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Paulo Emerson de O Pereira
Integração e Inteligência em Informações de Negócios
Interroperação de Sistemas Aplicativos
Universidade do Sul de Santa Catarina
Brasília (DF)
2007
Paulo Emerson de O Pereira
Integração e Inteligência em Informações de Negócios
Interoperação de Sistemas Aplicativos
Monografia apresentada ao curso de especialização em
Implantação de Software Livre, como requisito parcial à
obtenção do grau de especialista em Implantação de
Software Livre com habilitação ao Magistério Superior.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Orientador(es) : Mestre Luiz Otávio Botelho Lento
Brasília (DF)
2007
RESUMO
A presente monografia trata de um grande dilema nas organizações privadas e
públicas, principalmente quando tratam de qual método escolher para a atualização de
sistemas, integração de informações, construção da sala decisão ou “sala de cenário de
riscos”, através da necessidade da integração e interroperabilidade de sistemas. Partindo das
diversas soluções existentes de Bussines Inteligence - BI, CRP, ERP, SAP, ETL, DataWare
House, Data Miner e Data Marts, legado de sistemas e plataformas de dados de diferentes
épocas e de uma pluraridade de plataformas sistêmicas e métodos de construção de soluções,
atualmente temos o desafio de integrar, interroperar e automatizar o ciclo de vida do negócio;
não tão somente da informação ou do dado puro. O maior paradigma não é atualizar as
aplicações ou migrá-las de plataformas, mas sim não extraviar ou perder dados, informações e
regras de negócios dos diversos momentos econômicos existentes; defender a evolução da
tecnologia é fundamental para o desenvolvimento intelectual da sociedade, entretanto permitir
o aumento do estreitamento das informações e da complexidade dos mundos sociais
existentes ainda é um desafio maior, pois a tecnologia não possui somente o dever de
evolução, mas também o da preservação e do equilíbrio social entre agentes sociais,
economia, política e sociedade.
Palavras-chave: Monografia; integração de informações, interroperabilidade, BI,
Data Marts, Dataware House, Dataminings, SOA, ETL, EIS, sala de cenário de riscos, sala de
decisão.
ABSTRACT
This monograph deals with a great dilemma in private and public organizations,
especially when dealing with which method to choose for system upgrade, information
integration, decision room construction or "risk scenario room", through the need of
interoperability of systems. Based on the diverse existing solutions of Bussines Inteligence -
BI, CRP, ERP, SAP, ETL, DataWare House, Data Miner and Data Marts, legacy systems and
data platforms of different epochs and a plurality of system platforms and construction
methods solutions, we currently have the challenge of integrating, interoperating and
automating the business life cycle; not just information or pure data. The biggest paradigm is
not updating the applications or migrating them from platforms, but rather not losing or losing
data, information and business rules of the various economic moments; to defend the
evolution of technology is fundamental to the intellectual development of society, but to allow
for an increase in the narrowing of information and the complexity of existing social worlds is
still a major challenge, since technology has not only the duty of evolution, but also that of
preservation and social balance between social agents, economy, politics and society.
Keywords: Monograph; interoperability, BI, Data Marts, Dataware House, ETL,
EIS, risk scenario room, decision room.
Sumário
1. O que é integração e interroperação de sistemas e negócios e as dificuldades
tecnológicas, políticas e econômicas...........................................................................................I
1.1. As necessidades existentes em uma organização para a construção de indicadores
de situação e risco...................................................................................................................... II
1.2. As tecnologias existentes e as propostas de implantação e implementação.........III
1.2.1. Enterprise Resourcing Planning - ERP..................................................................V
1.2.1.1. Quais as vantagens do ERP? .................................................................................V
1.2.1.2. Quais as desvantagens do ERP?............................................................................V
1.2.2. CRM .....................................................................................................................VI
1.2.3. SAP..................................................................................................................... VII
1.2.4. Sistemas de Apoio a Decisão - SAD .................................................................VIII
1.2.5. Sistema Executivo de Informações - Executive Information Systems - EIS..........X
1.2.6. Alto custo, implementação e implantação.......................................................... XII
1.3. As dificuldades operacionais de acesso às informações................................................. XII
1.3.1. Os OLAP, Datawere houses, Data Minings, Datamart's, BI, Metadados e ETL o que
são, como utilizá-los e qual é o melhor? ...............................................................................XIII
1.3.1.1. OLAP.................................................................................................................XIII
1.3.1.1.1. Consultas ad-hoc ...............................................................................................XIII
1.3.1.1.2. Slice-and-Dice ...................................................................................................XIII
1.3.1.1.3. Drill Down/Up...................................................................................................XIII
1.3.1.1.4. Geração de Queries............................................................................................XIV
1.3.1.2. Data Warehouses...............................................................................................XIV
1.3.1.3. DATA MININGS............................................................................................... XV
1.3.1.4. DATA MARTS .................................................................................................XVI
1.3.1.5. BUSINESS INTELLIGENCE - BI........................................................................... XVII
1.3.1.6. METADADOS..................................................................................................XXI
1.3.1.7. Extration, Transformation and Load - ETL....................................................XXIII
1.3.2. Qual é o melhor?.............................................................................................XXVI
1.4. A necessidade de integrar e interoperar negócios, processos e sistemas de diferentes
épocas. ...............................................................................................................................XXVII
1.5. Como quebrar o paradigma da modernização de evoluir sem perdas financeiras, humanas
e negociais .........................................................................................................................XXVII
2. Histórico da integração de negócios e processos..................................................... XXVIII
2.1.1. A Evolução da Tecnologia .............................................................................XXIX
2.2. A criação dos segmentos especializados e seus vales escuros ........................ XXX
2.3. O ETL bancário e a criação das regras de interoperações de dados...............XXXI
2.4. A necessidade Atual de integração de negócios e sistemas de diferentes épocas,
como fazer?XXXII
2.5. Os padrões brasileiros de e-GOV, e-PING e Guia Livre ............................XXXIV
2.6. A Arquitetura Referencial de Interroperação e seu funcionamento ............. XXXV
2.6.1. Em que se baseia a Arquitetura Referencial................................................. XXXV
2.6.2. O que são Sistemas Gestores de Serviço? O que são Sistemas Clientes? ...XXXVI
2.6.3. A Arquitetura Referencial de Interroperação .............................................XXXVII
2.6.4. A Arquitetura Referencial de Interoperação e seu funcionamento.............XXXVII
2.6.4.1. Componentes da AR...................................................................................XXXVII
2.6.5. Adesão a AR................................................................................................XXXIX
2.7. Indicador utilizando na gestão da interoperação de sistemas informatizados de
Governo. XL
2.8. A Arquitetura Referencial de Interoperação em implementação no Sistema de
Integração e Inteligência em Informações de Governo, i³Gov.............................................. XLI
2.8.1. Funcionalidades previstas no i³Gov.................................................................XLIII
2.8.1.1. Invocação do WebService ...............................................................................XLIII
2.8.1.2. Documentação Padronizada dos dados disponíveis e Processos de Negócio XLIV
2.8.1.3. Extração Parametrizada de Dados .................................................................. XLIV
2.8.1.4. Atualização do ODS ou disponibilidade dos dados ....................................... XLIV
2.8.1.5. Monitoramento e Contabilidade de Serviço ................................................... XLIV
2.8.1.6. Composição de Informações (Serviços)......................................................... XLIV
2.8.1.7. Disponibilização de Serviço.............................................................................XLV
2.8.1.8. Cadastramento de Serviços / Gerenciamento ...................................................XLV
2.8.1.9. Habilitação no Serviço......................................................................................XLV
2.8.1.10. Repositório de Integração Transitória ..............................................................XLV
2.8.2. Expectativas do uso de um padrão de Arquitetura ...........................................XLV
2.9. A necessidade da socialização do conhecimento ..........................................XLVII
3. O futuro da sociedade, tecnologia e seus legados ....................................................XLVIII
3.1. As possibilidades............................................................................................ XLIX
4. Conclusão .......................................................................................................................... L
5. Glossário...........................................................................................................................LI
6. Bibliografia......................................................................................................................LII
I
1. O que é integração e interroperação de sistemas e negócios e as
dificuldades tecnológicas, políticas e econômicas.
A integração é uma necessidade existente em todos os segmentos de negócio, pois
toda e qualquer atividade possui dependências processuais e negociais de outras atividades,
por exemplo: para comermos um pão francês dependemos da padaria, poder financeiro,
padeiro, vendedor, transportador, transportadora, combustível, montadora de veículos,
carregador, produtor de trigo, importadores, comerciantes, situação da econômica e da
economia; enfim a linha de produção e dos agentes envolvidos desde o plantio do trigo até a
produção do pão envolve uma gama infinita de pessoas e negócios interdependentes;
entretanto cada agente desta produção está integrado com outras ações e processos, que nem
sempre possuem as informações ou insumos necessários para a execução de suas atividades,
estas pequenas pontes de contato entre serviços são chamadas de integrações necessárias que
interligam tarefas ou processos diferentes que dependem entre si para a execução da tarefa.
A interoperação ocorre quando estes pequenos processos trocam as informações
ou insumos produzidos entre si, estes podem ser transparentes como o trabalho pelo dinheiro,
e este dinheiro por serviços ou produtos, neste caso temos uma linguagem e uma regra clara
para este tipo de transação, pelo fato de ser altamente utilizada, difundida e conhecida, para
nós é um processo comum, mas temos estas interoperações presentes nos diversos processos
negociais e comerciais existentes, expandindo este conceito temos estas interoperações
ocorrendo entre aplicativos ou softwares aplicativos de maneira mecânica, semi-automática e
automática e principalmente desordenada.
Dentro do mercado tecnológico, muitas empresas utilizam tecnologias
consolidadas para o provimento de soluções ERP, SAP, CRM, e outras para o melhor controle
e aferição do que processa até ao que se produz, buscando assim constituir melhores
indicadores que apontem as tendências para melhor atender as expectativas de mercado.
A maioria destas soluções exigem, a necessidade de uma mesma plataforma,
banco de dados corporativo centralizado, mesma estrutura operacional e de preferência um só
aplicativo que execute desde a captação ou recepção inicial dos insumos até ao
acompanhamento gerencial das informações. O alto custo para integrar, a grande dificuldade
em conhecer todo o processo e visualizá-lo, os interesses em manter as informações e dados
desagrupados e desordenados, inviabilizam significativamente a integração das soluções, pois
II
o interesse em manter os feudos de negócio e a troca remunerada de informações ainda
constitui um grande negócio no mundo.
Os agentes, clientes, sistemas e negócios envolvidos não percebem o valor do
prejuízo acumulado, quando demoram a adotar ou determinar uma decisão crucial para o
crescimento econômico da organização, do órgão ou do país; atualmente a necessidade de
informações gerenciais que auxiliem a tomada de decisão para investimento têm sido motivos
de preocupação dos gestores para determinar os marcos e objetivos para o melhor sucesso dos
investimentos estratégicos e futuros.
Interoperabilidade não é somente integração de sistemas nem somente integração
de redes. Não referencia unicamente troca de dados entre sistemas e não contempla
simplesmente definição de tecnologia.
É, na verdade, a soma de todos esses fatores, considerando, também, a existência
de um legado de sistemas, de plataformas de hardware e software instaladas. Parte de
princípios que tratam da diversidade de componentes, com a utilização de produtos diversos
de fornecedores distintos. Tem por meta a consideração de todos os fatores para que os
sistemas possam atuar cooperativamente, fixando as normas, as políticas e os padrões
necessários para consecução desses objetivos.
Para que se conquiste a interoperabilidade, as pessoas devem estar engajadas
num esforço contínuo para assegurar que sistemas, processos e culturas de uma organização
sejam gerenciados e direcionados para maximizar oportunidades de troca e reuso de
informações, interna e externamente para a organização, promovendo assim a melhor
comunicação entre os diversos níveis e segmentos negociais, operacionais, econômicos e
políticos.
1.1.As necessidades existentes em uma organização para a construção de
indicadores de situação e risco.
Há algum tempo as empresas tem buscado constantemente a redução dos custos
e aumento expressivo da produtividade, seja através da constante melhoria e readaptação dos
processos de produção ou dos passos de execução para solução de problemas.
III
Estes procedimentos não são suficientes para mensurar ou quantificar os ganhos,
dentre as métricas, estatísticas, e as diversas comparações ainda faltam o corte transversal do
dado, da informação e do negócio, nem sempre estas inferências retratam eficazmente a visão
desejada ou esperada pelo empreendedor ou órgão responsável por este desenvolvimento.
Imaginem a possibilidade de em tempo de execução agrupar diferentes dados
que modificam o resultado de uma ação, que possua diversos atores, envolvidos e agentes?
Entretanto, neste contexto temos diversos negócios, sistemas, aplicativos, arquiteturas e
principalmente diferentes momentos econômicos.
Nesta época as grandes soluções corporativas apontavam para sistemas únicos,
bases centralizadas, e processos mapeados e organizados da mesma forma; quando isso era
resultado para uma única organização a solução é possível, promovendo a evolução demissão
de diversos funcionários, requalificando-os e renovando o quadro para as novas necessidades.
Agora se tentamos viabilizar o mesmo tipo de ação para diferentes nichos negociais, é
possível auferirmos êxito para criação de indicadores, sim mas qual será os outros problemas
e dificuldades que serão criados? Como medir este indicador ou estimá-lo antes de adotarmos
esta solução.
Passamos a verificar que o cenário não é tão simples e prático, entretanto
necessária, quais são as soluções existentes e como melhor utilizá-las para não termos o ciclo
vicioso e honeroso para os agentes participes desta mudança e quebra de paradígma?
Principalmente sem promover o monopólio de soluções o que retardaria consideravelmente o
desenvolvimento tecnológico.
1.2. As tecnologias existentes e as propostas de implantação e implementação.
Toda organização quando busca maximizar os acertos, buscando
originalmente o aumento da lucratibilidade, inconscientemente atinge outros segmentos
que não estão associados diretamente à produção em questão, conseguindo manter o
equilíbrio do ecosistema do qual participa por mais tempo, dando tempo inclusive para
que os recursos naturais se reestabeleçam, mantendo assim o ciclo da produção.
IV
Entretanto com a atual cultura da evolução desordenada não utilizamos o
máximo que cada tecnologia e metodologia nos apresentam nos tornando consumistas
exarcebados dos recursos naturais, do capital e das tecnologias, sem aproveitarmos o
máximo de cada momento tecnológico.
Ao observar os conceitos de CRM, ERP, SAP, SAD e EIS através dos artigos
do Sr.Ivã Cielo, percebemos que as tecnologias e métodos buscam apresentar uma forma
de conhecermos aos processos organizacionais, a forma de produção, a construção de
indicadores para otimização dos processos e da visão contábil de custos de serviços, ou
seja quanto precisamos nos esforçar para atingir um determinado resultado.
Administrativamente, temos que possuir as informações de quando, como,
onde e quanto de recursos naturais, de maquinário, de recursos humanos, de conhecimento
e de experiências, tudo isso para identificar a melhor forma de investir e desenvolver o
negócio da organização.
Quando abordamos organização não perfilamos se esta é pública ou privada,
mas inferimos o conceito de resultado da organização privada para a pública, esta tem o
dever de manter a sociedade de acordo com a autonomia de Estado que possui, em nosso
caso de manter a União Federativa, conceito da governabilidade, autonomia e nação.
Não existe um método que contemple toda a necessidade da visualização de
uma organização, principalmente quando no discurso da implementação ou no
levantamento do conhecimento da necessidade do negócio são colocados que: a solução
adotada necessita de uma determinada plataforma operacional e sistêmica, necessita de
ampla recapacitação profissional e que consequentemente reduzirá o quadro dos
colaboradores da organização, não precisamos aqui inferenciar os desdobramentos
organizacionais e as perdas do conhecimento que acontecem com estas posições
arbitrárias.
Para minimizar estas perdas de conhecimento buscamos utililizar o melhor
que cada método apresenta e tentar aglutinar este conceito em uma estrutura de portal de
apoio a decisão ou de informações executivas, não descontinuamos as práticas existentes e
nem promovemos uma nova tecnologia, mas sim utilizamos a experiência da melhor
prática de cada uma, com os melhores resultados e consolidamos o resultado dos serviços
para alavancar o desenvolvimento organizacional com a contribuição ativa de cada uma
dos colabores ativos na organização, agregando ao profissional um valor de significado
social prático à sua atividade.
V
Tecnologicamente quando observamos a pluraridade de sistemas, negócios,
tecnoligias e legados sistêmicos envolvidos esbarraremos na qualidade da informação
como resolver este degrau? Estruturando uma forma de protocolo, ou linguagem universal
de comunicação, para isso utilizamos as estruturas XML
1.2.1. Enterprise Resourcing Planning - ERP
Planejamento (ou planeamento, em Portugal) de Recursos Empresariais) são
sistemas de informações transacionais(OLTP) cuja função é armazenar, processar e organizar
as informações geradas nos processos organizacionais agregando e estabelecendo relações de
informação entre todas as áreas de uma organização.
Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para
integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e
armazenamento de todas as informações de negócios.
1.2.1.1.Quais as vantagens do ERP?
Algumas das vantagens da implementação de um ERP numa empresa são:
 Eliminar o uso de interfaces manuais
 Redução de custos
 Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro
da organização (eficiência)
 Otimizar o processo de tomada de decisão
 Eliminar a redundância de actividades
 Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado
 Reduz as incertezas do lead-time
1.2.1.2.Quais as desvantagens do ERP?
Algumas das desvantagens da implementação de um ERP numa empresa são:
 A utilização do ERP por si só não torna uma empresa
verdadeiramente integrada
 Altos custos que muitas vezes não comprovam o custo/benefício
 Dependência do fornecedor do pacote
 Adoção de best practices aumenta o grau de imitação e
padronização entre as empresas de um segmento
VI
 Cortes de pessoal, que gera problema social
 Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada
departamento depende das informações do módulo anterior, por
exemplo. Logo, as informações têm que serem constantemente
atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real (on
line), ocasionando maior trabalho.
 excesso de controle sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à
mudança e pode gerar desmotivação por parte dos funcionários.
1.2.2. CRM
Quando falamos em CRM é importante lembrar que acima de tudo o Customer
Relationship Management, Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente é um conceito
ou talvez uma filosofia de trabalho sustentada por aplicações que permitem o seu
funcionamento. A implementação de um projeto de CRM além de tempo e dinheiro, exige
quase sempre, profundas mudanças na forma da empresa se relacionar com seus clientes.
Políticas, procedimentos, tarefas e atitudes da empresa frente aos seus consumidores
fatalmente serão analisados e melhorados para atingir os objetivos do projeto.
Identificar e conhecer o cliente e suas necessidades, além de garantir sua
satisfação através de: atendimento personalizado, maior atenção dedicada ou simplesmente o
aumento da eficiência nos serviços prestados; são alguns dos objetivos a serem atingidos
através do CRM.
Podemos distinguir um projeto de CRM de acordo com sua abordagem ou tema,
que pode ser:
 Operacional - que visa principalmente melhorar o
relacionamento direto entre a empresa e o cliente através de canais como a
internet ou Call Centers. Tais melhorias são conseguidas agrupando informações
antes espalhadas pelos diversos setores da empresa, definindo com maior
precisão o perfil do cliente, o que permite que a empresa esteja melhor
preparada na hora de se relacionar com o mesmo;
 Analítico - que trata da análise das informações obtidas sobre o
cliente nas várias esferas da empresa, permitindo descobrir entre outras
informações o grau de fidelização dos clientes, seus diferentes tipos, preferências
e rejeições quanto a produtos e serviços. A comparação entre um CRM de
abordagem analítica com um Data Mart para o setor Marketing e/ou vendas é
inevitável, pois ambos auxiliam a responder importantes questões de negócio.
Mas é importante lembrar da necessidade de se ter bem definidas as estruturas de
datamarts e datawarehouse, antes de começar a construção da parte física ou
ferramental de um CRM;
 Colaborativo - esta abordagem do CRM procura integrar as
estruturas e benefícios dos outros dois temas descritos. Enquanto o CRM
operacional está mais focado nos níveis tático e operacional, e o CRM analítico
nos níveis estratégico e tático, o CRM colaborativo procura gerar melhorias nos
três níveis. A principal característica deste dessa abordagem está na
possibilidade de criar, aumentar e gerenciar a interação com o cliente. Para isso é
necessário que a empresa possua um meio adequado para a interação - abordada
VII
no CRM operacional - e que possua informações suficientes sobre seus clientes -
obtidas através do CRM analítico - de forma centralizada e, é claro, integrada.
Para os profissionais de Business Intelligence, conhecer a cultura do CRM é tão
importante quanto conhecer sua estrutura e aplicações.
Principalmente ao saber que dentro das ferramentas de Business Intelligence, o
CRM é uma das mais importantes soluções a ser implementada utilizando as plataformas de
datamarts e do datawarehouse.
1.2.3. SAP
Os Sistemas de Planejamento e Controle da Produção, também denominados por
alguns autores de Sistemas de Administração da Produção (SAP), "são sistemas que provêem
informações que suportam o gerenciamento eficaz do fluxo de materiais, da utilização de
mão-de-obra e dos equipamentos, a coordenação das atividades internas com as atividades dos
fornecedores e distribuidores e a comunicação/interface com os clientes no que se refere a
suas necessidades operacionais. O ponto chave nesta definição é a necessidade gerencial de
usar as informações para tomar decisões inteligentes. Os SAP não tomam decisões ou
gerenciam sistemas - os administradores são quem executam estas atividades. Os SAP têm a
função de suportar estes administradores para que possam executar sua função de forma
adequada."
Conforme a Figura 1, na página seguinte, todas as informações quanto ao
planejamento e controle da produção são geradas por um Sistema de PCP. O sistema adotado,
ou até mesmo criado pela empresa, é que dará suporte à grande maioria das decisões na
utilização de recursos e administração do fluxo de materiais, e pode ser considerado como o
"coração" da fábrica.
VIII
1.2.4. Sistemas de Apoio a Decisão - SAD
Muito temos falado sobre os Sistemas de Apoio a Decisão (SAD), mas poucas
pessoas sabem como proceder para construí-los.
Em primeiro lugar temos de deixar bem claro que os SAD surgem a partir dos
sistemas transacionais existentes na empresa. Os dados nele armazenados é que alimentarão
os SAD.
Tudo começa com o levantamento e definição dos objetos de negócios e, por
conseguinte, das questões gerenciais que os respondem. Essa etapa é de extrema importância,
pois é ela quem irá determinar quais serão os dados a serem armazenados no Data Warehouse.
