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Relações com o mercado
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R E V I S T A D A E S P M – JULHO/AGOSTO DE 2008
MER
RELAÇÕES COM O
CADO INVESTIDOR
O impacto do capitalismo financeiro no desenvolvimento de talentos
para o mercado de capitais globalizado
CC
omo afirma GRACIOSO F., o tama-
nho, a estrutura, objetivos estratégi-
cos e a competição das grandes
empresas estão mudando em todo
o mundo, e isso tem impactado
cada vez mais na busca e retenção
de talentos, que até recentemente,
principalmente no Brasil, eram
desenvolvidos pela formação pre-
dominantemente focada em es-
tratégias de gestão e estilos de
competição.
O mundo, a economia, a política
e a forma de acumular capital se
expandiram para uma sofisticação
racional jamais vista. A forma de tra-
balhar e os fusos horários passaram
a ser determinantes na riqueza ou
pobreza de um determinado grupo
e, até mesmo, de um indivíduo. O
que podemos notar nessa dinâmica
capitalista financeira transnacional?
A acumulação, que, antes, era
Googleimages
Sérgio Pio Bernardes
77
JULHO/AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M
predominantemente focada para
sociedades, passa agora também a
contemplar indivíduos, uma vez que
as sociedades por ações ampliaram
a base de seus acionistas.
Nessa nova dinâmica, as estruturas
das empresas passaram a ser conside-
radas como patrimônios globalizados
e, de certa forma, tornaram-se não
só vulneráveis ao ambiente interno,
mas também ao ambiente externo.
Portanto,afragilidadedeumaempresa
está, cada vez mais, condicionada por
fatores endógenos e exógenos.
A divisão dos países em Centro-
Periferia progrediu para relações
bi e multilaterais. Muitas empresas
abriram o capital e se depararam
com complexas informações do
mercado globalizado e passaram a
necessitar de profissionais que inter-
Nessa nova dinâmica, as estruturas das
empresas passaram a ser consideradas
como patrimônios globalizados e,
de certa forma, tornaram-se não só
vulneráveis ao ambiente interno, mas
também ao ambiente externo.
Muitas empresas abriram o capital e se depararam com complexas informações do
mercado globalizado e passaram a necessitar de profissionais que interpretassem
ambientes extremamente dinâmicos, e que fossem capazes de realizar pontes entre
capitais e riquezas multinacionais.
Relações com o mercado
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R E V I S T A D A E S P M – JULHO/AGOSTO DE 2008
pretassem ambientes extremamente
dinâmicos, e que fossem capazes de
realizar pontes entre capitais e rique-
zas multinacionais. Para suprir essa
necessidade, algumas optaram pela
contratação de assessorias e consul-
torias e outras criaram seus próprios
departamentos de Relacionamento
com Investidores.
Segundo o IBRI – Instituto Brasileiro
de Relações com Investidores, um
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aberto tem aumentado como nunca
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profissionais que pudessem assumir
a área de Relacionamento com In-
vestidores. No entanto, a velocidade
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de capitais foi mais veloz do que
a capacidade das instituições de
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Quando uma companhia decide que
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tais, o profissional de Relações com
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aberta em uma empresa que sempre
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No entanto, a velocidade de abertura de empresas no mercado de capitais foi mais veloz
do que a capacidade das instituições de ensino de ofertar profissionais com formação para
atender à crescente demanda.
Segundo a NIRI – National Investor Re-
lations Institute, relações com investi-
dores é uma atividade estratégica de
marketing corporativo, combinando as
disciplinas de finanças e comunicação,
que objetiva oferecer aos investidores
atuais e potenciais informações con-
fiáveis a respeito da performance atual
e perspectivas da companhia.
Sérgio Pio Bernardes
79
JULHO/AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M
Nos últimos anos o boom do
mercado de capitais transformou
os profissionais de RI em alvo dos
headhunters. De uma hora para
outra, empresários resolveram
abrir o capital de suas compa-
nhias e notaram que o mercado
não estava preparado para esse
cenário.
