3. A arte de ser você mesma
Na realidade poucas pessoas possuem a coragem de serem elas mesmas, pois a
sociedade impõe muitos padrões a serem seguidos, fazendo com que a maioria das
pessoas passem a seguir valores, pensamentos e opiniões que não são delas mesmas e
sim de outras pessoas.
Ninguém e perfeito, por esse motivo devemos conviver e aceitar as nossas
imperfeições e as do nosso próximo. Sermos nos mesmos é termos coragem de não se
importar com que os outros vão pensar sobre a nossa pessoa, não tentar agradar o outro
para ser aceito. Não precisamos ser iguais a ninguém.
Precisamos nós aceitar, termos coragem para criar nosso próprio espaço, mostrar o
nosso verdadeiro talento. Acreditarmos em nós mesmos, aceitar nossos defeitos e
qualidades e seguir em frente sendo nos mesmos.
4. A História do consumismo
A oportunidade de consumir produtos não essenciais só surgiu depois da Revolução
Industrial (Século 18). Antes disso, o que havia eram meras trocas comerciais para adquirir
objetos simples e, principalmente, alimentos. As possibilidades também eram limitadas.
Naquela época, as pessoas não contavam com todo o aparato tecnológico de hoje, nem
tinham tantos produtos à disposição.
Porém, quando as máquinas passaram a ser usadas e parte da sociedade foi libertada da
escravidão, ganhando a capacidade de consumir, tudo mudou. Ali foi plantada a semente do
que atualmente é feito em larga escala em todo o mundo – comprar diferentes produtos,
sempre que precisa e em qualquer lugar (até pelo celular).
Em um mundo globalizado, dominado pelo capitalismo, o consumo está diretamente
interligado ao desenvolvimento da sociedade. Em teoria, quanto mais se consome, maior
deve ser a estabilidade econômica de cada estado e região. Mas não é bem isso que
acontece. O consumismo se espalha, mas cada vez mais vemos problemas financeiros
atingirem pessoas e governos.
5.
6. As causas do consumismo
Alguns estudos apontam que as causas do consumismo são reflexo das diversas crises econômicas que o mundo já
enfrentou e ainda enfrenta. A sociedade atual reconhece que o consumo é sinônimo de felicidade e bem-estar, e até
mesmo de prestígio e de status.
Consequências do consumismo
O problema é que há uma relação estreita e forte entre o consumismo, a sociedade e o meio ambiente. Isso porque para
atender a demanda da produção e do consumo é necessário retirar matérias-primas da natureza, fabricar e transportar
materiais, fazer grande uso de energia elétrica e de água.
Tudo isso gera emissão de gases poluentes, degradação e devastação ambiental, poluição geral e, consequentemente,
a destruição de ecossistemas.
As pessoas, devido ao sistema que vivem, onde o importante é o que você tem e não que você é, tendem a desenvolver
distúrbios caracterizados pela compulsão em comprar coisas desnecessárias que talvez nunca usarão.
Além disso, elas são influenciadas por um dos maiores difusores do consumismo: a mídia. Todos os dias somos
“bombardeados” com milhares de propagandas. São milhões e milhões de gastos para tentar nos fazer comprar os
produtos.
O consumismo também causa consequências à sociedade, já que contribui para o processo de degradação das
relações sociais. Muitas vezes excluímos pessoas e as julgamos pelo simples fato de ela não possuir tal objeto ou não
estar com “roupas da moda”.
É surpreendente como uma pessoa é julgada por não se submeter ao sistema que privilegia poucos e faz você valer o
que possui. Além disso, o consumista sofre processos de alienação e oneomania (que é um distúrbio caracterizado pela
compulsão de gastar dinheiro).
7. Consumo e consumismo: como afetam o meio ambiente
De todas as consequências do consumismo, a mais grave está relacionada com o meio
ambiente. Como é possível um planeta suportar um sistema em que a lei vigente é: “use,
descarte, compre sempre o novo”? Estamos destruindo a Terra para satisfazermos nossos
prazeres supérfluos, que incentiva o desperdício e gera uma enorme quantidade de lixo.
