O documento fornece um resumo da história da indumentária e moda desde a pré-história até a Idade Média, com foco nas civilizações da Mesopotâmia e do Egito Antigo. Descreve a evolução das vestimentas e seus significados culturais nessas sociedades, assim como sua relação com status social, clima, crenças e tecnologias têxteis disponíveis.
4. PRÉ HISTÓRIA
ERAS PALEOLÍTICO
INFERIOR
PALEOLÍTICO
MÉDIO
PALEOLÍTICO
SUPERIOR MESOLÍTICO NEOLÍTICO
ANOS 1 milhão 350 mil 75 mil 15 mil 10 mil
RAÇAS Hominídeos Homem de
Neandertal
Homo sapiens
(Cro-Magnon) Formação da raças
TÉCNICA
TÍPICA Pedra Lascada Cerâmica Pedra Polida
COTIDIANO
ARTE E
RITOS
Idade do Caçador
Idade do
Pastor e do
Agricultor
Domínio do
fogo
Abrigo em
grutas
Objetos de
pedra
Primeiros
túmulos
Armas de
arremesso
Animais
domésticos
Tecelagem,
pecuária e
agricultura
5. ORIGEM DA VESTIMENTA
Gen. 03: 07
Então foram abertos os olhos de
ambos, e conheceram que estavam
nus; pelo que coseram folhas de
figueira, e fizeram para si aventais.
Gen. 03: 21
E o Senhor Deus fez túnicas de
peles para Adão e sua mulher, e os
vestiu.
I. Ilustração The Book of Genesis
Illustrated by R. Crumb. Fonte se-cundária.
6. PRÉ HISTÓRIA
PALEOLÍTICO 600.000 – 8.000 a.C. Caçadores – mamute e rena
Vestuário em pele
MESOLÍTICO 8.000 – 3.000 a.C. Caçadores e pescadores
NEOLÍTICO 3.000 – 1.000 a.C. Fazendeiros e pastores
Cultivo do linho, tecelagem
ERA DO BRONZE 2.100 – 50 a.C. Marinheiros e artesãos
Lã, tecidos e ornamentos
ERA DO FERRO 1.000 – 50 a.C. Tecidos e vestuário adornado
7. PRÉ HISTÓRIA
Na Época Glacial o homem usava
as peles dos animais para se
proteger do frio. As peças apre-sentavam
problemas no aspecto da
forma, secagem e permeabilidade.
O curtimento das peças, pela
imersão em ácido tânico (carvalho
ou salgueiro) tornava as peles
maleáveis e à prova d’água. As
agulhas de mão eram feitas de
marfim de mamute, ossos de rena e
presas de leão marinho.
I. Ilustração sobre a vida do homem
primitivo. Fonte secundária.
8. PRÉ HISTÓRIA
As peles utilizadas eram de urso ou
rena, após o amaciamento eram
presas ao corpo com as garras dos
animais ou atando-as com nervos,
tendões ou fios da crina ou rabo de
cavalos.
O linho foi o primeiro material utili-zado
na tecelagem para produzir
saiotes ornamentados com franjas,
conchas, sementes, pedras colori-das
entre outras formas de adorno.
I. Representação do homem primiti-vo.
Fonte secundária.
9. PRÉ HISTÓRIA
• Guerra do Fogo (1981, FRA/CAN).
Dir. Jean-Jacques Annaud.
• 10.000 a.C. (2008, EUA / Nova Zelân-dia)
Dir. Roland Emmerich.
• 2001 – Uma Odisséia no Espaço
(1968, ING). Dir. Stanley Kubrick.
• Missão: Marte (2000,EUA). Dir. Brian
De Palma, Arthur C. Clarke.
10. Pré História
Idade Antiga
Oriente Ocidente
EVOLUÇÃO
Mesopotâmia Egito Creta Etrúria
Grécia Roma
Idade Média
Europa
Gótica
Europa
Feudal
Povos Bizâncio
Bárbaros
11. IDADE ANTIGA ORIENTAL
MESOPOTÂMIA EGITO
I. Relevo Sumério c. 2900 a.C. I. Trono Tutankhamon.
13. MESOPOTÂMIA
A Mesopotâmia encontrava-se
entre os rios Tigre e o Eufrates
aonde viveram os sumérios,
assírios e os babilônios no IV
milênio a.C. Gn 11: 01 – 09
A mais antiga história do mundo
é o épico Gilgamesh, também
foram responsáveis pelo Códi-go
de Leis de Hamurabi, pre-servando
assim seus valores
através dos tempos.
I. Estandarte de Ur. Nácar, III
milênio a.C. Museu Britânico,
Londres.
14. MESOPOTÂMIA
Os sumerianos usavam um
saiote de pele com o pêlo do
animal chamado Kaunakés,
caracterizado pelos tufos de
lã visíveis externamente na
peças.
Os homens usavam seus
kaunakés um pouco mais
curtos e algumas vezes com
o torso nu, enquanto as mu-lheres
vestiam seus trajem
longos e cobrindo o colo.
I. Casal de sumerianos com
Kaunakés.
