O objeto de estudo deste trabalho é refletir sobre a hipótese: “Livre Arbítrio: sim ou não?” Analisaremos o comportamento humano estudando e correlacionando com suas implicações no cérebro, ou seja, todos os processamentos cerebrais acionados a partir dos estímulos endógenos ou exógenos recebidos pelos nossos receptores sensoriais e disparados nas vias neurais, sempre utilizando o eixo central: receptora-vias- áreas cerebrais relacionadas, nas nossas tomadas de decisões, localizando quais áreas do cérebro são solicitadas quando processamos estas informações, questionando: será que somos realmente livres para fazer nossas escolhas ou somos meros instrumentos operacionais do nosso cérebro? Temos realmente a liberdade para decidir e fazer nossas escolhas?
Na segunda fase, vamos relacionar a reflexão da hipótese, “Livre Arbítrio: sim ou não?”, analisando uma experiência de vida real fazendo as conexões e quais áreas do encéfalo foram acionadas nas nossas tomadas de decisões.
Decisões Complexas: Análise Neurobiológica do Livre Arbítrio
1. UNIVERSIDADE PLESBITERIANA MACKENZIE DE SÃO PAULO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA E PSICOLOGIA
APLICADA
CONSCIÊNCIA E SUAS BASES NEUROBIOLOGICAS
Dr. Altay Alves Lino de Souza
Aluna: Rossilene Fiúza da Silva - Tia nº 71313362
Barueri
14 de junho de 2013.
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1. IDENTIFICAÇÃO D0 TRABALHO
O objeto de estudo deste trabalho é refletir sobre a hipótese: “Livre Arbítrio: sim ou
não?” Analisaremos o comportamento humano estudando e correlacionando com
suas implicações no cérebro, ou seja, todos os processamentos cerebrais
acionados a partir dos estímulos endógenos ou exógenos recebidos pelos nossos
receptores sensoriais e disparados nas vias neurais, sempre utilizando o eixo
central: receptora-vias- áreas cerebrais relacionadas, nas nossas tomadas de
decisões, localizando quais áreas do cérebro são solicitadas quando processamos
estas informações, questionando: será que somos realmente livres para fazer
nossas escolhas ou somos meros instrumentos operacionais do nosso cérebro?
Temos realmente a liberdade para decidir e fazer nossas escolhas?
Na segunda fase, vamos relacionar a reflexão da hipótese, “Livre Arbítrio: sim ou
não?”, analisando uma experiência de vida real fazendo as conexões e quais áreas
do encéfalo foram acionadas nas nossas tomadas de decisões.
2. LIVRE ARBITRIO: SIM OU NÃO?
Lendo os artigos sugeridos sobre livre arbítrio, consciência, atenção, memória, ou
seja, toda literatura ate agora estudada em neurociências me deparei com um
grande conflito: A mente consciente é uma ilusão? Será que vivemos uma grande
mentira em achamos que somos donos dos nossos pensamentos, temos livre
arbítrio para fazer e decidir o que queremos ou, sou um ser robótico manipulado
pelo nosso cérebro?
Até então, considerávamos livre arbítrio como sendo a liberdade de fazer as suas
escolhas, situação causa-efeito de decisões cognitivas, às vezes racionais, outras
totalmente emocionais ou, ambas. Um direito adquirido de todos os cidadãos
dentro de um regime democrático, onde, decisões são tomadas analisando as
situações que são favoráveis para qualidade de vida em família e na sociedade,
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respeitando as vicissitudes de cada individuo. Daí entra as pesquisas
neurociêncitificas e os questionamentos tomaram uma proporção gigantesca
provocando uma verdadeira revolução nas nossas mentes.
Segundo o artigo “Mirando no Livre arbítrio”, de Kerry Smith, os cientistas afirmam
que o livre arbítrio é uma ilusão. O neurocientista Patrick Hagard, da Universidade
de Londres diz: “nós sentimos que escolhemos, mas nós não escolhemos”.
Experiências realizadas por Bejamin Libeb, há 30 anos mostram que antes de
tomar uma decisão consciente, fazer nossas escolhas, nosso cérebro já decidiu
qual a resposta ou escolha faremos o que ele chamou de “potencial de prontidão”.
Então será mesmo o livre arbítrio uma ilusão?
