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•Doctor Who é uma série da BBC, iniciada em 1963 e
exibida até 1989. Em 2005 a série voltou a ser produzida,
até os dias atuais. A narrativa não manteve-se apensa no
âmbito televisivo, foi transportada para diferentes formatos,
como jogos, desenhos animados e mesmo websódios
diegéticos.
O artigo tem seu recorte entre as temporadas entre 2005 e
2008 e busca responder questões como:
•Como a narrativa episódica foi alterada nessa ultima versão da série
(a partir de 2005)?
•Como a continuidade narrativa, tão amada pelos fãs, tem sido tratada
textualmente para não alienar os novos espectadores, como muitos
atrasos na história e informação dos personagens.
A televisão adota algumas estratégias para não perder
espectadores, dentre elas:
•Criação do épico ausente
•Arcos narrativos implícitos
•Variação do tema
Èpico Ausente: Evento bastante significante que é
referido verbalmente, porém não é representado. A
exemplo de Doctor Who, o autor cita a Guerra do Tempo
(War Time).
O épico ausente, a constante referência a um assunto,
mas sem grande explicações, sugere que a completude
pode não significar o status de Cult. A presença da
ausência
•Umberto Eco: Narrativa
completa e detalhada.
Gwenllian Jones: incompletude e
capacidade de exploração da narrativa
e da imaginação do espectador.
Russel T. Daves, produtor executivo da série na época,
chegou a estender ainda mais a narrativa dando aos fãs
uma pista sobre um possível desdobramento da série no
anuário de 2006 .
•Arcos históricos ou linhas narrativas contínuas presumem
o conhecimento dos espectadores e o engajamento dos
fãs, mas também podem “alienar” espectadores casuais.
Arcos Narrativos Implícitos: Arcos narrativos como
chaves para o desenvolvimento do drama na televisão
contemporânea.
•Durante a série clássica (1963 até 1989): Arcos narrativos mais
longos, frequentemente ligados a episódios passados.
•A série atual: Sustenta arcos gerais e os episódios são fechados
em si mesmos.
Doctor Who não é sempre dirigida como narrativa linear, mas são
fornecidos dados, ou mesmo pequenos detalhes, para os
espectadores fazerem ligações entre os episódios. Esses detalhes são
como iscas que incentivam o fã a continuar procurando.
•Easter Eggs e Spi-offs
Doctor Who foi desenhada sobre uma plataforma que
relembra o espectador dos eventos acontecidos.
•“Alienação” da audiência como resultado do cortejamento do
espectador casual.
•A solução encontrada por Daves é agradar a todos os públicos,
deixando alguns detalhes para os fãs incitando-os a buscar por
mais sem que isso se torne uma distração a narrativa.
Variação do tema: narrativa, simplicidade e diferença.
•Talvez o mais importante dos dispositivos diegéticos para o novo
formato de programas televisivos que utilizam de narrativas
paralelas ao longo da história principal.
•Reinterpretação de motivos e momentos. Situações espelhadas
anunciam momentos de mudanças na série
Essa referencialização da própria série é uma espécie de
jogo menos comprometida com a sabedoria e torna-se vital
a partir do momento que recompensa o espectador.
•O paralelismo narrativo recompensa velhos fãs e novos
espectadores.
Essa repetição de camadas e histórias culminam em ricas
narrativas paralelas onde os espectadores podem justapor
os fatos. É essa justaposição que a série atual de Doctor
Who oferece aos fãs e aos nãos fãs.
A regeneração do personagem dá a série distinção. A
repetição dos eventos caracteriza o ritmo da série ao
mesmo tempo que o deixa constante.
Embora os fãs discutam mais as histórias de background e
os arcos narrativos, é a generalizada regeneração (da
narrativa, similaridades e diferenças) que trouxe mais
sucesso à série, tanto para o público cult quanto para a
massa.
Apresentação que realizada em sala de aula, sobre o
artigo “Absent Epic, Implied Story Arcs, and Variation on a
Narrative Theme: Doctor Who (2005-2008) as
Cult/Mainstream Television” escrito por Matt Hills e
presente no livro “Third Person: Authoring and Exploring
vast Narratives – HARRIGAN, P.; WARDRIP-FRUIN, N.,
2009”

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Doctor Who 2005-2008: Estratégias Narrativas para Públicos Cult e Massa

  • 1.
