1. Avaliação
de Artigos
Científicos
UNIVERSIDADE DE AVEIRO - 20 de Maio de 2011
Seninários de Investigação em Didáctica
Programa Doutoral em Didáctica e Formação!
1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
2. 1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
Esta é a terminologia para revistas (journals).
No caso das conferências, o papel do editor editor
é exercido pelo presidente da comissão
de programa (ou comissão científica).
Os restantes membros da comissão de
programa actuam como editores associados revisor revisor revisor
revisor = avaliador = árbitro
(reviewer = referee)
editor
ed. assoc. ed. assoc.
revisor revisor revisor revisor revisor revisor
3. 1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
NÍVEIS DE ANONIMATO:
Revisão duplamente anónima Revisão aberta. Vários níveis de
(double-blind review) – anonimato:
Revisores não sabem quem
•! As identidades das duas partes
são os autores e autores não
são conhecidas.
sabem quem são os revisores.
•! As avaliações, assinadas, são
Revisão anónima (single- enviadas aos autores.
blind review) – Revisores •! São colocadas on-line versões
sabem quem são os autores, preliminares dos artigos e
mas autores não sabem quem pedem-se revisões e
são os revisores. comentários.
1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
COMPENSAÇÕES:
•! Tipicamente, o esforço de •! Nas revistas, pode oferecer-se uma
revisão não é remunerado. assinatura ou uma autorização de
acesso gratuito por tempo limitado.
•! A principal “remuneração” é o
prestígio, quer seja reconhecido em •! Nas conferências, oferece-se às
privado, quer seja tornado público vezes a participação na
em listas de revisores. conferência ou no programa social.
•! Nas conferências, por vezes •! Apesar de não haver pagamentos,
convidam-se os revisores para as o custo estimado da revisão de
comissões de programa, para que o artigos de revista é da ordem de
destaque possa ser mais evidente. 25% dos custos totais de
publicação e disseminação.
4. 1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
•! A avaliação de artigos científicos deve ser encarada como
uma actividade cívica do cientista na sua contribuição para
melhorar o eco-sistema de produção científica
•! O revisor deve auxiliar o editor a defender os interesses do leitor na
obtenção de trabalhos de melhor qualidade e utilidade, mas respeitar o
autor, ajudando-o a melhorar o seu trabalho e a progredir como autor
•! Nesse sentido, um avaliador que se limite a preencher
grelhas, sem comentar nem justificar os seus julgamentos,
deve ser excluído e remetido para lista negra
•! A decisão de aceitar ou rejeitar um artigo cabe ao editor. O papel do revisor
é fornecer ao editor elementos que sustentem a sua decisão, bem como
propor recomendações que ajudem o autor a melhorar o seu trabalho
5. 2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
•! As avaliações devem ser sempre justificadas, eventualmente
com referências que as apoiem (o revisor deve abster-se de
sugerir referências da sua própria autoria, que poderão
denunciar arrogância ou parcialidade da sua parte)
•! Na maior parte dos casos, a contribuição do revisor é
importante, por representar experiência e competência
no domínio, mas por vezes é útil que, como advogado
do diabo, assuma um papel exterior ao domínio
•! O papel do revisor não é dar largas à sua vaidade e
mostrar como é competente e superior, mas sim
oferecer, discretamente, uma avaliação útil e objectiva
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
•! Um revisor que não seja suficientemente crítico está a prestar um mau
serviço à comunidade, encorajando investigação de má qualidade,
iludindo autores inexperientes, incentivando a progressão de autores
incompetentes, degradando a qualidade do conhecimento tornado
público, incentivando a proliferação de trabalhos que tornam os
processos de revisão insustentáveis. Poderá estar, assim, a contribuir
para um mundo mais ignorante do que aquele em que vivemos
•! Um revisor que seja demasiado crítico pode bloquear o progresso
da investigação, matar à nascença ideias promissoras, prejudicar
carreiras, deixar as revistas e conferências sem nada que publicar.
Em particular, não deverá rejeitar, sem boas razões, trabalhos que
se oponham às ideias correntes e que, por esse motivo, poderão
vir a ser embriões de novos e valiosos desenvolvimentos
6. 2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
•! Deve-se usar um tom civilizado e não insultuoso nas avaliações.
As críticas devem ser dirigidas ao artigo e não ao autor
•! Um revisor deverá evitar, em absoluto, actuar em situação
de conflito de interesses, nomeadamente se for parte
interessada na aprovação ou rejeição de um artigo
•! Um artigo submetido a avaliação é confidencial, pelo que, uma vez
avaliado, deverá ser esquecido. Não poderá ser copiado nem
divulgado. A apropriação, mesmo que subconsciente, de ideias
alheias é uma falta grave, e, neste caso, um abuso de um privilégio
•! Se um revisor não estiver à vontade num tópico em avaliação,
não tiver tempo para avaliar um artigo, ou tiver conflito de
interesses, deverá comunicá-lo de imediato ao editor
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
•! É frequente os autores de artigos para conferências
serem convidados a actuar também como
revisores. Deverão aceitar, a bem do sucesso da
conferência, entendida como evento de partilha
•! Quando um artigo é definitivamente mau e irrecuperável,
não se deve perder tempo a dar sugestões que tentem
melhorá-lo. O papel do revisor é auxiliar o autor, mas não
escrever o artigo por ele. Nesses casos, deve apontar duas
ou três falhas graves e passar ao trabalho seguinte
7. 1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
Classificar artigo numa escala de 1 (fraco)
a 5 (excelente), para os sucessivos itens:
Relevância. É relevante para a conferência ou revista?
