2. NOSSAS NECESSIDADES
• A Constituição Federal
assegura que todos os
cidadãos têm direito a
viver dignamente,
inclusive com garantia
de habitação,
alimentação, educação,
saúde, lazer entre
outros direitos.
3. O PAPEL DO ESTADO
• O Governo é o representante legítimo da
sociedade civil e exerce um papel importante na
realização pessoal dos cidadãos, pois é quem
conduz políticas públicas que visam atender
nossas necessidades na área da educação, saúde,
cultura, lazer, geração de emprego e renda,
enfim, o governo é quem conduz o crescimento
do país e, consequentemente, das pessoas,
usando, para isso, os recursos arrecadados de
todos NÓS, através dos impostos.
4. NOSSO PAPEL
• O fato de o Estado ter suas responsabilidades para com
a sociedade não quer dizer que cada cidadão não
tenha que fazer sua parte!
• Além de contribuir com a arrecadação de impostos,
cabe aos cidadãos trabalharem para proverem seu
sustento. Para isso é necessário que todos tenham
consciência do seu papel enquanto consumidor e
planejem seu próprio orçamento, pois nossas despesas
demandam de muitos recursos financeiros e nem
sempre conseguimos um equilíbrio entre nossas
receitas e despesas.
5. A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO
• Equilibrar o orçamento familiar não é fácil. É
necessário repensar nosso papel de consumidor e
rever alguns gastos como: hábitos de consumo,
desperdícios, juros, multas, etc
• Entendemos que o desequilíbrio financeiro em
uma família pode gerar vários outros problemas:
social, emocional, de relacionamento e até
mesmo de saúde. Por isso, entender nossos
hábitos de consumo é fundamental
6. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• MORADIA (prestação da casa, aluguel, condomínio, impostos, taxas)
SE a casa for financiada, a parcela inclui taxas e impostos detalhados no item investimentos. Se
for alugada não incide impostos mensais para o inquilino, apenas o IPTU (imposto predial e
territorial urbano), que é cobrado pela prefeitura anualmente e pode vir com algumas taxas
como a taxa de limpeza ou contribuição de melhoria, no entanto, o valor pago pelo aluguel deve
ser declarado no imposto de renda do dono do imóvel. Algumas famílias pagam seguro
residencial, às vezes junto com a conta de luz (se for o caso, anote o seguro no item luz).
• ÁGUA e LUZ ( ver consumo, impostos, taxas, juros )
O fornecimento de água é de responsabilidade da Prefeitura Municipal. Quando o serviço é
terceirizado, paga-se para a empresa responsável e essa, repassa valores de contrato para a
Prefeitura, além de ter que pagar para o município ente 4% a 5% de ISS (imposto sobre serviço)
de todas as notas de serviço emitidas.
O fornecimento de energia elétrica é responsabilidade do governo federal. Quase todo o sistema
energético brasileiro é privatizado (concessão). É um dos serviços pelo qual se paga enorme
carga tributária: em média, 1,079% para o PIS (Programa de Integração Social), 4,984% para o
COFINS (Contribuição para o financiamento da Seguridade Social), ambos do governo federal,
35,343% para o ICMS(Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços) que é um imposto
estadual, embora a conta declare uma alíquota menor, mas inclui o próprio imposto e os demais
em sua base de cálculo; pagamos também a CIP (contribuição de Iluminação Pública) um valor
definido pela Prefeitura Municipal.
O valor do consumo pode ser diferenciado de acordo com a renda do contribuinte. Nos casos de
baixa renda, há uma diferenciação no valor do kWh e também a isenção de ICMS. Alguns
consumidores pagam seguro residencial nesta conta.
7. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• GÁS
O gás de cozinha é um item que pode ter relevância no orçamento familiar pelo preço
elevado do produto, mas em algumas famílias é substituído pela lenha ou carvão. Os
impostos incidentes sobre ele são o ICMS e o PIS/CONFINS. É um produto vendido no
mercado e seu valor é negociado entre consumidor e vendedor, não tendo uma fatura
específica para esse item. Talvez por esse motivo, muitas pessoas “esquecem” de
inclui-lo na lista de prioridades e acabam tendo que comprar às pressas e, muitas
vezes, no crédito, o que pode aumentar o valor.