Haynes, neurocientista do centro Bernstein para Neurociência Computacional, em
2007 pesquisou várias pessoas e usando o fMRI (ressonância magnética) com
uma tela acoplada onde piscava uma sucessão de letras em ordem aleatória. Os
voluntários deviam pressionar um botão, usando o dedo indicador ora direito, ora
esquerdo, sempre que eles sentissem vontade, assim conseguiu mapear a
atividade cerebral em tempo real quando os pesquisados apertavam o botão
alternando as mãos. Percebeu-se então que a tomada de decisão consciente de
apertar o botão era percebida nas áreas cerebrais especificas envolvidas pelo
menos um segundo antes do indivíduo estar consciente da sua decisão. Haynes
diz. “Como eu posso chamar uma vontade de “minha” se eu nem mesmo sei
quando isso ocorreu e o que ela, “essa vontade”, decidiu fazer?”
Mas, se sabemos que o cérebro é o órgão mais complexo do nosso corpo de onde
tudo que fizemos é processado e as informações partem de áreas específicas, por
uma complexa circuitaria, um verdadeiro emaranhado neural envolvendo mais de
85 bilhões de neurônios, trilhões de sinapses, diferentes tipos de hormônios com
impulsos químicos e elétricos, é obvio que ele é o comandante de todas as nossas
decisões, mas não sozinho, as heurísticas formadas no decorrer da nossa
existência influenciam na tomada de decisões, das mais básicas as mais
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complexas dependendo das situações seja elas temporais, ambientais ou
biológicas, com ou sem pressão.
Estas decisões podem ser automáticas, implícitas, de curto prazo, como comprar
a marca x ou y no supermercado, ou fugir de uma situação perigosa, é inconsciente
não verbalizado, ativada automaticamente quando nos deparamos por uma
atitude/ objeto, estando envolvido, mas não de forma clara, “automaticamente
influenciam a conduta sem esforço da consciência” e, “são como regras que
guiam a conduta que tem sido adquirida através de experiências efetivas repetidas.
“No primeiro exemplo é simples, rápida, sem envolver julgamento, nem uma
diversidade neuronal, é rápida e você e o objeto. Se não gostar troca na próxima
compra por outra marca.
Neste caso, o estimulo é menos elaborado, é simples e não tem sintonia fina,
chega rapidamente na amigdala permitindo desta forma, uma resposta rápida e
sem julgamento do estímulo recebido.O valor desta via em situações de perigo é
muito útil, pois na via Talamo-cortical- amigdala, as informações demoram mais a
se processar, apesar de serem mais exatas, sendo que na via direta , talamo-
amigdala, as infomações são agilizadas por não precisar esperar os dados do
cortex e em situações de sobrevivência a agilidade faz a difererença.
Já as decisões mais complexas, que exigem maior reflexão e julgamento,
controlada ou explicitas, e que demandam maior tempo para a tomada final de
decisão, como por exemplo: analisar uma proposta de emprego com melhores
benefícios, mas você precisará mudar de cidade, ficando longe de toda tua base
social e familiar. Ou ainda escolher se continua um relacionamento que tem
experiências surreais, mas ao mesmo tempo é preso a um passado mal resolvido.
São situações que exigem um acionamento cerebral diferente. As atitudes
explícitas são acessadas conscientemente quando recebemos os estímulos
externos, ou internos, processamos as aferências e eferências cientes do conjunto
de informações acessadas e julgadas deliberadamente exigindo uma maior
capacidade cognitiva com conexões e motivação para sua análise, ou seja, é
um processamento longo e controlado.
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Já a segunda é mais complexa, envolve muitos fatores, um novo emprego,
mudança de cidade, adaptação, deixar amigos, familiares, as mudanças que seus
familiares terão que fazer. Terá que analisar um conjunto com diferentes
interesses,mas quem tomará a decisão será e você e seu cérebro, usando um
aparato neural intenso acionando diferentes áreas do encéfalo, analisando
passado, futuro, presente. Fazendo julgamentos pelos seus desejos e pelos dos
outros. Uma decisão complexa, analítica, consciente, trabalhosa e que exige
processos cerebrais refinados, uma verdadeira arquitetura cerebral. Assim como
terminar um relacionamento onde a química é ótima, mas a atenção diária esta
comprometida por fatores emocionais de relacionamentos passados, exige uma
reflexão dos prós ou contras.
Vejamos um exemplo real, uma amiga que estava em relacionamento há quatro
anos, uma relação estável, eram apaixonados, química ótima,mas faltava alguma
coisa. Ela decidiu saber profundamente porque isto estava acontecendo e só
ficando sozinha e buscando novas respostas. Ela , um mulher bonita, bem
resolvida,inteligente, bem sucedida profissionalmente, paquerada mas queria ter
uma experiência diferente, contemporânea .Vendo um filme, onde a protagonista
tinha o mesmo perfil , sem namorado se inscreveu em um site de relacionamento.