Também exige uma metodologia específica e diferente dos sistemas transacionais. Podemos
dizer que essa fase é quem determinará o sucesso ou fracasso do SAD.
Terminada esta etapa, partiremos então para a segunda fase da implantação
SAD. Essa consiste em fazer a modelagem dimensional, ou seja, partindo dos objetos
gerenciais levantados faz-se a modelagem do novo banco gerando os fatos e as dimensões.
Logo em seguida, parte-se para a criação física do modelo, onde as especificidades do SGBD
e da ferramenta OLAP escolhidos são levadas em consideração para otimizar as futuras
consultas ao banco.
IX
Feito isso, o passo seguinte é a carga dos dados no DW. Para isso, é necessário
que se definam as origens dos mesmos nos sistemas legados, ou seja, identificar em quais
sistemas e onde estão armazenados. Nessa etapa é imprescindível a presença de um analista
de sistemas da empresa que conheça profundamente os sistemas transacionais, pois isso
facilitará muito o trabalho de localização e identificação dos dados.
Seguindo nosso roteiro, a próxima etapa do rali é fazer as rotinas de extração dos
dados. Essas rotinas podem ser desenvolvidas por programadores em qualquer linguagem de
programação.
Após a extração nos resta dar a carga dos dados no banco dimensional criado no
segundo passo. Essa carga também pode ser feita através de rotinas desenvolvidas por
programadores.
Uma alternativa às rotinas mencionadas nas duas etapas anteriores é o que
chamamos de ferramentas de “extração, filtragem e carga dos dados”, que têm uma série de
funcionalidades que as tornam muito superiores às primeiras. Contudo o fator custo pode
torná-las inviáveis em projetos com escopo mais restrito.
Concluída a carga devemos fazer uma checagem profunda da consistência dos
dados, isso é muito importante pois, não se esqueçam que estamos trabalhando com
informações para dar suporte a decisão e, qualquer dado errado poderá determinar o fracasso
da análise do negócio em questão.
Outro passo importantíssimo na elaboração de um SAD é a confecção e
armazenamento dos metadados. Os metadados são os dados de controle do Data Warehouse,
eles são responsáveis pelo mapeamento dos dados de cada etapa da implementação do SAD.
Para fazermos a análise dos dados temos as ferramentas OLAP, que permitem a
visualização dos dados da base dimensional e sua análise de acordo com a nossa imaginação.
As ferramentas OLAP serão as grandes companheiras dos diretores e gerentes tomadores de
decisão. Com esses softwares, também denominados ferramentas de front-end, o usuário
X
poderá analisar as informações que estão contidas no banco multidemensional e com isso eles
serão auxiliados a tomar a decisão em cima de um histórico e não somente com a sua intuição.
Assim se constrói um sistema de apoio a decisão, que parece ser bastante
simples, mas na verdade exige um profundo conhecimento técnico e de negócio para ter
sucesso.
1.2.5. Sistema Executivo de Informações - Executive Information Systems - EIS
Os EIS(Executive Information Systems) - Sistemas de Informações Executivas -
são sistemas desenvolvidos para atender as necessidades dos executivos de uma empresa, de
obterem informações gerenciais de uma maneira simples e rápida. Ele é concebido conforme
o nível de conhecimento, entendimento e compreensão de informática dos diretores.
Através do EIS o executivo obtém de forma simples e rápida as informações
gerenciais para ele tomar suas decisões sem depender exclusivamente do corpo técnico, ou da
área de informática. O intuito desse sistema é facilitar a vida deles. Geralmente de interface
gráfica, com simples operação, e basicamente com os resultados de pesquisas mostrados
através de gráficos e não em tabelas como a maioria dos outros sistemas.
Devido a falta de tempo desses usuários especiais, o EIS deve ser modelado para
ser bastante user friendly e as informações serem acessadas, de preferência, com poucos
cliques. Outra característica importante é que elas devam ser trazidas bastante resumidas e em
alto nível de agregação pois, as decisões tomadas nesse nível administrativo, não se atém em
detalhes e sim no todo, como por exemplo. O diretor de uma grande empresa não vai querer
saber quantas canetas foram usadas na empresa durante um ano, mas sim o valor total das
despesas de material de expediente.
O EIS pode ser construindo utilizando como base vários sistemas transacionais,
porém torna-se inviável devido ao grande volume de trabalho que isso proporciona, pois
extrair dados de diversas fontes, tratá-los, manter a integridade e manter o histórico dos
mesmos, torna o trabalho inviável. Porém se fizermos o EIS para acessarmos um Data
Warehouse a tarefa do fica muito mais fácil, pois facilita a busca dos dados de um único
sistema, onde as informações já se encontram de acordo com as necessidades dos executivos e
XI
a tarefa de extração, transformação e carga, ficam por conta dos técnicos do Data Warehouse
e ele fica por conta somente da análise.
1.2.5.1. Características
As principais características destes sistemas são:
 Ter como propósito atender às necessidades de informações dos
executivos de alto nível. Como acompanhamento e controle de
informações a nível estratégico da empresa;
 Podem ser customizadas de acordo com estilo de cada executivo;
 Contêm recursos gráficos de alta qualidade para que as informações
possam ser apresentadas graficamente de várias formas;
 São fáceis de usar, para que o executivo possa operá-los com muito
pouco treinamento;
 Proporcionam acesso rápido e fácil a informações detalhadas, ou seja,
as informações são visualizadas em níveis que podem ser expandidos.
O EIS além de facilitar o trabalho, com um ambiente fácil e simples, ele
também pode permitir que o usuário altere o nível de detalhamento das informações com a
ajuda de uma ferramenta OLAP. Com o uso integrado desta ferramenta o executivo poderá
transformar as informações que se encontram em forma de tabelas para gráficos ou vice-
versa, como também poderá executar um Drill-Down ou um Drill-Up para detalhar ou
resumir o grau de granularidade da informação.
Vamos a um exemplo. Em um relatório estão contidas todas as informações das
vendas no ano de 1999 de todas as concessionárias do RS, porém o executivo quer analisar
estas informações, também, para cada cidade deste estado. O que ele deverá fazer? Neste
caso, havendo a integração com o OLAP, o usuário poderá executar um Drill-Down no estado
do Rio Grande do Sul, que automaticamente irão aparecer as informações para cada cidade
deste estado.
Por fim, o EIS permite que o usuário faça análise de tendências e comparações
entre diversas informações de forma prática e rápida, sem necessitar de um apoio da área de
XII
informática para conseguir atingir o seu objetivo, isso o torna mais competitivo, organizado e
independente, que é tudo o que eles querem.
1.2.6. Alto custo, implementação e implantação
Assim se constrói um sistema executivo de informações e apoio a decisão, que
parece ser bastante simples, mas na verdade exige um profundo conhecimento técnico e de
negócio, dos dados, dos processos e articulação com as diversas vaidades para atingir o
sucesso desejado.
De acordo com as soluções existentes, o alto custo de utilização da mesma
plataforma operacional, banco de dados e aplicações, envolvendo customizações e
requalificação profissional em larga escala dentro e fora da organização possibilita a
integração interna das soluções ou legados, mas impreterivelmente em algum momento
convergirão no mínimo para um banco de dados corporativo e centralizado.
As adequações necessárias que são executadas com um peopleware de alto custo
e altamente especializado promovem a perda do conhecimento de negócio e das séries
históricas da organização, mantendo ainda a falta de integração e interoperação com os
sistemas externos à organização.
As implantações destas soluções são traumáticas, abominadas e com um alto
índice de resistência, culminando geralmente no fracasso e e na perda de grande investimento
da organização.
1.3. As dificuldades operacionais de acesso às informações
O discurso e as maiores preocupações para acontrução deste tipo de sistemas são
como iremos disponibilizar .estas informações em tempo real e concorrer com as diversas
operações de inclusão e alteração de dados? Vamos conhecer algumas formas de tratamento e
recuperação de dados.
XIII
1.3.1. Os OLAP, Datawere houses, Data Minings, Datamart's, BI,
Metadados e ETL o que são, como utilizá-los e qual é o melhor?
1.3.1.1.OLAP
As ferramentas OLAP são as aplicações que nossos usuários finais têm acesso
para extraírem os dados de suas bases com os quais gera relatórios capazes de responder as
suas questões gerenciais. Elas surgiram juntamente com os sistemas de apoio a decisão para
fazerem a extração e análise dos dados contidos nos Data Warehouses e Data Marts.
1.3.1.1.1. Consultas ad-hoc
Segundo Inmon “são consultas com acesso casual único e tratamento dos dados
segundo parâmetros nunca antes utilizados, geralmente executado de forma iterativa e
heurística”. Isso tudo nada mais é do que o próprio usuário gerar consultas de acordo com
suas necessidades de cruzar as informações de uma forma não vista e com métodos que o
levem a descoberta daquilo que procura.
1.3.1.1.2. Slice-and-Dice
Essa característica das ferramentas OLAP é de extrema importância. Com ela
nós podemos analisar nossas informações de diferentes prismas limitados somente pela nossa
imaginação. Utilizando esta tecnologia conseguimos ver a informação sobre ângulos que
anteriormente inexistiam sem a confecção de um DW e a utilização de uma ferramenta
OLAP.
1.3.1.1.3. Drill Down/Up
Consiste em fazer uma exploração em diferentes níveis de detalhe das
informações. Com o Drill Down você pode “subir ou descer” dentro do detalhamento do
dado, como por exemplo analisar uma informação tanto diariamente quanto anualmente,
partindo da mesma base de dados.
XIV
1.3.1.1.4. Geração de Queries
A geração de queryes no OLAP se dá de uma maneira simples, amigável e
transparente para o usuário final, o qual precisa ter um conhecimento mínimo de informática
para obter as informações que deseja.
Cada uma destas tecnologias e técnicas tem seu lugar no mercado de DSS
(Decision Support System) e apoia diferentes tipos de análises. É importante lembrar que as
exigências do usuário devem ditar que tipo de Data Mart você está construindo. Como
sempre, a tecnologia e técnicas devem estar bem fundamentadas para atenderem da melhor
maneira possível essas exigências.
Os Data Warehouses/Data Marts, servem como fonte de dados para estas
aplicações, assegurando a consistência, integração e precisão dos dados. Os sistemas
transacionais não conseguem responder essas questões por isso, é necessária a criação de um
ambiente de apoio de decisão robusto, sustentável e confiável.
1.3.1.2.Data Warehouses
Todos nós sabemos que os bancos de dados são de vital importância para as
empresas etambém estamos cientes de que sempre foi difícil analisar os dados neles
existentes. Tudo isso porque geralmente as grandes empresas detém um volume enorme de
dados e esses estão em diversos sistemas diferentes espalhados por ela. Não conseguíamos
buscar informações que permitissem tomarmos decisões embasadas num histórico dos dados.
Em cima desse histórico podemos identificar tendências e posicionar a empresa
estrategicamente para ser mais competitiva e consequentemente maximizar os lucros
diminuindo o índice de erros na tomada de decisão.
Pensando nisso, introduziu-se um novo conceito no mercado, o Data Warehouse
(DW). Esse consiste em organizar os dados corporativos da melhor maneira, para dar subsídio
de informações aos gerentes e diretores das empresas para tomada de decisão. Tudo isso num
banco de dados paralelo aos sistemas operacionais da empresa.
Para organizar os dados, são necessários novos métodos de armazenamento,
estruturação e novas tecnologias para a geração e recuperação dessas informações. Essas
XV
tecnologias já estão bem difundidas oferecendo muitas opções de ferramentas para
conseguirmos cumprir todas essas etapas.
Essas tecnologias diferem dos padrões operacionais de sistemas de banco de
dados em três maneiras:
 Dispõem de habilidade para extrair, tratar e agregar dados de múltiplos
sistemas operacionais em data marts ou data warehouses separados;
 Armazenam dados frequentemente em formato de cubo (OLAP) multi-
dimensional permitindo rápido agregamento de dados e detalhamento das análises
(drilldown);
 Disponibilizam visualizações informativas, pesquisando, reportando e
modelando capacidades que vão além dos padrões de sistemas operacionais
frequentemente oferecidos.
Um DW permite a geração de dados integrados e históricos auxiliando os
diretores decidirem embasados em fatos e não em intuições ou especulações, o que reduz a
probabilidade de erros aumentado a velocidade na hora da decisão. Cerca de 88% dos
diretores admitem que dedicam quase 75% do tempo às tomadas de decisão apoiadas em
análises subjetivas (Aspect International Consulting, 1997), menosprezando o fato de que por
volta de 100% deles tem acesso a computadores.
Conhecer mais sobre essa tecnologia permitirá aos administradores descobrir
novas maneiras de diferenciar sua empresa numa economia globalizada, deixando-os mais
seguros para definirem as metas e adotarem diferentes estratégias em sua organização,
conseguindo assim visualizarem antes de seus concorrentes novos mercados e oportunidades
atuando de maneiras diferentes conforme o perfil de seus consumidores.
1.3.1.3.DATA MININGS
Qualquer sistema de Data Warehouse(DW) só funciona e pode ser utilizado
plenamente, com boas ferramentas de exploração. Com o surgimento do DW, a tecnologia de
Data Mining (minieração de dados) também ganhou a atenção do mercado.
XVI
Como o DW, possui bases de dados bem organizadas e consolidadas, as
ferramentas de Data Mining ganharam grande importância e utilidade. Essa técnica, orientada
a mineração de dados, oferece uma poderosa alternativa para as empresas descobrirem novas
oportunidades de negócio e acima de tudo, traçarem novas estratégias para o futuro.
O propósito da análise de dados é descobrir previamente características dos
dados, sejam relacionamentos, dependências ou tendências desconhecidas. Tais descobertas
tornam-se parte da estrutura informacional em que decisões são formadas. Uma típica
ferramenta de análise de dados ajuda os usuários finais na definição do problema, na seleção
de dados e a iniciar uma apropriada análise para geração da informação, que ajudará a
resolver problemas descobertos por eles. Em outras palavras, o usuário final reage a um
estímulo externo, a descoberta do problema por ele mesmo. Se o usuário falhar na detecção do
problema, nenhuma ação é tomada.
A premissa do Data Mining é uma argumentação ativa, isto é, em vez do usuário
definir o problema, selecionar os dados e as ferramentas para analisar tais dados, as
ferramentas do Data Mining pesquisam automaticamente os mesmos a procura de anomalias e
possíveis relacionamentos, identificando assim problemas que não tinham sido identificados
pelo usuário. Em outras palavras, as ferramentas de Data Mining analisam os dados,
descobrem problemas ou oportunidades escondidas nos relacionamentos dos dados, e então
diagnosticam o comportamento dos negócios, requerendo a mínima intervenção do usuário,
assim ele se dedicará somente a ir em busca do conhecimento e produzir mais vantagens
competitivas.
Como podemos ver, as ferramentas de Data Mining, baseadas em algoritmos que
forma a construção de blocos de inteligência artificial, redes neurais, regras de indução, e
lógica de predicados, somente facilitam e auxiliam o trabalho dos analistas de negócio das
empresas, ajudando as mesmas a conseguirem serem mais competitivas e maximizarem seus
lucros.
1.3.1.4.DATA MARTS
Os primeiros projetos sobre Data Warehouse (DW) referiam-se a uma arquitetura
centralizada. Embora fosse interessante fornecendo uniformidade, controle e maior segurança,
a implementação desta abordagem não é uma tarefa fácil. Requer uma metodologia rigorosa e
uma completa compreensão dos negócios da empresa. Esta abordagem pode ser longa e
XVII
dispendiosa e por isto sua implementação exige um planejamento bem detalhado. Com o
aparecimento de data mart ou warehouse departamental, a abordagem descentralizada passou
a ser uma das opções de arquitetura data warehouse.Os data marts podem surgir de duas
maneiras. A primeira é top-down e a outra é a botton-up.
 Top-down: é quando a empresa cria um DW e depois parte para
a segmentação, ou seja, divide o DW em áreas menores gerando assim
pequenos bancos orientados por assuntos departamentalizados.
 Botton-up: é quando a situação é inversa. A empresa por
desconhecer a tecnologia, prefere primeiro criar um banco de dados para
somente uma área. Com isso os custos são bem inferiores de um projeto de
DW completo. A partir da visualização dos primeiros resultados parte para
outra área e assim sucessivamente até resultar num Data Warehouse.
A tecnologia usada tanto no DW como no Data Mart é a mesma, as variações
que ocorrem são mínimas, sendo em volume de dados e na complexidade de carga. A
principal diferença é a de que os Data Marts são voltados somente para uma determinada área,
já o DW é voltado para os assuntos da empresa toda. Portanto, cabe a cada empresa avaliar a
sua demanda e optar pela melhor solução. O maior atrativo para implementar um data Mart é
o seu custo e prazo. Segundo estimativas, enquanto um Data Mart custa em torno de US$ 100
mil a US$ 1 milhão e leva cerca de 120 dias para estar pronto, um DW integral começa em
torno dos US$ 2 milhões e leva cerca de um ano para estar consolidado.
1.3.1.5.BUSINESS INTELLIGENCE - BI
XVIII
Estamos vivendo um momento tecnológico no qual temos a oportunidade de
participarmos de uma verdadeira revolução. Os conceitos de bens, crescimento e de expansão
sofreram uma grande modificação.
Com o advento da globalização ficou praticamente inadmissível ficar
desinformado. O mundo no geral ficou mais competitivo, as empresas e clientes, ficaram
muito ágeis e exigentes, por isso, iremos descrever a importância do tratamento e do
sincronismo das informações, para apoio as decisões e manter as empresas competitivas.
As empresas fazem parte do mundo dos negócios e esse visa lucro, o retorno dos
capitais investidos no menor tempo possível. Numa esfera altamente competitiva como esta,
as informações assumem um papel fundamental no sucesso dessa empreitada. Em face a
enorme quantidade de informações que são despejadas sobre nós diariamente, necessitamos
de critérios para selecionarmos e organizarmos os dados que nos interessam. Como não
poderia deixar de ser, os sistemas de informações, prestam uma grande contribuição nesse
sentido. Esse sistema proporciona lucros quando permite que uma maior quantidade de bens
sejam produzidos, uma maior quantidade de clientes sejam atendidos, a satisfação e
fidelização dos mesmos sejam conquistadas, e finalmente, permite uma melhor alocação dos
recursos disponíveis gerando economia, e conseqüentemente maximização dos lucros.
O mais interessante nesse processo é que na medida que informática foi
evoluindo, foram surgindo nas empresas sistemas que pudessem atender suas demandas
internas. As grandes e médias corporações, queriam aproveitar a informática para aumentar
seus controles, por isso, cada departamento teve a iniciativa de fazer algum sistema que
permitisse controlar o que estava sendo feito. Porém na maioria das vezes, esqueceram-se dos
preceitos básicos de um sistema de informações, que são os dados modelados, resguardados e
também disponibilizados.
O que mais encontramos, são sistemas, que as vezes estão com dados modelados,
mas não tem integridade ou documentação, e a disponibilização dos mesmos fica impossível.
Quando ocorre, as inconsistências são muito grandes, fato que direciona o tomador de decisão
a deixar de lado o seu sistema, e embasar suas decisões na sua experiência de mercado.
Observando essa dificuldade, surgiu o conceito de Data Warehouse que passaremos a
descrever agora.
XIX
Segundo William Inmon, considerado o pai da tecnologia, Data Warehouse é um
conjunto de dados orientado por assuntos, não volátil, variável com o tempo e integrado,
criados para dar suporte à decisão.
A orientação por assunto, nada mais é do que o direcionamento que se dá da
visão que será disponibilizada, do negócio da empresa, por exemplo: numa empresa de
telecom, o principal assunto é o cliente, e esses clientes podem ser, residenciais, empresas,
telefonia pública, etc. Então, quando um arquiteto de Warehouse for desenhar o modelo do
mesmo, deve levar em consideração essas premissas, e dividir as visões de acordo com o que
o decisor quer ver. Observe que tudo irá girar em torno dos assuntos, seja qual for a visão que
se quer ter, ou seja, a visão financeira da empresa, também irá girar em torno disso, seja a
inadimplência, o faturamento, a lucratividade, etc.
A volatilidade refere-se ao Warehouse não sofrer modificações como nos
sistemas tradicionais, por exemplo: No sistema de faturamento de uma empresa, todos dias
temos inclusões e alterações, de novos clientes, novos produtos e consumo. Já no Warehouse,
acontecem somente cargas de dados e consultas, ou seja, falando tecnicamente, há somente
selects e inserts, e não há updates. Em resumo, num sistema de apoio à decisão existem
basicamente duas operações, a carga e consulta, nada mais que isso.
Variável com o tempo, é uma característica ímpar no Warehouse. Ele sempre
retrata a situação que estamos analisando, num determinado ponto do tempo, e nesse caso,
gosto de utilizar a analogia com as fotografias. Pegue uma fotografia sua, quando recém
nascido, depois, pegue outra quando você tinha 5 anos, e compare. Com certeza muitas
modificações ocorreram, mas ela retrata exatamente a sua situação naquele exato momento do
tempo, e isso acontece da mesma forma com o Data Warehouse. Nós guardamos fotografias
dos assuntos em determinados pontos do tempo, e com isso é possível poder traçar uma
análise histórica e comparativa entre os fatos.
A integração talvez seja a parte mais importante desse processo, pois ela será
responsável por sincronizar os dados de todos os sistemas existentes na empresa, e colocá-los
no mesmo padrão. Como sabemos, o DW extrai dados de vários sistemas da empresa, e em
alguns casos, dados externos, como a cotação do dólar. Porém, geralmente os dados não estão
XX
padronizados, devido aos problemas que citamos acima, e é necessário integrar antes de
carregarmos no DW. Um exemplo clássico é o do sexo, onde num sistema esse dado está
guardado no formato M para masculino, e F para feminino, já no outro, o mesmo dado está
guardado, como 0 para masculino e 1 para feminino. Isso geraria um grande problema na hora
da análise, porém na fase de ETL (Extração, Transformação e Carga), isso tudo vira uma
coisa só, ou seja, todos os formatos são convertidos num único padrão, que é decidido com o
usuário final e então carregado no DW.
