SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 142
Baixar para ler offline
Definição, Extensão e Evolução de Património
O conceito de Património esteve ligado, durante
muitos anos, ligado à Arquitetura de caráter
monumental, mas tem vindo a alargar o seu
significado, com a evolução da sociedade e das
mentalidades.
Com a evolução da sociedade este conceito passou a
contemplar, não só o Monumento, mas também os
núcleos históricos e a paisagem, segundo valores
intangíveis como a sensibilidade, a afetividade e a
memória.
À Arquitetura impõe-se ver para além da forma,
numa intervenção crítica que vai ao encontro da
autenticidade e da identidade de cada edifício ou
lugar, de forma a garantir a continuidade do seu
significado.
Castelo de São Jorge
In Seguindo os passos da História (blog)
O termo património começou por
definir a esfera privada, significando a
herança que era passada entre diversas
gerações.
Nesse tempo, a propriedade dos bens
de valor artístico e arquitetónico, como
as obras de arte e os monumentos,
estava confinada à Igreja e à Nobreza,
que constituíam as classes sociais
dominantes.
Mosteiro de Odivelas
In www.rtp.pt
Definição, Extensão e Evolução de Património
No entanto, apenas eram considerados como património histórico ou
património histórico-artístico os elementos de maior antiguidade, valor
artístico e monumentalidade, como por exemplo:
Os castelos.
Os mosteiros e as igrejas.
Os palácios.
As grandes obras de arte
(pintura, escultura,
ourivesaria).
Painéis de São Vicente
In https://caminhosdeportugal.com/pintura-portugal-seculo-xv/
Definição, Extensão e Evolução de Património
Destas grandes obras a
ideia de património passou
a estender-se à conservação
e restauro dos núcleos
históricos, rurais e urbanos,
à praças, às ruas, à
arquitetura vernacular, à
própria paisagem e a
conjuntos edificados que
testemunhassem vivências
e as dinâmicas
socioculturais.
Centro Histórico da Guarda
In https://turismodocentro.pt/artigo/dia-nacional-dos-centros-historicos-portugueses/
Definição, Extensão e Evolução de Património
A ideia de Património, como a conhecemos
hoje, assim como as preocupações com a
conservação e preservação de edifícios,
próximos do seu atual significado,
começam a esboçar-se apenas no
séc. XVIII.
Até então, era prática comum a demolição
de edifícios existentes, desde que estes
deixassem de ter utilidade perante a
sociedade. Os edifícios históricos que
chegaram até nós quase inalterados foram
construções que mantiveram o
seu uso e que, por esse facto,
foram preservados.
Mosteiro da Batalha
In http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-
monumentos/dgpc/m/mosteiro-da-batalha/
Definição, Extensão e Evolução de Património
O séc. XVIII protagonizou uma era de mudança, em que a evolução da
mentalidade científica permitiu estabelecer uma distinção clara entre a
modernização e o passado histórico.
Vários fatores contribuíram para esta conjuntura. A redescoberta da Antiguidade
Clássica traz consigo uma nova consciência cultural, despertando o interesse para
os valores da
história. A Europa erudita do século XVIII
desperta, então, o seu interesse para a
pesquisa da Antiguidade histórica. De
destacar são as grandes escavações
arqueológicas, levadas a cabo na altura,
como em Pompeia, que permitiram, através
de levantamentos rigorosos, um
conhecimento mais aprofundado e fiel da
história. G. B. Piranesi – Os templos de Paestum em 1778.
Fonte: BENEVOLO, L. (2001) – História da
Arquitectura Moderna. São Paulo: Editora
Perspectiva, p.25.
Definição, Extensão e Evolução de Património
A Revolução Industrial proporcionou a
consciência da sociedade relativamente aos
valores históricos. Em pleno palco de inovações
ao nível científico e tecnológico, desenhando a
modernidade, nasce a vontade de manter os
laços com o passado, valorizando e cultivando
o conceito de monumento. Pela primeira vez
a arquitetura é interpretada para além do
seu carácter funcional, através de aspetos
como o simbolismo, a estética e a carga
histórica dos edifícios. Segundo Françoise
Choay, “A Revolução Industrial, enquanto
processo em desenvolvimento planetário,
concedia virtualmente ao conceito de
monumento histórico uma conotação
universal, aplicável à escala mundial.” (2008).
A Primeira Revolução Industrial
https://beduka.com/blog/materias/historia/primeira-
revolucao-industrial/
Definição, Extensão e Evolução de Património
O desenvolvimento tecnológico, a par das
Ciências Humanistas, da redescoberta das
civilizações clássicas e da evolução do
conhecimento arqueológico, despertou,
assim, na sociedade, a sensibilidade pelos
valores da história, postos em causa pela
modernização. O mundo via nascer o
debate sobre o Restauro e o Património.
No início do segundo quartel do século
XIX, formou-se, em França, a Comissão
dos Monumentos Históricos, com o
objetivo de classificar, inventariar e
preservar os edifícios considerados de
valor nacional.
Templo Romano de Évora – Joe Price
https://www.vortexmag.net/os-20-monumentos-mais-
bonitos-de-portugal/
Definição, Extensão e Evolução de Património
Surge, assim, a teoria do Restauro
Estilístico, Intervencionista, através da
qual se defende que qualquer
monumento deveria ser despojado de
todos os elementos que lhe foram
acrescentados ao longo da sua vida.
Pretendia-se que o monumento fosse
restaurado ao estilo da época da sua
origem, apagando todos os registos a que
havia sido sujeito posteriormente.
Igreja Matriz de Mértola
https://nationalgeographic.pt/historia/grandes-
reportagens/2733-a-igreja-matriz-de-mertola-que-foi-uma-
mesquita
Definição, Extensão e Evolução de Património
Em 1931, a Carta de Atenas aparece como o
primeiro documento a definir as bases para
uma estratégia de conservação de edifícios, que
mais tarde deram origem ao aparecimento de
diversa legislação relativa à salvaguarda do
Património. Desta Carta destaca-se a referência
à necessidade de manter a funcionalidade dos
edifícios, garantindo a sua continuidade. Um
edifício sem uso é um edifício que rapidamente
entra em estado de degradação. Com base na
Carta de Atenas, surge a Carta do Restauro
Italiano, da autoria de Gustavo Giovanonni, que
introduz no debate novos conceitos como a
preocupação pela proteção do espaço que
envolve o monumento.
Carta de Atenas
https://doceru.com/doc/80ne5x
Definição, Extensão e Evolução de Património
Cada Formando pesquisa
um termo relacionado
com Património e coloca
a sua definição (não
esquecer de colocara
fonte)
Os termos escolhidos têm
de ser diferentes entre
todos, não podem existir
“duplicados”
A Segunda Guerra Mundial deixou a
Europa com grande parte do seu
Património edificado degradado, pelo
que se tornou necessário, de forma
rápida e eficaz, restaurar e reconstruir
edifícios e parcelas de cidades,
estabelecendo-se, assim, uma rutura
com as linhas de atuação anteriormente
existentes. As práticas adotadas deram
origem a opiniões discordantes, pelo
que se tornou necessário repensar as
teorias do restauro.
II Guerra Mundial em Florença
https://guiaflorenca.net/florenca/a-segunda-guerra-mundial-
em-florenca/
Definição, Extensão e Evolução de Património
Florença
https://www.eduardo-monica.com/new-blog/atracoes-fazer-
florenca-roteiro-dicas
Do Congresso Internacional de Arquitetura e
Técnicas dos Monumentos Históricos,
realizado em 1964, resulta a Carta de
Veneza, sobre a conservação e restauro de
monumentos e sítios, que define os
princípios orientadores sobre a proteção do
Património, alargados ao espaço urbano.
Este documento contribui ainda para a ideia
de significado cultural do património,
defendendo a extensão do seu conceito às
obras consideradas mais modestas, de
arquitetura vernacular que, com o tempo,
adquiriram um valor cultural relevante.
Carta de Veneza
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/media/uploads/cc/CartadeVe
neza.pdf
Definição, Extensão e Evolução de Património
Em 1975, a Carta de Amesterdão vem defender
o alargamento do conceito de Património a
pequenos conjuntos urbanos, considerados, na
relação entre si, significativos e relevantes para
a definição do carácter das cidades. São
edifícios que, no seu conjunto, se consideram
essenciais para a definição da memória coletiva
e da identidade da cidade e, por esse motivo,
devem ser preservados de forma a chegarem a
gerações futuras no seu estado mais original.
Da Carta de Amesterdão nasce a
implementação de medidas e normas comuns
ao nível Europeu, com vista a uma conservação
urbana integrada.
Carta de Amesterdão
https://www.icomos.pt/images/pdfs/2021/19_Declarao_de
_Amesterdo_1975.pdf
Definição, Extensão e Evolução de Património
O significado do conceito de Património foi alargado, passando a abranger não só o
monumento histórico, mas também os núcleos edificados e a paisagem, tendo em
conta valores não palpáveis como a afetividade e a memória.
As várias cartas de salvaguarda do Património foram crescendo em complexidade,
e as grandes questões que se colocam a quem nele intervém são uma realidade
revisitada.
Aceitando que, conforme nos diz a Carta de Veneza do Património, também as
obras mais modestas podem adquirir um significado cultural, entendido como
testemunho que contribui para a memória coletiva e para a identidade de uma
determinada comunidade, e revisitando a Carta de Nara que introduz a questão da
autenticidade, defendendo que o património pode ser imaterial, então o
entendimento e a intervenção no património estão sujeitos a parâmetros
subjetivos, como o respeito e a sensibilidade, conceitos que na sua origem, não
têm um carácter universal.
Definição, Extensão e Evolução de Património
A prática das teorias da salvaguarda do
Património é, em Portugal, e
nomeadamente no que diz respeito aos
centros históricos, ainda insuficiente.
Existem alguns casos dignos de destaque,
como o exemplo da recuperação do
centro histórico de Guimarães, que alia o
restauro e a conservação à humanização,
reabilitando, assumindo a linha de tempo
que liga a cidade medieval à cidade
moderna.
Definição, Extensão e Evolução de Património
Centro histórico de Guimarães
https://www.cm-guimaraes.pt/municipio/camara-
municipal/servicos/cultura/noticia/centro-historico-de-
guimaraes-considerado-um-dos-mais-populares-do-mundo-no-
instagram
Recuperar um núcleo histórico,
urbano ou rural, implica, também,
este conceito de reabilitar, de dar
uso segundo um projeto de
intervenção de rosto humano. O
turismo nunca deve ser encarado de
forma isolada, mas sim numa gestão
de dinâmicas integradas com vista à
fixação e à qualidade de vida
daqueles que habitam esses centros
históricos.
Definição, Extensão e Evolução de Património
O turismo
https://www.oturismo.pt/oturismo/36593-confederacao-do-
turismo-portugues-e-millennium-bcp-debatem-financiamento-
para-o-turismo.html
Contrapondo esta posição vamos
assistindo, em muitos casos em Portugal,
à política do “fachadismo”, promovendo-
se um carácter falso da história ao serviço
de uma sociedade economicista e
materialista. Nas grandes cidades, como
Lisboa e Porto, vamos assistindo
perplexos à multiplicação de quarteirões
históricos transformados em
condomínios fechados, desrespeitando
totalmente a lógica das tipologias
características do cadastro da cidade,
assim como da sua vivência.
Definição, Extensão e Evolução de Património
Como era o Edifício Heron Castilho e como ficou depois da renovação
https://amensagem.pt/2021/12/13/moda-mansardas-zinco-tomou-
conta-telhados-fachadas-predios-lisboa/
Estas intervenções que mantêm as fachadas de um conjunto de edifícios e
esvaziam o seu miolo para a criação de um espaço autossuficiente, independente
das suas amarrações urbanas, em nada contribuem para a dinamização e
humanização destes lugares. São as novas ilhas, desta vez dirigidas às classes mais
altas, em que a vivência que promovem nada tem que ver com cidadania.
Constituem, assim, posturas completamente antagónicas ao significado dos
espaços, do seu espírito de lugar, que só existe enquanto espaço de encontros e
partilhas sociais.
In CAMPOS, Joana Salomé, “Intervenção no património edificado. Conceitos e
reflexões”, in Oppidum, 2010, ano 5, número 4, 8 p.
Definição, Extensão e Evolução de Património
TEAMS:
Resumo da 1 página de
word com os factos mais
importantes sobre a
evolução do conceito de
património em Portugal.
Material de Apoio
Alexandre Herculano (1810-1877), fundador da
moderna historiografia portuguesa foi um
defensor pioneiro do Património Cultural, em
especial através da revista «O Panorama».
Alexandre Herculano foi alguém que procurou, de
modo sistemático e exigente, dar-nos uma chave
sobre a nossa existência histórica, sem a
pretensão de a tornar definitiva ou infalível. A
historiografia mais recente sente a sua influência
– como o reconheceu, melhor do que ninguém,
José Mattoso, ao considerar que a melhor marca
que nos deixou não foi a da ideologia ou das suas
conclusões, mas a da obrigação crítica, aliada ao
rigor do método centrado nas fontes.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Alexandre Herculano
https://www.blogletras.com/2009/03/os-escritores_17.html
Empenhou-se na Sociedade Propagadora dos
Conhecimentos Úteis a defender o que hoje
designamos, numa lógica ampla, como património
cultural, a partir dos textos fundamentais da
História e da cultura, das ciências e das artes, de
modo a garantir uma instrução voltada para o
melhor conhecimento de quem somos, não numa
lógica fechada e retrospetiva, mas aberta e
orientada. Assim nasceu em 1837 «O Panorama –
Jornal Literário e Instrutivo», para cuja redação
Herculano foi convidado por António Feliciano de
Castilho. O jornal saía aos sábados e constitui uma
referência fundamental no cuidado pela instrução
popular, pela herança e pela memória.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Alexandre Herculano
https://tertuliabibliofila.blogspot.com/2015/11/alexandre-
herculano-voz-do-propheta-o.html
N’ «O Panorama» publicaram-se algumas das
«Lendas e Narrativas», e colocou-se na ordem do
dia a necessidade de proteger o património
artístico e arqueológico. Se nos lembrarmos que
«O Panorama» chegou a vender cinco mil
exemplares, tendo o historiador sido redator
principal de 1837 a 1839 e de 1842 a 1844.
Compreendia-se, assim, ao mais alto nível que
uma sociedade moderna e cosmopolita deveria
começar por proteger e salvaguardar o que lhe
era próprio. Foi um acérrimo defensor da
memória e da liberdade de imprensa.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Alexandre Herculano
https://www.e-cultura.pt/artigo/20374
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett
(1799-1854) foi escritor, dramaturgo, diplomata,
novelista, orador, político, poeta, e romancista. Era
dotado de uma sensibilidade estética apurada e de
um gosto aprimorado, revelou-se um amante das
belas-artes, das tradições artísticas e dos
monumentos nacionais. Sentiu imperativo do
resgate da "memória da nação", como determinante
no progresso e coesão social do Portugal liberal.
Dedicou-se à ideia de edificar para a nação uma
propriedade cultural e artística comum, acessível a
todos. Em prol da formação do Homem, orientou
esta "missão" sob o símbolo da "viagem", cuja
experiência surge como um dever na sua obra.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Almeida Garrett
https://aviagemdosargonautas.net/2012/08/14/o-
romantismo-social-portugues-ii-almeida-garrett/
Devido aos sucessivos abandonos por parte dos
governos cartistas (elevada turbulência política
desde 1820), levam-no a envolver-se com
o Setembrismo, dando assim origem à sua
carreira parlamentar. Logo em 28 de Setembro de
1836 é incumbido de apresentar uma proposta
para o teatro nacional, o que faz propondo a
organização de uma Inspeção Geral dos Teatros, a
edificação do Teatro D. Maria II e a criação do
Conservatório de Arte Dramática. Os anos de
1837 e 1838, são preenchidos nas discussões
políticas que levarão à aprovação da Constituição
de 1838, e na renovação do teatro nacional.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Almeida Garrett
https://www.e-chiado.pt/historia/figuras-do-
chiado/almeida-garrett/
Em 15 de Julho de 1841 ataca violentamente o ministro António José d'Ávila,
num discurso a propósito da Lei da Décima, o que implica a sua passagem
para a oposição, e o leva à demissão de todos os seus cargos públicos. Em
1842, opõem-se à restauração da Carta proclamada no Porto por Costa
Cabral. Eleito deputado nas eleições para a nova Câmara dos Deputados
cartista, recusa qualquer nomeação para as comissões parlamentares, como
toda a esquerda parlamentar. No ano seguinte ataca violentamente o
governo cabralista, que compara ao absolutista.
É neste ano de 1843 que começou a publicar, na Revista
Universal Lisbonense, as ”Viagens na Minha Terra”,
descrevendo a viagem ao vale de Santarém iniciada
em 17 de Julho. Anteriormente, em 6 de Maio, tinha lido
no Conservatório Nacional uma memória em que
apresentou a peça de teatro ”Frei Luís de Sousa”, fazendo
a primeira leitura do drama.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Almeida Garrett
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/serie-da-
rtp-sobre-almeida-garrett/
Nas “Viagens na Minha Terra”, insiste
especialmente na atenção e na necessidade de
proteger o património antigo votado ao abandono
ou à especulação. Diz-nos o escritor, a propósito
dos tratos sofridos por Santa Maria da Alcáçova
em Santarém: «…Na Europa, no mundo todo,
talvez se não ache um país, onde, a par de tão
belos monumentos antigos como os nossos, se
encontrem tão vilãs, tão ridículas e absurdas
construções públicas e particulares, como essas
quase todas que há um século se fazem em
Portugal».
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Almeida Garrett
https://www.publico.pt/2020/08/27/culturaipsi
lon/noticia/almeida-garrett-poeta-oficial-
