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1
REFERENCIAIS TECNOLÓGICOS PARA A PRODUÇÃO DE CEBOLA EM1
SISTEMAS ORGÂNICOS2
3
Paulo Antonio de Souza Gonçalves1
4
Pedro Boff2
5
Enildo Rowe3
6
7
Introdução8
9
Santa Catarina é o principal produtor nacional de cebola com 18 mil famílias na10
atividade e volume bruto de produção anual de 400 mil toneladas, e área de 20 mil11
hectares (Epagri/Cepa, 2006; Boeing, 2002). O manejo da cultura é realizado em12
sistema convencional com o uso intensivo de fertilizantes de alta solubilidade e13
agrotóxicos. Nos últimos anos, decorrente do debate ambiental e da crescente14
conscientização dos agricultores frente às intoxicações por agrotóxicos, têm sido15
buscadas tecnologias de cultivo de cebola de baixo impacto ambiental, econômica e16
socialmente viáveis. Em conseqüência disto, o número de produtores catarinenses que17
optaram por produzir cebola em sistemas orgânicos está em torno de 200, com um18
volume de produção superior a 150 t e valor bruto de produção superior a R$ 100 mil19
(Oltramari et al., 2005).20
O sistema orgânico de produção de cebola não tem sido implementado em21
grande escala, principalmente pelo conceito entre os agricultores de que a22
1
Eng. agr., Dr., Epagri/Estação Experimental de Ituporanga, C. P. 121, 88400-000
Ituporanga, SC, fone (47) 35331409/35331364, email: pasg@epagri.sc.gov.br .
2
Eng. Agr., PhD., Estação Experimental de Lages, C. P. 181, 88502-970 Lages, SC,
fone (49) 3224/4400, email: pboff@epagri.sc.gov.br .
3
Eng. agr., MSc., Epagri/Estação Experimental de Ituporanga, C. P. 121, 88400-000
Ituporanga, SC, fone (47) 35331409/35331364, email: rowe@epagri.sc.gov.br .
2
produtividade cai substancialmente, é pouco prático e falta tradição da maneira de1
plantar e cultivar (Muniz, 2003). O mesmo autor relata que apenas 1,2% dos2
cebolicultores se dedicam ao sistema de produção orgânico. Portanto, o sistema3
orgânico de produção de cebola possui um alto potencial de expansão e sua4
implementação em larga escala possibilitaria o incremento da independência financeira5
dos agricultores pela não utilização de agroquímicos, reduzindo assim o impacto de6
resíduos tóxicos no meio ambiente, os problemas de saúde dos agricultores e7
adicionalmente ofertar-se-ia um alimento mais saudável aos consumidores. A8
Epagri/Estação Experimental de Ituporanga, iniciou em 1996 o trabalho com produção9
orgânica de cebola em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)10
e agricultores da região.11
Cultivares12
13
As cultivares mais indicadas para o cultivo orgânico em Santa Catarina são:14
Epagri 362, Crioula (Figura 1), Epagri 363 Bola Precoce e Epagri 363 Superprecoce.15
Atualmente já existem sementes de cebola disponíveis no mercado para sistemas16
orgânicos de produção obtidas junto a agricultores familiares (Rodrigues, 2005).17
Entretanto, o agricultor orgânico pode obter semente na própria propriedade com a18
população de cebola crioula local, como é de uso tradicional na região de Alfredo19
Wagner, SC. O uso de sementes, oriundas de sistemas de cultivo convencional com20
agroquímicos é permitido por algumas certificadoras desde que não haja21
disponibilidade de semente de sistema orgânico no mercado.22
23
24
25
3
Produção de mudas - fase de canteiro1
O canteiro para produção de mudas, deve ser situado em local ventilado e que2
receba o sol da manhã, possibilitando reduzir a umidade proveniente da neblina e3
desfavorecendo o desenvolvimento de doenças foliares. O solo, na produção de4
mudas, deve estar em condições semelhantes ao da lavoura, fase pós-transplante,5
ajustando-se o pH entre 5,5 a 6,0, pela incorporação de calcário em no mínimo 90 dias6
antes da semeadura, em comparação com os 180 dias antes do transplante na lavoura.7
O canteiro deve ter de 1,0 a 1,2 m de largura e altura de 10 a 15 cm, com espaçamento8
entre eles de 30 cm. O preparo do canteiro pode ser auxiliado pela enxada rotativa ou9
rotoencanteirador, evitando desagregação excessiva do solo (Epagri, 2000).10
A adubação, no canteiro, pode ser realizada com composto (5,0 kg/m2
), cama de11
aviário bem curtida (1,5 kg/m2
) ou vermicomposto/húmus de minhoca (5,0 kg/m2
)12
(Epagri, 2000). O uso de composto e estercos bem curtidos, além de se adequarem às13
normas orgânicas de produção, por facilitar a degradação de resíduos químicos, evita a14
ocorrência de perdas de mudas por larvas da mosca da cebola, Delia platura15
(Gonçalves, 2006). Estas fontes de nutrientes de base orgânica têm dispensado a16
necessidade adicional de adubação por cobertura. Em situação de baixo17
desenvolvimento das mudas, pode-se distribuir de 1 a 2 kg de esterco de aves bem18
curtido por 10 m2
, aos 30-40 dias após a semeadura, e repetir a cada 15 ou 20 dias, se19
necessário (Claro, 2001).20
A densidade de semeadura deve ser reduzida para 2 g/m2
, em comparação do21
sistema de uso tradicional que é de 3 g/m2
. Isto proporcionará ambiente mais arejado e22
dificulta o desenvolvimento da principal doença na fase de canteiro, conhecida como23
sapeco ou queima acinzentada, causada pelo fungo Botrytis squamosa, além de evitar24
4
que ocorra tombamento de mudas na fase inicial de desenvolvimento (Boff & Debarba,1
1999). Para a cobertura das sementes recomenda-se uma camada de 2 cm de2
composto termofílico estabilizado, que pode ser obtido da mistura de descarte de3
cebola com capim elefante, ambos triturados e adicionando-se esterco bovino na4
proporção de 1:1:1. Este composto propicia mudas sem ocorrência de patógenos do5
tombamento e mais tolerantes à infecção por B. squamosa (Boff et al., 2001). Além do6
composto, o canteiro pode ser coberto com húmus de minhoca, cinza de casca de arroz7
e pó-de-serra de ano, desde que a madeira não tenha sido quimicamente tratada8
(Figura, 2), conforme Epagri (2000).9
Para o manejo de doenças na fase de produção de mudas recomenda-se o uso10
da calda bordalesa a 0,3% ou cinza vegetal na dose de 50 g/m2
(Boff et al., 1999).11
A irrigação deve ser realizada após a semeadura e cobertura do canteiro, caso12
não haja suficiente umidade no solo. Durante o desenvolvimento das mudas, em13
períodos de estiagem, é necessário irrigar, pois as mudas demandam solos com14
umidade contínua e na falta dela, o desenvolvimento é lento, provocando15
amarelecimento, seca de ponteiros das folhas e redução de vigor.16
Opcionalmente, pode-se produzir mudas em túnel baixo com plástico17
transparente, a uma altura de 50 cm do solo, com boa qualidade sanitária (Claro, 2001).18
O túnel é mantido normalmente aberto para que as mudas recebam luminosidade. Em19
caso de excesso de chuvas, ventos fortes, e geadas é mantido fechado, principalmente20
na parte da tarde para armazenar calor. A superfície do canteiro deve estar úmida,21
porém bem drenado, para não ocorrer o desenvolvimento de doenças.22
O manejo de plantas espontâneas no canteiro, é realizado parcialmente pela23
cobertura utilizada sobre as sementes na ocasião da semeadura. Entretanto, na maioria24
5
das vezes necessita ser completado manualmente após a emergência das plântulas.1
Preventivamente, o manejo de ervas espontâneas nos canteiros pode ser facilitado pelo2
uso de uma a duas camadas de papel pardo fino, logo após a adubação e3
aplainamento de leito, distribuindo-se o substrato disponível na propriedade (composto,4
húmus, terra, ou mistura de diferentes fontes) sobre a película de papel. Em seguida5
faz-se a semeadura e cobertura com o mesmo substrato (Figura 3). A película de papel6
dificulta a emergência de ervas espontâneas, que ficariam abaixo da camada de7
semeadura.8
A cobertura por material vegetal seco ou em murcha é uma excelente alternativa9
