3. 1. Afogamento – morte nas primeiras 24 horas
após o incidente de submersão.
Aspiração de líquido não corporal por
submersão ou imersão
2. Quase afogamento – sobrevivência, com ou
sem sequelas, à submersão em meio líquido
atenção médica para evitar complicações de
saúde
4. 3. Afogamento primário: o mais comum, sem
nenhum fator incidental ou patológico que possa ter
desencadeado o acidente.
4. Afogamento secundário: causado por incidente ou
patologia prévia. Ocorre em 13% dos casos:
·Drogas: 36%, normalmente álcool
·Convulsões: 18%
·Traumas: 16%
·Doenças cardiopulmonares (14%)
·Mergulho livre ou autônomo (4%)
·Outros (homicídios, suicídio, cãimbras, etc. – 11%)
5. Se morte por afogamento sem chances de
iniciar ressuscitação, comprovada por tempo
de submersão maior que 1 hora ou sinais
evidentes de morte a mais de 1 hora: rigidez
cadavérica, ou decomposição corporal.
6. Estatísticas mundiais calculam cerca de 150.000 a
500.000 mortes/ano
Um em cada 10 acidentes de submersão resulta em
morte.
O sexo masculino predomina (74%)
65% das vítimas têm menos de 30 anos
1. 1 a 2 anos de idade, predominando os acidentes
domésticos em piscinas ou banheiras
15 e 19 anos, relacionado ao uso de álcool em
ambientes não-domésticos
7. O ponto em comum de todo afogamento é a
hipoxemia
90% das vítimas de afogamento aspiram líquido
nos pulmões 22 ml/kg
Alteração funcional respiratória da relação
ventilação/perfusão alvéolos colabados ou
repletos de líquidos não permitem as trocas
gasosas
as bactérias podem causar infeccção pulmonar
severa
8. O limite superior para recuperação sem sequelas é
de é de cerca de 5 minutos se 12 minutos, quase
sempre leva à morte
Ocorrendo a hipotermia, as chances de
sobrevivência são maiores
11. Submersão prolongada
Ausência ou demora em iniciar SBV,
Acidose metabólica severa (ph <7,1)
Assistolia ao chegar no hospital
Pupilas midriáticas e não-reativas
Escala de coma de Glasgow < 5
Necessidade de manobras de ressuscitação por
mais de 20 minutos
Coma maior que 200 minutos
Submersão em água quente.
12. Respiração espontânea;
água fria <15°C;
suportes básico e avançado de vida
Submersão menor que 3 minutos
Estabilidade hemodinâmica (presença de pulso
e pressão arterial)
Paciente consciente.
13. GRAU 1: Sem tosse ou espuma na boca ou nariz:
mortalidade nula, liberação no local sem necessidade
de atendimento médico.
GRAU 2 – pouca espuma na boca ou nariz:
mortalidade 0,6%; O2 a 5 l/min com cateter nasal,
repouso, aquecimento e observação hospitalar por 6 a
48 hs.
GRAU 3 – grande quantidade de espuma na boca e
nariz; com pulso radial: mortalidade 5,2 %; O2 sob
máscara a 15 l/min; DLD com cabeça mais elevada
que o tronco; remoção para SAV – hospital.
14. GRAU 4 – grande quantidade de espuma na
boca/nariz e sem pulso radial: mortalidade em
torno de 20%; O2 sob máscara a 15 l/min; vigilância
respiratória (pode ocorrer apnéia); DLD;
GRAU 5 – em apneia isolada: mortalidade 44%;
SBV, ventilar, se possível máscara/balão/O2 e
condutas do grau 4, com remoção urgente.
GRAU 6 – em PCR: mortalidade 93%; desfibrilar se
possível
15. A segurança de quem faz o salvamento é o
principal cuidado inicial
Não tentar a ressuscitação dentro d' água
1. Jogar algum objeto para a vítima se apoiar: bóia,
colete salva-vidas, tábuas
2. Rebocar: providenciar cabo para rebocá-la no
objeto flutuante.
3. Remar: use um barco a motor ou a remo,
certificando-se de sua segurança
4. Nadar: somente quando não forem possíveis os
passos anteriores
16. Garantir via aérea permeável e ventilação
adequada forneça oxigênio (02 a 100%)
realizar a manobra de Heimlich se houver
suspeita de corpo estranho obstruindo a via
aérea
17.
18.