Estamos caminhando para um colapso ambiental e prova disso são as mudanças climáticas
que ocorrem no Planeta Terra.
Essa relação entre consumo e sustentabilidade, no entanto, vai além da etapa de produção.
Com a grande quantidade de opções e a alta tecnologia, cada vez mais os produtos têm menor
tempo de vida útil e maior dificuldade de conserto, o que gera grande número de resíduo
eletrônico.
Atualmente, o desenvolvimento sustentável é a principal solução contra a crise ambiental que o
planeta enfrenta, já que é considerado o equilíbrio entre sociedade, natureza e economia.
Nesse sentido, empresas e organizações se unem para procurar maneiras investir em soluções
sustentáveis, a fim de garantir seu progresso sem comprometer o futuro. A educação ambiental
é um importante passo para o desenvolvimento sustentável. Isso porque, é preciso
conscientizar todos os setores da sociedade para que haja um movimento completo e eficiente
em prol do meio ambiente.
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9. Consumismo x saúde
De acordo com alguns estudos, a compra compulsiva, ou oniomania, é caracterizada por atos excessivos,
incontroláveis, repetitivos e irresistíveis em comprar, seja diante de um apelo, evento, ou seja, por sentimentos
negativos, o que resulta em prejuízos significativos no funcionamento social, familiar e financeiro. Os indivíduos
acometidos por esse transtorno apresentam pensamentos invasivos e repetitivos que tendem a aumentar o desejo em
obter, induzindo a fazer gastos desnecessários.
Na opinião do médico Maurício Leão, presidente da Associação Mineira de Psiquiatria (AMP), a compulsão por compras
vai da normalidade à doença. Nossa sociedade estimula e induz o consumo. A cultura do consumismo tem incentivo
externo e pode sofrer interferências do psiquismo. Nesse caso, como mecanismo de compensações para angústias,
sentimento de perda e frustrações. A compra se torna compensação na condição de diminuir o sofrimento, por alívio e
até prazer.
Estudos recentes indicam maior prevalência da oniomania em mulheres, e estima-se que o problema afete de 2% a 8%
da população em geral, sem distinção de classe social. Indivíduos com essa vontade irresistível tendem a ser
dominados na ação de comprar muitos itens, sem escolher o objeto de desejo real. O alívio das tensões só vem por
meio das compras. Mas, em seguida, são tomados pelo sentimento de culpa, remorso e vergonha. Cria-se, então, um
ciclo vicioso.
Problemas Físicos e Mentais
Ocorrências de estresse, depressão, sedentarismo, distúrbios de sono (insônia), dificuldade de concentração, má
alimentação, obesidade, colesterol aumentado, hipertensão arterial, diabetes, são algumas consequências vigentes
desta sociedade, sendo gradativamente agravados com o passar do tempo em decorrência da má adaptação do
organismo humano às alterações ambientais promovidas pelo sistema de produção e consumo vigente (Goldenberg &
Elliot, 2001; Guedes, 1995; Nieman, 1999).
10. Jovens x Lazer x Consumismo
Pesquisa da Secretária-geral da Presidência da República de 2014, obtida com exclusividade pelo Estado de S. Paulo, já
apontava que as atividades de lazer e cultura mais populares entre os jovens adolescentes são aquelas que não
envolvem custos, como passeios em parques ou shoppings, idas a festas em casa de conhecidos e comparecimento a
missas e cultos religiosos.
A forma mais popular de lazer fora de casa é o passeio em parques e praças – atividade realizada por 61% dos
entrevistados. Logo depois, aparecem festas na casa de amigos (55%), seguidas por missas ou cultos religiosos (54%),
bar com amigos (41%) e passeios em shopping centers (40%). Em relação à frequência em atividades de lazer e cultura
pelo menos uma vez na vida, os dados são igualmente alarmantes: 84% dos jovens brasileiros nunca compareceram a
um concerto de música clássica, 65% jamais foram ao teatro e 59% nunca estiveram em uma biblioteca fora da escola.
