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Sexta-feira, 13 de janeiro de 2012                                                                                                                                                              OPINIÃO         ●
                                                                                                                                                                                                                     7
                                                                                            O GLOBO

A inércia                                                                                            LUIZ GARCIA
como
‘estratégia’                                                                                      Atrás do prejuízo

                                                  M
                                                              anchete de página no jornal:            Apoio Técnico e Emergência e anunciada               ta de diversas medidas preventivas no
RUY BARRETO FILHO                                             “Depois da tragédia, as medi-           a liberação de R$ 444 milhões para socor-            Brasil, até agora.



O
                                                              das.” É uma forma tão concisa           rer as vítimas das chuvas no Sudeste.                   O governo alega que vem tomando
            consumo do café solúvel
            cresce em ritmo acelerado                         quanto eloquente de anunciar               Podem ser boas providências — mas                 ações preventivas — há quatro ou cinco
            em todo o mundo, a taxas              uma novidade sugerindo, ao mesmo tem-               apresentam um grave defeito. É preciso               meses, nas palavras da ministra da Casa
            de 3% anuais, mas o Brasil,           po, o que há de errado nela.                        insistir: deveriam ser tomadas no ano pas-           Civil, Gleisi Hoffmann. É curioso que o
que já foi o maior exportador do pro-               Em outras palavras, numa visão quase              sado, ou mesmo em anos anteriores, já                pessoal do Palácio do Planalto não saiba
duto, está perdendo espaço neste                  generosa dos fatos, vocês ficam informa-            que há muitíssimo tempo a região é vítima            ao certo quando começou o trabalho. Seja
promissor mercado. Somos alvo de
injustificável discriminação comer-
                                                  dos de que o governo está fazendo a coisa           das águas do verão. O governo está fazen-            como for, os moradores das regiões amea-
cial da União Europeia, sem uma efe-              certa — mas não no momento convenien-               do a coisa certa, mas com atraso históri-            çadas certamente estariam mais conten-
tiva reação do governo, que adota                 te. Para quem tenha chegado recentemen-             co. Não é um problema inaugurado na ad-              tes se as providências tivessem sido ini-
postura de nação coadjuvante, não                 te de outro planeta, temos a informar o se-         ministração Rousseff, e pelo menos ela es-           ciadas assim que o tempo melhorou, no
de líder emergente.                               guinte: desde tempos muito antigos, cho-            tá correndo atrás do prejuízo. Talvez me-            início do ano passado.
   Enquanto indústrias europeias ex-              ve forte todos os verões na Região Sudes-           reça até uma discreta salva de palmas.                  Segundo o governo, o país dispõe de 23
portam livremente café industrializa-
do para o Brasil, não há contraparti-             te do Brasil. Há motivos geológicos e cli-             Quem não merece aplausos é o minis-               radares meteorológicos — mas faltam
da para a sobretaxa de 9% que a UE                máticos para isso. Não perderei tempo em            tro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mer-            quatro, que só virão dentro de dois meses,
impõe ao solúvel nacional. A grande               explicá-los porque todo mundo por aqui              cadante, que defendeu o governo com o                se nada der errado. E há um déficit de três
ironia é que o café industrializado eu-           sabe que eles existem e eu, pessoalmente,           extraordinário argumento de que os Es-               mil pluviômetros, que estão para chegar.
ropeu, o torrado e moído consumido                não tenho qualquer palpite ou suspeita              tados Unidos e o Japão, apesar de terem                 Diz a linguagem popular que não é bom
aqui, é, em grande parte, produzido
com café verde (grão) brasileiro.
