SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Custo nas Empresas de Prestação de Serviços
I.     Introdução
         Uma empresa de prestação de serviços é caracterizada como uma empresa que vende
trabalho ainda que, para executar este trabalho, utilize materiais, produtos, componentes,
peças, etc.
         O setor de serviços se caracteriza por grande heterogeneidade, englobando
atividadesmuito distintas entre si, no que se refere a aspectos como porte das unidades
produtivas,densidade de capital, nível tecnológico etc. Basta lembrar que a gama dos
segmentosque fazem parte do setor vai desde serviços domésticos até transmissão de dados
pelaInternet.
         O setor éatualmente o de maior importância quantitativa em muitas nações,
chegando, nosEstados Unidos, por exemplo, a mais de 70% do PIB e da mão-de-obra
empregada.
     É importante, entretanto, ressaltar, mais umavez, a extrema densidade do setor, que
abrange, na classificação do IBGE, os seguintessubsetores:
                Comércio;
                Alojamento (por exemplo, hotelaria) e alimentação (por exemplo,
                restaurantes);
                Transportes;
                Telecomunicações;
                Intermediação financeira;
                Seguros e previdência privada;
                Atividades imobiliárias;
                Serviços de informática;
                Administração pública;
                Pesquisa e desenvolvimento;
                Educação;
                Saúde e serviços sociais; e
                Serviços pessoais e domésticos;

II.    Composição do Custo na Empresa de Prestação de Serviços
         A maioria das empresas prestadoras de serviços tem uma particularidade quanto aos
CustosTotais: alguns gastos só acontecem quando os clientes solicitam serviços. Por isso,
classificamos os gastos que ocorrem nestes tipos de empresas em:

       Custos do Serviço
       Despesas Fixas.
       Despesas Variáveis.

1. Custo do Serviço

    São valores gastos exclusivamente na prestação dos serviços (quanto é gasto somente
para executar os serviços solicitados pelo cliente).
    Em uma empresa de serviços a mão de obra é o que tem de mais importante para vender.
É por ter mão-de-obra para vender que ela consegue também vender o material aplicado. Caso
contrário, ela seria um comércio e não uma prestadora de serviços. Também existem
prestadoras de serviços que só vendem mão-de-obra e não aplicam nenhum material ao
serviço.
    A mão de obra, então, é o principal custo, mas a grande maioria dos serviços possuem
custos de materiais consumidos no processo. Por exemplo, uma empresa que presta serviços
de limpeza, além da mão de obra gasta com os materiais de limpeza, ou, uma clínica dentária
que possui os custos do trabalho do dentista e dos materiais envolvidos.
    Se desejarmos controlar o custo por cliente, ou por serviço, como normalmente se faz na
gestão de serviços, então, os custos daquele serviço específico são custos diretos e os demais
custos que não podem ser diretamente relacionados ao serviço específico, devem ser rateados
entre os vários serviços que a empresa presta. Um exemplo disso é o caso do gerente da
equipe, que coordena vários serviços e não é possível verificar quanto de seu tempo ele dedica
a cada serviço.
    Os Custos doServiço prestado podem ser agrupados em:

           A. Custo da Mão-de-Obra.
           B. Custo do Material Aplicado.

A. Custo de Mão de Obra:

Custo da Mão-de-Obra = Total de Gastos c/Funcionários (executam o serviço) ÷ Capacidade
Produtiva

       Para saber o valor de custo da Mão de Obra, é preciso conhecer:

(1º)Gasto com Funcionários: é o valor total anual dos gastos com os funcionários da
empresaque executam os serviços que são vendidos. Nestes gastos estão considerados:
        Salário bruto;
        Encargos sobre o salário (férias, 13º salário, FGTS, INSS do empregador, rescisões
        trabalhistas etc.);
        Benefícios (vale-transporte, cesta básica, assistência médica etc.);
        Uniformes e equipamentos de segurança etreinamentos.

(2º)Capacidade Produtiva: é o total anual de horas efetivas que a empresa dispõe para vendas.
Devem ser consideradas somente as horas daqueles funcionários que executam os serviços.
       Capacidade Produtiva = Horas Diárias Efetivas de Trabalho x Total de Dias Úteis de
       Trabalho

                   Horas Diárias e Efetivas de Trabalho: é o tempo (total de horas) que é
                   utilizado para arealização dos serviços diariamente.
                   Dias úteis de Trabalho: total de dias úteis do ano nos quais sua empresa
                   poderávender e realizar os serviços. Descontar os dias de folga, os feriados
                   e os dias deférias do pessoal que executa os serviços.