Como pudemos ver o DW permite ter uma base de dados integrada e histórica,
para análise dos dados, e isso pode e deve se tornar um diferencial competitivo para as
empresas. Tendo uma ferramenta desse porte na mão, o executivo pode decidir com muito
mais eficiência e eficácia. As decisões serão embasadas em fatos, e não em intuições, poderão
ser descobertos novos mercados, novas oportunidades, novos produtos, pode-se criar uma
relação mais próxima com o cliente, pois a empresa terá todas as informações sobre ele, a
simples cliques de mouse, identificar insatisfações, com seus produtos e serviços, e serem
melhoradas.
O maior beneficiado com um DW geralmente é o departamento de vendas. Qual
é o diretor comercial que não gostaria de saber rapidamente, se o market share de sua empresa
evoluiu no último semestre? Se após a implementação da nova estratégia de vendas, a
empresa aumentou a participação no mercado? Se o nível de receita tem aumentado, ou se
mantido?
Obtendo essas informações rapidamente e de forma estruturada, a empresa sairá
na frente, descobrindo os problemas com seus produtos possibilitando corrigi-los com mais
velocidade, irá saber se seus clientes estão satisfeitos e poderá definir novas estratégias para
expansão no mercado. Numa economia globalizada e veloz como a nossa, essas tecnologias
são um grande diferencial competitivo, e nós já temos vários casos de sucesso, aplicando-as.
Mas o ponto mais importante nessa mistura de tecnologias, é da empresa poder
direcionar todo seu capital intelectual, para a sua devida função, que é pensar. Os gerentes e
diretores, poderão ter as informações rapidamente, e também terão mais tempo para
melhorarem todos seus processos e analisarem mais os seus dados, que depois de
armazenados num DW, deixarão de serem dados, e passarão a ser valiosas informações. Aí a
XXI
TI (Tecnologia da Informação) estará exercendo seu grande papel, que é o de fornecer
informações de qualidade, e deixar de ser uma amontoadora de dados.
1.3.1.6.METADADOS
Desde que surgiram os bancos de dados sempre se falou sobre a importância da
documentação dos sistemas e dos próprios bancos. Com o surgimento do conceito de Data
Warehouse, isso não diminuiu a importância, pelo contrário, aumentou e muito.
As Corporações estão exigindo cada vez mais funcionalidades dos sistemas de TI
(Tecnologia da Informação), e repositórios de metadados não são nenhuma exceção a esta
regra. Mas o que são metadados?
Acima vimos que sempre houve preocupação com a documentação dos sistemas
e bancos de dados das corporações, sabemos que no Data Warehouse documentar tudo é vital
para a sobrevivência do projeto, pois o DW pode ser um projeto gigantesco e se não houver
uma documentação eficiente ninguém conseguirá entender nada.
Os metadados são definidos como dados dos dados. Só que a complexidade
desses dados no Data Warehouse aumenta muito. Num sistema OLTP gera-se documentos
somente sobre o levantamento dos dados, banco de dados e o sistema que alimenta o mesmo.
No Data Warehouse além do banco, gera-se uma documentação muito maior. Além de falar
sobre o levantamento de dados e o banco, temos ainda o levantamento dos relatórios a serem
gerados, de onde vem os dados para alimentar o DW, processos de extração, tratamento e
rotinas de carga do dados. Ainda podem gerar metadados as regras de negócio da empresa e
todas as mudanças que elas podem ter sofrido, e também a frequência de acesso aos dados.
Segundo Inmon os metadados englobam o DW e mantém as informações sobre o
que está onde. Ele ainda define quais informações os metadados mantém:
A estrutura dos dados segundo a visão do programador;
A estrutura dos dados segundo a visão dos analista de
SAD;
A fonte de dados que alimenta o DW;
A transformação sofrida pelos dados no momento de sua
migração para o DW;
XXII
O modelo de dados;
O relacionamento entre o modelo de dados e o DW;
O histórico das extrações de dados;
Acrescentamos ainda os dados referentes aos relatórios
que são gerados pelas ferramentas OLAP assim como os que são
gerados nas camadas semânticas.
Os metadados podem surgir de vários locais durante o decorrer do projeto. Eles
provêm de repositórios de ferramentas case, os quais geralmente já estão estruturados,
facilitando a integração da origem dos metadados e o repositório dos mesmos. Essa fonte de
metadados é riquíssima.
Outros dados que devem ser guardados no repositório de metadados, é o material
que surgirá das entrevistas com os usuários. Destas entrevistas podem obter-se informações
preciosas que não estão documentadas em nenhum outro lugar além de regras para validação
dos dados após carregados no Data Warehouse.
Como pudemos ver, o volume de metadados gerados é muito grande. Existem
hoje algumas ferramentas que fazem única e exclusivamente o gerenciamento dos metadados,
elas têm algumas características peculiares.
Falando de uma maneira simplista, essas ferramentas conseguem mapear o dado
em todas as etapas de desenvolvimento do projeto, desde a conceitual até a de visualização
dos dados em ferramentas OLAP/EIS.
Agora vamos discutir os desafios arquitetônicos mais complexos que surgem ao
implementarmos um repositório de metadados que requer funcionalidade mais avançada.
Enquanto a maioria dos repositórios não tentam implementar estas características, eles
representam o tipo de funcionalidade que é exigida através das corporações.
As fontes metadados, (ferramentas de modelagem de dados, ferramentas de
extração, transformação e carga, etc.) devem ser integradas no repositório por várias
necessidades. Uma arquitetura de metadados bidirecional permite que os dados modificados
na fonte possam ser alterados também no repositório automaticamente.
XXIII
Esta arquitetura é altamente desejável por duas razões chaves. Primeiro: permite
a essas ferramentas compartilhar metadados. Isto é desejável no mercado de ferramentas de
apoio de decisão. A maioria das corporações que construíram um sistema de apoio a decisão
não pensou na integração das ferramentas. Estas não são integradas, por isso, não se
comunicam facilmente. Até mesmo essas ferramentas que podem ser integradas
tradicionalmente requerem bastante programação manual para compartilhar dados. Segundo:
metadados bidirecional é atraente para corporações que querem implementar um repositório
de metadados em toda empresa.
Como vimos os metadados são importantíssimos para o sucesso de um DW. Ao
começarmos qualquer projeto devemos sempre nos preocupar com os mesmos, pois são eles
que servirão de bússula para nos guiar pelo emaranhado de tabelas, relatórios e dados quando
estivermos perdidos.
1.3.1.7.Extration, Transformation and Load - ETL
Esta etapa é uma das fases mais criticas de um Data Warehouse, pois envolve a
fase de movimentação dos dados. A mesma se dá basicamente em três passos, extração,
transformação e carga dos dados, esses são os mais trabalhosos, complexos e também muito
detalhados, embora tenhamos várias ferramentas (falaremos mais abaixo) que nos auxiliam na
execução desse trabalho.
O primeiro passo a ser tomado no processo de ETL é simplesmente a definição
das fontes de dados e fazer a extração deles. As origens deles podem ser várias e também em
diferentes formatos, onde poderemos encontrar desde os sistemas transacionais das empresas
até planilhas, flat files (arquivos textos), dados que vem do grande porte e também arquivos
do tipo DBF, do antigo Clipper ou Dbase.
Definidas as fontes, partimos para o segundo passo que consiste em transformar
e limpar esses dados. Mas o que afinal de contas o que é isso?
Bem vamos descrever de uma forma bem simples. Quando obtemos os dados de
uma fonte, que na maioria das vezes é desconhecida nossa, e foi concebida há muito tempo
atrás, os mesmos possuem muito lixo e há muita inconsistência. Por exemplo. Quando um
XXIV
vendedor de linhas telefônicas for executar uma venda, ou inscrição, ele está preocupado em
vender, e não na qualidade dos dados que está inserindo na base, então se por acaso o cliente
não tiver o número do CPF a mão, ele cadastra um número qualquer, desde que o sistema
aceite, um dos mais utilizados é o 999999999-99. Agora imagine um diretor de uma
companhia telefônica consultar o seu Data Warehouse (DW) para ver quais são os seus
maiores clientes, e aparecer em primeiro lugar o cliente que tem o CPF 999999999-99 ? Seria
no mínimo estranho. Por isso, nessa fase do DW, fazemos a limpeza desses dados, para haver
compatibilidade entre eles.
Além da limpeza, temos de fazer na maioria das vezes uma transformação, pois
os dados provêm de vários sistemas, e por isso, geralmente uma mesma informação tem
diferentes formatos, por exemplo: Em alguns sistemas a informação sobre o sexo do cliente
pode estar armazenada no seguinte formato : “M” para Masculino e “F” para Feminino,
porém em algum outro sistema está guardado como “H” para Masculino e “M” para Feminino
e assim sucessivamente. Quando levamos esses dados para o DW, deve-se ter uma
padronização deles, ou seja, quando o usuário for consultar o DW, ele não pode ver
informações iguais em formatos diferentes, então quando fazemos o processo de ETL,
transformamos esses dados e deixamos num formato uniforme sugerido pelo próprio usuário.
No DW, teremos somente M e F, fato esse que facilitará a análise dos dados que serão
recuperados pela ferramenta OLAP.
A seguir são apresentados alguns dos fatores que devem ser analisados antes de
começar a fase de extração dos dados:
 A extração de dados do ambiente operacional para o ambiente de data
warehouse demanda uma mudança na tecnologia. Os dados são transferidos de bancos
de dados hierárquicos, tal como o adabas, ou de bases do grande porte, como o DB2,
para uma nova tecnologia de SGBD para Data Warehouse, tal como o IQ da Sybase,
Red Brick da Informix, Essbase ou o DB2 para DW;
 A seleção de dados do ambiente operacional pode ser muito complexa,
pois muitas vezes é necessário selecionar vários campos de um sistema transacional
para compor um único campo no data warehouse;
 Outro fator que deve ser levado em conta é que dificilmente há o
modelo de dados dos sistemas antigos, e se existem não estão documentados;
XXV
 Os dados são reformatados. Por exemplo: um campo data do sistema
operacional do tipo DD/MM/AAAA pode ser passado para o outro sistema do tipo ano
e mês como AAAA/MM;
 Quando há vários arquivos de entrada, a escolha das chaves deve ser
feita antes que os arquivos sejam intercalados. Isso significa que se diferentes
estruturas de chaves são usados nos diferentes arquivos de entrada, então deve-se optar
por apenas uma dessas estruturas;
 Os arquivos devem ser gerados obedecendo a mesma ordem das
colunas estipuladas no ambiente de data warehouse;
 Podem haver vários resultados. Dados podem ser produzidos em
diferentes níveis de resumo pelo mesmo programa de criação do data warehouse;
 Valores default devem ser fornecidos. As vezes pode existir um campo
no data warehouse que não possui fonte de dados, então a solução é definir um valor
padrão para estes campos.
O data warehouse espelha as informações históricas necessárias, enquanto o
ambiente operacional focaliza as informações pontuais correntes.
A parte de carga dos dados também possui uma enorme complexidade, e os
seguintes fatores devem ser levados em conta:
 A parte de Integridade dos dados. No momento da carga é necessário
checar os campos que são chaves estrangeiras com suas respectivas tabelas para
certificar-se de que os dados existentes na tabela da chave estrangeira estão de acordo
com a tabela da chave primária;
 Se a tabela deve receber uma carga incremental ou a carga por cima dos
dados. A carga incremental normalmente é feita para tabelas fatos e a carga por cima
dos dados é feita em tabelas dimensões onde o analista terá que deletar os dados
existentes e incluí-los novamente. Mas em alguns casos poderá acontecer que as
tabelas de dimensões tem de manter o histórico, então o mesmo deverá ser mantido;
 Apesar de existirem ferramentas de ETL como o DTS (Data
Transformation Service), Data Stage, ETI, Acta e Sagent, ainda tem-se a necessidade
de criar rotinas de carga para atender determinadas situações que poderão ocorrer.
XXVI
As ferramentas de ETL mais utilizadas no mercado são o Data Stage da Ardent,
agora adquirido pela Informix, o ETI da IBM, Sagent da própria Sagent, Informática Power
Conect da Informatica e o DTS da Microsoft. Todos tem os seus diferenciais e cada um
poderá ser utilizado dependendo do caso de cada empresa. Algumas ferramentas tem a curva
de aprendizado mais suave, outras um pouco mais íngrime, mas em certos casos mesmo sendo
uma ferramenta de difícil aprendizado exigindo maiores investimentos em pessoal, serão
compensados com a performance e flexibilidade da mesma. Há outras ferramentas que tem
custo zero de aquisição pois, vem embutida junto com um SGBD (Sistema Gerenciador de
Banco de Dados), mas em contrapartida são bastante limitadas no tocante a extração de dados
e exigem uma maior codificação dos processos de ETL, em relação as outras.
O que vale dizer é que uma ferramenta de ETL tem grande valia, principalmente
se os sistemas OLTP (transacionais) são muitos, pois elas são uma poderosa fonte de geração
de metadados, e que contribuirão muito para a produtividade da sua equipe, porém deve-se
tomar muito cuidado ao escolhe-la. Seja minucioso, teste o máximo de ferramentas que puder
e veja qual é a mais adequada ao seu caso, pois elas exigem um alto investimento, tanto em
capacitação, quanto na própria aquisição. Em alguns casos é interessante o auxílio de
profissionais externos para a escolha. O fato verdadeiro é que os benefícios serão bastante
vistosos e a produtividade aumentará consideravelmente.
1.3.2. Qual é o melhor?
Não existe a melhor opção, mas sim qual é o resultado desejado a obter. Cada
um dos métodos desenvolvidos de acordo com as necessidades organizacionais de sua época
atendiam à demanda existente, mas pensem na hipótese da possibilidade de aliar estes
resultados em uma estrutura de apoio a decisão, onde cada tecnologia com a sua
especialização vertical contribuísse na horizontalidade das ações organizacionais?
Aqui não indicaremos a melhor solução mas sim o quê podemos fazer com as
melhores práticas de uma delas de maneira integrada, corporativa e orquestrada. Foi utilizada
para a cobstrução do i³Gov, saberemos mais tarde, o OLAP, EIS, Metadados e SOA.
XXVII
1.4.A necessidade de integrar e interoperar negócios, processos e
sistemas de diferentes épocas.
Para nos comunicar temos um padrão de linguagem, língua e escrita, a
linguagem busca taxomizar o que existe em uma forma compreensível, a língua busca
regionalizar um determinado conhecimento entre um grupo e a escrita busca documentar ou
perpetuar este conhecimento.
Temos que construir os sistemas ou obter as ferramentas que aglutinem e
possibilitem a visualização de indicadores mensurativos, quantitativos e qualitativos. O
desafio está em juntar informações de diferentes épocas econômicas e sistêmicas para isso
temos que utilizar os conceitos do ETL, DW, Datamining, DataMarts, OLAP, OLTP, BI,
Metadados para viabilizar a construção do EIS corporativo, organizacional e multi-
plataforma.
1.5.Como quebrar o paradigma da modernização de evoluir sem perdas
financeiras, humanas e negociais
Em grande parte as soluções de EIS, BI, DW, DataMining, Metadados, ETL e
SAP, sempre apontam para uma plataforma única, não segmentada e altamente especializada.
Verificando a Arquitetura Referencial – AR e o EIS Integração e Inteligência em
Informações de Governo – i³Gov, temos a possibilidade da junção de séries históricas e
negociais de diferentes momentos econômicos e tecnológicos, buscando ativamente a
identificação dos processos semelhantes diminuindo o retrabalho, principalmente com a
partipacividade dos clientes, agentes e gestores, nação e promovendo a interação com a
sociedade.
A tecnologia da Informação tem sido até agora uma produtora de dados, em vez
de informação, e muito menos uma produtora de novas e diferentes questões e estratégias. Os
altos executivos não têm usado a nova tecnologia porque ela não tem oferecido as
informações de que eles precisam para suas próprias tarefas”. Peter Drucker, como sempre,
XXVIII
foi muito sábio ao definir a dificuldade e a deficiência em se obter informações nos ambientes
corporativos, porém a tecnologia esforça-se para suprir essas deficiências.
Além da vontade em construir uma solução que agregue valor à camada
estratégica da organização, temos que buscar trocar informações entre os sistemas existentes,
não simplesmente modificar a plataforma, tecnologia e as pessoas perdendo todo o
conhecimento existente e acumulado nas últimas quatro décadas de tecnologia.
A solução é atuar na camada de ETL, padronizar as regras de troca de arquivos,
mensagens e informações em tempo real, sem prejudicar as grandes plataformas e a
heterogeneidade tecnológica existente. Assim conseguimos evoluir para uma conceituação
antiga de dados corporativos comunitários, sem inferir nas especilidades verticais dos
sistemas existentes, sem atingir a vaidade dos recursos humanos obtendo principalmente a
sua partipacividade e promovendo para os diversos segmentos sociais a socialização da
informação, pois a maior dificuldade e necessidade para a construção de EIS, DW, SAP são
as informações que demonstram o fluxo do negócio, ou seja o conhecimento do processo
necessário para a execução das atividades finalísticas, claro estas atividades perpassam por
diversos segmentos econômicos e negociais.
Estes agentes que possuem uma pluraridade de interesses comerciais,
econômicos e políticos primeiramente dever ser sensibilizados sobre a real necessidade de
obter o melhor resultado com o menor esforço possível contribuindo assim para menor
deterioração dos recursos naturais, econômicos, financeiros e produtivos.
2. Histórico da integração de negócios e processos
Há muito tempo as grandes informações eram transmitidas através de
mensageiros à cavalo, após algum tempo tivemos os pergaminhos, as cartas, telégrafos,
telefone e na atualidade a internet. A necessidade da informação para a camada de decisão
estratégica de qualquer organização, tornou-se o maior diferencial para a longevidade dos
negócios, ou seja, os processos de transformação devem ser cada vez mais eficazes,
conseqüentemente aumentarão a força da organização obtendo assim a maior satisfação dos
XXIX
níveis estratégicos estes, poderão otimizar o fluxo das decisões aplicando os recursos em
projetos de uma forma mais eficiente.
Quantas organizações possuem a dificuldade em mensurar as suas aplicações e o
desenvolvimento gerado em detrimento destes investimentos, quando é a hora de parar de
investir para modificar a carteira de investimentos? Ou como melhor preparar para um
investimento de eminente crescimento e com alta lucratividade, o quê fazer e como fazer?
O maior diferencial de uma organização não é a quantidade de dados que esta
movimenta, mas sim a qualidade de informação que estes dados podem gerar, dentro do
universo de TI os sistemas possuem um alto grau de especialização vertical, conhecem
profundamente a melhor forma e as melhores práticas que evoluem constantemente para o
crescimento do negócio, entretanto quando é necessária uma visão horizontal que perpassa
por todas as áreas altamente especializadas em seus segmentos, o resultado obtido é um
desastre, pois cada uma só contempla a própria estrutura gerencial ou funcional, mas não a
organizacional.
A TI apresentou no decorrer destes anos diversas práticas de CRM, SAP, ERP,
métodos capazes de agregar informações para o auxílio de tomada de decisão, são produtos
fantásticos, entretanto a sua aplicatibilidade restringia-se a uma plataforma operacional única,
centralizada, com todos os processos e estruturas apontando para um único banco de dados e
com alto custo de implantação.
O maior desafio ainda continua sendo como tratar o legado, recuperar as
informações das séries históricas sem tantas perdas de registros e de principalmente de
conhecimento, como tornar estes mensageiros vivos, fluentes na nova estrutura de integração
e interoperação de sistemas, dados, informações e principalmente de culturas.
Hoje ainda enfrentamos a falta de informação, a falta de conhecimento dos
processos e principalmente em grande maioria das situações não conhecemos o fluxo do
negócio.
2.1.1. A Evolução da Tecnologia
XXX
A tecnologia da informação tem contribuído em muito para tentar aumentar a
velocidade do processo e do progresso, saímos da presunção da interpretação (falado) para a
estrutura escrita, rompemos a barreira do tempo de meses para miléssimos de segundo,
instantânea quase..., saímos de grandes salas para armazenar oito letras para armazenarmos
em alguns poucos centímetros uma enciclopédia com textos, imagens, áudio e vídeos.
Não há como negar a evolução tecnológica no decorrer destes anos, entretanto
ainda temos a grande dificuldade em obter as informações realmente significativas e que
auxiliem a determinação de novos horizontes, adoção das melhores práticas e principalmente
que maximizem o nosso investimento reduzindo drasticamente as nossas perdas.
Um fato claro e simples não adianta evoluirmos tecnologicamente e continuar a
automatizar ou sistematizar processos errôneos, ou duvidosos. Mesmo que a evolução
tecnológica seja muito significativa ainda temos que melhorar a nossa estrutura de
documentação dos processos conhecidos para que no futuro possamos melhorá-los para
melhor nos atender em nosso cotidiano.
2.2.A criação dos segmentos especializados e seus vales escuros
A pluraridade das necessidades existentes no mercado constituiu diversos
métodos e metodologias de obtenção de informações estratégicas, entretanto a maior
dificuldade para um líder de projeto ou administrador é o quê escolher para atingir as
necessidades da organização, atingir as metas para obter a maior lucratibilidade, como investir
em uma solução e não causar danos às estruturas organizacionais?
Temos a apresentação de diversas soluções entretanto no início das negociações
e apresentações tudo é possível mas quando ocorre a implantação o caos se estabelece, pois
nem tudo o que a solução propunha equacionar ela realmente consegue, em muitas vezes
burocratiza o trabalho, perde-se o conhecimento existente, pois todo o planejamento para
implementar uma solução deste porte impacta diretamente nas pessoas da organização, que
geralmente não possuem todo o conhecimento do negócio documentado.
XXXI
Quando abordamos a especialização percebemos a grande evolução vertical por
segmento de negócios, temos grandes sistemas administrativos, financeiros, contábeis, de
recursos humanos, e outros, mas não temos uma estrutura que permeie horizontalmente uma
visão estratégica de evolução histórica ou que consiga apoiar níveis de decisões estratégicas
para quatro, dez ou vinte anos.
São estas lacunas de investimento e crescimento organizacional são as maiores
preocupações dos administradores organizacionais, pois com a constante velocidade da
informação e economia este vende tornando-se o maior desafio, a visão de futuro e das
necessidades das interoperações nos diversos segmentos comerciais, econômicos e mundiais.
2.3. O ETL bancário e a criação das regras de interoperações de dados
Um dos cenários mais pulverizados fisicamente e pluralista de diversos
segmentos tecnológicos é o bancário, temos arquiteturas de alta a baixa plataforma, diversas
tecnologias, diversos momentos metodológicos e tecnológicos, e ainda assim os bancos
encontraram uma forma de manterem suas respectivas informações atualizadas inclusive
promovendo a troca de valores, serviços e papéis mesmo com diferentes línguas de
comunicação.