Nos fins de semana, 79% dos jovens realizam atividades de lazer fora de casa, índice significativamente superior ao
daqueles que optam por fazer algo em casa (44%), por praticar esportes (22%), por visitar parentes (14%) e por
atividades religiosas (11%). Foram ouvidos no ano passado 1.100 jovens de todos os estratos sociais para a pesquisa,
cuja margem de erro é de 3 pontos porcentuais.
A pesquisa considera a renda per capita para definir a faixa em que o jovem se encontra: os mais pobres têm renda
familiar per capita de até R$ 290 mensais; classe média de R$ 290 a R$ 1.018; e os mais ricos, acima deste valor.
Navegar na internet e a principal fonte de lazer para 54% dos jovens brasileiros a pesquisa revela que maioria dos jovens
adolescentes, gastam seu tempo de lazer na internet, o que influencia seus comportamentos on-line e off-line
Depois de navegar na internet, as atividades mais frequentes são ouvir música (53%) e assistir filmes, seriados, novelas
e programas em geral (51%).
https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,lazer-para-jovem-e-gratuito-em-casa-ou-ao-ar-livre-imp-,1156131
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12. Como a educação pode mudar o mundo?
A educação pode formar uma personalidade e fazer com que o indivíduo
desenvolva o saber. É através dela que uma pessoa se integra nas atividades
escolares, se socializa, se liberta, se comunica e se orienta. E não é somente na
escola que adquirimos educação: diversos âmbitos da sociedade, de uma
maneira geral, podem influenciar o indivíduo nesse sentido.
A educação é uma arma poderosa. Através dela, um cidadão se torna mais
crítico, tem mais oportunidades de emprego e melhoria na sua própria qualidade
de vida. A importância de aprender para si mesmo é compartilhar os
conhecimentos com os outros. É através desse compartilhamento que a
educação atua diretamente no desenvolvimento econômico, social e cultural.
Sem acesso ao conhecimento, ficamos sem saber de temas como direitos, meio
ambiente, condições adequadas de trabalho e respeito. Saiba agora o que uma
educação de qualidade pode fazer!
13. A Educação auxilia na proteção do Meio Ambiente
Quando os indivíduos se tornam mais conscientes sobre os impactos das
nossas atividades sobre a natureza, ele ajuda a preservar o meio ambiente. A
educação ensina as pessoas a decidirem sustentavelmente e satisfazem os
deveres presentes sem afetar as próximas gerações. Um mundo educado
corretamente sobre a natureza e seus impactos é mais sustentável.
Ameniza a violência
A desigualdade social está diretamente associada à falta de educação de
qualidade, e isso se relaciona diretamente com o aumento da violência. A
educação pode diminuir essa desigualdade, superar a intolerância e também
ajudar a sociedade se tornar menos agressiva e a lutar contra estereótipos.
A educação permite que as pessoas tenham conhecimento de que elas têm
direitos garantidos por lei e que podem exigir isso. É com a educação que
aprendemos sobre os direitos humanos e nossas liberdades essenciais.
14. Educação financeira: saiba se organizar para vencer o consumo impulsivo
Saber gastar o que se recebe de forma consciente é um dos benefícios imediatos da educação financeira.
Uma pessoa organizada financeiramente passa a tomar atitudes racionais ao usar o dinheiro, não se
deixando levar pela emoção de consumir qualquer produto que pareça ser obrigatório ter na sua vida.
Parece fácil, mas o caminho para se organizar financeiramente é árduo e exige muita vontade para mudar
de comportamento. Para simplificar esse desafio, listamos 4 dicas para analisar alguns pontos que podem
estar impedindo você de se tornar um consumidor consciente e financeiramente organizado.
Pague à vista
Cuidado com as compras pela internet
Evite desperdícios
Cartões de crédito
A educação financeira é o melhor caminho para formar pessoas capazes de lidar com o dinheiro. E é
através da organização financeira que elas passam a se tornar confiantes e a agir de forma mais racional
com suas finanças, fugindo das armadilhas do consumo impulsivo e evitando as dores do mau
gerenciamento do dinheiro.
Mais importante do que conhecer as situações, é começar a colocá-las em prática para criar hábitos
saudáveis na sua vida financeira. O caminho será desafiante, mas é possível vencê-lo com dedicação e
disciplina.