B. Custo do Material Aplicado

     Em cada serviço a ser executado, quando existea necessidade de aplicar materiais (peças,
produtos,componentes etc.) também é feita a apuraçãodo total de materiais necessários à
realização do serviço.
     Para determinar o custo do material aplicadoé só considerar a quantidade do que vai ser
utilizadoe o valor que é pago por esse material.
Devem-se considerar além do valor de compra dos materiais, outros valoresrelativos a
impostos como o ICMS (Impostos sobre a Circulação de Mercadoriase Serviços), ao IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados), e também o frete e os serviços de terceiros.

2. Despesas Fixas

    São assim tratados todos os gastos que acontecem independentemente de serviços terem
sidoexecutados. São valores gastos com o funcionamento da empresa, isto é, a estrutura
montada paraprestar serviços, exceto os gastos com os funcionários que executam os serviços
diretamente, porqueeste valor já está considerado no custo da mão-de-obra.
    Os gastos mais comuns neste caso são:
            • Aluguel;
            • IPTU;
            • Salários fixos;
            • Encargos sobre salários (férias, 13º salário, FGTS, INSS - parte do empregador)
                dos outros empregados
            • Contas de telefone, água, gás e energia elétrica;
            • Pagamento do contador;
            • Material de escritório (notas fiscais, impressos, etc.);
            • Manutenções: do prédio, de equipamentos, do maquinário e veículos etc.;
            • Propaganda (ainda que feita só de vez em quando);
            • Consumo de combustível e pedágios;
            • Despesas bancárias;
            • Serviços de apoio e proteção ao crédito;
            • Associações e sindicatos respectivos ao segmento;
            • Treinamento de funcionários e do empresário etc.
            • Pró Labore

         Perceba que os valores desses gastos a cada mês podem ser diferentes (por exemplo: a
contado telefone, de energia etc.). Assim, é melhor que se apure o montante anual desses
gastos, e a partir daí poder achar com precisão, o valor médio mensal de despesas
fixas.Éimportante observar que o controle e o conhecimento do valor das despesas fixas da
empresa permitem:
         Apurar quanto esses gastos representam do valor das vendas;
         Definir quanto é obrigatório vender para conseguir pagar pelo menos as despesas
         fixas, mesmosem lucro. Isso também é conhecido como ponto de equilíbrio;
         Rever sempre qual a melhor condição para a empresa em relação aos valores totais de
         despesasfixas;
         Saber exatamente quanto o volume total vendido no mês apresentou de resultado e
         se isso foilucro ou prejuízo;
         Considerar no preço de venda, juntamente com os outros custos dos serviços, um
         valor quecontribua para pagar as despesas fixas.

Como aplicar uma parte do valor total de despesas fixas em cada serviço prestado?

       De fato fica uma conta meio sem sentido, se pensarmos que as despesas fixas existem
independentementedos serviços vendidos. Mas também é preciso pensar que a empresa paga
despesasfixas com o dinheiro recebido das vendas, e por isso, é necessário considerar as
despesas fixas nocusto total dos serviços.
       Para encontrar o valor proporcional das despesas fixas nos serviços faça assim:
           I.   Encontre o valor anual das despesas fixas.
II.   Encontre a quantidade anual de horas efetivas para prestação de serviços.
         III.   Divida o valor das despesas fixas pela quantidade anual de horas efetivas
                paraprestação de serviços.O resultado representa o valor hora das despesas
                fixas.

        As empresas que estão iniciando ou que ainda não têm como apurar o total anual
dosvalores de despesas fixasdevem projetar o valor total das despesas fixas.
        Empresas de serviços, como escolas, que vendem o mesmo serviço para vários
clientes,devem aplicar as despesas fixas ao total de horas desse serviço. A vantagem pode
serque várias pessoas pagarão pelo custo total do serviço. Exemplo: para um curso quetenha
duração no ano de 120 horas, deve-se considerar 120 horas vezes o valor dasdespesas fixas
por hora.
        Além das despesas fixas, é preciso pensar nosinvestimentos realizados na aquisição de
equipamentos,máquinas, veículos, computadores, instalaçõesdo prédio etc., coisas que a
empresa nãofica comprando todos os meses e que na verdade,usa por vários anos.Do valor
total desses investimentos já pagos ou ainda aserem pagos, também é necessário apurar o
valor mensal,que será considerado como a depreciação, ou o valor relativoao desgaste pelo
uso, para ter nos preços de venda dos serviços um valor que possibilite a reposição desse
investimento quando já estiver sem condições de uso. O valor da depreciação mensal deve ser
somado ao total das despesas fixas para ser aplicadoaos custos dos serviços.