As instituições financeiras estruturam regras de comunicação para possibilitar a
troca de valores durante os intervalos noturnos, sincronizando as informações bancárias de
movimentações financeiras dos clientes. Utilizando as estruturas de arquivos texto, com
formato Solid Data File (SDF), arquivo de tamanho fixo, as instituições conseguem utilizar o
mesmo formato para diversos tipos de operações financeiras, independendo da tecnologia
interna adotada por cada um dos clientes. O mágico deste método é que todos conversam
entre si bastando simplesmente obedecer as regras de um procolo identenficado com a palavra
Compensação – COMPE, que se refere aos serviços da Câmara de Compensação Nacional,
administrada e organizada pela instituição do Banco do Central do Brasil.
Este protocolo possui regras de estruturação do arquivo físico, e uma das partes
deste formato possui explicações sobre colunamento e posicionamento de cada atributo
XXXII
público para aquela estrutura de serviço a ser utilizado para a troca de dados para a
atualização dos sistemas internos de cada instituição.
Este método não interfere nos dados internos e nem na especialização de cada
instituição ou agente participante do sistema de COMPE, entretanto possibilita aos envolvidos
uma atualização quase que simultânea entre os partícipes. O maior detalhe é que são sistemas
que dependem da inferência humana para a geração e transmissão das informações, com o
avanço da tecnologia alguns tem se tornado real-time, tempo real que é diferente de on-line,
imediatamente após a execução do processo ou da ação.
Na atualidade os sistemas ATM atuam on-line, envolvem uma grande
complexidade de operações, processos e procedimentos, entretanto são o retrato real da
possibilidade da interoperação de sistemas, legados e plataformas operacionais, estas soluções
possuem ainda um alto custo de infra-estrutura tecnológica para a disponibilização das
funções tão desejadas em outros segmentos tecnológicos.
A idéia e a concepção bancária é a que viabiliza a estruturação para a
prototipação de um EIS, Sistema Executivo de Informações, para diversos segmentos
negociais.
2.4. A necessidade Atual de integração de negócios e sistemas de diferentes épocas,
como fazer?
O maior dos desafios do sistema financeiro foi acordar a forma de trocar as
informações entre as instituições e quais eram estas informações. Assim obteram o resultado
da atualização das operações financeiras.
A necessidade de integrar os negócios origina-se na necessidade de otimizar a
utilização dos recursos naturais sem depredá-los, otimizando a transformação em produtos,
minimizando o impacto ambiental, maximizando os lucros, enfim tudo converte para o maior
aproveitamento, com menor esforço buscando preservar ao máximo o equilíbrio ambiental,
isto contemplando de forma abrangente.
XXXIII
Minimizando esta analogia o que deseja-se atingir é o que podemos melhorar as
nossas práticas, processos e investimentos, como atingir a sociabilização do conhecimento
aumentando a partipacividade dos cidadãos, estudantes e sociedades, será que percebemos as
diversas integrações entre negócios, processos e atividades econômicas existentes, quais são
as relações existentes entre cada produto que é produzido e dos insumos naturais por este
utilizados, ou seja temos a necessidade de integrar diversos negócios de múltiplos segmentos,
mas como efetuar estas ações sem termos a interoperação de sistemas e serviços?
O Governo Federal, através do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, no Departamento de Integração de
Sistemas de Informação, desenvolveu e prototipou uma solução no âmbito federal
denominada Arquitetura Referencial de Integração – AR, onde esta possibilita o mapeamento
das estruturas chaves de interoperação e o Portal de Integração e Inteligência em Informações
do Governo – i³Gov, este possibilita a integração de diferentes mundos governamentais
gerando o conhecimento e indicadores que auxiliam a tomada de decisão estratégica da
União.
A idéia parte do princípio de encontrar nos diversos sistemas e negócios
envolvidos tabelas que possuam a mesma função, estruturar entre estas tabelas a inteligência
da correlação gerando uma chave única que possibilite encontrar este conjunto de chaves nos
outros sistemas parceiros, e aglutinando o conhecimento dos processos e dos agentes
envolvidos a construção e perpetuação das formas de conhecimento construídas para aquele
momentos históricos vivenciados e claro tendo a transparência e a publicitação destes
resultados para o principal cliente a própria sociedade que constitui o Estado e a União.
Muitas soluções preocupam em obter acesso direto aos dados ou às bases de
dados corporativas, entretanto a prática junto ao mundo de TI, observamos que será muito
mais simples identificar e mapear os interfaces, arquivos de trocas de informações entre
aplicativos, que acessar diretamente as bases corporativas.
A partir do momento em que catalogar estes interfaces, poder-se-á conhecer o
conteúdo e os negócios que estes interfaces tratam, abrindo lacunas para identificação dos
processos de negócio e serviços que estes negócios possam gerar. Desta forma é construído de
maneira gráfica o fluxo do processo automatizado existente, esta interface em formato de
XXXIV
metadados carrega com ele a sua composição, com isso possibilita aos administradores deste
serviço a vinculação e cruzamentos com os outros interfaces ou metadados existentes na base
de conhecimento, que estará em formato aberto, funcionando por adesão dos participantes,
onde possibilitará a construção de visões de dados públicos com a partipacitividade dos
agentes envolvidos.
O melhor resultado é que este tipo de solução independerá das soluções ou das
tecnologias que as organizações envolvidas utilizam, mas dependerá do método de
padronização utilizado na comunicação e transferência de dados entre estes agentes
envolvidos.
Esta troca de informações deve acontecer de forma dinâmica e orquestrada, neste
momento adota-se o método SOA, que estrutura um conceito de Bus Service (serviço de
barramento) onde os adaptadores são Web Services que conversam no formato XML / XSD e
XSL, o orquestrador deste serviço é o catálogo de esquemas de metadados, onde possuirá o
registro do proprietário do metadado e responsável pelo seu conteúdo, os serviços que este
metadado atende e os indicadores que este metadado já agrega ou disponibiliza para a
sociedade; com esta estrutura, o cliente pode determinar em disponibilizar somente as
informações desejadas pela organização, entretanto, desta forma temos os metadados de
entrada, insumos e metadados de saída, resultados. Para complementar esta visão global de
indicadores os administradores do barramento poderão mensurar e colocar as consultas mais
comuns publicamente e disponibilizá-las a sociedade e com este conjunto de dados através
das práticas de DataMinings, DataMart’s e BI disponibilizar um EIS para a camada
administrativa dos negócios e processos envolvidos.
2.5. Os padrões brasileiros de e-GOV, e-PING e Guia Livre
Os padrões das evoluções tecnológicas construídas e constituídas no Brasil de
Governo Eletrônico – e-Gov, Padrão de Interoperabilidade do Governo Federal – e-Ping e
Guia de Referência para Migração de Software Livre, são metodologias e métodos que
buscam institucionalizar o desenvolvimento e a construção de padrões de referências de boas
práticas técnicas para operacionalizar a integração e interoperação dos diversos segmentos
sociais que interagem com a União.
XXXV
Estes padrões estão baseados nos padrões BPL, BPEL, BPMN, SOA, MOM, XML,
W3C, nas técnicas de DW, Data Mart’s e Dataminings, com as referências as estudos de ERP,
CRM, SAP e EIS, com a utilização de ETL; entretanto aglutinar as melhores práticas, dar
visibilidade e transparência, colocando-as em prática não é uma tarefa simples, exige da
equipe a partipacitividade em audiências e consultas públicas e uma grande preocupação para
não atender o tendenciosismo dos mercados e da economia, não acatar as influências
mercadológicas, mas sim extrair deste mercado o melhor de cada método e práticas,
disponibilizando-as para alavancar o conhecimento e o crescimento econômico e intelectual
da sociedade.
2.6. A Arquitetura Referencial de Interroperação e seu funcionamento
A Arquitetura Referencial de Interroperação dos Sistemas Informatizados de
Governo, AR, é um modelo de arquitetura de interroperação de sistemas, proposto pela SLTI,
que, aos moldes da arquitetura e-PING, serve de referência para que quaisquer sistemas que
queiram interroperar adotem esse modelo e possam usufruir os benefícios de contar com
serviços automatizados1
e gerenciados2
de Governo.
2.6.1. Em que se baseia a Arquitetura Referencial
A maioria dos sistemas foi originalmente concebida para resolver problemas
únicos e isolados, e que precisam ser integrados, sendo comum atualmente implementar
integrações de sistemas de maneira pontual e repetitiva. A SOA, Arquitetura Orientada a
Serviços, é uma nova maneira de perceber o problema e solucioná-lo, fornecendo uma
camada de abstração de alto nível onde o que importa são os serviços oferecidos e como os
mesmos podem ser organizados, e não mais sua plataforma ou arquitetura de implementação.
WebServices são serviços que são aderentes a este paradigma, sendo ainda universalmente
acessíveis (através da Internet), e asseguram a interoperabilidade através de XML, uma
1
Ligação máquina a máquina sem interferência de um operador (pessoa), com periodicidades programadas e, se
for o caso, com latência zero.
2
Rotinas administrativas para cadastrar serviços e para habilitar usuários em serviços. Estatísticas de acesso.
XXXVI
maneira padronizada de descrever e empacotar dados, que é transparente e independente de
plataforma. A Arquitetura Referencial de Interoperação é um modelo SOA, adaptado à
realidade dos Sistemas Informatizados de Governo, que se propõe, via adesão de parceiros, a
orientar uma forma padronizada de tornar disponíveis e acessíveis serviços automatizados e
gerenciados de Governo.
2.6.2. O que são Sistemas Gestores de Serviço? O que são Sistemas Clientes?
Na visão de quem constrói a interoperação via AR, cada sistema que tem uma
atividade finalística definida e que fornece esta funcionalidade como um serviço, seja ele um
Sistema Estruturador de Governo3
ou um Sistema Corporativo de Governo4
, é denominado
Sistema Gestor de Serviço. Da mesma maneira, sistemas que precisam acessar outros sistemas
são chamados de Sistemas Clientes. Os serviços fornecidos pelo Sistema Gestor de Serviço
podem estar totalmente contidos naquele sistema ou ser o resultado da composição de
serviços de mais de um sistema. Neste último caso deve haver um Sistema responsável,
Gestor do Serviço.
O mesmo sistema, dependendo da situação, pode ser encarado como Sistema
Gestor de Serviço, e em outra ocasião agir como um Sistema Cliente – o que define este papel
é a ação realizada em um determinado momento da interroperação. Assim, o SIAPE é um
sistema Gestor de Serviço que fornece informações de Provimento de Cargos, e o SIORG é o
Sistema Gestor de Serviço que fornece a Estrutura Orgânica de Governo. Todavia, o mesmo
SIAPE e o mesmo SIORG são sistemas Clientes dependendo do papel que cumprem quando
interroperam: O SIAPE é Cliente quando precisa das informações de Estrutura Orgânica do
SIORG para fins de pagamento e o SIORG é Cliente quando precisa de informações de
Provimento de Cargos do SIAPE para fins de titularidade do órgão.
3
Sistema transversal na estrutura orgânica de Governo que atende as necessidades finalísticas de mais de um
órgão de Governo. São os seguintes os Sistemas Estruturadores de Governo: SIORG - Sistema de Informações
Organizacionais do Governo Federal, SIAPE – Sistema Integrado de Administração de Pessoal Civil, SIASG –
Sistema Integrado de administração de Serviços Gerais, SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira
do Governo Federal, SIDOR – Sistema Integrado de dados Orçamentários, SIEST – Sistema Integrado das
Empresas Estatais, SIGPLAN – Sistema de Informações Gerenciais de Planejamento
4
Sistema finalístico que atende a um órgão superior de Governo. São exemplos de Sistemas Corporativos o
SIMEC do MEC e o PNLA do MME.
XXXVII
2.6.3. A Arquitetura Referencial de Interroperação
A AR tem como objetivo servir de referência para tornar disponíveis serviços de
troca de mensagens e dados entre os Sistemas Informatizados de Governo que aderirem aos
seus padrões, e é mostrada no diagrama a seguir:
AR
REGISTRAR
serviço
HABILITAR-SE
serviço
ARMAZENA
XSDWSDL
Guia de
Uso
Guia de
Uso
Guia de
Uso
Qualidade
(medição)
Guia de
Uso
Acesso
(medição)
Elementos Obrigatórios
Elementos Recomendados
integração inteligência informação
DISPONIBILIZAR
DOCUMENTAR
INVOCAR
PESQUISAR
SISTEMA
CLIENTE
WS : Conteúdo
WS : MediçãoSISTEMA
GESTOR DE
SERVIÇO
WS
AR
REGISTRAR
serviço
HABILITAR-SE
serviço
ARMAZENA
XSDWSDL
Guia de
Uso
Guia de
Uso
Guia de
Uso
Guia de
Uso
Guia de
Uso
Qualidade
(medição)
Guia de
Uso
Qualidade
(medição)
Guia de
Uso
Acesso
(medição)
Guia de
Uso
Acesso
(medição)
Elementos Obrigatórios
Elementos Recomendados
Elementos Obrigatórios
Elementos Recomendados
integração inteligência informação
DISPONIBILIZARDISPONIBILIZAR
DOCUMENTARDOCUMENTAR
INVOCARINVOCAR
PESQUISARPESQUISAR
SISTEMA
CLIENTE
SISTEMA
CLIENTE
SISTEMA
CLIENTE
WS : ConteúdoWS : Conteúdo
WS : MediçãoWS : MediçãoSISTEMA
GESTOR DE
SERVIÇO
WSSISTEMA
GESTOR DE
SERVIÇO
WS
2.6.4. A Arquitetura Referencial de Interoperação e seu funcionamento
2.6.4.1.Componentes da AR
 Disponibilizar é tornar um serviço acessível, através de WebServices.
o WebService(s) de Conteúdo são aqueles que são relacionados à
atividade finalística do serviço, como por exemplo, Programas e
Ações de Governo ou Alocação e Provimento de Cargos.
o WebService(s) de Medição (OPCIONAL) são aqueles que
provêm mecanismos para monitoramento, gerenciamento e
contabilização dos Serviços. Cada Sistema Gestor de Serviço
poderá fornecer, conjuntamente com os WebServices de Conteúdo,
os WebServices de Controle e Administração com o seguinte
conjunto inicial de operações:
 Medição de Acesso: esta informação é composta pela
quantidade de acessos ao WebService, podendo conter
filtros como operação realizada, esquemas mais solicitados
etc;
XXXVIII
 Medição da Qualidade dos Dados Fornecidos: esta
informação é composta pela taxa de preenchimento dos
dados e da freqüência com que os mesmos são atualizados;
 Pesquisa de Satisfação: O Sistema Gestor de Serviço pode
contar com informações de como os Sistemas Clientes que
dependem dele estão utilizando o Serviço. Esta informação
seria composta por uma pontuação fornecida pelos Sistemas
Clientes para o Sistema Gestor de Serviço, que serviria
como um indicador de um possível acordo de nível de
serviço entre as duas partes.
 Registrar: Para que um serviço possa ser encontrado e utilizado, é
necessário que o Sistema Gestor do Serviço o tenha cadastrado, registrado,
no Catálogo de Serviços centralizado que faz parte da AR.
 Documentar: Uma condição necessária para a interoperação é a
documentação dos serviços e esquemas de dados disponíveis, sendo
contemplada pelos componentes a seguir:
o WSDL: é a interface de utilização de um webservice, como
preconizado na e-PING. Neste componente, o Sistema Gestor de
Serviço define e publica a interface de utilização do seu serviço;
o XSD: é a estrutura dos dados que trafegarão através da interface
definida no WSDL. O arquivo WSDL pode conter todos as
estruturas que são trocadas, sem necessidade de um arquivo
adicional.
o Guia de Uso (OPCIONAL): em adição ao WSDL/XSD
obrigatório, o Sistema Gestor de Serviço poderá fornecer um Guia
de Uso, com implementações exemplo e explicações técnicas e
administrativas pertinentes à utilização correta de seu serviço.
 Pesquisar: para que um sistema cliente possa utilizar um serviço, deverá
ser capaz de procurar e encontrar o serviço que é mais adequado à sua
necessidade, de maneira análoga a uma busca de um telefone para uma
prestação de serviço em páginas amarelas. Com esta pesquisa, o Sistema
Cliente obtém a localização e outras informações, cadastradas
obrigatoriamente pelo Sistema Gestor do Serviço, na AR.
 Habilitar-se: A utilização de um determinado serviço depende de um
acordo explícito entre o Sistema Gestor de Serviço e o Sistema Cliente.
Esta habilitação depende da política de uso do Sistema Gestor de Serviço,
podendo ter inclusive limitações legais para acesso aos dados fornecidos.
Assim, somente Sistemas Clientes devidamente habilitados na AR, que
tenham concordado com a Política de Uso específica de cada Sistema
Gestor de Serviço estarão aderentes a AR.
 Invocar: Um Sistema Cliente aderente à AR precisa ser capaz de invocar
WebServices para que possa usufruir das facilidades de Interoperação
descritas.
 Armazenar: a utilização de um Serviço é claramente motivada pela
necessidade do Sistema Cliente em utilizar alguma informação daquele
Sistema Gestor de Informação. Assim, o processamento que o Sistema
XXXIX
Cliente faz com os dados obtidos é de sua inteira responsabilidade. A
operação padrão é do armazenamento dos dados obtidos para sua utilização
pelo Sistema Cliente.
2.6.5. Adesão a AR
Para aderir a AR os Sistemas Informatizados de Governo deverão estar de acordo
com a política de Uso do Catálogo de Serviços da e-PING e se cadastrarem ou se habilitarem
em serviços através deste catálogo.
A gestão do Catálogo de Serviços da e-PING é descentralizada por assuntos de
Governo5
. O Gestor do assunto de Governo, indicado pela e-PING, é responsável pela
administração6
dos serviços relacionados ao assunto de Governo sob sua responsabilidade.
5
Assuntos de Governo da e-PING: social; saúde; segurança pública; educação; administração e gestão;
habitação; ciência e tecnologia; turismo; comércio exterior; defesa nacional; economia e finanças; cultura; meio
ambiente; previdência social; trabalho; transportes; energia; agricultura e organização agrária; comunicação;
direito, justiça e leis.
6
Inclusão, atualização e apresentação dos serviços. Manutenção dos assuntos correlatos, políticas de uso,
requisitos técnicos para habilitação nos serviços etc.
XL
O Catálogo de Serviços, com todos os serviços de todos os assuntos de Governo,
também será um serviço e estará disponibilizado em um WebService público acessado por
qualquer aplicação que queira fazer uso deste catálogo.
Os responsáveis pelos Sistemas Gestores dos Serviços que aderiram a AR formam
um colegiado, que junto aos gestores da e-PING, são responsáveis pela Gestão do Catálogo de
Serviços Informatizados de Governo.
2.7.Indicador utilizando na gestão da interoperação de sistemas informatizados de
Governo.
Para melhor aferir a situação da interoperação dos sistemas informatizados de
Governo é utilizado o Indicador da Arquitetura Referencial de Interoperação que considera 2
componentes para o seu cálculo:
Automatismo: O primeiro componente aplica nota de 1 a 3 e significa se a
integração entre o Sistema Gestor do Serviço e seus Clientes é realizada de forma manual (1),
semi-automática (2) ou automática (3) onde a forma manual significa operado por pessoas e a
forma automática significa uma integração automática, máquina a máquina, aos moldes do
uso de webservices;
Aderência à e-PING: O segundo componente aplica nota de 1 a 3 e avalia o grau
de aderência do Sistema Gestor do Serviço em relação aos padrões preconizados pela e-PING:
plenamente aderente (3), em processo de adequação(2) ou (1) sem componentes aderentes à e-
PING.
Uma primeira aproximação de pontos, como exemplo, é atribuída aos Sistemas
Estruturadores de Governo a seguir:
automatismo x aderência a e-PING total
1 – SIDOR  1 x 1 = 1
2 – SIEST  1 x 1 = 1
3 – SIGPLAN  2 x 2 = 4
4 – SIASG  1 x 1 = 1
5 – SIAPE  1 x 1 = 1
XLI
6 – SIEG  2 x 2 = 4
7 – SIAFI  1 x 1 = 1
8 – SIORG  2 x 2 = 4
9 – SIAPA  1 x 2 = 2
A Pontuação da Interoperação entre os Sistemas Estruturadores de Governo é o
somatório das notas atuais = 19 dividido pela integração plena dos sistemas estruturadores,
nota 3 para todos, que é uma nota = 81 (9 sistemas x 3 x 3). Atualmente o Índice de
Interoperação entre os Estruturadores é então de 24% (19/81 x 100).
O indicador atual utilizado no PPA, o número absoluto 1 para cada integração,
não auxilia na medição do projeto atual que vem sendo conduzido. Apesar disso temos
utilizado uma aproximação desta medida quando dizemos que de 9 integrações atingimos 2,
ou seja cerca de 22%.
Em médio prazo, está prevista a incorporação de um terceiro critério a este
Indicador, correspondendo à qualidade dos dados disponibilizados na Arquitetura Referencial
de Interoperação. Tal aferição leva em consideração a freqüência de atualização dos dados
(indicando se os mesmos são atualizados de acordo com a periodicidade anunciada como
necessária) e a taxa de preenchimento (indicando o quanto as variáveis fornecidas tem dados
preenchidos ou não informados).
2.8.A Arquitetura Referencial de Interoperação em implementação no Sistema de
Integração e Inteligência em Informações de Governo, i³Gov.
O i3Gov, sistema aderente a AR como Sistema Cliente dos Sistemas
Estruturadores de Governo, implementa a gestão do Catálogo de Serviços de Governo no
assunto Administração e Gestão da e-PING.
Construído com dados dos sistemas estruturadores de Governo, o i3Gov conta
com informações gerenciais contextualizadas através de documentação dos macro-processos,
metadados e dos serviços importantes prestados pelos sistemas estruturadores.
XLII
Concebido na forma de prototipação evolutiva o i3Gov se apóia em um ambiente
permanente de desenvolvimento de documentação e de análise de informações em tempo real.
