SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 39
Baixar para ler offline
1
Deriva Continental
e
Tectônica de Placas
Prof. Dr. Eder C. Molina
IAGUSP
http://www.iag.usp.br/~eder/deriv.ppt
2
Deriva Continental e Tectônica de Placas
A teoria da tectônica de placas é muito recente, e tem trazido grande
ajuda na compreensão dos fenômenos observados na Terra.
Abraham Ortelius, um elaborador de mapas, em 1596, sugeria que as
Américas tinham sido separadas da Europa e da África por
terremotos e enchentes.
Ortelius afirmava que este fato era evidente se fosse elaborado um
mapa com a junção destes continentes, verificando-se a coerência
entre as linhas de costa.
3
Alfred Wegener
Em 1912, Alfred Wegener, um meteorologista alemão, aos 32 anos de
idade, propunha a teoria da DERIVA CONTINENTAL.
A teoria de DERIVA CONTINENTAL estabelecia que, há ~200
milhões de anos, todas as massas continentais existentes
estavam concentradas em um supercontinente, que ele
denominou de PANGEA.
4
O supercontinente PANGEA
A quebra do supercontinente PANGEA originaria, inicialmente, duas
grandes massas continentais: a Laurásia no hemisfério Norte, e o
Gondwana no Hemisfério Sul, segundo Alexander Du Toit, um dos
defensores da idéia de Wegener.
A Laurásia e o
Gondwana teriam
continuado o processo
de separação, originando
os continentes que
conhecemos na
atualidade.
5
A deriva continental
6
A deriva continental
7
A deriva continental
8
A deriva continental
9
A deriva continental
10
Principais evidências
A teoria de Wegener se apoiava especialmente na similaridade
entre as linhas de costa da América do Sul e África, já notada por
Ortelius; por evidências fornecidas por estruturas geológicas
presentes nos dois continentes, e pela distribuição de fósseis e
plantas em ambos os continentes.
11
Problemas na teoria da deriva
A teoria de Wegener explicava bem a distribuição dos fósseis, o
ajuste das linhas de costa, e as dramáticas mudanças nos climas
observadas em ambos os continentes. Explicava também a
presença de sedimentos de origem glacial em locais onde hoje
temos desertos, no caso da África.
A pergunta fundamental que Wegener não conseguiu responder
foi: “que tipo força conseguiria mover tão grandes massas a tão
grandes distâncias?”
12
A morte de Wegener
Alfred Wegener morreu durante uma expedição meteorológica à
Groenlândia, em 1930. A idéia de comprovar a teoria da deriva
continental ocupou toda a sua vida.
Algumas outras contribuições de Wegener na área diziam respeito à
idade do assoalho oceânico. Ele percebeu que os oceanos mais
rasos eram mais jovens, ou seja, que a crosta oceânica mais
profunda é mais velha. Esta informação foi importante para a
evolução da idéia da deriva continental para a teoria da Tectônica
de Placas.
Uma das últimas fotos de Wegener, em
novembro de 1930, pouco antes de partir para
a sua última expedição, em companhia do
esquimó Rasmus Villumsen.
13
A contestação da teoria
A teoria de Wegener foi muito contestada nos anos seguintes à sua
morte, com o principal ponto negativo sendo o fato de que as
massas continentais não poderiam se movimentar pelos oceanos
da maneira proposta sem se fragmentar inteiramente, o que foi
argumentado por Harold Jeffreys, um renomado sismólogo inglês.
No início da década de 1950, porém, as idéias de Wegener foram
retomadas, face a novas observações e descobertas científicas,
ligadas especialmente aos oceanos. Um novo debate surgiu sobre
as provocativas idéias de Wegener e suas implicações.
14
Deriva Continental e Tectônica de Placas
1912-1915 Teoria da Deriva Continental Wegener
1915-1930 Debates e contestações
1930 Morte de Wegener na Groenlândia
1930-1950 Teoria abandonada nos EUA
1950-1960 Reavivamento da teoria
Exploração do assoalho oceânico Bullard
“Magnetismo fóssil” nas rochas Blackett
Deriva polar Runcorn
1960-1962 Espalhamento do assoalho oceânico Dietz, Hess
Geopoetry
1963 Anomalias magnéticas oceânicas Matthews
associadas ao espalhamento Vine
15
Deriva Continental e Tectônica de Placas
1963-1966 Reversões do campo magnético Cox
