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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (PPG - FAUUSP) . TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA
AUH5863 – LUGARES DE MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA: TEORIA E INTERVENÇÃO (2022). PROFa.GISELLE BEIGUELMAN E PROF. RENATO CYMBALISTA. ALUNO: ORLANDO
GONÇALVES FAYA JUNIOR .AGOSTO 2022
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (PPG - FAUUSP) . TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA
AUH5863 – LUGARES DE MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA: TEORIA E INTERVENÇÃO (2022). PROFa.GISELLE BEIGUELMAN E PROF. RENATO CYMBALISTA. ALUNO: ORLANDO
GONÇALVES FAYA JUNIOR . AGOSTO 2022
…PASSOU! TÁ DENTRO! PASSOU!
Foi um ano pesado,
Passado no quarto dos fundos.
Papel, apostilas, simulados.
O ano corre, a batida aumenta
Prova hum
Passou
Prova dois, ( 3, 4, 5…)
Espera!
Contagem regressiva…é três, é dois, é um…”
…PASSOU! TÁ DENTRO! PASSOU!
- Aprovação na Fuvest e a primeira vez na CUASO: matrícula. Década 1980 -
pərˈkursu
pərˈkursu
percurso
per.cur.so pərˈkursu
Do latim percursu-, «idem», particípio passado de percurrĕre, «percorrer»
§ nome masculino
1. ato ou efeito de percorrer
2. espaço percorrido
3. trajeto; roteiro; caminho
4. DESPORTO (atletismo) trajeto que um atleta deve completar para terminar
uma prova
5. ASTRONOMIA movimento de um astro
6. figurado opções, atividades e experiências de uma pessoa durante a vida
Porto Editora – percurso no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-
07-22 23:53:56]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso
percurso
per.cur.so
pərˈkursu
Do
latim
percursu-,
«idem»,
particípio
passado
de
percurrĕre,
«percorrer»
§
nome
masculino
1.
ato
ou
efeito
de
percorrer
2.
espaço
percorrido
3.
trajeto;
roteiro;
caminho
4.
DESPORTO
(atletismo)
trajeto
que
um
atleta
deve
completar
para
terminar
uma
prova
5.
ASTRONOMIA
movimento
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um
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6.
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opções,
atividades
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de
uma
pessoa
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Porto
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–
percurso
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Dicionário
infopédia
da
Língua
Portuguesa
[em
linha].
Porto:
Porto
Editora.
[consult.
2022-
07-22
23:53:56].
Disponível
em
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso
A transumância nómade, geralmente considerada como o arquétipo de todo percurso, foi na
verdade o desenvolvimento das intermináveis errâncias de caça do paleolítico, cujos significados
simbólicos foram traduzidos pelos egípcios no ka, o símbolo da eterna errância.
A errância primitiva continuou a viver na religião (o percurso como rito) e nas formas literárias
(o percurso como narração), transformando-se em percurso sagrado, dança, peregrinação,
procissão. Foi só no último século que o percurso, ao se desvincular da religião e da literatura,
assumiu o estatuto de puro ato estético. Hoje se pode construir uma história do caminhar como
forma de intervenção urbana que traz consigo os significados simbólicos do ato criativo
primário: a errância como arquitetura da paisagem, entendendo-se com o termo paisagem a
ação de transformação simbólica, para além de física, do espaço antrópico. (CARERI, 2013 P.28)
Nas dobras da cidade, cresceram espaços em trânsito, territórios em transformação contínua
no tempo. E nesses territórios que hoje se pode superar a milenar separação entre espaços
nómades e espaços sedentários. (CARERI, 2013 P.28)
Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.
Nunca persequí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse…
Nunca perseguí la gloria.
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar…
Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar
“Caminante no hay camino,
se hace camino al andar…”
Golpe a golpe, verso a verso…
Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
“Caminante no hay camino,
se hace camino al andar…”
Golpe a golpe, verso a verso…
Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
“Caminante no hay camino,
se hace camino al andar…”
Golpe a golpe, verso a verso.
- Antonio Machado
Cantares
Cantares
(Antonio
Machado)
Tudo
passa
e
tudo
fica
porém
o
nosso
é
passar,
passar
fazendo
caminhos
caminhos
sobre
o
mar
Nunca
persegui
a
glória
nem
deixar
na
memória
dos
homens
minha
canção
eu
amo
os
mundos
sutis
leves
e
gentis,
como
bolhas
de
sabão
Gosto
de
ver-los
pintar-se
de
sol
e
grená,
voar
abaixo
o
céu
azul,
tremer
subitamente
e
quebrar-se…
Nunca
persegui
a
glória
Caminhante,
são
tuas
pegadas
o
caminho
e
nada
mais;
caminhante,
não
há
caminho,
se
faz
caminho
ao
andar
Ao
andar
se
faz
caminho
e
ao
voltar
a
vista
atrás
se
vê
a
senda
que
nunca
se
há
de
voltar
a
pisar
Caminhante
não
há
caminho
senão
há
marcas
no
mar…
Faz
algum
tempo
neste
lugar
onde
hoje
os
bosques
se
vestem
de
espinhos
se
ouviu
a
voz
de
um
poeta
gritar
“Caminhante
não
há
caminho,
se
faz
caminho
ao
andar”…
Golpe
a
golpe,
verso
a
verso…
Morreu
o
poeta
longe
do
lar
cobre-lhe
o
pó
de
um
país
vizinho.
Ao
afastar-se
lhe
viram
chorar
“Caminhante
não
há
caminho,
se
faz
caminho
ao
andar…”
Golpe
a
golpe,
verso
a
verso…
Quando
o
pintassilgo
não
pode
cantar.
Quando
o
poeta
é
um
peregrino.
Quando
de
nada
nos
serve
rezar.
“Caminhante
não
há
caminho,
se
faz
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ao
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Golpe
a
golpe,
verso
a
verso.
-
Tradu
çã
o
de
Maria
Teresa
Almeida
Pina)
“A quantidade de neurônios existente não é suficiente para todas as informações adquiridas por um indivíduo”,
explica Paul Reber, professor de psicologia da Northwestern University, dos Estados Unidos.
Cientistas acreditam que, em vez disso, as lembranças se formam nas conexões entre os
neurônios e ao longo da rede neural. Cada neurônio gera extensões semelhantes a linhas
de metrô que se cruzam em uma única estação, atravessando cerca de mil outros
neurônios.
Acredita-se que é essa arquitetura que torna possível acessar as memórias em toda a teia. Por isso, por exemplo,
o conceito de céu azul pode aparecer em inúmeras lembranças discretas de fatos ocorridos
em um dia de sol.
Reber chama esse efeito de “armazenamento exponencial”, e por causa dele a capacidade de memória do cérebro
“salta à estratosfera”.
(…)
“Ainda não sabemos exatamente de quantas conexões uma lembrança precisa, nem se podemos
comparar sua capacidade com a de um computador. Mas dá para afirmar que o cérebro tem toneladas e toneladas
de espaço.”
(…)
O que se sabe com certeza é que a memória humana tem uma limitação intrínseca. Então por que não
conseguimos nos lembrar de tudo o que nos chega pelos cinco sentidos – dos detalhes e do
todo?
Reber acredita que o cérebro, ao interpretar o mundo que nos cerca, simplesmente não
consegue se manter no mesmo ritmo da torrente de estímulos externos a que estamos
expostos. “Existe um gargalo vindo dos nossos sentidos para a nossa memória”, afirma.
ULTIMATE LIMITS | BRAIN
What’s the most we can remember? https://www.bbc.com/future/article/20150401-whats-the-most-we-can-remember
Versão em português: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150408_vert_fut_capacidade_cerebro_ml
(…)
uma unidade de
processamento lógico – um
neurônio somente – pode
tomar uma decisão sobre qual
informação ele vai enviar a
partir das entradas que ele
recebeu. Esse neurônio pode
trabalhar com outros
neurônios; podemos, então, ter
vários neurônios em uma
camada, em que todos eles
recebem informação de outros
neurônios e todos eles enviam
informação para outros
também. Podemos arranjar
essas camadas de diferentes
formas (unidirecionais,
bidirecionais) e fazer todo tipo
de combinação para ver que
tipo de resultado
conseguiremos ao final.
Essas são, enfim, as redes
neurais.
Fonte: https://didatica.tech/neuronios-artificiais/
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Quem conta um ponto, aumenta um conto.
Quem
conta
um
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um
conto
.
conto
ponto
conto
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conto
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1,2,3,
DE
VISTA
HISTÓRIAS
DE
ÔNIBUS
DE
RÉIS
E
BASTA
DE
FADAS
A
FAVOR
ESTRELAS
CRUZ
(E
CREDO)
NOS
DEDOS
DE
DESTINO
DE
TERROR
DE
PARADA
CONTIGO
PARTIDA
FINAL
DE
MACUMBA
FANTÁSTICO
E
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ISTÓRIAS
E
ÔNIBUS
E
RÉIS
BASTA
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FADAS
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STRELAS
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(E
CREDO)
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DEDOS
E
DESTINO
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TERROR
E
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E
MACUMBA
ANTÁSTICO
HEGADA
CHEGADA
percurso
percurso
Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem
ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando
quero
Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem
da partida
A hora do encontro é também
despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida
Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem da
partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida
É a vida desse meu lugar
É a vida
- Fernando Brant & Milton Nascimento
Encontros e despedidas
Mande
notícias
do
mundo
de
lá
Diz
quem
fica
Me
dê
um
abraço,
venha
me
apertar
Tô
chegando
Coisa
que
gosto
é
poder
partir
sem
ter
planos
Melhor
ainda
é
poder
voltar
quando
quero
Todos
os
dias
é
um
vai
e
vem
A
vida
se
repete
na
estação
Tem
gente
que
chega
pra
ficar
Tem
gente
que
vai
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nunca
mais
Tem
gente
que
vem
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quer
voltar
Tem
gente
que
vai
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quer
ficar
Tem
gente
que
veio
só
olhar
Tem
gente
a
sorrir
e
a
chorar
E
assim
chegar
e
partir
São
só
dois
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da
mesma
viagem
O
trem
que
chega
é
o
mesmo
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da
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A
hora
do
encontro
é
também
despedida
A
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É
a
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lugar
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Tem
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vem
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voltar
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gente
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ficar
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gente
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veio
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olhar
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gente
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E
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São
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dois
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que
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partida
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também
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desse
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meu
lugar
É
a
vida
É
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vida
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meu
lugar
É
a
vida
-
Fernando
Brant
&
Milton
Nascimento
Encontros
e
despedidas
Devemos a Francis Yates a pesquisa mais minuciosa e esclarecedora sobre o surgimento e as
sofisticações das mnemotécnicas (YATES, 2007). Elas consistiriam, em termos mais gerais, na
articulação da lembrança de imagens a determinados lugares de suporte da memória, onde essas
imagens seriam ordenadas de modo associativo, de modo a se tornarem facilmente acessíveis
quando evocadas. A memória se assemelharia a um edifício no qual os diferentes cômodos guardam
um certo número de imagens ordenadas. (…)
Nas sociedades de memória oral, onde o privilégio é concedido à dimensão narrativa, as lembranças
são em geral reconstruídas por aquele que narra.
(…)
Jacques Le Goff afirma que o conceito de memória nos remete, em primeiro lugar, a um
fenômeno individual e psicológico, que possibilitaria ao homem a atualização de
impressões ou informações passadas
(…)
Pierre Janet, por exemplo, considera que o ato mnemônico essencial é o “comportamento
narrativo”, comportamento este que teria uma função social, na medida em que comunica a
um outro uma informação sobre um acontecimento ou objeto ausente. (Gondar, 2008)
Recorremos a testemunhos para reforçar ou enfraquecer e também para completar o que sabemos de
um evento sobre o qual já temos alguma informação. (Halbwachs, 2006, p.29, apud Rios, 2013, p.4)
É preciso que haja um mínimo de concordância entre as lembranças dos indivíduos para que elas
possam se complementar, formando um patrimônio comum de recordações. A memória tem, portanto,
um caráter relacional, formando-se na interação entre os indivíduos. (Rios, 2013, p.4)
“Trata-se de recuperar uma lembrança, de evocar um período de nossa história? Temos consciência de um
ato sui generis pelo qual deixamos o presente para nos recolocar primeiramente no passado em geral, e
depois numa certa região do passado: trabalho de tentativa, semelhante à busca do foco de uma máquina
fotográfica”.
[...] por "imagem" entendemos uma certa existência que é mais do que aquilo que o idealista chama uma
representação, porém menos do que aquilo que o realista chama uma coisa - uma existência situada a meio
caminho entre a "coisa" e a "representação" (BERGSON, 1999, p. 2)
COELHO, J. G. Being and time in Bergson, Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.8, n.15, p.233-46, mar/ago 2004.
(…) entendermos o conceito de memória segundo Bergson*, e posteriormente identificar de que modo as
lembranças se atualizam no presente, essa discussão nos levará, necessariamente, a relação entre
percepção e lembrança, desse modo teremos subsídios para entender um outro sentido da noção de
imagem em Matéria e Memória.
Os acontecimentos não são os mesmos, ainda que houvesse repetição, que eu pronunciasse as mesmas
palavras de ontem, que resolvesse o mesmo problema da mesma forma, seria a segunda vez e não a
primeira, e, a rigor, não posso dizer que sou o mesmo ou que o mundo é o mesmo, que haja dois momentos
idênticos. A mudança é constitutiva do real, não havendo, assim, uma essência que permaneceria inalterada,
uma identidade permanente por trás das mudanças.
Bergson* em Introduction à la métaphysique (1993a, p.208) “uma multiplicidade de momentos ligados uns
aos outros por uma unidade que os atravessa como um fio”, ou seja, uma representação que exprime
simultaneamente a multiplicidade e a unidade, coloca-nos diante de concepções antagônicas cuja diferença
está na ênfase em um ou outro desses aspectos. Do ponto de vista da multiplicidade, por menor que seja o
espaço temporal considerado, ele será composto por um número ilimitado de momentos, o que significa que
nenhum momento dura, cada um é “instantâneo”, o tempo pulveriza-se e o psíquico começaria e recomeçaria
a cada instante.
əxərcício
pərˈkursu
A REGIÃO DO BUTANTÃ ERA ROTA DE PASSAGEM DE BANDEIRANTES E JESUÍTAS QUE SE DIRIGIAM AO INTERIOR DO PAÍS. FOI NA REGIÃO
DO BUTANTÃ QUE AFONSO SARDINHA MONTOU O PRIMEIRO TRAPICHE DE AÇÚCAR DA VILA DE SÃO PAULO, EM SESMARIA OBTIDA EM 1607.
AS TERRAS DA ANTIGA SESMARIA TIVERAM VÁRIAS DENOMINAÇÕES: YBYTATÁ, UVATANTAN, UBITATÁ, BUTANTAN E, FINALMENTE,
BUTANTÃ.
POSTERIORMENTE, A SESMARIA FOI DOADA PARA A IGREJA DO COLÉGIO SÃO PAULO. HÁ DUAS VERSÕES PARA O SIGNIFICADO DO NOME
BUTANTÃ: "TERRA SOCADA E MUITO DURA" E "LUGAR DE VENTO FORTE".
APÓS A EXPULSÃO DOS JESUÍTAS , EM 1759, AS TERRAS FORAM CONFISCADAS E VENDIDAS. UM DOS ÚLTIMOS PROPRIETÁRIOS FOI A FAMÍLIA
VIEIRA DE MEDEIROS QUE VENDEU AS TERRAS PARA A CIA. CITY MELHORAMENTOS, EM 1915, RESPONSÁVEL PELA URBANIZAÇÃO DAS
MARGENS DO RIO PINHEIROS. DATAM DO SÉCULO XVII E XVIII DUAS CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS LOCALIZADAS NA REGIÃO DO BUTANTÃ,
RESPECTIVAMENTE A CASA DO SERTANISTA E A CASA DO BANDEIRANTE, AMBAS TOMBADAS.
A REGIÃO DO BUTANTÃ ERA CONSTITUÍDA POR SÍTIOS, COMO O SÍTIO BUTANTÃ, SÍTIO RIO PEQUENO, SÍTIO INVERNADA GRANDE OU
VOTORANTIM, SÍTIO CAMPESINA OU LAGEADO E SÍTIO MORUMBI. O DESENVOLVIMENTO DO BAIRRO OCORREU A PARTIR DE 1900,
SOBRETUDO COM A IMPLANTAÇÃO DO INSTITUTO BUTANTÃ, E CIDADE UNIVERSITÁRIA.