O i3Gov visa:
 Melhoria da interoperação entre os Sistemas Estruturadores e destes com
os sistemas corporativos externos, via disponibilidade de eventos e objetos
de interface da integração que, padronizados segundo a e-PING (Padrões
de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), possam amenizar os
problemas do tráfego aleatório, repetitivo e redundante de dados de
cadastros e tabelas entre os sistemas resultando em uma redução
significativa7
dos custos de operação das transações de extração de dados e
apurações especiais demandadas ao SERPRO;
 Ampliação do contexto de interoperação de órgãos para conteúdo genérico
de esquemas de dados dos Sistemas Estruturadores que, uma vez
disponíveis e publicados como webservices, aderentes a AR, possam
atender demandas externas por serviços;
 Criação de acesso único e organizado a quaisquer informações
compartilhadas entre os Sistemas Estruturadores e outros sistemas
corporativos importantes, que venham a se conveniar e utilizar a
arquitetura referencial de interoperação;
 Gestão compartilhada e disponibilidade do conhecimento adquirido para
todos os parceiros integrantes dos convênios de relacionamento com o
i3Gov.
Para o i3Gov a proposição de seguir o modelo de arquitetura AR é baseada na
ampliação do número de sistemas corporativos de órgãos externos de Governo que venham a
se utilizar à infra-estrutura de serviços provenientes desta iniciativa e da melhoria da entrega e
recepção de informações pelos Sistemas Estruturadores de Governo.
Para tanto, através do i3Gov (módulo de cadastramento e habilitação em
desenvolvimento), o órgão interessado em aderir a Arquitetura Referencial de Interoperação
deverá:
7
Estima-se que os custos sejam reduzidos em mais de 75%.
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  • 1. Paulo Emerson de O Pereira Integração e Inteligência em Informações de Negócios Interroperação de Sistemas Aplicativos Universidade do Sul de Santa Catarina Brasília (DF) 2007
  • 2. Paulo Emerson de O Pereira Integração e Inteligência em Informações de Negócios Interoperação de Sistemas Aplicativos Monografia apresentada ao curso de especialização em Implantação de Software Livre, como requisito parcial à obtenção do grau de especialista em Implantação de Software Livre com habilitação ao Magistério Superior. Universidade do Sul de Santa Catarina Orientador(es) : Mestre Luiz Otávio Botelho Lento Brasília (DF) 2007
  • 3. RESUMO A presente monografia trata de um grande dilema nas organizações privadas e públicas, principalmente quando tratam de qual método escolher para a atualização de sistemas, integração de informações, construção da sala decisão ou “sala de cenário de riscos”, através da necessidade da integração e interroperabilidade de sistemas. Partindo das diversas soluções existentes de Bussines Inteligence - BI, CRP, ERP, SAP, ETL, DataWare House, Data Miner e Data Marts, legado de sistemas e plataformas de dados de diferentes épocas e de uma pluraridade de plataformas sistêmicas e métodos de construção de soluções, atualmente temos o desafio de integrar, interroperar e automatizar o ciclo de vida do negócio; não tão somente da informação ou do dado puro. O maior paradigma não é atualizar as aplicações ou migrá-las de plataformas, mas sim não extraviar ou perder dados, informações e regras de negócios dos diversos momentos econômicos existentes; defender a evolução da tecnologia é fundamental para o desenvolvimento intelectual da sociedade, entretanto permitir o aumento do estreitamento das informações e da complexidade dos mundos sociais existentes ainda é um desafio maior, pois a tecnologia não possui somente o dever de evolução, mas também o da preservação e do equilíbrio social entre agentes sociais, economia, política e sociedade. Palavras-chave: Monografia; integração de informações, interroperabilidade, BI, Data Marts, Dataware House, Dataminings, SOA, ETL, EIS, sala de cenário de riscos, sala de decisão.
  • 4. ABSTRACT This monograph deals with a great dilemma in private and public organizations, especially when dealing with which method to choose for system upgrade, information integration, decision room construction or "risk scenario room", through the need of interoperability of systems. Based on the diverse existing solutions of Bussines Inteligence - BI, CRP, ERP, SAP, ETL, DataWare House, Data Miner and Data Marts, legacy systems and data platforms of different epochs and a plurality of system platforms and construction methods solutions, we currently have the challenge of integrating, interoperating and automating the business life cycle; not just information or pure data. The biggest paradigm is not updating the applications or migrating them from platforms, but rather not losing or losing data, information and business rules of the various economic moments; to defend the evolution of technology is fundamental to the intellectual development of society, but to allow for an increase in the narrowing of information and the complexity of existing social worlds is still a major challenge, since technology has not only the duty of evolution, but also that of preservation and social balance between social agents, economy, politics and society. Keywords: Monograph; interoperability, BI, Data Marts, Dataware House, ETL, EIS, risk scenario room, decision room.
  • 5. Sumário 1. O que é integração e interroperação de sistemas e negócios e as dificuldades tecnológicas, políticas e econômicas...........................................................................................I 1.1. As necessidades existentes em uma organização para a construção de indicadores de situação e risco...................................................................................................................... II 1.2. As tecnologias existentes e as propostas de implantação e implementação.........III 1.2.1. Enterprise Resourcing Planning - ERP..................................................................V 1.2.1.1. Quais as vantagens do ERP? .................................................................................V 1.2.1.2. Quais as desvantagens do ERP?............................................................................V 1.2.2. CRM .....................................................................................................................VI 1.2.3. SAP..................................................................................................................... VII 1.2.4. Sistemas de Apoio a Decisão - SAD .................................................................VIII 1.2.5. Sistema Executivo de Informações - Executive Information Systems - EIS..........X 1.2.6. Alto custo, implementação e implantação.......................................................... XII 1.3. As dificuldades operacionais de acesso às informações................................................. XII 1.3.1. Os OLAP, Datawere houses, Data Minings, Datamart's, BI, Metadados e ETL o que são, como utilizá-los e qual é o melhor? ...............................................................................XIII 1.3.1.1. OLAP.................................................................................................................XIII 1.3.1.1.1. Consultas ad-hoc ...............................................................................................XIII 1.3.1.1.2. Slice-and-Dice ...................................................................................................XIII 1.3.1.1.3. Drill Down/Up...................................................................................................XIII 1.3.1.1.4. Geração de Queries............................................................................................XIV 1.3.1.2. Data Warehouses...............................................................................................XIV 1.3.1.3. DATA MININGS............................................................................................... XV 1.3.1.4. DATA MARTS .................................................................................................XVI 1.3.1.5. BUSINESS INTELLIGENCE - BI........................................................................... XVII 1.3.1.6. METADADOS..................................................................................................XXI 1.3.1.7. Extration, Transformation and Load - ETL....................................................XXIII 1.3.2. Qual é o melhor?.............................................................................................XXVI 1.4. A necessidade de integrar e interoperar negócios, processos e sistemas de diferentes épocas. ...............................................................................................................................XXVII 1.5. Como quebrar o paradigma da modernização de evoluir sem perdas financeiras, humanas e negociais .........................................................................................................................XXVII 2. Histórico da integração de negócios e processos..................................................... XXVIII 2.1.1. A Evolução da Tecnologia .............................................................................XXIX 2.2. A criação dos segmentos especializados e seus vales escuros ........................ XXX 2.3. O ETL bancário e a criação das regras de interoperações de dados...............XXXI 2.4. A necessidade Atual de integração de negócios e sistemas de diferentes épocas, como fazer?XXXII 2.5. Os padrões brasileiros de e-GOV, e-PING e Guia Livre ............................XXXIV 2.6. A Arquitetura Referencial de Interroperação e seu funcionamento ............. XXXV 2.6.1. Em que se baseia a Arquitetura Referencial................................................. XXXV 2.6.2. O que são Sistemas Gestores de Serviço? O que são Sistemas Clientes? ...XXXVI 2.6.3. A Arquitetura Referencial de Interroperação .............................................XXXVII 2.6.4. A Arquitetura Referencial de Interoperação e seu funcionamento.............XXXVII
  • 6. 2.6.4.1. Componentes da AR...................................................................................XXXVII 2.6.5. Adesão a AR................................................................................................XXXIX 2.7. Indicador utilizando na gestão da interoperação de sistemas informatizados de Governo. XL 2.8. A Arquitetura Referencial de Interoperação em implementação no Sistema de Integração e Inteligência em Informações de Governo, i³Gov.............................................. XLI 2.8.1. Funcionalidades previstas no i³Gov.................................................................XLIII 2.8.1.1. Invocação do WebService ...............................................................................XLIII 2.8.1.2. Documentação Padronizada dos dados disponíveis e Processos de Negócio XLIV 2.8.1.3. Extração Parametrizada de Dados .................................................................. XLIV 2.8.1.4. Atualização do ODS ou disponibilidade dos dados ....................................... XLIV 2.8.1.5. Monitoramento e Contabilidade de Serviço ................................................... XLIV 2.8.1.6. Composição de Informações (Serviços)......................................................... XLIV 2.8.1.7. Disponibilização de Serviço.............................................................................XLV 2.8.1.8. Cadastramento de Serviços / Gerenciamento ...................................................XLV 2.8.1.9. Habilitação no Serviço......................................................................................XLV 2.8.1.10. Repositório de Integração Transitória ..............................................................XLV 2.8.2. Expectativas do uso de um padrão de Arquitetura ...........................................XLV 2.9. A necessidade da socialização do conhecimento ..........................................XLVII 3. O futuro da sociedade, tecnologia e seus legados ....................................................XLVIII 3.1. As possibilidades............................................................................................ XLIX 4. Conclusão .......................................................................................................................... L 5. Glossário...........................................................................................................................LI 6. Bibliografia......................................................................................................................LII
  • 7. I 1. O que é integração e interroperação de sistemas e negócios e as dificuldades tecnológicas, políticas e econômicas. A integração é uma necessidade existente em todos os segmentos de negócio, pois toda e qualquer atividade possui dependências processuais e negociais de outras atividades, por exemplo: para comermos um pão francês dependemos da padaria, poder financeiro, padeiro, vendedor, transportador, transportadora, combustível, montadora de veículos, carregador, produtor de trigo, importadores, comerciantes, situação da econômica e da economia; enfim a linha de produção e dos agentes envolvidos desde o plantio do trigo até a produção do pão envolve uma gama infinita de pessoas e negócios interdependentes; entretanto cada agente desta produção está integrado com outras ações e processos, que nem sempre possuem as informações ou insumos necessários para a execução de suas atividades, estas pequenas pontes de contato entre serviços são chamadas de integrações necessárias que interligam tarefas ou processos diferentes que dependem entre si para a execução da tarefa. A interoperação ocorre quando estes pequenos processos trocam as informações ou insumos produzidos entre si, estes podem ser transparentes como o trabalho pelo dinheiro, e este dinheiro por serviços ou produtos, neste caso temos uma linguagem e uma regra clara para este tipo de transação, pelo fato de ser altamente utilizada, difundida e conhecida, para nós é um processo comum, mas temos estas interoperações presentes nos diversos processos negociais e comerciais existentes, expandindo este conceito temos estas interoperações ocorrendo entre aplicativos ou softwares aplicativos de maneira mecânica, semi-automática e automática e principalmente desordenada. Dentro do mercado tecnológico, muitas empresas utilizam tecnologias consolidadas para o provimento de soluções ERP, SAP, CRM, e outras para o melhor controle e aferição do que processa até ao que se produz, buscando assim constituir melhores indicadores que apontem as tendências para melhor atender as expectativas de mercado. A maioria destas soluções exigem, a necessidade de uma mesma plataforma, banco de dados corporativo centralizado, mesma estrutura operacional e de preferência um só aplicativo que execute desde a captação ou recepção inicial dos insumos até ao acompanhamento gerencial das informações. O alto custo para integrar, a grande dificuldade em conhecer todo o processo e visualizá-lo, os interesses em manter as informações e dados desagrupados e desordenados, inviabilizam significativamente a integração das soluções, pois
  • 8. II o interesse em manter os feudos de negócio e a troca remunerada de informações ainda constitui um grande negócio no mundo. Os agentes, clientes, sistemas e negócios envolvidos não percebem o valor do prejuízo acumulado, quando demoram a adotar ou determinar uma decisão crucial para o crescimento econômico da organização, do órgão ou do país; atualmente a necessidade de informações gerenciais que auxiliem a tomada de decisão para investimento têm sido motivos de preocupação dos gestores para determinar os marcos e objetivos para o melhor sucesso dos investimentos estratégicos e futuros. Interoperabilidade não é somente integração de sistemas nem somente integração de redes. Não referencia unicamente troca de dados entre sistemas e não contempla simplesmente definição de tecnologia. É, na verdade, a soma de todos esses fatores, considerando, também, a existência de um legado de sistemas, de plataformas de hardware e software instaladas. Parte de princípios que tratam da diversidade de componentes, com a utilização de produtos diversos de fornecedores distintos. Tem por meta a consideração de todos os fatores para que os sistemas possam atuar cooperativamente, fixando as normas, as políticas e os padrões necessários para consecução desses objetivos. Para que se conquiste a interoperabilidade, as pessoas devem estar engajadas num esforço contínuo para assegurar que sistemas, processos e culturas de uma organização sejam gerenciados e direcionados para maximizar oportunidades de troca e reuso de informações, interna e externamente para a organização, promovendo assim a melhor comunicação entre os diversos níveis e segmentos negociais, operacionais, econômicos e políticos. 1.1.As necessidades existentes em uma organização para a construção de indicadores de situação e risco. Há algum tempo as empresas tem buscado constantemente a redução dos custos e aumento expressivo da produtividade, seja através da constante melhoria e readaptação dos processos de produção ou dos passos de execução para solução de problemas.
  • 9. III Estes procedimentos não são suficientes para mensurar ou quantificar os ganhos, dentre as métricas, estatísticas, e as diversas comparações ainda faltam o corte transversal do dado, da informação e do negócio, nem sempre estas inferências retratam eficazmente a visão desejada ou esperada pelo empreendedor ou órgão responsável por este desenvolvimento. Imaginem a possibilidade de em tempo de execução agrupar diferentes dados que modificam o resultado de uma ação, que possua diversos atores, envolvidos e agentes? Entretanto, neste contexto temos diversos negócios, sistemas, aplicativos, arquiteturas e principalmente diferentes momentos econômicos. Nesta época as grandes soluções corporativas apontavam para sistemas únicos, bases centralizadas, e processos mapeados e organizados da mesma forma; quando isso era resultado para uma única organização a solução é possível, promovendo a evolução demissão de diversos funcionários, requalificando-os e renovando o quadro para as novas necessidades. Agora se tentamos viabilizar o mesmo tipo de ação para diferentes nichos negociais, é possível auferirmos êxito para criação de indicadores, sim mas qual será os outros problemas e dificuldades que serão criados? Como medir este indicador ou estimá-lo antes de adotarmos esta solução. Passamos a verificar que o cenário não é tão simples e prático, entretanto necessária, quais são as soluções existentes e como melhor utilizá-las para não termos o ciclo vicioso e honeroso para os agentes participes desta mudança e quebra de paradígma? Principalmente sem promover o monopólio de soluções o que retardaria consideravelmente o desenvolvimento tecnológico. 1.2. As tecnologias existentes e as propostas de implantação e implementação. Toda organização quando busca maximizar os acertos, buscando originalmente o aumento da lucratibilidade, inconscientemente atinge outros segmentos que não estão associados diretamente à produção em questão, conseguindo manter o equilíbrio do ecosistema do qual participa por mais tempo, dando tempo inclusive para que os recursos naturais se reestabeleçam, mantendo assim o ciclo da produção.
  • 10. IV Entretanto com a atual cultura da evolução desordenada não utilizamos o máximo que cada tecnologia e metodologia nos apresentam nos tornando consumistas exarcebados dos recursos naturais, do capital e das tecnologias, sem aproveitarmos o máximo de cada momento tecnológico. Ao observar os conceitos de CRM, ERP, SAP, SAD e EIS através dos artigos do Sr.Ivã Cielo, percebemos que as tecnologias e métodos buscam apresentar uma forma de conhecermos aos processos organizacionais, a forma de produção, a construção de indicadores para otimização dos processos e da visão contábil de custos de serviços, ou seja quanto precisamos nos esforçar para atingir um determinado resultado. Administrativamente, temos que possuir as informações de quando, como, onde e quanto de recursos naturais, de maquinário, de recursos humanos, de conhecimento e de experiências, tudo isso para identificar a melhor forma de investir e desenvolver o negócio da organização. Quando abordamos organização não perfilamos se esta é pública ou privada, mas inferimos o conceito de resultado da organização privada para a pública, esta tem o dever de manter a sociedade de acordo com a autonomia de Estado que possui, em nosso caso de manter a União Federativa, conceito da governabilidade, autonomia e nação. Não existe um método que contemple toda a necessidade da visualização de uma organização, principalmente quando no discurso da implementação ou no levantamento do conhecimento da necessidade do negócio são colocados que: a solução adotada necessita de uma determinada plataforma operacional e sistêmica, necessita de ampla recapacitação profissional e que consequentemente reduzirá o quadro dos colaboradores da organização, não precisamos aqui inferenciar os desdobramentos organizacionais e as perdas do conhecimento que acontecem com estas posições arbitrárias. Para minimizar estas perdas de conhecimento buscamos utililizar o melhor que cada método apresenta e tentar aglutinar este conceito em uma estrutura de portal de apoio a decisão ou de informações executivas, não descontinuamos as práticas existentes e nem promovemos uma nova tecnologia, mas sim utilizamos a experiência da melhor prática de cada uma, com os melhores resultados e consolidamos o resultado dos serviços para alavancar o desenvolvimento organizacional com a contribuição ativa de cada uma dos colabores ativos na organização, agregando ao profissional um valor de significado social prático à sua atividade.
  • 11. V Tecnologicamente quando observamos a pluraridade de sistemas, negócios, tecnoligias e legados sistêmicos envolvidos esbarraremos na qualidade da informação como resolver este degrau? Estruturando uma forma de protocolo, ou linguagem universal de comunicação, para isso utilizamos as estruturas XML 1.2.1. Enterprise Resourcing Planning - ERP Planejamento (ou planeamento, em Portugal) de Recursos Empresariais) são sistemas de informações transacionais(OLTP) cuja função é armazenar, processar e organizar as informações geradas nos processos organizacionais agregando e estabelecendo relações de informação entre todas as áreas de uma organização. Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios. 1.2.1.1.Quais as vantagens do ERP? Algumas das vantagens da implementação de um ERP numa empresa são:  Eliminar o uso de interfaces manuais  Redução de custos  Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)  Otimizar o processo de tomada de decisão  Eliminar a redundância de actividades  Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado  Reduz as incertezas do lead-time 1.2.1.2.Quais as desvantagens do ERP? Algumas das desvantagens da implementação de um ERP numa empresa são:  A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada  Altos custos que muitas vezes não comprovam o custo/benefício  Dependência do fornecedor do pacote  Adoção de best practices aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um segmento
  • 12. VI  Cortes de pessoal, que gera problema social  Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que serem constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real (on line), ocasionando maior trabalho.  excesso de controle sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à mudança e pode gerar desmotivação por parte dos funcionários. 1.2.2. CRM Quando falamos em CRM é importante lembrar que acima de tudo o Customer Relationship Management, Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente é um conceito ou talvez uma filosofia de trabalho sustentada por aplicações que permitem o seu funcionamento. A implementação de um projeto de CRM além de tempo e dinheiro, exige quase sempre, profundas mudanças na forma da empresa se relacionar com seus clientes. Políticas, procedimentos, tarefas e atitudes da empresa frente aos seus consumidores fatalmente serão analisados e melhorados para atingir os objetivos do projeto. Identificar e conhecer o cliente e suas necessidades, além de garantir sua satisfação através de: atendimento personalizado, maior atenção dedicada ou simplesmente o aumento da eficiência nos serviços prestados; são alguns dos objetivos a serem atingidos através do CRM. Podemos distinguir um projeto de CRM de acordo com sua abordagem ou tema, que pode ser:  Operacional - que visa principalmente melhorar o relacionamento direto entre a empresa e o cliente através de canais como a internet ou Call Centers. Tais melhorias são conseguidas agrupando informações antes espalhadas pelos diversos setores da empresa, definindo com maior precisão o perfil do cliente, o que permite que a empresa esteja melhor preparada na hora de se relacionar com o mesmo;  Analítico - que trata da análise das informações obtidas sobre o cliente nas várias esferas da empresa, permitindo descobrir entre outras informações o grau de fidelização dos clientes, seus diferentes tipos, preferências e rejeições quanto a produtos e serviços. A comparação entre um CRM de abordagem analítica com um Data Mart para o setor Marketing e/ou vendas é inevitável, pois ambos auxiliam a responder importantes questões de negócio. Mas é importante lembrar da necessidade de se ter bem definidas as estruturas de datamarts e datawarehouse, antes de começar a construção da parte física ou ferramental de um CRM;  Colaborativo - esta abordagem do CRM procura integrar as estruturas e benefícios dos outros dois temas descritos. Enquanto o CRM operacional está mais focado nos níveis tático e operacional, e o CRM analítico nos níveis estratégico e tático, o CRM colaborativo procura gerar melhorias nos três níveis. A principal característica deste dessa abordagem está na possibilidade de criar, aumentar e gerenciar a interação com o cliente. Para isso é necessário que a empresa possua um meio adequado para a interação - abordada
  • 13. VII no CRM operacional - e que possua informações suficientes sobre seus clientes - obtidas através do CRM analítico - de forma centralizada e, é claro, integrada. Para os profissionais de Business Intelligence, conhecer a cultura do CRM é tão importante quanto conhecer sua estrutura e aplicações. Principalmente ao saber que dentro das ferramentas de Business Intelligence, o CRM é uma das mais importantes soluções a ser implementada utilizando as plataformas de datamarts e do datawarehouse. 1.2.3. SAP Os Sistemas de Planejamento e Controle da Produção, também denominados por alguns autores de Sistemas de Administração da Produção (SAP), "são sistemas que provêem informações que suportam o gerenciamento eficaz do fluxo de materiais, da utilização de mão-de-obra e dos equipamentos, a coordenação das atividades internas com as atividades dos fornecedores e distribuidores e a comunicação/interface com os clientes no que se refere a suas necessidades operacionais. O ponto chave nesta definição é a necessidade gerencial de usar as informações para tomar decisões inteligentes. Os SAP não tomam decisões ou gerenciam sistemas - os administradores são quem executam estas atividades. Os SAP têm a função de suportar estes administradores para que possam executar sua função de forma adequada." Conforme a Figura 1, na página seguinte, todas as informações quanto ao planejamento e controle da produção são geradas por um Sistema de PCP. O sistema adotado, ou até mesmo criado pela empresa, é que dará suporte à grande maioria das decisões na utilização de recursos e administração do fluxo de materiais, e pode ser considerado como o "coração" da fábrica.
