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Carta aberta: Via Gastronômica
1. Fundada em 13/04/2015
GASTRONOMIA VIVE LOCKDOW HÁ 12 MESES
A Associação Via Gastronômica Criciúma pautada pela defesa dos empregos e da
vida, em meio a este momento ímpar de luta para sobrevivermos ao coronavírus, e
as falências, sofre mais um ato restritivo.
Diante disso, vimos por meio desta carta pública, externar total desaprovação as
medidas injustas e desiguais entre os segmentos econômicos no que tange as
restrições de atuação determinadas pelo Governo do Estado.
Desde o início da pandemia estamos em lockdow. São 12 meses de queda livre nas
vendas, 12 meses com crescente número de dívidas e baixa de receita e 12 meses
de fiscalização rígida.
Ressaltamos a posição favorável à fiscalização, apoiamos e estamos preparados
para seguir a lei. Determinação esta que deveria ser para todos os setores
econômicos, porém é constante apenas no setor gastronômico. São 12 meses de
dois pesos e duas medidas, setores da economia trabalhando livremente, sem
respeitar as regras sanitárias, aglomerando sem controle, enquanto nosso segmento
continua sendo o mais penalizado.
São 12 meses sem medidas adequadas de socorro financeiro ao setor
gastronômico. Linhas de créditos ineficazes e inacessíveis a maioria das micro e
pequenas empresas do setor. Impostos continuam a serem cobrados, sem
nenhuma sinalização do Poder Público Municipal, Estadual e Federal de socorro
financeiro aos nossos negócios.
Não sendo suficiente o que já estamos sofrendo, somos surpreendidos com este
novo decreto 1.200, estadual, que limita a venda de bebida alcoólica até as 21
horas. Compreendemos ser uma forma leviana de decretar mais lockdown apenas
para um setor.
Exigimos que os governantes atuem de forma igualitária em todos os setores:
transporte, bancos, supermercados, comércio em geral, e mais importante; que
todos os setores citados, sejam fiscalizados de forma rígida e imediata. Os
ambientes da área gastronômica não são os principais vetores de contaminação do
novo coronavírus e os mais suscetíveis ao contágio. O local de maior índice de
contágio, comprovadamente são as festas clandestinas e particulares.
Com isso, exigimos que as autoridades competentes fiscalizem, de forma veemente,
esses ambientes da mesma forma que nosso setor é fiscalizado.
2. Exigimos, urgentemente, uma linha de crédito específica para os setores de
gastronomia e eventos, com um Refis amplo e imediato dos débitos pendentes com
o Estado.
Esperamos receber no auxílio financeiro o mesmo tratamento diferenciado que
recebemos na fiscalização e nas ações restritivas.
Por fim, não questionamos a gravidade do momento e a necessidade de salvarmos
vidas. Mas, não podemos ser sempre os maiores penalizados.
JOSTER FAVERO
Presidente
Associação Via Gastronômica Criciúma