para o manejo de ervas expontâneas. Após preparação e adubação, coloca-se sobre o10
canteiro, uma camada espessa de 5 a 10 cm com palhas de gramíneas como o milho,11
milheto, teosinto e capim cameroon, arroz, aveia ou de leguminosas (feijão, soja,12
ervilhaca, feijão de porco) (Claro, 2001). O material de talo mais grosso como milho e13
milheto, capim cameroon, deve ser triturado. A cobertura de palha pode permanecer14
assim por um período de dois a quatro meses antes da semeadura. Na época de15
semeadura retira-se o material não decomposto que pode prejudicar a germinação e16
realiza-se a semeadura em sulcos com 1 cm de profundidade, espaçados 10 cm entre17
si.18
19
Fase de lavoura: pós-transplante20
Plantio direto21
O sistema de plantio direto de cebola é uma prática importante para evitar22
a erosão, dispersão de ervas invasoras, conservação da umidade do solo, diminuição23
da ocorrência de picos de temperatura do solo, o que é benéfico para as plantas e24
6
microrganismos do solo, além da economia de tempo e combustível no preparo das1
áreas (Amado et al., 1992). As plantas de cobertura promovem a reciclagem de2
nutrientes, mudanças na estrutura, características, químicas, microbiológicas, conteúdo3
de água e temperatura do solo (Amado & Teixeira, 1991). O plantio direto de hortaliças4
tem sido discutido como forma de gerar sustentabilidade em sistemas ecológicos de5
produção (Epagri, 2004).6
Em sistema de plantio direto a muda de cebola é transplantada diretamente na7
palha do adubo verde (Figura 4), que foram previamente acamada por rolo-faca ou no8
final de seu ciclo. O sulco é aberto por máquina motorizada ou a tração animal (Figura9
5).10
A preparação do solo para o transplante direto inicia meses antes, com o plantio11
de adubos verdes. Os adubos verdes que têm sido utilizados seguem a semeadura12
imediatamente após a colheita da cebola no verão ou são de ciclo invernal,13
normalmente, após o cultivo de verão. No verão, pelo mês de dezembro são utilizadas14
as espécies de mucuna-preta (Stizolobium sp.), (Figura 6), mucuna-preta associada a15
milho ou feijão-de-porco (Canavalia ensiformis). Pode-se aproveitar a palha de capim-16
doce, marmelada ou papuã (Brachiaria plantaginea) naturalmente ocorrente no período17
verão-outono, mas já iniciando sua decomposição no período de inverno (Rowe, 2006).18
Para o período de inverno (abril/maio), os adubos verdes recomendados são a aveia-19
preta (Avena strigosa), o nabo forrageiro (Raphanus sativus) e a associação de aveia-20
preta com nabo forrageiro (Figura 7) conforme Rowe (2006). Segundo o mesmo autor o21
centeio (Secale cereale), a cevada forrageira (Hordeum vulgare) e o triticale (X.22
triticosecale) são adubos verdes de inverno que podem também ser utilizados com bom23
rendimento de palha.24
7
O transplante de cebola nos sistemas orgânicos requer espaçamentos mais1
amplos, sugerindo-se de 40 a 50 cm entre linhas e de 10 a 15 cm entre plantas (Figura2
8). Os espaçamentos mais abertos desfavorecem as doenças causadas por fungos3
como míldio (Peronospora destructor) além de facilitar a capina (Boff et al., 1998).4
Fertilização na lavoura5
A utilização de adubos verdes de verão e inverno são fundamentais para se6
reduzir ou eliminar a utilização de composto, estercos ou pós de rocha, pois fornecem7
altos níveis de nutrientes ao solo, principalmente nitrogênio (Tabela 1).8
Para correção de fósforo, a adubação pode ser realizada com fosfato natural,9
baseado no teor solúvel, de acordo com a Comissão de Fertilidade do Solo SC/RS10
(1994), a qual determinava para a cebola os níveis de adubação fosfatada inferiores a11
recomendação mais recente (Comissão de Química e Fertilidade do Solo RS/SC12
(2004). Gonçalves (2001) obteve níveis de produtividade com adubação orgânica13
semelhante à adubação mineral, recomendada segundo a Comissão de Fertilidade do14
Solo RS/SC (1994), com o uso das seguintes fontes: esterco suíno, 16 t/ha; de esterco15
de aves 6,0 t/ha; composto 20 t/ha, oriundo de descarte de cebola e capim cameroon;16
húmus de esterco de suíno, 6,5 t/ha e esterco de peru, 6,0 t/ha. A fórmula usada para o17
cálculo da quantidade destes adubos é: dose de esterco/ha = (100000 x N) /(MS x18
NMS x 0,5); onde N é quantidade de nitrogênio, em kg/ha, necessário para a cultura da19
cebola; MS é o teor de matéria seca do esterco em porcentagem; NMS é a quantidade20
de nitrogênio em grama por quilo de matéria seca do esterco; e 0,5 é o índice de21
liberação de nitrogênio pelo esterco (50% no primeiro ano de aplicação), enquanto que22
para o fósforo considera-se 0,6 (Gonçalves, 2001), adaptado de Comissão de23
8
Fertilidade do Solo RS/SC (1994). A análise de nutrientes destes adubos orgânicos1
encontra-se na Tabela 2.2
3
4
Manejo de pragas, doenças e plantas daninhas5
O manejo de doenças no plantio definitivo, principalmente do míldio é realizado6
com calda bordalesa de 0,3% a 1%, de acordo com o nível de intensidade da doença e7
fase da cultura. Deve-se evitar as pulverizações periódicas, pois uso preventivo da8
calda bordalesa pode causar acúmulo de níveis de cobre no solo com conseqüente9
efeito sobre a biodiversidade. Ao invés disso, monitorar a lavoura e somente intervir10
com calda bordalesa se constatada a ocorrência do míldio sobre as folhas.11
O tripes (Thrips tabaci Lind.) principal praga da cebola, pode ser manejado pela12
adoção de cultivares precoces como a Bola Precoce e Superprecoce, que apresentam13
escape à ocorrência do inseto (Gonçalves & Gandin, 1998). Nos plantios com cultivares14
de ciclo médio, como a Crioula, em solo manejado em plantio direto, com adubação15
verde e nível médio a alto de matéria orgânica, as plantas de cebola apresentam16
tolerância ao dano de tripes (Figura 9), conforme Gonçalves (1998). As substâncias17
alternativas testadas no manejo de tripes não têm resultado na redução significativa do18
inseto e incremento da produtividade (Gonçalves, 2006).19
O manejo de plantas residentes pode ser feito parte manualmente e completado20
com enxada, com o uso no máximo de quatro capinas anuais. Esta atividade é21
considerada uma dificuldade para a expansão dos sistemas orgânicos devido à alta22
demanda por mão-de-obra. Em áreas de plantio direto as capinas podem ser reduzidas23
desde que se utilize adubação de inverno com gramíneas como aveia ou centeio como24
9
plantas de cobertura. Desta forma, o solo ficará coberto por um longo período com1
possibilidade de redução das capinas. Rowe (1997) observou que aos 84 dias após2
manejo o centeio apresentava 90% de cobertura do solo e uma infestação de ervas3
espontâneas de apenas 3%.4
Produtividade, certificação e comercialização5
A produtividade da cebola em sistemas orgânicos de produção tem variado entre6
11 a 15 t/ha em propriedades rurais, atingindo, portanto, os níveis do cultivo tradicional,7
caracterizado por baixo investimento em agroquímicos e irrigação, que é representativo8
da região para área agricultável de até 2 ha (Boeing, 2002). Por outro lado, é inferior9
aos sistemas de alto nível de investimento em agroquímicos que podem atingir em10
média até 35 t/ha (Boeing, 2002). No início da transição do sistema convencional para o11
orgânico, a redução na produtividade é normal, porém há recuperação a médio prazo à12
medida em que o solo se enriquece biologicamente, retomando a ciclagem de13
nutrientes e aumentando o fluxo de energia. A perda na produtividade é compensada14
pela redução das despesas sem o uso de agroquímicos e o maior preço alcançado pelo15
produto orgânico, além do aumento da demanda pelo mercado de alimentos sadios.16