Datação de derrames continentais
Datação de sedimentos marinhos
1965-1966 Falhas transformantes
Distribuição de terremotos
1967-1968 Surge a TECTÔNICA DE PLACAS Dietz, Hess
incorporando o espalhamento do
assoalho oceânico e as idéias de
deriva continental
Escala temporal de reversões
1968-1970 Deep Sea Drilling Project Glomar
Geopoetry -> Geofact Challenger
16
A deriva continental rediscutida
Principais descobertas científicas que causaram a retomada da
discussão da idéia de mobilidade dos continentes:
1) verificação do fato de que o assoalho oceânico é jovem e
contém muitas feições fisiográficas;
17
Principais descobertas científicas que causaram a retomada da
discussão da idéia de mobilidade dos continentes:
2) confirmação das reversões geomagnéticas no passado da Terra;
A deriva continental rediscutida
18
Principais descobertas científicas que causaram a retomada da
discussão da idéia de mobilidade dos continentes:
3) aparecimento da
hipótese do
afastamento do
assoalho oceânico
e conseqüente
reciclagem da
crosta oceânica;
A deriva continental rediscutida
19
A deriva continental rediscutida
Principais descobertas científicas que causaram a retomada da
discussão da idéia de mobilidade dos continentes:
4) comprovação científica
da distribuição de
terremotos e vulcanismo
ao longo de trincheiras
oceânicas e cadeias de
montes submarinos.
20
O assoalho oceânico
Durante as guerras mundiais,
muito esforço foi feito para um
mapeamento preciso do fundo
oceânico, resultando em uma
imagem inesperada: um
assoalho “enrugado”, com
montes e depressões, o que foi
constatado quando da
necessidade da implantação de
cabos telegráficos submarinos.
Foram descobertas enormes
cadeias de montanhas
submarinas, situadas no meio
do oceano Atlântico.
A fisiografia do assoalho oceânico
21
O assoalho oceânico
Verificação da idade do assoalho oceânico
Acreditava-se que o assoalho oceânico tinha em média 4 bilhões de
anos, e, portanto, deveria ter uma camada sedimentar bastante
espessa; em 1957, sismólogos no navio USS Atlantis verificaram
que em determinados locais a espessura dos sedimentos era muito
delgada.
22
A magnetização da crosta oceânica
No início da década de 1950, os cientistas utilizaram os
magnetômetros (desenvolvidos na Segunda Guerra Mundial para a
detecção de submarinos) para investigar a crosta oceânica.
Era esperado que o material da crosta oceânica apresentasse
alguma resposta magnética, pois o basalto contém minerais com
características magnéticas.
23
Reversões do campo geomagnético
Já no início do século XX,
os paleomagnetistas
verificaram que as rochas
terrestres podiam ser
classificadas em dois
grupos: as que
apresentavam polaridade
magnética compatível com
a do campo presente, e as
que apresentavam
polarização reversa.
Verificação da existência das reversões do campo geomagnético
24
Reversões do campo geomagnético
A magnetização destas rochas implicava
em um processo que gerasse um padrão
simétrico em relação a um centro de
espalhamento; isto poderia ser explicado
se as rochas estivessem sido formadas
em um centro de espalhamento, onde o
material magnético registraria a direção e
intensidade do campo magnético da
época da formação. As rochas conteriam,
então, um registro do “magnetismo
fóssil” da Terra.
Verificação da existência das reversões do campo geomagnético
25
O espalhamento do assoalho oceânico
A evidência do padrão simétrico de anomalias magnéticas trazia
uma questão importante: “qual o processo de formação da crosta
oceânica que explica este padrão?”
A hipótese do afastamento do assoalho oceânico e conseqüente
reciclagem da crosta oceânica
26
O espalhamento do assoalho oceânico
As teorias da época (1961)
diziam que as dorsais meso-
oceânicas eram zonas de
fraqueza da crosta, onde o
material do manto subjacente
se incorporava às placas,
afastando-as. Este processo,
denominado espalhamento
do assoalho oceânico,
duraria milhões de anos,
formando as cadeias
oceânicas observadas.
A hipótese do espalhamento do assoalho oceânico e conseqüente
reciclagem da crosta oceânica
27