Quem é o profissional adequado
para atuar nesse segmento? Existe
esse profissional? Que tipo de
formação ele deveria ter? Dos
cursos de graduação existentes,
quais seriam aqueles que estariam
formando essas habilidades para
esse tipo de mercado?
A estrutura das matrizes curriculares
da maioria das Escolas de Negócios
no Brasil ainda é predominantemente
tradicional sem ênfase no mercado
internacional. As IES (Instituição de
Ensino Superior) que inovarem na
formação de novos talentos deverão
ter, como pré-requisito, uma rigorosa
formação na área de métricas e mo-
delagensdenegóciosassociadaauma
ampla formação na área de relações
internacionais.
Segundo a NIRI – National Inves-
tor Relations Institute, relações
com investidores é uma ativi-
dade estratégica de marketing
corporativo, combinando as
disciplinas de finanças e comu-
nicação, que objetiva oferecer
aos investidores atuais e poten-
ciais informações confiáveis a
respeito do desempenho atual
e perspectivas da companhia.
As relações com investidores
realizam sua maior contribuição
quando atuam como uma parte
integrante do processo de cria-
ção de valor de uma empresa.
As RIs (relações com investi-
dores) desempenham um papel
significativo ao participar, com a
administração, do trabalho para
alcançar o valor justo das ações
e dos títulos das empresas.
As RIs (relações com investidores) desempenham um papel significativo ao
participar, com a administração, do trabalho para alcançar o valor justo das
ações e dos títulos das empresas.
Sérgio Pio Bernardes
Relações com o mercado
80
R E V I S T A D A E S P M – JULHO/AGOSTO DE 2008
– Relações com Investidores. Num
primeiro momento, pode parecer que
não tenham nenhuma relação, mas na
realidadesãodependentes,umavezque
as relações com investidores, devido à
globalização do mercado, passaram a
ser internacionalizadas. Sendo assim,
o profissional de RI (Relações com In-
vestidores)dependedosconhecimentos
dos profissionais de RI (Relações Inter-
nacionais). Até recentemente não havia
instituiçãodeensinoquevislumbrassea
unificaçãodessaformação,ouseja,que
realizasse a seguinte equação: RI + RI =
Diplomata Corporativo1
.
Iniciarnegóciosnoexterioréumatarefa
que envolve diversos fatores culturais,
políticos e de mercado. O Diplomata
Corporativo é útil na fase de consoli-
daçãodenegóciosoumesmoemetapas
iniciais, de mapeamento de oportuni-
dades em outros continentes.
Como a acumulação passa a ter como
parâmetros o nervosismo do mercado
financeiro,aadministraçãodeconflitos,
credibilidade, filtragem de informações
ecapacidadeparainterpretarosdiversos
estímulos do mercado de capitais com
agilidadeeentendermelhorosdiferentes
papéis dos investidores financeiros, dos
controladores, dos acionistas minori-
tários e dos gestores ao longo de todo o
processo de convivência; os elementos
da diplomacia são, particularmente,
relevantes na medida em que, nessa
perspectiva, as ações devem ser estabe-
lecidas numa linha racional de investi-
gação no tema conflito organizacional,
envolvendo a discussão dos interesses
das partes, das opções disponíveis, da
legitimidade, do compromisso, da
comunicação e do relacionamento.
Portanto, devido à globalização dos
capitais, a formação em relações inter-
nacionais com ênfase nas áreas de mar-
keting,comunicação,direito,economia,
modelagens de negócios e domínio de
idiomas passa a ser o alicerce para a
construção de uma carreira promissora
nesse novo contexto do capitalismo fi-
nanceiroglobalizado,pois,nele,orisco
nãoésomentedecréditooudotamanho
do mercado, mas também de natureza
política e de segurança nacional.