  • 2. •Doctor Who é uma série da BBC, iniciada em 1963 e exibida até 1989. Em 2005 a série voltou a ser produzida, até os dias atuais. A narrativa não manteve-se apensa no âmbito televisivo, foi transportada para diferentes formatos, como jogos, desenhos animados e mesmo websódios diegéticos. O artigo tem seu recorte entre as temporadas entre 2005 e 2008 e busca responder questões como: •Como a narrativa episódica foi alterada nessa ultima versão da série (a partir de 2005)? •Como a continuidade narrativa, tão amada pelos fãs, tem sido tratada textualmente para não alienar os novos espectadores, como muitos atrasos na história e informação dos personagens.
  • 3. A televisão adota algumas estratégias para não perder espectadores, dentre elas: •Criação do épico ausente •Arcos narrativos implícitos •Variação do tema
  • 4. Èpico Ausente: Evento bastante significante que é referido verbalmente, porém não é representado. A exemplo de Doctor Who, o autor cita a Guerra do Tempo (War Time). O épico ausente, a constante referência a um assunto, mas sem grande explicações, sugere que a completude pode não significar o status de Cult. A presença da ausência •Umberto Eco: Narrativa completa e detalhada. Gwenllian Jones: incompletude e capacidade de exploração da narrativa e da imaginação do espectador.
  • 5. Russel T. Daves, produtor executivo da série na época, chegou a estender ainda mais a narrativa dando aos fãs uma pista sobre um possível desdobramento da série no anuário de 2006 . •Arcos históricos ou linhas narrativas contínuas presumem o conhecimento dos espectadores e o engajamento dos fãs, mas também podem “alienar” espectadores casuais.
  • 6. Arcos Narrativos Implícitos: Arcos narrativos como chaves para o desenvolvimento do drama na televisão contemporânea. •Durante a série clássica (1963 até 1989): Arcos narrativos mais longos, frequentemente ligados a episódios passados. •A série atual: Sustenta arcos gerais e os episódios são fechados em si mesmos. Doctor Who não é sempre dirigida como narrativa linear, mas são fornecidos dados, ou mesmo pequenos detalhes, para os espectadores fazerem ligações entre os episódios. Esses detalhes são como iscas que incentivam o fã a continuar procurando. •Easter Eggs e Spi-offs
  • 7. Doctor Who foi desenhada sobre uma plataforma que relembra o espectador dos eventos acontecidos. •“Alienação” da audiência como resultado do cortejamento do espectador casual. •A solução encontrada por Daves é agradar a todos os públicos, deixando alguns detalhes para os fãs incitando-os a buscar por mais sem que isso se torne uma distração a narrativa.
  • 8. Variação do tema: narrativa, simplicidade e diferença. •Talvez o mais importante dos dispositivos diegéticos para o novo formato de programas televisivos que utilizam de narrativas paralelas ao longo da história principal. •Reinterpretação de motivos e momentos. Situações espelhadas anunciam momentos de mudanças na série Essa referencialização da própria série é uma espécie de jogo menos comprometida com a sabedoria e torna-se vital a partir do momento que recompensa o espectador. •O paralelismo narrativo recompensa velhos fãs e novos espectadores.
  • 9. Essa repetição de camadas e histórias culminam em ricas narrativas paralelas onde os espectadores podem justapor os fatos. É essa justaposição que a série atual de Doctor Who oferece aos fãs e aos nãos fãs. A regeneração do personagem dá a série distinção. A repetição dos eventos caracteriza o ritmo da série ao mesmo tempo que o deixa constante. Embora os fãs discutam mais as histórias de background e os arcos narrativos, é a generalizada regeneração (da narrativa, similaridades e diferenças) que trouxe mais sucesso à série, tanto para o público cult quanto para a massa.
  • 10. Apresentação que realizada em sala de aula, sobre o artigo “Absent Epic, Implied Story Arcs, and Variation on a Narrative Theme: Doctor Who (2005-2008) as Cult/Mainstream Television” escrito por Matt Hills e presente no livro “Third Person: Authoring and Exploring vast Narratives – HARRIGAN, P.; WARDRIP-FRUIN, N., 2009”