Registro da região do Butantã entre 1939 e 1940
Fazenda Butantan. A sede do primeiro engenho de açúcar de SP
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/butanta/historico/
Estrada do Butantã, atual Av. Vital Brasil, em 1928
OUTRO PONTO IMPORTANTE DA
HISTÓRIA DO BUTANTÃ FICA POR
CONTA DO SURGIMENTO DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
A CIDADE UNIVERSITÁRIA POLO
FORMADOR DE GRANDES MENTES
BRASILEIRAS, SURGIU EM JANEIRO DE
1934 EM COMEMORAÇÃO AOS 380
ANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO E
DOIS ANOS DEPOIS DOS TERRÍVEIS
ACONTECIMENTOS DE 1932.
MESMO NÃO SENDO A PRIMEIRA
UNIVERSIDADE DO PAÍS, A CIDADE
UNIVERSITÁRIA ENTROU PARA A
HISTÓRIA AO SER O PRIMEIRO
“ESPAÇO” A REUNIR INSTITUIÇÕES JÁ
EXISTENTES E CENTRALIZADAS EM
UMA FACULDADE DE FILOSOFIA,
CIÊNCIAS E LETRAS. O OBJETIVO
INICIAL DESSE GRANDE COMPLEXO
ERA UM SÓ: FORMAR PROFESSORES
GABARITADOS EM DISSEMINAR O
CONHECIMENTO A TODOS OS SEUS
ALUNOS.
SE JUNTARAM AINDA: AS
FACULDADES DE DIREITO,
ENGENHARIA, MEDICINA, FARMÁCIA E
ODONTOLOGIA (TODAS COM SEDE EM
SÃO PAULO) E A ESCOLA SUPERIOR DE
AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ
(ESALQ), DE PIRACICABA. O LOCAL
ESCOLHIDO PARA ESTABELECER A
INSTITUIÇÃO FOI PARTE DA FAZENDA
BUTANTÃ, QUE TINHA 5 MILHÕES DE
METROS QUADRADOS E PERTENCIA AO
GOVERNO DO ESTADO
https://www.saopauloinfoco.com.br/historia-butanta/
“Nesta manhã chuvosa, parece que as águas se
infiltraram nas terras de Piratininga como um
poderoso vitalizante que há de fomentar ainda mais
a nossa produção. Do mesmo modo, do marco que
hoje plantamos, nascerá o esplendoroso futuro desta
universidade”.
Trecho do discurso de Fernando Costa, interventor federal de São Paulo, durante a
cerimônia de lançamento da pedra fundamental da Cidade Universitária, em 15 de
fevereiro de 1944.
Mapa da região do Butantã (1924)
Onde ficavam antes da CUASO?
• FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS Assim que a USP foi oficializada, surgiu a atual Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que ocupou o Palacete Jorge Street, na Alameda Glete, nos Campos Elíseos. O local também
abrigou subseções de Ciências Naturais, Biologia, Química e Psicologia Experimental. Os estudantes utilizaram aindaos porões e
contaram com a construção de um prédio anexo nos fundos. A partir de 1955, as classes começaram aos poucos a ir para a Cidade
Universitária até a venda do endereço, nos anos 1970. Antes disso, entre 1949e 1968, a FFLCH também teve atividades em prédios
da Rua Maria Antônia, em Higienópolis.
• INSTITUTO DE FÍSICA O pontapé inicial do Instituto de Física se deu em uma pequena sala da Escola Politécnica, em 1934. Não
demorou para ele sair de lá e provisoriamente ficar em uma casa ao lado do ponto, até conseguir um espaço oficial na Avenida
Brigadeiro Luís Antônio, no número 874. A mudança para o Butantã ocorreu nos anos 40.
• FACULDADE DE FARMÁCIA E ODONTOLOGIA Até 1982, quando migrou para a Zona Oeste, a Faculdade de Odontologia
funcionou em uma construção na Rua Três Rios, 363, no Bom Retiro. Foi instalada no endereço junto à Faculdade de Farmácia, em
1905. Atualmente, o espaço abriga a Oficina Cultural Oswald de Andrade.
• FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO Com projeto de Carlos Ekman, o palacete art nouveau Vila Penteado foi
construído em 1902, na Rua Maranhão, 88, em Higienópolis. Cedido à USP em 1949, virou cenário da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo até 1969. O casarão ainda recebe aulas da pós-graduação.
Juliene Moretti . Publicado em VEJA SÃO PAULO de 25 de dezembro de 2019, edição nº 2666.
Onde ficavam os cursos da USP antes da Cidade Universitária | VEJA SÃO PAULO
Faculdade de Medicina da USP , em 1953 / Crédito: Gabriel Zellaui / Acervo
Fotográfico do Museu da Cidade de de São Paulo. Fonte: Site Memorial da Resistência
de São Paulo
A Escola Politécnica se instalou inicialmente no solar do Marquês de Três Rios
localizado à Praça Fernando Prestes, ocupando-o entre os anos de 1894 a 1929 / Foto:
Site Poli USP
• ESCOLA POLITÉCNICA Fundada em 1893, ocupava inicialmente o Solar do Marquês de Três Rios, localizado na Avenida
Tiradentes, no Bom Retiro. Para acolher os estudantes, o arquiteto Ramos de Azevedo fez intervenções no espaço, ocupado
por eles até 1899, quando houve a mudança para o edifício Paula Souza, bem próximo dali, projetado pelo mesmo
profissional com afinalidade de receber as aulas. A instituição ficou por lá até 1973.
• FACULDADE DE MEDICINA E CIRURGIA No início, as disciplinas se dividiamem salas cedidas pela Santa Casa de
Misericórdia e pela Escola de Comércio Álvares Penteado, onde ocorreu a aula inaugural, em 1913. Somente no
anoseguinte os alunos ganharam um espaço próprio, na Rua Brigadeiro Tobias,no centro. Primeiro ocuparam o casarão
número 42, depois o número 1 e em seguida o 45, no qual ficaram até 1931. Passaram, então, ao complexo onde funciona
até hoje a faculdade e o Hospital das Clínicas, sem precisar migrar para a Cidade Universitária.
Palacete Jorge Street, demolido nos anos 70: sede da Química, Biologia e Ciências
Naturais Centro de Apoio à Pesquisa emHistória /FFLCH-USP/Divulgação
Instituto de Física na década de 30: na Brigadeiro Luís Antônio Centro de Apoio à Pesquisa
em História /FFLCH-USP/Divulgação
“Isso foi feito para tirar a gente do centro. Os diretórios acadêmicos se falavam, era mais fácil de
combinar as ações. Eu mesmo saia da Poli e ia até o Largo São Francisco.
Depois quiseram jogar todo mundo lá longe, cada um num canto da Cidade Universitária, para
desarticular o movimento.
Era mais seguro. Cada um ficava na sua faculdade não tinha mais aquela efervecência.
Tempos depois de formado, fui lá no centro acadêmico, outra vez. Não tinha mais nada, nem
ninguém.”
- Ex-aluno de Graduação . Entre as décadas de 1950 e 1960 -
1935
1941
1944
1951 1953
GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA, NOMEOU UMA
COMISSÃO PRESIDIDA PELO PRIMEIRO REITOR DA USP, PROF. REYNALDO PORCHAT, PARA
ESTUDAR A LOCALIZAÇÃO DA CIDADE UNIVERSITÁRIA, QUE DEVERIA REUNIR NUMA ÚNICA ÁREA
AS ESCOLAS DA USP, QUE SE ENCONTRAVAM EM SUA MAIORIA EM INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS
ESPALHADAS POR DIVERSOS LOCAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO.
CIDADE UNIVERSITÁRIA “ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA” CUASO FOI CRIADA A PARTIR DE
DUAS ÁREAS PRINCIPAIS: INICIALMENTE DA GLEBA ENTRE A ADUTORA DE COTIA E O
RIBEIRÃO JAGUARÉ (DESTACADA DA ANTIGA FAZENDA BUTANTAN). POSTERIORMENTE DA
GLEBA DESAPROPRIADA ENTRE A NOVA E A VELHA ESTRADA DE ITU, PERFAZENDO
APROXIMADAMENTE 4.700.000,00 M², O EQUIVALENTE AOS 200 ALQUEIRES PAULISTAS
PREVISTOS NA CRIAÇÃO DA COMISSÃO PRESIDIDA PELO REITOR.
IMPLANTAÇÃO
CAMPUS
.
CUASO
CRIAÇÃO A COMISSÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – MESMO
ANO EM QUE O INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS, IPT, CONDÔMINO DA
CUASO, INICIOU AS OBRAS DO SEU LABORATÓRIO DE ENSAIOS NA CIDADE
UNIVERSITÁRIA. ESTA COMISSÃO GEROU A FORMAÇÃO DO ESCRITÓRIO TÉCNICO QUE
ELABOROU OS PRIMEIROS PROJETOS PARA CONSTRUÇÃO DOS PRÉDIOS NO
CAMPUS.
A CONSTRUÇÃO DA CIDADE UNIVERSITÁRIA SEMPRE ESTEVE
RELACIONADA AOS INVESTIMENTOS DO GOVERNO ESTADUAL, QUE
DEPENDIA DA PROGRAMAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS E DO
APOIO À EDUCAÇÃO, RECURSOS ESTES INCONSTANTES, RESULTANDO EM
DESCONTINUIDADE NA EXECUÇÃO DAS OBRAS. OS PRINCIPAIS PERÍODOS
DE CONSTRUÇÃO FORAM:
1960 1963
1969 1973
1988 1991
CONSTRUÇÃO DO PRÉDIO DA REITORIA
INÍCIO DAS OBRAS DOS EDIFÍCIOS PRINCIPAIS DA
ESCOLA POLITÉCNICA
CRIAÇÃO DE NOVE UNIDADES, COM DESTAQUE PARA A
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS
HUMANAS, INSTITUTO DE PSICOLOGIA, FACULDADE DE
EDUCAÇÃO E INSTITUTO DE FÍSICA
OBRAS DE LIMPEZA E RECUPERAÇÃO DA TORRE
UNIVERSITÁRIA E DO ESPELHO D’ÁGUA, NA PRAÇA DO
RELÓGIO.
PLANTA GERAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA PUBLICADO PELO ESTADO EM 20 DE
NOVEMBRO 1943., NO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO (P.10). A LEGENDA
DESCREVE A ÁREA (TRACEJADA) RESERVADA PARA A FACULDADE DE MEDICINA
VETERINÁRIA.
Planta Geral da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”. CUASO (1949)
Projeto: Escritório Técnico do Fundo de Construção Civil da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, 1949.
‘40
‘50
Instalações do IPT em 1949
A figura sentada, com a espada da justiça desembainhada e
um livro (que representa o saber) firmemente preso ao colo
é o apóstolo São Paulo, que dentro da mitologia cristã é
aquele discípulo que mais estudo teve. Portanto, é um
guardião do saber. A cátedra (guarnecida de ouro
encostada a um muro ameiado), representa o ensino, a
figura está apoiada tanto no muro quanto no chão,
significando a solidez.
A cátedra é firmada sobre dois degraus e estes sobre o chão
em ponta. Tudo tem a sua cor. Timbre: esfera armilar sainte
de ouro. Listão de vermelho com a divisa: Scientia Vinces –
Vencerás pela Ciência, em letras de prata. São Paulo, 12 –
1934.
Planta CUASO (1952)
Plano de Zoneamento e Urbanização da Cidade Universitária de São Paulo. Projeto: Escritório Técnico da Comissão da Cidade Universitária, 1952.
Em 28 de Agosto de 1956, o então governador Jânio
Quadros assinou uma lei que deu o nome de “Armando
de Salles Oliveira” à Cidade Universitária.
Em 1960, é instituído o Fundo para Construção da
Cidade Universitária, viabilizando maior agilidade das
decisões e iniciando uma das fases áureas de construção
no campus.
Dez anos depois, com diversas unidades de ensino
funcionando na CUASO e cada vez mais necessidades
relacionadas à infraestrutura, são criados, a partir do
fundo existente, o Fundo de Construção da Universidade
de São Paulo e a Prefeitura da Cidade Universitária, que
ao longo dos anos seguintes deram ao campus sua
configuração atual.
‘50
‘60
Estrutura do prédio da Reitoria
O prédio da Reitoria, assim como os de outras unidades da USP, sofreu com interrupções nas obras ao longo dos anos
de construção da CUASO. Nesta foto do início da década de 50 vemos a estrutura do prédio cercada por áreas vazias
que hoje correspondem à Praça dos Bancos, Escola de Comunicações e Artes, Instituto de Psicologia, Praça do Relógio,
Av. Prof. Luciano Gualberto e Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
Fonte: O Espaço da USP: Presente e Futuro, publicação da Prefeitura
do Campus da USP em comemoração ao cinquentenário da Universidade,
1985.
.
‘60
‘70
Planta CUASO (1962)
Planta Geral da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”. Projeto: Escritório Técnico do Fundo de Construção Civil da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, 1962
“Eu vinha lá de Pinheiros e subia isso tudo a pé. Foi a única época da minha vida que minhas coxas
afinaram (…) Às vezes eu ia encontrar com ele lá (FAU) e eu acabei assistindo muitas aulas da
Arquitetura.”
- Ex-aluna de Graduação . Décadas de 1960 e 1970 -
Av. Prof. Luciano Gualberto e FAU
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Av. Prof. Luciano Gualberto, final da década de 60.
Ônibus passa em meio às obras
Ônibus passa por rua de terra em frente à canteiro de obras na CUASO. Foto de 1964
Construção do CRUSP
Trabalhador durante construção do CRUSP, década de 60.
‘60
‘70
Os Jogos Pan-americanos São Paulo 1963 tornaram-se realidade (…) Pela primeira vez, o Brasil receberia uma
edição dos Jogos Pan-americanos. A Vila Pan-americana, que serviu de hospedagem para todos os atletas
participantes, foi construída em tempo recorde na área que hoje pertence à Cidade Universitária da
Universidade de São Paulo (USP). Obra prevista para ser concluída em três anos, a construção da Vila passou
por um processo de aceleração e ficou pronta em pouco mais de 150 dias. Com um projeto arrojado para
época, com estruturas pré-fabricadas, os seis edifícios abrigaram durante o Pan de São Paulo os atletas e
demais membros das delegações.
https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/brasil-nos-jogos/participacoes/sao-paulo-1963/
16/04/1963 JOGOS PAN-AMERICANOS DE 1963
Vista frontal da Vila Pan-Americana, alojamento dos atletas que estarão disputando os VI Jogos Pan-Americanos de São Paulo de 1963. Na foto, obra em fase
de acabamento. Após o Pan o local vai abrigar uma universidade pública . Crédito: /Gazeta Press
‘60
‘70
Vista aérea da Praça do Relógio e do CRUSP, década de 60.
Barreira na entrada do Conjunto Residencial da USP (Crusp) em 1968 – Foto: Rolando de Freitas/Agência Estado
O CRUSP NASCEU A FÓRCEPS. PROJETADO COMO CONJUNTO RESIDENCIAL NA CIDADE UNIVERSITÁRIA PARA OS ESTUDANTES DA USP, SÓ FOI
CONSTRUÍDO DIANTE DA NECESSIDADE DE ABRIGAR OS ATLETAS QUE PARTICIPARAM DOS JOGOS PAN-AMERICANOS DE 1963, REALIZADOS
EM SÃO PAULO. APÓS O ENCERRAMENTO DA COMPETIÇÃO, FOI OCUPADO PELOS ESTUDANTES PARA QUE CUMPRISSE A FINALIDADE PARA A QUAL
FORA CONCEBIDO: ABRIGAR ALUNOS DE FORA DA CAPITAL PAULISTA OU QUE MORASSEM DISTANTE DO CAMPUS, SEM CONDIÇÕES DE BANCAR
SUA MORADIA DURANTE A DURAÇÃO DE SEUS CURSOS.