O espalhamento do assoalho oceânico
Fatos que comprovavam a teoria do espalhamento do assoalho
oceânico:
1) As rochas nas proximidades da dorsal são muito jovens,
aumentando sua idade com o afastamento da dorsal;
2) As rochas mais jovens, próximas da dorsal, sempre
apresentavam polaridade positiva (idêntica ao do campo
geomagnético atual);
3) Havia um padrão de magnetização que apresentava simetria em
relação à dorsal (rochas à mesma distância da dorsal apresentavam
polaridade idêntica). Isto mostrava a simetria do espalhamento, e a
freqüência de inversão da magnetização.
28
O espalhamento do assoalho oceânico
Problema: se na dorsal oceânica havia contínua criação de placas, e
não havia evidência de que a Terra estivesse aumentando de
tamanho, em algum lugar deveria estar havendo a destruição de
material.
29
Trincheiras oceânicas
Dois cientistas, Dietz e Hess, postularam que, nas trincheiras
oceânicas (faixas estreitas ao longo do cinturão do Pacífico muito
profundas), a crosta oceânica estaria sendo consumida, em
contraposição com a criação da crosta nas dorsais oceânicas.
30
Terremotos e vulcanismo
Concentração de terremotos e vulcanismo
Com o
desenvolvimento dos
sismógrafos no início
do século XX, os
cientistas perceberam
que os terremotos
concentravam-se
preferencialmente ao
longo das trincheiras
oceânicas e dorsais
meso-oceânicas.
31
A distribuição de terremotos
A implantação da
rede mundial de
sismógrafos, para
detectar explosões
nucleares
clandestinas, trouxe
grande avanço no
conhecimento da
distribuição dos
abalos sísmicos.
32
A tectônica de placas
Nas trincheiras oceânicas,
havia destruição da placa
oceânica; a concentração de
terremotos nestas regiões,
associados a vulcanismo e
evidência de material
oceânico no alto de
montanhas (como no caso
dos Andes, por exemplo), são
evidências deste fato.
Com estes dados, o quadro mostrava-se completo:
33
A tectônica de placas
Nas dorsais oceânicas,
havia a criação de crosta
por acresção de material
do manto às bordas das
placas; esta construção
de placas era evidenciada
pela idade progressiva da
placa ao se afastar da
dorsal, ao padrão
magnético e à
concentração de
terremotos nestas
regiões.
34
Tipos de bordas de placas
MARGENS DE ACRESÇÃO
Nas dorsais oceânicas, há uma
contínua separação entre duas
placas, com acréscimo de material
proveniente do manto às bordas
das placas. É uma região de
constante separação entre as
placas, injeção de novo material e
crescimento lateral das placas.
35
MARGENS DE CONVERGÊNCIA
Local onde duas placas colidem,
havendo a subducção de uma
delas. A elas estão associados
os sismos que ocorrem em
trincheiras oceânicas profundas,
arcos de ilhas e cinturões de
montanhas. No caso de uma das
placas ser oceânica,
normalmente ocorre um
extensivo vulcanismo.
Tipos de bordas de placas
36
MARGENS DE CONSERVAÇÃO
As falhas transformantes são
estruturas presentes nas dorsais
oceânicas, que conectam dois
segmentos da dorsal. Podem
também conectar segmentos de
zonas de subducção, mas o caso
mais frequente é nas cadeias
oceânicas. Neste tipo de margem
de placa, não há criação ou
destruição de placa, há apenas o
deslocamento relativo entre duas
placas.
Tipos de bordas de placas
37
HOT-SPOTS (PONTOS QUENTES)
A maior parte do vulcanismo terrestre está associado aos processos
que ocorrem nas bordas das placas. Alguns pontos específicos são
exceção, como por exemplo, a cadeia vulcânica do Havaí.
Hot Spots
38
Em 1963, Tuzo Wilson, que já havia
descoberto as falhas transformantes,
sugeriu um mecanismo para este
vulcanismo que ocorria fora das
regiões de bordas de placas. Ele
notou que em certas regiões, o
vulcanismo esteve ativo por um longo
período de tempo, e sugeriu que
deveria haver regiões pequenas,
quentes e de longa duração - os
pontos quentes (hot-spots).
Hot Spots
39
Vários hot-spots já foram identificados, a maioria no interior das
placas. Sugere-se que os hot-spots sejam a expressão de grandes
“plumas” de material proveniente da interface manto/núcleo (camada
D”), que atravessam todo o manto e atingem a superfície.
Hot Spots

