Einstein, Capra e Hawking sugeriram que não existimos porque nossa constituição é composta principalmente de átomos, cujas massas estão concentradas em núcleos minúsculos. A massa nuclear de um ser humano médio é de apenas 0,000 000 000 000 5 gramas, o que equivale à energia de apenas algumas toneladas. Portanto, somos basicamente energia e não matéria.
A interpretação dos cientistas sobre nossa existência
1. A interpretação dos cientistas
• Por que teriam Einstein, Capra e Hawking, três
renomados cientistas sugerido que nós não existimos?
Tentei responder a este paradigma durante
aproximadamente 7 anos. A busca por explicações foi
longa e complexa, mas o resultado parece plausível.
• Para tentar compreender, de uma forma bem
simplificada, vamos examinar os átomos, partículas que
fazem parte da nossa constituição como seres e que
afinal, como tal existimos.
• O ÁTOMO compõe-se de um núcleo e de elétrons que
giram ao seu redor.
• O núcleo é composto de prótons e neutrons.
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2. • A soma de prótons e neutrons do núcleo
atômico resulta na massa atômica (A).
• A= p+n (massa atômica = protons + neutrons)
• O número de prótons = número de elétrons (Z)
• P = n = Z (número atômico)
• Ex. Hélio: p=2, n=2 resulta A= 4 e Z=2
• Urânio: A=238, Z = 92, (p=92)
• n=A-p = 238-92 = 146.
• 92 prótons, 92 elétrons e 146 neutrons.
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3. • O raio do núcleo é tanto maior quanto maior for
sua massa atômica.
• Experimentalmente, o raio do núcleo é
determinado por:
• R = 1,4 * 10-13 * 3 A (em cm)
• Para H (A=1), logo, R = 1,4 * 10-13 cm
• Para Al (A=27), logo R = 1,4 * 10-13 * 3 27
=
• R = 1,4 * 10-13 * 3 (portanto o triplo do raio
de H)
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4. • A massa do núcleo é igual a soma das massas de
prótons e neutrons. Como essas são quase iguais, o
resultado pode ser expresso pela massa do próton
multiplicada pelo número de partículas que há no
núcleo, isto é A. m=mp*A
• O núcleo é esférico: V= 4/3 R3 = 4/3 (1,4*10-
13 * 3 A)3
• V= 4/3 * 2,7 * 10-39 * A
• Massa específica do núcleo = m/v
• A massa do próton foi determinada como 1,66 *
10-24 g
• = mp*A/V
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5. • = mp*A / 4/3 * 2,7 * 10-39 * A (g/cm3)
• Todos os núcleos de todos os átomos tem a
mesma massa específica. (À semelhança de
um cristal: cristais cada vez maiores tem
maior massa, mas também maior volume)
• = mp* 1039 / 4/3 * 2,7 (10-39 = 1/1039)
• = (1,66 * 10-24) * 1039 / 4/3 * 2,7
• = 1,66 * 1015 / 11,28 = 16,6 * 1014 / 11,28
• = 1,5 * 1014 g/cm3 = 150 000 000 ton/cm3
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6. Expressa de uma forma mais
simples, isto significa que 1
cm3 de massa nuclear
contém uma energia
equivalente a 150 milhões
de toneladas em peso
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7. • Qual é o conteúdo de massa nuclear de um homem
médio (75 kg)?
• 75 kg / 150 * 109 kg = 5 * 10-10 kg ou 5 * 10-13 g
= 0, 000 000 000 000 5 g.
• Considerando que a massa de um átomo está no
núcleo e que 1 cm3 dessa massa equivale a uma
energia de 150 milhões de toneladas e que temos
somente essa quantidade de massa no
organismo, como matéria nuclear podemos dizer
que não existimos. O que os cientistas queriam
dizer é que nós somos basicamente
ENERGIA, que é o que existe entre o núcleo e os
elétrons do átomo .
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8. • Literatura consultada
• EINSTEIN, Albert. The Meaning of Relativity, 5ª
Edição, Princenton, Princenton University Press, 1966.
• FEYNMAN, Richard. The Character of Physical
Law, Cambridge, Massachussets, MIT Press. 1967.
• CAPRA, Fritjof. The Tao of Physics, Shambhala, Boston, 1975.
• HAWKING, Stephen. O Universo Numa Casca de Noz. Tradução de
Ivo Korytowski – São Paulo: Arx, 2001.
• EISBERG, Robert & RESNICK, Robert. Física Quantica de
Átomos, Sólidos, Núcleos e Partículas. Tradução de Paulo Costa
Ribeiro, Enio Frota da Silveira e Marta Feijó Barroso. Elsevier Editora
Ltda, 1979.
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