NAQUELES CINCO ANOS INICIAIS DE FUNCIONAMENTO, 1963-68, O CRUSP, ALÉM DE VIABILIZAR A POSSIBILIDADE DE SEUS MORADORES
CURSAREM A UNIVERSIDADE, FUNCIONOU COMO O ESPAÇO NO QUAL MUITOS, SE NÃO A MAIORIA, VINDOS DE AMBIENTES COM HORIZONTES
CULTURAIS ESTREITOS, ABRIRAM-SE PARA O MUNDO E NOVAS VIVÊNCIAS EXISTENCIAIS E CULTURAIS. BOA PARTE, NÃO TODOS, ENGAJOU-SE
EM DEBATES E ATIVIDADES POLÍTICAS CRIATIVAS, TRANSFORMADORAS E DE CONTESTAÇÃO À REPRESSÃO IMPOSTA AO PAÍS A
PARTIR DE 1964 — QUE DESAGUARAM NAS GRANDES MANIFESTAÇÕES DE 1968, ANO SÍNTESE DO ENGAJAMENTO DA
JUVENTUDE DO PAÍS E DO MUNDO EM PROL DA LIBERDADE E DA JUSTIÇA SOCIAL.
https://jornal.usp.br/tv-usp/uma-desnecessaria-operacao-de-guerra/
Vista frontal de um dos prédios da Vila Pan-Americana que servirá como alojamento para os atletas vão disputar os VI Jogos Pan-Americanos de São Paulo de
1963. Na foto, obra em fase de acabamento em março de 1963. Após o Pan o local vai abrigar uma universidade.
ALI ESTUDAVAM,
NAMORAVAM,
JOGAVAM
BARALHO,
FREQUENTAVAM O
RESTAURANTE, A
BANCA DA
CULTURA, O BAR
DO CRUSP,
DANÇAVAM NOS
BAILES,
PRATICAVAM
ESPORTES,
ASSISTIAM E
FAZIAM TEATRO,
SHOWS E MUITAS
ASSEMBLEIAS
PARA DISCUTIR
COMO ATUAR
SOBRE O
MOMENTO
POLÍTICO QUE SE
ACINZENTAVA A
CADA DIA.
Estudantes durante invasão do Crusp em 1967 – Foto: CAP-FFLCH – Arquivo/Agência Estado
Tanques invadem o campus da USP. Quatro dias após o Ato Institucional número 5 ser decretado, o Conjunto
Residencial dos estudantes da USP foi invadido pelo exército. Arquivo/Estadão
O AI-5 ABRIA O PERÍODO
MAIS REPRESSIVO DO
REGIME DE 64. OS
CRUSPIANOS PREVIAM QUE
SERIAM UM DOS ALVOS
NESSE NOVO MOMENTO. MAS
O APARATO MILITAR SE
MOSTROU TOTALMENTE
DESPROPORCIONAL E
DESNECESSÁRIO.
TODOS OS MORADORES SE
ENTREGARAM
PACIFICAMENTE. FORAM
PRESOS, COLOCADOS EM
ÔNIBUS E CONDUZIDOS PARA
O PRESÍDIO TIRADENTES, NO
CENTRO VELHO DE SÃO
PAULO.
Conflito estudantil - USP x Mackenzie, São Paulo, 1968. Gil Passarelli
(*)
AI5
-
PRESÍDIO
TIRADENTES
E
CONFLITO
ESTUDANTIL
NA
RUA
MARIA
ANTÔNIA
PERCURSO
BUTANTÃ
USP
CIDADE UNIVERSITÁRIA
CENTRO
HISTÓRIA
CRUSP
COMBATE
CENTRO*
PANAMERICANOS
ALUNO
RELÓGIO
1
2
3
4
5
11
6
7
8
9
10
12
13
14
15
16
17
É POSSÍVEL CRIAR (DESENHAR) PERCURSOS A PARTIR
DE IMAGENS, MEMÓRIAS, PERCEPÇÕES E
MOVIMENTO.
A VARIÁVEL TEMPO APOIA A NARRAÇÃO, UMA VEZ
QUE PROPÕE CONTINUIDADE , OU ATÉ A
INFINITUDE. O CIRCUITO RECOMEÇA, OU PODE
PERMANECER EM LOOP CONTÍNUO.
ESTÍMULO EVOCA UM NOVO ELEMENTO OU
RETORNO ATÉ O PONTO JÁ VISITADO.
ASSIM COMO OS NEURÔNIOS, CADA REFERÊNCIA –
LUGAR , IMAGEM , MARCO, ACONTECIMENTO E
HISTÓRIA (NARRADA) ANCORA A PRÓXIMA
“PARADA”, CRIANDO O “PERCURSO DA MEMÓRIA”.
*
A PROPOSTA DE ROTEIROS DE MEMÓRIAS,
CIRCUITOS DE VISITAÇÃO QUE FOMENTEM A UNIÃO
DAS MEMÓRIAS SOCIAL, COLETIVA E INDIVIDUAL,
ATRAVÉS DO DESLOCAMENTO PELA CIDADE, EM
DIREÇÃO A SÍTIOS ESPECÍFICOS, APOIANDO A
PROPOSTA DE USO DE MODOS DE TRANSPORTE
DIVERSOS, QUE POSSIBILITEM O CONTATO COM A
CIDADE, A REGASTE E CONHECIMENTO DA MEMÓRIA
URBANA, LUGARES E OS REGISTROS HISTÓRICOS A
ELES VINCULADOS.
OS ROTEIROS DEVEM SER DETERMINADOS APÓS A
DINÂMICA DE ASSOCIAÇÃO REALIZADO POR TODO O
GRUPO DE PARTIPANTES DE CADA CIRCUITO DE
MEMÓRIA
pesquisa
Do latim perquirere, que significa "procurar com perseverança".
§ nome
Pesquisa é um conjunto de ações que visam a descoberta de novos conhecimentos em uma determinada área.
No meio acadêmico, a pesquisa é um dos pilares da atividade universitária, em que os pesquisadores têm como
objetivo produzir conhecimento para uma disciplina acadêmica, contribuindo para o avanço da ciência e para o
desenvolvimento social.
(…)
Uma parte importante de qualquer pesquisa é o recolhimento de dados, por isso um pesquisador deve buscar
por informações com diligência
Porto Editora – percurso no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-
07-22 23:53:56]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso
percurso
per.cur.so
pərˈkursu
Do
latim
percursu-,
«idem»,
particípio
passado
de
percurrĕre,
«percorrer»
§
nome
masculino
1.
ato
ou
efeito
de
percorrer
2.
espaço
percorrido
3.
trajeto;
roteiro;
caminho
4.
DESPORTO
(atletismo)
trajeto
que
um
atleta
deve
completar
para
terminar
uma
prova
5.
ASTRONOMIA
movimento
de
um
astro
6.
figurado
opções,
atividades
e
experiências
de
uma
pessoa
durante
a
vida
Porto
Editora
–
percurso
no
Dicionário
infopédia
da
Língua
Portuguesa
[em
linha].
Porto:
Porto
Editora.
[consult.
2022-
07-22
23:53:56].
Disponível
em
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso
Objetivo: mapear as memórias e lembranças de atores (profissionais, estudantes, colaboradores e visitantes) em seus deslocamentos para o Campi da Universidade
de São Paulo - USP, às unidades ligadas à Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira” (CUASO) e demais unidades de destino, com principal atenção àquelas
vinculadas à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de São Paulo, FAU-USP.
Metodologia: elaboração de questionário que possibilite a aferição das relações, memórias (vínculos e significações) e experiências (fatos e acontecimentos) dos
atores convidados, em relação às suas formas de deslocamento (pontos de origem e destino), modos utilizados e características marcantes de seus percursos. Serão
realizados recortes temporais por década, o que busca estabelecer vínculo entre as experiências dos entrevistados e os contextos vigentes em cada período.
É realizado o convite individual para participar da pesquisa. Caso aceite, é enviado por aplicativo de mensagens eletrônicas (WhatsApp) o questionário com as
explicações sobre a forma de resposta. As questões devem ser respondidas através de mensagem de voz e encaminhada ao remetente, através do mesmo
aplicativo.
O questionário é divido nos seguintes itens:
Identificação
Nome completo;
Cidade de origem (natural de...);
Nível do curso realizado: graduação, pós-graduação (nível), curso livre ou de extensão;
Nome do curso;
Período de realização do curso: entre determinado ano, até determinado ano. No caso de ter ocorrido no mesmo ano, entre quais meses;
Período do dia: matutino, vespertino ou noturno.
Caraterísticas do deslocamento
Período de ocorrência: entre determinado ano até determinado ano, ou em determinado ano, por número de meses (...)
Origem e destino: ponto de origem até a chegada à unidade de destino *;
Modais utilizados (em caso de mais de um modal, discriminá-los e, se possível, detalhar o nome da linha, ponto de desembarque e integrações modais realizadas);
Tempo de deslocamento;
Especificidades. Exemplos: muito ou pouco trânsito, congestionamentos ou percurso fluído, atrasos ou pontualidade, ou demais características e observações que
julgarem pertinentes.
(*) Caso não residisse no mesmo município da unidade frequentada, houve, em alguma oportunidade, a realização do deslocamento de um munícipio diferente
até a unidade de frequência de forma direta, porta a porta, para participação em atividades acadêmicas (aula, palestra)?
Memória
Sensações, lembranças e ânimo. Exemplo: conforto ou desconforto, disposição para deslocar-se (assiduidade ou falta, por preguiça ou impedimentos), segurança
ou insegurança para deslocamento, permanência, espera (...);
Lembranças: fatos, pontos de atenção e/ou parada, hábitos de consumo recorrentes (Ex.: parar para tomar café em local específico), registros de imagem, som,
odor/cheiro, lugar ou fato marcante;
Pontos de destaque no caminho/percurso: locais que serviam como marco, referência, causavam admiração, ou eram evitados por serem considerados perigosos
ou desagradáveis;
Acontecimentos: fatos marcantes e lembranças relacionadas (positivas e/ou negativas).
Relação com a Universidade de São Paulo
Qual a imagem tinha da USP antes de frequentá-la?
Qual a imagem tem da USP após e frequentá-la?
O que significa a universidade de São Paulo para você?
Memórias positivas ou memórias negativas;
Considera que completou seu percurso junto à Universidade de São Paulo?
Aplicação de esquisa realizada pela plataforma Google Forms - https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8 - entre 17.07. 22 a 31.07.22
678 consultas - 102 respondentes (15%)
SIM
32%
NÃO
68%
1. VOCÊ RESIDE NA CIDADE DE SÃO PAULO?
18%
36%
46%
2. QUAL A SUA LOCALIZAÇÃO ?
Outro município dentro da
Região Metropolitana de São
Paulo (RMSP)
Outro município dentro do
Estado de São Paulo
Outro Estado brasileiro
Outro país
91%
9%
3. VOCÊ FREQUENTA OU JÁ ESTEVE NO CAMPI* DA USP
NA CIDADE DE SÃO PAULO?
SIM
NÃO
Pesquisa
realizada
pela
plataforma
Google
Forms
-
https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8
-
entre
17.07.
22
a
31.07.22
-
678
consultas
-
102
respondentes
(15%)
(SEGUE PARA 3)
(SEGUE PARA 2)
(SEGUE PARA 3)
(SEGUE PARA 4)
(SEGUE PARA 7)
(SEGUE PARA 5)
102
respondentes
33
respondentes
102
respondentes
93
respondentes
77%
12%
4. QUAL O MOTIVO?
Curso de graduação, pós-
graduaçãoe/ou extensão
Cursos livres
Eventos esporádicos
(palestras,seminários,
apresentações)
Concurso, prova, vestibular
Trabalho
Levar alguém
Passagem, com outro destino
70%
3%
4%
23%
5. DURAÇÃO DA ATIVIDADE
1 ano(ou mais)
1 mês (ou mais)
1 semana (oumais)
Esporadicamente
22%
47%
5%
2%
24%
6. QUAL A FREQUÊNCIA?
Diariamente
Semanalmente
Mensalmente
Anualmente
Não definida
A melhor
A pé
Adutora de Cotia
Ainda há tempo
Aluno
Amigos
Anfiteatro
Angústia
Ano de estudo
Antuérpia
Apartado
Aprovação
Atrasado
Armando Salles de Oliveira
Arrogante
Árvore
Assalto
Atlética
Aula
Automóvel particular
Avenida
Avião
Baldeação
Banca
Bancos
Bandejão
Barra Funda
Bélgica
Bem-vindo
Benquisto
Biblioteca
Bicicleta
Bolsa
Bolsão
Bonde
Brilhante
Burrice
Butantã
Cada qual com seu cada qual
Campi
Campos
Campinas
Campus
Cancelamento
Cansaço
Capes
Carro
Carona
Cátedra
Cepeusp
Cerveja
Cidade Universitária
Circular
Colaborativo
Coletivo
Começo
Combate
Combatividade
Comunitário
Confortável
Congonhas
Congregação
Conhecimento
Convidado
Coragem
Corifeu
Crise
Crusp
Cuaso
Decepção
Demorado
Desconfortável
Desejo
Desigual
Desisti
Difícil
Disciplina
Distante
Dissertação
Diversidade
Doutorado
Educação
Embate
Ensino
Entrega
Estupro
Especial
Esperança
Espírito universitário
Estação
Estacionamento
Estágio
Estudo
Estudante
Excelência
Exclusão
Extensão
Faço parte
Faculdade
Fé
Ficar
Fim
Força
Formação
Fracasso
Fretado
Frustração
Futuro
Fuvest
Garantia
Genial
Graduação
Grama
Grupo
Guarulhos
Inclusão
Inseguro
Insônia
Integração
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Inteligência
Intervalo
Jabaquara
Leme
Lineu
Linha 4
Linha 9
Lista
Litoral
Longe
Luciano
Lugar
Luta
Mais um ano
Malta
Malvisto
Manifesto
Marginal
Maria Antônia
Matéria
Matrícula
Medo
Mello
Meta
Mestrado
Metrô
Mil novecentos e trinta e cinco
Mil novecentos e quarenta e quatro
Minoria
Moderno
Monografia
Moto
Muito
Muito para poucos
Não é para mim
Não consegui
Não mais
Não me quer
Não meu
Nenhuma
Nome
Nota
Ônibus
Oportunidade
Orientador
Ostra
Ouvinte
Panamericanos
Para poucos
Parada
Paraquedas
Parte
Patinete
Passei
Pedido
Perdido
Perigo
Pertenço
Perto
Politécnica
Ponto
Pontual
Portaria
Pós
Pós-Doutorado
Praça
Prática
Precário
Prazo
Prédio
Professor
Profissional
Protesto
Prorrogação
Prudente
Raia
Realização
Recomeço
Reitoria
Relógio
Representatividade
Reprovação
Requerimento
Resiliência
Resistência
Respiro
Reunir
Ribeirão Jaguaré
Rio
Rodoviária
Roubo
Sala
Salsão
Sansão
Santos
São José
São Roque
Saudade
Secretaria
Segurança
Sem dormir
Skate
Social
Sociedade
Sorocaba
Sonho
Sucesso
Shuttle
Tampim
Tassi sissi nunssi
Táxi
Tempo
Tensão
Terminal
Tese
Tietê
TFG
Todos somos um
Trabalho
Trancado
Trem
Tremoços
Tremor
Trilho
Truco
Verde
Vestibular
Vida toda
Vila Penteado
Virado
Vital Brasil
Violenta
Volta
Voltar
Uber
Única
Unidade
USP
250
PALA
VRAS
PARA
ESCOLHER
Pesquisa
realizada
pela
plataforma
Google
Forms
-
https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8
-
entre
17.07.
22
a
31.07.22
-
678
consultas
-
102
respondentes
(15%)
(SEGUE PARA 6)
(SEGUE PARA 7)
7.
93
respondentes
93
respondentes
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
USP
Cidade Universitária
Aluno
Biblioteca
Aula
Butantã
Ensino
Árvore
Formação
Estudo
Mestrado
Educação
Professor
Estudante
Disciplina
Orientador
Graduação
Doutorado
Pós
Faculdade
Selecione todas as palavras e/ou expressões que descrevam/representem a sua experiência
7. PALAVRAS QUE REMETEM OU TÊM RELAÇÃO COM A SUA EXPERIÊNCIA* JUNTO A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
(*) São consideradas tanto vivências, quanto informações, notícias ou memórias sobre o tema
Pesquisa realizada pela plataforma Google Forms - https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8 - entre 17.07. 22 a 31.07.22 - 678 consultas - 102 respondentes (15%)
102
respondentes
Tuan (2013,p. 167) proclama que “[...] o espaço
transforma-se em lugar à medida que adquire
definição e significado”. Entendemos, assim, que o
lugar é mais íntimo do que a ‘abstração’ de espaço.
Diferentes sujeitos podem dotar de significados,
também diferenciados, o mesmo espaço.
O autor aponta que os lugares são derivados das
experiências cotidianas e que evocam
sentimentos tanto de topofilia (apego ao lugar)
quanto de topofobia (medo/aversão ao lugar). O
que evocamos do lugar são sentimentos diversos,
sejam eles bons ou ruins. Comumente, o lugar é
associado ao apego, de modo a esquecer dos
conflitos e das tensões que possam existir nele.