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Deriva continental.pdf

Deriva dos continentes/ Tectónica de placas
Deriva dos continentes/ Tectónica de placasDeriva dos continentes/ Tectónica de placas
Deriva dos continentes/ Tectónica de placasNome Sobrenome
 
Nº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continentalNº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continentalMINEDU
 
Nº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continentalNº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continentalMINEDU
 
Teoria da expansão oceânica
Teoria da expansão oceânicaTeoria da expansão oceânica
Teoria da expansão oceânicamariana0023
 
Tema I - Teoria Deriva Continental 1ª parte
Tema I - Teoria Deriva Continental  1ª parteTema I - Teoria Deriva Continental  1ª parte
Tema I - Teoria Deriva Continental 1ª parteIsabel Henriques
 
Introd Período Pre Wegener
Introd Período Pre WegenerIntrod Período Pre Wegener
Introd Período Pre Wegenerana mendes
 
Teoria Da Mobilidade Dos Fundos Oceânicos
Teoria Da Mobilidade Dos Fundos OceânicosTeoria Da Mobilidade Dos Fundos Oceânicos
Teoria Da Mobilidade Dos Fundos OceânicosCatir
 
DerivaContinentalTectónicaPlacas....pptx
DerivaContinentalTectónicaPlacas....pptxDerivaContinentalTectónicaPlacas....pptx
DerivaContinentalTectónicaPlacas....pptxmariagrave
 
Deriva Dos Continentes
Deriva Dos Continentes Deriva Dos Continentes
Deriva Dos Continentes pimkiegirl21
 
Deriva dos Continentes
Deriva dos ContinentesDeriva dos Continentes
Deriva dos Continentesspondias
 
Deriva Dos Continentes
Deriva Dos ContinentesDeriva Dos Continentes
Deriva Dos ContinentesNuno Correia
 
Deriva Continental
Deriva ContinentalDeriva Continental
Deriva ContinentalCatir
 
Separação dos continentes
Separação dos continentes Separação dos continentes
Separação dos continentes ruivaz1994
 
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicos
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicosTeoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicos
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicosBárbara Pereira
 
Ap 4 a terra, um planeta em mudança
Ap 4   a terra, um planeta em mudançaAp 4   a terra, um planeta em mudança
Ap 4 a terra, um planeta em mudançaessg
 
Teoria da-mobilidade-do fundo
Teoria da-mobilidade-do fundoTeoria da-mobilidade-do fundo
Teoria da-mobilidade-do fundoLeonardo Alves
 