3. Despesas Variáveis

    São os valores gastos somente quando se realizam as vendas. Normalmente são
considerados como despesas variáveis os impostos sobre a venda e a comissão de vendedores.
Porém, em cada empresa prestadora de serviços é preciso avaliar, dentre os valores gastos,
aqueles que são pagos ou que ocorrem diretamente em função do valor vendido e por isso
devem estar contemplados nos preços de vendados serviços.
    Vamos exemplificar alguns desses gastos e saber como considera-los naapuração dos
custos em uma empresa de serviços.

   a) Impostos sobre o valor das vendas
       As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas a impostos sobre o valor das
vendas para os governos Federal e Municipal, e também ao governo Estadual quando
comercializam mercadorias (as que destacam o material vendido na nota fiscal).
       Para cada empresa, os percentuais, os valores e as formas de pagamento desses
impostos dependerão da atividade exercida, do tipo de empresa e do porte.
   Os principais impostos federais calculados sobre o valor da venda de serviços são:
               PIS (Programa de Integração Social)
               COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social),
               CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e
               IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica).Quanto à forma de pagar esses
               impostos, o que chamamos de regime tributário, temos as opções: Simples,
               através do Lucro presumido; através do lucro real ou através do lucro
               arbitrado.

    O principal Imposto Estadual calculado sobre o valor da venda é o ICMS (Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e Serviços). As empresas prestadoras de serviços que comercializam
o material (componentes, produtos, peças etc.) utilizado nos serviços executados, isto é,
destacam o valor dos materiais em separado do valor da mão-de-obra na nota fiscal estão
sujeitas ao ICMS. O percentual a ser consideradono preço de venda também está relacionado
ao porte e às atividades comerciaispraticadas.
        O imposto principal de competência Municipal relativo às vendas de serviços é o ISSQN
(Imposto Sobre Serviço deQualquer Natureza). Cada município tem legislação específica
quanto aospercentuais e também quanto aos incentivos a micro e pequenas empresas.
Também é preciso ficar atento ao que pode acontecer em determinados tipos de prestação de
serviços, em que o ISSQN é pago obedecendo legislação municipal domunicípio onde os
serviços foram executados e não necessariamente no municípioreferente ao endereço da
Empresa.

   b) Comissão dos vendedores

    Refere-se ao percentual de pagamento aos vendedores internos e externossobre vendas
realizadas. A comissão deve sempre contemplar o esforço para vender mais, e nãosomente o
fato de se estar atendendo às solicitações dosclientes.Ospercentuais de comissão aplicados
aos preços de venda podem ser diferentes, oque dependerá das mercadorias em si, do volume
de vendas, de cotação depreços em orçamentos realizados em sua empresa etc. Você pode
considerar nopreço de venda o percentual integral das comissões e praticar descontos
proporcionais ao percentual da comissão no caso de vendas especiais. Também é possível
trabalhar com o percentual médio das comissões no preço de venda. Para issovocê deverá
proceder assim:
        (1º) Encontre o valor anual pago em sua empresa relativo às comissões.
        (2º) Tenha o valor exato de todas as vendas em um ano.
        (3º) Divida o valor pago de comissões pelo valor total das vendas e depois multiplique
        por 100.

   c) Taxa de Administração

    Para o caso de vendas recebidas através de cartão de crédito e financeiras (instituições
que financiam a venda a prazo para os clientes e cobram um percentualsobre o valor do preço
praticado). Essas taxas, normalmente representadas por umpercentual, são calculadas sobre o
valor da venda, portanto devem estar contempladas no preço de venda das mercadorias.
Agora, como podem existir vendassujeitas a essas taxas e outras não, é preciso tratar no preço
o percentual médiodessas taxas. Como? Faça assim:
        (1º) Encontre o valor anual pago em sua empresa, relativo a essas taxas.
        (2º) Tenha o valor exato de todas as vendas em um ano.
        (3º) Divida o valor pago de taxas pelo valor total das vendas e depois multiplique por
        100.


Referências

      LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, Implementação e controle. São
       Paulo: Atlas, 2000.
      WERNKE, Rodney. Gestão Estratégica de custos. Araranguá, 2001.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolsoContabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolsocustos contabil
 
Classificacao e nomenclatura dos custos
Classificacao e nomenclatura dos custosClassificacao e nomenclatura dos custos
Classificacao e nomenclatura dos custoszeramento contabil
 
gerenciamnto de custos
gerenciamnto de custosgerenciamnto de custos
gerenciamnto de custostania mendes
 
Custos professor danilo pires
Custos professor danilo piresCustos professor danilo pires
Custos professor danilo piresDanilo Pires
 
Custos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoesCustos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoescustos contabil
 
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custosTerminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custosDelza Carvalho
 
Apostila gestao de custos
Apostila gestao de custosApostila gestao de custos
Apostila gestao de custoscustos contabil
 