(FREITAS, 2016)
O sentimento de pertencimento - fazer parte ou não – do grupo ligado à Universidade de São Paulo mostrou-se relacionado à questões
que tangenciam capacidade intelectual, condição socioeconômica, origem e faixa etária
A imagem da Universidade é relacionada ao ensino para grupos seletos, excelência e exigência acadêmica, ou como um espaço físico
que, apesar de público, foi várias vezes descrito como impenetrável, objetivo inalcançável, distante e impossível ( “não é para mim”) –
para aqueles que não tiveram a oportunidade de contato com o mundo acadêmico da Universidade de São Paulo, e como um local de
boas recordações para aqueles que cursaram ou tiveram algum tipo de relação de aprendizado com a instituição.
Os dois grupos mencionam a Universidade de São Paulo como um ambiente seletivo.
“Eu acordava às 4h30 da manhã e saia de casa no escuro para ir pegar o fretado. Se perdia, tinha que ir até a rodoviária, pegar
o ônibus que ia para Osasco. O motorista já sabia, tinha que parar no meio do caminho, na Marginal, para a gente subir a pé
pela Ponte da Cidade Universitária, e ir andando até chegar a alguma entrada do portão da USP pra pegar o Circular.
Dava medo porque os carros passavam a toda, parecia que iam atropelar a gente. Para piorar, quando estava calor, às vezes
na hora do almoço, eu tinha aquela surpresa desagradável: “a marmita tinha azedado”.
- Ex-aluna da Graduação. Década de 1980-
VIM
DE LONGE
ESTOU
MAS
AQUI
TÃO
LONGE,
TÃO
PERTO
…
Eu vim de longe (outro Estado), uma cidade muito diferente de São Paulo. No
apartamento, as meninas me disseram que era pertinho. Peguei o endereço,
achei a rua e vim andando, mas passei reto pelo prédio. Andei mais duas
quadras, olhei o número e pensei : “Ué?!”
Voltei e quando vi a faixa na frente pensei: “Só pode ser aqui”. E era.
Achei estranho não ter placa, nem nada dizendo que era uma faculdade. Quem
olha de fora não imagina o que é (tem) aqui dentro.
- Aluna da Pós-Graduação . Ano. 2022 -
Outro município dentro da RMSP
Outro município dentro do Estado de SP
Outro Estado brasileiro
A USP é até hoje a minha segunda casa. Mesmo após muitos anos fora, até hoje me sinto à vontade pelos corredores da (…)
USP, no CEPE, no bandejão... O que mais tenho são memórias do meu período USP. Passei longos anos da minha vida e,
nestes longos anos, o meu dia-a-dia era integralmente dedicado à USP, fosse nos estudos, trabalhos, festas, treinos...muitos
foram os fracassos e sucessos nos trabalhos e provas. Muitas e muitas histórias nas festas que ocorriam na USP (algumas
permanecem os flashes)...alguns amores e muitas, mas muitas mesmo, decepções.
- Ex-aluna da Graduação. Década de 2000-
NEM
TUDO SÃO
FLORES
NEM
PARA
NÃO
DIZER
QUE
NÃO
FALEI
DE
…
(…) A USP parecia, então, um lugar de liberdade para pesquisa acadêmica.
(…) quando me dei conta, o Mestrado já defendido, eu estava fora da USP. Ainda
mantive formação continuada por alguns anos, mas apenas na condição de
ouvinte ou aluno especial. Então, me dei conta de que meu tempo de USP já havia
ficado para trás. E fiz o luto das expectativas.
- Aluno da Pós-Graduação . Década de 2000 -
3. VOCÊ FREQUENTA OU JÁ ESTEVE NO CAMPI* DA USP NA
CIDADE DE SÃO PAULO?
4 . QUAL O MOTIVO?
DISSABORES
Quando ia ver, transporte público ninguém usava.
Todos têm aquele discursinho engajado de defesa das minorias, dos desfavorecidos, mas quando ia ver, a maior parte da
minha turma chegava de carro – que o pai deu – e deixava nos bolsões de estacionamento. Alguns até reclamavam que não
tinha lugar perto da entrada da faculdade.
Tem cabimento isso? Estacionamento de graça para “filhinho de papai”?
- Ex-aluna de Graduação. Década de 1990 -
PRA TER
FON FON
TRABALHEI,
TRABALHEI,
PRA TER
FON FON
TRABALHEI,
TRABALHEI,
Carango
Composição: Carlos Imperial / Nonato Buzar
TÍTULO XI
Da Vida Social Universitária
CAPÍTULO I
Da vida social universitária em geral
Art. 135 – Para a criação de um ambiente e uma tradição de espírito universitário, serão adotados meios de desenvolver o
espírito de cooperação e de sociabilidade, bem como a união e solidariedade de professores, auxiliares de ensino e dos antigos e atuais
alunos dos diversos institutos, na defesa da eficiência e do prestígio das instituições universitárias.
DECRETO Nº 39 DE 3 DE SETEMBRO DE 1934
Aprova os estatutos da Universidade de São Paulo.
O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, usando da atribuição que lhe confere a Constituição, artigo 56, nº 1º;
Considerando o que dispõe o art. 13 do decreto nº 24.279, de 22 de maio de 1934, que deu regulamentação ao art. 3º do decreto nº
l9.85l, de 11 de abril de 1931;
atendendo ao que propõe o Conselho Nacional de Educação,
O abandono do “ espírito universitário ” na construção da Cidade Universitária Armando de Sales Oliveira
A Cidade Universitária de hoje nega em muitos aspectos as preocupações que orientaram tanto o
estatuto, quanto os primeiros projetos de urbanismo e zoneamento do campus. Nela se veem unidades afastadas,
em grande medida fechadas em si mesmas, separadas por grandes avenidas e .reas gramadas que não servem como
convivência e integração. (Dantas, 2020, P.2)
Não só eu, meus amigos, quando eu fazia faculdade lá em (...) a USP era um lugar inatingível. Tinha que ser muita coisa para estar lá.
Quando vim morar em São Paulo, até fiz (...), mas que é particular. É só pagar (RS). Um amigo que fez (...) que também é particular,
mas ele tinha medo. Achava que não ia acompanhar, que iam fazer bullying com ele.
- Não aluna ou sequer visitante. Ano. 2022 -
Eu saia do trabalho, na hora do almoço, pegava a estrada e ia direto para a USP. Era uma viagem, e eu cansada. No começo chegava e
me perdia pela Cidade Universitária. Até me encontrar...chegava atrasada na aula, que por sinal era muito longa: Quatro horas ali na
frente (o professor) discutindo o “sexo dos anjos”, usando “aqueles termos” e eu pensava: Para que serve tudo isso na prática?
- Ex-aluna especial da Pós-Graduação. Década de 2000 -
Livros ∈ Biblioteca da FFLCH (Livros ∉ BBM) : [29] Collection home page
Objetos digitalizados a partir de objetos físicos pertencentes a Biblioteca da FFLCH (Biblioteca Florestan Fernandes). Não pertencentes a BBM.
BBM - Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin
Domingo na CUASO
Pessoas descansam e se divertem na área hoje ocupada pelo
prédio da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
Como tinha me graduado aqui, pouco tempo depois tentei o Mestrado, mas não passei. Fiquei frustrada, deixei isso de lado e fui
trabalhar. A vida foi me levando e trinta anos depois, estou aqui outra vez. O meu trabalho (que eu quero fazer) vai ter relação com
ensino, para a prática.
Vamos ver...Tá difícil arrumar orientador, já falei com a (...) e com o (...), mas não sei. Acho que na minha idade, não vão querer. Para
eles é mais negócio pegar o pessoal jovem, que ainda não tem família, não precisa trabalhar e tem tempo para ficar o dia inteiro
pesquisando.
- Ex-aluna da Graduação. Década de 1970 –
Eu vou, eu sei que vou, um dia eu vou.
Mas preciso melhorar meu “inglês”. Já estou fazendo curso online, mas acabo parando no meio, porque preciso dar atenção para as
crianças quando chego em casa. Quando a (...) chega e fala “Papai, vamos brincar?”, não resisto.
Mas eu vou, eu sei que vou, um dia eu vou.
- Candidato a candidato à Pós-graduação. Década de 2020 -
Lembro que o trânsito era o maior problema,
mas o carro me permitia uma grande
conveniência/conforto. Ainda não tinha
metrô, nem linha direta/corredor de
ônibus. Também evitava que eu me
deslocasse a pé pelo campus, o que me dava
sensação de segurança
Me sentia um pouco insegura de dirigir à
noite na volta da pós-graduação, pela
marginal Pinheiros.
O fato mais marcante foi o dia do PCC em
que voltamos correndo pra casa. Naquele dia
ainda não dirigia e minha mãe foi me buscar
- Ex-aluna da Graduação. Década de 2000 -
- Pós-graduação . Década de 2010 –
“Continuarei a usá-la pois, apesar de perigosa, é o melhor caminho possível da minha casa até a faculdade”, diz, conformada, Gabriela Gonçalves Garrido, aluna do curso de Ciências Sociais na
Universidade de São Paulo (USP) sobre a Ponte Cidade Universitária. A estrutura é uma das seis pontes e viadutos da capital paulista com “risco de colapso iminente” de acordo com um relatório
técnico elaborado pela Secretaria de Infraestrutura e Obras e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Muito utilizada por alunos e funcionários da USP vindos de cidades da Grande São Paulo como Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Itapevi e bairros próximos da capital, a ponte permite que
pedestres e motoristas atravessem o Rio e a Marginal Pinheiros. Sua estrutura é integrada à estação Cidade Universitária da CPTM, parte da Linha 9 – Esmeralda, que
vai de Osasco até o Grajaú, na Zona Sul da capital.
A segurança dessa travessia, porém, não é das melhores. (…)
Para Jhony Garcia, aluno de Relações Internacionais na USP e usuário da Ponte Cidade Universitária há quatro anos, uma possível interdição da estrutura representaria cerca de uma hora e vinte
minutos a mais no trajeto entre a faculdade e sua casa, que fica a aproximadamente 40 quilômetros de distância.
“O caminho alternativo eleva o meu tempo de viagem em 40 minutos ou mais, na ida e na volta. A interdição causaria um prolongamento no trajeto que, consequentemente, faria com que eu
perdesse um tempo que poderia ser dedicado aos estudos ou ao meu descanso”.
Teve uma vez até que um mendigo me parou no meio da ponte – pensei que ele fosse pedir comida – ele escarrou, cuspiu na minha
cara, e disse: “Sai daqui sua preta”. Corri muito e depois desabei a chorar.
- Ex-aluna da Graduação. Década de 1980 -
O grande marco, para mim, vindo das áreas centrais de São Paulo, era sempre (ônibus) a ultrapassagem do rio Pinheiros. Mas, no ônibus ou no
metrô, sempre me lembrava do rio, especialmente nos meses secos, pelo cheiro ruim das algas sazonais, que adentrava boa parte do campus.
Eu cursei aulas ou na parte da manhã ou durante a tarde; nunca saía do campus à noite. Então, nenhum local pareceu perigoso nem ameaçador.
- Ex-Aluno da Pós-Graduação . Década de 2000 -
Ponte Cidade
Universitária corre
risco de “colapso
iminente” .
15 de março de 2019
http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2019/03/ponte-cidade-universitaria-corre-risco-de-colapso-iminente/
Foi inaugurada hoje, em São Paulo,a estação Butantã da linha amarela do
metrô, ligando a estação Paulista, que já está em funcionamento parcial desde
o ano passado, até a Av. Vital Brasil.
Resolvi conhecer a nova linha. Saindo da estação, precisei caminhar quase
1km para chegar até a portaria da USP e, durante o trajeto, não conseguia
parar de me perguntar por quê o metrô não chega dentro do campus.
Segundo informações que obtive de um técnico do metrô, foi a reitoria da USP
que não permitiu a instalação de uma estação dentro do campus, alegando
questões de segurança.
Com isso, as mais de 50 mil pessoas que frequentam o campus do Butantã,
diariamente, deixam de ter uma opção que, se integrada com circulares ou
mesmo sistemas de bicicletas, viabilizaria uma melhora muito considerável na
acessibilidade e mobilidade do campus.
Para piorar a situação, descobri com uma aluna que resolveu tomar um ônibus
da Vital Brasil até o campus, que não há integração gratuita até a USP. Além
disso, atualmente há apenas duas linhas em funcionamento, sendo que uma
delas passa de hora em hora.
Resultado: a aluna veio em 15 minutos da Ana Rosa até a Vital Brasil e levou
mais 30 – 20 esperando pelo ônibus – de lá até a FAU USP.
Apenas uma linha circular (Metrô Butantã-Cidade Universitária) está prevista
nos planos da SPTrans.
Estação Butantã: por que o metrô não chega dentro do campus da
USP?
Publicado em 28/03/11 por raquelrolnik | Blog da Raquel Rolnik
Pegava o metrô lotado,
aquela coisa chata de
todo mundo apertado
sem querer olhar na cara
do outro. Descia na
estação Butantã para
tomar o circular, gratuito
para comunidade USP.
Outro inferno, eu
escolhia a linha menos
cheia, mas mesmo assim
era horrível nos horários
de pico. Já teve vezes
que eu não consegui
descer no meu ponto de
tanta gente na frente da
porta. Alguns motoristas
corriam muito, mesmo
com o ônibus lotado, e eu
chegava enjoada na
faculdade. Era bem
comum ter que tomar
uma água com gás ou
tônica.
- Ex-aluna da Graduação.
Década de 2000 -
- Pós-graduação . Década de
2010 –
Ir/voltar de bicicleta era desafiador.
Sentia muita tensão com a agressividade
dos motoristas e era desgastante do
ponto de vista físico mesmo. Então eu
escolhia muito bem os momentos de
encarar ir de bicicleta. Era mais comum
ir/voltar de bicicleta do estágio na
Eusébio Matoso para a USP. Dessa forma
eu conseguia cumprir com mais
tranquilidade os horários, mas estava
sempre suada, cansada e com as roupas
e sapatos um pouco sujos. A volta de bike
me dava medo dos cachorros que ficam
soltos na USP e corriam atrás dos
ciclistas e, principalmente, de assaltos.
Eu corria o máximo que dava, então
sempre tinha dores nas pernas de
correr. Era um desafio para mim, mas
era um período em que eu e meus
amigos mais próximos entramos de
cabeça na luta pelos direitos dos
ciclistas. Eu sentia que eu tinha que
experimentar e colocar o corpo à prova.
E mostrar que a bicicleta era algo
possível em São Paulo.
- Ex-aluna da Graduação. Década de 2000 -
- Ex-aluna - Pós-graduação . Década de 2010 –
dəstino
pərˈkursu
A ORIGEM E O DESTINO DESTE EXERCÍCIO TÊM COMO OBJETIVO COMUM A DISCUSSÃO ACERCA DO VÍNCULO EXISTENTE ENTRE
A MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA – ABSORVIDA NESTA PROPOSIÇÃO COMO FRICÇÃO E TENSIONAMENTO – ENVOLVENDO HISTÓRIA,
MEMÓRIAS, OBSERVAÇÕES E , PRINCIPALMENTE A PARTIR DA OPÇÃO PELO APORTE DAS NARRAÇÕES EM PRIMEIRA PESSOA, AS
ENTREVISTAS , A FORMAÇÃO DE UM CONJUNTO DE CONTEÚDOS QUE PERMITISSEM O OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO, SEGUNDO A HISTÓRIA OFICIAL E A REAL, CRIANDO NEXO PARA O BINÔMIO “EXPERIÊNCIA DESEJADA” VERSUS
“EXPERIÊNCIA VIVÊNCIADA”.
GROSSO MODO, TANTO OS RECORTES TEÓRICOS E O MATERIAL JORNALÍSTICO QUANTO AS PESQUISAS E AS ENTREVISTAS,
PERMITIRAM A VISUALIZAÇÃO DE UM CENÁRIO ANTAGÔNICO ENTRE OS DESEJOS, SONHOS E ÂNIMO QUE ENVOLVEM A IMAGEM
USP, E AS VIVÊNCIAS EXPERIMENTADAS PELOS ENTES “PERTENCENTES” A ESTA COMUNIDADE, QUANTO ÀQUELES QUE
DESEJAM INTEGRÁ-LA, OU AINDA OS QUE NÃO SE CONSIDERAM QUALIFICADOS (SEGUNDO DIVERSOS ASPECTOS) PARA
COMPOR ESTE GRUPO.
SE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO TEM O ESPÍRITO UNIVERSITÁRIO INCLUSO EM SEU ESTATUTO, O MOMENTO APRESENTA-SE
CONVENIENTE PARA UMA REVISÃO, COM MAIOR ACUIDADE, A RESPEITO DAQUILO QUE O “LEMA” CONTÉM.
