2. A biodiversidade urbana
O espaço urbano e a biodiversidade são dois
conceitos que à partida podem ser considerados
incompatíveis. Mas a biodiversidade é hoje
assumida como um dos fatores fundamentais para
assegurar a resiliência e a sustentabilidade dos
espaços urbanos (Bacelar-Nicolau, 2015).
A biodiversidade urbana, tal como a biodiversidade,
é um conceito relativamente recente. A sua
definição não é ainda unânime e tem contado com
a colaboração de diversos investigadores.
3. A biodiversidade urbana
Segundo Petersen et al. (2007) citado por Farinha-Marques,
(2011), a biodiversidade pode ser definida pela‘‘the diversity of
living things in an urban area and in a city living things
primarily find their habitats in the urban green structure’’. Para
Müller (2010), citado por Farinha-Marques, (2011), a
biodiversidade é ‘‘the variety and richness of living organisms
(including genetic variation) and habitat diversity found in and
on the edge of human settlements”.
Seja qual for a definição adotada esta deve incluir a variedade
genética, a diversidade e riqueza de espécies, os habitats, os
ecossistemas, tanto os nativos como os alterados, mas
também os valores humanos, socioeconómicos, estéticos e
éticos (Farinha-Marques, 2011).
4. Áreas urbanas
Atualmente mais de metade da população mundial
vive nas cidades e, segundo a Nações Unidas, e é
expectável, que em 2050, este valor atinja os dois
terços da população (Gómez-Baggethun, et al.,
2013).
Na Europa estimasse que, em 2020, 80% da
população viva em cidades (Comissão Europeia).
Esta transformação demográfica tem enormes
consequências ambientais, económicas e sociais e
ainda não estão bem estudas (Wu, 2014).
5. Áreas urbanas
Concentrar a população em cidades dominadas
pela construção de infraestruturas e pela tecnologia
representa a conceção de uma sociedade urbana
(Gómez-Baggethun, et al., 2013).
Esta alteração demográfica, que se tem
intensificado nos últimos dois séculos, contribui
para diminuição do contacto entre os seres
humanos e a natureza – o ser humano tornasse
assim numa espécie urbana o que lhe dá uma
sensação de independência dos ecossistemas
naturais (Bacelar-Nicolau, 2015).
6. Áreas urbanas
Apesar desta sensação a procura por valores
naturais e serviços ecossistémicos continua a
aumentar no mundo urbanizado (Gómez-
Baggethun, et al., 2013).
Tal como em qualquer outro sistema ecológico as
cidades dependem dos ecossistemas e dos seus
componentes para assegurar condições essenciais
à manutenção da vida: saúde, segurança, relações
sociais, entre outros aspetos de bem estar humano
(Gómez-Baggethun, et al., 2013) e para o
tratamento e reciclagem de elevados desperdícios
produzidos e que os processos naturais não
conseguem acompanhar (Bacelar-Nicolau, 2015).
7. Áreas urbanas
Assim sendo, e apesar de atualmente as zonas urbanas
ocuparem apenas 3% das áreas terrestres do planeta, a sua
existência e sustentabilidade dependem da exploração de
extensas áreas que se prologam para além das suas fronteira.
A difícil delimitação de áreas urbanas e das suas fronteiras
espelha esta mesma interação entre o núcleo urbano e as
áreas que o circundam.
Dada a enorme quantidade de fluxos ecológicos e extensão
de interações distantes das fronteira urbanas definidas por
razões políticas e biofísicas, os ecossistemas urbanos,
sentido lato, compreendem as terras diretamente geridas ou
afetadas pela energia e fluxo de materiais do núcleo urbano e
as terras suburbanas (Gómez-Baggethun, et al., 2013).
8. Áreas urbanas
A fixação de uma população num determinado local
ocorre porque o local apresenta uma elevada
produtividade. E por isso, as zonas urbanas estão
em locais ricos em recursos naturais, que
apresentam uma grande diversidade biológica e a
confluência de diversos ecossistemas (Bacelar-
Nicolau, 2015).
Esta localização permite e existência de diversas
zonas dentro da própria área urbana. A zona
cinzenta – áreas edificada; zona verde – áreas com
vegetação; zona azul – áreas aquáticas e zona
castanha – áreas abandonadas (Farinha-Marques,
2011).
9. Efeitos da urbanização
A urbanização provoca alteração, degradação e
fragmentação dos habitats naturais, o que promove
a perda da biodiversidade nativa associada, e
conduz ainda, à homogeneização da componente
biótica associada à introdução de espécies exóticas
(Bacelar-Nicolau, 2015).