                                                  sobre as causas das tragédias anuais.               os melhores sistemas de prevenção de                 negócio correr atrás do prejuízo. O certo
   O governo permite a importação                   O leque de providências federais —                desastres naturais do mundo, não con-                é impedir que ele aconteça. Por tudo que
do café industrializado europeu sem               anunciado esta semana depois de quase               seguem impedir a devastação causada                  se ouviu de autoridades federais nos úl-
contrapartidas, privilegiando indús-              30 mortes nesta temporada — inclui duas             por furacões e tsunamis. O que é verda-              timos dias, o Brasil ainda não aprendeu a
trias localizadas no exterior, mas não            novidades. Foi criada a Força Nacional de           de, mas não serve de desculpa para a fal-            correr na frente do prejuízo.
autoriza empresas brasileiras a im-
portar o grão, a fim de reutilizá-lo co-
mo insumo e exportar o nosso solú-                                                                                                                                                                                  Cruz
vel com valor agregado (o chamado
regime de drawback). Síndrome de
colonizado?
   O resultado da barreira tarifária im-
posta pela UE desde 2006, sob o fala-
cioso argumento de estimular países
menos desenvolvidos, levou a produ-
ção de solúvel para outras nações da
América Latina, da Ásia e da Europa.
Como resultado, veio a redução de
nossa produção e de nossas exporta-
ções, justamente no período de maior
aumento do consumo mundial.
   As vendas de solúvel brasileiro pa-
ra o Velho Continente, que chegaram
a ser de 25 mil toneladas em 2004,
quando éramos o principal exporta-
dor mundial, despencaram para 13,7
mil em 2010. Nesse período, países
que sequer contavam com uma fábri-
ca passaram a produzir e exportar
solúvel.
   O Vietnã montou plantas com ca-
pacidade para 20 mil toneladas
anuais, totalmente voltadas para a
exportação. A Colômbia, que produ-
zia 5 mil toneladas anuais de solúvel,
montou novas fábricas e agora pro-
duz 20 mil toneladas. A Índia, que
contava com rudimentares fábricas e


                                             Bicho digital
praticamente não consome café, ins-
talou um moderno parque que hoje
produz 40 mil toneladas anualmente,
passando o Brasil como líder nas ex-
portações de solúvel.
   Nos anos 1990, o Brasil contava           NELSON MOTTA                             so, para que tudo continue como es-       dido por controle remoto à luz do dia,     Até os privatistas vão concordar que é
com 11 fábricas de café solúvel, que                                                  tá: o jogo do bicho como fonte ines-      o bicho é visto com tolerância, e até      um raro caso em que o Estado, que já



                                             D
produziam em conjunto 130 mil tone-                    epois de prender, seis dias    gotável de corrupção policial, políti-    confiança, pela população.                 administra inúmeras loterias, pode e
ladas, a maior parte (80%) voltada                     seguidos, o mesmo bicheiro     ca e judicial.                               Poucas instituições no Brasil têm       deve assumir mais uma, zoológica —
para a exportação. De lá para cá, a                    que anotava apostas próxi-        Seja por um marketing eficiente ou     mais credibilidade do que o jogo do bi-    porque já tem estrutura, tecnologia e
produtividade dessas empresas até                      mo à sua casa, levá-lo à de-   por razões antropológicas que só o        cho, embora nunca tenha sido feita         uma rede nacional eficiente. Além da
aumentou — num impressionante es-            legacia, e vê-lo voltar para o ponto     professor DaMatta pode explicar, o jo-    uma auditoria nos seus sorteios. Diz-      faxina ética, o governo poderia arreca-
forço do setor para manter o seu             sem qualquer punição, o secretário       go do bicho é considerado um passa-       se que é jogo de pobre, de pequenas        dar uma CPMF com o jogo do bicho.
mercado, a despeito das dificuldades         de Segurança, José Mariano Beltra-       tempo inocente, uma instituição secu-     apostas, pequenas perdas ou ganhos,        Os bicheiros que vemos todo dia em
—, mas o número de fábricas caiu pa-         me, deu o ultimato: a sociedade tem      lar da nossa cultura popular, e os bi-    alimentadas pelo sonho de acertar no       suas cadeiras na calçada poderão con-
ra sete, com produção na casa dos            que decidir de uma vez se legaliza ou    cheiros são vistos como grandes bene-     milhar e a certeza que o bicheiro vai      tinuar anotando apostas, mas em ma-
110 mil. Apenas no ano de 2008 a que-        proíbe o jogo do bicho. A pior esco-     méritos de escolas de samba e de co-      pagar, garantida pela frase clássica im-   quinetas eletrônicas ligadas à central
da nas exportações de solúvel brasi-         lha é continuar gastando o tempo da      munidades carentes. Embora as guer-       pressa no talão: vale o escrito.           de loterias da Caixa, emitindo talões
leiro foi superior a 20%.                    polícia com a farsa da “contraven-       ras por territórios entre bicheiros se-      É urgente legalizar, mas não faz        com a nova garantia: vale o digitado.