A INEGÁVEL CONTRUBIUÇÃO DA INSTITUIÇÃO COMO POLO FORMADOR DE CONHECIMENTO E PROMOÇÃO DE APRENDIZADO,
DE DESTAQUE NACIONAL E INTERNACIONAL , QUE PODE SER CONTEMPLADA COM A MAIOR INCLUSÃO DA COMUNIDADE
EXTERNA À COMUNIDADE ACADÊMICA, MAS FORMADORA DE SEU CORPO FÍSICO E DE SEU CONSTRUTO INSTITUCIONAL.
INCLUIR A COMUNIDADE SEJA ATRAVÉS DE AÇÕES EDUCATIVAS, PRESENÇA FÍSICA E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
(PÚBLICOS), REAFIRMA E RATIFICA A POTÊNCIA DO ENSINO COMO TRANSFORMADOR SOCIAL.
A PROPOSTA CONTIDA NESTE EXERCÍCO – OS CIRCUITOS DE MEMÓRIA - BUSCAM REUNIR AS DIMENSÕES CITADAS : MEMÓRIA
SOCIAL, COLETIVA E INDIVIDUAL, ALÉM DE POSSIBILITAR A INTEGRAÇÃO ENTRE OS PARTICIPANTES ATRAVÉS DE DINÂMICAS DE
ASSOCIAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DE EXPERIÊNCIAS SOBRE OS OBJETOS.
A PARTIR DA PRIMEIRA PALAVRA , UM PERCURSO NOVO (E ÚNICO) É CONSTRUÍDO.
UMA EXPERIÊNCIA ONDE PERCURSO E MEMÓRIA FOMENTAM CONSCIÊNCIA, SEJA ELA A DE EXCLUSÃO, DISTÂNCIA E
INVIABLIDADE, OU A DE QUALIDADE , POSSIBILIDADE E FORMAÇÃO DE FUTURO.
SÓ QUEM JOGAR CADA JOGO SABERÁ.
ORLANDO G. FAYA JR. / AGOSTO 2022
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pərˈkursu

  • 1. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (PPG - FAUUSP) . TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA AUH5863 – LUGARES DE MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA: TEORIA E INTERVENÇÃO (2022). PROFa.GISELLE BEIGUELMAN E PROF. RENATO CYMBALISTA. ALUNO: ORLANDO GONÇALVES FAYA JUNIOR .AGOSTO 2022 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (PPG - FAUUSP) . TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA AUH5863 – LUGARES DE MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA: TEORIA E INTERVENÇÃO (2022). PROFa.GISELLE BEIGUELMAN E PROF. RENATO CYMBALISTA. ALUNO: ORLANDO GONÇALVES FAYA JUNIOR . AGOSTO 2022
  • 2. …PASSOU! TÁ DENTRO! PASSOU! Foi um ano pesado, Passado no quarto dos fundos. Papel, apostilas, simulados. O ano corre, a batida aumenta Prova hum Passou Prova dois, ( 3, 4, 5…) Espera! Contagem regressiva…é três, é dois, é um…” …PASSOU! TÁ DENTRO! PASSOU! - Aprovação na Fuvest e a primeira vez na CUASO: matrícula. Década 1980 -
  • 4. percurso per.cur.so pərˈkursu Do latim percursu-, «idem», particípio passado de percurrĕre, «percorrer» § nome masculino 1. ato ou efeito de percorrer 2. espaço percorrido 3. trajeto; roteiro; caminho 4. DESPORTO (atletismo) trajeto que um atleta deve completar para terminar uma prova 5. ASTRONOMIA movimento de um astro 6. figurado opções, atividades e experiências de uma pessoa durante a vida Porto Editora – percurso no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022- 07-22 23:53:56]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso percurso per.cur.so pərˈkursu Do latim percursu-, «idem», particípio passado de percurrĕre, «percorrer» § nome masculino 1. ato ou efeito de percorrer 2. espaço percorrido 3. trajeto; roteiro; caminho 4. DESPORTO (atletismo) trajeto que um atleta deve completar para terminar uma prova 5. ASTRONOMIA movimento de um astro 6. figurado opções, atividades e experiências de uma pessoa durante a vida Porto Editora – percurso no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022- 07-22 23:53:56]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso
  • 5. A transumância nómade, geralmente considerada como o arquétipo de todo percurso, foi na verdade o desenvolvimento das intermináveis errâncias de caça do paleolítico, cujos significados simbólicos foram traduzidos pelos egípcios no ka, o símbolo da eterna errância. A errância primitiva continuou a viver na religião (o percurso como rito) e nas formas literárias (o percurso como narração), transformando-se em percurso sagrado, dança, peregrinação, procissão. Foi só no último século que o percurso, ao se desvincular da religião e da literatura, assumiu o estatuto de puro ato estético. Hoje se pode construir uma história do caminhar como forma de intervenção urbana que traz consigo os significados simbólicos do ato criativo primário: a errância como arquitetura da paisagem, entendendo-se com o termo paisagem a ação de transformação simbólica, para além de física, do espaço antrópico. (CARERI, 2013 P.28) Nas dobras da cidade, cresceram espaços em trânsito, territórios em transformação contínua no tempo. E nesses territórios que hoje se pode superar a milenar separação entre espaços nómades e espaços sedentários. (CARERI, 2013 P.28)
  • 6.
  • 7. Todo pasa y todo queda, pero lo nuestro es pasar, pasar haciendo caminos, caminos sobre el mar. Nunca persequí la gloria, ni dejar en la memoria de los hombres mi canción; yo amo los mundos sutiles, ingrávidos y gentiles, como pompas de jabón. Me gusta verlos pintarse de sol y grana, volar bajo el cielo azul, temblar súbitamente y quebrarse… Nunca perseguí la gloria. Caminante, son tus huellas el camino y nada más; caminante, no hay camino, se hace camino al andar. Al andar se hace camino y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar. Caminante no hay camino sino estelas en la mar… Hace algún tiempo en ese lugar donde hoy los bosques se visten de espinos se oyó la voz de un poeta gritar “Caminante no hay camino, se hace camino al andar…” Golpe a golpe, verso a verso… Murió el poeta lejos del hogar. Le cubre el polvo de un país vecino. Al alejarse le vieron llorar. “Caminante no hay camino, se hace camino al andar…” Golpe a golpe, verso a verso… Cuando el jilguero no puede cantar. Cuando el poeta es un peregrino, cuando de nada nos sirve rezar. “Caminante no hay camino, se hace camino al andar…” Golpe a golpe, verso a verso. - Antonio Machado Cantares Cantares (Antonio Machado) Tudo passa e tudo fica porém o nosso é passar, passar fazendo caminhos caminhos sobre o mar Nunca persegui a glória nem deixar na memória dos homens minha canção eu amo os mundos sutis leves e gentis, como bolhas de sabão Gosto de ver-los pintar-se de sol e grená, voar abaixo o céu azul, tremer subitamente e quebrar-se… Nunca persegui a glória Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais; caminhante, não há caminho, se faz caminho ao andar Ao andar se faz caminho e ao voltar a vista atrás se vê a senda que nunca se há de voltar a pisar Caminhante não há caminho senão há marcas no mar… Faz algum tempo neste lugar onde hoje os bosques se vestem de espinhos se ouviu a voz de um poeta gritar “Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar”… Golpe a golpe, verso a verso… Morreu o poeta longe do lar cobre-lhe o pó de um país vizinho. Ao afastar-se lhe viram chorar “Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar…” Golpe a golpe, verso a verso… Quando o pintassilgo não pode cantar. Quando o poeta é um peregrino. Quando de nada nos serve rezar. “Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar…” Golpe a golpe, verso a verso. - Tradu çã o de Maria Teresa Almeida Pina)
  • 8.
  • 9.
  • 10. “A quantidade de neurônios existente não é suficiente para todas as informações adquiridas por um indivíduo”, explica Paul Reber, professor de psicologia da Northwestern University, dos Estados Unidos. Cientistas acreditam que, em vez disso, as lembranças se formam nas conexões entre os neurônios e ao longo da rede neural. Cada neurônio gera extensões semelhantes a linhas de metrô que se cruzam em uma única estação, atravessando cerca de mil outros neurônios. Acredita-se que é essa arquitetura que torna possível acessar as memórias em toda a teia. Por isso, por exemplo, o conceito de céu azul pode aparecer em inúmeras lembranças discretas de fatos ocorridos em um dia de sol. Reber chama esse efeito de “armazenamento exponencial”, e por causa dele a capacidade de memória do cérebro “salta à estratosfera”. (…) “Ainda não sabemos exatamente de quantas conexões uma lembrança precisa, nem se podemos comparar sua capacidade com a de um computador. Mas dá para afirmar que o cérebro tem toneladas e toneladas de espaço.” (…) O que se sabe com certeza é que a memória humana tem uma limitação intrínseca. Então por que não conseguimos nos lembrar de tudo o que nos chega pelos cinco sentidos – dos detalhes e do todo? Reber acredita que o cérebro, ao interpretar o mundo que nos cerca, simplesmente não consegue se manter no mesmo ritmo da torrente de estímulos externos a que estamos expostos. “Existe um gargalo vindo dos nossos sentidos para a nossa memória”, afirma. ULTIMATE LIMITS | BRAIN What’s the most we can remember? https://www.bbc.com/future/article/20150401-whats-the-most-we-can-remember Versão em português: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150408_vert_fut_capacidade_cerebro_ml
  • 11. (…) uma unidade de processamento lógico – um neurônio somente – pode tomar uma decisão sobre qual informação ele vai enviar a partir das entradas que ele recebeu. Esse neurônio pode trabalhar com outros neurônios; podemos, então, ter vários neurônios em uma camada, em que todos eles recebem informação de outros neurônios e todos eles enviam informação para outros também. Podemos arranjar essas camadas de diferentes formas (unidirecionais, bidirecionais) e fazer todo tipo de combinação para ver que tipo de resultado conseguiremos ao final. Essas são, enfim, as redes neurais. Fonte: https://didatica.tech/neuronios-artificiais/
  • 14. Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço, venha me apertar Tô chegando Coisa que gosto é poder partir sem ter planos Melhor ainda é poder voltar quando quero Todos os dias é um vai e vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim chegar e partir São só dois lados da mesma viagem O trem que chega é o mesmo trem da partida A hora do encontro é também despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida Todos os dias é um vai e vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim chegar e partir São só dois lados da mesma viagem O trem que chega é o mesmo trem da partida A hora do encontro é também despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida É a vida desse meu lugar É a vida - Fernando Brant & Milton Nascimento Encontros e despedidas Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço, venha me apertar Tô chegando Coisa que gosto é poder partir sem ter planos Melhor ainda é poder voltar quando quero Todos os dias é um vai e vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim chegar e partir São só dois lados da mesma viagem O trem que chega é o mesmo trem da partida A hora do encontro é também despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida Todos os dias é um vai e vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim chegar e partir São só dois lados da mesma viagem O trem que chega é o mesmo trem da partida A hora do encontro é também despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida É a vida desse meu lugar É a vida - Fernando Brant & Milton Nascimento Encontros e despedidas
  • 15. Devemos a Francis Yates a pesquisa mais minuciosa e esclarecedora sobre o surgimento e as sofisticações das mnemotécnicas (YATES, 2007). Elas consistiriam, em termos mais gerais, na articulação da lembrança de imagens a determinados lugares de suporte da memória, onde essas imagens seriam ordenadas de modo associativo, de modo a se tornarem facilmente acessíveis quando evocadas. A memória se assemelharia a um edifício no qual os diferentes cômodos guardam um certo número de imagens ordenadas. (…) Nas sociedades de memória oral, onde o privilégio é concedido à dimensão narrativa, as lembranças são em geral reconstruídas por aquele que narra. (…) Jacques Le Goff afirma que o conceito de memória nos remete, em primeiro lugar, a um fenômeno individual e psicológico, que possibilitaria ao homem a atualização de impressões ou informações passadas (…) Pierre Janet, por exemplo, considera que o ato mnemônico essencial é o “comportamento narrativo”, comportamento este que teria uma função social, na medida em que comunica a um outro uma informação sobre um acontecimento ou objeto ausente. (Gondar, 2008) Recorremos a testemunhos para reforçar ou enfraquecer e também para completar o que sabemos de um evento sobre o qual já temos alguma informação. (Halbwachs, 2006, p.29, apud Rios, 2013, p.4) É preciso que haja um mínimo de concordância entre as lembranças dos indivíduos para que elas possam se complementar, formando um patrimônio comum de recordações. A memória tem, portanto, um caráter relacional, formando-se na interação entre os indivíduos. (Rios, 2013, p.4)
  • 16. “Trata-se de recuperar uma lembrança, de evocar um período de nossa história? Temos consciência de um ato sui generis pelo qual deixamos o presente para nos recolocar primeiramente no passado em geral, e depois numa certa região do passado: trabalho de tentativa, semelhante à busca do foco de uma máquina fotográfica”. [...] por "imagem" entendemos uma certa existência que é mais do que aquilo que o idealista chama uma representação, porém menos do que aquilo que o realista chama uma coisa - uma existência situada a meio caminho entre a "coisa" e a "representação" (BERGSON, 1999, p. 2) COELHO, J. G. Being and time in Bergson, Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.8, n.15, p.233-46, mar/ago 2004. (…) entendermos o conceito de memória segundo Bergson*, e posteriormente identificar de que modo as lembranças se atualizam no presente, essa discussão nos levará, necessariamente, a relação entre percepção e lembrança, desse modo teremos subsídios para entender um outro sentido da noção de imagem em Matéria e Memória. Os acontecimentos não são os mesmos, ainda que houvesse repetição, que eu pronunciasse as mesmas palavras de ontem, que resolvesse o mesmo problema da mesma forma, seria a segunda vez e não a primeira, e, a rigor, não posso dizer que sou o mesmo ou que o mundo é o mesmo, que haja dois momentos idênticos. A mudança é constitutiva do real, não havendo, assim, uma essência que permaneceria inalterada, uma identidade permanente por trás das mudanças. Bergson* em Introduction à la métaphysique (1993a, p.208) “uma multiplicidade de momentos ligados uns aos outros por uma unidade que os atravessa como um fio”, ou seja, uma representação que exprime simultaneamente a multiplicidade e a unidade, coloca-nos diante de concepções antagônicas cuja diferença está na ênfase em um ou outro desses aspectos. Do ponto de vista da multiplicidade, por menor que seja o espaço temporal considerado, ele será composto por um número ilimitado de momentos, o que significa que nenhum momento dura, cada um é “instantâneo”, o tempo pulveriza-se e o psíquico começaria e recomeçaria a cada instante.
  • 18.
