Este documento discute a conservação da biodiversidade em espaços urbanos. Aborda como as cidades afetam a biodiversidade através da urbanização e da introdução de espécies exóticas, mas também reconhece que as cidades podem albergar uma grande diversidade de espécies. Destaca a importância dos serviços ecossistémicos providenciados pela biodiversidade urbana, como a regulação do clima e da qualidade do ar. Finalmente, discute iniciativas como as "Capitais da Biodiversidade" que promovem ações a favor
2. Mestrado em Cidadania Ambiental e
Participação
Unidade Curricular: Biodiversidade,
Geodiversidade e Gestão dos Recursos
Marinhos: Módulo de Biodiversidade,
Geodiversidade e Conservação
Autora: Rosa Azevedo, aluna nº1501552
Maio,2016
3. As cidades
Os ecossistemas urbanos são aqueles em que as infraestruturas construídas
cobrem uma grande proporção da superfície terrestre ou aqueles em que as
pessoas vivem em grandes densidades (Pickett et al, 2001, citado em
Gómezz-Baggethun & Barton, 2012);
Geralmente as áreas urbanas partilham características como: alta densidade
populacional, estruturas construídas abundantes, amplas superfícies
impermeáveis, condições climáticas e hidrológicas alteradas, poluição do ar e
funções e serviços dos ecossistemas alterados (Grimm et al., 2008;
McIntyre,2011; Pickett et al., 2001, citados em Wu, 2014);
Mais de metade da população vive em cidades (Dye, 2008, citado em
Gómezz-Baggethun & Barton, 2012) e espera-se que mais de dois terços
venham a viver nas cidades em 2050 (UN, Unied Nations, 2010, citado em
Gómezz-Baggethun & Barton, 2012);
4. As cidades
Apesar disso, a área terrestre urbanizada ocupa menos de 1% da superfície
terrestre (Schneider, Friedl, & Potere, 2010, citado em Wu, 2014). Mas os
efeitos da urbanização são profundos tanto localmente como globalmente
(Wu, 2014);
As cidades representam um consumo de 60% de toda a água residencial, 75%
do consumo de energia, 80% da madeira utilizada para fins industriais e 80%
de emissão de gases com efeito de estufa pelos humanos (Grimm et al.,
2008; Newman, Beatley, & Boyer, 2009, citado em Wu, 2014);
As áreas urbanas são compostas por áreas construídas, que dominam, e por
áreas não construídas. Essas áreas são caracterizadas por espaços estruturais
distintos como: estruturas cinzentas, estruturas verdes, estruturas azuis e
terrenos castanhos (Gilbert, 1991, citado por Farinha-Marques et al.,
2011);
5. As cidades
A urbanização e o crescimento urbano são dois conceitos diferentes. A distinção
feita pela “United Nations Population Division” (United Nations, 2001, citado por
Farinha-Marques et al., 2011) refere-se à urbanização como a proporção da
população nacional a viver nas áreas urbanas e refere-se ao crescimento urbano
como o aumento no tamanho da população, independente na população rural
(Farinha-Marques et al., 2011);
Historicamente as cidades desenvolveram-se em áreas de alta produtividade,
sendo que muitas dessas áreas urbanizadas também têm uma geologia diversa que
potencia a diversidade de plantas. Portanto as áreas ocupadas pelas cidades são
ou foram naturalmente ricas em espécies de plantas nativas, mas as atividades
humanas frequentemente desconstroem e depois reconstroem as comunidades de
plantas (Faeth et al., 2011);
Os aglomerados urbanos são áreas com riqueza de recursos naturais, com diversos
ecossistemas e uma grande diversidade de espécies biológicas (Nicolau, 2015).
6. As cidades e a biodiversidade
O espaço urbano e a biodiversidade são dois conceitos que à partida parecem
incompatíveis (Nicolau, 2015);
No séc XIX e XX houve um desligar da natureza, associado frequentemente a
problemas de saúde pública, sendo que decorreram mudanças nos valores
atribuídos à biodiversidade (Nicolau, 2015);
O termo biodiversidade engloba todo o tipo de diversidade biológica (Nicolau,
2015), incluindo-se assim o espaço urbano;
Os ecossistemas saudáveis e a diversidade biológica são vitais para o correto
funcionamento das cidades. Os ecossistemas providenciam três serviços
principais à cidade: aprovisionamento de alimentos, fibras e combustíveis;
regulação através da purificação, desintoxicação e mitigação das secas e
cheias; enriquecimento espiritual, estético e social da vida em espaços
urbanos (UNEP, n.d.);
7. As cidades e a biodiversidade
Apesar das cidades serem vistas como ecossistemas danificados
recentemente, a paisagem urbana providencia um número de importantes
serviços dos ecossistemas para as populações urbanas (Wu,2014);
Muitas cidades são inesperadamente ricas em biodiversidade. Elas albergam
uma alta variedade de ecossistemas, que providenciam habitats: os jardins e
parques, os rios e as florestas, os edifícios antigos e as paredes, etc.