Apostila custos conceitos financeiros
Apostila custos conceitos financeirosApostila custos conceitos financeiros
Apostila custos conceitos financeiroszeramento contabil
 
3110161 apostila-contabilidade-de-custos
3110161 apostila-contabilidade-de-custos3110161 apostila-contabilidade-de-custos
3110161 apostila-contabilidade-de-custosjarara
 
Contabilidade de custos para produção editorial
Contabilidade de custos para produção editorialContabilidade de custos para produção editorial
Contabilidade de custos para produção editorialGuilherme Carvalho
 
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custosContabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custoscustos contabil
 

Mais procurados (20)

Custos diretos e indiretos
Custos diretos e indiretosCustos diretos e indiretos
Custos diretos e indiretos
 
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolsoContabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
 
Contabilidade de custos
Contabilidade de custosContabilidade de custos
Contabilidade de custos
 
Gabaritos exercicios aula_09
Gabaritos exercicios aula_09Gabaritos exercicios aula_09
Gabaritos exercicios aula_09
 
Contabilidade de custos
Contabilidade de custosContabilidade de custos
Contabilidade de custos
 
Slides cf custos
Slides cf custosSlides cf custos
Slides cf custos
 
Contabilidade de Custos 1
Contabilidade de Custos 1Contabilidade de Custos 1
Contabilidade de Custos 1
 
Classificacao e nomenclatura dos custos
Classificacao e nomenclatura dos custosClassificacao e nomenclatura dos custos
Classificacao e nomenclatura dos custos
 
Apostila gestão de custos
Apostila gestão de custos Apostila gestão de custos
Apostila gestão de custos
 
gerenciamnto de custos
gerenciamnto de custosgerenciamnto de custos
gerenciamnto de custos
 
Custos professor danilo pires
Custos professor danilo piresCustos professor danilo pires
Custos professor danilo pires
 
Custos industriais conceitos
Custos industriais conceitosCustos industriais conceitos
Custos industriais conceitos
 
Custos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoesCustos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoes
 
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custosTerminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
 
Custos
CustosCustos
Custos
 
Apostila gestao de custos
Apostila gestao de custosApostila gestao de custos
Apostila gestao de custos
 
Apostila custos conceitos financeiros
Apostila custos conceitos financeirosApostila custos conceitos financeiros
Apostila custos conceitos financeiros
 
3110161 apostila-contabilidade-de-custos
3110161 apostila-contabilidade-de-custos3110161 apostila-contabilidade-de-custos
3110161 apostila-contabilidade-de-custos
 
Contabilidade de custos para produção editorial
Contabilidade de custos para produção editorialContabilidade de custos para produção editorial
Contabilidade de custos para produção editorial
 
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custosContabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custos
 

Destaque

E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217
E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217
E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217Yury1224
 
Jaboncillos
JaboncillosJaboncillos
Jaboncillosrascallu
 
12 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 1
12 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 112 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 1
12 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 1rayza
 
Proyección de habitantes para 2025
Proyección de habitantes para 2025Proyección de habitantes para 2025
Proyección de habitantes para 2025Luis Noguera
 
Tg1 dimension. frota de transporte
Tg1 dimension. frota de transporteTg1 dimension. frota de transporte
Tg1 dimension. frota de transporteHugo Soares
 
Cultura organizacional de femsa
Cultura organizacional de femsaCultura organizacional de femsa
Cultura organizacional de femsaDianny201
 
Administracion de la cadena de suministros
Administracion de la cadena de suministrosAdministracion de la cadena de suministros
Administracion de la cadena de suministrosgabbyrom
 
Enfrentamento à volência na escola vol - 1
Enfrentamento à volência na escola   vol - 1Enfrentamento à volência na escola   vol - 1
Enfrentamento à volência na escola vol - 1Inez Kwiecinski
 
Relaciones Internacionales De Colombia
Relaciones Internacionales De ColombiaRelaciones Internacionales De Colombia
Relaciones Internacionales De Colombiamariogeopolitico
 
Exposiciones alumnos2
Exposiciones alumnos2Exposiciones alumnos2
Exposiciones alumnos2Erick López
 
Planta de tratamiento de aguas residuales
Planta de tratamiento de aguas residualesPlanta de tratamiento de aguas residuales
Planta de tratamiento de aguas residualesJuvenal Allcca Ccarhuas
 
1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho
1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho
1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derechosanxnato
 
Desarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niños
Desarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niñosDesarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niños
Desarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niñosGracielao1
 

Destaque (20)

Autism
AutismAutism
Autism
 
E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217
E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217
E portafolio Yury Shirley Cuero Grupo 201512-217
 