Desta forma, não há como desenvolver o sistema pelo paradigma da máxima17
produtividade, pois altas produtividades demandam investimentos em insumos que nem18
sempre geram significativo retorno econômico, sendo mais viável pelo nível ótimo de19
produção, ou seja com produção de bulbos comercializáveis, o que dão20
sustentabilidade econômica à pequena propriedade. Pesquisas realizadas em Estações21
Experimentais têm obtido em sistema orgânico produtividades superiores ao observado22
em propriedades rurais, Silva & Peruch (2005) observaram 18,6 t/ha na região do Litoral23
Catarinense, Gonçalves (2004) observou até 28,0 t/ha em Ituporanga, SC. As24
10
diferenças observadas em produtividade entre propriedades rurais e estações1
experimentais devem-se provavelmente a maior disponibilidade de mão-de-obra e2
insumos em centros de pesquisa e nem sempre acessíveis aos agricultores familiares.3
A certificação da produção em sistemas orgânicos em Santa Catarina tem sido4
realizada principalmente pela Rede Ecovida, ECOCERT, Fundação Mokiti Okada e IBD.5
A comercialização tem sido realizada diretamente pelos agricultores, em feiras locais,6
consignações a supermercados, para grupos de compras da CONAB e para o mercado7
paulista pela cooperativa Ecosserra, Lages, SC. O custo da certificação tem sido8
apontado pelos agricultores como relativamente alto pelo baixo volume de produção9
que possuem, variando de R$ 300,00 a R$ 430,00 ao ano por agricultor. Embora o10
associativismo seja uma forma de baratear o custo da certificação.11
O preço de comercialização tem variado de R$ 1,00 a R$ 1,30/kg para a cebola a12
granel e em réstia, respectivamente, na safra 2006/07. O preço obtido pelo produto13
orgânico é superior ao do produto convencional, comercializado em média na safra14
2006/2007 a R$ 0,36/kg (Boeing, 2007). Embora na safra 2008 o produto convencional15
tenha atingido o valor de R$ 0,90/kg (Santos, 2008), provavelmente os agricultores16
orgânicos deverão avaliar a necessidade de reajuste do preço em virtude desta17
sazonalidade. Além disso, a cebola de sistemas orgânicos apresenta uma vantagem18
econômica em relação a de sistemas convencionais, pois há redução de riscos pela19
não utilização de adubos minerais e agrotóxicos, os quais representarem 68,8% dos20
custos variáveis do sistema convencional de produção, em estudo feito por Muniz21
(2003). Segundo Boeing (2002) os agrotóxicos e fertilizantes minerais são os principais22
responsáveis pelo encarecimento do sistema de produção de cebola no sul do Brasil,23
se comparados com outros países do Mercosul. Embora no sistema orgânico demande24
11
mais mão-de-obra com as capinas, na agricultura familiar é possível conviver com esta1
realidade, pois utiliza recursos humanos próprios, não havendo contratação externa de2
mão-de-obra. Isto tem sido observado em agricultores da região do Alto Vale, SC, que3
tem se dedicado a produzir cebola orgânica em áreas de até 1 ha.4
5
Colheita, pós-colheita e armazenagem6
Os procedimentos adotados para a colheita e armazenagem da cebola em7
sistemas orgânicos são similares aos adotados em sistema convencional como8
descritos em Epagri (2000).9
Convém ressaltar que o processamento de produtos orgânicos deve ser feito10
separado de produtos convencionais. Portanto, o galpão de armazenagem e11
embalagem do produto devem ser específicos para este fim, seguindo as normas da12
certificadora escolhida pelo agricultor.13
Como o produto tem sido comercializado em pequenos volumes para mercados14
locais e regionais, alguns agricultores embalam os bulbos diretamente em sua15
propriedade em bandejas de isopor envoltas em filme de PVC com o selo com nome e16
endereço do agricultor e logomarca da certificadora (Figura 10). O consumo em sacos17
de 20 kg, como utilizado em sistema convencional, também é realizado quando18
destinado para centros consumidores distante do município de origem (Figura 11).19
20
21
22
12
Considerações finais1
Sistemas orgânicos na produção de cebola são altamente promissores, porém2
dificultados pelo aumento de mão-de-obra no manejo de ervas espontâneas, havendo3
necessidade de envolvimento de agricultores de maneira participativa na busca de4
alternativas. A necessidade de organizar a comercialização pelos agricultores familiares5
é também fundamental para que o sistema se expanda, pois como é um produto6
diferenciado, ainda não é absorvido em grandes volumes pelos compradores locais de7
cebola.8
9
Literatura citada10
11
AMADO, T. J. C. Adubação verde de inverno para o Alto Vale do Itajaí. Agropecuária12
catarinense, Florianópolis, v.4, n.1, p. 4-7, 1991.13
14
AMADO, T. J. C.; SILVA, E.; TEIXEIRA, L. A. J. Cultivo mínimo de cebola: máquina15
para o preparo do solo nas pequenas propriedades. Agropecuária catarinense,16
Florianópolis, v.5, n.1, p. 25-26, 1992.17
18
AMADO, T. J. C.; TEIXEIRA, L. A. J. Culturas de cobertura do solo: efeito no19
fornecimento de nitrogênio e no rendimento de bulbos de cebola. Agropecuária20
catarinense Florianópolis, v.4, n.3, p. 10-12, 1991.21
22
BOEING, G. Fatores que afetam a qualidade da cebola na agricultura familiar23
catarinense. Florianópolis: Instituto Cepa/SC, 2002. 88p.24
25
BOEING, G. Cebola - Números da Safra 2006/07 em Santa Catarina - 13/07/07.26
Informe conjuntural. Disponível em:27
<http://cepa.epagri.sc.gov.br/Infconj/textos07/ICebola/ICebola1307.htm> Acesso em: 0728
fev. 2008.29
30
BOFF, P.; DEBARBA, J. F. Tombamento e vigor de mudas de cebola em função de31
diferentes profundidades e densidades de semeadura. Horticultura Brasileira, v.17,32
p.15-19, 1999.33
34
BOFF, P.; GONÇALVES, P. A. de S.; DEBARBA, J. F. Efeito de preparados caseiros no35
controle da queima-acinzentada na cultura da cebola. Horticultura Brasileira, v.17, n.2,36
p.81-85, julho 1999.37
13
BOFF, P.; STUKER, H.; GONÇALVES, P. A. de S. Influência da densidade de plantas1
de cebola na ocorrência de doenças foliares e produção de bulbos de cebola.2
Fitopatologia Brasileira, v. 23, p. 448-452, 1998.3
4
BOFF, P.; DEBARBA, J. F.; SILVA, E.; WERNER, H. Thermophilic compost to increase5
onion health. IOCB/WPRS Bulletin, v.24, n.1, p.15-18, 2001.6
7
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO - RS/SC. Recomendações de adubação e8
de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 3 ed. Passo9
Fundo: SBCS - Núcleo Regional Sul, 1994. 224p.10
11
CLARO, S. A. Referenciais tecnológicos para a agricultura familiar ecológica: a12
experiência da região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER/RS-13
ASCAR, 2001. 250 p.14
15
COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO RS/SC. Manual de adubação e16
calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10 ed. Porto17
Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2004. 400p.18
19
EPAGRI. Sistema de produção para cebola (Santa Catarina, 3a
revisão). Florianópolis:20
EPAGRI, 2000. 91p. (Epagri. Sistema de produção, 16).21
22
EPAGRI. Sistema de Plantio Direto de Hortaliças: o cultivo do tomateiro no Vale do Rio23
do Peixe, SC, em 101 respostas dos agricultores. Florianópolis: EPAGRI, 2004. 53p.24
(Epagri. Boletim Didático, 57).25
26
EPAGRI/CEPA. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina 2005-2006.27
Florianópolis: EPAGRI/CEPA, 2006. 294 p. Disponível em:28
<http://cepa.epagri.sc.gov.br/Publicacoes/sintese_2006/sintese_2006.pdf>. Acesso em29
11 jan. 2007.30
31
GONÇALVES, P. A. S.; GANDIN, C. L. Suscetibilidade de cultivares de cebola, a Thrips32
tabaci em sistema orgânico e convencional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE33
ENTOMOLOGIA, 17., 1998, Rio de Janeiro. Resumos... Rio de Janeiro, 1998. p.21.34