(Fundación Biodiversidad, 2011)
A biodiversidade urbana também reflete a cultura humana (Niemela et al.,
2002, citado por Farinha-Marques et al., 2011). O comportamento e as
atividades humanas influenciam de uma forma percetível a biodiversidade
urbana (Melles, 2005, citado por Farinha-Marques et al., 2011). A
introdução deliberada de espécies tem um papel primordial na evolução e
adaptabilidade de algumas espécies, que estão restringidas pelos habitats
antropogénicos (Farinha-Marques et al., 2011).
8. As consequências da urbanização
O excesso de urbanização causa alteração, destruição, fragmentação de
habitats naturais e a perda de biodiversidade nativa (Nicolau, 2015);
Cria-se então uma homogeneização da componente biótica, associada à
introdução de espécies exóticas (Nicolau, 2015);
Devido à urbanização, a diversidade de espécies de plantas tende a aumentar
devido principalmente ao aumento das espécies exóticas, a diversidade de
espécies de pássaros tende a ser constante ou então aumenta
moderadamente e a diversidade de abundância de fungi no solo e dos
micróbios tende a diminuir (Marzluff, 2005; McIntyre, 2011; McKinney,
2008; Pouyat et al.,2008; Rebele, 1994; Wu, Buyantuyev, et al., 2011,
citados por Wu, 2014);
Os efeitos da urbanização variam com o grupo taxonómico, com as condições
ambientais e socioeconómicas (Nicolau, 2015);
9. As consequências da urbanização
A urbanização também altera a estrutura da cadeia alimentar e dinâmica
trófica nos ecossistemas naturas remanescentes da paisagem urbana (Wu,
2014);
A uma escala global, diferentes áreas geográficas citadinas tendem a ter uma
similaridade de espécies, sendo que a urbanização é considerada como um
fator de homogeneização biológica (Lockwood and McKinney, 2001;
McKinney, 2006, citado por Wu, 2014);
A urbanização pode influenciar significativamente o clima local e regional
através da alteração do padrão de cobertura do solo e, consequentemente, o
regime e o balanço energético de radiação à superfície (Wu, 2014);
10. As consequências da urbanização
As consequências da urbanização incluem: perturbação da terra e conversão para
superfícies impermeáveis; o aumento das temperaturas, o escoamento de água e
produção de dióxido de carbono; a remoção da vegetação nativa e introdução de
espécies exóticas; mudanças na composição de espécies e extinção de espécies;
transformação da água e ciclos de nutrientes e a degradação , fragmentação e
isolamento de habitats naturais (Farinha-Marques et al., 2011);
Os humanos introduzem voluntariamente espécies de animais de estimação,
especialmente cães e gatos na comunidade urbana, sendo que os gatos ao predar
algumas espécies de aves podem eventualmente afetar a sua diversidade (Faeth
et al., 2011);
As cidades são altamente fragmentadas, sendo que a fragmentação altera a
quantidade, a qualidade e o padrão dos habitas e é associado a mudanças na
diversidade de espécies de vertebrados, invertebrados e micróbios (Faeth et al.,
2011).