   Como além de maiores produto-             ção”, em que a polícia finge que pren-   jam sangrentas, recentemente o carro      sentido privatizar o bicho para deixá-
res de café em grão, somos o segun-          de e o contraventor finge que é pre-     do chefão Rogério Andrade foi explo-      lo nas mãos dos bandidos de sempre.        NELSON MOTTA é jornalista.
do maior consumidor de café do
mundo (cerca de 18,5 milhões de sa-


                                             Calamidades revelam: falta governo
cas atendem ao mercado interno),
para nos mantermos competitivos
no mercado mundial deveríamos
importar o produto in natura e usá-
lo na industrialização, visando à ex-
por tação, dentro do regime de               NILTON SALOMÃO                           tores estaduais e municipais, que du- universidades públicas para a elabo-           regional. Muitas das famílias que fo-
drawback.                                                                             rante anos deixaram de investir em ração de políticas e projetos e com o             ram morar em área de risco o fizeram



                                             E
   Ressalte-se que todos os nossos                   stamos completando um ano        habitação e defesa civil, ou, ainda, es- aproveitamento de seus alunos como          porque houve uma perda do poder
concorrentes adotam esse mecanis-                    da tragédia que se abateu so-    timularam ocupações em áreas de estagiários, o programa de engenha-                  aquisitivo com o empobrecimento
mo, aproveitando-se inclusive da ofer-               bre a Região Serrana do Esta-    riscos, conforme levantamentos e de- ria pública pode gerar excelentes re-           gradativo que vem desde a mudança
ta de grãos a preços mais competiti-                 do do Rio. As chuvas de ja-      poimentos na CPI da Serra na Assem- sultados, organizando estrutural e               da capital federal para Brasília, agra-
vos em diferentes países. Além disso,        neiro de 2011 deixaram um rastro de      bleia Legislativa, uma visão objetiva arquitetonicamente os bairros já               vando-se no governo Collor, cuja
a importação desses grãos em nada            destruição, incluindo a perda de cer-    do problema mostra que falta um existentes e instruindo o processo de                abertura desenfreada da economia
prejudicaria o produtor nacional, pois       ca de mil vidas. O acontecido trouxe     projeto integrado de desenvolvimen- regularização fundiária em localida-             levou ao fechamento de inúmeras fá-
seria feita de forma seletiva, suple-        à cena a discussão sobre nossa capa-     to sustentável para                                   des de ocupação irre-          bricas na região.