• ALIMENTAÇÃO/HIGIENE (mercado, açougue, feira, padaria, restaurantes, leiteiro)
Esse talvez seja o item com maior impacto no orçamento familiar, principalmente nas
famílias que ganham pouco. Também é o item onde podem ocorrer os maiores ajustes
orçamentários como pesquisa de preço, mudanças de hábitos no consumo (como a
substituição de algumas marcas), contenção de desperdício, dentre outros. Alguns
produtos incidem a cobrança do IPI (imposto sobre produto industrializado), mas o
principal imposto pago nesse item é o ICMS, que tem uma variação de alíquota muito
grande, com alguns produtos isentos e outros com taxas elevadíssimas, como os
produtos de beleza (média de 50%), bebidas (podendo chegar a 80%). No Pará o ICMS
para a maioria das mercadorias é de 12%. Também é o item sobre o qual mais se paga
impostos duplicados, triplicados, ou mais, em função do grande número de
atravessadores desde o produtor/fabricante até o consumidor.
8. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• EDUCAÇÃO ( matrícula, mensalidade, livros, material, cursos)
Quando se opta pela escola particular, deve-se lembrar que a instituição cobra uma
mensalidade para manter seus gastos e isso inclui o pagamento de vários impostos
como: INSS. FGTS, PIS, ISS, além dos impostos inclusos nos materiais como o ICMS e
até mesmos os gastos com água e luz. Embora não incida nenhum tipo de imposto
sobre a mensalidade, certamente é dela que se paga tudo isso. Vale lembrar também
que não deve ser cobrada taxa de matrícula do cliente. O valor anual do curso deve
ser dividido em 12 parcelas chamadas mensalidades. É comum, no entanto, que as
escolas cobrem essa taxa que deve ser entendida como uma parcela ou como um
adiantamento que deverá ser descontado nas parcelas seguintes. Também é comum
cobrar uma taxa de material (ou uma lista) para arcar com os custos do material que o
aluno usa para fazer trabalhos na escola, além dos livros, que também são adquiridos
no início do ano letivo. Portanto, os custos com educação no início do ano são muito
elevados e requer um planejamento para tal. O ideal é reservar parte do 13º (para
quem é assalariado) para essa finalidade.
OBS: é importante guardar todos os recibos desse item para uso no imposto de renda.
9. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• SAÚDE ( planos de saúde, medicamentos, academia, médico, dentista, exames)
Os gastos com saúde certamente são os mais difíceis de serem contabilizados, pois
não há uma regularidade, geralmente são esporádicos e inesperados. Também
costumam ser muito caros, quando se tem que recorrer aos serviços particulares. No
caso de consultas e exames, é recolhido o ISS para o município onde foi emitida a nota
de serviço e incide imposto de renda para os médicos/hospitais/laboratórios. Em
relação aos medicamentos, a tributação é bem complexa, pois muitos são importados
e ainda há um repasse altíssimo de custo de patente de medicamento.
OBS: é importante guardar todos os recibos desse item para uso no imposto de renda.
• TELEFONE/INTERNET/TV (ver impostos e juros)
Os serviços de telefonia também são administrados pelo governo federal e quase
todos são privatizados. Na conta são inclusos 30% de ICMS, exceto nos casos em que
as leis estaduais regem diferente. Também incide 1% para o FUST (Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e 0,5% para o FUNTTEL (fundo
para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) que não devem ser
repassados aos clientes. Nos casos de telefone fixo, além do consumo, paga-se uma
taxa (altíssima) para ter acesso aos serviços.
10. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• TRANSPORTE ( média mensal de passagens, combustível, manutenção de veículo,
IPVA/seguro)
Esse item pode variar muito de família para família, principalmente, entre as que
possuem veículos e as que não possuem. Aqui são inclusos a média de gastos com
passagens, combustíveis, manutenção de veículo (oficinas, peças).Se o veículo for
financiado, as parcelas incluem taxas e impostos descritos no item financiamento.
O principal imposto desse item é o IPVA (Imposto sobre veículos automotores) que é
estadual. Nesse imposto inclui o Licenciamento Anual do Veículo e o seguro DPVAT
(Danos Causados por Veículos Automotores), usado para cobrir despesas com
acidentes de trânsito. Temos também o ICMS (combustível e peças), o IPI (peças), o
ISS (serviços) e CIDE (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico) sobre o
combustível, dentre outras taxas e contribuições. As empresas que exploram petróleo,
também pagam royalties (uma espécie de indenização) ao governo pela exploração e
certamente repassam esses custos ao consumidor. Sobre as passagens de algum
transporte, também é cobrada uma taxa de embarque e o ISS para a Prefeitura.