  • 19. A REGIÃO DO BUTANTÃ ERA ROTA DE PASSAGEM DE BANDEIRANTES E JESUÍTAS QUE SE DIRIGIAM AO INTERIOR DO PAÍS. FOI NA REGIÃO DO BUTANTÃ QUE AFONSO SARDINHA MONTOU O PRIMEIRO TRAPICHE DE AÇÚCAR DA VILA DE SÃO PAULO, EM SESMARIA OBTIDA EM 1607. AS TERRAS DA ANTIGA SESMARIA TIVERAM VÁRIAS DENOMINAÇÕES: YBYTATÁ, UVATANTAN, UBITATÁ, BUTANTAN E, FINALMENTE, BUTANTÃ. POSTERIORMENTE, A SESMARIA FOI DOADA PARA A IGREJA DO COLÉGIO SÃO PAULO. HÁ DUAS VERSÕES PARA O SIGNIFICADO DO NOME BUTANTÃ: "TERRA SOCADA E MUITO DURA" E "LUGAR DE VENTO FORTE". APÓS A EXPULSÃO DOS JESUÍTAS , EM 1759, AS TERRAS FORAM CONFISCADAS E VENDIDAS. UM DOS ÚLTIMOS PROPRIETÁRIOS FOI A FAMÍLIA VIEIRA DE MEDEIROS QUE VENDEU AS TERRAS PARA A CIA. CITY MELHORAMENTOS, EM 1915, RESPONSÁVEL PELA URBANIZAÇÃO DAS MARGENS DO RIO PINHEIROS. DATAM DO SÉCULO XVII E XVIII DUAS CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS LOCALIZADAS NA REGIÃO DO BUTANTÃ, RESPECTIVAMENTE A CASA DO SERTANISTA E A CASA DO BANDEIRANTE, AMBAS TOMBADAS. A REGIÃO DO BUTANTÃ ERA CONSTITUÍDA POR SÍTIOS, COMO O SÍTIO BUTANTÃ, SÍTIO RIO PEQUENO, SÍTIO INVERNADA GRANDE OU VOTORANTIM, SÍTIO CAMPESINA OU LAGEADO E SÍTIO MORUMBI. O DESENVOLVIMENTO DO BAIRRO OCORREU A PARTIR DE 1900, SOBRETUDO COM A IMPLANTAÇÃO DO INSTITUTO BUTANTÃ, E CIDADE UNIVERSITÁRIA. Registro da região do Butantã entre 1939 e 1940 Fazenda Butantan. A sede do primeiro engenho de açúcar de SP https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/butanta/historico/
  • 20. Estrada do Butantã, atual Av. Vital Brasil, em 1928 OUTRO PONTO IMPORTANTE DA HISTÓRIA DO BUTANTÃ FICA POR CONTA DO SURGIMENTO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. A CIDADE UNIVERSITÁRIA POLO FORMADOR DE GRANDES MENTES BRASILEIRAS, SURGIU EM JANEIRO DE 1934 EM COMEMORAÇÃO AOS 380 ANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO E DOIS ANOS DEPOIS DOS TERRÍVEIS ACONTECIMENTOS DE 1932. MESMO NÃO SENDO A PRIMEIRA UNIVERSIDADE DO PAÍS, A CIDADE UNIVERSITÁRIA ENTROU PARA A HISTÓRIA AO SER O PRIMEIRO “ESPAÇO” A REUNIR INSTITUIÇÕES JÁ EXISTENTES E CENTRALIZADAS EM UMA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS. O OBJETIVO INICIAL DESSE GRANDE COMPLEXO ERA UM SÓ: FORMAR PROFESSORES GABARITADOS EM DISSEMINAR O CONHECIMENTO A TODOS OS SEUS ALUNOS. SE JUNTARAM AINDA: AS FACULDADES DE DIREITO, ENGENHARIA, MEDICINA, FARMÁCIA E ODONTOLOGIA (TODAS COM SEDE EM SÃO PAULO) E A ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ (ESALQ), DE PIRACICABA. O LOCAL ESCOLHIDO PARA ESTABELECER A INSTITUIÇÃO FOI PARTE DA FAZENDA BUTANTÃ, QUE TINHA 5 MILHÕES DE METROS QUADRADOS E PERTENCIA AO GOVERNO DO ESTADO https://www.saopauloinfoco.com.br/historia-butanta/
  • 21. “Nesta manhã chuvosa, parece que as águas se infiltraram nas terras de Piratininga como um poderoso vitalizante que há de fomentar ainda mais a nossa produção. Do mesmo modo, do marco que hoje plantamos, nascerá o esplendoroso futuro desta universidade”. Trecho do discurso de Fernando Costa, interventor federal de São Paulo, durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da Cidade Universitária, em 15 de fevereiro de 1944. Mapa da região do Butantã (1924)
  • 22. Onde ficavam antes da CUASO? • FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS Assim que a USP foi oficializada, surgiu a atual Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que ocupou o Palacete Jorge Street, na Alameda Glete, nos Campos Elíseos. O local também abrigou subseções de Ciências Naturais, Biologia, Química e Psicologia Experimental. Os estudantes utilizaram aindaos porões e contaram com a construção de um prédio anexo nos fundos. A partir de 1955, as classes começaram aos poucos a ir para a Cidade Universitária até a venda do endereço, nos anos 1970. Antes disso, entre 1949e 1968, a FFLCH também teve atividades em prédios da Rua Maria Antônia, em Higienópolis. • INSTITUTO DE FÍSICA O pontapé inicial do Instituto de Física se deu em uma pequena sala da Escola Politécnica, em 1934. Não demorou para ele sair de lá e provisoriamente ficar em uma casa ao lado do ponto, até conseguir um espaço oficial na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no número 874. A mudança para o Butantã ocorreu nos anos 40. • FACULDADE DE FARMÁCIA E ODONTOLOGIA Até 1982, quando migrou para a Zona Oeste, a Faculdade de Odontologia funcionou em uma construção na Rua Três Rios, 363, no Bom Retiro. Foi instalada no endereço junto à Faculdade de Farmácia, em 1905. Atualmente, o espaço abriga a Oficina Cultural Oswald de Andrade. • FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO Com projeto de Carlos Ekman, o palacete art nouveau Vila Penteado foi construído em 1902, na Rua Maranhão, 88, em Higienópolis. Cedido à USP em 1949, virou cenário da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo até 1969. O casarão ainda recebe aulas da pós-graduação. Juliene Moretti . Publicado em VEJA SÃO PAULO de 25 de dezembro de 2019, edição nº 2666. Onde ficavam os cursos da USP antes da Cidade Universitária | VEJA SÃO PAULO
  • 23. Faculdade de Medicina da USP , em 1953 / Crédito: Gabriel Zellaui / Acervo Fotográfico do Museu da Cidade de de São Paulo. Fonte: Site Memorial da Resistência de São Paulo A Escola Politécnica se instalou inicialmente no solar do Marquês de Três Rios localizado à Praça Fernando Prestes, ocupando-o entre os anos de 1894 a 1929 / Foto: Site Poli USP • ESCOLA POLITÉCNICA Fundada em 1893, ocupava inicialmente o Solar do Marquês de Três Rios, localizado na Avenida Tiradentes, no Bom Retiro. Para acolher os estudantes, o arquiteto Ramos de Azevedo fez intervenções no espaço, ocupado por eles até 1899, quando houve a mudança para o edifício Paula Souza, bem próximo dali, projetado pelo mesmo profissional com afinalidade de receber as aulas. A instituição ficou por lá até 1973. • FACULDADE DE MEDICINA E CIRURGIA No início, as disciplinas se dividiamem salas cedidas pela Santa Casa de Misericórdia e pela Escola de Comércio Álvares Penteado, onde ocorreu a aula inaugural, em 1913. Somente no anoseguinte os alunos ganharam um espaço próprio, na Rua Brigadeiro Tobias,no centro. Primeiro ocuparam o casarão número 42, depois o número 1 e em seguida o 45, no qual ficaram até 1931. Passaram, então, ao complexo onde funciona até hoje a faculdade e o Hospital das Clínicas, sem precisar migrar para a Cidade Universitária.
  • 24. Palacete Jorge Street, demolido nos anos 70: sede da Química, Biologia e Ciências Naturais Centro de Apoio à Pesquisa emHistória /FFLCH-USP/Divulgação Instituto de Física na década de 30: na Brigadeiro Luís Antônio Centro de Apoio à Pesquisa em História /FFLCH-USP/Divulgação “Isso foi feito para tirar a gente do centro. Os diretórios acadêmicos se falavam, era mais fácil de combinar as ações. Eu mesmo saia da Poli e ia até o Largo São Francisco. Depois quiseram jogar todo mundo lá longe, cada um num canto da Cidade Universitária, para desarticular o movimento. Era mais seguro. Cada um ficava na sua faculdade não tinha mais aquela efervecência. Tempos depois de formado, fui lá no centro acadêmico, outra vez. Não tinha mais nada, nem ninguém.” - Ex-aluno de Graduação . Entre as décadas de 1950 e 1960 -
  • 25. 1935 1941 1944 1951 1953 GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA, NOMEOU UMA COMISSÃO PRESIDIDA PELO PRIMEIRO REITOR DA USP, PROF. REYNALDO PORCHAT, PARA ESTUDAR A LOCALIZAÇÃO DA CIDADE UNIVERSITÁRIA, QUE DEVERIA REUNIR NUMA ÚNICA ÁREA AS ESCOLAS DA USP, QUE SE ENCONTRAVAM EM SUA MAIORIA EM INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS ESPALHADAS POR DIVERSOS LOCAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO. CIDADE UNIVERSITÁRIA “ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA” CUASO FOI CRIADA A PARTIR DE DUAS ÁREAS PRINCIPAIS: INICIALMENTE DA GLEBA ENTRE A ADUTORA DE COTIA E O RIBEIRÃO JAGUARÉ (DESTACADA DA ANTIGA FAZENDA BUTANTAN). POSTERIORMENTE DA GLEBA DESAPROPRIADA ENTRE A NOVA E A VELHA ESTRADA DE ITU, PERFAZENDO APROXIMADAMENTE 4.700.000,00 M², O EQUIVALENTE AOS 200 ALQUEIRES PAULISTAS PREVISTOS NA CRIAÇÃO DA COMISSÃO PRESIDIDA PELO REITOR. IMPLANTAÇÃO CAMPUS . CUASO CRIAÇÃO A COMISSÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA CIDADE UNIVERSITÁRIA – MESMO ANO EM QUE O INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS, IPT, CONDÔMINO DA CUASO, INICIOU AS OBRAS DO SEU LABORATÓRIO DE ENSAIOS NA CIDADE UNIVERSITÁRIA. ESTA COMISSÃO GEROU A FORMAÇÃO DO ESCRITÓRIO TÉCNICO QUE ELABOROU OS PRIMEIROS PROJETOS PARA CONSTRUÇÃO DOS PRÉDIOS NO CAMPUS. A CONSTRUÇÃO DA CIDADE UNIVERSITÁRIA SEMPRE ESTEVE RELACIONADA AOS INVESTIMENTOS DO GOVERNO ESTADUAL, QUE DEPENDIA DA PROGRAMAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS E DO APOIO À EDUCAÇÃO, RECURSOS ESTES INCONSTANTES, RESULTANDO EM DESCONTINUIDADE NA EXECUÇÃO DAS OBRAS. OS PRINCIPAIS PERÍODOS DE CONSTRUÇÃO FORAM: 1960 1963 1969 1973 1988 1991 CONSTRUÇÃO DO PRÉDIO DA REITORIA INÍCIO DAS OBRAS DOS EDIFÍCIOS PRINCIPAIS DA ESCOLA POLITÉCNICA CRIAÇÃO DE NOVE UNIDADES, COM DESTAQUE PARA A FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS, INSTITUTO DE PSICOLOGIA, FACULDADE DE EDUCAÇÃO E INSTITUTO DE FÍSICA OBRAS DE LIMPEZA E RECUPERAÇÃO DA TORRE UNIVERSITÁRIA E DO ESPELHO D’ÁGUA, NA PRAÇA DO RELÓGIO. PLANTA GERAL DA CIDADE UNIVERSITÁRIA PUBLICADO PELO ESTADO EM 20 DE NOVEMBRO 1943., NO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO (P.10). A LEGENDA DESCREVE A ÁREA (TRACEJADA) RESERVADA PARA A FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA.
  • 26. Planta Geral da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”. CUASO (1949) Projeto: Escritório Técnico do Fundo de Construção Civil da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, 1949. ‘40 ‘50 Instalações do IPT em 1949 A figura sentada, com a espada da justiça desembainhada e um livro (que representa o saber) firmemente preso ao colo é o apóstolo São Paulo, que dentro da mitologia cristã é aquele discípulo que mais estudo teve. Portanto, é um guardião do saber. A cátedra (guarnecida de ouro encostada a um muro ameiado), representa o ensino, a figura está apoiada tanto no muro quanto no chão, significando a solidez. A cátedra é firmada sobre dois degraus e estes sobre o chão em ponta. Tudo tem a sua cor. Timbre: esfera armilar sainte de ouro. Listão de vermelho com a divisa: Scientia Vinces – Vencerás pela Ciência, em letras de prata. São Paulo, 12 – 1934.
  • 27. Planta CUASO (1952) Plano de Zoneamento e Urbanização da Cidade Universitária de São Paulo. Projeto: Escritório Técnico da Comissão da Cidade Universitária, 1952. Em 28 de Agosto de 1956, o então governador Jânio Quadros assinou uma lei que deu o nome de “Armando de Salles Oliveira” à Cidade Universitária. Em 1960, é instituído o Fundo para Construção da Cidade Universitária, viabilizando maior agilidade das decisões e iniciando uma das fases áureas de construção no campus. Dez anos depois, com diversas unidades de ensino funcionando na CUASO e cada vez mais necessidades relacionadas à infraestrutura, são criados, a partir do fundo existente, o Fundo de Construção da Universidade de São Paulo e a Prefeitura da Cidade Universitária, que ao longo dos anos seguintes deram ao campus sua configuração atual. ‘50 ‘60 Estrutura do prédio da Reitoria O prédio da Reitoria, assim como os de outras unidades da USP, sofreu com interrupções nas obras ao longo dos anos de construção da CUASO. Nesta foto do início da década de 50 vemos a estrutura do prédio cercada por áreas vazias que hoje correspondem à Praça dos Bancos, Escola de Comunicações e Artes, Instituto de Psicologia, Praça do Relógio, Av. Prof. Luciano Gualberto e Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Fonte: O Espaço da USP: Presente e Futuro, publicação da Prefeitura do Campus da USP em comemoração ao cinquentenário da Universidade, 1985. .
  • 28. ‘60 ‘70 Planta CUASO (1962) Planta Geral da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”. Projeto: Escritório Técnico do Fundo de Construção Civil da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, 1962 “Eu vinha lá de Pinheiros e subia isso tudo a pé. Foi a única época da minha vida que minhas coxas afinaram (…) Às vezes eu ia encontrar com ele lá (FAU) e eu acabei assistindo muitas aulas da Arquitetura.” - Ex-aluna de Graduação . Décadas de 1960 e 1970 -
  • 29. Av. Prof. Luciano Gualberto e FAU Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Av. Prof. Luciano Gualberto, final da década de 60. Ônibus passa em meio às obras Ônibus passa por rua de terra em frente à canteiro de obras na CUASO. Foto de 1964 Construção do CRUSP Trabalhador durante construção do CRUSP, década de 60. ‘60 ‘70
  • 30. Os Jogos Pan-americanos São Paulo 1963 tornaram-se realidade (…) Pela primeira vez, o Brasil receberia uma edição dos Jogos Pan-americanos. A Vila Pan-americana, que serviu de hospedagem para todos os atletas participantes, foi construída em tempo recorde na área que hoje pertence à Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP). Obra prevista para ser concluída em três anos, a construção da Vila passou por um processo de aceleração e ficou pronta em pouco mais de 150 dias. Com um projeto arrojado para época, com estruturas pré-fabricadas, os seis edifícios abrigaram durante o Pan de São Paulo os atletas e demais membros das delegações. https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/brasil-nos-jogos/participacoes/sao-paulo-1963/ 16/04/1963 JOGOS PAN-AMERICANOS DE 1963 Vista frontal da Vila Pan-Americana, alojamento dos atletas que estarão disputando os VI Jogos Pan-Americanos de São Paulo de 1963. Na foto, obra em fase de acabamento. Após o Pan o local vai abrigar uma universidade pública . Crédito: /Gazeta Press ‘60 ‘70
  • 31. Vista aérea da Praça do Relógio e do CRUSP, década de 60.