  • 14. VIII 1.2.4. Sistemas de Apoio a Decisão - SAD Muito temos falado sobre os Sistemas de Apoio a Decisão (SAD), mas poucas pessoas sabem como proceder para construí-los. Em primeiro lugar temos de deixar bem claro que os SAD surgem a partir dos sistemas transacionais existentes na empresa. Os dados nele armazenados é que alimentarão os SAD. Tudo começa com o levantamento e definição dos objetos de negócios e, por conseguinte, das questões gerenciais que os respondem. Essa etapa é de extrema importância, pois é ela quem irá determinar quais serão os dados a serem armazenados no Data Warehouse. Também exige uma metodologia específica e diferente dos sistemas transacionais. Podemos dizer que essa fase é quem determinará o sucesso ou fracasso do SAD. Terminada esta etapa, partiremos então para a segunda fase da implantação SAD. Essa consiste em fazer a modelagem dimensional, ou seja, partindo dos objetos gerenciais levantados faz-se a modelagem do novo banco gerando os fatos e as dimensões. Logo em seguida, parte-se para a criação física do modelo, onde as especificidades do SGBD e da ferramenta OLAP escolhidos são levadas em consideração para otimizar as futuras consultas ao banco.
  • 15. IX Feito isso, o passo seguinte é a carga dos dados no DW. Para isso, é necessário que se definam as origens dos mesmos nos sistemas legados, ou seja, identificar em quais sistemas e onde estão armazenados. Nessa etapa é imprescindível a presença de um analista de sistemas da empresa que conheça profundamente os sistemas transacionais, pois isso facilitará muito o trabalho de localização e identificação dos dados. Seguindo nosso roteiro, a próxima etapa do rali é fazer as rotinas de extração dos dados. Essas rotinas podem ser desenvolvidas por programadores em qualquer linguagem de programação. Após a extração nos resta dar a carga dos dados no banco dimensional criado no segundo passo. Essa carga também pode ser feita através de rotinas desenvolvidas por programadores. Uma alternativa às rotinas mencionadas nas duas etapas anteriores é o que chamamos de ferramentas de “extração, filtragem e carga dos dados”, que têm uma série de funcionalidades que as tornam muito superiores às primeiras. Contudo o fator custo pode torná-las inviáveis em projetos com escopo mais restrito. Concluída a carga devemos fazer uma checagem profunda da consistência dos dados, isso é muito importante pois, não se esqueçam que estamos trabalhando com informações para dar suporte a decisão e, qualquer dado errado poderá determinar o fracasso da análise do negócio em questão. Outro passo importantíssimo na elaboração de um SAD é a confecção e armazenamento dos metadados. Os metadados são os dados de controle do Data Warehouse, eles são responsáveis pelo mapeamento dos dados de cada etapa da implementação do SAD. Para fazermos a análise dos dados temos as ferramentas OLAP, que permitem a visualização dos dados da base dimensional e sua análise de acordo com a nossa imaginação. As ferramentas OLAP serão as grandes companheiras dos diretores e gerentes tomadores de decisão. Com esses softwares, também denominados ferramentas de front-end, o usuário
  • 16. X poderá analisar as informações que estão contidas no banco multidemensional e com isso eles serão auxiliados a tomar a decisão em cima de um histórico e não somente com a sua intuição. Assim se constrói um sistema de apoio a decisão, que parece ser bastante simples, mas na verdade exige um profundo conhecimento técnico e de negócio para ter sucesso. 1.2.5. Sistema Executivo de Informações - Executive Information Systems - EIS Os EIS(Executive Information Systems) - Sistemas de Informações Executivas - são sistemas desenvolvidos para atender as necessidades dos executivos de uma empresa, de obterem informações gerenciais de uma maneira simples e rápida. Ele é concebido conforme o nível de conhecimento, entendimento e compreensão de informática dos diretores. Através do EIS o executivo obtém de forma simples e rápida as informações gerenciais para ele tomar suas decisões sem depender exclusivamente do corpo técnico, ou da área de informática. O intuito desse sistema é facilitar a vida deles. Geralmente de interface gráfica, com simples operação, e basicamente com os resultados de pesquisas mostrados através de gráficos e não em tabelas como a maioria dos outros sistemas. Devido a falta de tempo desses usuários especiais, o EIS deve ser modelado para ser bastante user friendly e as informações serem acessadas, de preferência, com poucos cliques. Outra característica importante é que elas devam ser trazidas bastante resumidas e em alto nível de agregação pois, as decisões tomadas nesse nível administrativo, não se atém em detalhes e sim no todo, como por exemplo. O diretor de uma grande empresa não vai querer saber quantas canetas foram usadas na empresa durante um ano, mas sim o valor total das despesas de material de expediente. O EIS pode ser construindo utilizando como base vários sistemas transacionais, porém torna-se inviável devido ao grande volume de trabalho que isso proporciona, pois extrair dados de diversas fontes, tratá-los, manter a integridade e manter o histórico dos mesmos, torna o trabalho inviável. Porém se fizermos o EIS para acessarmos um Data Warehouse a tarefa do fica muito mais fácil, pois facilita a busca dos dados de um único sistema, onde as informações já se encontram de acordo com as necessidades dos executivos e
  • 17. XI a tarefa de extração, transformação e carga, ficam por conta dos técnicos do Data Warehouse e ele fica por conta somente da análise. 1.2.5.1. Características As principais características destes sistemas são:  Ter como propósito atender às necessidades de informações dos executivos de alto nível. Como acompanhamento e controle de informações a nível estratégico da empresa;  Podem ser customizadas de acordo com estilo de cada executivo;  Contêm recursos gráficos de alta qualidade para que as informações possam ser apresentadas graficamente de várias formas;  São fáceis de usar, para que o executivo possa operá-los com muito pouco treinamento;  Proporcionam acesso rápido e fácil a informações detalhadas, ou seja, as informações são visualizadas em níveis que podem ser expandidos. O EIS além de facilitar o trabalho, com um ambiente fácil e simples, ele também pode permitir que o usuário altere o nível de detalhamento das informações com a ajuda de uma ferramenta OLAP. Com o uso integrado desta ferramenta o executivo poderá transformar as informações que se encontram em forma de tabelas para gráficos ou vice- versa, como também poderá executar um Drill-Down ou um Drill-Up para detalhar ou resumir o grau de granularidade da informação. Vamos a um exemplo. Em um relatório estão contidas todas as informações das vendas no ano de 1999 de todas as concessionárias do RS, porém o executivo quer analisar estas informações, também, para cada cidade deste estado. O que ele deverá fazer? Neste caso, havendo a integração com o OLAP, o usuário poderá executar um Drill-Down no estado do Rio Grande do Sul, que automaticamente irão aparecer as informações para cada cidade deste estado. Por fim, o EIS permite que o usuário faça análise de tendências e comparações entre diversas informações de forma prática e rápida, sem necessitar de um apoio da área de
  • 18. XII informática para conseguir atingir o seu objetivo, isso o torna mais competitivo, organizado e independente, que é tudo o que eles querem. 1.2.6. Alto custo, implementação e implantação Assim se constrói um sistema executivo de informações e apoio a decisão, que parece ser bastante simples, mas na verdade exige um profundo conhecimento técnico e de negócio, dos dados, dos processos e articulação com as diversas vaidades para atingir o sucesso desejado. De acordo com as soluções existentes, o alto custo de utilização da mesma plataforma operacional, banco de dados e aplicações, envolvendo customizações e requalificação profissional em larga escala dentro e fora da organização possibilita a integração interna das soluções ou legados, mas impreterivelmente em algum momento convergirão no mínimo para um banco de dados corporativo e centralizado. As adequações necessárias que são executadas com um peopleware de alto custo e altamente especializado promovem a perda do conhecimento de negócio e das séries históricas da organização, mantendo ainda a falta de integração e interoperação com os sistemas externos à organização. As implantações destas soluções são traumáticas, abominadas e com um alto índice de resistência, culminando geralmente no fracasso e e na perda de grande investimento da organização. 1.3. As dificuldades operacionais de acesso às informações O discurso e as maiores preocupações para acontrução deste tipo de sistemas são como iremos disponibilizar .estas informações em tempo real e concorrer com as diversas operações de inclusão e alteração de dados? Vamos conhecer algumas formas de tratamento e recuperação de dados.
  • 19. XIII 1.3.1. Os OLAP, Datawere houses, Data Minings, Datamart's, BI, Metadados e ETL o que são, como utilizá-los e qual é o melhor? 1.3.1.1.OLAP As ferramentas OLAP são as aplicações que nossos usuários finais têm acesso para extraírem os dados de suas bases com os quais gera relatórios capazes de responder as suas questões gerenciais. Elas surgiram juntamente com os sistemas de apoio a decisão para fazerem a extração e análise dos dados contidos nos Data Warehouses e Data Marts. 1.3.1.1.1. Consultas ad-hoc Segundo Inmon “são consultas com acesso casual único e tratamento dos dados segundo parâmetros nunca antes utilizados, geralmente executado de forma iterativa e heurística”. Isso tudo nada mais é do que o próprio usuário gerar consultas de acordo com suas necessidades de cruzar as informações de uma forma não vista e com métodos que o levem a descoberta daquilo que procura. 1.3.1.1.2. Slice-and-Dice Essa característica das ferramentas OLAP é de extrema importância. Com ela nós podemos analisar nossas informações de diferentes prismas limitados somente pela nossa imaginação. Utilizando esta tecnologia conseguimos ver a informação sobre ângulos que anteriormente inexistiam sem a confecção de um DW e a utilização de uma ferramenta OLAP. 1.3.1.1.3. Drill Down/Up Consiste em fazer uma exploração em diferentes níveis de detalhe das informações. Com o Drill Down você pode “subir ou descer” dentro do detalhamento do dado, como por exemplo analisar uma informação tanto diariamente quanto anualmente, partindo da mesma base de dados.
  • 20. XIV 1.3.1.1.4. Geração de Queries A geração de queryes no OLAP se dá de uma maneira simples, amigável e transparente para o usuário final, o qual precisa ter um conhecimento mínimo de informática para obter as informações que deseja. Cada uma destas tecnologias e técnicas tem seu lugar no mercado de DSS (Decision Support System) e apoia diferentes tipos de análises. É importante lembrar que as exigências do usuário devem ditar que tipo de Data Mart você está construindo. Como sempre, a tecnologia e técnicas devem estar bem fundamentadas para atenderem da melhor maneira possível essas exigências. Os Data Warehouses/Data Marts, servem como fonte de dados para estas aplicações, assegurando a consistência, integração e precisão dos dados. Os sistemas transacionais não conseguem responder essas questões por isso, é necessária a criação de um ambiente de apoio de decisão robusto, sustentável e confiável. 1.3.1.2.Data Warehouses Todos nós sabemos que os bancos de dados são de vital importância para as empresas etambém estamos cientes de que sempre foi difícil analisar os dados neles existentes. Tudo isso porque geralmente as grandes empresas detém um volume enorme de dados e esses estão em diversos sistemas diferentes espalhados por ela. Não conseguíamos buscar informações que permitissem tomarmos decisões embasadas num histórico dos dados. Em cima desse histórico podemos identificar tendências e posicionar a empresa estrategicamente para ser mais competitiva e consequentemente maximizar os lucros diminuindo o índice de erros na tomada de decisão. Pensando nisso, introduziu-se um novo conceito no mercado, o Data Warehouse (DW). Esse consiste em organizar os dados corporativos da melhor maneira, para dar subsídio de informações aos gerentes e diretores das empresas para tomada de decisão. Tudo isso num banco de dados paralelo aos sistemas operacionais da empresa. Para organizar os dados, são necessários novos métodos de armazenamento, estruturação e novas tecnologias para a geração e recuperação dessas informações. Essas
  • 21. XV tecnologias já estão bem difundidas oferecendo muitas opções de ferramentas para conseguirmos cumprir todas essas etapas. Essas tecnologias diferem dos padrões operacionais de sistemas de banco de dados em três maneiras:  Dispõem de habilidade para extrair, tratar e agregar dados de múltiplos sistemas operacionais em data marts ou data warehouses separados;  Armazenam dados frequentemente em formato de cubo (OLAP) multi- dimensional permitindo rápido agregamento de dados e detalhamento das análises (drilldown);  Disponibilizam visualizações informativas, pesquisando, reportando e modelando capacidades que vão além dos padrões de sistemas operacionais frequentemente oferecidos. Um DW permite a geração de dados integrados e históricos auxiliando os diretores decidirem embasados em fatos e não em intuições ou especulações, o que reduz a probabilidade de erros aumentado a velocidade na hora da decisão. Cerca de 88% dos diretores admitem que dedicam quase 75% do tempo às tomadas de decisão apoiadas em análises subjetivas (Aspect International Consulting, 1997), menosprezando o fato de que por volta de 100% deles tem acesso a computadores. Conhecer mais sobre essa tecnologia permitirá aos administradores descobrir novas maneiras de diferenciar sua empresa numa economia globalizada, deixando-os mais seguros para definirem as metas e adotarem diferentes estratégias em sua organização, conseguindo assim visualizarem antes de seus concorrentes novos mercados e oportunidades atuando de maneiras diferentes conforme o perfil de seus consumidores. 1.3.1.3.DATA MININGS Qualquer sistema de Data Warehouse(DW) só funciona e pode ser utilizado plenamente, com boas ferramentas de exploração. Com o surgimento do DW, a tecnologia de Data Mining (minieração de dados) também ganhou a atenção do mercado.
  • 22. XVI Como o DW, possui bases de dados bem organizadas e consolidadas, as ferramentas de Data Mining ganharam grande importância e utilidade. Essa técnica, orientada a mineração de dados, oferece uma poderosa alternativa para as empresas descobrirem novas oportunidades de negócio e acima de tudo, traçarem novas estratégias para o futuro. O propósito da análise de dados é descobrir previamente características dos dados, sejam relacionamentos, dependências ou tendências desconhecidas. Tais descobertas tornam-se parte da estrutura informacional em que decisões são formadas. Uma típica ferramenta de análise de dados ajuda os usuários finais na definição do problema, na seleção de dados e a iniciar uma apropriada análise para geração da informação, que ajudará a resolver problemas descobertos por eles. Em outras palavras, o usuário final reage a um estímulo externo, a descoberta do problema por ele mesmo. Se o usuário falhar na detecção do problema, nenhuma ação é tomada. A premissa do Data Mining é uma argumentação ativa, isto é, em vez do usuário definir o problema, selecionar os dados e as ferramentas para analisar tais dados, as ferramentas do Data Mining pesquisam automaticamente os mesmos a procura de anomalias e possíveis relacionamentos, identificando assim problemas que não tinham sido identificados pelo usuário. Em outras palavras, as ferramentas de Data Mining analisam os dados, descobrem problemas ou oportunidades escondidas nos relacionamentos dos dados, e então diagnosticam o comportamento dos negócios, requerendo a mínima intervenção do usuário, assim ele se dedicará somente a ir em busca do conhecimento e produzir mais vantagens competitivas. Como podemos ver, as ferramentas de Data Mining, baseadas em algoritmos que forma a construção de blocos de inteligência artificial, redes neurais, regras de indução, e lógica de predicados, somente facilitam e auxiliam o trabalho dos analistas de negócio das empresas, ajudando as mesmas a conseguirem serem mais competitivas e maximizarem seus lucros. 1.3.1.4.DATA MARTS Os primeiros projetos sobre Data Warehouse (DW) referiam-se a uma arquitetura centralizada. Embora fosse interessante fornecendo uniformidade, controle e maior segurança, a implementação desta abordagem não é uma tarefa fácil. Requer uma metodologia rigorosa e uma completa compreensão dos negócios da empresa. Esta abordagem pode ser longa e
  • 23. XVII dispendiosa e por isto sua implementação exige um planejamento bem detalhado. Com o aparecimento de data mart ou warehouse departamental, a abordagem descentralizada passou a ser uma das opções de arquitetura data warehouse.Os data marts podem surgir de duas maneiras. A primeira é top-down e a outra é a botton-up.  Top-down: é quando a empresa cria um DW e depois parte para a segmentação, ou seja, divide o DW em áreas menores gerando assim pequenos bancos orientados por assuntos departamentalizados.  Botton-up: é quando a situação é inversa. A empresa por desconhecer a tecnologia, prefere primeiro criar um banco de dados para somente uma área. Com isso os custos são bem inferiores de um projeto de DW completo. A partir da visualização dos primeiros resultados parte para outra área e assim sucessivamente até resultar num Data Warehouse. A tecnologia usada tanto no DW como no Data Mart é a mesma, as variações que ocorrem são mínimas, sendo em volume de dados e na complexidade de carga. A principal diferença é a de que os Data Marts são voltados somente para uma determinada área, já o DW é voltado para os assuntos da empresa toda. Portanto, cabe a cada empresa avaliar a sua demanda e optar pela melhor solução. O maior atrativo para implementar um data Mart é o seu custo e prazo. Segundo estimativas, enquanto um Data Mart custa em torno de US$ 100 mil a US$ 1 milhão e leva cerca de 120 dias para estar pronto, um DW integral começa em torno dos US$ 2 milhões e leva cerca de um ano para estar consolidado. 1.3.1.5.BUSINESS INTELLIGENCE - BI
  • 24. XVIII Estamos vivendo um momento tecnológico no qual temos a oportunidade de participarmos de uma verdadeira revolução. Os conceitos de bens, crescimento e de expansão sofreram uma grande modificação. Com o advento da globalização ficou praticamente inadmissível ficar desinformado. O mundo no geral ficou mais competitivo, as empresas e clientes, ficaram muito ágeis e exigentes, por isso, iremos descrever a importância do tratamento e do sincronismo das informações, para apoio as decisões e manter as empresas competitivas. As empresas fazem parte do mundo dos negócios e esse visa lucro, o retorno dos capitais investidos no menor tempo possível. Numa esfera altamente competitiva como esta, as informações assumem um papel fundamental no sucesso dessa empreitada. Em face a enorme quantidade de informações que são despejadas sobre nós diariamente, necessitamos de critérios para selecionarmos e organizarmos os dados que nos interessam. Como não poderia deixar de ser, os sistemas de informações, prestam uma grande contribuição nesse sentido. Esse sistema proporciona lucros quando permite que uma maior quantidade de bens sejam produzidos, uma maior quantidade de clientes sejam atendidos, a satisfação e fidelização dos mesmos sejam conquistadas, e finalmente, permite uma melhor alocação dos recursos disponíveis gerando economia, e conseqüentemente maximização dos lucros. O mais interessante nesse processo é que na medida que informática foi evoluindo, foram surgindo nas empresas sistemas que pudessem atender suas demandas internas. As grandes e médias corporações, queriam aproveitar a informática para aumentar seus controles, por isso, cada departamento teve a iniciativa de fazer algum sistema que permitisse controlar o que estava sendo feito. Porém na maioria das vezes, esqueceram-se dos preceitos básicos de um sistema de informações, que são os dados modelados, resguardados e também disponibilizados. O que mais encontramos, são sistemas, que as vezes estão com dados modelados, mas não tem integridade ou documentação, e a disponibilização dos mesmos fica impossível. Quando ocorre, as inconsistências são muito grandes, fato que direciona o tomador de decisão a deixar de lado o seu sistema, e embasar suas decisões na sua experiência de mercado. Observando essa dificuldade, surgiu o conceito de Data Warehouse que passaremos a descrever agora.