Resolve problemas efectivos? De quem? Permite que o
leitor passe a utilizar as propostas? Ou, pelo contrário,
é uma acrobacia intelectual, sem utilidade?
Significado. Altera de forma significativa a visão que temos da
realidade estudada? Ou, pelo contrário, limita-se a retomar
formulações cujo significado está mais do que esclarecido?
Originalidade. Representa um avanço sensível relativamente ao que
já existe? Abre novas perspectivas para a compreensão do tema?
8. 3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
Classificar artigo numa escala de 1 (fraco)
a 5 (excelente), para os sucessivos itens:
Adequação dos métodos de investigação. Em que medida é que
os métodos de investigação adoptados se adequam ao trabalho
realizado? Há inovações na exploração desses métodos?
Adequação dos processos de investigação. O processo usado para
chegar às propostas é cientificamente sólido? Fundamentou-se em teorias
e dados experimentais credíveis? Justificou essa fundamentação?
Análise e interpretação dos dados. Em que medida é que a
análise e interpretação dos dados são adequadas e rigorosas?
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
Classificar artigo numa escala de 1 (fraco)
a 5 (excelente), para os sucessivos itens:
Lógica da argumentação. Em que medida é que a lógica da
argumentação é rigorosa, fluente e acessível aos leitores?
Adequação do título, resumo, introdução e conclusões. O título é
esclarecedor? O resumo satisfaz os requisitos de um resumo? A introdução dá
o enquadramento adequado? As conclusões são objectivas e esclarecedoras?
Profundidade. Explora a temática em profundidades, ou
fica-se por generalidades? Deixa em aberto aspectos de
aplicação ou operacionalização das propostas?
Completude e coerência. Há aspectos importantes que deviam ter sido
incluídos? Há aspectos desnecessários que deviam ter sido omitidos?
9. 1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
1.! Sumário do artigo. Uma a cinco frases. Útil para
o editor, mas também para o próprio revisor.
2.! Relevância, significado e originalidade.
3.! Qualidade do trabalho. Adequação dos métodos, processos e e
análise, lógica da argumentação, adequação do título, resumo,
introdução e conclusão, profundidade, completude e coerência
4.! Recomendação. Aprovação, rejeição, aprovação com reservas. Incluir
justificação da recomendação, para que o editor possa decidir.
5.! Sugestões de melhoramentos. Apenas em caso de aprovação
ou se a decisão de rejeição for acompanhada da sugestão de
posterior re-submissão ou de submissão noutro local.
10. 1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
•! Criação de teoria (empírica)
•! Verificação de teoria (empírica)
•! Estudo conceptual-analítico
•! Proposta de criação de inovação
•! Proposta de avaliação de inovação
•! Artigo de opinião
•! Levantamento do estado da arte
•! Tutorial
(Jarvinen, 2004; Smith, 1990; Wiering, 2006)
11. 1. O PROCESSO DA AVALIAÇÃO!
2. BOAS PRÁTICAS DA AVALIAÇÃO!
3. GRELHAS DE AVALIAÇÃO!
4. O RELATÓRIO DO REVISOR!
5. TIPOS DE ARTIGOS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
6. NOVAS TENDÊNCIAS!
CRÍTICAS À AVALIAÇÃO PELOS PARES:
•! Introduz atrasos excessivos
•! Nem sempre detecta negligência e más condutas
(falsificação, plágio, encobrimento de conflitos de interesses)
•! É prejudicada pela parcialidade dos revisores
•! Pode ser subjectiva e incoerente
•! Incentiva conservadorismo e reprime inovação
•! Prejudica investigação interdisciplinar
•! Sobrecarrega os avaliadores (muitas
submissões de má qualidade)
12. 6. NOVAS TENDÊNCIAS!
EMERGÊNCIA DA “SCHOLARSHIP 2.0”:
•! Circulação dos artigos on-line, em pré-versões, antes da
publicação formal, para recolha aberta dos comentários de uma
população alargada de investigadores (Exemplo: arXiv)
•! Avaliações pós-publicação, eventualmente complementadas com
comentários informais em blogs, redes sociais e plataformas de
recomendação (recommender systems), quer sociais, quer algorítmicas.
•! Avaliação mista: formal, expedita mas rigorosa na pré-
publicação, seguida, na pós-publicação, por avaliações formais
ou informais com base em comentários e/ou classificações
•! Recurso a variantes de crowdsourcing e contagens de
downloads em vez de avaliações formais pelos pares.
FIM
Avaliação
de Artigos
Científicos
UNIVERSIDADE DE AVEIRO - 20 de Maio de 2011
Seninários de Investigação em Didáctica
Programa Doutoral em Didáctica e Formação!
15. ENCONTRO EM ESPAÇO ABERTO!
REGRA DOS DOIS PÉS
Use os dois pés para se movimentar de
acordo com a contribuição que pode dar
QUATRO PRINCÍPIOS
•! Quando começar, é o momento certo
•! Quando acabar, acabou
•! Quem estiver é quem resolve os problemas
•! O que se conseguir é à melhor solução
Owen, H. (1997). Open Space Technology: A User's Guide. Benett-Koechler Publications