11. A importância da biodiversidade urbana
A biodiversidade, mesmo em espaços urbanos, fornece-nos serviços que são
essenciais para a nossa saúde e bem-estar humano (Nicolau, 2015);
A biodiversidade nos espaços urbanos é essencial, pois: regula o ciclo da água,
regula o clima, diminui a poluição sonora, remove o CO2 pelas zonas verdes e
azuis, purifica o ar, providencia alimento, fornece lazer e recreação, proporciona
saúde física e psicológica (Nicolau, 2015);
Os ecossistemas desempenham um papel fundamental ao providenciar as cidadaes
com água fresca para beber e para outros usos (Gómez-Baggethun & Barton,
2012);
Os espaços verdes e azuis das cidades regulam a temperatura local (Hardin and
Jensen, 2007, citados por Gómez-Baggethun & Barton, 2012);
As plantas e as árvores podem atenuar a poluição sonora através da absorção,
desvio, reflecção e refração das ondas sonoras (Aylor, 1972; Kragh, 1981; Ishii,
1994; Fang and Ling, 2003, citados por Gómez-Baggethun & Barton, 2012);
12. A importância da biodiversidade urbana
A vegetação nas áreas urbanas podem melhorar a qualidade do ar ao remover os
poluentes da atmosfera, incluindo o ozono, dióxido de enxofre, dióxido de azoto e
monóxido de carbono (Nowak, 1994a; Escobedo et al., 2008, citados por
Gómez-Baggethun & Barton, 2012);
Os ecossistemas podem atuar como barreiras naturais que protegem as cidades de
eventos climatéricos extremos e perigosos, como tempestades e furacões (Farber,
1987; Danielsen et al., 2005; Costanza et al., 2006a; Kerr and Baird, 2007,
citados por Gómez-Baggethun & Barton, 2012);
As comunidades de plantas em solos urbanos podem desempenhar um papel
importante na decomposição da matéria orgânica e nos ciclos biogeoquímicos;
As árvores urbanas captam o dióxido de carbono na fotossíntese, sendo
importantes;
A biodiversidade presente nos jardins, cemitérios e parques permite que grupos
funcionais de insetos e pássaros possam polinizar e dispersar sementes (Anderson
et al., 2007, citado por Gómez-Baggethun & Barton, 2012).
13. As desvantagens da biodiversidade
urbana
Os ecossistemas urbanos não produzem só serviços mas também
“desserviços”, ou seja, funções dos ecossistemas que são percebidas como
negativas para o bem-estar humano (Lyytimäki and Sipilä, 2009, citado por
Gómez-Baggethun & Barton, 2012);
Os “desserviços” incluem problemas de saúde como reações alérgicas
relacionadas com a polinização e medo de áreas verdes escuras que são
entendidas como inseguras de noite (Bixler and Floyd, 1997; Koskela and
Pain,2000; Jorgensen and Anthopoulou, 2007, citados por Gómez-
Baggethun & Barton, 2012);
Algumas plantas e animais são percebidos pelas pessoas como “desserviços”,
tais como os ratos e mosquitos (Gómez-Baggethun & Barton, 2012).
14. Aplicação do conceito de biodiversidade
em espaço urbano: Contribuição da UE
A Comissão Europeia reconhece o papel das cidades na vida de muitos
europeu por isso comprometeu-se a agir nesta área (Comissão Europeia,
2010);
A UE reconhece que as áreas urbanas levam ao desenvolvimento económico e
que fornece muitos serviços públicos mas também que essas áreas estão
também associadas à degradação do ambiente, ao congestionamento e à
exclusão social e económica (Comissão Europeia, 2010);
A “Thematic Strategy on the Urban Environment ” é uma ferramenta que
pretende uma melhor implementação das já existentes políticas e legislação
europeias da UE a nível local (Comissão Europeia, 2010);
Existem mais ferramentas tais como: a “Leipzig Charter on Sustainable
European Cities”, a “Sustainable Development Strategy for the EU”, a “Lisbon
Strategy” e ainda a “Europe 2020 Strategy” (Comissão Europeia, 2010).
15. Aplicação do conceito de biodiversidade em
espaço urbano: Capitais da Biodiversidade
O projeto “Capitais da Biodiversidade” premeia as municipalidades que
comunicam as suas ações a outras cidades e que destacam a sua performance a
nível nacional e europeu (Fundación Biodiversidad, 2011);
O principal objetivo deste projeto é permitir competições nacionais que coloquem
as ações locais para a biodiversidade no centro das atenções (Fundación
Biodiversidad, 2011);
São organizados workshops para membros do staff municipal e políticos de forma a
que estes promovam a biodiversidade, são testados os melhores exemplos de
práticas e ainda existe um sistema que monitoriza a biodiversidade e avalia a
efetividade das municipalidades (Fundación Biodiversidad, 2011);
Este projeto é um esforço conjunto de 5 organizações não-governamentais
(Fundación Biodiversidad, 2011);
De forma a permitir a apropriada monitorização, a Convenção para a
Biodiversidade desenvolveu 23 indicadores: O CBI (Fundación Biodiversidad,
2011).