revolucao-1929329
Entre 1846 e 1852 Almeida Garrett esteve afastado da vida política. Em 1849, passa
uma breve temporada em casa de Alexandre Herculano, na Ajuda. Em 1850,
subscreve com mais de 50 outras personalidades um Protesto contra a Proposta
sobre a Liberdade de Imprensa, mais conhecida por «lei das
rolhas».
Com o fim do Cabralismo e o começo da Regeneração, em
1851, Almeida Garrett é consagrado oficialmente. É nomeado
sucessivamente para a redação das instruções ao projeto da
lei eleitoral, como plenipotenciário nas negociações com a
Santa Sé, para a comissão de reforma da Academia das
Ciências, vogal na comissão das bases da lei eleitoral, e na
comissão de reorganização dos serviços públicos, para além
de vogal do Conselho Ultramarino, e de estar encarregado da
redação do que irá ser o Ato Adicional à Carta. Em 25 de
Junho é agraciado com o título de Visconde.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Almeida Garrett
http://asminhasilustracoes.blogspot.com/2014
/12/almeida-garrett.html
José Duarte Ramalho Ortigão (1836-1915) foi
professor, funcionário da secretaria da Academia
das Ciências de Lisboa, jornalista e escritor
português de grande prestígio, tendo-se
destacado pela qualidade da sua prosa satírica de
cunho social.
A sua póstuma notoriedade está associada ao
facto de ter colaborado com o prodigioso escritor
Eça de Queirós, seu antigo aluno, em obras como
o folhetim O Mistério da Estrada de Sintra e nas
crónicas verrinosas apropriadamente
intituladas As Farpas.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Ramalho Ortigão
http://www.poeteiro.com/2017/12/ele-e-ela-
conto-de-ramalho-ortigao.html
A sensibilidade humanista foi bastante
relevante num dos seus últimos livros
intitulado ”O culto da arte em
Portugal” (1896) ao manifestar um repúdio
público pelo abandono ou a destruição a
que estava votada a maioria do conjunto
patrimonial histórico-artístico português,
sendo esta obra percursora da
sensibilidade política de preservação do
património histórico-artístico nacional e
dos estudos de História da Arte pelas
pertinentes pistas de interpretação que
semeou.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Ramalho Ortigão
https://www.leme.pt/magazine/efemerides/09
27/ramalho-ortigao.html
Instigado por um forte sentimento
patriótico, procurou chamar a atenção n’ ”O
culto da arte em Portugal” para a escola
portuguesa de pintura dos séculos XV e XVI e
para a originalidade do estilo arquitetónico
Manuelino.
Aliás, muitos historiadores da arte, dos
nossos dias, receberam ricos ensinamentos
das preciosas informações que divulgou,
designadamente de autores estrangeiros
que cita como James Murphy, Atanásio
Raczynski e Karl Albrecht Haupt, atentos
estudiosos da arte portuguesa.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Ramalho Ortigão
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$rama
lho-ortigao
Ramalho Ortigão salienta que as operações de
restauro artístico surgiram como critério
revivalista, no século XIX, associadas à reparação
ou à reconstrução purista das grandes catedrais
góticas da Europa, sendo que o contexto
histórico do Romantismo incitou a encontrar as
raízes históricas das identidades nacionais e a
assegurar a proteção dos grandes monumentos
pátrios.
No seu espírito crítico, realça-nos escandalizado
alguns desses atentados perpetrados pelas
autoridades portuguesas ao nosso património
histórico-artístico.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Ramalho Ortigão
https://rnod.bnportugal.gov.pt/rnod/winlibsrc
h.aspx?&pesq=3&doc=277456
Ramalho Ortigão considerou que a maioria dos restauros, do património
histórico-artístico português, realizados se efetuaram sem planeamento técnico,
sem escrutínio crítico e sem orientação política, o que impulsionou a
manifestação de atitudes aberrantes por parte das autoridades públicas ou de
particulares.
Nomeadamente, regista as muitas destruições de monumentos históricos por
mera obediência a simples caprichos de poderosos ou dos detentores do poder.
As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett
e Ramalho Ortigão
Grupo Vencidos da Vida. Geração de 70. Eça de Queiroz, Oliveira Martins,
Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/21-nov-2020/ramalho-cinco-decadas-de-
portugal-politico-13053656.html
Escolher 1 cidade portuguesa;
Explicar resumidamente a
história dessa cidade;
Escolher 1 tipo de património:
- enquadramento
- a sua classificação
- importância para a região
em análise
O património cultural de uma localidade,
região ou país representa um conjunto de
valores que a sociedade atual, perante o
desafio da globalização, procura reivindicar
como memória da sua identidade cultural.
Este compreende todos aqueles elementos
que fundam a identidade de um grupo e
que o diferenciam dos demais, e que esse
grupo reconhece e valoriza com o objetivo
de garantir a sua transmissão para as
gerações futuras.
Património Cultural
Guitarra Portuguesa
https://radiogeice.com/2020/09/musicos-fazem-workshops-de-guitarra-
portuguesa-e-viola-na-defesa-da-linguagem-fadista/
Património Cultural
➢ Tipologias de património
➢ O património abarca realidades
muito diversas.
➢ Torna-se necessário subdividi-lo de
forma a facilitar o seu estudo:
PATRIMÓNIO
PATRIMÓNIO
CULTURAL
PATRIMÓNIO
MATERIAL
PATRIMÓNIO
IMÓVEL
PATRIMÓNIO
MÓVEL
PATRIMÓNIO
IMATERIAL
PATRIMÓNIO
NATURAL
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material móvel: objetos
de arte
Pintura, escultura, códices
manuscritos, ourivesaria, tapeçaria,
porcelana, cerâmica, mobiliário,
traje.
O património móvel é constituído
pelos objetos que representam
testemunhos de valor histórico,
artístico ou cultural do passado.
Museu Nacional de Arte Antiga
https://www.meetingsinportugal.com/index.php/patrimonio-
cultural/museu-nacional-de-arte-antiga
Património Material, Imóvel e Móvel
➢ Tipologias de património móvel:
➢ Obras artísticas: representativas de
uma determinada forma de arte ou
corrente artística;
➢ Artefactos arqueológicos:
testemunho dos modos de vida das
civilizações do passado;
➢ Objetos etnográficos: relativos ao
meio rural e às atividades
tradicionais de subsistência.
Património Material, Imóvel e Móvel
Grande parte destes testemunhos é
preservada nos museus.
Para além dos monumentos e
tradições, também os museus se
afirmam como um importante
recurso para o turismo.
Os museus são instituições
vocacionadas para a preservação e
divulgação do património cultural,
predominantemente na sua vertente
móvel (objetos) mas que comporta
ainda a vertente imaterial e todo o
contexto associado à existência e
funcionalidade dos mesmos.
Museu Militar de Lisboa
https://www.allaboutportugal.pt/pt/lisboa/cultura/museu-militar-de-lisboa
Património Material, Imóvel e Móvel
DEFINIÇÃO
UNIVERSAL
Um museu é uma instituição
permanente, sem fins lucrativos, ao
serviço da sociedade e do seu
desenvolvimento, aberto ao público, e
que adquire, conserva, estuda,
comunica e expõe testemunhos
materiais do homem e do seu meio
ambiente, tendo em vista o estudo, a
educação e a fruição.
Património Material, Imóvel e Móvel
Os museus podem ter diferentes tipologias, consoante a natureza dos
objetos que o compõem e o respetivo âmbito territorial:
o Museus Nacionais.
o Museus Regionais.
o Museus Locais.
o Museus Municipais.
o Museus monográficos.
o Casas-Museu.
o Museus de Arte.
o Museus de Arqueologia.
o Museus de Ciência.
o Museus industriais.
o Museus etnográficos.
Património Material, Imóvel e Móvel
Podemos ainda considerar o património
bibliográfico ou arquivístico, composto por
códices manuscritos, livros antigos e
documentos.
Este tipo de património é preservado nos
arquivos e bibliotecas.
Biblioteca de Mafra
https://www.ericeiramag.pt/biblioteca-do-palacio-nacional-
mafra-espectaculares/ Torre do Tombo - Depósito
https://www.facebook.com/Arquivos.Portugal/posts/312747
940507/
Património Material, Imóvel e Móvel
A Direção-Geral do Património Cultural
(DGPC) é responsável pela gestão do
património cultural em Portugal continental.
Uma equipa alargada, cobrindo praticamente
todos os domínios técnicos e científicos e
estruturada funcionalmente em serviços
centrais, sediados em Lisboa, e em Museus,
Monumentos e Palácios, localizados em
diferentes pontos do país, assegura um vasto
leque de funções e disponibilizam um vasto
conjunto de serviços.
Património Material, Imóvel e Móvel
➢ Atribuições
➢ estudo, investigação e divulgação do
Património imóvel, móvel e imaterial;
➢ gestão do património edificado
arquitetónico e arqueológico no território e
nas cidades;
➢ realização de obras de conservação nos
grandes monumentos,
➢ gestão dos Museus Nacionais e dos
monumentos classificados como Património
Mundial;
➢ coordenação da Rede Portuguesa de
Museus;
➢ documentação e inventário do património
imaterial;
➢ intervenções de conservação e restauro de
peças de património móvel e integrado.
Património Material, Imóvel e Móvel
Museus e Palácios geridos diretamente pelo DGPC
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves - Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Abade de Baçal - Bragança
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu da Cerâmica - Caldas da
Rainha
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu da Guarda - Guarda
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu da Terra de Miranda -
Miranda do Douro
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu de Alberto Sampaio - Guimarães
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu de Alberto Sampaio - Guimarães
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu de Aveiro - Aveiro
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu de Aveiro - Aveiro
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu D. Diogo de Sousa - Braga
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu de Évora - Évora
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu de Francisco Tavares
Proença Júnior - Castelo Branco
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu de Lamego - Lamego
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional de Arte Contemporânea -
Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu dos Biscainhos -
Braga
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Dr. Joaquim Manso -
Nazaré
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Grão Vasco -
Viseu
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Grão Vasco -
Viseu
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu José Malhoa - Caldas da
Rainha
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Monográfico de Conímbriga - Condeixa-a-
Nova
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional de Arqueologia - Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional de Arte Antiga - Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional de Etnologia - Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional Machado de Castro - Coimbra
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional de Soares dos Reis - Porto
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional do Azulejo - Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional do Teatro - Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Museu Nacional do Traje -
Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Paço dos Duques - Guimarães
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Palácio Nacional da Ajuda -
Lisboa
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Palácio Nacional de Mafra -
Mafra
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Palácio Nacional de Queluz - Sintra
PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL
Palácio Nacional de Sintra – Sintra
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
PATRIMÓNIO
EDIFICADO
➢ Monumentos civis,
militares e religiosos;
➢ solares – interesse público
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
O património edificado (também designado
como património "construído", "edificado" ou
"arquitetónico") refere-se às construções que
tiveram intervenção humana na sua edificação.
Embora mereçam destaque as obras passadas,
que refletem estilos artísticos de outras épocas,
muitas das construções do presente podem ser
consideradas património. Centro Cultural de Belém
https://www.publico.pt/2021/01/25/culturaipsilon/noticia/c
entro-cultural-belem-prolonga-suspensao-actividades-ate-
31-marco-1947859
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Tipologias de património edificado :
PATRIMÓNIO
IMÓVEL
Arquitectura
Militar
Arquitectura
Civil
Arquitectura
Religiosa
Arquitectura
Industrial
Arquitectura
Vernacular
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Tipologias de património edificado :
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Tipologias de património edificado :
Tipologia Função original Exemplos
Arquitetura
Religiosa
Culto
Devocional
Igrejas
Capelas
Mosteiros
Santuários
Conventos
Cruzeiros
Alminhas
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Tipologias de património edificado :
Arquitetura
civil
Privada
(habitação)
Pública
(abastecimento,
judicial,
urbanística,
administrativa)
Casas
Solares, Palácios
Pelourinhos
Câmaras
Tribunais
Cadeias
Aquedutos. Fontes
Pontes. Estradas
Tipologia Função original Exemplos
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Tipologias de património edificado :
Arquitetura
industrial
Produção industrial
Vias e meios de
comunicação
Fábricas
Chaminés
Fornos
Minas
Locomotivas
Linhas férreas
Estações
férreas
Tipologia Função original Exemplos
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Tipologias de património edificado :
Arquitectura
vernacular
Produção rural
Economia agrária
Moinhos
Lagares
Espigueiros
Eiras
Fornos cerâmicos
Oficinas de artesão
Tipologia Função original Exemplos
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Património Classificado
Local/regional/nacional – DGCP
Internacional – UNESCO
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
CONFORME DETERMINA A
CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA PORTUGUESA,
CONSTITUI TAREFA DO
ESTADO:
Promover a salvaguarda e a
valorização do património cultural,
tornando-o elemento vivificante da
identidade cultural comum (art. 78).
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
A proteção legal expressa-se em 3 modalidades:
MN – Monumento Nacional.
IIP – Imóvel de interesse público.
IVC – Imóvel de valor concelhio.
Património Material, Imóvel e Móvel
Classificação Critério de classificação
MONUMENTO NACIONAL Um bem considera-se de interesse nacional quando a respetiva
proteção e valorização, no todo ou em parte, represente um
valor cultural de significado para a Nação.
IMÓVEL DE INTERESSE
PÚBLICO
Um bem considera-se de interesse público quando a respetiva
proteção e valorização represente ainda um valor cultural de
importância nacional, mas para o qual o regime de proteção
inerente à classificação como de interesse nacional se mostre
desproporcionado.
IMÓVEL DE INTERESSE
MUNICIPAL
Um bem considera-se de interesse municipal quando a respetiva
proteção e valorização, no todo ou em parte, representem um
valor cultural de significado predominante para um determinado
município.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Monumentos e sítios geridos diretamente pelo DGCP:
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
A UNESCO e o Património Mundial
A nível mundial, o património é
classificado pela UNESCO (Organização
nas Nações Unidas para a Cultura,
Ciência e Educação).
Em 1972, A UNESCO adotou a
Convenção do Património Mundial,
Cultural e Natural, a fim de catalogar e
preservar lugares que se destacam pela
sua importância cultural ou natural,
devendo ser considerados como bem
comum da humanidade.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
O comité do património mundial, criado em 1976, tem quatro funções principais:
➢ Identificar os bens culturais e naturais de valor universal excecional e incluí-los
na lista do Património Mundial.
➢ Vigiar, em conjunto com cada país, o estado de conservação dos bens que
fazem parte da lista do património mundial.
➢ Incluir, de entre os bens inscritos na lista de património mundial, os que devem
ser incluídos na lista do património mundial em perigo.
➢ Definir as condições adequadas para a utilização dos recursos do fundo de
património mundial, a fim de ajudar cada país a salvaguardar os seus bens de
elevado valor universal.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
Locais em Portugal classificados pela UNESCO como património mundial:
Património Material, Imóvel e Móvel
Património material imóvel
1983 Centro Histórico de Angra do
Heroísmo nos Açores
1983 Mosteiro dos Jerónimos e
Torre de Belém em Lisboa
1983 Mosteiro da Batalha
1983 Convento de Cristo em
Tomar
1988 Centro Histórico de Évora
1989 Mosteiro de Alcobaça
1995 Paisagem Cultural de Sintra
1996 Centro Histórico do Porto
1998 Sítios Arqueológicos no Vale do Rio
Côa
1999 Floresta Laurissilva da Ilha da
Madeira
2001 Centro Histórico de Guimarães
2001 Região Vinhateira do Alto Douro
2004 Paisagem da Cultura da Vinha da
Ilha do Pico
2012 Fortificações de Elvas
2013 Universidade de Coimbra
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Ritos, contos, usos, superstições,
costumes, crendices, mitologia, tradições,
lendas.
Considera-se património cultural
imaterial as práticas, representações,
expressões, conhecimentos e aptidões –
bem como os instrumentos, objetos,
artefactos e espaços culturais que lhes
estão associados – que as comunidades,
os grupos e, sendo o caso, os indivíduos
reconheçam como fazendo parte
integrante do seu património cultural.
Caretos de Podence
“O vermelho, verde, amarelo e preto dos fatos e das máscaras e as
endiabradas criaturas são uma presença constante num passeio pela
aldeia de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, berço do