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5Leonardo Alves
 

Semelhante a Deriva continental.pdf (20)

Deriva dos continentes/ Tectónica de placas
Deriva dos continentes/ Tectónica de placasDeriva dos continentes/ Tectónica de placas
Deriva dos continentes/ Tectónica de placas
 
Nº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continentalNº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continental
 
Nº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continentalNº 5 deriva continental
Nº 5 deriva continental
 
Teoria da expansão oceânica
Teoria da expansão oceânicaTeoria da expansão oceânica
Teoria da expansão oceânica
 
Tema I - Teoria Deriva Continental 1ª parte
Tema I - Teoria Deriva Continental  1ª parteTema I - Teoria Deriva Continental  1ª parte
Tema I - Teoria Deriva Continental 1ª parte
 
Introd Período Pre Wegener
Introd Período Pre WegenerIntrod Período Pre Wegener
Introd Período Pre Wegener
 
DERIVA CONTINENTAL.ppt
DERIVA CONTINENTAL.pptDERIVA CONTINENTAL.ppt
DERIVA CONTINENTAL.ppt
 
Teoria Da Mobilidade Dos Fundos Oceânicos
Teoria Da Mobilidade Dos Fundos OceânicosTeoria Da Mobilidade Dos Fundos Oceânicos
Teoria Da Mobilidade Dos Fundos Oceânicos
 
Estruturadaterra
EstruturadaterraEstruturadaterra
Estruturadaterra
 
DerivaContinentalTectónicaPlacas....pptx
DerivaContinentalTectónicaPlacas....pptxDerivaContinentalTectónicaPlacas....pptx
DerivaContinentalTectónicaPlacas....pptx
 
Deriva Dos Continentes
Deriva Dos Continentes Deriva Dos Continentes
Deriva Dos Continentes
 
Deriva dos Continentes
Deriva dos ContinentesDeriva dos Continentes
Deriva dos Continentes
 
Deriva Dos Continentes
Deriva Dos ContinentesDeriva Dos Continentes
Deriva Dos Continentes
 
Deriva Continental
Deriva ContinentalDeriva Continental
Deriva Continental
 
Separação dos continentes
Separação dos continentes Separação dos continentes
Separação dos continentes
 
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicos
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicosTeoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicos
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-oceânicos
 
Ap 4 a terra, um planeta em mudança
Ap 4   a terra, um planeta em mudançaAp 4   a terra, um planeta em mudança
Ap 4 a terra, um planeta em mudança
 
Tectonica de placas
Tectonica de placasTectonica de placas
Tectonica de placas
 
Teoria da-mobilidade-do fundo
Teoria da-mobilidade-do fundoTeoria da-mobilidade-do fundo
Teoria da-mobilidade-do fundo
 
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5
Teoria da-mobilidade-dos-fundos-ocenicos-1193668347603255-5
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 

