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AFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
PROFA DRA SAMANTA RIOS MELO
VCI – CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS
URETER ECTÓPICO
ANATOMIA
URETERES SE INSEREM NA
PORÇÃO DORSO CRANIAL DA
BEXIGA E ABREM NA PORÇÃO
DO TRÍGONO VESICAL APÓS
BREVE CURSO INTRAMURAL
URETER ECTÓPICO
Alteração anatômica congênita MAIS COMUM EM CÃES
1 ou ambos os ureteres não se inserem na bexiga
◦ EXTRALUMINAIS (totalmente desviados)
◦ INTRALUMINAIS (submucosa e abrem-se na vagina ou uretra) – 70%
INTRAMURAL EXTRAMURAL
Duplo orifício ureteral
SINAIS E
SINTOMAS
▪ Mais diagnosticado em fêmeas jovens
▪ Machos em geral diagnóstico mais tardio – hidronefrose
▪ Incontinência – contínua ou intermitente desde o
nascimento
◦ Pelos peri vulvares úmidos
◦ Odor e eritema na pele adjacente
▪ DTIUF é comum associada
DIAGNÓSTICO
▪ Raio x – UROGRAFIA EXCRETORA
▪ mais acessível e barato
▪ Não diferencia intra de extramural
▪ Tomografia
▪ Cistoscopia
DIFERENCIAIS
◦ Incontinência (inflamação ou infecção)
◦ Distúrbios neurogênicos
◦ Obstrução anatômica
◦ Incontinência responsiva a hormônios
TRATAMENTO CIRÚRGICO
◦O mais breve possível para evitar outras alterações
secundárias (hidronefrose/DTIUF)
◦Certificar do funcionamento correto dos rins
◦NEOURETEROSTOMIA
◦URETERONEOCISTOSTOMIA
NEOURETEROSTOMIA
Ureter Intramural
URETERONEOCISTOTOMIA
Ureter extramural
PSS
Fio ABSORVÍVEL SINTÉTICO
4-0 a 7-0
NEFRECTOMIA
PERDA FUNÇÃO RENAL
UNILATERAL PELA
OBSTRUÇÃO MECÂNCA
URETER
PÓS OPERATÓRIO
➢ Manejo da ferida
➢ Colar Protetor
➢ Observar fluxo urinário e função renal
➢obstruções
➢extravazamentos
➢ Antibióticos
➢ AINE
COMPLICAÇÕES
➢ INFECÇÕES
➢ ESTENOSES
➢ HIDRONEFROSE
➢ UROLITÍASE (fio)
➢ MANUTENÇÃO INCONTINÊNCIA (30 – 55%)
UROLITÍASES
CISTOLITÍASE, NEFROLITÍASE, URETEROLITÍASE
UROLITÍASES
Cistolitíases – 90 a 95%
Nefrolitíase e ureterolitíase – 5 a 10%
Fatores que contribuem para formação
◦ Ph Urinário
◦ Infecção
◦ Concentração de cristalóides na urina - ALIMENTAÇÃO
◦ Diminuição de inibidores de cristaloides – GENÉTICA/RACIAL
Raças predispostas: Schnauzer, Pug, Lhasa Apso, Shih Tzu, Yorkshire
Cálculos - Agregação de cristais à matéria orgânica
ESTRUVITA
Bactérias produtoras de urease → transformam ureia em amônia e dioxido de carbono → hidrolise da
amônia (íons amônia e hidroxila) → alcalinizam a urina e diminuem a solubilidade da estruvita
OXALATO DE CALCIO (70%)
◦ Hipercalcemia e hipercalciúria
◦ Urina ácida - alimentação
URATO DE AMONIO
Dálmatas (alteração no transporte hepático de acido úrico) → diminui a produção de alantoína e
aumento da excreção urinaria de acido úrico;
Shunt
SINAIS CLÍNICOS
▪ DTUIF – muito difícil ou impossível tratar na presença de cálculos
▪ Disúria (ansiedade, lambedura pênis/vulva)
▪ Hematúria / Piúria (pielonefrite)
▪ Polaciúria, estrangúria
▪ Dor abdominal / lombar
▪ Hidronefrose
▪ IRA, azotemia pós renal (anorexia, vômito, prostração)
DIAGNÓSTICO
EXAME FÍSICO
▪ palpação abdominal, lombar – dor, aumento bexiga
▪ pênis edemaciado, hiperêmico (lambedura)
▪ desidratação
EXAMES AUXILIARES
▪ Raio X e Ultrassonografia
▪ Cistoscopia
▪ Urinálise
▪ FR, Na, K
TRATAMENTO - objetivos
• Tratamento DTUIF recorrente
• Reestabelecer fluxo urinário completo
• Desobstrução (ureter, uretra)
• Descompressão bexiga – cistocentese
• Terapia suporte
• Equilíbrio hidroeletrolítico
• Função renal
Cirúrgico-clínico
DESOBSTRUÇÃO URETERAL : CÃES E GATOS MACHOS
Massagem uretra peniana
Cateterização / sondagem uretral