35
GONÇALVES, P. A. S. Determinação de nível de dano econômico de tripes em cebola.36
Horticultura Brasileira, v. 16, n. 2, p. 128 131, 1998.37
38
GONÇALVES, P. A. S. Impacto de adubações mineral e orgânica sobre a incidência de39
tripes, Thrips tabaci Lind., e míldio, Peronospora destructor Berk. Casp., e da40
diversidade vegetal sobre tripes e sirfídeos predadores em cebola, Allium cepa L. 2001.41
123 p. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais). Centro de Ciências42
Biológicas e da Saúde, Universidade federal de São Carlos, São Carlos, SP.43
44
GONÇALVES, P. A. S. Espécies vegetais em bordadura e substâncias alternativas no45
controle de tripes e na incidência do predador Toxomerus spp. em cebola. Agropecuária46
Catarinense, v. 18, n. 1, p. 81-83, 2004.47
14
GONÇALVES, P. A. S. Manejo ecológico das principais pragas da cebola. In:1
WORDELL FILHO, J. A.; ROWE, E.; GONÇALVES, P. A. de S.; DEBARBA, J. F.;2
BOFF, P.; THOMAZELLI, L. F. Manejo fitossanitário na cultura da cebola. Florianópolis:3
Epagri, 2006. 226p. p.168-189.4
5
MUNIZ, A. W. Caracterização e Análise de Cadeias Produtivas: O caso da cadeia da6
cebola do estado de Santa Catarina, 2003. 92f. Dissertação (Mestrado em Engenharia7
de Produção), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.8
9
OLTRAMARI, A.C.; ZOLDAN, P.; ALTMANN, R. Agricultura orgânica em Santa10
Catarina. 2. ed. Florianópolis: Instituto Cepa/SC, 2005. 55p.11
12
RODRIGUES, A. P. D. C. Produção de sementes de cebola em sistemas convencional13
e agroecológico. 2005. 30f. Tese (Programa de Pós-graduação em Ciência e14
Tecnologia de Sementes), Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS.15
16
ROWE, E. Manejo agroecológico da vegetação espontânea na cultura da cebola. In:17
WORDELL FILHO, J. A.; ROWE, E.; GONÇALVES, P. A. de S.; DEBARBA, J. F.;18
BOFF, P.; THOMAZELLI, L. F. Manejo fitossanitário na cultura da cebola. Florianópolis:19
Epagri, 2006. 226p. p.190-226.20
21
ROWE, E. Avaliação de plantas de cobertura e da comuniadde infestante em duas22
situações de cultivo. 1997. 65f. Dissertação (Mestrado em Agroecossistema)23
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.24
25
SILVA, A. C. F. da; PERUCH, L. A. M. Avaliação de sistemas de rotação de culturas26
para hortaliças nos cultivos convencional e orgânico. In: CONGRESSO BRASILEIRO27
DE AGROECOLOGIA, 3., 2005, Florianópolis. Anais...Florianópolis, 2005. CDROM.28
29
SANTOS, S. C. Preços. Atualização Diária. 01/02/2008. Disponível em:30
<http://cepa.epagri.sc.gov.br/safra.htm>. Acesso em: 07 fev. 2008.31
32
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Tabela 1. Nitrogênio (kg/ha) existente nos resíduos de plantas de cobertura de solo.1
Epagri, Estação Experimental de Ituporanga.2
Adubos verdes Nitrogênio
(kg/ha)
Feijão-de-porco 234
Mucuna cinza 116
Nabo forrageiro 49 a 106
Aveia Preta 48 a 70
Centeio 68
Milho 63
Pousio (ervas invasoras) 63
Mucuna anã 60
Modificado de Amado (1991) e Amado & Teixeira (1991).3
4
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16
Tabela 2. Teores de nutrientes de diferentes fontes orgânicas de adubação.1
Nutrientes
Fontes de adubo orgânico
Esterco
suíno
Barriga
Verdeâ
Composto
termõfilo
Húmus de
minhoca
Esterco de
perú
MS (%) 27,30 93,97 36,40 61,22 79,80
N (g/kg) 34,90 26,50 20,30 37,60 29,40
P (g/kg) 23,60 15,80 14,70 26,60 20,80
K (g/kg) 1,80 15,0 3,40 7,20 25,40
Ca (g/kg) 52,80 64,60 29,00 58,00 31,00
Mg (g/kg) 4,20 15,60 5,00 6,40 8,20
Fe (mg/kg) 3822,00 10740,0 8686,0 6008,00 7230,0
Mn (mg/kg) 368,00 636,00 318,00 634,00 574,00
Zn (mg/kg) 650,00 298,00 244,00 990,00 468,00
Cu (mg/kg) 596,00 108,00 232,00 734,00 112,00
B (mg/kg) 31,00 53,00 34,00 42,00 58,00
OBS: análises realizadas pelo Laboratório de Fisiologia e Nutrição Vegetal da Estação2
Experimental de Caçador, SC, EPAGRI, exceto matéria seca pelo Laboratório de Análise3
de Solos Estação Experimental de Ituporanga, SC, EPAGRI.4
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Figura 1. Cultivar Epagri 362, Crioula, produzida em sistema orgânico pelo Sr. Reinaldo6
Roemig, Aurora, SC.7
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Figura 2. Canteiros de cebola com diferentes coberturas, a esquerda com capim2
cameroon triturado, ao centro composto de descarte de cebola e a direita com pó-de-3
serra.4
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Figura 3. Canteiro em montagem com cobertura com jornal para evitar ervas3
invasoras, e com composto como substrato para leito para a semeadura e cobertura4
das sementes.5
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Figura 4. Transplante de mudas sobre palha de aveia e nabo forrageiro.3
4
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2
Figura 5. Abertura do sulco sobre palha de aveia e nabo forrageiro com implemento3
adaptado.4
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Figura 6. Mucuna preta coberta por geada, que promove a desseca natural da palha,3
que normalmente ocorre na região do Alto Vale do Itajaí, SC.4
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Figura 7. Área com aveia e nabo forrageiro parcialmente acamados por rolo-faca.4
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Figura 8. Detalhe do espaçamento mais aberto entre linhas que o adotado no sistema5
convencional.6
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Figura 9. Em sistema de plantio direto pela melhoria das condições de solo ocorre um5
desenvolvimento adequado das plantas, o que proporciona tolerância aos danos6
causados por tripes.7
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Figura 10. Bulbos de cebola produzidos em sistema orgânico embalados em bandeja5
de isopor envolta em filme de PVC, comercializada em supermercado em Rio do Sul,6
SC, pelo agricultor Orlando Heiber.7
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Figura 11. Bulbos de cebola produzidos em sistema orgânico embalados em sacos de4
20 kg.5
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Referenciais tecnológicos cebola orgânica

  • 1. 1 REFERENCIAIS TECNOLÓGICOS PARA A PRODUÇÃO DE CEBOLA EM1 SISTEMAS ORGÂNICOS2 3 Paulo Antonio de Souza Gonçalves1 4 Pedro Boff2 5 Enildo Rowe3 6 7 Introdução8 9 Santa Catarina é o principal produtor nacional de cebola com 18 mil famílias na10 atividade e volume bruto de produção anual de 400 mil toneladas, e área de 20 mil11 hectares (Epagri/Cepa, 2006; Boeing, 2002). O manejo da cultura é realizado em12 sistema convencional com o uso intensivo de fertilizantes de alta solubilidade e13 agrotóxicos. Nos últimos anos, decorrente do debate ambiental e da crescente14 conscientização dos agricultores frente às intoxicações por agrotóxicos, têm sido15 buscadas tecnologias de cultivo de cebola de baixo impacto ambiental, econômica e16 socialmente viáveis. Em conseqüência disto, o número de produtores catarinenses que17 optaram por produzir cebola em sistemas orgânicos está em torno de 200, com um18 volume de produção superior a 150 t e valor bruto de produção superior a R$ 100 mil19 (Oltramari et al., 2005).20 O sistema orgânico de produção de cebola não tem sido implementado em21 grande escala, principalmente pelo conceito entre os agricultores de que a22 1 Eng. agr., Dr., Epagri/Estação Experimental de Ituporanga, C. P. 121, 88400-000 Ituporanga, SC, fone (47) 35331409/35331364, email: pasg@epagri.sc.gov.br . 2 Eng. Agr., PhD., Estação Experimental de Lages, C. P. 181, 88502-970 Lages, SC, fone (49) 3224/4400, email: pboff@epagri.sc.gov.br . 3 Eng. agr., MSc., Epagri/Estação Experimental de Ituporanga, C. P. 121, 88400-000 Ituporanga, SC, fone (47) 35331409/35331364, email: rowe@epagri.sc.gov.br .