mentarmente à produção interna e             cidade de dar resposta a um fenôme-      uma região de estrutu-                                gular. Este é um pode-           O desenvolvimento econômico da
sempre voltada para a exportação.            no da natureza, agravado pela ação       ra física montanhosa e                                roso instrumento a ser-        Serra merece um programa especial
   Inexplicavelmente, as gestões             do homem ao longo dos anos.              com as poucas áreas            Quando vamos           viço do gestor munici-         do governo do estado, que tem com-
que o setor de café solúvel tem feito           Nas primeiras horas daquela ma-       planas situadas às mar-                               pal, desde que ele te-         petência para sua elaboração e im-
para que o Ministério da Agricultu-          nhã do dia 12 e nos dias seguintes       gens dos rios.              dar uma resposta nha coragem de im-                      plantação, mas precisa ter vontade
ra autorize o drawback mostram-se            prevaleceu a solidariedade do povo          A sustentabilidade                                 plantar e destinar re-         política, semelhante à decisão de in-
infrutíferas, como se a “estratégia”         brasileiro e as ações emergenciais       da região começará              consistente e         cursos.                        centivar e subsidiar a implantação da
do governo fosse transformar o país          dos governos do estado e federal,        quando os gestores pú-                                   Ainda, no campo am-         indústria automobilística no Médio
novamente num mero exportador                que foram ágeis na liberação dos re-     blicos, nos três níveis,         eficaz a essa        biental, faz-se necessá-       Paraíba. Só uma economia ajustada
de produtos primários, num retor-            cursos financeiros e na disponibiliza-   compreenderem e agi-                                  ria parceria entre o Iba-      às potencialidades dos municípios e
no aos tempos da Colônia. Chegou a           ção de equipamentos e servidores.        rem a partir desta rea-         rotina anual?         ma, o Inea e as secreta-       geradora de emprego e renda enseja-
hora de superar a “síndrome de co-              Passada esta primeira etapa, no       lidade. Isto indica im-                               rias de Meio Ambiente          rá ambiência para uma cultura de
lonizado” e reverter esse quadro,            entanto, descortinou-se o desprepa-      portantes ações no                                    municipais, com rigor          respeito ao meio ambiente e o apro-
sob o risco de perda de mais divisas         ro para o enfrentamento de calamida-     campo da defesa civil e                               na fiscalização e puni-        veitamento do bom clima, das belas
e do desmanche paulatino de todo             des provocadas pelas chuvas. Se          na economia regional.                    ção para as agressões que sofrem os         paisagens e do jeito agradável de
um segmento industrial que empre-            considerarmos que, anualmente, so-          Não se pode mais ter a defesa civil cumes dos morros. Esta agressão,              quem vive na Serra Fluminense.
ga milhões de brasileiros direta e in-       fremos transtornos e prejuízos, por-     apenas reativa, diante da tragédia. que desestabiliza as encostas e asso-
diretamente.                                 tanto a novidade só foi a intensidade    Há que agir preventivamente, desde reia os rios, não tem encontrado                  NILTON SALOMÃO é deputado estadual
                                             das águas, devemos nos perguntar:        a implantação de sistemas de alerta ação enérgica das autoridades, o que             (PT/RJ). E-mail: niltonsalomao@oi.com.br.
RUY BARRETO FILHO é diretor da Café          quando vamos dar uma resposta            até a implantação de um programa pode ser comprovado com uma sim-
Solúvel Brasília, da Associação Brasileira   consistente e eficaz a está rotina       de engenharia pública. Com alguns ples visita à região.                                   O GLOBO NA INTERNET
da Indústria do Café Solúvel e da            anual?                                   engenheiros, assistentes sociais e ad-     Um vilão que tem passado desper-               OPINIÃO     Leia mais artigos