Deriva continental.pdf

  • 1. 1 Deriva Continental e Tectônica de Placas Prof. Dr. Eder C. Molina IAGUSP http://www.iag.usp.br/~eder/deriv.ppt
  • 2. 2 Deriva Continental e Tectônica de Placas A teoria da tectônica de placas é muito recente, e tem trazido grande ajuda na compreensão dos fenômenos observados na Terra. Abraham Ortelius, um elaborador de mapas, em 1596, sugeria que as Américas tinham sido separadas da Europa e da África por terremotos e enchentes. Ortelius afirmava que este fato era evidente se fosse elaborado um mapa com a junção destes continentes, verificando-se a coerência entre as linhas de costa.
  • 3. 3 Alfred Wegener Em 1912, Alfred Wegener, um meteorologista alemão, aos 32 anos de idade, propunha a teoria da DERIVA CONTINENTAL. A teoria de DERIVA CONTINENTAL estabelecia que, há ~200 milhões de anos, todas as massas continentais existentes estavam concentradas em um supercontinente, que ele denominou de PANGEA.
  • 4. 4 O supercontinente PANGEA A quebra do supercontinente PANGEA originaria, inicialmente, duas grandes massas continentais: a Laurásia no hemisfério Norte, e o Gondwana no Hemisfério Sul, segundo Alexander Du Toit, um dos defensores da idéia de Wegener. A Laurásia e o Gondwana teriam continuado o processo de separação, originando os continentes que conhecemos na atualidade.
  • 10. 10 Principais evidências A teoria de Wegener se apoiava especialmente na similaridade entre as linhas de costa da América do Sul e África, já notada por Ortelius; por evidências fornecidas por estruturas geológicas presentes nos dois continentes, e pela distribuição de fósseis e plantas em ambos os continentes.
  • 11. 11 Problemas na teoria da deriva A teoria de Wegener explicava bem a distribuição dos fósseis, o ajuste das linhas de costa, e as dramáticas mudanças nos climas observadas em ambos os continentes. Explicava também a presença de sedimentos de origem glacial em locais onde hoje temos desertos, no caso da África. A pergunta fundamental que Wegener não conseguiu responder foi: “que tipo força conseguiria mover tão grandes massas a tão grandes distâncias?”
  • 12. 12 A morte de Wegener Alfred Wegener morreu durante uma expedição meteorológica à Groenlândia, em 1930. A idéia de comprovar a teoria da deriva continental ocupou toda a sua vida. Algumas outras contribuições de Wegener na área diziam respeito à idade do assoalho oceânico. Ele percebeu que os oceanos mais rasos eram mais jovens, ou seja, que a crosta oceânica mais profunda é mais velha. Esta informação foi importante para a evolução da idéia da deriva continental para a teoria da Tectônica de Placas. Uma das últimas fotos de Wegener, em novembro de 1930, pouco antes de partir para a sua última expedição, em companhia do esquimó Rasmus Villumsen.
  • 13. 13 A contestação da teoria A teoria de Wegener foi muito contestada nos anos seguintes à sua morte, com o principal ponto negativo sendo o fato de que as massas continentais não poderiam se movimentar pelos oceanos da maneira proposta sem se fragmentar inteiramente, o que foi argumentado por Harold Jeffreys, um renomado sismólogo inglês. No início da década de 1950, porém, as idéias de Wegener foram retomadas, face a novas observações e descobertas científicas, ligadas especialmente aos oceanos. Um novo debate surgiu sobre as provocativas idéias de Wegener e suas implicações.
  • 14. 14 Deriva Continental e Tectônica de Placas 1912-1915 Teoria da Deriva Continental Wegener 1915-1930 Debates e contestações 1930 Morte de Wegener na Groenlândia 1930-1950 Teoria abandonada nos EUA 1950-1960 Reavivamento da teoria Exploração do assoalho oceânico Bullard “Magnetismo fóssil” nas rochas Blackett Deriva polar Runcorn 1960-1962 Espalhamento do assoalho oceânico Dietz, Hess Geopoetry 1963 Anomalias magnéticas oceânicas Matthews associadas ao espalhamento Vine
  • 15. 15 Deriva Continental e Tectônica de Placas 1963-1966 Reversões do campo magnético Cox Datação de derrames continentais Datação de sedimentos marinhos 1965-1966 Falhas transformantes Distribuição de terremotos 1967-1968 Surge a TECTÔNICA DE PLACAS Dietz, Hess incorporando o espalhamento do assoalho oceânico e as idéias de deriva continental Escala temporal de reversões 1968-1970 Deep Sea Drilling Project Glomar Geopoetry -> Geofact Challenger