  • 2. 2 produtividade cai substancialmente, é pouco prático e falta tradição da maneira de1 plantar e cultivar (Muniz, 2003). O mesmo autor relata que apenas 1,2% dos2 cebolicultores se dedicam ao sistema de produção orgânico. Portanto, o sistema3 orgânico de produção de cebola possui um alto potencial de expansão e sua4 implementação em larga escala possibilitaria o incremento da independência financeira5 dos agricultores pela não utilização de agroquímicos, reduzindo assim o impacto de6 resíduos tóxicos no meio ambiente, os problemas de saúde dos agricultores e7 adicionalmente ofertar-se-ia um alimento mais saudável aos consumidores. A8 Epagri/Estação Experimental de Ituporanga, iniciou em 1996 o trabalho com produção9 orgânica de cebola em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)10 e agricultores da região.11 Cultivares12 13 As cultivares mais indicadas para o cultivo orgânico em Santa Catarina são:14 Epagri 362, Crioula (Figura 1), Epagri 363 Bola Precoce e Epagri 363 Superprecoce.15 Atualmente já existem sementes de cebola disponíveis no mercado para sistemas16 orgânicos de produção obtidas junto a agricultores familiares (Rodrigues, 2005).17 Entretanto, o agricultor orgânico pode obter semente na própria propriedade com a18 população de cebola crioula local, como é de uso tradicional na região de Alfredo19 Wagner, SC. O uso de sementes, oriundas de sistemas de cultivo convencional com20 agroquímicos é permitido por algumas certificadoras desde que não haja21 disponibilidade de semente de sistema orgânico no mercado.22 23 24 25
  • 3. 3 Produção de mudas - fase de canteiro1 O canteiro para produção de mudas, deve ser situado em local ventilado e que2 receba o sol da manhã, possibilitando reduzir a umidade proveniente da neblina e3 desfavorecendo o desenvolvimento de doenças foliares. O solo, na produção de4 mudas, deve estar em condições semelhantes ao da lavoura, fase pós-transplante,5 ajustando-se o pH entre 5,5 a 6,0, pela incorporação de calcário em no mínimo 90 dias6 antes da semeadura, em comparação com os 180 dias antes do transplante na lavoura.7 O canteiro deve ter de 1,0 a 1,2 m de largura e altura de 10 a 15 cm, com espaçamento8 entre eles de 30 cm. O preparo do canteiro pode ser auxiliado pela enxada rotativa ou9 rotoencanteirador, evitando desagregação excessiva do solo (Epagri, 2000).10 A adubação, no canteiro, pode ser realizada com composto (5,0 kg/m2 ), cama de11 aviário bem curtida (1,5 kg/m2 ) ou vermicomposto/húmus de minhoca (5,0 kg/m2 )12 (Epagri, 2000). O uso de composto e estercos bem curtidos, além de se adequarem às13 normas orgânicas de produção, por facilitar a degradação de resíduos químicos, evita a14 ocorrência de perdas de mudas por larvas da mosca da cebola, Delia platura15 (Gonçalves, 2006). Estas fontes de nutrientes de base orgânica têm dispensado a16 necessidade adicional de adubação por cobertura. Em situação de baixo17 desenvolvimento das mudas, pode-se distribuir de 1 a 2 kg de esterco de aves bem18 curtido por 10 m2 , aos 30-40 dias após a semeadura, e repetir a cada 15 ou 20 dias, se19 necessário (Claro, 2001).20 A densidade de semeadura deve ser reduzida para 2 g/m2 , em comparação do21 sistema de uso tradicional que é de 3 g/m2 . Isto proporcionará ambiente mais arejado e22 dificulta o desenvolvimento da principal doença na fase de canteiro, conhecida como23 sapeco ou queima acinzentada, causada pelo fungo Botrytis squamosa, além de evitar24
  • 4. 4 que ocorra tombamento de mudas na fase inicial de desenvolvimento (Boff & Debarba,1 1999). Para a cobertura das sementes recomenda-se uma camada de 2 cm de2 composto termofílico estabilizado, que pode ser obtido da mistura de descarte de3 cebola com capim elefante, ambos triturados e adicionando-se esterco bovino na4 proporção de 1:1:1. Este composto propicia mudas sem ocorrência de patógenos do5 tombamento e mais tolerantes à infecção por B. squamosa (Boff et al., 2001). Além do6 composto, o canteiro pode ser coberto com húmus de minhoca, cinza de casca de arroz7 e pó-de-serra de ano, desde que a madeira não tenha sido quimicamente tratada8 (Figura, 2), conforme Epagri (2000).9 Para o manejo de doenças na fase de produção de mudas recomenda-se o uso10 da calda bordalesa a 0,3% ou cinza vegetal na dose de 50 g/m2 (Boff et al., 1999).11 A irrigação deve ser realizada após a semeadura e cobertura do canteiro, caso12 não haja suficiente umidade no solo. Durante o desenvolvimento das mudas, em13 períodos de estiagem, é necessário irrigar, pois as mudas demandam solos com14 umidade contínua e na falta dela, o desenvolvimento é lento, provocando15 amarelecimento, seca de ponteiros das folhas e redução de vigor.16 Opcionalmente, pode-se produzir mudas em túnel baixo com plástico17 transparente, a uma altura de 50 cm do solo, com boa qualidade sanitária (Claro, 2001).18 O túnel é mantido normalmente aberto para que as mudas recebam luminosidade. Em19 caso de excesso de chuvas, ventos fortes, e geadas é mantido fechado, principalmente20 na parte da tarde para armazenar calor. A superfície do canteiro deve estar úmida,21 porém bem drenado, para não ocorrer o desenvolvimento de doenças.22 O manejo de plantas espontâneas no canteiro, é realizado parcialmente pela23 cobertura utilizada sobre as sementes na ocasião da semeadura. Entretanto, na maioria24
  • 5. 5 das vezes necessita ser completado manualmente após a emergência das plântulas.1 Preventivamente, o manejo de ervas espontâneas nos canteiros pode ser facilitado pelo2 uso de uma a duas camadas de papel pardo fino, logo após a adubação e3 aplainamento de leito, distribuindo-se o substrato disponível na propriedade (composto,4 húmus, terra, ou mistura de diferentes fontes) sobre a película de papel. Em seguida5 faz-se a semeadura e cobertura com o mesmo substrato (Figura 3). A película de papel6 dificulta a emergência de ervas espontâneas, que ficariam abaixo da camada de7 semeadura.8 A cobertura por material vegetal seco ou em murcha é uma excelente alternativa9 para o manejo de ervas expontâneas. Após preparação e adubação, coloca-se sobre o10 canteiro, uma camada espessa de 5 a 10 cm com palhas de gramíneas como o milho,11 milheto, teosinto e capim cameroon, arroz, aveia ou de leguminosas (feijão, soja,12 ervilhaca, feijão de porco) (Claro, 2001). O material de talo mais grosso como milho e13 milheto, capim cameroon, deve ser triturado. A cobertura de palha pode permanecer14 assim por um período de dois a quatro meses antes da semeadura. Na época de15 semeadura retira-se o material não decomposto que pode prejudicar a germinação e16 realiza-se a semeadura em sulcos com 1 cm de profundidade, espaçados 10 cm entre17 si.18 19 Fase de lavoura: pós-transplante20 Plantio direto21 O sistema de plantio direto de cebola é uma prática importante para evitar22 a erosão, dispersão de ervas invasoras, conservação da umidade do solo, diminuição23 da ocorrência de picos de temperatura do solo, o que é benéfico para as plantas e24
