9. Como os artrópodos são importantes na saúde
Pediculose e pitiríase (piolhos e chato)
Miíases – larvas de moscas
Presença
Escabiose - Sarna
Tungíase – Bicho-do-pé
27. DENGUE
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
A Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e
de evolução benigna na forma clássica, e grave quando
se apresenta na forma hemorrágica.
AGENTE ETIOLÓGICO
O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus,
pertencente à família Flaviviridae.
São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
28. MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão se faz pela picada do Aedes aegypti
Período de incubação de 8 a 12 dias
CONTROLE E PREVENÇÃO
Essencialmente o Combate ao vetor
31. Dengue
Manifestações Clínicas
Febre Hemorrágica do Dengue
Hemorragias na pele: Petéquias, púrpuras,
equimoses.
Sangramento gengival.
Sangramento nasal.
Sangramento gastrointestinal: hematêmese, melena,
hematoquezia.
Hematúria e metrorragia em mulheres.
32. Dengue
Manifestações Clínicas
Fatores de Risco para FHD
Cepa do vírus.
Anticorpo antidengue pré-existente:
Infecção anterior
Anticorpos maternais em bebês
Genética dos hospedeiros.
Idade.
33. Dengue
Manifestações Clínicas
Fatores de Risco para FHD
Maior risco em infecções seqüenciais.
Maior risco em locais com dois ou mais sorotipos
circulando simultaneamente em altos níveis
(transmissão hiperendêmica).
Sorotipo do vírus
Risco de FHD é maior para DEN-2, seguido do DEN-
3, DEN-4 e DEN-1.
34. Dengue
Manifestações Clínicas
Fatores de Risco para FHD
Pessoas que tenham sofrido uma infecção de dengue
desenvolvem anticorpos de soro que podem neutralizar
o vírus do dengue do mesmo sorotipo (homólogos).
Em uma infecção subsequente, os anticorpos
heterólogos pré-existentes formam complexos com os
novos sorotipos de vírus que causam infecção, mas não
neutralizam o novo vírus.
35. Dengue
Anticorpos Homólogos Formam Complexos
Neutralizantes
1
1
1
1
Vírus Dengue 1
Anticorpo neutralizante ao vírus Dengue 1
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo
1
neutralizante e vírus Dengue 1
36. Dengue
Anticorpos Heterólogos Formam Complexos Não-
Neutralizantes
2
2 2
2
2
Vírus Dengue 2
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo não
2
neutralizante e vírus Dengue 2
37. Dengue
Complexos Heterólogos Penetram Mais
Monócitos Onde o Vírus se Multiplica
2
2
2 2
2
2
2
2
2
2
2
Vírus Dengue 2
Anticorpo não neutralizante
2 Complexo formado por anticorpo não
neutralizante e vírus Dengue 2
38. Dengue
Diagnóstico
Testes laboratoriais
Hemograma completo.
Albumina.
Testes da função hepática.
Urina para verificar a existência de hematúria
microscópica.
Testes específicos para o dengue
Isolamento viral.
Sorologia (ELISA para anticorpos da classe
IgM).
39. Dengue
Diagnóstico
Isolamento viral
Cultura de Células Teste de Ac. fluorescente
42. Dengue
Diagnóstico
Coleta e Processamento de Amostras para
Diagnósticos de Laboratório
Tipo de Momento Tipo de
Espécime da Coleta Análise
Sangue da fase Na apresentação
do paciente; Isolamento do
aguda coletar segunda vírus
(0-5 dias após o início) amostra e/ou sorologia
durante convalescência
Sangue da fase de
convalescência Entre o 6° e 21° dia Sorologia
(≥ 6 dias após o após o início
início)
47. COMBATE AO VETOR
MANEJO AMBIENTAL: Destruição de criadouros
CONTROLE QUÍMICO: Inseticidas nos criadouros
UBV – “fumacê” – Em epidemias -
Infestação predial de > 5% e
circulação comprovada de vírus.
50. Ordem: Diptera
Familia: Muscidae
Mosca berneira: Dermatobia hominis
Doença: miíase (Berne)
infestação de
vertebrados vivos
por larvas de
dípteros que se
alimentam de tecidos
ou líquidos corpóreos
51. • Dermatobia hominis é encontrado em várias áreas
úmidas da Américas central e sul
• A fêmea coloca os ovos na parte abdominal de outros
insetos (foréticos) que se alimentam de sangue ou
secreções (moscas ou pernilongos)
• Durante o pouso no hospedeiro, os ovos eclodem e a
larva de Dermatobia penetra a pele sã (biontófaga) e
evolui, dentro da lesão, até a larva 2. estádio
• Após 6-12 semanas, a larva três emerge do hospedeiro e
cai no solo onde se transforma em pupa
53. • O local de infecção fica
suscetível a entrada de
oportunistas: bactérias
• A infecção normalmente
é benigna (inflamação
localizada)
(larva biontófaga)
60. • Presente do sul dos EUA até Argentina, em regiões
tropicais (ano inteiro) e temperadas (primavera-
verão)
• Fêmeas de Cochliomyia hominivorax depositam 200-
300 ovos/dia durante 3-4 dias ao redor de um
ferimento recente (biontófaga, oviposição somente
em seres vivos)
• 12-24 horas depois a larvas eclodem e fixam-se e
nutrem se dos tecidos
• durante 6-7 dias há duas ecdises (L1-L3)
• abandonam o hospedeiro e pupam no solo (6-8 dias)
• emergem os adultos
• Cochliomyia macellaria: ovos em tecidos necrosados
63. Patogenia
• Larvas secretam enzimas proteolíticas
• Ferimento aumenta de tamanho
• Decomposição de material no ferimento
Atrai moscas
Miíases secundárias Miíases por necrobiontófagas
(Cochliomyia macellaria)
64. Tratamento:
• Limpar ferimento (com anestesia local)
• Remoção individual das larvas
• Aconselhavel: Aplicação de um antibiótico de largo
espectro
• No caso de miíase cavitária, (ingestão de ovos/larvas de
uma variedade de moscas): antihelmínticos
Controle:
• Zoonose: Tratamento também dos animais!