19. AÇÃO PARA TODAS AS VÍTIMAS:
·Remover roupas molhadas
· Proteção contra a perda de calor para o
ambiente (ar, vento)
· Aquecer a vítima
· Posição horizontal, DLD
· Evitar movimentos bruscos e atividades em
excesso
· Monitorizar respiração, ritmo cardíaco –
pulso; e temperatura corpórea
22. A vítima de afogamento em parada
cardiorrespiratória requer suporte avançado de
vida, incluindo intubação precoce CPAP
(pressão positiva contínua de via aérea).
podem se apresentar com assistolia, atividade
elétrica sem pulso, taquicardia
ventricular/fibrilação ventricular (FV) DEA
23.
24.
25.
26. Lesões produzidas por eletricidade e radiacão
ionizante
forma de energia (corrente elétrica) que pode
fluir entre dois pontos DDP
flui com maior facilidade condutores
(circuito) isolante
a água excelente condutor tecidos com
muita água sangue, músculos e nervos
27. • Depende de fatores:
1. Condutividade material condutor
2. Intensidade da corrente
3. Circuito percorrido no corpo Gera lesão onde
passa coração fibrilação ventricular
4. Duração da corrente maior duração, maior lesão
5. Natureza da corrente corrente alternada é mais
danosa contrações musculares tetânicas
28. Queimaduras
carbonização da pele e
dos tecidos subjacentes
(necrose de vasos e
músculos )
Fibrilação ventricular
(choque de baixa
voltagem)
Parada cardiopulmonar
lesão dos centros vitais
do bulbo
Fraturas quedas e
colisões da vítima
arremessada
29. 1. Garantir a própria segurança e dos demais presentes na
cena
2. Não tocar na vítima antes de se certificar de que o
circuito já tenha sido interrompido Desligar a chave
geral
3. Chamar a companhia de energia elétrica
4. Orientar a pessoas saltarem do carro sem tocar na terra
30. garantir via aérea com controle cervical
fratura
Iniciar e manter a RCP se forem constatadas
parada cardíaca ou fibrilação ventricular (FV)
Instituir duas vias venosas, porque a vítima pode
evoluir para choque hipovolêmico queimadura
31. curativos estéreis nas queimaduras
imobilização dos membros com fraturas suspeitas
ou diagnosticadas
Remoção para o hospital apropriado CTQ ou
UTI
lesão do próprio rim pela corrente elétrica IRA
reposição volêmica com plasma
tecidos necrosados poderão demandar
debridamento cirúrgico
32. forma de energia existente especialmente
industrial e bélica
Tendem a se acumular
Os tecidos do organismo mais sujeitos as
alterações
Mucosa digestiva e a medula óssea (produtora
dos elementos do sangue).
Incidência de neoplasia (câncer).
33. 1. Vítima Irradiada Recebeu radiações sem
entrar em contato direto com a fonte de
radiação não contamina
2. Vítima Contaminada contato direto com a
fonte de radiação e carrega consigo material
irradiante contamina ambiente e pessoas
através de suor, saliva, fezes, urina e secreções
34. 1. Vítima irradiada
Prestar o atendimento sem maiores precauções
de proteção ambiental e pessoal, guardando
distância segura da fonte de radiação.
2. Vítima Contaminada
EPI usar várias camadas de roupas,
esparadrapo fechando os punhos e tornozelos,
luvas e sacos plásticos sobre os calçados.
Remover vitima de longe da fonte de infecção
Atender em rodízio diminuir exposição
35. A queimadura é uma lesão causada por
agentes térmicos, químicos, elétricos ou
radioativos
Lesão parcial ou total de tecidos tecido
celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
36. As lesões decorrentes de queimadura são
importantes causas de morbidade e mortalidade.
EUA 2,5 milhões de queimadura/ano
BRASIL 1 milhão
50% dos acidentes com queimaduras ocorridas no
ambiente domiciliar.
Mais de 100 mil pacientes queimados são
hospitalizadas todo ano e, aproximadamente, 2,5
mil morrem vítimas de queimaduras.
CEARÁ IJF 4 MIL atendimentos
37. Perda de dias de trabalho
Incapacidades
custos com reabilitação e dano emocional
causado pelas deformidades.
Custo para governo
A queimadura fator socioeconômico é um
dos fatores de risco
38. Unidade fechada com equipe multidisciplinar
especializada no tratamento de pacientes
vítimas de queimadura
diminuição do índice de morbimortalidade
consideravelmente.
CC para manejo de feridas
39. As queimaduras podem ser classificadas
quanto à profundidade e à extensão da lesão.
Avaliar profundidade da queimadura é
importante para avaliar sua gravidade, para
planejar o tratamento da ferida e para prever os
resultados
40.
