Este trabalho analisa a relação entre identidade e territorialidade na obra "Canto a las Flores" da poeta aimara Elvira Espejo. A obra usa elementos míticos e simbólicos da cultura aimara e quechua para recontar a história e cultura dos povos originários dos Andes bolivianos, criticando o silenciamento cultural e valorizando a memória indígena.
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Poética do entrelugar: o mítico-simbólico na obra de Elvira Espejo
1. Como citar
PARENTE, Monique Martins. POÉTICA DO ENTRELUGAR: O MÍTICO-
SIMBÓLICO NA OBRA DE ELVIRA ESPEJO.. In: Programação e Resumos do
Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários. Anais...Uberaba(MG)
UFTM, 2022. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/selluftm/488271-
POETICA-DO-ENTRELUGAR--O-MITICO-SIMBOLICO-NA-OBRA-DE-ELVIRA-
ESPEJO>. Acesso em:
RESUMO - GT 04 – ABORDAGENS DECOLONIAIS NAS LITERATURAS DAS
AMÉRICAS E DA ÁFRICA
POÉTICA DO ENTRELUGAR: O MÍTICO-SIMBÓLICO NA OBRA DE ELVIRA
ESPEJO
Monique Martins Parente (moniqparente@gmail.com)
Este trabalho se propõe a uma análise introdutória mítico-simbólica sobre a
relação entre identidade e territorialidade em Canto a las Flores (2006),
poemário bilingue publicado pela artista plástica e poeta aimara Elvira Espejo.
A obra constitui-se com cantos da tradição oral aimara e quechua dos Andes
bolivianos, partindo de elementos mítico-simbólicos e do relato testemunhal.
Em seus versos, o poema busca reconstituir a cultura boliviana, de modo a
promover a percepção e sonoridade característicos dos ritos e tradições
originárias e da produção textil andina. Nesse processo, se dá a ressignificação
da natureza, espaço do sagrado indígena, e a invocação da sabedoria
ancestral. Os elementos característicos da visão indígena colocam-se, pois, em
oposição aos padrões hegemônicos e coloniais. Com isso, a incursão poética
aimara e quechua possibilita a revisitação da cultura e história dos povos
originários andinos e posiciona o discurso indígena no caminho da revisitação
da realidade. Percebe-se, assim, uma crítica ao silenciamento cultural que
ameaça o sagrado indígena e as tradições originárias bolivianas,
transparecendo a contestação da centralização da cultura e a valorização do
local e do periférico, isto é, da memória e identidade indígena. Neste estudo,
2. então, espera-se identificar as instâncias da cultura originária indígena na
construção do eu-poético na obra. A base teórica estrutura-se principalmente a
partir dos estudos de Denise Y. Arnold e Juan de Dios Yapita (2007) sobre a
cultura e simbologia têxtil, da crítica de Alba Maróa Paz Soldán (2002) sobre a
história da literatura boliviana, e das considerações de Alba María Paz Soldán
(2002) e Claudia Rodríguez Monarca (2017) sobre a literatura indígena
amazônica.
3. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
AN532 Programação e Resumos do Simpósio Internacional de Estudos
Linguísticos e Literários. Anais...Uberaba(MG) UFTM, 2022
Disponível em <www.even3.com.br/anais/selluftm>
ISSN: 1984-7610
1. Lingüística 2. Linguagem e línguas 3. Outras literaturas
UFTM CDD - 370
Ficha catalográfica elaborada por Even3 – Sistema de Gestão de Eventos