  • 25. XIX Segundo William Inmon, considerado o pai da tecnologia, Data Warehouse é um conjunto de dados orientado por assuntos, não volátil, variável com o tempo e integrado, criados para dar suporte à decisão. A orientação por assunto, nada mais é do que o direcionamento que se dá da visão que será disponibilizada, do negócio da empresa, por exemplo: numa empresa de telecom, o principal assunto é o cliente, e esses clientes podem ser, residenciais, empresas, telefonia pública, etc. Então, quando um arquiteto de Warehouse for desenhar o modelo do mesmo, deve levar em consideração essas premissas, e dividir as visões de acordo com o que o decisor quer ver. Observe que tudo irá girar em torno dos assuntos, seja qual for a visão que se quer ter, ou seja, a visão financeira da empresa, também irá girar em torno disso, seja a inadimplência, o faturamento, a lucratividade, etc. A volatilidade refere-se ao Warehouse não sofrer modificações como nos sistemas tradicionais, por exemplo: No sistema de faturamento de uma empresa, todos dias temos inclusões e alterações, de novos clientes, novos produtos e consumo. Já no Warehouse, acontecem somente cargas de dados e consultas, ou seja, falando tecnicamente, há somente selects e inserts, e não há updates. Em resumo, num sistema de apoio à decisão existem basicamente duas operações, a carga e consulta, nada mais que isso. Variável com o tempo, é uma característica ímpar no Warehouse. Ele sempre retrata a situação que estamos analisando, num determinado ponto do tempo, e nesse caso, gosto de utilizar a analogia com as fotografias. Pegue uma fotografia sua, quando recém nascido, depois, pegue outra quando você tinha 5 anos, e compare. Com certeza muitas modificações ocorreram, mas ela retrata exatamente a sua situação naquele exato momento do tempo, e isso acontece da mesma forma com o Data Warehouse. Nós guardamos fotografias dos assuntos em determinados pontos do tempo, e com isso é possível poder traçar uma análise histórica e comparativa entre os fatos. A integração talvez seja a parte mais importante desse processo, pois ela será responsável por sincronizar os dados de todos os sistemas existentes na empresa, e colocá-los no mesmo padrão. Como sabemos, o DW extrai dados de vários sistemas da empresa, e em alguns casos, dados externos, como a cotação do dólar. Porém, geralmente os dados não estão
  • 26. XX padronizados, devido aos problemas que citamos acima, e é necessário integrar antes de carregarmos no DW. Um exemplo clássico é o do sexo, onde num sistema esse dado está guardado no formato M para masculino, e F para feminino, já no outro, o mesmo dado está guardado, como 0 para masculino e 1 para feminino. Isso geraria um grande problema na hora da análise, porém na fase de ETL (Extração, Transformação e Carga), isso tudo vira uma coisa só, ou seja, todos os formatos são convertidos num único padrão, que é decidido com o usuário final e então carregado no DW. Como pudemos ver o DW permite ter uma base de dados integrada e histórica, para análise dos dados, e isso pode e deve se tornar um diferencial competitivo para as empresas. Tendo uma ferramenta desse porte na mão, o executivo pode decidir com muito mais eficiência e eficácia. As decisões serão embasadas em fatos, e não em intuições, poderão ser descobertos novos mercados, novas oportunidades, novos produtos, pode-se criar uma relação mais próxima com o cliente, pois a empresa terá todas as informações sobre ele, a simples cliques de mouse, identificar insatisfações, com seus produtos e serviços, e serem melhoradas. O maior beneficiado com um DW geralmente é o departamento de vendas. Qual é o diretor comercial que não gostaria de saber rapidamente, se o market share de sua empresa evoluiu no último semestre? Se após a implementação da nova estratégia de vendas, a empresa aumentou a participação no mercado? Se o nível de receita tem aumentado, ou se mantido? Obtendo essas informações rapidamente e de forma estruturada, a empresa sairá na frente, descobrindo os problemas com seus produtos possibilitando corrigi-los com mais velocidade, irá saber se seus clientes estão satisfeitos e poderá definir novas estratégias para expansão no mercado. Numa economia globalizada e veloz como a nossa, essas tecnologias são um grande diferencial competitivo, e nós já temos vários casos de sucesso, aplicando-as. Mas o ponto mais importante nessa mistura de tecnologias, é da empresa poder direcionar todo seu capital intelectual, para a sua devida função, que é pensar. Os gerentes e diretores, poderão ter as informações rapidamente, e também terão mais tempo para melhorarem todos seus processos e analisarem mais os seus dados, que depois de armazenados num DW, deixarão de serem dados, e passarão a ser valiosas informações. Aí a
  • 27. XXI TI (Tecnologia da Informação) estará exercendo seu grande papel, que é o de fornecer informações de qualidade, e deixar de ser uma amontoadora de dados. 1.3.1.6.METADADOS Desde que surgiram os bancos de dados sempre se falou sobre a importância da documentação dos sistemas e dos próprios bancos. Com o surgimento do conceito de Data Warehouse, isso não diminuiu a importância, pelo contrário, aumentou e muito. As Corporações estão exigindo cada vez mais funcionalidades dos sistemas de TI (Tecnologia da Informação), e repositórios de metadados não são nenhuma exceção a esta regra. Mas o que são metadados? Acima vimos que sempre houve preocupação com a documentação dos sistemas e bancos de dados das corporações, sabemos que no Data Warehouse documentar tudo é vital para a sobrevivência do projeto, pois o DW pode ser um projeto gigantesco e se não houver uma documentação eficiente ninguém conseguirá entender nada. Os metadados são definidos como dados dos dados. Só que a complexidade desses dados no Data Warehouse aumenta muito. Num sistema OLTP gera-se documentos somente sobre o levantamento dos dados, banco de dados e o sistema que alimenta o mesmo. No Data Warehouse além do banco, gera-se uma documentação muito maior. Além de falar sobre o levantamento de dados e o banco, temos ainda o levantamento dos relatórios a serem gerados, de onde vem os dados para alimentar o DW, processos de extração, tratamento e rotinas de carga do dados. Ainda podem gerar metadados as regras de negócio da empresa e todas as mudanças que elas podem ter sofrido, e também a frequência de acesso aos dados. Segundo Inmon os metadados englobam o DW e mantém as informações sobre o que está onde. Ele ainda define quais informações os metadados mantém: A estrutura dos dados segundo a visão do programador; A estrutura dos dados segundo a visão dos analista de SAD; A fonte de dados que alimenta o DW; A transformação sofrida pelos dados no momento de sua migração para o DW;
  • 28. XXII O modelo de dados; O relacionamento entre o modelo de dados e o DW; O histórico das extrações de dados; Acrescentamos ainda os dados referentes aos relatórios que são gerados pelas ferramentas OLAP assim como os que são gerados nas camadas semânticas. Os metadados podem surgir de vários locais durante o decorrer do projeto. Eles provêm de repositórios de ferramentas case, os quais geralmente já estão estruturados, facilitando a integração da origem dos metadados e o repositório dos mesmos. Essa fonte de metadados é riquíssima. Outros dados que devem ser guardados no repositório de metadados, é o material que surgirá das entrevistas com os usuários. Destas entrevistas podem obter-se informações preciosas que não estão documentadas em nenhum outro lugar além de regras para validação dos dados após carregados no Data Warehouse. Como pudemos ver, o volume de metadados gerados é muito grande. Existem hoje algumas ferramentas que fazem única e exclusivamente o gerenciamento dos metadados, elas têm algumas características peculiares. Falando de uma maneira simplista, essas ferramentas conseguem mapear o dado em todas as etapas de desenvolvimento do projeto, desde a conceitual até a de visualização dos dados em ferramentas OLAP/EIS. Agora vamos discutir os desafios arquitetônicos mais complexos que surgem ao implementarmos um repositório de metadados que requer funcionalidade mais avançada. Enquanto a maioria dos repositórios não tentam implementar estas características, eles representam o tipo de funcionalidade que é exigida através das corporações. As fontes metadados, (ferramentas de modelagem de dados, ferramentas de extração, transformação e carga, etc.) devem ser integradas no repositório por várias necessidades. Uma arquitetura de metadados bidirecional permite que os dados modificados na fonte possam ser alterados também no repositório automaticamente.
  • 29. XXIII Esta arquitetura é altamente desejável por duas razões chaves. Primeiro: permite a essas ferramentas compartilhar metadados. Isto é desejável no mercado de ferramentas de apoio de decisão. A maioria das corporações que construíram um sistema de apoio a decisão não pensou na integração das ferramentas. Estas não são integradas, por isso, não se comunicam facilmente. Até mesmo essas ferramentas que podem ser integradas tradicionalmente requerem bastante programação manual para compartilhar dados. Segundo: metadados bidirecional é atraente para corporações que querem implementar um repositório de metadados em toda empresa. Como vimos os metadados são importantíssimos para o sucesso de um DW. Ao começarmos qualquer projeto devemos sempre nos preocupar com os mesmos, pois são eles que servirão de bússula para nos guiar pelo emaranhado de tabelas, relatórios e dados quando estivermos perdidos. 1.3.1.7.Extration, Transformation and Load - ETL Esta etapa é uma das fases mais criticas de um Data Warehouse, pois envolve a fase de movimentação dos dados. A mesma se dá basicamente em três passos, extração, transformação e carga dos dados, esses são os mais trabalhosos, complexos e também muito detalhados, embora tenhamos várias ferramentas (falaremos mais abaixo) que nos auxiliam na execução desse trabalho. O primeiro passo a ser tomado no processo de ETL é simplesmente a definição das fontes de dados e fazer a extração deles. As origens deles podem ser várias e também em diferentes formatos, onde poderemos encontrar desde os sistemas transacionais das empresas até planilhas, flat files (arquivos textos), dados que vem do grande porte e também arquivos do tipo DBF, do antigo Clipper ou Dbase. Definidas as fontes, partimos para o segundo passo que consiste em transformar e limpar esses dados. Mas o que afinal de contas o que é isso? Bem vamos descrever de uma forma bem simples. Quando obtemos os dados de uma fonte, que na maioria das vezes é desconhecida nossa, e foi concebida há muito tempo atrás, os mesmos possuem muito lixo e há muita inconsistência. Por exemplo. Quando um
  • 30. XXIV vendedor de linhas telefônicas for executar uma venda, ou inscrição, ele está preocupado em vender, e não na qualidade dos dados que está inserindo na base, então se por acaso o cliente não tiver o número do CPF a mão, ele cadastra um número qualquer, desde que o sistema aceite, um dos mais utilizados é o 999999999-99. Agora imagine um diretor de uma companhia telefônica consultar o seu Data Warehouse (DW) para ver quais são os seus maiores clientes, e aparecer em primeiro lugar o cliente que tem o CPF 999999999-99 ? Seria no mínimo estranho. Por isso, nessa fase do DW, fazemos a limpeza desses dados, para haver compatibilidade entre eles. Além da limpeza, temos de fazer na maioria das vezes uma transformação, pois os dados provêm de vários sistemas, e por isso, geralmente uma mesma informação tem diferentes formatos, por exemplo: Em alguns sistemas a informação sobre o sexo do cliente pode estar armazenada no seguinte formato : “M” para Masculino e “F” para Feminino, porém em algum outro sistema está guardado como “H” para Masculino e “M” para Feminino e assim sucessivamente. Quando levamos esses dados para o DW, deve-se ter uma padronização deles, ou seja, quando o usuário for consultar o DW, ele não pode ver informações iguais em formatos diferentes, então quando fazemos o processo de ETL, transformamos esses dados e deixamos num formato uniforme sugerido pelo próprio usuário. No DW, teremos somente M e F, fato esse que facilitará a análise dos dados que serão recuperados pela ferramenta OLAP. A seguir são apresentados alguns dos fatores que devem ser analisados antes de começar a fase de extração dos dados:  A extração de dados do ambiente operacional para o ambiente de data warehouse demanda uma mudança na tecnologia. Os dados são transferidos de bancos de dados hierárquicos, tal como o adabas, ou de bases do grande porte, como o DB2, para uma nova tecnologia de SGBD para Data Warehouse, tal como o IQ da Sybase, Red Brick da Informix, Essbase ou o DB2 para DW;  A seleção de dados do ambiente operacional pode ser muito complexa, pois muitas vezes é necessário selecionar vários campos de um sistema transacional para compor um único campo no data warehouse;  Outro fator que deve ser levado em conta é que dificilmente há o modelo de dados dos sistemas antigos, e se existem não estão documentados;
  • 31. XXV  Os dados são reformatados. Por exemplo: um campo data do sistema operacional do tipo DD/MM/AAAA pode ser passado para o outro sistema do tipo ano e mês como AAAA/MM;  Quando há vários arquivos de entrada, a escolha das chaves deve ser feita antes que os arquivos sejam intercalados. Isso significa que se diferentes estruturas de chaves são usados nos diferentes arquivos de entrada, então deve-se optar por apenas uma dessas estruturas;  Os arquivos devem ser gerados obedecendo a mesma ordem das colunas estipuladas no ambiente de data warehouse;  Podem haver vários resultados. Dados podem ser produzidos em diferentes níveis de resumo pelo mesmo programa de criação do data warehouse;  Valores default devem ser fornecidos. As vezes pode existir um campo no data warehouse que não possui fonte de dados, então a solução é definir um valor padrão para estes campos. O data warehouse espelha as informações históricas necessárias, enquanto o ambiente operacional focaliza as informações pontuais correntes. A parte de carga dos dados também possui uma enorme complexidade, e os seguintes fatores devem ser levados em conta:  A parte de Integridade dos dados. No momento da carga é necessário checar os campos que são chaves estrangeiras com suas respectivas tabelas para certificar-se de que os dados existentes na tabela da chave estrangeira estão de acordo com a tabela da chave primária;  Se a tabela deve receber uma carga incremental ou a carga por cima dos dados. A carga incremental normalmente é feita para tabelas fatos e a carga por cima dos dados é feita em tabelas dimensões onde o analista terá que deletar os dados existentes e incluí-los novamente. Mas em alguns casos poderá acontecer que as tabelas de dimensões tem de manter o histórico, então o mesmo deverá ser mantido;  Apesar de existirem ferramentas de ETL como o DTS (Data Transformation Service), Data Stage, ETI, Acta e Sagent, ainda tem-se a necessidade de criar rotinas de carga para atender determinadas situações que poderão ocorrer.
  • 32. XXVI As ferramentas de ETL mais utilizadas no mercado são o Data Stage da Ardent, agora adquirido pela Informix, o ETI da IBM, Sagent da própria Sagent, Informática Power Conect da Informatica e o DTS da Microsoft. Todos tem os seus diferenciais e cada um poderá ser utilizado dependendo do caso de cada empresa. Algumas ferramentas tem a curva de aprendizado mais suave, outras um pouco mais íngrime, mas em certos casos mesmo sendo uma ferramenta de difícil aprendizado exigindo maiores investimentos em pessoal, serão compensados com a performance e flexibilidade da mesma. Há outras ferramentas que tem custo zero de aquisição pois, vem embutida junto com um SGBD (Sistema Gerenciador de Banco de Dados), mas em contrapartida são bastante limitadas no tocante a extração de dados e exigem uma maior codificação dos processos de ETL, em relação as outras. O que vale dizer é que uma ferramenta de ETL tem grande valia, principalmente se os sistemas OLTP (transacionais) são muitos, pois elas são uma poderosa fonte de geração de metadados, e que contribuirão muito para a produtividade da sua equipe, porém deve-se tomar muito cuidado ao escolhe-la. Seja minucioso, teste o máximo de ferramentas que puder e veja qual é a mais adequada ao seu caso, pois elas exigem um alto investimento, tanto em capacitação, quanto na própria aquisição. Em alguns casos é interessante o auxílio de profissionais externos para a escolha. O fato verdadeiro é que os benefícios serão bastante vistosos e a produtividade aumentará consideravelmente. 1.3.2. Qual é o melhor? Não existe a melhor opção, mas sim qual é o resultado desejado a obter. Cada um dos métodos desenvolvidos de acordo com as necessidades organizacionais de sua época atendiam à demanda existente, mas pensem na hipótese da possibilidade de aliar estes resultados em uma estrutura de apoio a decisão, onde cada tecnologia com a sua especialização vertical contribuísse na horizontalidade das ações organizacionais? Aqui não indicaremos a melhor solução mas sim o quê podemos fazer com as melhores práticas de uma delas de maneira integrada, corporativa e orquestrada. Foi utilizada para a cobstrução do i³Gov, saberemos mais tarde, o OLAP, EIS, Metadados e SOA.
  • 33. XXVII 1.4.A necessidade de integrar e interoperar negócios, processos e sistemas de diferentes épocas. Para nos comunicar temos um padrão de linguagem, língua e escrita, a linguagem busca taxomizar o que existe em uma forma compreensível, a língua busca regionalizar um determinado conhecimento entre um grupo e a escrita busca documentar ou perpetuar este conhecimento. Temos que construir os sistemas ou obter as ferramentas que aglutinem e possibilitem a visualização de indicadores mensurativos, quantitativos e qualitativos. O desafio está em juntar informações de diferentes épocas econômicas e sistêmicas para isso temos que utilizar os conceitos do ETL, DW, Datamining, DataMarts, OLAP, OLTP, BI, Metadados para viabilizar a construção do EIS corporativo, organizacional e multi- plataforma. 1.5.Como quebrar o paradigma da modernização de evoluir sem perdas financeiras, humanas e negociais Em grande parte as soluções de EIS, BI, DW, DataMining, Metadados, ETL e SAP, sempre apontam para uma plataforma única, não segmentada e altamente especializada. Verificando a Arquitetura Referencial – AR e o EIS Integração e Inteligência em Informações de Governo – i³Gov, temos a possibilidade da junção de séries históricas e negociais de diferentes momentos econômicos e tecnológicos, buscando ativamente a identificação dos processos semelhantes diminuindo o retrabalho, principalmente com a partipacividade dos clientes, agentes e gestores, nação e promovendo a interação com a sociedade. A tecnologia da Informação tem sido até agora uma produtora de dados, em vez de informação, e muito menos uma produtora de novas e diferentes questões e estratégias. Os altos executivos não têm usado a nova tecnologia porque ela não tem oferecido as informações de que eles precisam para suas próprias tarefas”. Peter Drucker, como sempre,
  • 34. XXVIII foi muito sábio ao definir a dificuldade e a deficiência em se obter informações nos ambientes corporativos, porém a tecnologia esforça-se para suprir essas deficiências. Além da vontade em construir uma solução que agregue valor à camada estratégica da organização, temos que buscar trocar informações entre os sistemas existentes, não simplesmente modificar a plataforma, tecnologia e as pessoas perdendo todo o conhecimento existente e acumulado nas últimas quatro décadas de tecnologia. A solução é atuar na camada de ETL, padronizar as regras de troca de arquivos, mensagens e informações em tempo real, sem prejudicar as grandes plataformas e a heterogeneidade tecnológica existente. Assim conseguimos evoluir para uma conceituação antiga de dados corporativos comunitários, sem inferir nas especilidades verticais dos sistemas existentes, sem atingir a vaidade dos recursos humanos obtendo principalmente a sua partipacividade e promovendo para os diversos segmentos sociais a socialização da informação, pois a maior dificuldade e necessidade para a construção de EIS, DW, SAP são as informações que demonstram o fluxo do negócio, ou seja o conhecimento do processo necessário para a execução das atividades finalísticas, claro estas atividades perpassam por diversos segmentos econômicos e negociais. Estes agentes que possuem uma pluraridade de interesses comerciais, econômicos e políticos primeiramente dever ser sensibilizados sobre a real necessidade de obter o melhor resultado com o menor esforço possível contribuindo assim para menor deterioração dos recursos naturais, econômicos, financeiros e produtivos. 2. Histórico da integração de negócios e processos Há muito tempo as grandes informações eram transmitidas através de mensageiros à cavalo, após algum tempo tivemos os pergaminhos, as cartas, telégrafos, telefone e na atualidade a internet. A necessidade da informação para a camada de decisão estratégica de qualquer organização, tornou-se o maior diferencial para a longevidade dos negócios, ou seja, os processos de transformação devem ser cada vez mais eficazes, conseqüentemente aumentarão a força da organização obtendo assim a maior satisfação dos
  • 35. XXIX níveis estratégicos estes, poderão otimizar o fluxo das decisões aplicando os recursos em projetos de uma forma mais eficiente. Quantas organizações possuem a dificuldade em mensurar as suas aplicações e o desenvolvimento gerado em detrimento destes investimentos, quando é a hora de parar de investir para modificar a carteira de investimentos? Ou como melhor preparar para um investimento de eminente crescimento e com alta lucratividade, o quê fazer e como fazer? O maior diferencial de uma organização não é a quantidade de dados que esta movimenta, mas sim a qualidade de informação que estes dados podem gerar, dentro do universo de TI os sistemas possuem um alto grau de especialização vertical, conhecem profundamente a melhor forma e as melhores práticas que evoluem constantemente para o crescimento do negócio, entretanto quando é necessária uma visão horizontal que perpassa por todas as áreas altamente especializadas em seus segmentos, o resultado obtido é um desastre, pois cada uma só contempla a própria estrutura gerencial ou funcional, mas não a organizacional. A TI apresentou no decorrer destes anos diversas práticas de CRM, SAP, ERP, métodos capazes de agregar informações para o auxílio de tomada de decisão, são produtos fantásticos, entretanto a sua aplicatibilidade restringia-se a uma plataforma operacional única, centralizada, com todos os processos e estruturas apontando para um único banco de dados e com alto custo de implantação. O maior desafio ainda continua sendo como tratar o legado, recuperar as informações das séries históricas sem tantas perdas de registros e de principalmente de conhecimento, como tornar estes mensageiros vivos, fluentes na nova estrutura de integração e interoperação de sistemas, dados, informações e principalmente de culturas. Hoje ainda enfrentamos a falta de informação, a falta de conhecimento dos processos e principalmente em grande maioria das situações não conhecemos o fluxo do negócio. 2.1.1. A Evolução da Tecnologia
  • 36. XXX A tecnologia da informação tem contribuído em muito para tentar aumentar a velocidade do processo e do progresso, saímos da presunção da interpretação (falado) para a estrutura escrita, rompemos a barreira do tempo de meses para miléssimos de segundo, instantânea quase..., saímos de grandes salas para armazenar oito letras para armazenarmos em alguns poucos centímetros uma enciclopédia com textos, imagens, áudio e vídeos. Não há como negar a evolução tecnológica no decorrer destes anos, entretanto ainda temos a grande dificuldade em obter as informações realmente significativas e que auxiliem a determinação de novos horizontes, adoção das melhores práticas e principalmente que maximizem o nosso investimento reduzindo drasticamente as nossas perdas. Um fato claro e simples não adianta evoluirmos tecnologicamente e continuar a automatizar ou sistematizar processos errôneos, ou duvidosos. Mesmo que a evolução tecnológica seja muito significativa ainda temos que melhorar a nossa estrutura de documentação dos processos conhecidos para que no futuro possamos melhorá-los para melhor nos atender em nosso cotidiano. 2.2.A criação dos segmentos especializados e seus vales escuros A pluraridade das necessidades existentes no mercado constituiu diversos métodos e metodologias de obtenção de informações estratégicas, entretanto a maior dificuldade para um líder de projeto ou administrador é o quê escolher para atingir as necessidades da organização, atingir as metas para obter a maior lucratibilidade, como investir em uma solução e não causar danos às estruturas organizacionais? Temos a apresentação de diversas soluções entretanto no início das negociações e apresentações tudo é possível mas quando ocorre a implantação o caos se estabelece, pois nem tudo o que a solução propunha equacionar ela realmente consegue, em muitas vezes burocratiza o trabalho, perde-se o conhecimento existente, pois todo o planejamento para implementar uma solução deste porte impacta diretamente nas pessoas da organização, que geralmente não possuem todo o conhecimento do negócio documentado.