Ficou encantada com a historia do filme, resolveu se inscrever também. Neste site
logaritmos fazem as correlações com os pares de forma heurística por afinidade.
Ela recebeu vários e-mails, conversou por e-mail, por telefone, skype etc, com
dezenas de candidatos por 1 mês e então decidiu conhecer dois candidatos mais
compatíveis.
O primeiro, um cara bem sucedido, diretor financeiro de uma
multinacional,inteligente, bom humor, boa aparência, bem resolvido
emocionalmente, dentro do perfil que ela selecionou , saiu para jantar, todas as
informações foram trocadas,foi super agradável, ele a acompanhou até o
estacionamento e obvio , quis beijá-la, ela não deixou. Não deu química. Ele
continuou insistindo por dois meses. Ate que desistiu. Foi conhecer o segundo,
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também, um cara hiper bem sucedido, inteligente, muito bonito, atlético, teve uma
atração mútua, rolou beijos e a promessa do segundo encontro.Também, com
beijos, muita sedução, mas sem sexo. Depois disso ele ficou uma semana sem se
comunicar. Ela descartou. Ele voltou a insistir, mas indo nos lugares que ela
costumava freqüentar. Se encontraram mais duas vezes , rolava só beijos , sem
sexo, ela caia fora sempre pois percebeu que ele estava em um grande conflito
existencial. Não daria certo.
Teria que fazer um período sabático de um mês mas decidiu conhecer outro, um
terceiro, um cara super bacana, dentro do perfil, saíram para jantar e ele contou
sua experiência de vida, tinha sido casado, apaixonado pela esposa que já tinha
um filho de um relacionamento anterior. Com menos de três anos de casado ela
o traiu , se separam por oito meses, voltaram , tempos depois ela o traiu novamente.
Fazia sete anos que estava separado, teve outras namoradas, mas os
relacionamentos acabaram também. No último chegaram à conclusão que eram
mais amigos do que namorados. Enfim, 4 horas de jantar, papo cabeça animado,e
ela já tinham decidido que este cara esta mal resolvido emocionalmente com sua
ex, e com ele, é problema. No estacionamento ele pediu um beijo, ela ficou
surpresa e pensativa embasada nas analise previa de que homem traído é um
problema serio se não estiver feito muita terapia. Antes dela dar a resposta ele a
beijou, nos primeiros milésimos de segundo foi muito estranho, uma confusão
mental, sua decisão anterior, ele é um problema, com a situação atual real agora
com um beijo delicioso, quero ou não quero, antes de decidir meu cérebro entrou
enlouqueceu literalmente como se estivesse sobre efeito de drogas, como a
cocaína . Neurotransmissores foram liberandos automaticamente, como a ocitina,
hormônio produzido pelo hipotálamo, reduzindo o hormônio do stress, o corticosol
e desta foram, como uma teia de aranha todo o emaranhado outros
neurotransmissores foram excitados como a feniletilamina, que potencializa a
velocidade das transmissões e impulsos elétricos , a dopamina, que nos da a
sensação de euforia, por isso paremos drogados e a adrenalina impulsionando- o
a querer mais e mais. Uma verdadeira bomba foi liberada nos circuitos
neurais,sensações múltiplas, de felicidade, prazer euforia, friozinho na barriga e
a percepção que rolou a maior química , o beijo e o principal estimulo para saber
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se um casal tem química ou não. E decisão racional, controlada, julgada foi
substituída pela decisão emocional, autmomática, rápida e simples. E daí , foi livre
arbítrio?Clarisse Linspector escreveu: "E o mundo a me exigir decisões para as
quais não estou preparada.Decisões não só a respeito de provocar o nascimento
de fatos mas também decisões sobre a melhor forma de se ser."
Neste processamento longo alternado com o curto, são exigidos do cérebro uma
complexa conexões cerebrais, acionando milhões de neurônios, trilhões de
sinapses, em diferentes áreas do encélafo. Todas as informações procedentes dos
sentidos são aferidas no tálamo onde, eferencias são enviadas para o Cortex
Sensorial primario, um estimulo é elaborado e enviado para diferentes partes do
cortex associativo onde são analisadas toda a complecidade e as propriedades
globais das informações aferidas pelos receptores e ,desta forma processadas e
conectadas com que o cerebro. Novas sinapses são elaboradas e eferidas para
amigdala e suas áreas associadas ao hipocampo(parte da estrutura amigadalar
realacionada com a memoria e o pensamento espacial) , este, se comunica
diretamente com a própria amígdala .