Associação Comercial do Rio de Janeiro.         Além da responsabilidade de ges-      vogados e com convênios com as cebido é a fragilização da economia                       oglobo.com.br/opiniao

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Opinião 13 jan 2

  • 1. Sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 OPINIÃO ● 7 O GLOBO A inércia LUIZ GARCIA como ‘estratégia’ Atrás do prejuízo M anchete de página no jornal: Apoio Técnico e Emergência e anunciada ta de diversas medidas preventivas no RUY BARRETO FILHO “Depois da tragédia, as medi- a liberação de R$ 444 milhões para socor- Brasil, até agora. O das.” É uma forma tão concisa rer as vítimas das chuvas no Sudeste. O governo alega que vem tomando consumo do café solúvel cresce em ritmo acelerado quanto eloquente de anunciar Podem ser boas providências — mas ações preventivas — há quatro ou cinco em todo o mundo, a taxas uma novidade sugerindo, ao mesmo tem- apresentam um grave defeito. É preciso meses, nas palavras da ministra da Casa de 3% anuais, mas o Brasil, po, o que há de errado nela. insistir: deveriam ser tomadas no ano pas- Civil, Gleisi Hoffmann. É curioso que o que já foi o maior exportador do pro- Em outras palavras, numa visão quase sado, ou mesmo em anos anteriores, já pessoal do Palácio do Planalto não saiba duto, está perdendo espaço neste generosa dos fatos, vocês ficam informa- que há muitíssimo tempo a região é vítima ao certo quando começou o trabalho. Seja promissor mercado. Somos alvo de injustificável discriminação comer- dos de que o governo está fazendo a coisa das águas do verão. O governo está fazen- como for, os moradores das regiões amea- cial da União Europeia, sem uma efe- certa — mas não no momento convenien- do a coisa certa, mas com atraso históri- çadas certamente estariam mais conten- tiva reação do governo, que adota te. Para quem tenha chegado recentemen- co. Não é um problema inaugurado na ad- tes se as providências tivessem sido ini- postura de nação coadjuvante, não te de outro planeta, temos a informar o se- ministração Rousseff, e pelo menos ela es- ciadas assim que o tempo melhorou, no de líder emergente. guinte: desde tempos muito antigos, cho- tá correndo atrás do prejuízo. Talvez me- início do ano passado. Enquanto indústrias europeias ex- ve forte todos os verões na Região Sudes- reça até uma discreta salva de palmas. Segundo o governo, o país dispõe de 23 portam livremente café industrializa- do para o Brasil, não há contraparti- te do Brasil. Há motivos geológicos e cli- Quem não merece aplausos é o minis- radares meteorológicos — mas faltam da para a sobretaxa de 9% que a UE máticos para isso. Não perderei tempo em tro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mer- quatro, que só virão dentro de dois meses, impõe ao solúvel nacional. A grande explicá-los porque todo mundo por aqui cadante, que defendeu o governo com o se nada der errado. E há um déficit de três ironia é que o café industrializado eu- sabe que eles existem e eu, pessoalmente, extraordinário argumento de que os Es- mil pluviômetros, que estão para chegar. ropeu, o torrado e moído consumido não tenho qualquer palpite ou suspeita tados Unidos e o Japão, apesar de terem Diz a linguagem popular que não é bom aqui, é, em grande parte, produzido com café verde (grão) brasileiro. sobre as causas das tragédias anuais. os melhores sistemas de prevenção de negócio correr atrás do prejuízo. O certo O governo permite a importação O leque de providências federais — desastres naturais do mundo, não con- é impedir que ele aconteça. Por tudo que do café industrializado europeu sem anunciado esta semana depois de quase seguem impedir a devastação causada se ouviu de autoridades federais nos úl- contrapartidas, privilegiando indús- 30 mortes nesta temporada — inclui duas por furacões e tsunamis. O que é verda- timos dias, o Brasil ainda não aprendeu a trias localizadas no exterior, mas não novidades. Foi criada a Força Nacional de de, mas não serve de desculpa para a fal- correr na frente do prejuízo. autoriza empresas brasileiras a im- portar o grão, a fim de reutilizá-lo co- mo insumo e exportar o nosso solú- Cruz vel com valor agregado (o chamado regime de drawback). Síndrome de colonizado? O resultado da barreira tarifária im- posta pela UE desde 2006, sob o fala- cioso argumento de estimular países menos desenvolvidos, levou a produ- ção de solúvel para outras nações da América Latina, da Ásia e da Europa. Como resultado, veio a redução de nossa produção e de nossas