Sistemas de informações
Sistemas de informaçõesSistemas de informações
Sistemas de informações
 
Jaboncillos
JaboncillosJaboncillos
Jaboncillos
 
16 paraguay
16  paraguay16  paraguay
16 paraguay
 
12 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 1
12 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 112 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 1
12 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1610 1
 
Proyección de habitantes para 2025
Proyección de habitantes para 2025Proyección de habitantes para 2025
Proyección de habitantes para 2025
 
Tg1 dimension. frota de transporte
Tg1 dimension. frota de transporteTg1 dimension. frota de transporte
Tg1 dimension. frota de transporte
 
Cultura organizacional de femsa
Cultura organizacional de femsaCultura organizacional de femsa
Cultura organizacional de femsa
 
Teacher learning Niina Impiö
Teacher learning Niina ImpiöTeacher learning Niina Impiö
Teacher learning Niina Impiö
 
A sikhs cultural identity
A sikhs cultural identityA sikhs cultural identity
A sikhs cultural identity
 
Administracion de la cadena de suministros
Administracion de la cadena de suministrosAdministracion de la cadena de suministros
Administracion de la cadena de suministros
 
Enfrentamento à volência na escola vol - 1
Enfrentamento à volência na escola   vol - 1Enfrentamento à volência na escola   vol - 1
Enfrentamento à volência na escola vol - 1
 
Relaciones Internacionales De Colombia
Relaciones Internacionales De ColombiaRelaciones Internacionales De Colombia
Relaciones Internacionales De Colombia
 
ROCOCO AND BAROQUE
ROCOCO AND BAROQUE ROCOCO AND BAROQUE
ROCOCO AND BAROQUE
 
Exposiciones alumnos2
Exposiciones alumnos2Exposiciones alumnos2
Exposiciones alumnos2
 
Planta de tratamiento de aguas residuales
Planta de tratamiento de aguas residualesPlanta de tratamiento de aguas residuales
Planta de tratamiento de aguas residuales
 
1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho
1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho
1.2 Fuentes Generales Y Especiales Del Derecho
 
Desarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niños
Desarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niñosDesarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niños
Desarrollo de los conceptos básicos matemáticos y cientificos en los niños
 
Perfil psicológico del niño con dislexia
Perfil psicológico del niño con dislexiaPerfil psicológico del niño con dislexia
Perfil psicológico del niño con dislexia
 

Semelhante a Custos nas Empresas de Prestação de Serviços: Despesas Fixas e Variáveis

Custos diretos e indiretos para obras
Custos diretos e indiretos para obrasCustos diretos e indiretos para obras
Custos diretos e indiretos para obrasRafael Matias
 
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptxContabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptxRogerLevidosSantosRo
 
Gestão Estratégica de Salão de Beleza
Gestão Estratégica de Salão de Beleza Gestão Estratégica de Salão de Beleza
Gestão Estratégica de Salão de Beleza Leonardo Bazzano
 
03 como administrar_os_custos_de_sua_empresa
03 como administrar_os_custos_de_sua_empresa03 como administrar_os_custos_de_sua_empresa
03 como administrar_os_custos_de_sua_empresaEliabe Denes
 
Aula 1 Custos e Gestão Financeira
Aula 1 Custos e Gestão FinanceiraAula 1 Custos e Gestão Financeira
Aula 1 Custos e Gestão FinanceiraAlexandreCruzNicolas
 
empreendedorismo_jovem.pptx
empreendedorismo_jovem.pptxempreendedorismo_jovem.pptx
empreendedorismo_jovem.pptxGiovannaPokorny
 
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptxQUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptxHellitonRikson1
 

Semelhante a Custos nas Empresas de Prestação de Serviços: Despesas Fixas e Variáveis (20)

Custos diretos e indiretos para obras
Custos diretos e indiretos para obrasCustos diretos e indiretos para obras
Custos diretos e indiretos para obras
 
Classificacao dos custos do projeto saiba quais sao e como utiliza-las
Classificacao dos custos do projeto   saiba quais sao e como utiliza-lasClassificacao dos custos do projeto   saiba quais sao e como utiliza-las
Classificacao dos custos do projeto saiba quais sao e como utiliza-las
 
Custos x despesas
Custos x despesasCustos x despesas
Custos x despesas
 
Custos
CustosCustos
Custos
 
GC aula 1
GC aula 1GC aula 1
GC aula 1
 
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptxContabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
 
Custos na Empresa
Custos na EmpresaCustos na Empresa
Custos na Empresa
 
Classifique os custos
Classifique os custosClassifique os custos
Classifique os custos
 
Como reduzir custos logísticos07
Como reduzir custos logísticos07Como reduzir custos logísticos07
Como reduzir custos logísticos07
 