Entrudo Chocalheiro elevado, a 12 de dezembro de 2019, a Património
Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a Organização das Nações
Unidas para a Ciência, Educação e Cultura.” In https://ominho.pt/aldeia-
dos-caretos-mais-colorida-no-1-o-aniversario-de-patrimonio-da-
humanidade/
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
O património cultural imaterial manifesta-se nos seguintes domínios:
PATRIMÓNIO
IMATERIAL
Expressões
orais
Expressões
performativas
Práticas
sociais, rituais
e festivas
Conhecimentos
relacionados
com a natureza
Saberes
tradicionais
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
O património cultural imaterial manifesta-se nos seguintes domínios:
Tradições e expressões orais, incluindo a língua como vetor do património
cultural imaterial.
Expressões artísticas e manifestações de carácter performativo.
Práticas sociais, rituais e eventos festivos.
Conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo.
Competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
De entre estas categorias de elementos, podemos destacar os seguintes, pela sua
diversidade regional e importância que detêm na formação das identidades locais
e respetiva dinamização:
✓ Lendas.
✓ Artesanato.
✓ Jogos tradicionais.
✓ Folclore.
✓ Gastronomia.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Lendas
Originalmente, a palavra lenda designava histórias de santos, mas o sentido
estendeu-se para significar uma história ou tradição oriunda de tempos
imemoriais e popularmente aceite como verdade.
A lenda frequentemente diz respeito a personagens famosas, populares,
revolucionárias, santas, que vivem na imaginação popular.
A lenda é sustentada oralmente, cantada em versos tradicionais ou em
baladas, e posteriormente escrita.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Folclore
O Folclore é um género de cultura de origem popular, constituído pelos
costumes, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de
geração em geração.
Todos os povos possuem as suas tradições, crenças e superstições, que se
transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Visto que o conceito de folclore é vasto e grandemente transversal, um
acontecimento é considerado de folclórico quando apresenta as seguintes
características:
Tradicionalidade: vem sendo transmitido de geração em geração.
Oralidade: é normalmente transmitido pela palavra falada.
Anonimato: o seu autor é, habitualmente, anónimo.
Funcionalidade: existe uma razão para acontecer.
Aceitação coletiva: todo o povo se identifica com tal acontecimento.
Vulgaridade: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites.
Espontaneidade: não pode ser oficial nem institucionalizado.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial
ou intangível
Festas de Nossa Senhora da Agonia (Viana do
Castelo)
Feiras Novas (Ponte de Lima)
Vaca das Cordas (Ponte de Lima)
Semana Santa (Braga)Festa da Coca (Monção)
Festas Nicolinas (Guimarães)
A queima do Judas
A serrada da velha
Dança tradicional: Vira Minhoto
Romaria de S. Bartolomeu do Mar (Esposende)
Cabeçudos e gigantones
Zés Pereiras de Sanfis do Douro (Alijó)
Tunas do Marão
Carnaval Transmontano: Caretos de Podence
Música tradicional: Gaiteiros e tamborileiros
Vindima e Lagarada tradicional (Douro)
REGIÃO NORTE
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial
ou intangível
REGIÃO NORTE
Festas dos rapazes (Bragança)
Chegas de Bois (Montalegre)
Festival de Medicina Popular de Vilar de Perdizes
Festa de S. João (Porto)
Pauliteiros de Miranda do Douro
Dialecto tradicional: Mirandês
Festa das Fogaceiras (Santa Maria da Feira)
Feira de Barcelos
S. Martinho
Traje tradicional do Minho: Traje à lavadeira
Traje Transmontano: Capa de Burel
Traje transmontano: Croça
Traje transmontano: Capa de honras Mirandesa
Traje tradicional: Traje poveiro (Póvoa de Varzim)
Apanha do Sargaço (Apúlia – Esposende)
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial
ou intangível
REGIÃO CENTRO
Cavalhadas de Vildemoinhos (Viseu)
Feira de S. Mateus (Viseu)
Procissão da Rainha Santa (Coimbra)
Festejos da Queima das Fitas (Coimbra)
Música tradicional: Fado de Coimbra
Capeia raiana (Beira interior)
Festas de S. Gonçalinho (Aveiro)
Arte xávega
S. Martinho
Festa das cruzes (Monsanto)
Carnaval de Ovar
Cantares tradicionais de Manhouce (S. Pedro do Sul)
Romaria de Nosso Senhor dos Caminhos (Sátão –
Viseu)
Música tradicional: Adufe (Beira Baixa)
Traje tradicional: Traje à tricana (Coimbra)
Traje tradicional: Traje da Nazaré
Traje tradicional: Traje serrano (Serra da Estrela)
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO
Festa dos tabuleiros (Tomar)
Dança tradicional: Fandango
Música tradicional: Fado de Lisboa
Festa do Santo António (Lisboa)
Marchas populares de Santo António (Lisboa)
Tourada
Feira do Cavalo (Golegã)
Carnaval de Torres Vedras
Traje tradicional: Traje de Campino (Ribatejo)
Traje tradicional: Varina (Lisboa)
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
REGIÃO DO ALENTEJO
Cantares Alentejanos
Festas das flores (Campo Maior)
Tourada
Feira de S. Mateus (Elvas)
Festa da Castanha (Marvão)
Romaria de Nossa Senhora de Aires (Viana do Alentejo)
Traje tradicional: Traje de ceifeira
Traje tradicional: traje de pastor
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
REGIÃO DO ALGARVE
Carnaval de Loulé
Dança tradicional: Corridinho
Festa da Nossa Senhora da Conceição (Faro)
Bailes dos Maios
Música tradicional: grupos de charolas
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
REGIÃO DOS AÇORES
Festas do Espírito Santo
Festas do Santo Cristo dos Milagres
Festas São-Joaninas
Semana do Mar
Tourada à corda
Semana dos baleeiros (Pico)
Corridas de touros (Ilha terceira)
Malhos e espantalhos (Lagoa)
Dança tradicional: Chamarrita
REGIÃO DA MADEIRA
Carnaval da Madeira
Festa do Senhor dos milagres (Machico)
Festa da Flor
Dança tradicional: Bailinho da Madeira
Música tradicional: Brinquinho
Festa dos compadres (Santana)
Festa de S. Pedro (Ribeira Brava)
Festa de S. Silvestre (Funchal)
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Jogos tradicionais
Sinal da sua grandeza e importância, podem
proporcionar estudos diversificados no âmbito
da História, da Historiografia, da Psicologia, da
Sociologia, da Pedagogia, da Etnografia e da
Linguística, entre outros.
Este tipo de jogos varia de região para região e
possui um significado de natureza mágico-
religiosa.
É normalmente praticado em épocas bem
determinadas do ano ou em intervalos do
trabalho agrícola, contribuindo de modo
saudável para a ocupação das horas livres.
Jogos Tradicionais
https://www.allaboutportugal.pt/pt/artigos/jogos-tradicionais-
portugueses-uma-heranca-que-perdura
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Os jogos tradicionais são muito antigos,
praticados desde há séculos e são transmitidos
oralmente de geração para geração.
No entanto, conforme os condicionalismos de
cada região, as diferentes gerações adaptam-nos
à sua maneira de ser e de viver.
Em conclusão, pode-se dizer que os jogos
tradicionais são criados pelos seus praticantes a
partir do reportório dos mais velhos e adaptados
às características do local.
A denominação de cada um deles evoca por si
mesma as suas características e regras
principais.
Jogos Tradicionais
https://www.verdadeiroolhar.pt/associacao-leva-jogos-
tradicionais-milhares-criancas-valongo/
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Características dos jogos tradicionais:
Cultura: fazem parte dos conhecimentos adquiridos de geração para geração e
estão relacionados com o Folclore, o teatro, as lendas, as adivinhas, os
costumes, etc.
Movimento: as suas diferentes formas de exteriorização promovem um grande
contacto com os mais variados tipos de movimento: o salto, o lançamento, a
corrida, etc.
Competição saudável: o mais importante é o convívio simples e salutar entre
as pessoas ou grupos, próximas ou distantes.
Festa: é um momento de descontração, de pausa na labuta diária. principais.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Artesanato
É tradicionalmente a produção de carácter
familiar, na qual o artesão possui os meios de
produção (sendo o proprietário da oficina e
das ferramentas) e trabalha com a família em
sua própria casa, realizando todas as etapas da
produção, desde o preparo da matéria-prima,
até o acabamento final.
Ou seja, não havendo divisão do trabalho ou
especialização para a confeção de algum
produto.
Em algumas situações o artesão tinha junto a
si um ajudante ou aprendiz.
Artesanato em Lã
https://sites.google.com/site/onossoportugaliscap/artesa
nato-de-portugal/artesanato-em-la
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Olaria de São Pedro do Corval
https://7maravilhas.pt/portfolio/olaria-
de-sao-pedro-do-corval/
O artesanato é encarado como sendo
uma das imagens de marca de
qualquer região.
Em Portugal, com forte em raízes
culturais e sociais, é um dos principais
meios que motivam a visita dos
turistas e que lhes despertam o desejo
e a curiosidade.
Centro Interpretativo Olaria de São Pedro do Corval
http://arquivo2020.cm-reguengos-
monsaraz.pt/pt/visitar/Paginas/casa-do-barro.aspx
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
As atividades
artesanais podem
subdividir-se nos
seguintes grupos:
o Grupo 01 - Artes e Ofícios Têxteis.
o Grupo 02 - Artes e Ofícios de Cerâmica.
o Grupo 03 - Artes e Ofícios de Trabalhar Elementos Vegetais.
o Grupo 04 - Artes e Ofícios de Trabalhar Peles e Couros.
o Grupo 05 - Artes e Ofícios de Trabalhar Madeira e Cortiça.
o Grupo 06 - Artes e Ofícios de Trabalhar o Metal.
o Grupo 07 - Artes e Ofícios de Trabalhar a Pedra.
o Grupo 08 - Artes e Ofícios ligados ao Papel e Artes Gráficas.
o Grupo 09 - Artes e Ofícios ligados à Construção Tradicional.
o Grupo 10 - Restauro de Património, Móvel e Integrado.
o Grupo 11 - Restauro de Bens Comuns.
o Grupo 12 - Produção e Confeção Artesanal de Bens Alimentares.
o Grupo 13 - Outras Artes e Ofícios.
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
REGIÃO CENTRO
Porcelanas da Vista Alegre.
 Tecelagem em linho (Serras de Montemuro e do Caramulo).
 Trabalhos em cobre e ferro.
 Latoeiros e estanhos (Viseu e Castro Daire).
 Louça pintada de Coimbra.
 Miniaturas de casas em xisto (Piódão).
 Colchas de Almalaguês (Coimbra).
 Flores de papel de Fragosela (Mangualde).
 Rendas de Bilros de Torredeita (Viseu).
 Mantas de farrapos (Guarda).
 Colchas bordadas de Castelo Branco.
 Trabalho em cantaria (Alcains – Castelo Branco).
 Artigos em lã e couro (serra da Estrela).
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Gastronomia
A gastronomia tradicional foi declarada como
um bem imaterial do património cultural de
Portugal, através da Resolução do Conselho de
Ministros 96/2000 de 26/7.
Gastronomia Portuguesa
https://www.receitasemenus.net/receitas-de-portugal/
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
GASTRONOMIA
NACIONAL SEGUNDO
ESTE INSTRUMENTO
LEGISLATIVO
“O receituário tradicional português, assente,
designadamente, em matérias-primas de fauna
e flora utilizadas ao nível nacional, regional ou
local, bem como em produtos agroalimentares
produzidos em Portugal, e que, pelas suas
características próprias revele interesse do
ponto de vista histórico, etnográfico, social ou
técnico, evidenciando valores de memória,
antiguidade, autenticidade, singularidade ou
exemplaridade.”
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Para a indústria do turismo, a gastronomia é uma forte componente da
imagem e da capacidade de atracão de um destino e pode ser o principal facto
de motivação para os turistas.
Pasteis de Nata
https://pastel-de-nata.pt/receita-de-pastel-de-nata/
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Património Material, Imóvel e Móvel
Património imaterial ou intangível
Formas de Preservação e de
divulgação dos diferentes tipos de Património
Vivemos em globalização, e, como sabemos a cultura tem o poder de transformar
sociedades. Nas suas diversas
manifestações, desde os nossos
monumentos históricos e museus às
práticas tradicionais e formas de arte
contemporâneas, a cultura enriquece as
nossas vidas quotidianas de inúmeras
formas. O património constitui uma fonte
de identidade e coesão para as
comunidades afetadas pela mudança
desconcertante e pela instabilidade
económica. A criatividade contribui para a
construção de sociedades abertas,
inclusivas e pluralistas. Tanto o património
como a criatividade constituem as bases de
uma sociedade do conhecimento vibrante,
inovadora e próspera.
in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-
nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade
Frederico Draw, Gonçalo Ribeiro, Add Fuel e Miguel Januário desenharam a
homenagem ao capitão Salgueiro Maia, na avenida de Berna
Foto Leonardo Negrão / Global Imagens
Formas de Preservação e de
divulgação dos diferentes tipos de Património
A UNESCO acredita que o
desenvolvimento não poderá ser
sustentável sem uma forte componente
cultural. Na realidade, só uma abordagem
do desenvolvimento centrada no
ser humano e baseada no respeito
mútuo e diálogo aberto entre culturas
poderá produzir resultados duradouros,
inclusivos e equitativos. No entanto, até
recentemente a cultura tem estado
ausente das reflexões sobre o
desenvolvimento.
in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-
nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade
in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/a-unesco/sobre-a-unesco
Formas de Preservação e de
divulgação dos diferentes tipos de Património
Para garantir que a cultura assume o lugar
a que tem direito nos processos e
estratégias de desenvolvimento, a UNESCO
adotou uma abordagem tripartida:
1. lidera a sensibilização em prol da cultura
e do desenvolvimento em todo o mundo;
2. atua junto da comunidade internacional
para definir políticas e quadros jurídicos
transparentes, e
3. trabalha no terreno apoiando os
governos e as partes interessadas locais na
salvaguarda do património, no
fortalecimento das indústrias criativas e no
incentivo ao pluralismo cultural.
in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-
nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade
Centro histórico de Florença, Património da Humanidade desde
1982, pois Toscana foi o berço do Renascimento
in https://www.viagemcomcharme.com/httpwww-
viagemcomcharme-cidadesdaeuropapatrimoniomundialdaunesco/
Formas de Preservação e de
divulgação dos diferentes tipos de Património
As convenções culturais de UNESCO
constituem uma plataforma global única
para a cooperação internacional e
estabelecem um sistema de governança
cultural holístico, baseado nos direitos
humanos e nos valores comuns. Estes
tratados internacionais visam proteger e
salvaguardar o património cultural e
natural do mundo, incluindo os sítios
arqueológicos, património imaterial e
subaquático, coleções de museus,
tradições orais e outras formas de
património bem como apoiar a
criatividade, a inovação e o surgimento de
sectores culturais dinâmicos.
in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-
nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade
Tango, Património Imaterial da Humanidade, 2009 in
https://www.publico.pt/2009/10/01/jornal/unesco-declara-o-
tango-patrimonio-imaterial-da-humanidade-17929908
Formas de Preservação e de
divulgação dos diferentes tipos de Património
in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade
Convenções da UNESCO na área da Cultura:
Convenção Universal sobre Direito de Autor (1951, revista em 1971)
Convenção para a Proteção de Bens Culturais em Caso de Conflito Armado (Convenção de Haia, 1954;
protocolos em 1954 e 1999)
Convenção relativa às Medidas a Adotar para Proibir e Impedir a Importação, a Exportação e a
Transferência Ilícitas da Propriedade de Bens Culturais (1970)
Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural (1972)
Convenção sobre a Proteção do Património Cultural Subaquático (2001)
Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (2003)
Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005)
Recomendação sobre a paisagem urbana histórica (2011)
Bibliografia/Webgrafia
Alarcão, Jorge de, Introdução ao estudo da história e do património locais. Coimbra: Instituto de Arqueología e de
História de arte, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1988
Almeida, Álvaro Duarte; Belo, Duarte, Portugal Património, Lisboa, Círculo de Leitores, 2007 (8 volumes)
https://www.arqnet.pt/portal/biografias/
Artes e tradições de Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian, 1994
https://caminhosdeportugal.com/pintura-portugal-seculo-xv/
CAMPOS, Joana Salomé, “Intervenção no património edificado. Conceitos e reflexões”, in Oppidum, 2010, ano 5,
número 4, 8 p.
https://cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt/ramalho-ortigao-e-a-salvaguarda-do-57639
Dias, Jorge, “Etnologia, etnografia e folclore” e “Os elementos fundamentais da cultura Portuguesa” in Estudos de
Antropologia, Coleção Temas Portugueses, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1990 (Ed. Original 1945)
https://doceru.com/doc/80ne5x
Bibliografia/Webgrafia
https://www.e-cultura.pt/artigo/2037
http//folclore-online.com
http://www.gastronomias.com
http://www.jogostradicionais.org
http://www.monumentos.pt
https://nationalgeographic.pt/historia/grandes-reportagens/2733-a-igreja-matriz-de-mertola-que-foi-
uma-mesquita
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/dgpc/m/mosteiro-da-batalha/
https://seguindopassoshistoria.blogspot.com/2019/07/o-castelo-de-sao-jorge-de-lisboa.html
Bibliografia/Webgrafia
https://turismodocentro.pt/artigo/dia-nacional-dos-centros-historicos-portugueses
http://www.turismodeportugal.pt
https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade/
https://www.vortexmag.net/os-20-monumentos-mais-bonitos-de-portugal