exporta- ções, justamente no período de maior aumento do consumo mundial. As vendas de solúvel brasileiro pa- ra o Velho Continente, que chegaram a ser de 25 mil toneladas em 2004, quando éramos o principal exporta- dor mundial, despencaram para 13,7 mil em 2010. Nesse período, países que sequer contavam com uma fábri- ca passaram a produzir e exportar solúvel. O Vietnã montou plantas com ca- pacidade para 20 mil toneladas anuais, totalmente voltadas para a exportação. A Colômbia, que produ- zia 5 mil toneladas anuais de solúvel, montou novas fábricas e agora pro- duz 20 mil toneladas. A Índia, que contava com rudimentares fábricas e Bicho digital praticamente não consome café, ins- talou um moderno parque que hoje produz 40 mil toneladas anualmente, passando o Brasil como líder nas ex- portações de solúvel. Nos anos 1990, o Brasil contava NELSON MOTTA so, para que tudo continue como es- dido por controle remoto à luz do dia, Até os privatistas vão concordar que é com 11 fábricas de café solúvel, que tá: o jogo do bicho como fonte ines- o bicho é visto com tolerância, e até um raro caso em que o Estado, que já D produziam em conjunto 130 mil tone- epois de prender, seis dias gotável de corrupção policial, políti- confiança, pela população. administra inúmeras loterias, pode e ladas, a maior parte (80%) voltada seguidos, o mesmo bicheiro ca e judicial. Poucas instituições no Brasil têm deve assumir mais uma, zoológica — para a exportação. De lá para cá, a que anotava apostas próxi- Seja por um marketing eficiente ou mais credibilidade do que o jogo do bi- porque já tem estrutura, tecnologia e produtividade dessas empresas até mo à sua casa, levá-lo à de- por razões antropológicas que só o cho, embora nunca tenha sido feita uma rede nacional eficiente. Além da aumentou — num impressionante es- legacia, e vê-lo voltar para o ponto professor DaMatta pode explicar, o jo- uma auditoria nos seus sorteios. Diz- faxina ética, o governo poderia arreca- forço do setor para manter o seu sem qualquer punição, o secretário go do bicho é considerado um passa- se que é jogo de pobre, de pequenas dar uma CPMF com o jogo do bicho. mercado, a despeito das dificuldades de Segurança, José Mariano Beltra- tempo inocente, uma instituição secu- apostas, pequenas perdas ou ganhos, Os bicheiros que vemos todo dia em —, mas o número de fábricas caiu pa- me, deu o ultimato: a sociedade tem lar da nossa cultura popular, e os bi- alimentadas pelo sonho de acertar no suas cadeiras na calçada poderão con- ra sete, com produção na casa dos que decidir de uma vez se legaliza ou cheiros são vistos como grandes bene- milhar e a certeza que o bicheiro vai tinuar anotando apostas, mas em ma- 110 mil. Apenas no ano de 2008 a que- proíbe o jogo do bicho. A pior esco- méritos de escolas de samba e de co- pagar, garantida pela frase clássica im- quinetas eletrônicas ligadas à central da nas exportações de solúvel brasi- lha é continuar gastando o tempo da munidades carentes. Embora as guer- pressa no talão: vale o escrito. de loterias da Caixa, emitindo talões leiro foi superior a 20%. polícia com a farsa da “contraven- ras por territórios entre bicheiros se- É urgente legalizar, mas não faz com a nova garantia: vale o digitado. Como além de maiores produto- ção”, em que a polícia finge que pren- jam sangrentas, recentemente o carro sentido privatizar o bicho para deixá- res de café em grão, somos o segun- de e o contraventor finge que é pre- do chefão Rogério Andrade foi explo- lo nas mãos dos bandidos de sempre. NELSON MOTTA é jornalista. do maior consumidor de café do mundo (cerca de 18,5 milhões de sa- Calamidades revelam: falta governo cas atendem ao mercado interno), para nos mantermos competitivos no mercado mundial deveríamos importar o produto in natura e usá- lo na industrialização, visando à ex- por tação, dentro do regime de NILTON SALOMÃO tores estaduais e municipais, que du- universidades públicas para a elabo- regional. Muitas das famílias que fo- drawback. rante anos deixaram de investir em ração de políticas e projetos e com o ram morar em área de risco o fizeram E Ressalte-se que todos os nossos stamos completando um ano habitação e defesa civil, ou, ainda, es- aproveitamento de seus alunos como porque houve uma perda do poder concorrentes adotam esse mecanis- da tragédia que se abateu so- timularam ocupações em áreas de estagiários, o programa de engenha- aquisitivo com o empobrecimento mo, aproveitando-se inclusive da ofer- bre a