  • 32. Barreira na entrada do Conjunto Residencial da USP (Crusp) em 1968 – Foto: Rolando de Freitas/Agência Estado O CRUSP NASCEU A FÓRCEPS. PROJETADO COMO CONJUNTO RESIDENCIAL NA CIDADE UNIVERSITÁRIA PARA OS ESTUDANTES DA USP, SÓ FOI CONSTRUÍDO DIANTE DA NECESSIDADE DE ABRIGAR OS ATLETAS QUE PARTICIPARAM DOS JOGOS PAN-AMERICANOS DE 1963, REALIZADOS EM SÃO PAULO. APÓS O ENCERRAMENTO DA COMPETIÇÃO, FOI OCUPADO PELOS ESTUDANTES PARA QUE CUMPRISSE A FINALIDADE PARA A QUAL FORA CONCEBIDO: ABRIGAR ALUNOS DE FORA DA CAPITAL PAULISTA OU QUE MORASSEM DISTANTE DO CAMPUS, SEM CONDIÇÕES DE BANCAR SUA MORADIA DURANTE A DURAÇÃO DE SEUS CURSOS. NAQUELES CINCO ANOS INICIAIS DE FUNCIONAMENTO, 1963-68, O CRUSP, ALÉM DE VIABILIZAR A POSSIBILIDADE DE SEUS MORADORES CURSAREM A UNIVERSIDADE, FUNCIONOU COMO O ESPAÇO NO QUAL MUITOS, SE NÃO A MAIORIA, VINDOS DE AMBIENTES COM HORIZONTES CULTURAIS ESTREITOS, ABRIRAM-SE PARA O MUNDO E NOVAS VIVÊNCIAS EXISTENCIAIS E CULTURAIS. BOA PARTE, NÃO TODOS, ENGAJOU-SE EM DEBATES E ATIVIDADES POLÍTICAS CRIATIVAS, TRANSFORMADORAS E DE CONTESTAÇÃO À REPRESSÃO IMPOSTA AO PAÍS A PARTIR DE 1964 — QUE DESAGUARAM NAS GRANDES MANIFESTAÇÕES DE 1968, ANO SÍNTESE DO ENGAJAMENTO DA JUVENTUDE DO PAÍS E DO MUNDO EM PROL DA LIBERDADE E DA JUSTIÇA SOCIAL. https://jornal.usp.br/tv-usp/uma-desnecessaria-operacao-de-guerra/
  • 33. Vista frontal de um dos prédios da Vila Pan-Americana que servirá como alojamento para os atletas vão disputar os VI Jogos Pan-Americanos de São Paulo de 1963. Na foto, obra em fase de acabamento em março de 1963. Após o Pan o local vai abrigar uma universidade. ALI ESTUDAVAM, NAMORAVAM, JOGAVAM BARALHO, FREQUENTAVAM O RESTAURANTE, A BANCA DA CULTURA, O BAR DO CRUSP, DANÇAVAM NOS BAILES, PRATICAVAM ESPORTES, ASSISTIAM E FAZIAM TEATRO, SHOWS E MUITAS ASSEMBLEIAS PARA DISCUTIR COMO ATUAR SOBRE O MOMENTO POLÍTICO QUE SE ACINZENTAVA A CADA DIA. Estudantes durante invasão do Crusp em 1967 – Foto: CAP-FFLCH – Arquivo/Agência Estado
  • 34. Tanques invadem o campus da USP. Quatro dias após o Ato Institucional número 5 ser decretado, o Conjunto Residencial dos estudantes da USP foi invadido pelo exército. Arquivo/Estadão O AI-5 ABRIA O PERÍODO MAIS REPRESSIVO DO REGIME DE 64. OS CRUSPIANOS PREVIAM QUE SERIAM UM DOS ALVOS NESSE NOVO MOMENTO. MAS O APARATO MILITAR SE MOSTROU TOTALMENTE DESPROPORCIONAL E DESNECESSÁRIO. TODOS OS MORADORES SE ENTREGARAM PACIFICAMENTE. FORAM PRESOS, COLOCADOS EM ÔNIBUS E CONDUZIDOS PARA O PRESÍDIO TIRADENTES, NO CENTRO VELHO DE SÃO PAULO.
  • 35. Conflito estudantil - USP x Mackenzie, São Paulo, 1968. Gil Passarelli (*) AI5 - PRESÍDIO TIRADENTES E CONFLITO ESTUDANTIL NA RUA MARIA ANTÔNIA
  • 36. PERCURSO BUTANTÃ USP CIDADE UNIVERSITÁRIA CENTRO HISTÓRIA CRUSP COMBATE CENTRO* PANAMERICANOS ALUNO RELÓGIO 1 2 3 4 5 11 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 É POSSÍVEL CRIAR (DESENHAR) PERCURSOS A PARTIR DE IMAGENS, MEMÓRIAS, PERCEPÇÕES E MOVIMENTO. A VARIÁVEL TEMPO APOIA A NARRAÇÃO, UMA VEZ QUE PROPÕE CONTINUIDADE , OU ATÉ A INFINITUDE. O CIRCUITO RECOMEÇA, OU PODE PERMANECER EM LOOP CONTÍNUO. ESTÍMULO EVOCA UM NOVO ELEMENTO OU RETORNO ATÉ O PONTO JÁ VISITADO. ASSIM COMO OS NEURÔNIOS, CADA REFERÊNCIA – LUGAR , IMAGEM , MARCO, ACONTECIMENTO E HISTÓRIA (NARRADA) ANCORA A PRÓXIMA “PARADA”, CRIANDO O “PERCURSO DA MEMÓRIA”. * A PROPOSTA DE ROTEIROS DE MEMÓRIAS, CIRCUITOS DE VISITAÇÃO QUE FOMENTEM A UNIÃO DAS MEMÓRIAS SOCIAL, COLETIVA E INDIVIDUAL, ATRAVÉS DO DESLOCAMENTO PELA CIDADE, EM DIREÇÃO A SÍTIOS ESPECÍFICOS, APOIANDO A PROPOSTA DE USO DE MODOS DE TRANSPORTE DIVERSOS, QUE POSSIBILITEM O CONTATO COM A CIDADE, A REGASTE E CONHECIMENTO DA MEMÓRIA URBANA, LUGARES E OS REGISTROS HISTÓRICOS A ELES VINCULADOS. OS ROTEIROS DEVEM SER DETERMINADOS APÓS A DINÂMICA DE ASSOCIAÇÃO REALIZADO POR TODO O GRUPO DE PARTIPANTES DE CADA CIRCUITO DE MEMÓRIA
  • 37. pesquisa Do latim perquirere, que significa "procurar com perseverança". § nome Pesquisa é um conjunto de ações que visam a descoberta de novos conhecimentos em uma determinada área. No meio acadêmico, a pesquisa é um dos pilares da atividade universitária, em que os pesquisadores têm como objetivo produzir conhecimento para uma disciplina acadêmica, contribuindo para o avanço da ciência e para o desenvolvimento social. (…) Uma parte importante de qualquer pesquisa é o recolhimento de dados, por isso um pesquisador deve buscar por informações com diligência Porto Editora – percurso no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022- 07-22 23:53:56]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso percurso per.cur.so pərˈkursu Do latim percursu-, «idem», particípio passado de percurrĕre, «percorrer» § nome masculino 1. ato ou efeito de percorrer 2. espaço percorrido 3. trajeto; roteiro; caminho 4. DESPORTO (atletismo) trajeto que um atleta deve completar para terminar uma prova 5. ASTRONOMIA movimento de um astro 6. figurado opções, atividades e experiências de uma pessoa durante a vida Porto Editora – percurso no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022- 07-22 23:53:56]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/percurso
  • 38. Objetivo: mapear as memórias e lembranças de atores (profissionais, estudantes, colaboradores e visitantes) em seus deslocamentos para o Campi da Universidade de São Paulo - USP, às unidades ligadas à Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira” (CUASO) e demais unidades de destino, com principal atenção àquelas vinculadas à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de São Paulo, FAU-USP. Metodologia: elaboração de questionário que possibilite a aferição das relações, memórias (vínculos e significações) e experiências (fatos e acontecimentos) dos atores convidados, em relação às suas formas de deslocamento (pontos de origem e destino), modos utilizados e características marcantes de seus percursos. Serão realizados recortes temporais por década, o que busca estabelecer vínculo entre as experiências dos entrevistados e os contextos vigentes em cada período. É realizado o convite individual para participar da pesquisa. Caso aceite, é enviado por aplicativo de mensagens eletrônicas (WhatsApp) o questionário com as explicações sobre a forma de resposta. As questões devem ser respondidas através de mensagem de voz e encaminhada ao remetente, através do mesmo aplicativo. O questionário é divido nos seguintes itens: Identificação Nome completo; Cidade de origem (natural de...); Nível do curso realizado: graduação, pós-graduação (nível), curso livre ou de extensão; Nome do curso; Período de realização do curso: entre determinado ano, até determinado ano. No caso de ter ocorrido no mesmo ano, entre quais meses; Período do dia: matutino, vespertino ou noturno. Caraterísticas do deslocamento Período de ocorrência: entre determinado ano até determinado ano, ou em determinado ano, por número de meses (...) Origem e destino: ponto de origem até a chegada à unidade de destino *; Modais utilizados (em caso de mais de um modal, discriminá-los e, se possível, detalhar o nome da linha, ponto de desembarque e integrações modais realizadas); Tempo de deslocamento; Especificidades. Exemplos: muito ou pouco trânsito, congestionamentos ou percurso fluído, atrasos ou pontualidade, ou demais características e observações que julgarem pertinentes. (*) Caso não residisse no mesmo município da unidade frequentada, houve, em alguma oportunidade, a realização do deslocamento de um munícipio diferente até a unidade de frequência de forma direta, porta a porta, para participação em atividades acadêmicas (aula, palestra)?
  • 39. Memória Sensações, lembranças e ânimo. Exemplo: conforto ou desconforto, disposição para deslocar-se (assiduidade ou falta, por preguiça ou impedimentos), segurança ou insegurança para deslocamento, permanência, espera (...); Lembranças: fatos, pontos de atenção e/ou parada, hábitos de consumo recorrentes (Ex.: parar para tomar café em local específico), registros de imagem, som, odor/cheiro, lugar ou fato marcante; Pontos de destaque no caminho/percurso: locais que serviam como marco, referência, causavam admiração, ou eram evitados por serem considerados perigosos ou desagradáveis; Acontecimentos: fatos marcantes e lembranças relacionadas (positivas e/ou negativas). Relação com a Universidade de São Paulo Qual a imagem tinha da USP antes de frequentá-la? Qual a imagem tem da USP após e frequentá-la? O que significa a universidade de São Paulo para você? Memórias positivas ou memórias negativas; Considera que completou seu percurso junto à Universidade de São Paulo? Aplicação de esquisa realizada pela plataforma Google Forms - https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8 - entre 17.07. 22 a 31.07.22 678 consultas - 102 respondentes (15%)
  • 40. SIM 32% NÃO 68% 1. VOCÊ RESIDE NA CIDADE DE SÃO PAULO? 18% 36% 46% 2. QUAL A SUA LOCALIZAÇÃO ? Outro município dentro da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) Outro município dentro do Estado de São Paulo Outro Estado brasileiro Outro país 91% 9% 3. VOCÊ FREQUENTA OU JÁ ESTEVE NO CAMPI* DA USP NA CIDADE DE SÃO PAULO? SIM NÃO Pesquisa realizada pela plataforma Google Forms - https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8 - entre 17.07. 22 a 31.07.22 - 678 consultas - 102 respondentes (15%) (SEGUE PARA 3) (SEGUE PARA 2) (SEGUE PARA 3) (SEGUE PARA 4) (SEGUE PARA 7) (SEGUE PARA 5) 102 respondentes 33 respondentes 102 respondentes 93 respondentes 77% 12% 4. QUAL O MOTIVO? Curso de graduação, pós- graduaçãoe/ou extensão Cursos livres Eventos esporádicos (palestras,seminários, apresentações) Concurso, prova, vestibular Trabalho Levar alguém Passagem, com outro destino
  • 41. 70% 3% 4% 23% 5. DURAÇÃO DA ATIVIDADE 1 ano(ou mais) 1 mês (ou mais) 1 semana (oumais) Esporadicamente 22% 47% 5% 2% 24% 6. QUAL A FREQUÊNCIA? Diariamente Semanalmente Mensalmente Anualmente Não definida A melhor A pé Adutora de Cotia Ainda há tempo Aluno Amigos Anfiteatro Angústia Ano de estudo Antuérpia Apartado Aprovação Atrasado Armando Salles de Oliveira Arrogante Árvore Assalto Atlética Aula Automóvel particular Avenida Avião Baldeação Banca Bancos Bandejão Barra Funda Bélgica Bem-vindo Benquisto Biblioteca Bicicleta Bolsa Bolsão Bonde Brilhante Burrice Butantã Cada qual com seu cada qual Campi Campos Campinas Campus Cancelamento Cansaço Capes Carro Carona Cátedra Cepeusp Cerveja Cidade Universitária Circular Colaborativo Coletivo Começo Combate Combatividade Comunitário Confortável Congonhas Congregação Conhecimento Convidado Coragem Corifeu Crise Crusp Cuaso Decepção Demorado Desconfortável Desejo Desigual Desisti Difícil Disciplina Distante Dissertação Diversidade Doutorado Educação Embate Ensino Entrega Estupro Especial Esperança Espírito universitário Estação Estacionamento Estágio Estudo Estudante Excelência Exclusão Extensão Faço parte Faculdade Fé Ficar Fim Força Formação Fracasso Fretado Frustração Futuro Fuvest Garantia Genial Graduação Grama Grupo Guarulhos Inclusão Inseguro Insônia Integração Instituto de Pesquisas Tecnológicas Inteligência Intervalo Jabaquara Leme Lineu Linha 4 Linha 9 Lista Litoral Longe Luciano Lugar Luta Mais um ano Malta Malvisto Manifesto Marginal Maria Antônia Matéria Matrícula Medo Mello Meta Mestrado Metrô Mil novecentos e trinta e cinco Mil novecentos e quarenta e quatro Minoria Moderno Monografia Moto Muito Muito para poucos Não é para mim Não consegui Não mais Não me quer Não meu Nenhuma Nome Nota Ônibus Oportunidade Orientador Ostra Ouvinte Panamericanos Para poucos Parada Paraquedas Parte Patinete Passei Pedido Perdido Perigo Pertenço Perto Politécnica Ponto Pontual Portaria Pós Pós-Doutorado Praça Prática Precário Prazo Prédio Professor Profissional Protesto Prorrogação Prudente Raia Realização Recomeço Reitoria Relógio Representatividade Reprovação Requerimento Resiliência Resistência Respiro Reunir Ribeirão Jaguaré Rio Rodoviária Roubo Sala Salsão Sansão Santos São José São Roque Saudade Secretaria Segurança Sem dormir Skate Social Sociedade Sorocaba Sonho Sucesso Shuttle Tampim Tassi sissi nunssi Táxi Tempo Tensão Terminal Tese Tietê TFG Todos somos um Trabalho Trancado Trem Tremoços Tremor Trilho Truco Verde Vestibular Vida toda Vila Penteado Virado Vital Brasil Violenta Volta Voltar Uber Única Unidade USP 250 PALA VRAS PARA ESCOLHER Pesquisa realizada pela plataforma Google Forms - https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8 - entre 17.07. 22 a 31.07.22 - 678 consultas - 102 respondentes (15%) (SEGUE PARA 6) (SEGUE PARA 7) 7. 93 respondentes 93 respondentes
  • 42. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 USP Cidade Universitária Aluno Biblioteca Aula Butantã Ensino Árvore Formação Estudo Mestrado Educação Professor Estudante Disciplina Orientador Graduação Doutorado Pós Faculdade Selecione todas as palavras e/ou expressões que descrevam/representem a sua experiência 7. PALAVRAS QUE REMETEM OU TÊM RELAÇÃO COM A SUA EXPERIÊNCIA* JUNTO A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (*) São consideradas tanto vivências, quanto informações, notícias ou memórias sobre o tema Pesquisa realizada pela plataforma Google Forms - https://forms.gle/MMjyrPajWFNg74UN8 - entre 17.07. 22 a 31.07.22 - 678 consultas - 102 respondentes (15%) 102 respondentes
  • 43.
  • 44. Tuan (2013,p. 167) proclama que “[...] o espaço transforma-se em lugar à medida que adquire definição e significado”. Entendemos, assim, que o lugar é mais íntimo do que a ‘abstração’ de espaço. Diferentes sujeitos podem dotar de significados, também diferenciados, o mesmo espaço. O autor aponta que os lugares são derivados das experiências cotidianas e que evocam sentimentos tanto de topofilia (apego ao lugar) quanto de topofobia (medo/aversão ao lugar). O que evocamos do lugar são sentimentos diversos, sejam eles bons ou ruins. Comumente, o lugar é associado ao apego, de modo a esquecer dos conflitos e das tensões que possam existir nele. (FREITAS, 2016) O sentimento de pertencimento - fazer parte ou não – do grupo ligado à Universidade de São Paulo mostrou-se relacionado à questões que tangenciam capacidade intelectual, condição socioeconômica, origem e faixa etária A imagem da Universidade é relacionada ao ensino para grupos seletos, excelência e exigência acadêmica, ou como um espaço físico que, apesar de público, foi várias vezes descrito como impenetrável, objetivo inalcançável, distante e impossível ( “não é para mim”) – para aqueles que não tiveram a oportunidade de contato com o mundo acadêmico da Universidade de São Paulo, e como um local de boas recordações para aqueles que cursaram ou tiveram algum tipo de relação de aprendizado com a instituição. Os dois grupos mencionam a Universidade de São Paulo como um ambiente seletivo.