  • 16. 16 A deriva continental rediscutida Principais descobertas científicas que causaram a retomada da discussão da idéia de mobilidade dos continentes: 1) verificação do fato de que o assoalho oceânico é jovem e contém muitas feições fisiográficas;
  • 17. 17 Principais descobertas científicas que causaram a retomada da discussão da idéia de mobilidade dos continentes: 2) confirmação das reversões geomagnéticas no passado da Terra; A deriva continental rediscutida
  • 18. 18 Principais descobertas científicas que causaram a retomada da discussão da idéia de mobilidade dos continentes: 3) aparecimento da hipótese do afastamento do assoalho oceânico e conseqüente reciclagem da crosta oceânica; A deriva continental rediscutida
  • 19. 19 A deriva continental rediscutida Principais descobertas científicas que causaram a retomada da discussão da idéia de mobilidade dos continentes: 4) comprovação científica da distribuição de terremotos e vulcanismo ao longo de trincheiras oceânicas e cadeias de montes submarinos.
  • 20. 20 O assoalho oceânico Durante as guerras mundiais, muito esforço foi feito para um mapeamento preciso do fundo oceânico, resultando em uma imagem inesperada: um assoalho “enrugado”, com montes e depressões, o que foi constatado quando da necessidade da implantação de cabos telegráficos submarinos. Foram descobertas enormes cadeias de montanhas submarinas, situadas no meio do oceano Atlântico. A fisiografia do assoalho oceânico
  • 21. 21 O assoalho oceânico Verificação da idade do assoalho oceânico Acreditava-se que o assoalho oceânico tinha em média 4 bilhões de anos, e, portanto, deveria ter uma camada sedimentar bastante espessa; em 1957, sismólogos no navio USS Atlantis verificaram que em determinados locais a espessura dos sedimentos era muito delgada.
  • 22. 22 A magnetização da crosta oceânica No início da década de 1950, os cientistas utilizaram os magnetômetros (desenvolvidos na Segunda Guerra Mundial para a detecção de submarinos) para investigar a crosta oceânica. Era esperado que o material da crosta oceânica apresentasse alguma resposta magnética, pois o basalto contém minerais com características magnéticas.
  • 23. 23 Reversões do campo geomagnético Já no início do século XX, os paleomagnetistas verificaram que as rochas terrestres podiam ser classificadas em dois grupos: as que apresentavam polaridade magnética compatível com a do campo presente, e as que apresentavam polarização reversa. Verificação da existência das reversões do campo geomagnético
  • 24. 24 Reversões do campo geomagnético A magnetização destas rochas implicava em um processo que gerasse um padrão simétrico em relação a um centro de espalhamento; isto poderia ser explicado se as rochas estivessem sido formadas em um centro de espalhamento, onde o material magnético registraria a direção e intensidade do campo magnético da época da formação. As rochas conteriam, então, um registro do “magnetismo fóssil” da Terra. Verificação da existência das reversões do campo geomagnético
  • 25. 25 O espalhamento do assoalho oceânico A evidência do padrão simétrico de anomalias magnéticas trazia uma questão importante: “qual o processo de formação da crosta oceânica que explica este padrão?” A hipótese do afastamento do assoalho oceânico e conseqüente reciclagem da crosta oceânica
  • 26. 26 O espalhamento do assoalho oceânico As teorias da época (1961) diziam que as dorsais meso- oceânicas eram zonas de fraqueza da crosta, onde o material do manto subjacente se incorporava às placas, afastando-as. Este processo, denominado espalhamento do assoalho oceânico, duraria milhões de anos, formando as cadeias oceânicas observadas. A hipótese do espalhamento do assoalho oceânico e conseqüente reciclagem da crosta oceânica