A urbanização provoca ainda alterações nos ciclos
da água e dos nutrientes, promove o aumento da
temperatura, altera o processo de escoamento da
água e aumenta a produção de dióxido de carbono
(Farinha-Marques, 2011).
10. Efeitos da urbanização
Apesar dos efeitos da urbanização não estarem
bem estudados para todos os grupos taxonómicos
e zonas climáticas, está comprovado que a
urbanização provoca grandes alterações na
diversidade e abundância de espécies de animais e
plantas (Faeth, et al., 2011).
Os efeitos da da urbanização na biodiversidade
variam com o grupo taxonómico, com as condições
ambientais e socioeconómicas (Bacelar-Nicolau,
2015).
11. Efeitos da urbanização
Apesar de por vezes o ser humano preservar a
diversidade de plantas nativas dos ecossistemas
urbanos, a maioria das atividades humanas,
contribui para a destruição e reconstrução das
comunidades de plantas, o que consequentemente
contribui para o controlo da quantidade e qualidade
dos habitats urbanos (Faeth, et al., 2011).
Assim sendo, as comunidades de plantas
apresentam uma menor diversidade biológica e são
constituídas por espécies resistentes e adaptadas a
distúrbios antropogénicos e incluem um elevado
número de espécies exóticas (Bacelar-Nicolau,
2015).
12. Efeitos da urbanização
A comunidade de aves apresenta uma enorme redução
de diversidade de espécies, embora se verifique um
aumento da sua biomassa e densidade populacional
(Bacelar-Nicolau, 2015) embora este aumento se deva,
muitas vezes, ao aumento da densidade de aves não
nativas (Faeth, et al., 2011).
O aumento da densidade populacional verifica-se, em
particular, em espécies granívoras, omnívoras e
nidificantes em cavidades (Bacelar-Nicolau, 2015).
Assiste-se ainda, a uma diminuição da densidade
populacional em espécies insetívoras (Faeth, et al.,
2011).
13. Efeitos da urbanização
A comunidade de artrópodes tende a diminuir quer
em diversidade de espécies quer em abundância.
Limitam-se a um pequeno número de espécies
dominantes frequentemente exóticas e invasoras e
possuem a capacidade de voo (Bacelar-Nicolau,
2015).
Também as comunidades de fungos e de bactérias
presentes nos solos tendem a diminuir com o
aumento da urbanização (Bacelar-Nicolau, 2015).
14. Consequências da
urbanização
Segundo Bacelar-Nicolau (2015) A urbanização e os
efeitos que esta produz na biodiversidade tem, como
seria de esperar diversas consequências das quais se
destacam:
Empobrecimento, erosão e desertificação dos solos;
Alterações climáticas que contribui para a diminuição
da biodiversidade;
Modificações na estrutura e na dinâmica das redes
tróficas;
Alteração da ecossistemas o que afeta a
sustentabilidade dos serviços prestados por estes.
15. Serviços ecossistémicos
Apesar dos efeitos causados pela urbanização na
perda de biodiversidade, os ecossistemas urbanos
providenciam uma série de serviços essenciais que
contribuem para a manutenção da saúde física e
psicológica das populações que aí residem.
A produção de alimentos é feita em quintas
situadas no perímetro urbano e em jardins e
constitui uma importante fonte de fornecimento de
alimentos, principalmente em períodos de crise
(Gómez-Baggethun, et al., 2013).
16. Serviços ecossistémicos
Regulação do ciclo da água, no abastecimento e no
armazenamento, e no controlo de inundações (Gómez-
Baggethun, et al., 2013). Tal deve-se à interseção da
água das chuvas pelas canoplas das árvores, da
vegetação e do solo, possibilitando a sua infiltração e
mitigação de escorrências (Bacelar-Nicolau, 2015).
Regulação da temperatura, gerada pela emissão de
gases, através da sua absorção pelas zonas verdes e
azuis (Gómez-Baggethun, et al., 2013), contribuindo
assim para a regulação do clima e para a diminuição de
eventos climáticos extremos (Bacelar-Nicolau, 2015).
17. Serviços ecossistémicos
Redução da poluição sonora, que representa uma
das principais fontes de poluição das cidades. O
solo e as plantas atenuam esta poluição através da
absorção, desvio, refleção e refração das ondas
sonoras (Gómez-Baggethun, et al., 2013).
A purificação do ar é feita através da absorção de
diversos poluentes, como p.e. o dióxido de carbono
e o ozono, filtração de micropartículas e pela
libertação de oxigénio (Bacelar-Nicolau, 2015;
Gómez-Baggethun, et al., 2013).