• Manipulações em gado (castração/descornas) no inverno
• Tratamento do gado com Ivermectina/Doramectina para
diminuir a densidade populacional das moscas
65. Miíases - ação terapêutica
– tratamento pode ser vantajoso no
caso de resistência a antibióticos
– utilização larvas necrobiontófagas
– úlceras crônicas: pé diabético,
estase venosa (forma de terapia
milenar)
Lucilia sericata, L. ilustris
Phornia regina
66. • Remoção de tecidos necróticos
– secreção de proteases
– ingestão do tecido liquefeito
• Atividade antimicrobiana
– S. aureus, Streptococcus sp.
• Cicatrização
– movimento (?)
– alantoína, uréia, bicarbonato de amônia
1 semana 1 ano
76. Ordem Siphonaptera: Tunga penetrans
– pulga da areia
– “bicho do pé” ou “bicho do
porco”, hospedeiro usual é
o porco (mas ataca gatos,
cachorros e seres humanos)
As lesões passam a ser porta de entrada de micróbios
como Clostridium tetani (tétano), C. perfringens
(gangrena gasosa), Paracoccidioides braziliensis
(blastomicose)
81. Ordem Anoplura: Pediculus capitis, P.
humanus e Pthirus pubis
Doenças: Pediculose e Ftiríase
Ectoparasitos cosmopolitas exclusivamente
de humanos
Em todas as classes sócio-econômicas
Hemimetábolos (ovo, larva, ninfa, adulto)
Todos os estádios hematófagos
82. Anoplura
- 15 famílias, 49 gêneros e
cerca de 532 espécies
- Altamente específicos
- Com uma excessão, os
ovos são postos aderidos
aos pêlos - Lêndeas
- Ápteros
83. Anoplura
Desenvolvimento
Adulto em 6 a 10 dias
Vive cerca de 20 dias
Põem cerca de 10 ovos/dia
Ovos postos
aderidos ao
3 estádios
pêlo
ninfais
Ovos eclodem
em 7 a 10 dias
87. Morfologia geral dos ácaros
larvas com 3 pares, ninfas/adultos com 4 pares de patas
(aparelho
bucal e palpos)
(corpo)
88. Subordem: Astigmata (Sarcoptiformes)
Sarcoptes scabiei
Doença:
Escabiose ou Sarna
• Cosmopolita, democrático dorsal ventral
• 300 milhões de casos
• parasita de seres humanos e outros mamíferos (existem
variedades com diferentes preferências: S. scabiei canis,
S. scabiei cuniculi, S. scabiei ovis etc.)
89. • Não possuem traquéias, respiram pelo tegumento
• Macho (0,2 mm) e fêmea (0,4 mm)
• Infecção ocorre por contato pessoa-pessoa ou objetos
contaminados (roupa, pentes etc.)
• Os ácaros migram na epiderme, depositam ovos, dos
quais eclodem larvas (depois 3-4 dias), que se
desenvolvem para ninfas que ficam adultos (4 dias).
• Fêmea: 3-4 ovos/dia (durante até 50 d), ciclo total: 20 d
• Sítio preferencial de infecção: interdigital, nas pernas
90. Patologia
• A atividade migratória e a deposição de antígenos
causa o influxo de células T mononucleares e reações
alérgicas (hipersensitividade do tipo IV)
• Prurido, causa ferimentos secundários na pele e
infecções bacterianas são frequentes
• Em imunossuprimidos, ocorre dermatite generalizada
com grandes areas de pele comprometidas, altíssimo
número de ácaros presentes e o indivíduo é forte
transmissor de Scabies
94. Diagnóstico:
• Clínico: Anamnese, pruridos noturnos, localização e
aspecto das crostas
• Parasitológico: Fita gomada sobre crostas ou raspado
profundo lâmina microscópio
Tratamento (repetido!):
- Creme com permethrina 5%
ou
- Lindan 1%
(pessoas imunocomprometidos plus 1 dose Ivermectina)
- Tratamento da roupa contaminada: Lavar e secar
por 10 min a 50°C, ou estocagem em recipientes
fechados por 5 dias
95. Aspectos epidemiológicos
• Infestação do homem por variedades S. scabiei de
animais:
• auto-limitante, fugaz
• Hipótese - origem das variedades:
• Homem: hospedeiro primário
• Adaptações a outras espécies de hospedeiros
• Intercruzamento de cepas de animais e do homem
evita especiação variabilidade genética leva
a ampliação do espectro
de hospedeiros (40 spp de
17 famílias e 7 ordens)
97. Ácaros de vida livre como causador de doença
• Vivem em poeira domiciliar, grãos armazenados,
alimentos processados
• Família Phyroglyphidae: - Dermatophagoides pteronyssinus
- Dermatophagoides farinae
- Pyroglyphus africanus
- Dermatophagoides deanei
- Euroglyphus maynei
• Família Glycyphagidae: - Blomia tropicalis
• Família Chortoglyfidae: - Chortoglyphus arcuatus
• Família Saproglyphidae: - Suidasia pontifica
• Pessoas suscetíveis (número crescente): alergias
respiratórias
• Alérgeno é o próprio ácaro e/ou seus produtos:
dejetos, secreções, fezes que ficam em suspensão
em poeira