Paradoxalmente, notamos que a cada
dia as tendências de comportamentos
de determinadas lideranças globais
podem influenciar a valorização e/ou
desvalorização da riqueza de um deter-
minadonúmerodeassociados.Portanto,
o conjunto de variáveis sobre as quais o
profissional deve ter domínio não está
focadosomenteaumadeterminadaárea
quantitativa e sim numa multiplicidade
de conhecimentos. Essa natureza multi-
disciplinar ainda é muito incipiente nas
escolas de negócios.
O futuro empreendedor nesse mundo
globalizado deverá preocupar-se com
a sua formação multidisciplinar com
foco em finanças. De acordo com
RECHTMAN & BULHÕES (2008)
esse profissional deve ter a capacidade
gerencial no tocante a novas técnicas
de administração, como, por exemplo:
administração de conflitos, filtragem de
informações,novasestruturasegovernan-
ça corporativa.
RI + RI = Diplomata Corporativo
Émuitocomumencontrarnaliteraturaa
sigla RI.Até recentemente, essa sigla era
automaticamente traduzida pelo leitor
como sendo Relações Internacionais.
Hoje, essa sigla confunde-se com RI
ESPM
Sérgio Pio Bernardes
81
JULHO/AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M
SÉRGIO PIO BERNARDES
Diretor Nacional do Curso de Graduação
em Relações Internacionais com ênfase
em Marketing e Negócios da ESPM e
Coordenador do CINTEGRA-ESPM.
NOTAS
1. A ESPM é a única instituição de ensino no
Brasil que tem a formação de profissionais
que atendem essa equação RI+RI=diplomata
corporativo. Mais informações podem ser
obtidas no seguinte artigo: PIO BERNARDES,
Sérgio. Diplomatas Corporativos - Revista da
ESPM. Julho/agosto de 2006.
O que podemos concluir é que os jovens
queplanejaremsuaformaçãonaperspec-
tiva da diplomacia corporativa deverão
ter uma sólida formação em marketing
internacional, negócios internacionais,
gestão de pessoas e domínio das métricas
e modelagem de negócios. Além dessa
formação,taisprofissionaisdeverãoter:
No que se refere às ações que aproxi-
mamosinvestidoreseanalistas,esclare-
cendodúvidaseapresentandoaestraté-
gia da empresa, podemos encontrar as
seguintes atribuições do profissional de
Diplomacia Corporativa (RI+RI):
MAHONEY, William. Manual de RI: Princípios
e práticas de relações com investidores. (IMF
Editora – 2007)
PIO BERNARDES, Sérgio et alii. Diplomacia
Corporativa: o novo curso de graduação em
relações internacionais com ênfase em market-
ing e negócios da ESPM. In. REVISTA DA ESPM.
Julho/agosto de 2006.
RICHTAMN & BULHÕES, Capital de Risco e Di-
plomacia Corporativa São Paulo − Cultrix. 2008
BIBLIOGRAFIA
Interação no exterior na área de
vendas, na cadeia de forneci-
mento, no comércio B2B.
Atendimento aos investidores
nacionais e internacionais.
Pesquisa de mercado, concor-
rentes e do setor econômico.
Análise do desempenho das
ações e de demonstrações fi-
nanceiras.
Planejamento, organização e
logística de eventos.
Valuation de empresas.
Elaboração de relatórios, news-
letter, planilhas e apresentações
institucionais.
Relacionamento com a im-
prensa, CVM, Bovespa e analis-
tas de investimento.
Ações para vantagens competiti-
vas (fidelização, fortalecimento
da marca, viabilização de alian-
ças estratégicas e melhoria de
relacionamento com stakehol-
ders).
Visitas às unidades operacio-
nais da empresas.
Roadshows, reuniôes e con-
ference calls.
Realização de congressos,
feiras e seminários.
Construção do mailing.
Conhecimento em finanças de
mercado de capitais.
Conhecimento em processos
de IPO (Initial Public Offering),
e aquisição de empresas.
Conhecimento de legislação.
Facilidade para trabalhar
em equipe.
Domínio das ferramentas de
CRM.
Conhecimento aprofundado
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portamento do investidor.
