Apresentação de seminário do texto:
Absent Epic, Implied Story Arcs, And Variation on a Narrative Theme: Doctor Who (2005 - 2008) as Cult/mainstream Television
Apresentação realizada em 2014
Disciplina: Metodologia de Análise de Cenários e Personagens em Vastas Narrativas
Programa de pós Graduação em Imagem e Som (PPGIS)
Universidade Federal de São Carlos.
5 História da arte II: Os pormenores do século xix
Doctor Who 2005-2008: Estratégias Narrativas para Públicos Cult e Massa
1.
2. •Doctor Who é uma série da BBC, iniciada em 1963 e
exibida até 1989. Em 2005 a série voltou a ser produzida,
até os dias atuais. A narrativa não manteve-se apensa no
âmbito televisivo, foi transportada para diferentes formatos,
como jogos, desenhos animados e mesmo websódios
diegéticos.
O artigo tem seu recorte entre as temporadas entre 2005 e
2008 e busca responder questões como:
•Como a narrativa episódica foi alterada nessa ultima versão da série
(a partir de 2005)?
•Como a continuidade narrativa, tão amada pelos fãs, tem sido tratada
textualmente para não alienar os novos espectadores, como muitos
atrasos na história e informação dos personagens.
3. A televisão adota algumas estratégias para não perder
espectadores, dentre elas:
•Criação do épico ausente
•Arcos narrativos implícitos
•Variação do tema
4. Èpico Ausente: Evento bastante significante que é
referido verbalmente, porém não é representado. A
exemplo de Doctor Who, o autor cita a Guerra do Tempo
(War Time).
O épico ausente, a constante referência a um assunto,
mas sem grande explicações, sugere que a completude
pode não significar o status de Cult. A presença da
ausência
•Umberto Eco: Narrativa
completa e detalhada.
Gwenllian Jones: incompletude e
capacidade de exploração da narrativa
e da imaginação do espectador.
5. Russel T. Daves, produtor executivo da série na época,
chegou a estender ainda mais a narrativa dando aos fãs
uma pista sobre um possível desdobramento da série no
anuário de 2006 .
•Arcos históricos ou linhas narrativas contínuas presumem
o conhecimento dos espectadores e o engajamento dos
fãs, mas também podem “alienar” espectadores casuais.
6. Arcos Narrativos Implícitos: Arcos narrativos como
chaves para o desenvolvimento do drama na televisão
contemporânea.
•Durante a série clássica (1963 até 1989): Arcos narrativos mais
longos, frequentemente ligados a episódios passados.
•A série atual: Sustenta arcos gerais e os episódios são fechados
em si mesmos.
Doctor Who não é sempre dirigida como narrativa linear, mas são
fornecidos dados, ou mesmo pequenos detalhes, para os
espectadores fazerem ligações entre os episódios. Esses detalhes são
como iscas que incentivam o fã a continuar procurando.
•Easter Eggs e Spi-offs
7. Doctor Who foi desenhada sobre uma plataforma que
relembra o espectador dos eventos acontecidos.
•“Alienação” da audiência como resultado do cortejamento do
espectador casual.
•A solução encontrada por Daves é agradar a todos os públicos,
deixando alguns detalhes para os fãs incitando-os a buscar por
mais sem que isso se torne uma distração a narrativa.
8. Variação do tema: narrativa, simplicidade e diferença.
•Talvez o mais importante dos dispositivos diegéticos para o novo
formato de programas televisivos que utilizam de narrativas
paralelas ao longo da história principal.
•Reinterpretação de motivos e momentos. Situações espelhadas
anunciam momentos de mudanças na série
Essa referencialização da própria série é uma espécie de
jogo menos comprometida com a sabedoria e torna-se vital
a partir do momento que recompensa o espectador.
•O paralelismo narrativo recompensa velhos fãs e novos
espectadores.
9. Essa repetição de camadas e histórias culminam em ricas
narrativas paralelas onde os espectadores podem justapor
os fatos. É essa justaposição que a série atual de Doctor
Who oferece aos fãs e aos nãos fãs.
A regeneração do personagem dá a série distinção. A
repetição dos eventos caracteriza o ritmo da série ao
mesmo tempo que o deixa constante.
Embora os fãs discutam mais as histórias de background e
os arcos narrativos, é a generalizada regeneração (da
narrativa, similaridades e diferenças) que trouxe mais
sucesso à série, tanto para o público cult quanto para a
massa.
10. Apresentação que realizada em sala de aula, sobre o
artigo “Absent Epic, Implied Story Arcs, and Variation on a
Narrative Theme: Doctor Who (2005-2008) as
Cult/Mainstream Television” escrito por Matt Hills e
presente no livro “Third Person: Authoring and Exploring
vast Narratives – HARRIGAN, P.; WARDRIP-FRUIN, N.,
2009”