16. Aplicação do conceito de biodiversidade
em espaço urbano: CBI
A biodiversidade urbana é estimada em índices como o CBI (City Biodiversity Index),
estabelecido pelas partes da Convenção da Biodiversidade (Nicolau, 2015);
O CBI (ou o também chamado de Singapore Index) propôs um índice de biodiversidade urbana
com o âmbito de conservar a biodiversidade nas cidades (Convention on Biological Diversity,
n.d.);
O CBI é uma ferramenta de autoavaliação, que pretende ajudar as cidades a avaliar e aferir
os seus esforços de conservação da biodiversidade (Convention on Biological Diversity, n.d.);
O CBI inclui um “perfil da cidade a avaliar” e ainda 23 indicadores que permitem medir a
biodiversidade nativa, os serviços dos ecossistemas providenciados pela biodiversidade, a
administração e a gestão da biodiversidade baseada em linhas de orientação e metodologias
providenciadas pelo “Manual do Utilizador do CBI” (Convention on Biological Diversity,
n.d.);
A avaliação atribuída a cada ponto do CBI é de natureza quantitativa (pontuação)
(Convention on Biological Diversity, n.d.);
As cidades que aplicaram o CBI consideram que este processo facilita a capacitação para a
conservação da biodiversidade (Convention on Biological Diversity, n.d.).
17. Como conservar a biodiversidade urbana
Explorar melhor a relação entre os serviços dos ecossistemas e o bem-estar humano no
ambiente urbano (Wu, 2014);
Promover a transdisciplinaridade, envolver participantes variados e todas as partes
interessadas nas tomadas de decisões relativas à biodiversidade urbana;
Considerar a meta da sustentabilidade urbana como um processo dinâmico e não como um
objetivo fixo (Wu, 2014);
A localização e a regionalização são necessárias para minimizar externalidades e maximizar as
capacidades (Wu, 2014);
O valor da biodiversidade não deve ser julgado pelas suas origens, sendo que as espécies
invasoras devem ser incorporadas no planeamento urbano e na gestão (Wu, 2014);
A ecologia urbana deve incorporar a sustentabilidade (Wu, 2014);
As cidades precisam de considerar como planear e gerir os espaços verdes urbanos para assim
contribuírem para a mitigação das mudanças climáticas (Niemela, 2014);
Devem ser encontradas formas para conjugar os serviços dos ecossistemas com o sistema
urbano através do Governo e de decisões de financiamento (Niemela, 2014);
18. Como conservar a biodiversidade urbana
Deve ser promovidas pesquisas interdisciplinares entre os ecologistas,
sociólogos, psicólogos, etc. (Niemela, 2014);
A componente artística na biodiversidade urbana deve ser incluída, ou seja,
devem ser conjugados campos como a ecologia, o design, o planeamento e a
gestão de forma a criarem-se áreas que sejam agradáveis ao ser-humano
(Niemela, 2014);
Os ecologistas urbanos devem utilizar a seu favor as plataformas
internacionais de troca de informação e conhecimento na área (Niemela,
2014);
Deve existir uma monitorização, revisão e regulação cuidadosa dos químicos
presentes nas áreas urbanas, em geral (Comissão Europeia, 2010);
Deve ser evitado e minimizado o impacto de projetos planeados que podem
afetar a biodiversidade (Comissão Europeia, 2010);
19. Como conservar a biodiversidade urbana
Devem ser realizados esforços para aplicar o uso adaptativo dos recursos e práticas de gestão
que reflitam no impacte do desenvolvimento urbano na biodiversidade (Farinha-Marques et
al., 2011);
A ação para a conservação da global é gerada quando são efetuadas experiências diretas com
a natureza selvagem, portanto os habitantes de espaços urbanos deveriam ter experiências
com a natureza selvagem, sendo que deve ser promovida a educação e o contacto com
animais (Faeth et al., 2011);
Deve-se reconhecer que a perda dos ecossistemas tem elevados custos a longo prazo e graves
impactes sobre os valores sociais, culturais e na segurança (Gomez-Baggethun & Barton,
2013);
Deve haver um planemaneto urbano e gestão urbana que confiram resiliência e
sustentabilidade em que a componente da biodiversidade é de presença obrigatória (Nicolau,
2015);
Apesar da urbanização ser apresentada como uma ameaça à biodiversidade, o
desenvolvimento urbano baseado num planeamento integrado também pode servir como uma
ferramenta para a preservação e incremento da biodiversidade (Nicolau, 2015).
20. Referências Bibliográficas
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