando a adquirir produtos
dos americanos. Ao final da “Grande Guerra”, os Estados Unidos se consolidam como a
nova Potência Mundial, ao mesmo tempo em que a Europa se encontrava em estado
lastimável, aonde seriam necessários anos para os europeus se reerguerem. Os
americanos passaram a desfrutar de um novo estilo de vida: a American Way Of Life –
Modo de Vida Americano – sendo marcado pelo consumismo da população. Entretanto,
essa prosperidade tinha data de validade e em 1929 é iniciada uma das maiores crises do
Capitalismo, tendo os Estados Unidos como centro e que posteriormente viria a se
propagar pelo mundo, com exceção da União Soviética. Os americanos estabelecem
novas medidas para conter a crise modificando o seu sistema econômico, o New Deal
2. (Novo Acordo) é uma dessas medidas que vem a mudar a relação do Estado com a
Economia.
Os Estados Unidos apreciavam uma fase prospera na década de 20, possuindo
matérias-primas, mercado consumidor e acumulo de capital a economia dos americanos
crescia de modo frenético, ocasionando o investimento de milhares de cidadãos na bolsa
de valores, ou melhor, na bolsa de Nova Iorque. Era a American Way Of life que se fazia
presente naquele contexto. Os norte-americanos começaram a adquirir os “sonhos de
consumo”, como: Rádio, Geladeira, TV, Automóveis, Coca-Cola, Blush, entre outros.
Tais produtos, que anteriormente eram destinados às classes altas, passam a ser
introduzidos nas casas das famílias humildes, de modo que os EUA gozavam dos “anos
felizes”.
Ainda na década de 20 os europeus começam a se reerguer, com isso diminuem
a compra de produtos americanos e passam a disputar o mercado consumidor. Os
Estados Unidos, com o crescimento acelerado da sua produção agrícola e industrial, se
deparam com um grave problema: a Superprodução. Sem conseguir vender sua
mercadoria os EUA veem seus lucros diminuírem e como consequências da crise
surgiram às demissões, o fechamento de indústria e a falência dos empresários. Os
“anos felizes” ficam para trás e os americanos e o mundo começam a vivenciar uma
época “sombria”.
Os Estados Unidos na década de 20 eram o principal credor e consequentemente
com sua “queda” os países que estavam envolvidos no sistema de crédito americano
foram afetados. O Brasil, por exemplo, que nesse contexto era o principal exportador de
café viu o preço de seu produto despencar no mercado consumidor, contribuindo para a
crise do sistema do café-com-leite.
O estopim da Grande Depressão sem duvidas é o dia 24 de outubro de 1929,
com a Queda da Bolsa de Nova York, data está que ficou conhecida na história como a
Quinta-Feira Negra, resultando na falência de empresários, banqueiros, indústria e o
valor da bolsa declinaram, o pânico estava instalado milhares de pessoas ficaram
desempregadas e falidas, inúmeros casos de suicídios foram registrados no período de
quebra da bolsa.
Para conter o avanço da crise econômica o eleito presidente dos Estados Unidos
Franklin Roosevelt, criou o New Deal – Novo Acordo – baseado nas teorias
keynesianas, substituindo a teoria do liberalismo clássico de Adam Smith. Roosevelt
instaura uma série de mudanças nos EUA, como: O investimento em obras públicas
3. para tentar diminuir o desemprego; O controle dos preços e da produção, ou seja, os
produtores que antes se encontravam livres para produzir a quantia que desejasse
passam a ser ‘’controlados’’; Implementação das leis trabalhistas, estipulando uma
jornada de trabalho de 8horas diárias, criando o seguro-desemprego e o auxilio
aposentadoria, e estabelecendo um salário mínimo; Empréstimos para as indústrias
falidas, entre outras.
O presidente Franklin Roosevelt com tais medidas conseguiu frear o avanço da
crise econômica. Porém, apesar de ter obtido excelentes resultados para a economia
americana não conseguiu extinguir totalmente a crise. Os efeitos da Grande Depressão,
de fato, só seriam superados na Segunda Guerra Mundial.
Referências
CAMPOS, Flávio de; CLARO, Regina; DOLHNIKOFF, Miriam. História nos dias de
hoje, 9º ano. 2. Ed. – São Paulo: Leya, 2015.
GAZIER, Bernard. 1950- A crise de 1929 / tradução de Julia da Rosa Simões. – Porto
Alegre, RS : L&PM, 2013.