41. Lesões limitadas à epiderme e manifestam-se
clinicamente através de eritema e dor
moderada
não ocorrendo bolhas e nem comprometimento
dos anexos cutâneos.
Não ocorre fibrose na sua resolução, sendo
essas lesões tratadas através de analgesia com
anti-inflamatórios orais e soluções tópicas
hidratantes.
Exemplo desse tipo de lesão é a queimadura
por exposição solar.
42. comprometer toda a epiderme e a derme
Dor
superfície rosada úmida e com presença de
bolhas, que surgem em torno de 12 a 24h
depois do acidente.
Pode formar cicatrizes
Tendem a cicatrizar em até três semanas com
bom resultado estético.
43. comprometimento de todas as camadas da
pele, podendo, inclusive, atingir o tecido
celular subcutâneo, músculos e ossos
Sua textura é firme, semelhante ao couro, e a
sensibilidade tátil e à pressão encontram-se
diminuídas.
Enxertos
44.
45. determinação do percentual da Superfície
Corporal Queimada (SCQ)
áreas de 2º e 3º grau queimadas
“regra-dos-nove” (regra de Wallace)
regiões anatômicas que representam 9%, ou
múltiplos de 9%
46.
47. utiliza-se a tabela de Lund-Browder sendo
considerado o método mais apurado para
determinação da superfície corpórea queimada
Idade x corpo
48.
49. aumento da permeabilidade capilar local da
área queimada e de áreas não-queimadas
Fluidos para espaço intersticial
perda de eletrólitos e o choque hipovolêmico
Há aumento de necessidades energéticas
alteração do sistema imunológico infecção
50. Parar o processo da queimadura, retirando
objetos que possam perpetuar o processo
(relógio, pulseira, anéis, etc)
Remoção de roupas queimadas ou intactas nas
áreas da queimadura
Avaliar extensão e profundidade da queimadura
Analgesia VO, IM, EV
Hidratação oral ou venosa
51. Aplicação de compressas úmidas
Resfriar agentes aderentes (ex. piche) com água
corrente
Em casos de queimaduras por agentes químicos, irrigar
abundantemente com água corrente de baixo fluxo por
20 mim
Após a limpeza das lesões, os curativos deverão ser
confeccionados.
Queimaduras mais de 20% em adultos ou 10% em
crianças da superfície corporal necessitam de reposição
volêmica.
52. C - Volume Sangüíneo Circulante
Deve-se iniciar a infusão com solução de
Ringer Lactato de acordo com a fórmula:
Peso(kg) x SCQ/8 X 2 a 4 mL de Ringer
Lactato
Avaliar pulso carotídeo
Choque hipovolêmico?
53. Queimado sintomas de dificuldade respiratória
Pode precisar de TOT
1. Queimaduras faciais e/ou cervicais.
2. Depósito de fuligem na orofaringe
3. Escarro carbonado.
4. Rouquidão.
5. História de confusão mental e/ou incêndio em local
fechado.
6. Histórias de explosão com queimaduras de cabeça e
tronco.
7. Níveis sanguíneos de carboxi-hemoglobina maiores
que 50% se o doente foi envolvido em um incêndio.
54. ventilado com máscara facial (Venturi) com
oxigênio a 100% umidificado.
Intoxicação por CO diminui saturação
Monitorar função respiratória e saturação
55. Analisados quanto à resposta neurológica,
através da utilização da Escala de Coma de
Glasgow
Sinais de diminuição do nível de consciência
devido à hipóxia, hipovolemia ou à intoxicação
por monóxido de carbono.
56. Expor paciente para Avaliar extensão das
lesões
Queimados facilmente tornam-se hipotérmicos
hipoperfusão e aprofundamento das lesões
Os doentes devem ser cobertos o mais rápido
possível
57. Consequências clínicas e/ou bioquímicas da
exposição aguda a substâncias químicas
encontradas no ambiente
Ex. (ar, água, alimentos, plantas)
59. Intoxicação aguda constitui importante problema
de saúde pública, particularmente na faixa etária
pediátrica
Medicamentos são os principais agentes
responsáveis
Intoxicações por produtos, pesticidas e produtos
químicos de uso industrial
Lactentes 60% dos casos de intoxicação são
produzidos por medicamentos.
60. intoxicação por pesticidas agropecuários 15-
19 anos (10,6%)
adolescentes em atividades agrícolas
significativa utilização desse grupo de
produtos em tentativas de suicídio.