Região Serrana do Esta- riscos, conforme levantamentos e de- ria pública pode gerar excelentes re- gradativo que vem desde a mudança ta de grãos a preços mais competiti- do do Rio. As chuvas de ja- poimentos na CPI da Serra na Assem- sultados, organizando estrutural e da capital federal para Brasília, agra- vos em diferentes países. Além disso, neiro de 2011 deixaram um rastro de bleia Legislativa, uma visão objetiva arquitetonicamente os bairros já vando-se no governo Collor, cuja a importação desses grãos em nada destruição, incluindo a perda de cer- do problema mostra que falta um existentes e instruindo o processo de abertura desenfreada da economia prejudicaria o produtor nacional, pois ca de mil vidas. O acontecido trouxe projeto integrado de desenvolvimen- regularização fundiária em localida- levou ao fechamento de inúmeras fá- seria feita de forma seletiva, suple- à cena a discussão sobre nossa capa- to sustentável para des de ocupação irre- bricas na região. mentarmente à produção interna e cidade de dar resposta a um fenôme- uma região de estrutu- gular. Este é um pode- O desenvolvimento econômico da sempre voltada para a exportação. no da natureza, agravado pela ação ra física montanhosa e roso instrumento a ser- Serra merece um programa especial Inexplicavelmente, as gestões do homem ao longo dos anos. com as poucas áreas Quando vamos viço do gestor munici- do governo do estado, que tem com- que o setor de café solúvel tem feito Nas primeiras horas daquela ma- planas situadas às mar- pal, desde que ele te- petência para sua elaboração e im- para que o Ministério da Agricultu- nhã do dia 12 e nos dias seguintes gens dos rios. dar uma resposta nha coragem de im- plantação, mas precisa ter vontade ra autorize o drawback mostram-se prevaleceu a solidariedade do povo A sustentabilidade plantar e destinar re- política, semelhante à decisão de in- infrutíferas, como se a “estratégia” brasileiro e as ações emergenciais da região começará consistente e cursos. centivar e subsidiar a implantação da do governo fosse transformar o país dos governos do estado e federal, quando os gestores pú- Ainda, no campo am- indústria automobilística no Médio novamente num mero exportador que foram ágeis na liberação dos re- blicos, nos três níveis, eficaz a essa biental, faz-se necessá- Paraíba. Só uma economia ajustada de produtos primários, num retor- cursos financeiros e na disponibiliza- compreenderem e agi- ria parceria entre o Iba- às potencialidades dos municípios e no aos tempos da Colônia. Chegou a ção de equipamentos e servidores. rem a partir desta rea- rotina anual? ma, o Inea e as secreta- geradora de emprego e renda enseja- hora de superar a “síndrome de co- Passada esta primeira etapa, no lidade. Isto indica im- rias de Meio Ambiente rá ambiência para uma cultura de lonizado” e reverter esse quadro, entanto, descortinou-se o desprepa- portantes ações no municipais, com rigor respeito ao meio ambiente e o apro- sob o risco de perda de mais divisas ro para o enfrentamento de calamida- campo da defesa civil e na fiscalização e puni- veitamento do bom clima, das belas e do desmanche paulatino de todo des provocadas pelas chuvas. Se na economia regional. ção para as agressões que sofrem os paisagens e do jeito agradável de um segmento industrial que empre- considerarmos que, anualmente, so- Não se pode mais ter a defesa civil cumes dos morros. Esta agressão, quem vive na Serra Fluminense. ga milhões de brasileiros direta e in- fremos transtornos e prejuízos, por- apenas reativa, diante da tragédia. que desestabiliza as encostas e asso- diretamente. tanto a novidade só foi a intensidade Há que agir preventivamente, desde reia os rios, não tem encontrado NILTON SALOMÃO é deputado estadual das águas, devemos nos perguntar: a implantação de sistemas de alerta ação enérgica das autoridades, o que (PT/RJ). E-mail: niltonsalomao@oi.com.br. RUY BARRETO FILHO é diretor da Café quando vamos dar uma resposta até a implantação de um programa pode ser comprovado com uma sim- Solúvel Brasília, da Associação Brasileira consistente e eficaz a está rotina de engenharia pública. Com alguns ples visita à região. O GLOBO NA INTERNET da Indústria do Café Solúvel e da anual? engenheiros, assistentes sociais e ad- Um vilão que tem passado desper- OPINIÃO Leia mais artigos Associação Comercial do Rio de Janeiro. Além da responsabilidade de ges- vogados e com convênios com as cebido é a fragilização da economia oglobo.com.br/opiniao