  • 6. 6 microrganismos do solo, além da economia de tempo e combustível no preparo das1 áreas (Amado et al., 1992). As plantas de cobertura promovem a reciclagem de2 nutrientes, mudanças na estrutura, características, químicas, microbiológicas, conteúdo3 de água e temperatura do solo (Amado & Teixeira, 1991). O plantio direto de hortaliças4 tem sido discutido como forma de gerar sustentabilidade em sistemas ecológicos de5 produção (Epagri, 2004).6 Em sistema de plantio direto a muda de cebola é transplantada diretamente na7 palha do adubo verde (Figura 4), que foram previamente acamada por rolo-faca ou no8 final de seu ciclo. O sulco é aberto por máquina motorizada ou a tração animal (Figura9 5).10 A preparação do solo para o transplante direto inicia meses antes, com o plantio11 de adubos verdes. Os adubos verdes que têm sido utilizados seguem a semeadura12 imediatamente após a colheita da cebola no verão ou são de ciclo invernal,13 normalmente, após o cultivo de verão. No verão, pelo mês de dezembro são utilizadas14 as espécies de mucuna-preta (Stizolobium sp.), (Figura 6), mucuna-preta associada a15 milho ou feijão-de-porco (Canavalia ensiformis). Pode-se aproveitar a palha de capim-16 doce, marmelada ou papuã (Brachiaria plantaginea) naturalmente ocorrente no período17 verão-outono, mas já iniciando sua decomposição no período de inverno (Rowe, 2006).18 Para o período de inverno (abril/maio), os adubos verdes recomendados são a aveia-19 preta (Avena strigosa), o nabo forrageiro (Raphanus sativus) e a associação de aveia-20 preta com nabo forrageiro (Figura 7) conforme Rowe (2006). Segundo o mesmo autor o21 centeio (Secale cereale), a cevada forrageira (Hordeum vulgare) e o triticale (X.22 triticosecale) são adubos verdes de inverno que podem também ser utilizados com bom23 rendimento de palha.24
  • 7. 7 O transplante de cebola nos sistemas orgânicos requer espaçamentos mais1 amplos, sugerindo-se de 40 a 50 cm entre linhas e de 10 a 15 cm entre plantas (Figura2 8). Os espaçamentos mais abertos desfavorecem as doenças causadas por fungos3 como míldio (Peronospora destructor) além de facilitar a capina (Boff et al., 1998).4 Fertilização na lavoura5 A utilização de adubos verdes de verão e inverno são fundamentais para se6 reduzir ou eliminar a utilização de composto, estercos ou pós de rocha, pois fornecem7 altos níveis de nutrientes ao solo, principalmente nitrogênio (Tabela 1).8 Para correção de fósforo, a adubação pode ser realizada com fosfato natural,9 baseado no teor solúvel, de acordo com a Comissão de Fertilidade do Solo SC/RS10 (1994), a qual determinava para a cebola os níveis de adubação fosfatada inferiores a11 recomendação mais recente (Comissão de Química e Fertilidade do Solo RS/SC12 (2004). Gonçalves (2001) obteve níveis de produtividade com adubação orgânica13 semelhante à adubação mineral, recomendada segundo a Comissão de Fertilidade do14 Solo RS/SC (1994), com o uso das seguintes fontes: esterco suíno, 16 t/ha; de esterco15 de aves 6,0 t/ha; composto 20 t/ha, oriundo de descarte de cebola e capim cameroon;16 húmus de esterco de suíno, 6,5 t/ha e esterco de peru, 6,0 t/ha. A fórmula usada para o17 cálculo da quantidade destes adubos é: dose de esterco/ha = (100000 x N) /(MS x18 NMS x 0,5); onde N é quantidade de nitrogênio, em kg/ha, necessário para a cultura da19 cebola; MS é o teor de matéria seca do esterco em porcentagem; NMS é a quantidade20 de nitrogênio em grama por quilo de matéria seca do esterco; e 0,5 é o índice de21 liberação de nitrogênio pelo esterco (50% no primeiro ano de aplicação), enquanto que22 para o fósforo considera-se 0,6 (Gonçalves, 2001), adaptado de Comissão de23
  • 8. 8 Fertilidade do Solo RS/SC (1994). A análise de nutrientes destes adubos orgânicos1 encontra-se na Tabela 2.2 3 4 Manejo de pragas, doenças e plantas daninhas5 O manejo de doenças no plantio definitivo, principalmente do míldio é realizado6 com calda bordalesa de 0,3% a 1%, de acordo com o nível de intensidade da doença e7 fase da cultura. Deve-se evitar as pulverizações periódicas, pois uso preventivo da8 calda bordalesa pode causar acúmulo de níveis de cobre no solo com conseqüente9 efeito sobre a biodiversidade. Ao invés disso, monitorar a lavoura e somente intervir10 com calda bordalesa se constatada a ocorrência do míldio sobre as folhas.11 O tripes (Thrips tabaci Lind.) principal praga da cebola, pode ser manejado pela12 adoção de cultivares precoces como a Bola Precoce e Superprecoce, que apresentam13 escape à ocorrência do inseto (Gonçalves & Gandin, 1998). Nos plantios com cultivares14 de ciclo médio, como a Crioula, em solo manejado em plantio direto, com adubação15 verde e nível médio a alto de matéria orgânica, as plantas de cebola apresentam16 tolerância ao dano de tripes (Figura 9), conforme Gonçalves (1998). As substâncias17 alternativas testadas no manejo de tripes não têm resultado na redução significativa do18 inseto e incremento da produtividade (Gonçalves, 2006).19 O manejo de plantas residentes pode ser feito parte manualmente e completado20 com enxada, com o uso no máximo de quatro capinas anuais. Esta atividade é21 considerada uma dificuldade para a expansão dos sistemas orgânicos devido à alta22 demanda por mão-de-obra. Em áreas de plantio direto as capinas podem ser reduzidas23 desde que se utilize adubação de inverno com gramíneas como aveia ou centeio como24
  • 9. 9 plantas de cobertura. Desta forma, o solo ficará coberto por um longo período com1 possibilidade de redução das capinas. Rowe (1997) observou que aos 84 dias após2 manejo o centeio apresentava 90% de cobertura do solo e uma infestação de ervas3 espontâneas de apenas 3%.4 Produtividade, certificação e comercialização5 A produtividade da cebola em sistemas orgânicos de produção tem variado entre6 11 a 15 t/ha em propriedades rurais, atingindo, portanto, os níveis do cultivo tradicional,7 caracterizado por baixo investimento em agroquímicos e irrigação, que é representativo8 da região para área agricultável de até 2 ha (Boeing, 2002). Por outro lado, é inferior9 aos sistemas de alto nível de investimento em agroquímicos que podem atingir em10 média até 35 t/ha (Boeing, 2002). No início da transição do sistema convencional para o11 orgânico, a redução na produtividade é normal, porém há recuperação a médio prazo à12 medida em que o solo se enriquece biologicamente, retomando a ciclagem de13 nutrientes e aumentando o fluxo de energia. A perda na produtividade é compensada14 pela redução das despesas sem o uso de agroquímicos e o maior preço alcançado pelo15 produto orgânico, além do aumento da demanda pelo mercado de alimentos sadios.16 Desta forma, não há como desenvolver o sistema pelo paradigma da máxima17 produtividade, pois altas produtividades demandam investimentos em insumos que nem18 sempre geram significativo retorno econômico, sendo mais viável pelo nível ótimo de19 produção, ou seja com produção de bulbos comercializáveis, o que dão20 sustentabilidade econômica à pequena propriedade. Pesquisas realizadas em Estações21 Experimentais têm obtido em sistema orgânico produtividades superiores ao observado22 em propriedades rurais, Silva & Peruch (2005) observaram 18,6 t/ha na região do Litoral23 Catarinense, Gonçalves (2004) observou até 28,0 t/ha em Ituporanga, SC. As24