Sérgio Pio Bernardes

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relacoes_com_o_mercado_investidor

  • 1. Relações com o mercado 76 R E V I S T A D A E S P M – JULHO/AGOSTO DE 2008 MER RELAÇÕES COM O CADO INVESTIDOR O impacto do capitalismo financeiro no desenvolvimento de talentos para o mercado de capitais globalizado CC omo afirma GRACIOSO F., o tama- nho, a estrutura, objetivos estratégi- cos e a competição das grandes empresas estão mudando em todo o mundo, e isso tem impactado cada vez mais na busca e retenção de talentos, que até recentemente, principalmente no Brasil, eram desenvolvidos pela formação pre- dominantemente focada em es- tratégias de gestão e estilos de competição. O mundo, a economia, a política e a forma de acumular capital se expandiram para uma sofisticação racional jamais vista. A forma de tra- balhar e os fusos horários passaram a ser determinantes na riqueza ou pobreza de um determinado grupo e, até mesmo, de um indivíduo. O que podemos notar nessa dinâmica capitalista financeira transnacional? A acumulação, que, antes, era Googleimages
  • 2. Sérgio Pio Bernardes 77 JULHO/AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M predominantemente focada para sociedades, passa agora também a contemplar indivíduos, uma vez que as sociedades por ações ampliaram a base de seus acionistas. Nessa nova dinâmica, as estruturas das empresas passaram a ser conside- radas como patrimônios globalizados e, de certa forma, tornaram-se não só vulneráveis ao ambiente interno, mas também ao ambiente externo. Portanto,afragilidadedeumaempresa está, cada vez mais, condicionada por fatores endógenos e exógenos. A divisão dos países em Centro- Periferia progrediu para relações bi e multilaterais. Muitas empresas abriram o capital e se depararam com complexas informações do mercado globalizado e passaram a necessitar de profissionais que inter- Nessa nova dinâmica, as estruturas das empresas passaram a ser consideradas como patrimônios globalizados e, de certa forma, tornaram-se não só vulneráveis ao ambiente interno, mas também ao ambiente externo. Muitas empresas abriram o capital e se depararam com complexas informações do mercado globalizado e passaram a necessitar de profissionais que interpretassem ambientes extremamente dinâmicos, e que fossem capazes de realizar pontes entre capitais e riquezas multinacionais.
  • 3. Relações com o mercado 78 R E V I S T A D A E S P M – JULHO/AGOSTO DE 2008 pretassem ambientes extremamente dinâmicos, e que fossem capazes de realizar pontes entre capitais e rique- zas multinacionais. Para suprir essa necessidade, algumas optaram pela contratação de assessorias e consul- torias e outras criaram seus próprios departamentos de Relacionamento com Investidores. Segundo o IBRI – Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, um dos setores de maior crescimento do mundo financeiro é exatamente o de Relações com Investidores. No Brasil, em 2000, 77% das empresas brasileiras tinham seu próprio RI. Em 2006, esse total chegou a 96%. O número de empresas de capital aberto tem aumentado como nunca e, na correria, muitas saíram atrás de profissionais que pudessem assumir a área de Relacionamento com In- vestidores. No entanto, a velocidade de abertura de empresas no mercado de capitais foi mais veloz do que a capacidade das instituições de ensino de ofertar profissionais com formação para atender à crescente demanda. Quando uma companhia decide que o caminho para o seu crescimento está associado ao mercado de capi- tais, o profissional de Relações com Investidores (RI) tem uma tarefa dura pelafrente,umavezquenãoésimples incutir a cultura de uma companhia aberta em uma empresa que sempre viveu de porta para dentro. No entanto, a velocidade de abertura de empresas no mercado de capitais foi mais veloz do que a capacidade das instituições de ensino de ofertar profissionais com formação para atender à crescente demanda. Segundo a NIRI – National Investor Re- lations Institute, relações com investi- dores é uma atividade estratégica de marketing corporativo, combinando as disciplinas de finanças e comunicação, que objetiva oferecer aos investidores atuais e potenciais informações con- fiáveis a respeito da performance atual e perspectivas da companhia.