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.Sónia Araújo
 
Arquitetura românica
Arquitetura românicaArquitetura românica
Arquitetura românicaAna Barreiros
 
A arquitetura do ferro e do vidro
A arquitetura do ferro e do vidroA arquitetura do ferro e do vidro
A arquitetura do ferro e do vidroCarlos Pinheiro
 
Programa de área de integração
Programa de área de integraçãoPrograma de área de integração
Programa de área de integraçãoJoana
 
Cultura global ou globalização das culturas
Cultura global ou globalização das culturasCultura global ou globalização das culturas
Cultura global ou globalização das culturasAdriana Cahongo
 
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]glauci coelho
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura góticaAna Barreiros
 
01 Conceitos Turismo
01    Conceitos  Turismo01    Conceitos  Turismo
01 Conceitos Turismocursotiat
 
CP-Dr4-idal
CP-Dr4-idalCP-Dr4-idal
CP-Dr4-idalmega
 
Módulo 5 – Cultura do Palácio
Módulo 5 – Cultura do PalácioMódulo 5 – Cultura do Palácio
Módulo 5 – Cultura do PalácioCarlos Vieira
 
04 vias de expressão da arte portuguesa contemporânea
04 vias de expressão da arte portuguesa contemporânea04 vias de expressão da arte portuguesa contemporânea
04 vias de expressão da arte portuguesa contemporâneaVítor Santos
 
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]glauci coelho
 

Mais procurados (20)

Arquitetura barroca
Arquitetura barrocaArquitetura barroca
Arquitetura barroca
 
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
Módulo 2 - procura e motivações turísticas.
 