18. Serviços ecossistémicos
Os ecossistemas contribuem ainda para o
tratamento dos desperdícios gerados já que retêm
e decompõem nutrientes e restos orgânicos
(Gómez-Baggethun, et al., 2013).
São ainda fundamentais para assegurar os valores
culturais e de lazer. Oferecem locais para a prática
de exercício físico, promovem a saúde mental e
diversos jardins podem ser utilizados para a
educação ambiental (Gómez-Baggethun, et al.,
2013).
19. Avaliação da biodiversidade urbana
A biodiversidade é fundamental no garante dos serviços
ecossistémicos, e estes são imprescindíveis na
manutenção da saúde física e psicológica da população
humana.
Os serviços ecossistémicos incluem valores
económicos, sociais e culturais e ainda de segurança
(Gómez-Baggethun, et al., 2013).
A avaliação da biodiversidade urbana e dos serviços
ecossistémicos é tão fundamental quanto complexa.
A avaliação é fundamental para que esta seja integrada
nos planos de planeamento urbano e deve incluir a
crescente consciencialização dos valores
ecossistémicos, o seu valor económico e a definição de
prioridades e de incentivos (Gómez-Baggethun, et al.,
2013).
20. Avaliação da biodiversidade urbana
A biodiversidade urbana é um conceito
multidimensional e como tal, a sua avaliação
reveste-se de uma grande complexidade a que se
acresce a grande heterogeneidade das áreas
urbanas (Gómez-Baggethun, et al., 2013), a
extrema alteração destas, a dificuldade no acesso a
propriedades privadas, as questões relacionadas
com a privacidade e segurança, o inadequado
apoio financeiro e político e finalmente, a
necessidade de realizar trabalho de campo que é
dispendioso, intensivo e carece de grandes
capacidades técnicas (Farinha-Marques, 2011).
21. Avaliação da biodiversidade urbana
Esta avaliação pode ser feita através diferentes
métodos que incluem a diversidade de espécies, a
abundância, índices de variação e ainda a genética
populacional.
A adoção de uma abordagem que inclua diversos
métodos proporciona um conhecimento mais
aprofundado (Farinha-Marques, 2011).
22. Conservação da biodiversidade
urbana
Muitas são as instituições internacionais que têm
colaborado para esta complexa tarefa de avaliar e
conservar a biodiversidade urbana e os serviços
ecossistémicos, das quais se destacam:
As Nações Unidas através dos seu programa ambiental –
UNEP;
A Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) Plano
de Ação sobre Governos Regionais, Cidades e Outras
Autoridades Locais para a Biodiversidade (2011-2020) e
da criação do Índice da Biodiversidade Urbana;
A União Europeia através do 7º Programa de Ação
Ambiental.
23. Conservação da biodiversidade
urbana
A UNEP juntamente com diversas instituições, entre
as quais a Convenção sobre a Diversidade
Biológica criou uma “Parceria Mundial sobre
Cidades e Biodiversidade”.
O objetivo desta parceria passa por envolver as
cidades na luta para reverter a perda de
biodiversidade. Para tal, compromete-se a
colaborar com governos nacionais e locais,
fornecer material de consciencialização, organizar
workshops e desenvolver ferramentas para
alcançar este objetivo.
24. Conservação da biodiversidade
urbana
Com a adoção da Decisão IX/28, durante a 9ª
Convenção das Partes para a CDB (Bonn, Alemanha,
2008), reconheceu-se o papel das cidades e
autoridades locais na responsabilidade da perda de
biodiversidade global.
Esta decisão incentiva os governos nacionais a envolver
mais as cidades, governos regionais e autoridades
locais na implementação do objetivos da CDB.
Foi proposta, por Mah Bow Tan, ex-ministro do
Desenvolvimento Nacional de Singapura, a criação do
Índice de Biodiversidade para as Cidades (CBI - City
Biodiversity Index ou Singapore Index).
25. Conservação da biodiversidade
urbana
O CBI é constituído por uma série de indicadores
distribuídos por três grandes conceitos: biodiversidade
das cidades, serviços ecossistémicos e governança e
gestão da biodiversidade.
A primeira avaliação servirá para estabelecer quais as
políticas de base, sendo que as seguintes serão
fundamentais para monitorizar e, se necessário,
reformular as políticas de conservação.
Constitui uma ferramenta essencial para governos e
autoridades locais. Permite a tomada de decisões
baseada numa perspetiva mais transversal essencial
para um desenvolvimento sustentável.