  • 10. 10 diferenças observadas em produtividade entre propriedades rurais e estações1 experimentais devem-se provavelmente a maior disponibilidade de mão-de-obra e2 insumos em centros de pesquisa e nem sempre acessíveis aos agricultores familiares.3 A certificação da produção em sistemas orgânicos em Santa Catarina tem sido4 realizada principalmente pela Rede Ecovida, ECOCERT, Fundação Mokiti Okada e IBD.5 A comercialização tem sido realizada diretamente pelos agricultores, em feiras locais,6 consignações a supermercados, para grupos de compras da CONAB e para o mercado7 paulista pela cooperativa Ecosserra, Lages, SC. O custo da certificação tem sido8 apontado pelos agricultores como relativamente alto pelo baixo volume de produção9 que possuem, variando de R$ 300,00 a R$ 430,00 ao ano por agricultor. Embora o10 associativismo seja uma forma de baratear o custo da certificação.11 O preço de comercialização tem variado de R$ 1,00 a R$ 1,30/kg para a cebola a12 granel e em réstia, respectivamente, na safra 2006/07. O preço obtido pelo produto13 orgânico é superior ao do produto convencional, comercializado em média na safra14 2006/2007 a R$ 0,36/kg (Boeing, 2007). Embora na safra 2008 o produto convencional15 tenha atingido o valor de R$ 0,90/kg (Santos, 2008), provavelmente os agricultores16 orgânicos deverão avaliar a necessidade de reajuste do preço em virtude desta17 sazonalidade. Além disso, a cebola de sistemas orgânicos apresenta uma vantagem18 econômica em relação a de sistemas convencionais, pois há redução de riscos pela19 não utilização de adubos minerais e agrotóxicos, os quais representarem 68,8% dos20 custos variáveis do sistema convencional de produção, em estudo feito por Muniz21 (2003). Segundo Boeing (2002) os agrotóxicos e fertilizantes minerais são os principais22 responsáveis pelo encarecimento do sistema de produção de cebola no sul do Brasil,23 se comparados com outros países do Mercosul. Embora no sistema orgânico demande24
  • 11. 11 mais mão-de-obra com as capinas, na agricultura familiar é possível conviver com esta1 realidade, pois utiliza recursos humanos próprios, não havendo contratação externa de2 mão-de-obra. Isto tem sido observado em agricultores da região do Alto Vale, SC, que3 tem se dedicado a produzir cebola orgânica em áreas de até 1 ha.4 5 Colheita, pós-colheita e armazenagem6 Os procedimentos adotados para a colheita e armazenagem da cebola em7 sistemas orgânicos são similares aos adotados em sistema convencional como8 descritos em Epagri (2000).9 Convém ressaltar que o processamento de produtos orgânicos deve ser feito10 separado de produtos convencionais. Portanto, o galpão de armazenagem e11 embalagem do produto devem ser específicos para este fim, seguindo as normas da12 certificadora escolhida pelo agricultor.13 Como o produto tem sido comercializado em pequenos volumes para mercados14 locais e regionais, alguns agricultores embalam os bulbos diretamente em sua15 propriedade em bandejas de isopor envoltas em filme de PVC com o selo com nome e16 endereço do agricultor e logomarca da certificadora (Figura 10). O consumo em sacos17 de 20 kg, como utilizado em sistema convencional, também é realizado quando18 destinado para centros consumidores distante do município de origem (Figura 11).19 20 21 22
  • 12. 12 Considerações finais1 Sistemas orgânicos na produção de cebola são altamente promissores, porém2 dificultados pelo aumento de mão-de-obra no manejo de ervas espontâneas, havendo3 necessidade de envolvimento de agricultores de maneira participativa na busca de4 alternativas. A necessidade de organizar a comercialização pelos agricultores familiares5 é também fundamental para que o sistema se expanda, pois como é um produto6 diferenciado, ainda não é absorvido em grandes volumes pelos compradores locais de7 cebola.8 9 Literatura citada10 11 AMADO, T. J. C. Adubação verde de inverno para o Alto Vale do Itajaí. Agropecuária12 catarinense, Florianópolis, v.4, n.1, p. 4-7, 1991.13 14 AMADO, T. J. C.; SILVA, E.; TEIXEIRA, L. A. J. Cultivo mínimo de cebola: máquina15 para o preparo do solo nas pequenas propriedades. Agropecuária catarinense,16 Florianópolis, v.5, n.1, p. 25-26, 1992.17 18 AMADO, T. J. C.; TEIXEIRA, L. A. J. Culturas de cobertura do solo: efeito no19 fornecimento de nitrogênio e no rendimento de bulbos de cebola. Agropecuária20 catarinense Florianópolis, v.4, n.3, p. 10-12, 1991.21 22 BOEING, G. Fatores que afetam a qualidade da cebola na agricultura familiar23 catarinense. Florianópolis: Instituto Cepa/SC, 2002. 88p.24 25 BOEING, G. Cebola - Números da Safra 2006/07 em Santa Catarina - 13/07/07.26 Informe conjuntural. Disponível em:27 <http://cepa.epagri.sc.gov.br/Infconj/textos07/ICebola/ICebola1307.htm> Acesso em: 0728 fev. 2008.29 30 BOFF, P.; DEBARBA, J. F. Tombamento e vigor de mudas de cebola em função de31 diferentes profundidades e densidades de semeadura. Horticultura Brasileira, v.17,32 p.15-19, 1999.33 34 BOFF, P.; GONÇALVES, P. A. de S.; DEBARBA, J. F. Efeito de preparados caseiros no35 controle da queima-acinzentada na cultura da cebola. Horticultura Brasileira, v.17, n.2,36 p.81-85, julho 1999.37