  • 4. Sérgio Pio Bernardes 79 JULHO/AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Nos últimos anos o boom do mercado de capitais transformou os profissionais de RI em alvo dos headhunters. De uma hora para outra, empresários resolveram abrir o capital de suas compa- nhias e notaram que o mercado não estava preparado para esse cenário. Quem é o profissional adequado para atuar nesse segmento? Existe esse profissional? Que tipo de formação ele deveria ter? Dos cursos de graduação existentes, quais seriam aqueles que estariam formando essas habilidades para esse tipo de mercado? A estrutura das matrizes curriculares da maioria das Escolas de Negócios no Brasil ainda é predominantemente tradicional sem ênfase no mercado internacional. As IES (Instituição de Ensino Superior) que inovarem na formação de novos talentos deverão ter, como pré-requisito, uma rigorosa formação na área de métricas e mo- delagensdenegóciosassociadaauma ampla formação na área de relações internacionais. Segundo a NIRI – National Inves- tor Relations Institute, relações com investidores é uma ativi- dade estratégica de marketing corporativo, combinando as disciplinas de finanças e comu- nicação, que objetiva oferecer aos investidores atuais e poten- ciais informações confiáveis a respeito do desempenho atual e perspectivas da companhia. As relações com investidores realizam sua maior contribuição quando atuam como uma parte integrante do processo de cria- ção de valor de uma empresa. As RIs (relações com investi- dores) desempenham um papel significativo ao participar, com a administração, do trabalho para alcançar o valor justo das ações e dos títulos das empresas. As RIs (relações com investidores) desempenham um papel significativo ao participar, com a administração, do trabalho para alcançar o valor justo das ações e dos títulos das empresas. Sérgio Pio Bernardes
  • 5. Relações com o mercado 80 R E V I S T A D A E S P M – JULHO/AGOSTO DE 2008 – Relações com Investidores. Num primeiro momento, pode parecer que não tenham nenhuma relação, mas na realidadesãodependentes,umavezque as relações com investidores, devido à globalização do mercado, passaram a ser internacionalizadas. Sendo assim, o profissional de RI (Relações com In- vestidores)dependedosconhecimentos dos profissionais de RI (Relações Inter- nacionais). Até recentemente não havia instituiçãodeensinoquevislumbrassea unificaçãodessaformação,ouseja,que realizasse a seguinte equação: RI + RI = Diplomata Corporativo1 . Iniciarnegóciosnoexterioréumatarefa que envolve diversos fatores culturais, políticos e de mercado. O Diplomata Corporativo é útil na fase de consoli- daçãodenegóciosoumesmoemetapas iniciais, de mapeamento de oportuni- dades em outros continentes. Como a acumulação passa a ter como parâmetros o nervosismo do mercado financeiro,aadministraçãodeconflitos, credibilidade, filtragem de informações ecapacidadeparainterpretarosdiversos estímulos do mercado de capitais com agilidadeeentendermelhorosdiferentes papéis dos investidores financeiros, dos controladores, dos acionistas minori- tários e dos gestores ao longo de todo o processo de convivência; os elementos da diplomacia são, particularmente, relevantes na medida em que, nessa perspectiva, as ações devem ser estabe- lecidas numa linha racional de investi- gação no tema conflito organizacional, envolvendo a discussão dos interesses das partes, das opções disponíveis, da legitimidade, do compromisso, da comunicação e do relacionamento. Portanto, devido à globalização dos capitais, a formação em relações inter- nacionais com ênfase nas áreas de mar- keting,comunicação,direito,economia, modelagens de negócios e domínio de idiomas passa a ser o alicerce para a construção de uma carreira promissora nesse novo contexto do capitalismo fi- nanceiroglobalizado,pois,nele,orisco nãoésomentedecréditooudotamanho