  • 27. 27 O espalhamento do assoalho oceânico Fatos que comprovavam a teoria do espalhamento do assoalho oceânico: 1) As rochas nas proximidades da dorsal são muito jovens, aumentando sua idade com o afastamento da dorsal; 2) As rochas mais jovens, próximas da dorsal, sempre apresentavam polaridade positiva (idêntica ao do campo geomagnético atual); 3) Havia um padrão de magnetização que apresentava simetria em relação à dorsal (rochas à mesma distância da dorsal apresentavam polaridade idêntica). Isto mostrava a simetria do espalhamento, e a freqüência de inversão da magnetização.
  • 28. 28 O espalhamento do assoalho oceânico Problema: se na dorsal oceânica havia contínua criação de placas, e não havia evidência de que a Terra estivesse aumentando de tamanho, em algum lugar deveria estar havendo a destruição de material.
  • 29. 29 Trincheiras oceânicas Dois cientistas, Dietz e Hess, postularam que, nas trincheiras oceânicas (faixas estreitas ao longo do cinturão do Pacífico muito profundas), a crosta oceânica estaria sendo consumida, em contraposição com a criação da crosta nas dorsais oceânicas.
  • 30. 30 Terremotos e vulcanismo Concentração de terremotos e vulcanismo Com o desenvolvimento dos sismógrafos no início do século XX, os cientistas perceberam que os terremotos concentravam-se preferencialmente ao longo das trincheiras oceânicas e dorsais meso-oceânicas.
  • 31. 31 A distribuição de terremotos A implantação da rede mundial de sismógrafos, para detectar explosões nucleares clandestinas, trouxe grande avanço no conhecimento da distribuição dos abalos sísmicos.
  • 32. 32 A tectônica de placas Nas trincheiras oceânicas, havia destruição da placa oceânica; a concentração de terremotos nestas regiões, associados a vulcanismo e evidência de material oceânico no alto de montanhas (como no caso dos Andes, por exemplo), são evidências deste fato. Com estes dados, o quadro mostrava-se completo:
  • 33. 33 A tectônica de placas Nas dorsais oceânicas, havia a criação de crosta por acresção de material do manto às bordas das placas; esta construção de placas era evidenciada pela idade progressiva da placa ao se afastar da dorsal, ao padrão magnético e à concentração de terremotos nestas regiões.
  • 34. 34 Tipos de bordas de placas MARGENS DE ACRESÇÃO Nas dorsais oceânicas, há uma contínua separação entre duas placas, com acréscimo de material proveniente do manto às bordas das placas. É uma região de constante separação entre as placas, injeção de novo material e crescimento lateral das placas.
  • 35. 35 MARGENS DE CONVERGÊNCIA Local onde duas placas colidem, havendo a subducção de uma delas. A elas estão associados os sismos que ocorrem em trincheiras oceânicas profundas, arcos de ilhas e cinturões de montanhas. No caso de uma das placas ser oceânica, normalmente ocorre um extensivo vulcanismo. Tipos de bordas de placas
  • 36. 36 MARGENS DE CONSERVAÇÃO As falhas transformantes são estruturas presentes nas dorsais oceânicas, que conectam dois segmentos da dorsal. Podem também conectar segmentos de zonas de subducção, mas o caso mais frequente é nas cadeias oceânicas. Neste tipo de margem de placa, não há criação ou destruição de placa, há apenas o deslocamento relativo entre duas placas. Tipos de bordas de placas
  • 37. 37 HOT-SPOTS (PONTOS QUENTES) A maior parte do vulcanismo terrestre está associado aos processos que ocorrem nas bordas das placas. Alguns pontos específicos são exceção, como por exemplo, a cadeia vulcânica do Havaí. Hot Spots
  • 38. 38 Em 1963, Tuzo Wilson, que já havia descoberto as falhas transformantes, sugeriu um mecanismo para este vulcanismo que ocorria fora das regiões de bordas de placas. Ele notou que em certas regiões, o vulcanismo esteve ativo por um longo período de tempo, e sugeriu que deveria haver regiões pequenas, quentes e de longa duração - os pontos quentes (hot-spots). Hot Spots
  • 39. 39 Vários hot-spots já foram identificados, a maioria no interior das placas. Sugere-se que os hot-spots sejam a expressão de grandes “plumas” de material proveniente da interface manto/núcleo (camada D”), que atravessam todo o manto e atingem a superfície. Hot Spots