Produto Turistico
Produto TuristicoProduto Turistico
Produto Turistico
 
Arquitetura românica
Arquitetura românicaArquitetura românica
Arquitetura românica
 
A arquitetura do ferro e do vidro
A arquitetura do ferro e do vidroA arquitetura do ferro e do vidro
A arquitetura do ferro e do vidro
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
Programa de área de integração
Programa de área de integraçãoPrograma de área de integração
Programa de área de integração
 
Cultura global ou globalização das culturas
Cultura global ou globalização das culturasCultura global ou globalização das culturas
Cultura global ou globalização das culturas
 
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]
Aula 02 grecia e as primeiras cidades [revisado em 20160821]
 
Slide conceitos
Slide conceitosSlide conceitos
Slide conceitos
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
 
Historia do Turismo
Historia do TurismoHistoria do Turismo
Historia do Turismo
 
01 Conceitos Turismo
01    Conceitos  Turismo01    Conceitos  Turismo
01 Conceitos Turismo
 
CP-Dr4-idal
CP-Dr4-idalCP-Dr4-idal
CP-Dr4-idal
 
Carta de Atenas
Carta de AtenasCarta de Atenas
Carta de Atenas
 
Arte gotica
Arte goticaArte gotica
Arte gotica
 
Módulo 5 – Cultura do Palácio
Módulo 5 – Cultura do PalácioMódulo 5 – Cultura do Palácio
Módulo 5 – Cultura do Palácio
 
04 vias de expressão da arte portuguesa contemporânea
04 vias de expressão da arte portuguesa contemporânea04 vias de expressão da arte portuguesa contemporânea
04 vias de expressão da arte portuguesa contemporânea
 
MUSEOLOGIA: TEORIA E HISTÓRIA
MUSEOLOGIA: TEORIA E HISTÓRIAMUSEOLOGIA: TEORIA E HISTÓRIA
MUSEOLOGIA: TEORIA E HISTÓRIA
 
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
 

Semelhante a 4119_Património.pdf

Arquivos – bibliotecas e museus
Arquivos – bibliotecas e museusArquivos – bibliotecas e museus
Arquivos – bibliotecas e museusSonia Montaño
 
Trabalhos com restauração em centros his
Trabalhos com restauração em centros hisTrabalhos com restauração em centros his
Trabalhos com restauração em centros hisDeborahPadulaKishimo1
 
Patrimonio_cultural
Patrimonio_culturalPatrimonio_cultural
Patrimonio_culturalGustavomk
 
Ficha cultura do palacio
Ficha cultura do palacioFicha cultura do palacio
Ficha cultura do palacioAna Barreiros
 
O conceito de_patrimonio
O conceito de_patrimonioO conceito de_patrimonio
O conceito de_patrimonioEuniceFrias1
 
Art e restauro ba patrocinador rouanet
Art e restauro ba patrocinador   rouanetArt e restauro ba patrocinador   rouanet
Art e restauro ba patrocinador rouanetMarta Xavier
 
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)Andressa Damasceno
 
Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...
Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...
Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...Artur Filipe dos Santos
 
Museologia - Marcos Referenciais
Museologia - Marcos ReferenciaisMuseologia - Marcos Referenciais
Museologia - Marcos ReferenciaisBruna Carolina
 
Arquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferArquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferAline Ferreira
 
Arquitetura realista
Arquitetura realistaArquitetura realista
Arquitetura realistaCEF16
 

Semelhante a 4119_Património.pdf (20)

Património cultural
Património culturalPatrimónio cultural
Património cultural
 
Resumao prova8
Resumao prova8Resumao prova8
Resumao prova8
 
Clc 6 10_12
Clc 6 10_12Clc 6 10_12
Clc 6 10_12
 
Arquivos – bibliotecas e museus
Arquivos – bibliotecas e museusArquivos – bibliotecas e museus
Arquivos – bibliotecas e museus
 
Trabalhos com restauração em centros his
Trabalhos com restauração em centros hisTrabalhos com restauração em centros his
Trabalhos com restauração em centros his
 
Patrimonio_cultural
Patrimonio_culturalPatrimonio_cultural
Patrimonio_cultural
 
Ficha cultura do palacio
Ficha cultura do palacioFicha cultura do palacio
Ficha cultura do palacio
 
O conceito de_patrimonio
O conceito de_patrimonioO conceito de_patrimonio
O conceito de_patrimonio
 
Art e restauro ba patrocinador rouanet
Art e restauro ba patrocinador   rouanetArt e restauro ba patrocinador   rouanet
Art e restauro ba patrocinador rouanet
 
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
 
Kit Jovens
Kit JovensKit Jovens
Kit Jovens
 
Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...
Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...
Património Mundial e Turismo Cultural -Definição de Património- Artur Filipe ...
 
Cartas patrimoniais
Cartas patrimoniaisCartas patrimoniais
Cartas patrimoniais
 
Museologia - Marcos Referenciais
Museologia - Marcos ReferenciaisMuseologia - Marcos Referenciais
Museologia - Marcos Referenciais
 
Património
PatrimónioPatrimónio
Património
 
Unesco
UnescoUnesco
Unesco
 
B património
B patrimónioB património
B património
 
Arthur girotto
Arthur girottoArthur girotto
Arthur girotto
 
Arquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferArquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kiefer
 
Arquitetura realista
Arquitetura realistaArquitetura realista
Arquitetura realista
 