Produtos domissanitários
adolescente (16%)
crianças de 1 a 4 anos (24,2%)
61. 1. Acidentais
2. Suicídio
3. Homicídio
Não existem muitos antídotos eficazes, sendo
muito importante identificar a substância
responsável
62. Um veneno pode penetrar no organismo por
diversos meios ou vias de administração
1. Ingerido - Ex.: medicamentos, substâncias
químicas industriais, derivados de petróleo,
agrotóxicos, raticidas, formicidas, plantas,
alimentos contaminados (toxinas).
2. Inalado - gases e poeiras tóxicas. Ex.:
monóxido de carbono, colaà base de tolueno
(cola de sapateiro), acetona, GLP (gás de
cozinha)
63. 3. Absorvido - inseticidas, agrotóxicos e outras
substâncias químicas que penetrem no
organismo pela pele ou mucosas.
4. Injetado - toxinas de diversas fontes, como
aranhas, escorpiões, ou drogas injetadas com
seringa e agulha.
64. 1. avaliação clínica inicial;
2. reconhecimento da toxíndrome e
identificação do agente causal;
3. descontaminação;
4. administração de antídotos;
5. tratamento sintomático.
65. verificar se o paciente apresenta algum distúrbio
que represente risco iminente de vida.
Condições circulatórias: pressão arterial, frequência
cardíaca, disritmias ventriculares, insuficiência
cardíaca congestiva e parada cardíaca.
Condições respiratórias: incluem obstrução das vias
aéreas, apnéia, bradipnéia ou taquipnéia intensa e
insuficiência respiratória aguda.
Condições neurológicas: convulsão, pressão
intracraniana aumentada, coma, pupilas fixas e
dilatadas ou mióticas puntiformes e agitação
psicomotora intensa.
66. complexo de sinais e sintomas produzido por
doses tóxicas de substâncias químicas
uma anamnese e um exame físico cuidadoso
1. estimativa da quantidade
2. tempo decorrido desde o acidente até o
atendimento,
3. sintomatologia inicial
4. APH
67. O exame físico deve detalhar usuais características
da pele e das mucosas (temperatura, coloração,
hidratação)
olhos (conjuntiva, pupila, movimentos
extraoculares)
sistema nervoso central (nível de consciência,
escala do coma, estado neuromuscular),
sistema cardiocirculatório (frequência e ritmo
cardíaco, pressão arterial, perfusão)
sistema respiratório (frequência, movimentos
respiratórios, ausculta).
68. Síndrome simpatomimética midríase, distúrbios
psíquicos, hipertensão, taquicardia, piloereção,
hipertermia, sudorese.
Principais agentes: cocaína, anfetamínicos,
descongestionantes nasais, cafeína, teofilina.
Síndrome anticolinesterásica sudorese,
lacrimejamento, salivação, aumento das secreções
brônquicas, miose, bradicardia.
Principais agentes: inseticidas organofosforados,
inseticidas carbamatos, fisostigmina, algumas
espécies de cogumelos.
69. diminuir a exposição do organismo ao tóxico
Reduzir o tempo e/ou a superfície de
exposição
Reduzir a quantidade do agente químico em
contato com o organismo.
Varia de acordo com a via da possível absorção
do tóxico
Não induzir vômito nem “beber leite” (reações
de neutralização)
70. Lavagem gástrica sonda de grosso calibre com
orifícios de dimensões suficientes para permitir
a passagem de fragmentos sólidos
sonda de grosso calibre com orifícios de
dimensões suficientes para permitir a
passagem de fragmentos sólidos
Carvão ativado a administração de carvão
ativado parece ser o melhor procedimento para
descontaminação digestiva
medicamento barato, fácil de usar 1 g/kg,
por via oral, em suspensão aquosa.
eficácia diminui com o tempo
71. Atropina antagonista dos estímulos
colinérgicos
tratamento da intoxicação por inseticidas
organofosforados e carmabatos
crianças são de 0,01-0,05 mg/kg,
preferencialmente por via intravenosa.
Naloxona: medicamento de primeira escolha no
tratamento da intoxicação por opiáceos 0,1
mg/kg EV
72. Diurese medicamentosa aumentar débito
urinário a excreção da substância química
furosemida 0,5 - 1,5 mg/kg, por via parenteral
Diálise peritoneal, hemodiálise intensificar a
remoção do tóxico do organismo.
Alcalinização usada na intoxicação por
aspirina e por barbitúricos
bicarbonato de sódio, 1-2 mEq /kg, em soro
glicosado ou fisiológico, por via intravenosa.