(flush solução fisiológica)
Cistocentese
Compressão vesical - cuidado
Retrohidropropulsão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Obstruções sem resposta a tratamento clínico – cirúrgico : EMERGÊNCIA
DTUIF ou Litíases sem resposta a tratamento clínico em 60 dias
Recidiva
Trauma peniano
NEFROTOMIA / PIELOLITOTOMIA
NEFRECTOMIA
CISTOTOMIA
URETEROTOMIA
URETROSTOMIA
URETROSTOMIAS
URETROSTOMIA PERINEAL
URETROTOMIA PERINEAL
URETROSTOMIA PRÉ PÚBICA
URETROSTOMIA SUBPÚBICA
CISTOTOMIA (retropropulsão)
URETRA PENIANA
URETRA PROSTÁTICA (CÃES)
PÓS
OPERATÓRIO
◦ Análise cálculos
◦ Monitorar extravasamento ou obstrução
◦ Insuficiência renal
Analgésico, antibiótico, antinflamatório
Monitorar Fluxo urinário / FR
Limpeza ferida cirúrgica / Colar
Evitar cateterização por mais de 24h –
infecção
Acompanhamento clinico (25% recidiva
sem)
COMPLICAÇÕES
Hemorragias
Estenoses
Deiscência
Necrose subcutâneo – extravasamento
urina
Infecção urinária
Incontinência urinária / fecal
PROLAPSO URETRA
PROLAPSO
Machos jovens de raças
braquicefálicas – genética
Excitação sexual, masturbação,
Lambeduras frequentes, cálculos,
Obstruções, infecções
Hematúria, estrangúria, disúria
Correção cirúrgica + causa de base
NEOPLASIAS TRATO
URINÁRIO
Neoplasias TU
Tumores do trato urinário : < 2 % em cães e gatos
◦ Carcinoma de células transicionais: 90% dos tumores de bexiga
◦ Rins/ ureteres/ uretra/ próstata
Outros
◦ Adenocarcinomas/ sarcomas/ hemangiossarcoma/ linfoma
◦ Pólipos/ fibromas → benignos
Em geral: Tumores de alto grau: invasivos, crescimento rápido e
com potencial metastático
SINAIS CLÍNICOS
Semelhantes a DTUI
◦Hematúria: resolução temporária com tratamento
◦Disúria/ Estrangúria/ polaquiúria
◦Anúria → obstrução
◦Doença renal: obstrução dos ureteres ou da região do trígono
◦Metástase óssea/ prostática/ linfonodos.
◦Duração: semanas a meses
DIAGNÓSTICO
Hg/ FR/ FH
RX de tórax
Exame de Urina I e II
◦ Colheita por micção espontânea ou cateterismo
◦ Nunca realizar cistocentese !!!!!!!
◦ Ultrassom
◦ Cistografia
◦ Tomografia
◦ Raio X contrastado
DIAGNÓSTICO
Citologia:
◦ Sedimento urinário: Células de transição atípicas presentes em 30% dos
animais.
◦ Difícil distinção entre células reativas e células neoplásicas
◦ Aspiração com sonda
◦ Histopatológico:
◦ Cistoscopia: sensibilidade e especificidade de 100%
◦ Cistotomia
◦ Cateterização traumática
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Cirurgia excisão: ideal, mas quase sempre impossível
◦ Localização no trígono
◦ Efeito de campo: toda a mucosa da bexiga sofre transformação maligna em resposta
à exposição a agentes cancerígenos na urina = lesões multifocais
◦ Tumores localizados longe do trígono = CISTECTOMIA PARCIAL
◦ Outras técnicas:
◦ CISTOTOMIA TOTAL + ANASTOMOSE URETEROCOLONICA/URETERORETAL,
◦ CISTOSTOMIA
TRATAMENTO MÉDICO
Terapia única ou adjvante
◦ AINE – piroxicam/ meloxicam/ carproflan/ firocoxib
◦ Quimioterapia – Carboplatina, doxorrubicina, vinblastina, mitoxantrona
◦ AINE + quimioterapia
Resposta parcial e de pouca duração
◦ Humanos: tumores superficiais = melhor resposta
◦ Cães : tumores invasivos = pouco responsivos
PROGNÓSTICO
Metástase → fator prognóstico mais importante
• Metástase prostática: aumento do risco de metástase em órgão
distantes
Outros fatores associados ao estadiamento
◦ Idade: quanto mais velhos maior o risco de metástase para linfonodo
◦ Alto T + diferenciação glandular no HPT = baixa resposta a quimioterapia
PALIATIVOS / SUPORTE
❖Acupuntura
❖Ozonioterapia
❖Equipe de Manejo da Dor