Gestão Estratégica de Salão de Beleza
Gestão Estratégica de Salão de Beleza Gestão Estratégica de Salão de Beleza
Gestão Estratégica de Salão de Beleza
 
03 como administrar_os_custos_de_sua_empresa
03 como administrar_os_custos_de_sua_empresa03 como administrar_os_custos_de_sua_empresa
03 como administrar_os_custos_de_sua_empresa
 
Custos completo
Custos completoCustos completo
Custos completo
 
Apostila custos
Apostila custosApostila custos
Apostila custos
 
Aula custos
Aula custosAula custos
Aula custos
 
Aula 1 Custos e Gestão Financeira
Aula 1 Custos e Gestão FinanceiraAula 1 Custos e Gestão Financeira
Aula 1 Custos e Gestão Financeira
 
Apostila controladoria 9 v
Apostila controladoria 9 vApostila controladoria 9 v
Apostila controladoria 9 v
 
Contabilidade gerencial
Contabilidade gerencialContabilidade gerencial
Contabilidade gerencial
 
empreendedorismo_jovem.pptx
empreendedorismo_jovem.pptxempreendedorismo_jovem.pptx
empreendedorismo_jovem.pptx
 
Unidade 1 custo
Unidade 1 custoUnidade 1 custo
Unidade 1 custo
 
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptxQUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
 