No artigo, “Casar ou comprar uma bicicleta? Os autores citam dois sistemas
cognitivos que ancoram os esquemas envolvidos nas nossas tomadas de decisões:
Um o intuitivo, baseado em nossos conhecimentos empíricos, onde a tomada de
decisão não exige um raciocínio lógico e analítico, é rápida e automática. Este o
mais utilizado no nosso dia a dia, portanto implícito e o outro sistema denominado
Julgamento, mais complexo, racional, controlado e demorado e que acionam
vários esquemas, sendo explicito e acionado para tomadas de decisões mais
importantes.
Damásio em seu livro “E o Cérebro Criou o Homem”, diz que tanto a homeostase
básica, um processo inconsciente como a homeostase sociocultural guiada por
uma mente consciente e reflexiva administra e zela todo aparato biológico dos
seres vivos, sendo o ser humano diferenciado por ter consciência ser capaz de
perceber e julgar tendo além da linguagem, memória e emoção.
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“Administrar e preservar eficientemente a vida são duas das proezas reconhecíveis
da consciência, pacientes neurológicos com comprometimento da consciência são
incapazes de gerir suas vidas independentemente.” (Damásio, 2011, pg. 41).
Por outro lado, se ao nascer eu já tenho meu aparato biológico pronto, sou
totalmente inconsciente dos meus atos, a construção da minha mente se dará
através dos estímulos externos recebidos, das minhas experiências, da minha
relação com o outro e o mundo. Nesta fase eu não tenho o livre arbítrio sou
totalmente dependente da vontade dos outro, não sou livre para decidir nada.
Vygostsky diz que é através das interações com os outros nos desenvolvemos e
aprendemos, construímos conhecimento e nossa existência só é possível porque
o outro existe, é nesta troca encontramos no verdadeiro self em vendo o outro,
processando as informações,julgando, refletindo, armazenando e administrando
tudo dentro do nosso cérebro. Tendo a percepção do mundo e de como
interagimos com o mundo externo e interno. Damasio( 2011) diz que é neste
contexto,quando mente e self se encontram que surge a consciência. É a
conquista da nossa liberdade que nos faz donos das nossas decisões e, para
desfrutar nossa liberdade dependemos das estruturas neurológicas. Só quando
temos consciência do que somos como somos e porque somos percebermos e
julgamos os fatos, somos capazes de ter livre arbítrio.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se as experiências dos neurocientistas evidenciam que nosso cérebro já tem a
resposta milésimos de segundos antes de estarmos consciente, podemos
argumentar que existe um caminho a ser percorrido é obvio que quando a
informação chega ao encéfalo a máquina vai mapear a resposta antes do estimulo
ser enviado para o corpo esquelético. É uma tarefa básica, não exige toda uma
circuitaria e um julgamento. Se afirmarmos que somos seres únicos, nem gêmeos
idênticos agem da mesma forma, então se a resposta partiu de esquemas das
atividades neurais no nosso cérebro, é o nosso julgamento, é a nossa vontade,
não importa se mediada por fatores externos, ou internos, a tomada de decisão
é única e exclusiva nossa. Outra pessoa poderia fazer escolhas diferentes no seu
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lugar, pois afinal, temos o mesmo aparato biológico, fisiológico mas no sociológico
somos todos diferentes. Achamos que baseado na nossa percepção sensorial
sabemos o que é real, verdadeiro, mas a realidade, a verdade e que pensamos
que vemos não é a realidade real, e este é o grande paradoxo da ciência, quanto
mais ampliamos nosso conhecimento menos temos certeza temos do que o que
sabemos é verdadeiramente real. E desta forma os neurocientista terão um
caminho a longo para percorrer com muitos estudos pela frente até encontrar um
pensamento universal em relação ao livre arbítrio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1.Smith, Kerry-Artigo “ Mirando no Livre Arbitrio-Nature, 2011 Macmillian Publisher ,
septmber,2001
2.Souza, Altay- Guedes, Alvaro- Artigo – Casar ou Comprar uma Bicicleta- revista
PsiqueEespecial
3.Ledoux, Josef. Artigo – Emottion Circuits in The Brain T- Center for Neural
Science, New York University, New York, New York 1000
4. Damásio,Antonio R. E o Cerebro Criou o Homem ∕ tradução: Laura Teixeira
Motta- São Paulo
5.http://www.cursocoachingpnl.com.br/ler_artigos.php?id_ler=289- acesssado dia
14.06.2013 às 14:00
6.http://davidsonlima.wordpress.com/2011/02/25/a-quimica-do-beijo/ acesssado
dia 14.06.2013 às 14:16