❖Equipe Paliativistas
samymelo@usp.br

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Afecções do Trato Urinário

  • 1. AFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO PROFA DRA SAMANTA RIOS MELO VCI – CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS
  • 3. ANATOMIA URETERES SE INSEREM NA PORÇÃO DORSO CRANIAL DA BEXIGA E ABREM NA PORÇÃO DO TRÍGONO VESICAL APÓS BREVE CURSO INTRAMURAL
  • 4. URETER ECTÓPICO Alteração anatômica congênita MAIS COMUM EM CÃES 1 ou ambos os ureteres não se inserem na bexiga ◦ EXTRALUMINAIS (totalmente desviados) ◦ INTRALUMINAIS (submucosa e abrem-se na vagina ou uretra) – 70%
  • 7. SINAIS E SINTOMAS ▪ Mais diagnosticado em fêmeas jovens ▪ Machos em geral diagnóstico mais tardio – hidronefrose ▪ Incontinência – contínua ou intermitente desde o nascimento ◦ Pelos peri vulvares úmidos ◦ Odor e eritema na pele adjacente ▪ DTIUF é comum associada
  • 8. DIAGNÓSTICO ▪ Raio x – UROGRAFIA EXCRETORA ▪ mais acessível e barato ▪ Não diferencia intra de extramural ▪ Tomografia ▪ Cistoscopia
  • 9. DIFERENCIAIS ◦ Incontinência (inflamação ou infecção) ◦ Distúrbios neurogênicos ◦ Obstrução anatômica ◦ Incontinência responsiva a hormônios
  • 10. TRATAMENTO CIRÚRGICO ◦O mais breve possível para evitar outras alterações secundárias (hidronefrose/DTIUF) ◦Certificar do funcionamento correto dos rins ◦NEOURETEROSTOMIA ◦URETERONEOCISTOSTOMIA
  • 13. NEFRECTOMIA PERDA FUNÇÃO RENAL UNILATERAL PELA OBSTRUÇÃO MECÂNCA URETER
  • 14. PÓS OPERATÓRIO ➢ Manejo da ferida ➢ Colar Protetor ➢ Observar fluxo urinário e função renal ➢obstruções ➢extravazamentos ➢ Antibióticos ➢ AINE
  • 15. COMPLICAÇÕES ➢ INFECÇÕES ➢ ESTENOSES ➢ HIDRONEFROSE ➢ UROLITÍASE (fio) ➢ MANUTENÇÃO INCONTINÊNCIA (30 – 55%)
  • 17. UROLITÍASES Cistolitíases – 90 a 95% Nefrolitíase e ureterolitíase – 5 a 10% Fatores que contribuem para formação ◦ Ph Urinário ◦ Infecção ◦ Concentração de cristalóides na urina - ALIMENTAÇÃO ◦ Diminuição de inibidores de cristaloides – GENÉTICA/RACIAL Raças predispostas: Schnauzer, Pug, Lhasa Apso, Shih Tzu, Yorkshire
  • 18. Cálculos - Agregação de cristais à matéria orgânica ESTRUVITA Bactérias produtoras de urease → transformam ureia em amônia e dioxido de carbono → hidrolise da amônia (íons amônia e hidroxila) → alcalinizam a urina e diminuem a solubilidade da estruvita OXALATO DE CALCIO (70%) ◦ Hipercalcemia e hipercalciúria ◦ Urina ácida - alimentação URATO DE AMONIO Dálmatas (alteração no transporte hepático de acido úrico) → diminui a produção de alantoína e aumento da excreção urinaria de acido úrico; Shunt
  • 19. SINAIS CLÍNICOS ▪ DTUIF – muito difícil ou impossível tratar na presença de cálculos ▪ Disúria (ansiedade, lambedura pênis/vulva) ▪ Hematúria / Piúria (pielonefrite) ▪ Polaciúria, estrangúria ▪ Dor abdominal / lombar ▪ Hidronefrose ▪ IRA, azotemia pós renal (anorexia, vômito, prostração)
  • 20. DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO ▪ palpação abdominal, lombar – dor, aumento bexiga ▪ pênis edemaciado, hiperêmico (lambedura) ▪ desidratação EXAMES AUXILIARES ▪ Raio X e Ultrassonografia ▪ Cistoscopia ▪ Urinálise ▪ FR, Na, K
  • 21. TRATAMENTO - objetivos • Tratamento DTUIF recorrente • Reestabelecer fluxo urinário completo • Desobstrução (ureter, uretra) • Descompressão bexiga – cistocentese • Terapia suporte • Equilíbrio hidroeletrolítico • Função renal
  • 22. Cirúrgico-clínico DESOBSTRUÇÃO URETERAL : CÃES E GATOS MACHOS Massagem uretra peniana Cateterização / sondagem uretral (flush solução fisiológica) Cistocentese Compressão vesical - cuidado