15. MESOPOTÂMIA
Em geral os kaunakés co-briam
todo o corpo de ambos
os sexos, eram enrolados,
dando a aparência de uma
roupa espiralada.
Em 1.200 a.C. as mulheres
casadas eram obrigadas a
usar véus em público e ador-nos
para a cabeça, costume
preservado até os tempos
modernos.
I. Estatuarias da região de
Mari. Museu do Louvre.
16. MESOPOTÂMIA
O tecido predominante era o algodão, além
da lã e do linho, com o passar do tempo
tiveram acesso à seda comercializada com a
China.
A suntuosidade das roupas e acessórios,
como brincos, braceletes e pulseiras, indica-vam
a posição do usuário.
Homens e mulheres podiam ter cabelos lon-gos
e cacheá-los com pinças quentes; os
homens o faziam inclusive na própria barba,
fios de ouro eram entremeados ao cabelo.
I. Ornamento do Palácio de Nimrud. Museu
Britânico, Londres.
17. MESOPOTÂMIA
O traje masculino era constituído por uma túnica longa com mangas justas
preso por uma cinto. As franjas diagonais da saia eram formadas por um xale
jogado sobre o ombro chamado Efoh.
I. Relevo representando encontro do rei assírio e babilônico.
18. MESOPOTÂMIA
Não existiam ornamentos de cabeça,
à exceção da coroa, era natural o uso
de um gorro adotado pelos homens, a
utilização de brincos também era um
adorno masculino.
Como calçados, era comum a utiliza-ção
de um tipo de bota de couro com
bico ligeiramente levantado, influência
da cultura oriental.
I. Rei Sargon.
19. MESOPOTÂMIA
A infantaria pesada e a cavalaria usavam roupas a princípio de couro e, mais
tarde, cobertas com placas de metal. O domínio de uma civilização sobre a
outra gerava a fusão de trajes e costumes (transculturação).
Relevos I. Soldados assírios I. Deportação dos hebreus.
20. MESOPOTÂMIA
O luxo na Mesopotâmia consistia nas jóias cuja finalidade era a indicação de
status de seu portador e uma reverência aos seus mitos e deuses.
I. Colar. Museu do Iraque, Bagdá. I. Bracelete de ouro.
21. MESOPOTÂMIA – HIERARQUIA SOCIAL
REI
SACERDOTES
ALTOS FUNCIONÁRIOS – LATIFUNDIARIOS
ESCRIBAS – ARTESÃOS
COMERCIANTES
CAMPONESES
PASTORES – PESCADORES
ESCRAVOS
(DEVEDORES OU PRISIONEIROS DE GUERRA)
22. MESOPOTÂMIA – MITOLOGIA
Na | Anu – Deus dos céus e esferas celestiais.
Ashur – Deus da Assíria, deus dos céus.
Utu | Shamash – Deus do sol e da justiça.
Ninurta – Deusa do sol.
Nanna – Deus da lua.
Enlil – Deus do ar e das tempestades.
Ninlil | Nillina – Deusa do ar, esposa de Enlil.
Enki – Deus da água e da fertilidade da terra.
Ki – Deusa mãe que representava o planeta.
Inanna | Ishtar – Deusa do amor e da guerra.
Ea – Deus da sabedoria.
Marduk – Deus maior da Babilônia, deus da luz
e filho de Ea. Responsável por enviar os reis da
Babilônia.
Ishtar
23. MESOPOTÂMIA
• Intolerância (1916, EUA). Dir. Da-vid
W. Griffith.
• Bom Dia Babilônia (1987, ITA).
Dir. Paolo Taviani, Vittorio Taviani.
• Esther. (1998, EUA). Dir. Raffaele
Mertes
25. EGITO ANTIGO
Esta civilização tem sua história
dividida em 03 monarquias, lide-rados
por vinte dinastias até a
Época Baixa (30 a.C.) quando
foram conquistados pelos roma-nos.
O faraó era considerado senhor
de todo Egito, representando um
deus vivo sua figura estava pre-sente
em todas as manifesta-ções
artísticas.
I. Libação do faraó Horemhed,
Tebas.
26. EGITO ANTIGO
Linho e algodão eram a base têxtil
das vestes egípcias, denotando a
distinção de classes, a cor predo-minante
era o branco.
Adornos e até mesmo peles real-çavam
as características da classe
regente.
Coroas, peitorais, braceletes em
ouro e pedras preciosas eram indis-pensáveis
aos soberanos.
Eram utilizadas sandálias de dedos
feitas em palha trançada.
I. Nefertári e Ísis. Tebas, Vale das
Rainhas.
27. EGITO ANTIGO
A indumentária egípcia
era composta pelo chanti,
semelhante a tanga e o
kalasíris, túnica longa
utilizada por ambos os se-xos.
Por questão de higiene as
cabeças eram raspadas,
perucas de cabelo natural
ou fibras vegetais eram
utilizadas em ocasiões es-peciais.
I. Afrescos do túmulo de
escultores Neborum e
Ipúkiem. Tebas.
28. EGITO ANTIGO
Nemes / Claft – toucado de
tela listrada com duas abas
que caíam à frente sobre os
ombros e outra sobre as
costas, usado pelo faraó.