Custos nas Empresas de Prestação de Serviços: Despesas Fixas e Variáveis

  • 1. Custo nas Empresas de Prestação de Serviços I. Introdução Uma empresa de prestação de serviços é caracterizada como uma empresa que vende trabalho ainda que, para executar este trabalho, utilize materiais, produtos, componentes, peças, etc. O setor de serviços se caracteriza por grande heterogeneidade, englobando atividadesmuito distintas entre si, no que se refere a aspectos como porte das unidades produtivas,densidade de capital, nível tecnológico etc. Basta lembrar que a gama dos segmentosque fazem parte do setor vai desde serviços domésticos até transmissão de dados pelaInternet. O setor éatualmente o de maior importância quantitativa em muitas nações, chegando, nosEstados Unidos, por exemplo, a mais de 70% do PIB e da mão-de-obra empregada. É importante, entretanto, ressaltar, mais umavez, a extrema densidade do setor, que abrange, na classificação do IBGE, os seguintessubsetores: Comércio; Alojamento (por exemplo, hotelaria) e alimentação (por exemplo, restaurantes); Transportes; Telecomunicações; Intermediação financeira; Seguros e previdência privada; Atividades imobiliárias; Serviços de informática; Administração pública; Pesquisa e desenvolvimento; Educação; Saúde e serviços sociais; e Serviços pessoais e domésticos; II. Composição do Custo na Empresa de Prestação de Serviços A maioria das empresas prestadoras de serviços tem uma particularidade quanto aos CustosTotais: alguns gastos só acontecem quando os clientes solicitam serviços. Por isso, classificamos os gastos que ocorrem nestes tipos de empresas em: Custos do Serviço Despesas Fixas. Despesas Variáveis. 1. Custo do Serviço São valores gastos exclusivamente na prestação dos serviços (quanto é gasto somente para executar os serviços solicitados pelo cliente). Em uma empresa de serviços a mão de obra é o que tem de mais importante para vender. É por ter mão-de-obra para vender que ela consegue também vender o material aplicado. Caso contrário, ela seria um comércio e não uma prestadora de serviços. Também existem
  • 2. prestadoras de serviços que só vendem mão-de-obra e não aplicam nenhum material ao serviço. A mão de obra, então, é o principal custo, mas a grande maioria dos serviços possuem custos de materiais consumidos no processo. Por exemplo, uma empresa que presta serviços de limpeza, além da mão de obra gasta com os materiais de limpeza, ou, uma clínica dentária que possui os custos do trabalho do dentista e dos materiais envolvidos. Se desejarmos controlar o custo por cliente, ou por serviço, como normalmente se faz na gestão de serviços, então, os custos daquele serviço específico são custos diretos e os demais custos que não podem ser diretamente relacionados ao serviço específico, devem ser rateados entre os vários serviços que a empresa presta. Um exemplo disso é o caso do gerente da equipe, que coordena vários serviços e não é possível verificar quanto de seu tempo ele dedica a cada serviço. Os Custos doServiço prestado podem ser agrupados em: A. Custo da Mão-de-Obra. B. Custo do Material Aplicado. A. Custo de Mão de Obra: Custo da Mão-de-Obra = Total de Gastos c/Funcionários (executam o serviço) ÷ Capacidade Produtiva Para saber o valor de custo da Mão de Obra, é preciso conhecer: (1º)Gasto com Funcionários: é o valor total anual dos gastos com os funcionários da empresaque executam os serviços que são vendidos. Nestes gastos estão considerados: Salário bruto; Encargos sobre o salário (férias, 13º salário, FGTS, INSS do empregador, rescisões trabalhistas etc.); Benefícios (vale-transporte, cesta básica, assistência médica etc.); Uniformes e equipamentos de segurança etreinamentos. (2º)Capacidade Produtiva: é o total anual de horas efetivas que a empresa dispõe para vendas. Devem ser consideradas somente as horas daqueles funcionários que executam os serviços. Capacidade Produtiva = Horas Diárias Efetivas de Trabalho x Total de Dias Úteis de Trabalho Horas Diárias e Efetivas de Trabalho: é o tempo (total de horas) que é utilizado para arealização dos serviços diariamente. Dias úteis de Trabalho: total de dias úteis do ano nos quais sua empresa poderávender e realizar os serviços. Descontar os dias de folga, os feriados e os dias deférias do pessoal que executa os serviços. B. Custo do Material Aplicado Em cada serviço a ser executado, quando existea necessidade de aplicar materiais (peças, produtos,componentes etc.) também é feita a apuraçãodo total de materiais necessários à realização do serviço. Para determinar o custo do material aplicadoé só considerar a quantidade do que vai ser utilizadoe o valor que é pago por esse material.
  • 3. Devem-se considerar além do valor de compra dos materiais, outros valoresrelativos a impostos como o ICMS (Impostos sobre a Circulação de Mercadoriase Serviços), ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), e também o frete e os serviços de terceiros. 2. Despesas Fixas São assim tratados todos os gastos que acontecem independentemente de serviços terem sidoexecutados. São valores gastos com o funcionamento da empresa, isto é, a estrutura montada paraprestar serviços, exceto os gastos com os funcionários que executam os serviços diretamente, porqueeste valor já está considerado no custo da mão-de-obra. Os gastos mais comuns neste caso são: • Aluguel; • IPTU; • Salários fixos; • Encargos sobre salários (férias, 13º salário, FGTS, INSS - parte do empregador) dos outros empregados • Contas de telefone, água, gás e energia elétrica; • Pagamento do contador; • Material de escritório (notas fiscais, impressos, etc.); • Manutenções: do prédio, de equipamentos, do maquinário e veículos etc.; • Propaganda (ainda que feita só de vez em quando); • Consumo de combustível e pedágios; • Despesas bancárias; • Serviços de apoio e proteção ao crédito; • Associações e sindicatos respectivos ao segmento; • Treinamento de funcionários e do empresário etc. • Pró Labore Perceba que os valores desses gastos a cada mês podem ser diferentes (por exemplo: a contado telefone, de energia etc.). Assim, é melhor que se apure o montante anual desses gastos, e a partir daí poder achar com precisão, o valor médio mensal de despesas fixas.Éimportante observar que o controle e o conhecimento do valor das despesas fixas da empresa permitem: Apurar quanto esses gastos representam do valor das vendas; Definir quanto é obrigatório vender para conseguir pagar pelo menos as despesas fixas, mesmosem lucro. Isso também é conhecido como ponto de equilíbrio; Rever sempre qual a melhor condição para a empresa em relação aos valores totais de despesasfixas; Saber exatamente quanto o volume total vendido no mês apresentou de resultado e se isso foilucro ou prejuízo; Considerar no preço de venda, juntamente com os outros custos dos serviços, um valor quecontribua para pagar as despesas fixas. Como aplicar uma parte do valor total de despesas fixas em cada serviço prestado? De fato fica uma conta meio sem sentido, se pensarmos que as despesas fixas existem independentementedos serviços vendidos. Mas também é preciso pensar que a empresa paga despesasfixas com o dinheiro recebido das vendas, e por isso, é necessário considerar as despesas fixas nocusto total dos serviços. Para encontrar o valor proporcional das despesas fixas nos serviços faça assim: I. Encontre o valor anual das despesas fixas.