  • 24. TRATAMENTO CIRÚRGICO Obstruções sem resposta a tratamento clínico – cirúrgico : EMERGÊNCIA DTUIF ou Litíases sem resposta a tratamento clínico em 60 dias Recidiva Trauma peniano NEFROTOMIA / PIELOLITOTOMIA NEFRECTOMIA CISTOTOMIA URETEROTOMIA URETROSTOMIA
  • 25. URETROSTOMIAS URETROSTOMIA PERINEAL URETROTOMIA PERINEAL URETROSTOMIA PRÉ PÚBICA URETROSTOMIA SUBPÚBICA CISTOTOMIA (retropropulsão) URETRA PENIANA URETRA PROSTÁTICA (CÃES)
  • 26. PÓS OPERATÓRIO ◦ Análise cálculos ◦ Monitorar extravasamento ou obstrução ◦ Insuficiência renal Analgésico, antibiótico, antinflamatório Monitorar Fluxo urinário / FR Limpeza ferida cirúrgica / Colar Evitar cateterização por mais de 24h – infecção Acompanhamento clinico (25% recidiva sem)
  • 27. COMPLICAÇÕES Hemorragias Estenoses Deiscência Necrose subcutâneo – extravasamento urina Infecção urinária Incontinência urinária / fecal
  • 29. PROLAPSO Machos jovens de raças braquicefálicas – genética Excitação sexual, masturbação, Lambeduras frequentes, cálculos, Obstruções, infecções Hematúria, estrangúria, disúria Correção cirúrgica + causa de base
  • 31. Neoplasias TU Tumores do trato urinário : < 2 % em cães e gatos ◦ Carcinoma de células transicionais: 90% dos tumores de bexiga ◦ Rins/ ureteres/ uretra/ próstata Outros ◦ Adenocarcinomas/ sarcomas/ hemangiossarcoma/ linfoma ◦ Pólipos/ fibromas → benignos Em geral: Tumores de alto grau: invasivos, crescimento rápido e com potencial metastático
  • 32. SINAIS CLÍNICOS Semelhantes a DTUI ◦Hematúria: resolução temporária com tratamento ◦Disúria/ Estrangúria/ polaquiúria ◦Anúria → obstrução ◦Doença renal: obstrução dos ureteres ou da região do trígono ◦Metástase óssea/ prostática/ linfonodos. ◦Duração: semanas a meses
  • 33. DIAGNÓSTICO Hg/ FR/ FH RX de tórax Exame de Urina I e II ◦ Colheita por micção espontânea ou cateterismo ◦ Nunca realizar cistocentese !!!!!!! ◦ Ultrassom ◦ Cistografia ◦ Tomografia ◦ Raio X contrastado
  • 34. DIAGNÓSTICO Citologia: ◦ Sedimento urinário: Células de transição atípicas presentes em 30% dos animais. ◦ Difícil distinção entre células reativas e células neoplásicas ◦ Aspiração com sonda ◦ Histopatológico: ◦ Cistoscopia: sensibilidade e especificidade de 100% ◦ Cistotomia ◦ Cateterização traumática
  • 35. TRATAMENTO CIRÚRGICO Cirurgia excisão: ideal, mas quase sempre impossível ◦ Localização no trígono ◦ Efeito de campo: toda a mucosa da bexiga sofre transformação maligna em resposta à exposição a agentes cancerígenos na urina = lesões multifocais ◦ Tumores localizados longe do trígono = CISTECTOMIA PARCIAL ◦ Outras técnicas: ◦ CISTOTOMIA TOTAL + ANASTOMOSE URETEROCOLONICA/URETERORETAL, ◦ CISTOSTOMIA
  • 36. TRATAMENTO MÉDICO Terapia única ou adjvante ◦ AINE – piroxicam/ meloxicam/ carproflan/ firocoxib ◦ Quimioterapia – Carboplatina, doxorrubicina, vinblastina, mitoxantrona ◦ AINE + quimioterapia Resposta parcial e de pouca duração ◦ Humanos: tumores superficiais = melhor resposta ◦ Cães : tumores invasivos = pouco responsivos
  • 37. PROGNÓSTICO Metástase → fator prognóstico mais importante • Metástase prostática: aumento do risco de metástase em órgão distantes Outros fatores associados ao estadiamento ◦ Idade: quanto mais velhos maior o risco de metástase para linfonodo ◦ Alto T + diferenciação glandular no HPT = baixa resposta a quimioterapia
  • 38. PALIATIVOS / SUPORTE ❖Acupuntura ❖Ozonioterapia ❖Equipe de Manejo da Dor ❖Equipe Paliativistas