A civilização egípcia desenvol-veu
um complexo sistema de
crenças divinas e o papiro era
um manuscrito que deveria
acompanhar os mortos até a
vida eterna.
I. Máscara mortuária de
Tutancâmon. Museu do Cairo,
Egito.
29. EGITO ANTIGO – HIERARQUIA SOCIAL
FARAÓ E FAMÍLIA
CLERO
SACERDOTES
BAIXO CLERO
VIZIR
MINISTRO
INTENDENTES
TRIBUTOS
CHEFE
DO ARSENAL
FUNCIONÁRIOS
E ESCRIBAS
MERCADORES CHEFES
MILITARES
ARTESÃOS
GUARDAS
CAMPONESES
SOLDADOS
ESCRAVOS
30. EGITO ANTIGO
Os egípcios adoravam
deuses com formas de
animais. Posteriormente,
estas divindades ganha-ram
corpos humanos; co-mo
Anúbis, deus com
cabeça de chacal, que
levava os mortos ao tri-bunal
divino.
I. Cerimônia e oferendas
para Anúbis e o faraó
embalsamado. S.r.
31. EGITO ANTIGO – MITOLOGIA
Nun – abismo líquido ou águas
primordiais, a partir do qual todo o
mundo foi criado; é a divindade
mais velha e sábia de todas.
Amon - Rá (Aton-Ptah / Rá-Amon)
– deus sol, representado com a
cabeça de carneiro. São seus
filhos: Shu (ar), Tefnut (umidade),
Geb (terra) e Nut (céu).
Nut – deusa do céu, casada com
Geb, amaldiçoada à esterilidade
eterna. Pede ao deus Thot, que
acrescente cinco dias ao calendá-rio
egípcio. Assim, escondida de
Amon-Rá, teve cinco filhos: Osíris,
Ísis, Seth, Néftis e Háthor.
I. Hórus, Osíris e Ísis. S.r.
32. EGITO ANTIGO – MITOLOGIA
Osíris – primogênito de pele escura e grande
estatura, governou o Egito, porem seu irmão,
Seth, por inveja o destrói espalhando por todo
Egito seus pedaços. Ísis e Néftis o trazem de
volta a vida com a ajuda de Anúbis.
Ísis – mãe perfeita, deusa da magia. É
representada por uma mulher que carrega ins-crito
sobre sua cabeça os hieróglifos referentes
ao seu nome.
Seth – deus imprevisível e caótico, símbolo da
desordem, violência, trovões, tempestades e da
guerra.
Néftis – irmã de Ísis, mulher de Seth, deusa
guardiã. Representada da mesma forma que
Ísis, traz em sua cabeça hieróglifos inscritos
com o seu nome.
I. Amuleto funerário. s.r.
33. EGITO ANTIGO – MITOLOGIA
Háthor – deusa do amor, "dama da embriaguez" e muito celebrada em festas.
É representada por uma mulher com a cara de uma vaca ou simplesmente com
forma de vaca.
Hórus – deus do céu, filho de Osíris e Ísis, representava as forças da ordem.
Personifica um homem com cabeça falcão ou então apenas um falcão.
Anúbis – deus dos mortos e das necrópoles, filho de Seth, tinha ligações com
os processos de mumificação, representado tanto como um homem com
cabeça de chacal ou como um chacal de fato.
Thot – deus sábio, representado como um homem com cabeça de íbis, ou com
um babuíno branco. Senhor da voz, mestre das palavras, famoso em toda parte
por seus profundos conhecimentos.
I. Gatos – Bast – eram animais domésticos cultuados no Egito. S.r.
34. EGITO ANTIGO – MITOLOGIA NUN
Águas Primordiais
GEB
Terra
AMON-RÁ
Deus Sol
NUT
Céu
TEFNUT
Umidade
SHU
Ar
OSÍRIS
Vegetação
ISIS
Magia
NÉFTIS
Árida
HÁTHOR
Amor
HÓRUS
Céu
ANÚBIS
Morte
Geradores
1ª Geração
THOT
Sabedoria
2ª Geração
SETH
Caos
41. EGITO ANTIGO
• Asterix e Obelix: Missão Cleópatra
(2002, FRA) Dir. Alain Chabat.
• Cleópatra (1963, EUA). Dir. Joseph L.
Mankiewicz.
• Os 10 Mandamentos (1956, EUA).
Dir. Cecil B. Demille.
• A Múmia (1999, EUA). Dir. Stephen
Sommers.
43. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRIL, Editora. Enciclopédia Multimídia da Arte Universal. São Paulo:
Alphabetum Edições Multimídia, 1997.
BRAGA, João. História da Moda: uma narrativa. São Paulo: Editora Anhembi
Morumbi, 2004.
BOUCHER, François. A History of Costume in the West. Nova York: Thames and
Hudson Ltd., 1987.
LAVER, James. A roupa e a moda uma história concisa. São Paulo: Companhia
das Letras, 1996.
PEACOCK, John. The Chronicle of Western Costume. Londres: Thames and
Hudson Ltd., 1991.
ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo – da Pré-História à Idade
Contemporânea. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.