  • 37. XXXI Quando abordamos a especialização percebemos a grande evolução vertical por segmento de negócios, temos grandes sistemas administrativos, financeiros, contábeis, de recursos humanos, e outros, mas não temos uma estrutura que permeie horizontalmente uma visão estratégica de evolução histórica ou que consiga apoiar níveis de decisões estratégicas para quatro, dez ou vinte anos. São estas lacunas de investimento e crescimento organizacional são as maiores preocupações dos administradores organizacionais, pois com a constante velocidade da informação e economia este vende tornando-se o maior desafio, a visão de futuro e das necessidades das interoperações nos diversos segmentos comerciais, econômicos e mundiais. 2.3. O ETL bancário e a criação das regras de interoperações de dados Um dos cenários mais pulverizados fisicamente e pluralista de diversos segmentos tecnológicos é o bancário, temos arquiteturas de alta a baixa plataforma, diversas tecnologias, diversos momentos metodológicos e tecnológicos, e ainda assim os bancos encontraram uma forma de manterem suas respectivas informações atualizadas inclusive promovendo a troca de valores, serviços e papéis mesmo com diferentes línguas de comunicação. As instituições financeiras estruturam regras de comunicação para possibilitar a troca de valores durante os intervalos noturnos, sincronizando as informações bancárias de movimentações financeiras dos clientes. Utilizando as estruturas de arquivos texto, com formato Solid Data File (SDF), arquivo de tamanho fixo, as instituições conseguem utilizar o mesmo formato para diversos tipos de operações financeiras, independendo da tecnologia interna adotada por cada um dos clientes. O mágico deste método é que todos conversam entre si bastando simplesmente obedecer as regras de um procolo identenficado com a palavra Compensação – COMPE, que se refere aos serviços da Câmara de Compensação Nacional, administrada e organizada pela instituição do Banco do Central do Brasil. Este protocolo possui regras de estruturação do arquivo físico, e uma das partes deste formato possui explicações sobre colunamento e posicionamento de cada atributo
  • 38. XXXII público para aquela estrutura de serviço a ser utilizado para a troca de dados para a atualização dos sistemas internos de cada instituição. Este método não interfere nos dados internos e nem na especialização de cada instituição ou agente participante do sistema de COMPE, entretanto possibilita aos envolvidos uma atualização quase que simultânea entre os partícipes. O maior detalhe é que são sistemas que dependem da inferência humana para a geração e transmissão das informações, com o avanço da tecnologia alguns tem se tornado real-time, tempo real que é diferente de on-line, imediatamente após a execução do processo ou da ação. Na atualidade os sistemas ATM atuam on-line, envolvem uma grande complexidade de operações, processos e procedimentos, entretanto são o retrato real da possibilidade da interoperação de sistemas, legados e plataformas operacionais, estas soluções possuem ainda um alto custo de infra-estrutura tecnológica para a disponibilização das funções tão desejadas em outros segmentos tecnológicos. A idéia e a concepção bancária é a que viabiliza a estruturação para a prototipação de um EIS, Sistema Executivo de Informações, para diversos segmentos negociais. 2.4. A necessidade Atual de integração de negócios e sistemas de diferentes épocas, como fazer? O maior dos desafios do sistema financeiro foi acordar a forma de trocar as informações entre as instituições e quais eram estas informações. Assim obteram o resultado da atualização das operações financeiras. A necessidade de integrar os negócios origina-se na necessidade de otimizar a utilização dos recursos naturais sem depredá-los, otimizando a transformação em produtos, minimizando o impacto ambiental, maximizando os lucros, enfim tudo converte para o maior aproveitamento, com menor esforço buscando preservar ao máximo o equilíbrio ambiental, isto contemplando de forma abrangente.
  • 39. XXXIII Minimizando esta analogia o que deseja-se atingir é o que podemos melhorar as nossas práticas, processos e investimentos, como atingir a sociabilização do conhecimento aumentando a partipacividade dos cidadãos, estudantes e sociedades, será que percebemos as diversas integrações entre negócios, processos e atividades econômicas existentes, quais são as relações existentes entre cada produto que é produzido e dos insumos naturais por este utilizados, ou seja temos a necessidade de integrar diversos negócios de múltiplos segmentos, mas como efetuar estas ações sem termos a interoperação de sistemas e serviços? O Governo Federal, através do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, no Departamento de Integração de Sistemas de Informação, desenvolveu e prototipou uma solução no âmbito federal denominada Arquitetura Referencial de Integração – AR, onde esta possibilita o mapeamento das estruturas chaves de interoperação e o Portal de Integração e Inteligência em Informações do Governo – i³Gov, este possibilita a integração de diferentes mundos governamentais gerando o conhecimento e indicadores que auxiliam a tomada de decisão estratégica da União. A idéia parte do princípio de encontrar nos diversos sistemas e negócios envolvidos tabelas que possuam a mesma função, estruturar entre estas tabelas a inteligência da correlação gerando uma chave única que possibilite encontrar este conjunto de chaves nos outros sistemas parceiros, e aglutinando o conhecimento dos processos e dos agentes envolvidos a construção e perpetuação das formas de conhecimento construídas para aquele momentos históricos vivenciados e claro tendo a transparência e a publicitação destes resultados para o principal cliente a própria sociedade que constitui o Estado e a União. Muitas soluções preocupam em obter acesso direto aos dados ou às bases de dados corporativas, entretanto a prática junto ao mundo de TI, observamos que será muito mais simples identificar e mapear os interfaces, arquivos de trocas de informações entre aplicativos, que acessar diretamente as bases corporativas. A partir do momento em que catalogar estes interfaces, poder-se-á conhecer o conteúdo e os negócios que estes interfaces tratam, abrindo lacunas para identificação dos processos de negócio e serviços que estes negócios possam gerar. Desta forma é construído de maneira gráfica o fluxo do processo automatizado existente, esta interface em formato de
  • 40. XXXIV metadados carrega com ele a sua composição, com isso possibilita aos administradores deste serviço a vinculação e cruzamentos com os outros interfaces ou metadados existentes na base de conhecimento, que estará em formato aberto, funcionando por adesão dos participantes, onde possibilitará a construção de visões de dados públicos com a partipacitividade dos agentes envolvidos. O melhor resultado é que este tipo de solução independerá das soluções ou das tecnologias que as organizações envolvidas utilizam, mas dependerá do método de padronização utilizado na comunicação e transferência de dados entre estes agentes envolvidos. Esta troca de informações deve acontecer de forma dinâmica e orquestrada, neste momento adota-se o método SOA, que estrutura um conceito de Bus Service (serviço de barramento) onde os adaptadores são Web Services que conversam no formato XML / XSD e XSL, o orquestrador deste serviço é o catálogo de esquemas de metadados, onde possuirá o registro do proprietário do metadado e responsável pelo seu conteúdo, os serviços que este metadado atende e os indicadores que este metadado já agrega ou disponibiliza para a sociedade; com esta estrutura, o cliente pode determinar em disponibilizar somente as informações desejadas pela organização, entretanto, desta forma temos os metadados de entrada, insumos e metadados de saída, resultados. Para complementar esta visão global de indicadores os administradores do barramento poderão mensurar e colocar as consultas mais comuns publicamente e disponibilizá-las a sociedade e com este conjunto de dados através das práticas de DataMinings, DataMart’s e BI disponibilizar um EIS para a camada administrativa dos negócios e processos envolvidos. 2.5. Os padrões brasileiros de e-GOV, e-PING e Guia Livre Os padrões das evoluções tecnológicas construídas e constituídas no Brasil de Governo Eletrônico – e-Gov, Padrão de Interoperabilidade do Governo Federal – e-Ping e Guia de Referência para Migração de Software Livre, são metodologias e métodos que buscam institucionalizar o desenvolvimento e a construção de padrões de referências de boas práticas técnicas para operacionalizar a integração e interoperação dos diversos segmentos sociais que interagem com a União.
  • 41. XXXV Estes padrões estão baseados nos padrões BPL, BPEL, BPMN, SOA, MOM, XML, W3C, nas técnicas de DW, Data Mart’s e Dataminings, com as referências as estudos de ERP, CRM, SAP e EIS, com a utilização de ETL; entretanto aglutinar as melhores práticas, dar visibilidade e transparência, colocando-as em prática não é uma tarefa simples, exige da equipe a partipacitividade em audiências e consultas públicas e uma grande preocupação para não atender o tendenciosismo dos mercados e da economia, não acatar as influências mercadológicas, mas sim extrair deste mercado o melhor de cada método e práticas, disponibilizando-as para alavancar o conhecimento e o crescimento econômico e intelectual da sociedade. 2.6. A Arquitetura Referencial de Interroperação e seu funcionamento A Arquitetura Referencial de Interroperação dos Sistemas Informatizados de Governo, AR, é um modelo de arquitetura de interroperação de sistemas, proposto pela SLTI, que, aos moldes da arquitetura e-PING, serve de referência para que quaisquer sistemas que queiram interroperar adotem esse modelo e possam usufruir os benefícios de contar com serviços automatizados1 e gerenciados2 de Governo. 2.6.1. Em que se baseia a Arquitetura Referencial A maioria dos sistemas foi originalmente concebida para resolver problemas únicos e isolados, e que precisam ser integrados, sendo comum atualmente implementar integrações de sistemas de maneira pontual e repetitiva. A SOA, Arquitetura Orientada a Serviços, é uma nova maneira de perceber o problema e solucioná-lo, fornecendo uma camada de abstração de alto nível onde o que importa são os serviços oferecidos e como os mesmos podem ser organizados, e não mais sua plataforma ou arquitetura de implementação. WebServices são serviços que são aderentes a este paradigma, sendo ainda universalmente acessíveis (através da Internet), e asseguram a interoperabilidade através de XML, uma 1 Ligação máquina a máquina sem interferência de um operador (pessoa), com periodicidades programadas e, se for o caso, com latência zero. 2 Rotinas administrativas para cadastrar serviços e para habilitar usuários em serviços. Estatísticas de acesso.
  • 42. XXXVI maneira padronizada de descrever e empacotar dados, que é transparente e independente de plataforma. A Arquitetura Referencial de Interoperação é um modelo SOA, adaptado à realidade dos Sistemas Informatizados de Governo, que se propõe, via adesão de parceiros, a orientar uma forma padronizada de tornar disponíveis e acessíveis serviços automatizados e gerenciados de Governo. 2.6.2. O que são Sistemas Gestores de Serviço? O que são Sistemas Clientes? Na visão de quem constrói a interoperação via AR, cada sistema que tem uma atividade finalística definida e que fornece esta funcionalidade como um serviço, seja ele um Sistema Estruturador de Governo3 ou um Sistema Corporativo de Governo4 , é denominado Sistema Gestor de Serviço. Da mesma maneira, sistemas que precisam acessar outros sistemas são chamados de Sistemas Clientes. Os serviços fornecidos pelo Sistema Gestor de Serviço podem estar totalmente contidos naquele sistema ou ser o resultado da composição de serviços de mais de um sistema. Neste último caso deve haver um Sistema responsável, Gestor do Serviço. O mesmo sistema, dependendo da situação, pode ser encarado como Sistema Gestor de Serviço, e em outra ocasião agir como um Sistema Cliente – o que define este papel é a ação realizada em um determinado momento da interroperação. Assim, o SIAPE é um sistema Gestor de Serviço que fornece informações de Provimento de Cargos, e o SIORG é o Sistema Gestor de Serviço que fornece a Estrutura Orgânica de Governo. Todavia, o mesmo SIAPE e o mesmo SIORG são sistemas Clientes dependendo do papel que cumprem quando interroperam: O SIAPE é Cliente quando precisa das informações de Estrutura Orgânica do SIORG para fins de pagamento e o SIORG é Cliente quando precisa de informações de Provimento de Cargos do SIAPE para fins de titularidade do órgão. 3 Sistema transversal na estrutura orgânica de Governo que atende as necessidades finalísticas de mais de um órgão de Governo. São os seguintes os Sistemas Estruturadores de Governo: SIORG - Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal, SIAPE – Sistema Integrado de Administração de Pessoal Civil, SIASG – Sistema Integrado de administração de Serviços Gerais, SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, SIDOR – Sistema Integrado de dados Orçamentários, SIEST – Sistema Integrado das Empresas Estatais, SIGPLAN – Sistema de Informações Gerenciais de Planejamento 4 Sistema finalístico que atende a um órgão superior de Governo. São exemplos de Sistemas Corporativos o SIMEC do MEC e o PNLA do MME.
  • 43. XXXVII 2.6.3. A Arquitetura Referencial de Interroperação A AR tem como objetivo servir de referência para tornar disponíveis serviços de troca de mensagens e dados entre os Sistemas Informatizados de Governo que aderirem aos seus padrões, e é mostrada no diagrama a seguir: AR REGISTRAR serviço HABILITAR-SE serviço ARMAZENA XSDWSDL Guia de Uso Guia de Uso Guia de Uso Qualidade (medição) Guia de Uso Acesso (medição) Elementos Obrigatórios Elementos Recomendados integração inteligência informação DISPONIBILIZAR DOCUMENTAR INVOCAR PESQUISAR SISTEMA CLIENTE WS : Conteúdo WS : MediçãoSISTEMA GESTOR DE SERVIÇO WS AR REGISTRAR serviço HABILITAR-SE serviço ARMAZENA XSDWSDL Guia de Uso Guia de Uso Guia de Uso Guia de Uso Guia de Uso Qualidade (medição) Guia de Uso Qualidade (medição) Guia de Uso Acesso (medição) Guia de Uso Acesso (medição) Elementos Obrigatórios Elementos Recomendados Elementos Obrigatórios Elementos Recomendados integração inteligência informação DISPONIBILIZARDISPONIBILIZAR DOCUMENTARDOCUMENTAR INVOCARINVOCAR PESQUISARPESQUISAR SISTEMA CLIENTE SISTEMA CLIENTE SISTEMA CLIENTE WS : ConteúdoWS : Conteúdo WS : MediçãoWS : MediçãoSISTEMA GESTOR DE SERVIÇO WSSISTEMA GESTOR DE SERVIÇO WS 2.6.4. A Arquitetura Referencial de Interoperação e seu funcionamento 2.6.4.1.Componentes da AR  Disponibilizar é tornar um serviço acessível, através de WebServices. o WebService(s) de Conteúdo são aqueles que são relacionados à atividade finalística do serviço, como por exemplo, Programas e Ações de Governo ou Alocação e Provimento de Cargos. o WebService(s) de Medição (OPCIONAL) são aqueles que provêm mecanismos para monitoramento, gerenciamento e contabilização dos Serviços. Cada Sistema Gestor de Serviço poderá fornecer, conjuntamente com os WebServices de Conteúdo, os WebServices de Controle e Administração com o seguinte conjunto inicial de operações:  Medição de Acesso: esta informação é composta pela quantidade de acessos ao WebService, podendo conter filtros como operação realizada, esquemas mais solicitados etc;
  • 44. XXXVIII  Medição da Qualidade dos Dados Fornecidos: esta informação é composta pela taxa de preenchimento dos dados e da freqüência com que os mesmos são atualizados;  Pesquisa de Satisfação: O Sistema Gestor de Serviço pode contar com informações de como os Sistemas Clientes que dependem dele estão utilizando o Serviço. Esta informação seria composta por uma pontuação fornecida pelos Sistemas Clientes para o Sistema Gestor de Serviço, que serviria como um indicador de um possível acordo de nível de serviço entre as duas partes.  Registrar: Para que um serviço possa ser encontrado e utilizado, é necessário que o Sistema Gestor do Serviço o tenha cadastrado, registrado, no Catálogo de Serviços centralizado que faz parte da AR.  Documentar: Uma condição necessária para a interoperação é a documentação dos serviços e esquemas de dados disponíveis, sendo contemplada pelos componentes a seguir: o WSDL: é a interface de utilização de um webservice, como preconizado na e-PING. Neste componente, o Sistema Gestor de Serviço define e publica a interface de utilização do seu serviço; o XSD: é a estrutura dos dados que trafegarão através da interface definida no WSDL. O arquivo WSDL pode conter todos as estruturas que são trocadas, sem necessidade de um arquivo adicional. o Guia de Uso (OPCIONAL): em adição ao WSDL/XSD obrigatório, o Sistema Gestor de Serviço poderá fornecer um Guia de Uso, com implementações exemplo e explicações técnicas e administrativas pertinentes à utilização correta de seu serviço.  Pesquisar: para que um sistema cliente possa utilizar um serviço, deverá ser capaz de procurar e encontrar o serviço que é mais adequado à sua necessidade, de maneira análoga a uma busca de um telefone para uma prestação de serviço em páginas amarelas. Com esta pesquisa, o Sistema Cliente obtém a localização e outras informações, cadastradas obrigatoriamente pelo Sistema Gestor do Serviço, na AR.  Habilitar-se: A utilização de um determinado serviço depende de um acordo explícito entre o Sistema Gestor de Serviço e o Sistema Cliente. Esta habilitação depende da política de uso do Sistema Gestor de Serviço, podendo ter inclusive limitações legais para acesso aos dados fornecidos. Assim, somente Sistemas Clientes devidamente habilitados na AR, que tenham concordado com a Política de Uso específica de cada Sistema Gestor de Serviço estarão aderentes a AR.  Invocar: Um Sistema Cliente aderente à AR precisa ser capaz de invocar WebServices para que possa usufruir das facilidades de Interoperação descritas.  Armazenar: a utilização de um Serviço é claramente motivada pela necessidade do Sistema Cliente em utilizar alguma informação daquele Sistema Gestor de Informação. Assim, o processamento que o Sistema
  • 45. XXXIX Cliente faz com os dados obtidos é de sua inteira responsabilidade. A operação padrão é do armazenamento dos dados obtidos para sua utilização pelo Sistema Cliente. 2.6.5. Adesão a AR Para aderir a AR os Sistemas Informatizados de Governo deverão estar de acordo com a política de Uso do Catálogo de Serviços da e-PING e se cadastrarem ou se habilitarem em serviços através deste catálogo. A gestão do Catálogo de Serviços da e-PING é descentralizada por assuntos de Governo5 . O Gestor do assunto de Governo, indicado pela e-PING, é responsável pela administração6 dos serviços relacionados ao assunto de Governo sob sua responsabilidade. 5 Assuntos de Governo da e-PING: social; saúde; segurança pública; educação; administração e gestão; habitação; ciência e tecnologia; turismo; comércio exterior; defesa nacional; economia e finanças; cultura; meio ambiente; previdência social; trabalho; transportes; energia; agricultura e organização agrária; comunicação; direito, justiça e leis. 6 Inclusão, atualização e apresentação dos serviços. Manutenção dos assuntos correlatos, políticas de uso, requisitos técnicos para habilitação nos serviços etc.
  • 46. XL O Catálogo de Serviços, com todos os serviços de todos os assuntos de Governo, também será um serviço e estará disponibilizado em um WebService público acessado por qualquer aplicação que queira fazer uso deste catálogo. Os responsáveis pelos Sistemas Gestores dos Serviços que aderiram a AR formam um colegiado, que junto aos gestores da e-PING, são responsáveis pela Gestão do Catálogo de Serviços Informatizados de Governo. 2.7.Indicador utilizando na gestão da interoperação de sistemas informatizados de Governo. Para melhor aferir a situação da interoperação dos sistemas informatizados de Governo é utilizado o Indicador da Arquitetura Referencial de Interoperação que considera 2 componentes para o seu cálculo: Automatismo: O primeiro componente aplica nota de 1 a 3 e significa se a integração entre o Sistema Gestor do Serviço e seus Clientes é realizada de forma manual (1), semi-automática (2) ou automática (3) onde a forma manual significa operado por pessoas e a forma automática significa uma integração automática, máquina a máquina, aos moldes do uso de webservices; Aderência à e-PING: O segundo componente aplica nota de 1 a 3 e avalia o grau de aderência do Sistema Gestor do Serviço em relação aos padrões preconizados pela e-PING: plenamente aderente (3), em processo de adequação(2) ou (1) sem componentes aderentes à e- PING. Uma primeira aproximação de pontos, como exemplo, é atribuída aos Sistemas Estruturadores de Governo a seguir: automatismo x aderência a e-PING total 1 – SIDOR  1 x 1 = 1 2 – SIEST  1 x 1 = 1 3 – SIGPLAN  2 x 2 = 4 4 – SIASG  1 x 1 = 1 5 – SIAPE  1 x 1 = 1
  • 47. XLI 6 – SIEG  2 x 2 = 4 7 – SIAFI  1 x 1 = 1 8 – SIORG  2 x 2 = 4 9 – SIAPA  1 x 2 = 2 A Pontuação da Interoperação entre os Sistemas Estruturadores de Governo é o somatório das notas atuais = 19 dividido pela integração plena dos sistemas estruturadores, nota 3 para todos, que é uma nota = 81 (9 sistemas x 3 x 3). Atualmente o Índice de Interoperação entre os Estruturadores é então de 24% (19/81 x 100). O indicador atual utilizado no PPA, o número absoluto 1 para cada integração, não auxilia na medição do projeto atual que vem sendo conduzido. Apesar disso temos utilizado uma aproximação desta medida quando dizemos que de 9 integrações atingimos 2, ou seja cerca de 22%. Em médio prazo, está prevista a incorporação de um terceiro critério a este Indicador, correspondendo à qualidade dos dados disponibilizados na Arquitetura Referencial de Interoperação. Tal aferição leva em consideração a freqüência de atualização dos dados (indicando se os mesmos são atualizados de acordo com a periodicidade anunciada como necessária) e a taxa de preenchimento (indicando o quanto as variáveis fornecidas tem dados preenchidos ou não informados). 2.8.A Arquitetura Referencial de Interoperação em implementação no Sistema de Integração e Inteligência em Informações de Governo, i³Gov. O i3Gov, sistema aderente a AR como Sistema Cliente dos Sistemas Estruturadores de Governo, implementa a gestão do Catálogo de Serviços de Governo no assunto Administração e Gestão da e-PING. Construído com dados dos sistemas estruturadores de Governo, o i3Gov conta com informações gerenciais contextualizadas através de documentação dos macro-processos, metadados e dos serviços importantes prestados pelos sistemas estruturadores.
  • 48. XLII Concebido na forma de prototipação evolutiva o i3Gov se apóia em um ambiente permanente de desenvolvimento de documentação e de análise de informações em tempo real. O i3Gov visa:  Melhoria da interoperação entre os Sistemas Estruturadores e destes com os sistemas corporativos externos, via disponibilidade de eventos e objetos de interface da integração que, padronizados segundo a e-PING (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), possam amenizar os problemas do tráfego aleatório, repetitivo e redundante de dados de cadastros e tabelas entre os sistemas resultando em uma redução significativa7 dos custos de operação das transações de extração de dados e apurações especiais demandadas ao SERPRO;  Ampliação do contexto de interoperação de órgãos para conteúdo genérico de esquemas de dados dos Sistemas Estruturadores que, uma vez disponíveis e publicados como webservices, aderentes a AR, possam atender demandas externas por serviços;  Criação de acesso único e organizado a quaisquer informações compartilhadas entre os Sistemas Estruturadores e outros sistemas corporativos importantes, que venham a se conveniar e utilizar a arquitetura referencial de interoperação;  Gestão compartilhada e disponibilidade do conhecimento adquirido para todos os parceiros integrantes dos convênios de relacionamento com o i3Gov. Para o i3Gov a proposição de seguir o modelo de arquitetura AR é baseada na ampliação do número de sistemas corporativos de órgãos externos de Governo que venham a se utilizar à infra-estrutura de serviços provenientes desta iniciativa e da melhoria da entrega e recepção de informações pelos Sistemas Estruturadores de Governo. Para tanto, através do i3Gov (módulo de cadastramento e habilitação em desenvolvimento), o órgão interessado em aderir a Arquitetura Referencial de Interoperação deverá: 7 Estima-se que os custos sejam reduzidos em mais de 75%.