4119_Património.pdf

  • 1.
  • 2.
  • 3. Definição, Extensão e Evolução de Património O conceito de Património esteve ligado, durante muitos anos, ligado à Arquitetura de caráter monumental, mas tem vindo a alargar o seu significado, com a evolução da sociedade e das mentalidades. Com a evolução da sociedade este conceito passou a contemplar, não só o Monumento, mas também os núcleos históricos e a paisagem, segundo valores intangíveis como a sensibilidade, a afetividade e a memória. À Arquitetura impõe-se ver para além da forma, numa intervenção crítica que vai ao encontro da autenticidade e da identidade de cada edifício ou lugar, de forma a garantir a continuidade do seu significado. Castelo de São Jorge In Seguindo os passos da História (blog)
  • 4. O termo património começou por definir a esfera privada, significando a herança que era passada entre diversas gerações. Nesse tempo, a propriedade dos bens de valor artístico e arquitetónico, como as obras de arte e os monumentos, estava confinada à Igreja e à Nobreza, que constituíam as classes sociais dominantes. Mosteiro de Odivelas In www.rtp.pt Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 5. No entanto, apenas eram considerados como património histórico ou património histórico-artístico os elementos de maior antiguidade, valor artístico e monumentalidade, como por exemplo: Os castelos. Os mosteiros e as igrejas. Os palácios. As grandes obras de arte (pintura, escultura, ourivesaria). Painéis de São Vicente In https://caminhosdeportugal.com/pintura-portugal-seculo-xv/ Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 6. Destas grandes obras a ideia de património passou a estender-se à conservação e restauro dos núcleos históricos, rurais e urbanos, à praças, às ruas, à arquitetura vernacular, à própria paisagem e a conjuntos edificados que testemunhassem vivências e as dinâmicas socioculturais. Centro Histórico da Guarda In https://turismodocentro.pt/artigo/dia-nacional-dos-centros-historicos-portugueses/ Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 7. A ideia de Património, como a conhecemos hoje, assim como as preocupações com a conservação e preservação de edifícios, próximos do seu atual significado, começam a esboçar-se apenas no séc. XVIII. Até então, era prática comum a demolição de edifícios existentes, desde que estes deixassem de ter utilidade perante a sociedade. Os edifícios históricos que chegaram até nós quase inalterados foram construções que mantiveram o seu uso e que, por esse facto, foram preservados. Mosteiro da Batalha In http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e- monumentos/dgpc/m/mosteiro-da-batalha/ Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 8. O séc. XVIII protagonizou uma era de mudança, em que a evolução da mentalidade científica permitiu estabelecer uma distinção clara entre a modernização e o passado histórico. Vários fatores contribuíram para esta conjuntura. A redescoberta da Antiguidade Clássica traz consigo uma nova consciência cultural, despertando o interesse para os valores da história. A Europa erudita do século XVIII desperta, então, o seu interesse para a pesquisa da Antiguidade histórica. De destacar são as grandes escavações arqueológicas, levadas a cabo na altura, como em Pompeia, que permitiram, através de levantamentos rigorosos, um conhecimento mais aprofundado e fiel da história. G. B. Piranesi – Os templos de Paestum em 1778. Fonte: BENEVOLO, L. (2001) – História da Arquitectura Moderna. São Paulo: Editora Perspectiva, p.25. Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 9. A Revolução Industrial proporcionou a consciência da sociedade relativamente aos valores históricos. Em pleno palco de inovações ao nível científico e tecnológico, desenhando a modernidade, nasce a vontade de manter os laços com o passado, valorizando e cultivando o conceito de monumento. Pela primeira vez a arquitetura é interpretada para além do seu carácter funcional, através de aspetos como o simbolismo, a estética e a carga histórica dos edifícios. Segundo Françoise Choay, “A Revolução Industrial, enquanto processo em desenvolvimento planetário, concedia virtualmente ao conceito de monumento histórico uma conotação universal, aplicável à escala mundial.” (2008). A Primeira Revolução Industrial https://beduka.com/blog/materias/historia/primeira- revolucao-industrial/ Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 10. O desenvolvimento tecnológico, a par das Ciências Humanistas, da redescoberta das civilizações clássicas e da evolução do conhecimento arqueológico, despertou, assim, na sociedade, a sensibilidade pelos valores da história, postos em causa pela modernização. O mundo via nascer o debate sobre o Restauro e o Património. No início do segundo quartel do século XIX, formou-se, em França, a Comissão dos Monumentos Históricos, com o objetivo de classificar, inventariar e preservar os edifícios considerados de valor nacional. Templo Romano de Évora – Joe Price https://www.vortexmag.net/os-20-monumentos-mais- bonitos-de-portugal/ Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 11. Surge, assim, a teoria do Restauro Estilístico, Intervencionista, através da qual se defende que qualquer monumento deveria ser despojado de todos os elementos que lhe foram acrescentados ao longo da sua vida. Pretendia-se que o monumento fosse restaurado ao estilo da época da sua origem, apagando todos os registos a que havia sido sujeito posteriormente. Igreja Matriz de Mértola https://nationalgeographic.pt/historia/grandes- reportagens/2733-a-igreja-matriz-de-mertola-que-foi-uma- mesquita Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 12. Em 1931, a Carta de Atenas aparece como o primeiro documento a definir as bases para uma estratégia de conservação de edifícios, que mais tarde deram origem ao aparecimento de diversa legislação relativa à salvaguarda do Património. Desta Carta destaca-se a referência à necessidade de manter a funcionalidade dos edifícios, garantindo a sua continuidade. Um edifício sem uso é um edifício que rapidamente entra em estado de degradação. Com base na Carta de Atenas, surge a Carta do Restauro Italiano, da autoria de Gustavo Giovanonni, que introduz no debate novos conceitos como a preocupação pela proteção do espaço que envolve o monumento. Carta de Atenas https://doceru.com/doc/80ne5x Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 13. Cada Formando pesquisa um termo relacionado com Património e coloca a sua definição (não esquecer de colocara fonte) Os termos escolhidos têm de ser diferentes entre todos, não podem existir “duplicados”
  • 14. A Segunda Guerra Mundial deixou a Europa com grande parte do seu Património edificado degradado, pelo que se tornou necessário, de forma rápida e eficaz, restaurar e reconstruir edifícios e parcelas de cidades, estabelecendo-se, assim, uma rutura com as linhas de atuação anteriormente existentes. As práticas adotadas deram origem a opiniões discordantes, pelo que se tornou necessário repensar as teorias do restauro. II Guerra Mundial em Florença https://guiaflorenca.net/florenca/a-segunda-guerra-mundial- em-florenca/ Definição, Extensão e Evolução de Património Florença https://www.eduardo-monica.com/new-blog/atracoes-fazer- florenca-roteiro-dicas
  • 15. Do Congresso Internacional de Arquitetura e Técnicas dos Monumentos Históricos, realizado em 1964, resulta a Carta de Veneza, sobre a conservação e restauro de monumentos e sítios, que define os princípios orientadores sobre a proteção do Património, alargados ao espaço urbano. Este documento contribui ainda para a ideia de significado cultural do património, defendendo a extensão do seu conceito às obras consideradas mais modestas, de arquitetura vernacular que, com o tempo, adquiriram um valor cultural relevante. Carta de Veneza http://www.patrimoniocultural.gov.pt/media/uploads/cc/CartadeVe neza.pdf Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 16. Em 1975, a Carta de Amesterdão vem defender o alargamento do conceito de Património a pequenos conjuntos urbanos, considerados, na relação entre si, significativos e relevantes para a definição do carácter das cidades. São edifícios que, no seu conjunto, se consideram essenciais para a definição da memória coletiva e da identidade da cidade e, por esse motivo, devem ser preservados de forma a chegarem a gerações futuras no seu estado mais original. Da Carta de Amesterdão nasce a implementação de medidas e normas comuns ao nível Europeu, com vista a uma conservação urbana integrada. Carta de Amesterdão https://www.icomos.pt/images/pdfs/2021/19_Declarao_de _Amesterdo_1975.pdf Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 17. O significado do conceito de Património foi alargado, passando a abranger não só o monumento histórico, mas também os núcleos edificados e a paisagem, tendo em conta valores não palpáveis como a afetividade e a memória. As várias cartas de salvaguarda do Património foram crescendo em complexidade, e as grandes questões que se colocam a quem nele intervém são uma realidade revisitada. Aceitando que, conforme nos diz a Carta de Veneza do Património, também as obras mais modestas podem adquirir um significado cultural, entendido como testemunho que contribui para a memória coletiva e para a identidade de uma determinada comunidade, e revisitando a Carta de Nara que introduz a questão da autenticidade, defendendo que o património pode ser imaterial, então o entendimento e a intervenção no património estão sujeitos a parâmetros subjetivos, como o respeito e a sensibilidade, conceitos que na sua origem, não têm um carácter universal. Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 18. A prática das teorias da salvaguarda do Património é, em Portugal, e nomeadamente no que diz respeito aos centros históricos, ainda insuficiente. Existem alguns casos dignos de destaque, como o exemplo da recuperação do centro histórico de Guimarães, que alia o restauro e a conservação à humanização, reabilitando, assumindo a linha de tempo que liga a cidade medieval à cidade moderna. Definição, Extensão e Evolução de Património Centro histórico de Guimarães https://www.cm-guimaraes.pt/municipio/camara- municipal/servicos/cultura/noticia/centro-historico-de- guimaraes-considerado-um-dos-mais-populares-do-mundo-no- instagram
  • 19. Recuperar um núcleo histórico, urbano ou rural, implica, também, este conceito de reabilitar, de dar uso segundo um projeto de intervenção de rosto humano. O turismo nunca deve ser encarado de forma isolada, mas sim numa gestão de dinâmicas integradas com vista à fixação e à qualidade de vida daqueles que habitam esses centros históricos. Definição, Extensão e Evolução de Património O turismo https://www.oturismo.pt/oturismo/36593-confederacao-do- turismo-portugues-e-millennium-bcp-debatem-financiamento- para-o-turismo.html
  • 20. Contrapondo esta posição vamos assistindo, em muitos casos em Portugal, à política do “fachadismo”, promovendo- se um carácter falso da história ao serviço de uma sociedade economicista e materialista. Nas grandes cidades, como Lisboa e Porto, vamos assistindo perplexos à multiplicação de quarteirões históricos transformados em condomínios fechados, desrespeitando totalmente a lógica das tipologias características do cadastro da cidade, assim como da sua vivência. Definição, Extensão e Evolução de Património Como era o Edifício Heron Castilho e como ficou depois da renovação https://amensagem.pt/2021/12/13/moda-mansardas-zinco-tomou- conta-telhados-fachadas-predios-lisboa/
  • 21. Estas intervenções que mantêm as fachadas de um conjunto de edifícios e esvaziam o seu miolo para a criação de um espaço autossuficiente, independente das suas amarrações urbanas, em nada contribuem para a dinamização e humanização destes lugares. São as novas ilhas, desta vez dirigidas às classes mais altas, em que a vivência que promovem nada tem que ver com cidadania. Constituem, assim, posturas completamente antagónicas ao significado dos espaços, do seu espírito de lugar, que só existe enquanto espaço de encontros e partilhas sociais. In CAMPOS, Joana Salomé, “Intervenção no património edificado. Conceitos e reflexões”, in Oppidum, 2010, ano 5, número 4, 8 p. Definição, Extensão e Evolução de Património
  • 22. TEAMS: Resumo da 1 página de word com os factos mais importantes sobre a evolução do conceito de património em Portugal. Material de Apoio
  • 23. Alexandre Herculano (1810-1877), fundador da moderna historiografia portuguesa foi um defensor pioneiro do Património Cultural, em especial através da revista «O Panorama». Alexandre Herculano foi alguém que procurou, de modo sistemático e exigente, dar-nos uma chave sobre a nossa existência histórica, sem a pretensão de a tornar definitiva ou infalível. A historiografia mais recente sente a sua influência – como o reconheceu, melhor do que ninguém, José Mattoso, ao considerar que a melhor marca que nos deixou não foi a da ideologia ou das suas conclusões, mas a da obrigação crítica, aliada ao rigor do método centrado nas fontes. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Alexandre Herculano https://www.blogletras.com/2009/03/os-escritores_17.html
  • 24. Empenhou-se na Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis a defender o que hoje designamos, numa lógica ampla, como património cultural, a partir dos textos fundamentais da História e da cultura, das ciências e das artes, de modo a garantir uma instrução voltada para o melhor conhecimento de quem somos, não numa lógica fechada e retrospetiva, mas aberta e orientada. Assim nasceu em 1837 «O Panorama – Jornal Literário e Instrutivo», para cuja redação Herculano foi convidado por António Feliciano de Castilho. O jornal saía aos sábados e constitui uma referência fundamental no cuidado pela instrução popular, pela herança e pela memória. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Alexandre Herculano https://tertuliabibliofila.blogspot.com/2015/11/alexandre- herculano-voz-do-propheta-o.html
  • 25. N’ «O Panorama» publicaram-se algumas das «Lendas e Narrativas», e colocou-se na ordem do dia a necessidade de proteger o património artístico e arqueológico. Se nos lembrarmos que «O Panorama» chegou a vender cinco mil exemplares, tendo o historiador sido redator principal de 1837 a 1839 e de 1842 a 1844. Compreendia-se, assim, ao mais alto nível que uma sociedade moderna e cosmopolita deveria começar por proteger e salvaguardar o que lhe era próprio. Foi um acérrimo defensor da memória e da liberdade de imprensa. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Alexandre Herculano https://www.e-cultura.pt/artigo/20374
  • 26. João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799-1854) foi escritor, dramaturgo, diplomata, novelista, orador, político, poeta, e romancista. Era dotado de uma sensibilidade estética apurada e de um gosto aprimorado, revelou-se um amante das belas-artes, das tradições artísticas e dos monumentos nacionais. Sentiu imperativo do resgate da "memória da nação", como determinante no progresso e coesão social do Portugal liberal. Dedicou-se à ideia de edificar para a nação uma propriedade cultural e artística comum, acessível a todos. Em prol da formação do Homem, orientou esta "missão" sob o símbolo da "viagem", cuja experiência surge como um dever na sua obra. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Almeida Garrett https://aviagemdosargonautas.net/2012/08/14/o- romantismo-social-portugues-ii-almeida-garrett/
  • 27. Devido aos sucessivos abandonos por parte dos governos cartistas (elevada turbulência política desde 1820), levam-no a envolver-se com o Setembrismo, dando assim origem à sua carreira parlamentar. Logo em 28 de Setembro de 1836 é incumbido de apresentar uma proposta para o teatro nacional, o que faz propondo a organização de uma Inspeção Geral dos Teatros, a edificação do Teatro D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Os anos de 1837 e 1838, são preenchidos nas discussões políticas que levarão à aprovação da Constituição de 1838, e na renovação do teatro nacional. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Almeida Garrett https://www.e-chiado.pt/historia/figuras-do- chiado/almeida-garrett/
  • 28. Em 15 de Julho de 1841 ataca violentamente o ministro António José d'Ávila, num discurso a propósito da Lei da Décima, o que implica a sua passagem para a oposição, e o leva à demissão de todos os seus cargos públicos. Em 1842, opõem-se à restauração da Carta proclamada no Porto por Costa Cabral. Eleito deputado nas eleições para a nova Câmara dos Deputados cartista, recusa qualquer nomeação para as comissões parlamentares, como toda a esquerda parlamentar. No ano seguinte ataca violentamente o governo cabralista, que compara ao absolutista. É neste ano de 1843 que começou a publicar, na Revista Universal Lisbonense, as ”Viagens na Minha Terra”, descrevendo a viagem ao vale de Santarém iniciada em 17 de Julho. Anteriormente, em 6 de Maio, tinha lido no Conservatório Nacional uma memória em que apresentou a peça de teatro ”Frei Luís de Sousa”, fazendo a primeira leitura do drama. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Almeida Garrett https://arquivos.rtp.pt/conteudos/serie-da- rtp-sobre-almeida-garrett/
  • 29. Nas “Viagens na Minha Terra”, insiste especialmente na atenção e na necessidade de proteger o património antigo votado ao abandono ou à especulação. Diz-nos o escritor, a propósito dos tratos sofridos por Santa Maria da Alcáçova em Santarém: «…Na Europa, no mundo todo, talvez se não ache um país, onde, a par de tão belos monumentos antigos como os nossos, se encontrem tão vilãs, tão ridículas e absurdas construções públicas e particulares, como essas quase todas que há um século se fazem em Portugal». As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Almeida Garrett https://www.publico.pt/2020/08/27/culturaipsi lon/noticia/almeida-garrett-poeta-oficial- revolucao-1929329