• VESTUÁRIO ( roupas, calçados, acessórios)
Inclui despesas com roupas, calçados e acessórios, pelos quais pagamos altos índices
de ICMS e IPI. É o item onde há a maior variação de preços relativos à marca que se
usa. É o item onde a ostentação pode custar caro. Muito caro!
11. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• BELEZA ( produtos de beleza, serviços como manicure, depilação, cabeleireiro, outros)
Muitos acreditam se tratar de um item supérfluo. Depende de como a beleza é encarada, mas o
cuidado com a aparência pode ter a conotação de higiene, pode colaborar com o bem estar, com
a saúde. Pode abrir portas (ou manter) para o emprego, amizades, amores. Mas pode custar caro.
As alíquotas de ICMS para produtos de beleza são altas, além do IPI e muitos produtos são
importados, o que aumenta muito o custo.
• LAZER (média mensal com lazer, bares, clubes, viagens, festinhas, etc)
Viagens, bares, clubes, banhos, festinhas, parques de diversão, não faltam opções para se
divertir! Lazer é um direito garantido pela Constituição Federal e altamente recomendado para a
saúde. Mas é um dos itens em que se extrapola o orçamento com muita facilidade, pois, além de
não faltarem atrativos, é onde se “esconde” boa parte dos vícios, como o álcool e o jogo.
Também é um dos itens onde se pagam altos impostos. O ICMS de bebidas, por exemplo, varia
entre 50% e 80%. Um absurdo! Para a maioria dos estabelecimentos de lazer são cobrados
alvarás e taxas( como Poder de Polícia, Vigilância Sanitária), além do ISS.
• PRESENTES ( aniversários, mães, pais, namorados, crianças, natal, amigo secreto, etc)
Dia das mães, dos pais, dos namorados, das crianças, natal, aniversário, amigo secreto, etc.
Vivemos um extenso calendário comercial, onde presentear é um hábito social, ou seja, é
deselegante, perante a sociedade, “esquecer” o presente. Muitos observam até se o presente é
“bom” ou não, e às vezes, deixa-se de comemorar o aniversário de alguém, de quem se gosta,
por não ter um bom presente, ou se gasta o que não pode para ficar bem com a sociedade. Essa
“cultura” tem um preço! Vale lembrar também que esse é o item de mercado que mais alimenta
a pirataria no Brasil.
12. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• SERVIÇOS (funcionários, lavanderia, faxina, outros)
A lei trabalhista é bastante exigente e garante muitos direitos ao trabalhador e,
consequentemente, muitos deveres ao empregador. Quando contratamos alguém (a
maioria o faz na informalidade), geramos um monte de obrigações patronais: INSS,
FGTS, PIS, férias, 13º, dentre outros. Devemos lembrar também que quando
colocamos um funcionário doméstico em casa, geralmente estamos acrescentando
pessoas em nossas casas e, com isso, estamos também aumentando as despesas com
alimentação, hábitos envolvendo gastos de água, luz entre outros. Vale ressaltar que
dinheiro só paga serviços. Lealdade e dedicação não têm preço, portanto, devemos
tratar bem aqueles que colaboram conosco!
• IMPOSTOS ( INSS, imposto de renda, outros)
O IR (imposto de Renda) e o INSS (contribuição para o Instituto Nacional da
Seguridade Social) são valores que já vem descontados nos salários da maioria das
pessoas. Em muitos casos não incidem o Imposto de Renda e, nos casos incidentes,
deve ser feita uma declaração anual desse imposto sob pena de pagar multa e ter
problemas com o CPF. No caso do INSS, muitos trabalhadores, por estarem na
informalidade, não recolhem essa contribuição e acabam não tendo direito a
benefícios como aposentadoria, licença saúde, licença-maternidade, dentre outros.
Vale lembrar que é possível fazer contribuições avulsas ao INSS, ou seja,
independente de emprego.
13. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• CARTÃO DE CRÉDITO ( ver compras, prestações, anuidade, juros,
outras despesas embutidas como seguro, por exemplo)
Uma excelente invenção do mundo comercial é o cartão de crédito. É
prático e, em muitos casos, mais seguro que dinheiro. Mas tem sido o
grande vilão do orçamento de muitas famílias. É muito fácil adquirir
um cartão e, por isso, muitas pessoas possuem vários cartões e
acabam se endividando além do que podem. Muitas são as despesas
geradas por um cartão de crédito (além do risco do uso indevido como
clonagem e furtos): anuidade, seguro e as mais altas taxas de juros do
mercado. Quando se paga só o valor mínimo (ou deixa de pagar a
fatura), é cobrado um juro enorme sobre o saldo devedor, além de
IOF, multa e juro (pelo não pagamento) e que são inclusos no valor da
próxima fatura, sendo cobrado tudo novamente, gerando juros sobre
juros, multas sobre multas, virando uma verdadeira bola de neve.
• DICA: Coloque a data de vencimento de todas as suas contas para
dias próximos ao que você recebe e evite atrasos (multas e juros)
14. DETALHANDO NOSSAS
DESPESAS/INVESTIMENTOS
• INVESTIMENTOS/PRESTAÇÕES ( consórcios, empréstimos, poupança, prestações em lojas,
juros e despesas embutidas)
Algumas pessoas conseguem “guardar” parte de seu dinheiro e investe em poupanças ou outro
investimento. Mas a maioria das pessoas não consegue fazer isso. O jeito encontrado então para
adquirir bens é o consórcio ou o financiamento.
Consórcio é uma espécie de poupança com destino certo. É um serviço caro, pois pagamos pelo
bem que queremos adquirir (com imposto e tudo), mais fundo de reserva e taxa de
administração. Também é praxe incluir seguros nos consórcios, como se fizessem parte do pacote
e o cliente acaba pagando por um “serviço” que não é obrigado a aceitar, mas dificilmente
alguém se livra dele! No consórcio, pagamos as prestações e aguardamos um sorteio para
recebermos o bem, ou damos um lance, que é uma espécie de adiantamento de parcelas.
Financiamento é um empréstimo, geralmente a juros altíssimos, sobre o qual também se paga o
IOF (imposto sobre operações financeiras) e também é comum “empurrarem” nos clientes um tal
de seguro, como se o cliente fosse obrigado a comprar. As taxas de juros variam muito nos
financiamentos. É bom lembrar que o limite da conta bancária é um financiamento sobre o qual
incide juros, impostos, etc. No financiamento, o bem já é adquirido de imediato, não depende de
sorteio.
Outra maneira de financiamento são as compras a prazo. É comum parcelar compras de bens
duráveis como eletrodomésticos (geladeira, fogão,TV), e outros bens como eletrônicos
(computador, celular, relógio), móveis (cama, guarda-roupas, mesa, cadeira, sofá) e até mesmo
roupas, calçados, acessórios e outras diversas compras que se parcela com muita facilidade. É
necessário ter cuidado com o parcelamento de contas, pois os juros embutidos nos valores das
compras parceladas podem ser altos, além dos impostos que já são inclusos nos valores dos bens
adquiridos, principalmente o IPI.
• PAGUE EM DIAS E EVITE JUROS E MULTAS
15. NOSSAS RECEITAS
• Proventos (salários)
• Rendimentos de
aplicações
• Aluguéis
• Outros ( aposentadoria,
pensão, mesada, bolsa
família, etc)
16. FAZENDO AS CONTAS
• O orçamento ideal é aquele em que
a receita é superior à despesa. Uma
família que gasta mais do que ganha
tem sérios problemas.
• Revisar os gastos é tarefa
fundamental: ver o que pode ser
cortado/substituído/reduzido. Evitar
desperdícios, multas e juros.
• Aumentar a renda é sempre mais
complicado, mas também deve ser
considerada todas as possibilidades,
como investir em algum negócio,
revelar talentos, dar um uso a algo
que possa ser produtivo.
17. PLANEJANDO O FUTURO
• Além de planejar nossos gastos é
necessário criar uma reserva
financeira para garantir uma
melhoria no orçamento e atender
uma eventual necessidade.
• Especialistas sugerem que seja
poupado, mensalmente, 15% do
que ganhamos. Ou que tenhamos
uma reserva equivalente ao valor
de 3 a 6 meses de salário, no
entanto, cada família tem a
liberdade de escolher como e em
que pode investir e/ou poupar.
• Prof. ROSÂNGELA