do mercado, mas também de natureza política e de segurança nacional. Paradoxalmente, notamos que a cada dia as tendências de comportamentos de determinadas lideranças globais podem influenciar a valorização e/ou desvalorização da riqueza de um deter- minadonúmerodeassociados.Portanto, o conjunto de variáveis sobre as quais o profissional deve ter domínio não está focadosomenteaumadeterminadaárea quantitativa e sim numa multiplicidade de conhecimentos. Essa natureza multi- disciplinar ainda é muito incipiente nas escolas de negócios. O futuro empreendedor nesse mundo globalizado deverá preocupar-se com a sua formação multidisciplinar com foco em finanças. De acordo com RECHTMAN & BULHÕES (2008) esse profissional deve ter a capacidade gerencial no tocante a novas técnicas de administração, como, por exemplo: administração de conflitos, filtragem de informações,novasestruturasegovernan- ça corporativa. RI + RI = Diplomata Corporativo Émuitocomumencontrarnaliteraturaa sigla RI.Até recentemente, essa sigla era automaticamente traduzida pelo leitor como sendo Relações Internacionais. Hoje, essa sigla confunde-se com RI ESPM
  • 6. Sérgio Pio Bernardes 81 JULHO/AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M SÉRGIO PIO BERNARDES Diretor Nacional do Curso de Graduação em Relações Internacionais com ênfase em Marketing e Negócios da ESPM e Coordenador do CINTEGRA-ESPM. NOTAS 1. A ESPM é a única instituição de ensino no Brasil que tem a formação de profissionais que atendem essa equação RI+RI=diplomata corporativo. Mais informações podem ser obtidas no seguinte artigo: PIO BERNARDES, Sérgio. Diplomatas Corporativos - Revista da ESPM. Julho/agosto de 2006. O que podemos concluir é que os jovens queplanejaremsuaformaçãonaperspec- tiva da diplomacia corporativa deverão ter uma sólida formação em marketing internacional, negócios internacionais, gestão de pessoas e domínio das métricas e modelagem de negócios. Além dessa formação,taisprofissionaisdeverãoter: No que se refere às ações que aproxi- mamosinvestidoreseanalistas,esclare- cendodúvidaseapresentandoaestraté- gia da empresa, podemos encontrar as seguintes atribuições do profissional de Diplomacia Corporativa (RI+RI): MAHONEY, William. Manual de RI: Princípios e práticas de relações com investidores. (IMF Editora – 2007) PIO BERNARDES, Sérgio et alii. Diplomacia Corporativa: o novo curso de graduação em relações internacionais com ênfase em market- ing e negócios da ESPM. In. REVISTA DA ESPM. Julho/agosto de 2006. RICHTAMN & BULHÕES, Capital de Risco e Di- plomacia Corporativa São Paulo − Cultrix. 2008 BIBLIOGRAFIA Interação no exterior na área de vendas, na cadeia de forneci- mento, no comércio B2B. Atendimento aos investidores nacionais e internacionais. Pesquisa de mercado, concor- rentes e do setor econômico. Análise do desempenho das ações e de demonstrações fi- nanceiras. Planejamento, organização e logística de eventos. Valuation de empresas. Elaboração de relatórios, news- letter, planilhas e apresentações institucionais. Relacionamento com a im- prensa, CVM, Bovespa e analis- tas de investimento. Ações para vantagens competiti- vas (fidelização, fortalecimento da marca, viabilização de alian- ças estratégicas e melhoria de relacionamento com stakehol- ders). Visitas às unidades operacio- nais da empresas. Roadshows, reuniôes e con- ference calls. Realização de congressos, feiras e seminários. Construção do mailing. Conhecimento em finanças de mercado de capitais. Conhecimento em processos de IPO (Initial Public Offering), e aquisição de empresas. Conhecimento de legislação. Facilidade para trabalhar em equipe. Domínio das ferramentas de CRM. Conhecimento aprofundado sobre Bancos de Investimento. Domínio de informática. Domínio de idiomas. Conhecimento sobre o com- portamento do investidor. Sérgio Pio Bernardes