  • 30. Entre 1846 e 1852 Almeida Garrett esteve afastado da vida política. Em 1849, passa uma breve temporada em casa de Alexandre Herculano, na Ajuda. Em 1850, subscreve com mais de 50 outras personalidades um Protesto contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, mais conhecida por «lei das rolhas». Com o fim do Cabralismo e o começo da Regeneração, em 1851, Almeida Garrett é consagrado oficialmente. É nomeado sucessivamente para a redação das instruções ao projeto da lei eleitoral, como plenipotenciário nas negociações com a Santa Sé, para a comissão de reforma da Academia das Ciências, vogal na comissão das bases da lei eleitoral, e na comissão de reorganização dos serviços públicos, para além de vogal do Conselho Ultramarino, e de estar encarregado da redação do que irá ser o Ato Adicional à Carta. Em 25 de Junho é agraciado com o título de Visconde. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Almeida Garrett http://asminhasilustracoes.blogspot.com/2014 /12/almeida-garrett.html
  • 31. José Duarte Ramalho Ortigão (1836-1915) foi professor, funcionário da secretaria da Academia das Ciências de Lisboa, jornalista e escritor português de grande prestígio, tendo-se destacado pela qualidade da sua prosa satírica de cunho social. A sua póstuma notoriedade está associada ao facto de ter colaborado com o prodigioso escritor Eça de Queirós, seu antigo aluno, em obras como o folhetim O Mistério da Estrada de Sintra e nas crónicas verrinosas apropriadamente intituladas As Farpas. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Ramalho Ortigão http://www.poeteiro.com/2017/12/ele-e-ela- conto-de-ramalho-ortigao.html
  • 32. A sensibilidade humanista foi bastante relevante num dos seus últimos livros intitulado ”O culto da arte em Portugal” (1896) ao manifestar um repúdio público pelo abandono ou a destruição a que estava votada a maioria do conjunto patrimonial histórico-artístico português, sendo esta obra percursora da sensibilidade política de preservação do património histórico-artístico nacional e dos estudos de História da Arte pelas pertinentes pistas de interpretação que semeou. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Ramalho Ortigão https://www.leme.pt/magazine/efemerides/09 27/ramalho-ortigao.html
  • 33. Instigado por um forte sentimento patriótico, procurou chamar a atenção n’ ”O culto da arte em Portugal” para a escola portuguesa de pintura dos séculos XV e XVI e para a originalidade do estilo arquitetónico Manuelino. Aliás, muitos historiadores da arte, dos nossos dias, receberam ricos ensinamentos das preciosas informações que divulgou, designadamente de autores estrangeiros que cita como James Murphy, Atanásio Raczynski e Karl Albrecht Haupt, atentos estudiosos da arte portuguesa. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Ramalho Ortigão https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$rama lho-ortigao
  • 34. Ramalho Ortigão salienta que as operações de restauro artístico surgiram como critério revivalista, no século XIX, associadas à reparação ou à reconstrução purista das grandes catedrais góticas da Europa, sendo que o contexto histórico do Romantismo incitou a encontrar as raízes históricas das identidades nacionais e a assegurar a proteção dos grandes monumentos pátrios. No seu espírito crítico, realça-nos escandalizado alguns desses atentados perpetrados pelas autoridades portuguesas ao nosso património histórico-artístico. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Ramalho Ortigão https://rnod.bnportugal.gov.pt/rnod/winlibsrc h.aspx?&pesq=3&doc=277456
  • 35. Ramalho Ortigão considerou que a maioria dos restauros, do património histórico-artístico português, realizados se efetuaram sem planeamento técnico, sem escrutínio crítico e sem orientação política, o que impulsionou a manifestação de atitudes aberrantes por parte das autoridades públicas ou de particulares. Nomeadamente, regista as muitas destruições de monumentos históricos por mera obediência a simples caprichos de poderosos ou dos detentores do poder. As Contribuições de Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Ramalho Ortigão Grupo Vencidos da Vida. Geração de 70. Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro https://www.dn.pt/edicao-do-dia/21-nov-2020/ramalho-cinco-decadas-de- portugal-politico-13053656.html
  • 36. Escolher 1 cidade portuguesa; Explicar resumidamente a história dessa cidade; Escolher 1 tipo de património: - enquadramento - a sua classificação - importância para a região em análise
  • 37. O património cultural de uma localidade, região ou país representa um conjunto de valores que a sociedade atual, perante o desafio da globalização, procura reivindicar como memória da sua identidade cultural. Este compreende todos aqueles elementos que fundam a identidade de um grupo e que o diferenciam dos demais, e que esse grupo reconhece e valoriza com o objetivo de garantir a sua transmissão para as gerações futuras. Património Cultural Guitarra Portuguesa https://radiogeice.com/2020/09/musicos-fazem-workshops-de-guitarra- portuguesa-e-viola-na-defesa-da-linguagem-fadista/
  • 38. Património Cultural ➢ Tipologias de património ➢ O património abarca realidades muito diversas. ➢ Torna-se necessário subdividi-lo de forma a facilitar o seu estudo: PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO CULTURAL PATRIMÓNIO MATERIAL PATRIMÓNIO IMÓVEL PATRIMÓNIO MÓVEL PATRIMÓNIO IMATERIAL PATRIMÓNIO NATURAL
  • 39. Património Material, Imóvel e Móvel Património material móvel: objetos de arte Pintura, escultura, códices manuscritos, ourivesaria, tapeçaria, porcelana, cerâmica, mobiliário, traje. O património móvel é constituído pelos objetos que representam testemunhos de valor histórico, artístico ou cultural do passado. Museu Nacional de Arte Antiga https://www.meetingsinportugal.com/index.php/patrimonio- cultural/museu-nacional-de-arte-antiga
  • 40. Património Material, Imóvel e Móvel ➢ Tipologias de património móvel: ➢ Obras artísticas: representativas de uma determinada forma de arte ou corrente artística; ➢ Artefactos arqueológicos: testemunho dos modos de vida das civilizações do passado; ➢ Objetos etnográficos: relativos ao meio rural e às atividades tradicionais de subsistência.
  • 41. Património Material, Imóvel e Móvel Grande parte destes testemunhos é preservada nos museus. Para além dos monumentos e tradições, também os museus se afirmam como um importante recurso para o turismo. Os museus são instituições vocacionadas para a preservação e divulgação do património cultural, predominantemente na sua vertente móvel (objetos) mas que comporta ainda a vertente imaterial e todo o contexto associado à existência e funcionalidade dos mesmos. Museu Militar de Lisboa https://www.allaboutportugal.pt/pt/lisboa/cultura/museu-militar-de-lisboa
  • 42. Património Material, Imóvel e Móvel DEFINIÇÃO UNIVERSAL Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberto ao público, e que adquire, conserva, estuda, comunica e expõe testemunhos materiais do homem e do seu meio ambiente, tendo em vista o estudo, a educação e a fruição.
  • 43. Património Material, Imóvel e Móvel Os museus podem ter diferentes tipologias, consoante a natureza dos objetos que o compõem e o respetivo âmbito territorial: o Museus Nacionais. o Museus Regionais. o Museus Locais. o Museus Municipais. o Museus monográficos. o Casas-Museu. o Museus de Arte. o Museus de Arqueologia. o Museus de Ciência. o Museus industriais. o Museus etnográficos.
  • 44. Património Material, Imóvel e Móvel Podemos ainda considerar o património bibliográfico ou arquivístico, composto por códices manuscritos, livros antigos e documentos. Este tipo de património é preservado nos arquivos e bibliotecas. Biblioteca de Mafra https://www.ericeiramag.pt/biblioteca-do-palacio-nacional- mafra-espectaculares/ Torre do Tombo - Depósito https://www.facebook.com/Arquivos.Portugal/posts/312747 940507/
  • 45. Património Material, Imóvel e Móvel A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) é responsável pela gestão do património cultural em Portugal continental. Uma equipa alargada, cobrindo praticamente todos os domínios técnicos e científicos e estruturada funcionalmente em serviços centrais, sediados em Lisboa, e em Museus, Monumentos e Palácios, localizados em diferentes pontos do país, assegura um vasto leque de funções e disponibilizam um vasto conjunto de serviços.
  • 46. Património Material, Imóvel e Móvel ➢ Atribuições ➢ estudo, investigação e divulgação do Património imóvel, móvel e imaterial; ➢ gestão do património edificado arquitetónico e arqueológico no território e nas cidades; ➢ realização de obras de conservação nos grandes monumentos, ➢ gestão dos Museus Nacionais e dos monumentos classificados como Património Mundial; ➢ coordenação da Rede Portuguesa de Museus; ➢ documentação e inventário do património imaterial; ➢ intervenções de conservação e restauro de peças de património móvel e integrado.
  • 47. Património Material, Imóvel e Móvel Museus e Palácios geridos diretamente pelo DGPC
  • 48. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves - Lisboa
  • 49. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Abade de Baçal - Bragança
  • 50. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu da Cerâmica - Caldas da Rainha
  • 51. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu da Guarda - Guarda
  • 52. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu da Terra de Miranda - Miranda do Douro
  • 53. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu de Alberto Sampaio - Guimarães
  • 54. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu de Alberto Sampaio - Guimarães
  • 55. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu de Aveiro - Aveiro
  • 56. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu de Aveiro - Aveiro
  • 57. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu D. Diogo de Sousa - Braga
  • 58. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu de Évora - Évora
  • 59. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu de Francisco Tavares Proença Júnior - Castelo Branco
  • 60. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu de Lamego - Lamego
  • 61. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional de Arte Contemporânea - Lisboa
  • 62. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu dos Biscainhos - Braga
  • 63. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Dr. Joaquim Manso - Nazaré
  • 64. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Grão Vasco - Viseu
  • 65. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Grão Vasco - Viseu
  • 66. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu José Malhoa - Caldas da Rainha
  • 67. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Monográfico de Conímbriga - Condeixa-a- Nova
  • 68. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional de Arqueologia - Lisboa
  • 69. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional de Arte Antiga - Lisboa
  • 70. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional de Etnologia - Lisboa
  • 71. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional Machado de Castro - Coimbra
  • 72. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional de Soares dos Reis - Porto
  • 73. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional do Azulejo - Lisboa
  • 74. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional do Teatro - Lisboa
  • 75. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Museu Nacional do Traje - Lisboa
  • 76. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Paço dos Duques - Guimarães
  • 77. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Palácio Nacional da Ajuda - Lisboa
  • 78. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Palácio Nacional de Mafra - Mafra
  • 79. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Palácio Nacional de Queluz - Sintra
  • 80. PATRIMÓNIO MATERIAL, IMÓVEL E MÓVEL Palácio Nacional de Sintra – Sintra
  • 81. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel PATRIMÓNIO EDIFICADO ➢ Monumentos civis, militares e religiosos; ➢ solares – interesse público
  • 82. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel O património edificado (também designado como património "construído", "edificado" ou "arquitetónico") refere-se às construções que tiveram intervenção humana na sua edificação. Embora mereçam destaque as obras passadas, que refletem estilos artísticos de outras épocas, muitas das construções do presente podem ser consideradas património. Centro Cultural de Belém https://www.publico.pt/2021/01/25/culturaipsilon/noticia/c entro-cultural-belem-prolonga-suspensao-actividades-ate- 31-marco-1947859
  • 83. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Tipologias de património edificado : PATRIMÓNIO IMÓVEL Arquitectura Militar Arquitectura Civil Arquitectura Religiosa Arquitectura Industrial Arquitectura Vernacular
  • 84. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Tipologias de património edificado :
  • 85. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Tipologias de património edificado : Tipologia Função original Exemplos Arquitetura Religiosa Culto Devocional Igrejas Capelas Mosteiros Santuários Conventos Cruzeiros Alminhas
  • 86. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Tipologias de património edificado : Arquitetura civil Privada (habitação) Pública (abastecimento, judicial, urbanística, administrativa) Casas Solares, Palácios Pelourinhos Câmaras Tribunais Cadeias Aquedutos. Fontes Pontes. Estradas Tipologia Função original Exemplos
  • 87. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Tipologias de património edificado : Arquitetura industrial Produção industrial Vias e meios de comunicação Fábricas Chaminés Fornos Minas Locomotivas Linhas férreas Estações férreas Tipologia Função original Exemplos
  • 88. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Tipologias de património edificado : Arquitectura vernacular Produção rural Economia agrária Moinhos Lagares Espigueiros Eiras Fornos cerâmicos Oficinas de artesão Tipologia Função original Exemplos
  • 89. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Património Classificado Local/regional/nacional – DGCP Internacional – UNESCO
  • 90. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel CONFORME DETERMINA A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA, CONSTITUI TAREFA DO ESTADO: Promover a salvaguarda e a valorização do património cultural, tornando-o elemento vivificante da identidade cultural comum (art. 78).
  • 91. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel A proteção legal expressa-se em 3 modalidades: MN – Monumento Nacional. IIP – Imóvel de interesse público. IVC – Imóvel de valor concelhio.
  • 92. Património Material, Imóvel e Móvel Classificação Critério de classificação MONUMENTO NACIONAL Um bem considera-se de interesse nacional quando a respetiva proteção e valorização, no todo ou em parte, represente um valor cultural de significado para a Nação. IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO Um bem considera-se de interesse público quando a respetiva proteção e valorização represente ainda um valor cultural de importância nacional, mas para o qual o regime de proteção inerente à classificação como de interesse nacional se mostre desproporcionado. IMÓVEL DE INTERESSE MUNICIPAL Um bem considera-se de interesse municipal quando a respetiva proteção e valorização, no todo ou em parte, representem um valor cultural de significado predominante para um determinado município.
  • 93. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Monumentos e sítios geridos diretamente pelo DGCP:
  • 94. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel
  • 95. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel A UNESCO e o Património Mundial A nível mundial, o património é classificado pela UNESCO (Organização nas Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação). Em 1972, A UNESCO adotou a Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural, a fim de catalogar e preservar lugares que se destacam pela sua importância cultural ou natural, devendo ser considerados como bem comum da humanidade.
  • 96. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel O comité do património mundial, criado em 1976, tem quatro funções principais: ➢ Identificar os bens culturais e naturais de valor universal excecional e incluí-los na lista do Património Mundial. ➢ Vigiar, em conjunto com cada país, o estado de conservação dos bens que fazem parte da lista do património mundial. ➢ Incluir, de entre os bens inscritos na lista de património mundial, os que devem ser incluídos na lista do património mundial em perigo. ➢ Definir as condições adequadas para a utilização dos recursos do fundo de património mundial, a fim de ajudar cada país a salvaguardar os seus bens de elevado valor universal.
  • 97. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel Locais em Portugal classificados pela UNESCO como património mundial:
  • 98. Património Material, Imóvel e Móvel Património material imóvel 1983 Centro Histórico de Angra do Heroísmo nos Açores 1983 Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa 1983 Mosteiro da Batalha 1983 Convento de Cristo em Tomar 1988 Centro Histórico de Évora 1989 Mosteiro de Alcobaça 1995 Paisagem Cultural de Sintra 1996 Centro Histórico do Porto 1998 Sítios Arqueológicos no Vale do Rio Côa 1999 Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira 2001 Centro Histórico de Guimarães 2001 Região Vinhateira do Alto Douro 2004 Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico 2012 Fortificações de Elvas 2013 Universidade de Coimbra