  • 4. II. Encontre a quantidade anual de horas efetivas para prestação de serviços. III. Divida o valor das despesas fixas pela quantidade anual de horas efetivas paraprestação de serviços.O resultado representa o valor hora das despesas fixas. As empresas que estão iniciando ou que ainda não têm como apurar o total anual dosvalores de despesas fixasdevem projetar o valor total das despesas fixas. Empresas de serviços, como escolas, que vendem o mesmo serviço para vários clientes,devem aplicar as despesas fixas ao total de horas desse serviço. A vantagem pode serque várias pessoas pagarão pelo custo total do serviço. Exemplo: para um curso quetenha duração no ano de 120 horas, deve-se considerar 120 horas vezes o valor dasdespesas fixas por hora. Além das despesas fixas, é preciso pensar nosinvestimentos realizados na aquisição de equipamentos,máquinas, veículos, computadores, instalaçõesdo prédio etc., coisas que a empresa nãofica comprando todos os meses e que na verdade,usa por vários anos.Do valor total desses investimentos já pagos ou ainda aserem pagos, também é necessário apurar o valor mensal,que será considerado como a depreciação, ou o valor relativoao desgaste pelo uso, para ter nos preços de venda dos serviços um valor que possibilite a reposição desse investimento quando já estiver sem condições de uso. O valor da depreciação mensal deve ser somado ao total das despesas fixas para ser aplicadoaos custos dos serviços. 3. Despesas Variáveis São os valores gastos somente quando se realizam as vendas. Normalmente são considerados como despesas variáveis os impostos sobre a venda e a comissão de vendedores. Porém, em cada empresa prestadora de serviços é preciso avaliar, dentre os valores gastos, aqueles que são pagos ou que ocorrem diretamente em função do valor vendido e por isso devem estar contemplados nos preços de vendados serviços. Vamos exemplificar alguns desses gastos e saber como considera-los naapuração dos custos em uma empresa de serviços. a) Impostos sobre o valor das vendas As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas a impostos sobre o valor das vendas para os governos Federal e Municipal, e também ao governo Estadual quando comercializam mercadorias (as que destacam o material vendido na nota fiscal). Para cada empresa, os percentuais, os valores e as formas de pagamento desses impostos dependerão da atividade exercida, do tipo de empresa e do porte. Os principais impostos federais calculados sobre o valor da venda de serviços são: PIS (Programa de Integração Social) COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica).Quanto à forma de pagar esses impostos, o que chamamos de regime tributário, temos as opções: Simples, através do Lucro presumido; através do lucro real ou através do lucro arbitrado. O principal Imposto Estadual calculado sobre o valor da venda é o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). As empresas prestadoras de serviços que comercializam o material (componentes, produtos, peças etc.) utilizado nos serviços executados, isto é, destacam o valor dos materiais em separado do valor da mão-de-obra na nota fiscal estão
  • 5. sujeitas ao ICMS. O percentual a ser consideradono preço de venda também está relacionado ao porte e às atividades comerciaispraticadas. O imposto principal de competência Municipal relativo às vendas de serviços é o ISSQN (Imposto Sobre Serviço deQualquer Natureza). Cada município tem legislação específica quanto aospercentuais e também quanto aos incentivos a micro e pequenas empresas. Também é preciso ficar atento ao que pode acontecer em determinados tipos de prestação de serviços, em que o ISSQN é pago obedecendo legislação municipal domunicípio onde os serviços foram executados e não necessariamente no municípioreferente ao endereço da Empresa. b) Comissão dos vendedores Refere-se ao percentual de pagamento aos vendedores internos e externossobre vendas realizadas. A comissão deve sempre contemplar o esforço para vender mais, e nãosomente o fato de se estar atendendo às solicitações dosclientes.Ospercentuais de comissão aplicados aos preços de venda podem ser diferentes, oque dependerá das mercadorias em si, do volume de vendas, de cotação depreços em orçamentos realizados em sua empresa etc. Você pode considerar nopreço de venda o percentual integral das comissões e praticar descontos proporcionais ao percentual da comissão no caso de vendas especiais. Também é possível trabalhar com o percentual médio das comissões no preço de venda. Para issovocê deverá proceder assim: (1º) Encontre o valor anual pago em sua empresa relativo às comissões. (2º) Tenha o valor exato de todas as vendas em um ano. (3º) Divida o valor pago de comissões pelo valor total das vendas e depois multiplique por 100. c) Taxa de Administração Para o caso de vendas recebidas através de cartão de crédito e financeiras (instituições que financiam a venda a prazo para os clientes e cobram um percentualsobre o valor do preço praticado). Essas taxas, normalmente representadas por umpercentual, são calculadas sobre o valor da venda, portanto devem estar contempladas no preço de venda das mercadorias. Agora, como podem existir vendassujeitas a essas taxas e outras não, é preciso tratar no preço o percentual médiodessas taxas. Como? Faça assim: (1º) Encontre o valor anual pago em sua empresa, relativo a essas taxas. (2º) Tenha o valor exato de todas as vendas em um ano. (3º) Divida o valor pago de taxas pelo valor total das vendas e depois multiplique por 100. Referências  LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, Implementação e controle. São Paulo: Atlas, 2000.  WERNKE, Rodney. Gestão Estratégica de custos. Araranguá, 2001.