26. Conservação da Biodiversidade Urbana
Durante a 10ª COP, realizada na cidade japonesa de
Nagoya em 2010, foi adotada a Decisão X/22 - Plano de
Ação sobre Governos Regionais, Cidades e Outras
Autoridades Locais para a Biodiversidade.
Este plano suporta a implementação do Plano
Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 ao nível
nacional e local. Fornece recomendações aos governos
nacionais, no sentido de envolver as autoridades locais,
na implementação das estratégias nacionais, em
contexto local.
O Plano reforça a importância do CBI como ferramenta
de monitorização das políticas de conservação cujos
resultados deverão ser incluídos nos relatórios
nacionais.
27. Conservação da Biodiversidade Urbana
A preocupação da Comissão Europeia com as
questões urbanas reflete-se na inclusão no 7º
Programa de Ação Ambiental do Objetivo Prioritário
nº 8, intitulado “Cidades Sustentáveis: Trabalhar em
conjunto para soluções comuns” e que pretende
aumentar a sustentabilidade das cidades da UE.
O Programa de Ação declara que, até 2020 a
maioria das cidades da UE deve estar a
implementar políticas conducentes a um projeto
urbano sustentável e que a Comissão Europeia
deve desenvolver um conjunto de critérios para
avaliar o desempenho ambiental das cidades.
28. Exemplos de biodiversidade urbana
O Parque de Serralves é composto por uma grande
diversidade de espaços harmoniosamente
interligados: jardins formais, matas e uma quinta
tradicional. Projetado pelo arquiteto Jacques
Gréber nos anos 30 do século XX, é uma referência
singular no património da paisagem em Portugal.
www.serralves.pt
29. Exemplos de biodiversidade urbana
O valor associado a este local é inegável.
É dos locais mais visitado da região, tanto por
locais como por turistas nacionais e internacionais,
assegurando assim o seu valor económico e
estético.
As atividades dinamizadas permitem conhecer e
divulgar a biodiversidade presente no parque,
garantindo assim o seu valor educacional e cultural.
Possui ainda um centro de recursos sobre
biodiversidade em contexto urbano que pretende
difundir conhecimento científico, nesta área, junto
de públicos diversificados.
30. Exemplos de biodiversidade urbana
As quintas urbanas vão crescendo à medida que a
população mundial e urbana cresce.
Estas quintas existem em vários locais, dentro das
cidades ou no seu perímetro. As quintas no topo
dos edifícios são um exemplo da inovação que
estas estruturas têm sofrido nos últimos anos.
www.greensavers.sapo.pt
31. Exemplos de biodiversidade urbana
Estas quintas permite a recuperação de locais,
nomeadamente das zonas castanhas das cidades,
assegurando o seu valor estético.
Muitas vezes constituem uma fonte de rendimento extra
para as populações garantindo o seu valor económico e
de segurança.
Fornecem ainda as populações de alimentos frescos,
contribuindo para a saúde física destas, e
desempenham, muitas vezes, um papel educacional,
através do trabalho de voluntariado. Também permitem
a atividade física o que contribui para a saúde física e
mental das populações.
32. Considerações finais
As áreas urbanas são importantes repositórios de
biodiversidade atual e futura (Faeth, et al., 2011). A
biodiversidade urbana está muitas vezes associada
apenas aos parques urbanos mas, está presente em
quintas urbanas, em jardins públicos e privados e até
em pequenas varandas das habitações.
São inegáveis os impactos que os serviços
ecossistémicos têm na qualidade de vida das pessoas
que aí vivem. O valor estético é, muitas vezes, o mais
apontado porque está associado à beleza dos parques e
jardins urbanos.
São também inegáveis os efeitos que os processos de
urbanização têm nos ecossistemas e nos serviços por
eles prestados.
33. Considerações finais
Mas é fundamental que as populações e, principalmente os
decisores políticos, percebam todos os valores que a
biodiversidade urbana possui e as consequências que advêm
da sua perda.
Desta necessidade surge a urgência de proceder a uma
avaliação da biodiversidade urbana. Apesar das
dificuldades/limitações que tem associadas, esta avaliação é
fundamental para que a biodiversidade urbana seja
assegurada.
Esta avaliação deve ser o mais rigorosa/objetiva possível para
ser percetível por todos, p.e. adotando o CBI.
Desta avaliação deve constar o valor económico, quer da
biodiversidade quer da sua perda, mas também todos os
outros valores que a biodiversidade urbana nos garante.
34. Bibliografia
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18/01/2018 em: https://www.cbd.int/subnational
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Fundação de Serralves. Parque de Serralves. Acedido em 21 de Janeiro de 2018 em:
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