  • 45. “Eu acordava às 4h30 da manhã e saia de casa no escuro para ir pegar o fretado. Se perdia, tinha que ir até a rodoviária, pegar o ônibus que ia para Osasco. O motorista já sabia, tinha que parar no meio do caminho, na Marginal, para a gente subir a pé pela Ponte da Cidade Universitária, e ir andando até chegar a alguma entrada do portão da USP pra pegar o Circular. Dava medo porque os carros passavam a toda, parecia que iam atropelar a gente. Para piorar, quando estava calor, às vezes na hora do almoço, eu tinha aquela surpresa desagradável: “a marmita tinha azedado”. - Ex-aluna da Graduação. Década de 1980- VIM DE LONGE ESTOU MAS AQUI TÃO LONGE, TÃO PERTO … Eu vim de longe (outro Estado), uma cidade muito diferente de São Paulo. No apartamento, as meninas me disseram que era pertinho. Peguei o endereço, achei a rua e vim andando, mas passei reto pelo prédio. Andei mais duas quadras, olhei o número e pensei : “Ué?!” Voltei e quando vi a faixa na frente pensei: “Só pode ser aqui”. E era. Achei estranho não ter placa, nem nada dizendo que era uma faculdade. Quem olha de fora não imagina o que é (tem) aqui dentro. - Aluna da Pós-Graduação . Ano. 2022 - Outro município dentro da RMSP Outro município dentro do Estado de SP Outro Estado brasileiro
  • 46. A USP é até hoje a minha segunda casa. Mesmo após muitos anos fora, até hoje me sinto à vontade pelos corredores da (…) USP, no CEPE, no bandejão... O que mais tenho são memórias do meu período USP. Passei longos anos da minha vida e, nestes longos anos, o meu dia-a-dia era integralmente dedicado à USP, fosse nos estudos, trabalhos, festas, treinos...muitos foram os fracassos e sucessos nos trabalhos e provas. Muitas e muitas histórias nas festas que ocorriam na USP (algumas permanecem os flashes)...alguns amores e muitas, mas muitas mesmo, decepções. - Ex-aluna da Graduação. Década de 2000- NEM TUDO SÃO FLORES NEM PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE … (…) A USP parecia, então, um lugar de liberdade para pesquisa acadêmica. (…) quando me dei conta, o Mestrado já defendido, eu estava fora da USP. Ainda mantive formação continuada por alguns anos, mas apenas na condição de ouvinte ou aluno especial. Então, me dei conta de que meu tempo de USP já havia ficado para trás. E fiz o luto das expectativas. - Aluno da Pós-Graduação . Década de 2000 - 3. VOCÊ FREQUENTA OU JÁ ESTEVE NO CAMPI* DA USP NA CIDADE DE SÃO PAULO? 4 . QUAL O MOTIVO? DISSABORES
  • 47. Quando ia ver, transporte público ninguém usava. Todos têm aquele discursinho engajado de defesa das minorias, dos desfavorecidos, mas quando ia ver, a maior parte da minha turma chegava de carro – que o pai deu – e deixava nos bolsões de estacionamento. Alguns até reclamavam que não tinha lugar perto da entrada da faculdade. Tem cabimento isso? Estacionamento de graça para “filhinho de papai”? - Ex-aluna de Graduação. Década de 1990 - PRA TER FON FON TRABALHEI, TRABALHEI, PRA TER FON FON TRABALHEI, TRABALHEI, Carango Composição: Carlos Imperial / Nonato Buzar
  • 48. TÍTULO XI Da Vida Social Universitária CAPÍTULO I Da vida social universitária em geral Art. 135 – Para a criação de um ambiente e uma tradição de espírito universitário, serão adotados meios de desenvolver o espírito de cooperação e de sociabilidade, bem como a união e solidariedade de professores, auxiliares de ensino e dos antigos e atuais alunos dos diversos institutos, na defesa da eficiência e do prestígio das instituições universitárias. DECRETO Nº 39 DE 3 DE SETEMBRO DE 1934 Aprova os estatutos da Universidade de São Paulo. O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, usando da atribuição que lhe confere a Constituição, artigo 56, nº 1º; Considerando o que dispõe o art. 13 do decreto nº 24.279, de 22 de maio de 1934, que deu regulamentação ao art. 3º do decreto nº l9.85l, de 11 de abril de 1931; atendendo ao que propõe o Conselho Nacional de Educação, O abandono do “ espírito universitário ” na construção da Cidade Universitária Armando de Sales Oliveira A Cidade Universitária de hoje nega em muitos aspectos as preocupações que orientaram tanto o estatuto, quanto os primeiros projetos de urbanismo e zoneamento do campus. Nela se veem unidades afastadas, em grande medida fechadas em si mesmas, separadas por grandes avenidas e .reas gramadas que não servem como convivência e integração. (Dantas, 2020, P.2)
  • 49. Não só eu, meus amigos, quando eu fazia faculdade lá em (...) a USP era um lugar inatingível. Tinha que ser muita coisa para estar lá. Quando vim morar em São Paulo, até fiz (...), mas que é particular. É só pagar (RS). Um amigo que fez (...) que também é particular, mas ele tinha medo. Achava que não ia acompanhar, que iam fazer bullying com ele. - Não aluna ou sequer visitante. Ano. 2022 - Eu saia do trabalho, na hora do almoço, pegava a estrada e ia direto para a USP. Era uma viagem, e eu cansada. No começo chegava e me perdia pela Cidade Universitária. Até me encontrar...chegava atrasada na aula, que por sinal era muito longa: Quatro horas ali na frente (o professor) discutindo o “sexo dos anjos”, usando “aqueles termos” e eu pensava: Para que serve tudo isso na prática? - Ex-aluna especial da Pós-Graduação. Década de 2000 - Livros ∈ Biblioteca da FFLCH (Livros ∉ BBM) : [29] Collection home page Objetos digitalizados a partir de objetos físicos pertencentes a Biblioteca da FFLCH (Biblioteca Florestan Fernandes). Não pertencentes a BBM. BBM - Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin Domingo na CUASO Pessoas descansam e se divertem na área hoje ocupada pelo prédio da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
  • 50. Como tinha me graduado aqui, pouco tempo depois tentei o Mestrado, mas não passei. Fiquei frustrada, deixei isso de lado e fui trabalhar. A vida foi me levando e trinta anos depois, estou aqui outra vez. O meu trabalho (que eu quero fazer) vai ter relação com ensino, para a prática. Vamos ver...Tá difícil arrumar orientador, já falei com a (...) e com o (...), mas não sei. Acho que na minha idade, não vão querer. Para eles é mais negócio pegar o pessoal jovem, que ainda não tem família, não precisa trabalhar e tem tempo para ficar o dia inteiro pesquisando. - Ex-aluna da Graduação. Década de 1970 – Eu vou, eu sei que vou, um dia eu vou. Mas preciso melhorar meu “inglês”. Já estou fazendo curso online, mas acabo parando no meio, porque preciso dar atenção para as crianças quando chego em casa. Quando a (...) chega e fala “Papai, vamos brincar?”, não resisto. Mas eu vou, eu sei que vou, um dia eu vou. - Candidato a candidato à Pós-graduação. Década de 2020 - Lembro que o trânsito era o maior problema, mas o carro me permitia uma grande conveniência/conforto. Ainda não tinha metrô, nem linha direta/corredor de ônibus. Também evitava que eu me deslocasse a pé pelo campus, o que me dava sensação de segurança Me sentia um pouco insegura de dirigir à noite na volta da pós-graduação, pela marginal Pinheiros. O fato mais marcante foi o dia do PCC em que voltamos correndo pra casa. Naquele dia ainda não dirigia e minha mãe foi me buscar - Ex-aluna da Graduação. Década de 2000 - - Pós-graduação . Década de 2010 –
  • 51. “Continuarei a usá-la pois, apesar de perigosa, é o melhor caminho possível da minha casa até a faculdade”, diz, conformada, Gabriela Gonçalves Garrido, aluna do curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) sobre a Ponte Cidade Universitária. A estrutura é uma das seis pontes e viadutos da capital paulista com “risco de colapso iminente” de acordo com um relatório técnico elaborado pela Secretaria de Infraestrutura e Obras e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo. Muito utilizada por alunos e funcionários da USP vindos de cidades da Grande São Paulo como Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Itapevi e bairros próximos da capital, a ponte permite que pedestres e motoristas atravessem o Rio e a Marginal Pinheiros. Sua estrutura é integrada à estação Cidade Universitária da CPTM, parte da Linha 9 – Esmeralda, que vai de Osasco até o Grajaú, na Zona Sul da capital. A segurança dessa travessia, porém, não é das melhores. (…) Para Jhony Garcia, aluno de Relações Internacionais na USP e usuário da Ponte Cidade Universitária há quatro anos, uma possível interdição da estrutura representaria cerca de uma hora e vinte minutos a mais no trajeto entre a faculdade e sua casa, que fica a aproximadamente 40 quilômetros de distância. “O caminho alternativo eleva o meu tempo de viagem em 40 minutos ou mais, na ida e na volta. A interdição causaria um prolongamento no trajeto que, consequentemente, faria com que eu perdesse um tempo que poderia ser dedicado aos estudos ou ao meu descanso”. Teve uma vez até que um mendigo me parou no meio da ponte – pensei que ele fosse pedir comida – ele escarrou, cuspiu na minha cara, e disse: “Sai daqui sua preta”. Corri muito e depois desabei a chorar. - Ex-aluna da Graduação. Década de 1980 - O grande marco, para mim, vindo das áreas centrais de São Paulo, era sempre (ônibus) a ultrapassagem do rio Pinheiros. Mas, no ônibus ou no metrô, sempre me lembrava do rio, especialmente nos meses secos, pelo cheiro ruim das algas sazonais, que adentrava boa parte do campus. Eu cursei aulas ou na parte da manhã ou durante a tarde; nunca saía do campus à noite. Então, nenhum local pareceu perigoso nem ameaçador. - Ex-Aluno da Pós-Graduação . Década de 2000 - Ponte Cidade Universitária corre risco de “colapso iminente” . 15 de março de 2019 http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2019/03/ponte-cidade-universitaria-corre-risco-de-colapso-iminente/
  • 52. Foi inaugurada hoje, em São Paulo,a estação Butantã da linha amarela do metrô, ligando a estação Paulista, que já está em funcionamento parcial desde o ano passado, até a Av. Vital Brasil. Resolvi conhecer a nova linha. Saindo da estação, precisei caminhar quase 1km para chegar até a portaria da USP e, durante o trajeto, não conseguia parar de me perguntar por quê o metrô não chega dentro do campus. Segundo informações que obtive de um técnico do metrô, foi a reitoria da USP que não permitiu a instalação de uma estação dentro do campus, alegando questões de segurança. Com isso, as mais de 50 mil pessoas que frequentam o campus do Butantã, diariamente, deixam de ter uma opção que, se integrada com circulares ou mesmo sistemas de bicicletas, viabilizaria uma melhora muito considerável na acessibilidade e mobilidade do campus. Para piorar a situação, descobri com uma aluna que resolveu tomar um ônibus da Vital Brasil até o campus, que não há integração gratuita até a USP. Além disso, atualmente há apenas duas linhas em funcionamento, sendo que uma delas passa de hora em hora. Resultado: a aluna veio em 15 minutos da Ana Rosa até a Vital Brasil e levou mais 30 – 20 esperando pelo ônibus – de lá até a FAU USP. Apenas uma linha circular (Metrô Butantã-Cidade Universitária) está prevista nos planos da SPTrans. Estação Butantã: por que o metrô não chega dentro do campus da USP? Publicado em 28/03/11 por raquelrolnik | Blog da Raquel Rolnik
  • 53. Pegava o metrô lotado, aquela coisa chata de todo mundo apertado sem querer olhar na cara do outro. Descia na estação Butantã para tomar o circular, gratuito para comunidade USP. Outro inferno, eu escolhia a linha menos cheia, mas mesmo assim era horrível nos horários de pico. Já teve vezes que eu não consegui descer no meu ponto de tanta gente na frente da porta. Alguns motoristas corriam muito, mesmo com o ônibus lotado, e eu chegava enjoada na faculdade. Era bem comum ter que tomar uma água com gás ou tônica. - Ex-aluna da Graduação. Década de 2000 - - Pós-graduação . Década de 2010 –
  • 54. Ir/voltar de bicicleta era desafiador. Sentia muita tensão com a agressividade dos motoristas e era desgastante do ponto de vista físico mesmo. Então eu escolhia muito bem os momentos de encarar ir de bicicleta. Era mais comum ir/voltar de bicicleta do estágio na Eusébio Matoso para a USP. Dessa forma eu conseguia cumprir com mais tranquilidade os horários, mas estava sempre suada, cansada e com as roupas e sapatos um pouco sujos. A volta de bike me dava medo dos cachorros que ficam soltos na USP e corriam atrás dos ciclistas e, principalmente, de assaltos. Eu corria o máximo que dava, então sempre tinha dores nas pernas de correr. Era um desafio para mim, mas era um período em que eu e meus amigos mais próximos entramos de cabeça na luta pelos direitos dos ciclistas. Eu sentia que eu tinha que experimentar e colocar o corpo à prova. E mostrar que a bicicleta era algo possível em São Paulo. - Ex-aluna da Graduação. Década de 2000 - - Ex-aluna - Pós-graduação . Década de 2010 –
  • 56. A ORIGEM E O DESTINO DESTE EXERCÍCIO TÊM COMO OBJETIVO COMUM A DISCUSSÃO ACERCA DO VÍNCULO EXISTENTE ENTRE A MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA – ABSORVIDA NESTA PROPOSIÇÃO COMO FRICÇÃO E TENSIONAMENTO – ENVOLVENDO HISTÓRIA, MEMÓRIAS, OBSERVAÇÕES E , PRINCIPALMENTE A PARTIR DA OPÇÃO PELO APORTE DAS NARRAÇÕES EM PRIMEIRA PESSOA, AS ENTREVISTAS , A FORMAÇÃO DE UM CONJUNTO DE CONTEÚDOS QUE PERMITISSEM O OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SEGUNDO A HISTÓRIA OFICIAL E A REAL, CRIANDO NEXO PARA O BINÔMIO “EXPERIÊNCIA DESEJADA” VERSUS “EXPERIÊNCIA VIVÊNCIADA”. GROSSO MODO, TANTO OS RECORTES TEÓRICOS E O MATERIAL JORNALÍSTICO QUANTO AS PESQUISAS E AS ENTREVISTAS, PERMITIRAM A VISUALIZAÇÃO DE UM CENÁRIO ANTAGÔNICO ENTRE OS DESEJOS, SONHOS E ÂNIMO QUE ENVOLVEM A IMAGEM USP, E AS VIVÊNCIAS EXPERIMENTADAS PELOS ENTES “PERTENCENTES” A ESTA COMUNIDADE, QUANTO ÀQUELES QUE DESEJAM INTEGRÁ-LA, OU AINDA OS QUE NÃO SE CONSIDERAM QUALIFICADOS (SEGUNDO DIVERSOS ASPECTOS) PARA COMPOR ESTE GRUPO. SE A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO TEM O ESPÍRITO UNIVERSITÁRIO INCLUSO EM SEU ESTATUTO, O MOMENTO APRESENTA-SE CONVENIENTE PARA UMA REVISÃO, COM MAIOR ACUIDADE, A RESPEITO DAQUILO QUE O “LEMA” CONTÉM. A INEGÁVEL CONTRUBIUÇÃO DA INSTITUIÇÃO COMO POLO FORMADOR DE CONHECIMENTO E PROMOÇÃO DE APRENDIZADO, DE DESTAQUE NACIONAL E INTERNACIONAL , QUE PODE SER CONTEMPLADA COM A MAIOR INCLUSÃO DA COMUNIDADE EXTERNA À COMUNIDADE ACADÊMICA, MAS FORMADORA DE SEU CORPO FÍSICO E DE SEU CONSTRUTO INSTITUCIONAL. INCLUIR A COMUNIDADE SEJA ATRAVÉS DE AÇÕES EDUCATIVAS, PRESENÇA FÍSICA E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS (PÚBLICOS), REAFIRMA E RATIFICA A POTÊNCIA DO ENSINO COMO TRANSFORMADOR SOCIAL. A PROPOSTA CONTIDA NESTE EXERCÍCO – OS CIRCUITOS DE MEMÓRIA - BUSCAM REUNIR AS DIMENSÕES CITADAS : MEMÓRIA SOCIAL, COLETIVA E INDIVIDUAL, ALÉM DE POSSIBILITAR A INTEGRAÇÃO ENTRE OS PARTICIPANTES ATRAVÉS DE DINÂMICAS DE ASSOCIAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DE EXPERIÊNCIAS SOBRE OS OBJETOS. A PARTIR DA PRIMEIRA PALAVRA , UM PERCURSO NOVO (E ÚNICO) É CONSTRUÍDO. UMA EXPERIÊNCIA ONDE PERCURSO E MEMÓRIA FOMENTAM CONSCIÊNCIA, SEJA ELA A DE EXCLUSÃO, DISTÂNCIA E INVIABLIDADE, OU A DE QUALIDADE , POSSIBILIDADE E FORMAÇÃO DE FUTURO. SÓ QUEM JOGAR CADA JOGO SABERÁ. ORLANDO G. FAYA JR. / AGOSTO 2022