  • 13. 13 BOFF, P.; STUKER, H.; GONÇALVES, P. A. de S. Influência da densidade de plantas1 de cebola na ocorrência de doenças foliares e produção de bulbos de cebola.2 Fitopatologia Brasileira, v. 23, p. 448-452, 1998.3 4 BOFF, P.; DEBARBA, J. F.; SILVA, E.; WERNER, H. Thermophilic compost to increase5 onion health. IOCB/WPRS Bulletin, v.24, n.1, p.15-18, 2001.6 7 COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO - RS/SC. Recomendações de adubação e8 de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 3 ed. Passo9 Fundo: SBCS - Núcleo Regional Sul, 1994. 224p.10 11 CLARO, S. A. Referenciais tecnológicos para a agricultura familiar ecológica: a12 experiência da região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER/RS-13 ASCAR, 2001. 250 p.14 15 COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO RS/SC. Manual de adubação e16 calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10 ed. Porto17 Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2004. 400p.18 19 EPAGRI. Sistema de produção para cebola (Santa Catarina, 3a revisão). Florianópolis:20 EPAGRI, 2000. 91p. (Epagri. Sistema de produção, 16).21 22 EPAGRI. Sistema de Plantio Direto de Hortaliças: o cultivo do tomateiro no Vale do Rio23 do Peixe, SC, em 101 respostas dos agricultores. Florianópolis: EPAGRI, 2004. 53p.24 (Epagri. Boletim Didático, 57).25 26 EPAGRI/CEPA. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina 2005-2006.27 Florianópolis: EPAGRI/CEPA, 2006. 294 p. Disponível em:28 <http://cepa.epagri.sc.gov.br/Publicacoes/sintese_2006/sintese_2006.pdf>. Acesso em29 11 jan. 2007.30 31 GONÇALVES, P. A. S.; GANDIN, C. L. Suscetibilidade de cultivares de cebola, a Thrips32 tabaci em sistema orgânico e convencional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE33 ENTOMOLOGIA, 17., 1998, Rio de Janeiro. Resumos... Rio de Janeiro, 1998. p.21.34 35 GONÇALVES, P. A. S. Determinação de nível de dano econômico de tripes em cebola.36 Horticultura Brasileira, v. 16, n. 2, p. 128 131, 1998.37 38 GONÇALVES, P. A. S. Impacto de adubações mineral e orgânica sobre a incidência de39 tripes, Thrips tabaci Lind., e míldio, Peronospora destructor Berk. Casp., e da40 diversidade vegetal sobre tripes e sirfídeos predadores em cebola, Allium cepa L. 2001.41 123 p. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais). Centro de Ciências42 Biológicas e da Saúde, Universidade federal de São Carlos, São Carlos, SP.43 44 GONÇALVES, P. A. S. Espécies vegetais em bordadura e substâncias alternativas no45 controle de tripes e na incidência do predador Toxomerus spp. em cebola. Agropecuária46 Catarinense, v. 18, n. 1, p. 81-83, 2004.47
  • 14. 14 GONÇALVES, P. A. S. Manejo ecológico das principais pragas da cebola. In:1 WORDELL FILHO, J. A.; ROWE, E.; GONÇALVES, P. A. de S.; DEBARBA, J. F.;2 BOFF, P.; THOMAZELLI, L. F. Manejo fitossanitário na cultura da cebola. Florianópolis:3 Epagri, 2006. 226p. p.168-189.4 5 MUNIZ, A. W. Caracterização e Análise de Cadeias Produtivas: O caso da cadeia da6 cebola do estado de Santa Catarina, 2003. 92f. Dissertação (Mestrado em Engenharia7 de Produção), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.8 9 OLTRAMARI, A.C.; ZOLDAN, P.; ALTMANN, R. Agricultura orgânica em Santa10 Catarina. 2. ed. Florianópolis: Instituto Cepa/SC, 2005. 55p.11 12 RODRIGUES, A. P. D. C. Produção de sementes de cebola em sistemas convencional13 e agroecológico. 2005. 30f. Tese (Programa de Pós-graduação em Ciência e14 Tecnologia de Sementes), Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS.15 16 ROWE, E. Manejo agroecológico da vegetação espontânea na cultura da cebola. In:17 WORDELL FILHO, J. A.; ROWE, E.; GONÇALVES, P. A. de S.; DEBARBA, J. F.;18 BOFF, P.; THOMAZELLI, L. F. Manejo fitossanitário na cultura da cebola. Florianópolis:19 Epagri, 2006. 226p. p.190-226.20 21 ROWE, E. Avaliação de plantas de cobertura e da comuniadde infestante em duas22 situações de cultivo. 1997. 65f. Dissertação (Mestrado em Agroecossistema)23 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.24 25 SILVA, A. C. F. da; PERUCH, L. A. M. Avaliação de sistemas de rotação de culturas26 para hortaliças nos cultivos convencional e orgânico. In: CONGRESSO BRASILEIRO27 DE AGROECOLOGIA, 3., 2005, Florianópolis. Anais...Florianópolis, 2005. CDROM.28 29 SANTOS, S. C. Preços. Atualização Diária. 01/02/2008. Disponível em:30 <http://cepa.epagri.sc.gov.br/safra.htm>. Acesso em: 07 fev. 2008.31 32 33 34 35 36 37 38
  • 15. 15 Tabela 1. Nitrogênio (kg/ha) existente nos resíduos de plantas de cobertura de solo.1 Epagri, Estação Experimental de Ituporanga.2 Adubos verdes Nitrogênio (kg/ha) Feijão-de-porco 234 Mucuna cinza 116 Nabo forrageiro 49 a 106 Aveia Preta 48 a 70 Centeio 68 Milho 63 Pousio (ervas invasoras) 63 Mucuna anã 60 Modificado de Amado (1991) e Amado & Teixeira (1991).3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
  • 16. 16 Tabela 2. Teores de nutrientes de diferentes fontes orgânicas de adubação.1 Nutrientes Fontes de adubo orgânico Esterco suíno Barriga Verdeâ Composto termõfilo Húmus de minhoca Esterco de perú MS (%) 27,30 93,97 36,40 61,22 79,80 N (g/kg) 34,90 26,50 20,30 37,60 29,40 P (g/kg) 23,60 15,80 14,70 26,60 20,80 K (g/kg) 1,80 15,0 3,40 7,20 25,40 Ca (g/kg) 52,80 64,60 29,00 58,00 31,00 Mg (g/kg) 4,20 15,60 5,00 6,40 8,20 Fe (mg/kg) 3822,00 10740,0 8686,0 6008,00 7230,0 Mn (mg/kg) 368,00 636,00 318,00 634,00 574,00 Zn (mg/kg) 650,00 298,00 244,00 990,00 468,00 Cu (mg/kg) 596,00 108,00 232,00 734,00 112,00 B (mg/kg) 31,00 53,00 34,00 42,00 58,00 OBS: análises realizadas pelo Laboratório de Fisiologia e Nutrição Vegetal da Estação2 Experimental de Caçador, SC, EPAGRI, exceto matéria seca pelo Laboratório de Análise3 de Solos Estação Experimental de Ituporanga, SC, EPAGRI.4 5 6 7 8 9 10
  • 17. 17 1 2 3 4 5 Figura 1. Cultivar Epagri 362, Crioula, produzida em sistema orgânico pelo Sr. Reinaldo6 Roemig, Aurora, SC.7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
  • 18. 18 1 Figura 2. Canteiros de cebola com diferentes coberturas, a esquerda com capim2 cameroon triturado, ao centro composto de descarte de cebola e a direita com pó-de-3 serra.4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
  • 19. 19 1 2 Figura 3. Canteiro em montagem com cobertura com jornal para evitar ervas3 invasoras, e com composto como substrato para leito para a semeadura e cobertura4 das sementes.5
  • 20. 20 1 2 Figura 4. Transplante de mudas sobre palha de aveia e nabo forrageiro.3 4
  • 21. 21 1 2 Figura 5. Abertura do sulco sobre palha de aveia e nabo forrageiro com implemento3 adaptado.4
  • 22. 22 1 2 Figura 6. Mucuna preta coberta por geada, que promove a desseca natural da palha,3 que normalmente ocorre na região do Alto Vale do Itajaí, SC.4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
  • 23. 23 1 2 3 Figura 7. Área com aveia e nabo forrageiro parcialmente acamados por rolo-faca.4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
  • 24. 24 1 2 3 4 Figura 8. Detalhe do espaçamento mais aberto entre linhas que o adotado no sistema5 convencional.6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
  • 25. 25 1 2 3 4 Figura 9. Em sistema de plantio direto pela melhoria das condições de solo ocorre um5 desenvolvimento adequado das plantas, o que proporciona tolerância aos danos6 causados por tripes.7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
  • 26. 26 1 2 3 4 Figura 10. Bulbos de cebola produzidos em sistema orgânico embalados em bandeja5 de isopor envolta em filme de PVC, comercializada em supermercado em Rio do Sul,6 SC, pelo agricultor Orlando Heiber.7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
  • 27. 27 1 2 3 Figura 11. Bulbos de cebola produzidos em sistema orgânico embalados em sacos de4 20 kg.5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15