  • 99. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Ritos, contos, usos, superstições, costumes, crendices, mitologia, tradições, lendas. Considera-se património cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objetos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu património cultural. Caretos de Podence “O vermelho, verde, amarelo e preto dos fatos e das máscaras e as endiabradas criaturas são uma presença constante num passeio pela aldeia de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, berço do Entrudo Chocalheiro elevado, a 12 de dezembro de 2019, a Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura.” In https://ominho.pt/aldeia- dos-caretos-mais-colorida-no-1-o-aniversario-de-patrimonio-da- humanidade/
  • 100. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível O património cultural imaterial manifesta-se nos seguintes domínios: PATRIMÓNIO IMATERIAL Expressões orais Expressões performativas Práticas sociais, rituais e festivas Conhecimentos relacionados com a natureza Saberes tradicionais
  • 101. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível O património cultural imaterial manifesta-se nos seguintes domínios: Tradições e expressões orais, incluindo a língua como vetor do património cultural imaterial. Expressões artísticas e manifestações de carácter performativo. Práticas sociais, rituais e eventos festivos. Conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo. Competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais.
  • 102. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 103. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 104. De entre estas categorias de elementos, podemos destacar os seguintes, pela sua diversidade regional e importância que detêm na formação das identidades locais e respetiva dinamização: ✓ Lendas. ✓ Artesanato. ✓ Jogos tradicionais. ✓ Folclore. ✓ Gastronomia. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 105. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Lendas Originalmente, a palavra lenda designava histórias de santos, mas o sentido estendeu-se para significar uma história ou tradição oriunda de tempos imemoriais e popularmente aceite como verdade. A lenda frequentemente diz respeito a personagens famosas, populares, revolucionárias, santas, que vivem na imaginação popular. A lenda é sustentada oralmente, cantada em versos tradicionais ou em baladas, e posteriormente escrita.
  • 106. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Folclore O Folclore é um género de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Todos os povos possuem as suas tradições, crenças e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.
  • 107. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Visto que o conceito de folclore é vasto e grandemente transversal, um acontecimento é considerado de folclórico quando apresenta as seguintes características: Tradicionalidade: vem sendo transmitido de geração em geração. Oralidade: é normalmente transmitido pela palavra falada. Anonimato: o seu autor é, habitualmente, anónimo. Funcionalidade: existe uma razão para acontecer. Aceitação coletiva: todo o povo se identifica com tal acontecimento. Vulgaridade: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites. Espontaneidade: não pode ser oficial nem institucionalizado.
  • 108. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Festas de Nossa Senhora da Agonia (Viana do Castelo) Feiras Novas (Ponte de Lima) Vaca das Cordas (Ponte de Lima) Semana Santa (Braga)Festa da Coca (Monção) Festas Nicolinas (Guimarães) A queima do Judas A serrada da velha Dança tradicional: Vira Minhoto Romaria de S. Bartolomeu do Mar (Esposende) Cabeçudos e gigantones Zés Pereiras de Sanfis do Douro (Alijó) Tunas do Marão Carnaval Transmontano: Caretos de Podence Música tradicional: Gaiteiros e tamborileiros Vindima e Lagarada tradicional (Douro) REGIÃO NORTE
  • 109. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível REGIÃO NORTE Festas dos rapazes (Bragança) Chegas de Bois (Montalegre) Festival de Medicina Popular de Vilar de Perdizes Festa de S. João (Porto) Pauliteiros de Miranda do Douro Dialecto tradicional: Mirandês Festa das Fogaceiras (Santa Maria da Feira) Feira de Barcelos S. Martinho Traje tradicional do Minho: Traje à lavadeira Traje Transmontano: Capa de Burel Traje transmontano: Croça Traje transmontano: Capa de honras Mirandesa Traje tradicional: Traje poveiro (Póvoa de Varzim) Apanha do Sargaço (Apúlia – Esposende)
  • 110. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível REGIÃO CENTRO Cavalhadas de Vildemoinhos (Viseu) Feira de S. Mateus (Viseu) Procissão da Rainha Santa (Coimbra) Festejos da Queima das Fitas (Coimbra) Música tradicional: Fado de Coimbra Capeia raiana (Beira interior) Festas de S. Gonçalinho (Aveiro) Arte xávega S. Martinho Festa das cruzes (Monsanto) Carnaval de Ovar Cantares tradicionais de Manhouce (S. Pedro do Sul) Romaria de Nosso Senhor dos Caminhos (Sátão – Viseu) Música tradicional: Adufe (Beira Baixa) Traje tradicional: Traje à tricana (Coimbra) Traje tradicional: Traje da Nazaré Traje tradicional: Traje serrano (Serra da Estrela)
  • 111. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO Festa dos tabuleiros (Tomar) Dança tradicional: Fandango Música tradicional: Fado de Lisboa Festa do Santo António (Lisboa) Marchas populares de Santo António (Lisboa) Tourada Feira do Cavalo (Golegã) Carnaval de Torres Vedras Traje tradicional: Traje de Campino (Ribatejo) Traje tradicional: Varina (Lisboa)
  • 112. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível REGIÃO DO ALENTEJO Cantares Alentejanos Festas das flores (Campo Maior) Tourada Feira de S. Mateus (Elvas) Festa da Castanha (Marvão) Romaria de Nossa Senhora de Aires (Viana do Alentejo) Traje tradicional: Traje de ceifeira Traje tradicional: traje de pastor
  • 113. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível REGIÃO DO ALGARVE Carnaval de Loulé Dança tradicional: Corridinho Festa da Nossa Senhora da Conceição (Faro) Bailes dos Maios Música tradicional: grupos de charolas
  • 114. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível REGIÃO DOS AÇORES Festas do Espírito Santo Festas do Santo Cristo dos Milagres Festas São-Joaninas Semana do Mar Tourada à corda Semana dos baleeiros (Pico) Corridas de touros (Ilha terceira) Malhos e espantalhos (Lagoa) Dança tradicional: Chamarrita REGIÃO DA MADEIRA Carnaval da Madeira Festa do Senhor dos milagres (Machico) Festa da Flor Dança tradicional: Bailinho da Madeira Música tradicional: Brinquinho Festa dos compadres (Santana) Festa de S. Pedro (Ribeira Brava) Festa de S. Silvestre (Funchal)
  • 115. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Jogos tradicionais Sinal da sua grandeza e importância, podem proporcionar estudos diversificados no âmbito da História, da Historiografia, da Psicologia, da Sociologia, da Pedagogia, da Etnografia e da Linguística, entre outros. Este tipo de jogos varia de região para região e possui um significado de natureza mágico- religiosa. É normalmente praticado em épocas bem determinadas do ano ou em intervalos do trabalho agrícola, contribuindo de modo saudável para a ocupação das horas livres. Jogos Tradicionais https://www.allaboutportugal.pt/pt/artigos/jogos-tradicionais- portugueses-uma-heranca-que-perdura
  • 116. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Os jogos tradicionais são muito antigos, praticados desde há séculos e são transmitidos oralmente de geração para geração. No entanto, conforme os condicionalismos de cada região, as diferentes gerações adaptam-nos à sua maneira de ser e de viver. Em conclusão, pode-se dizer que os jogos tradicionais são criados pelos seus praticantes a partir do reportório dos mais velhos e adaptados às características do local. A denominação de cada um deles evoca por si mesma as suas características e regras principais. Jogos Tradicionais https://www.verdadeiroolhar.pt/associacao-leva-jogos- tradicionais-milhares-criancas-valongo/
  • 117. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Características dos jogos tradicionais: Cultura: fazem parte dos conhecimentos adquiridos de geração para geração e estão relacionados com o Folclore, o teatro, as lendas, as adivinhas, os costumes, etc. Movimento: as suas diferentes formas de exteriorização promovem um grande contacto com os mais variados tipos de movimento: o salto, o lançamento, a corrida, etc. Competição saudável: o mais importante é o convívio simples e salutar entre as pessoas ou grupos, próximas ou distantes. Festa: é um momento de descontração, de pausa na labuta diária. principais.
  • 118. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Artesanato É tradicionalmente a produção de carácter familiar, na qual o artesão possui os meios de produção (sendo o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final. Ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confeção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante ou aprendiz. Artesanato em Lã https://sites.google.com/site/onossoportugaliscap/artesa nato-de-portugal/artesanato-em-la
  • 119. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Olaria de São Pedro do Corval https://7maravilhas.pt/portfolio/olaria- de-sao-pedro-do-corval/ O artesanato é encarado como sendo uma das imagens de marca de qualquer região. Em Portugal, com forte em raízes culturais e sociais, é um dos principais meios que motivam a visita dos turistas e que lhes despertam o desejo e a curiosidade. Centro Interpretativo Olaria de São Pedro do Corval http://arquivo2020.cm-reguengos- monsaraz.pt/pt/visitar/Paginas/casa-do-barro.aspx
  • 120. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível As atividades artesanais podem subdividir-se nos seguintes grupos: o Grupo 01 - Artes e Ofícios Têxteis. o Grupo 02 - Artes e Ofícios de Cerâmica. o Grupo 03 - Artes e Ofícios de Trabalhar Elementos Vegetais. o Grupo 04 - Artes e Ofícios de Trabalhar Peles e Couros. o Grupo 05 - Artes e Ofícios de Trabalhar Madeira e Cortiça. o Grupo 06 - Artes e Ofícios de Trabalhar o Metal. o Grupo 07 - Artes e Ofícios de Trabalhar a Pedra. o Grupo 08 - Artes e Ofícios ligados ao Papel e Artes Gráficas. o Grupo 09 - Artes e Ofícios ligados à Construção Tradicional. o Grupo 10 - Restauro de Património, Móvel e Integrado. o Grupo 11 - Restauro de Bens Comuns. o Grupo 12 - Produção e Confeção Artesanal de Bens Alimentares. o Grupo 13 - Outras Artes e Ofícios.
  • 121. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 122. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível REGIÃO CENTRO Porcelanas da Vista Alegre.  Tecelagem em linho (Serras de Montemuro e do Caramulo).  Trabalhos em cobre e ferro.  Latoeiros e estanhos (Viseu e Castro Daire).  Louça pintada de Coimbra.  Miniaturas de casas em xisto (Piódão).  Colchas de Almalaguês (Coimbra).  Flores de papel de Fragosela (Mangualde).  Rendas de Bilros de Torredeita (Viseu).  Mantas de farrapos (Guarda).  Colchas bordadas de Castelo Branco.  Trabalho em cantaria (Alcains – Castelo Branco).  Artigos em lã e couro (serra da Estrela).
  • 123. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 124. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 125. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 126. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 127. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Gastronomia A gastronomia tradicional foi declarada como um bem imaterial do património cultural de Portugal, através da Resolução do Conselho de Ministros 96/2000 de 26/7. Gastronomia Portuguesa https://www.receitasemenus.net/receitas-de-portugal/
  • 128. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível GASTRONOMIA NACIONAL SEGUNDO ESTE INSTRUMENTO LEGISLATIVO “O receituário tradicional português, assente, designadamente, em matérias-primas de fauna e flora utilizadas ao nível nacional, regional ou local, bem como em produtos agroalimentares produzidos em Portugal, e que, pelas suas características próprias revele interesse do ponto de vista histórico, etnográfico, social ou técnico, evidenciando valores de memória, antiguidade, autenticidade, singularidade ou exemplaridade.”
  • 129. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível Para a indústria do turismo, a gastronomia é uma forte componente da imagem e da capacidade de atracão de um destino e pode ser o principal facto de motivação para os turistas. Pasteis de Nata https://pastel-de-nata.pt/receita-de-pastel-de-nata/
  • 130. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 131. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 132. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 133. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 134. Património Material, Imóvel e Móvel Património imaterial ou intangível
  • 135. Formas de Preservação e de divulgação dos diferentes tipos de Património Vivemos em globalização, e, como sabemos a cultura tem o poder de transformar sociedades. Nas suas diversas manifestações, desde os nossos monumentos históricos e museus às práticas tradicionais e formas de arte contemporâneas, a cultura enriquece as nossas vidas quotidianas de inúmeras formas. O património constitui uma fonte de identidade e coesão para as comunidades afetadas pela mudança desconcertante e pela instabilidade económica. A criatividade contribui para a construção de sociedades abertas, inclusivas e pluralistas. Tanto o património como a criatividade constituem as bases de uma sociedade do conhecimento vibrante, inovadora e próspera. in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o- nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade Frederico Draw, Gonçalo Ribeiro, Add Fuel e Miguel Januário desenharam a homenagem ao capitão Salgueiro Maia, na avenida de Berna Foto Leonardo Negrão / Global Imagens
  • 136. Formas de Preservação e de divulgação dos diferentes tipos de Património A UNESCO acredita que o desenvolvimento não poderá ser sustentável sem uma forte componente cultural. Na realidade, só uma abordagem do desenvolvimento centrada no ser humano e baseada no respeito mútuo e diálogo aberto entre culturas poderá produzir resultados duradouros, inclusivos e equitativos. No entanto, até recentemente a cultura tem estado ausente das reflexões sobre o desenvolvimento. in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o- nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/a-unesco/sobre-a-unesco
  • 137. Formas de Preservação e de divulgação dos diferentes tipos de Património Para garantir que a cultura assume o lugar a que tem direito nos processos e estratégias de desenvolvimento, a UNESCO adotou uma abordagem tripartida: 1. lidera a sensibilização em prol da cultura e do desenvolvimento em todo o mundo; 2. atua junto da comunidade internacional para definir políticas e quadros jurídicos transparentes, e 3. trabalha no terreno apoiando os governos e as partes interessadas locais na salvaguarda do património, no fortalecimento das indústrias criativas e no incentivo ao pluralismo cultural. in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o- nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade Centro histórico de Florença, Património da Humanidade desde 1982, pois Toscana foi o berço do Renascimento in https://www.viagemcomcharme.com/httpwww- viagemcomcharme-cidadesdaeuropapatrimoniomundialdaunesco/
  • 138. Formas de Preservação e de divulgação dos diferentes tipos de Património As convenções culturais de UNESCO constituem uma plataforma global única para a cooperação internacional e estabelecem um sistema de governança cultural holístico, baseado nos direitos humanos e nos valores comuns. Estes tratados internacionais visam proteger e salvaguardar o património cultural e natural do mundo, incluindo os sítios arqueológicos, património imaterial e subaquático, coleções de museus, tradições orais e outras formas de património bem como apoiar a criatividade, a inovação e o surgimento de sectores culturais dinâmicos. in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o- nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade Tango, Património Imaterial da Humanidade, 2009 in https://www.publico.pt/2009/10/01/jornal/unesco-declara-o- tango-patrimonio-imaterial-da-humanidade-17929908
  • 139. Formas de Preservação e de divulgação dos diferentes tipos de Património in https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade Convenções da UNESCO na área da Cultura: Convenção Universal sobre Direito de Autor (1951, revista em 1971) Convenção para a Proteção de Bens Culturais em Caso de Conflito Armado (Convenção de Haia, 1954; protocolos em 1954 e 1999) Convenção relativa às Medidas a Adotar para Proibir e Impedir a Importação, a Exportação e a Transferência Ilícitas da Propriedade de Bens Culturais (1970) Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural (1972) Convenção sobre a Proteção do Património Cultural Subaquático (2001) Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (2003) Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005) Recomendação sobre a paisagem urbana histórica (2011)
  • 140. Bibliografia/Webgrafia Alarcão, Jorge de, Introdução ao estudo da história e do património locais. Coimbra: Instituto de Arqueología e de História de arte, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1988 Almeida, Álvaro Duarte; Belo, Duarte, Portugal Património, Lisboa, Círculo de Leitores, 2007 (8 volumes) https://www.arqnet.pt/portal/biografias/ Artes e tradições de Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian, 1994 https://caminhosdeportugal.com/pintura-portugal-seculo-xv/ CAMPOS, Joana Salomé, “Intervenção no património edificado. Conceitos e reflexões”, in Oppidum, 2010, ano 5, número 4, 8 p. https://cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt/ramalho-ortigao-e-a-salvaguarda-do-57639 Dias, Jorge, “Etnologia, etnografia e folclore” e “Os elementos fundamentais da cultura Portuguesa” in Estudos de Antropologia, Coleção Temas Portugueses, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1990 (Ed. Original 1945) https://doceru.com/doc/80ne5x