O documento discute as principais barreiras para empreendedores no Brasil, identificando a dificuldade na abertura de empresas, falta de conhecimento técnico sobre a área de atuação, e a falta de uma cultura educacional voltada para o empreendedorismo como os principais desafios.
1. FACULDADE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
TECNÓLOGO EM NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS
PRISCILA CAROLINE FRANCO DE CARVALHO
BARREIRAS PARA EMPREENDEDORES NO BRASIL
SÃO PAULO
2018
2. PRISCILA CAROLINE FRANCO DE CARVALHO
BARREIRAS PARA EMPREENDEDORES NO BRASIL
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO
PERÍODO: NOTURNO
DOCENTE: Msº CRISTIANO SABATINI
SÃO PAULO
2018
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................4
1. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................5
1.1. ABERTURA DE EMPRESAS E SEU ENDEREÇO ...................................................................5
1.2. CONHECIMENTO TÉCNICO SOBRE A ÁREA DE ATUAÇÃO ................................................6
1.3. ADAPTAÇÃO DA EMPRESA NO MERCADO BRASILEIRO....................................................6
1.4. QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL.............................................................................................7
1.5. TECNOLOGIAS NO EMPREENDEDORISMO..........................................................................7
1.6. ADAPTAÇÃO DA EMPRESA NO MERCADO BRASILEIRO.......Erro! Indicador não definido.
CONCLUSÃO................................................................................................................9
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................10
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INTRODUÇÃO
O empreendedorismo é considerado por muitos pesquisadores o principal elemento de
desenvolvimento das regiões. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas
vezes estão relacionadas com a criação de empresas ou produtos novos, normalmente
envolvendo inovações e riscos. Está muito relacionado com a questão de inovação, na
qual há determinado objetivo de se criar algo dentro de um setor ou produzir algo novo.
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1. DESENVOLVIMENTO
No âmbito brasileiro, o EMPREENDEDORISMO é uma das ferramentas de sucesso para
pessoas que já foram colaboradores de empresas, e hoje, por viés econômico, de organi-
zação ou até mesmo para gerir melhor seu tempo, optaram em abrir um próprio negócio.
Porém, em território brasileiro, ainda há limites, ou barreiras, melhor dizendo, para que
se abra um novo empreendedor. Para uma analise ampla desse cenário, a pesquisa lis-
tou algumas barreiras que afetam a vida de empreendedores aqui no Brasil.
Iniciamos com a dificuldade na captação de recursos financeiros, no qual a maioria dos
empreendedores questionados, ou seja, 59.20% tem ciência de que este é um elemento
que limita a ação empreendedora. Por outro lado, 19.70% dos empresários pesquisados
se posicionaram indiferentes quanto a este quesito, e 21.10% dos empresários afirma-
ram que a dificuldade em captar recursos não é um obstáculo para empreender.
Ainda podemos afirmar que dentro deste contexto, ter diferentes alíquotas e tributos in-
cidindo sobre o mesmo produto ou serviço e não saber como recolher os impostos preju-
dicando o desenvolvimento da mesma. Por exemplo:
- Se sua empresa é de serviços ela sofrerá tributação do ISS, se for de produtos indus-
trializados deverá pagar IPI. Havendo lucro, paga CSLL e se uma nota for superior a R$
215.05, paga o PIS, COFINS e CSLL. Se for valor for inferior ao mencionado anterior-
mente, o imposto seria gerado, porém como a taxa é menor que R$ 10.00, o empre-
endedor se isenta.
Com a complexidade de tributos no país e grande o EMPREENDEDOR mesmo desejan-
do estar em dia com o governo, ele não consegue administrar e efetuar o pagamento de
várias taxas se não tiver caixa, e uma orientação jurídica e contábil ao seu dispor.
1.1. ABERTURA DE EMPRESAS E SEU ENDEREÇO
Adentrando mais nesses temas de barreiras, a limitação do tempo de aberturas de em-
presa é umas das mais morosas que existem. O Brasil está no 6º lugar, de países mais
burocráticos em um ranking de 133 países pesquisados pelo Banco Mundial. Um exem-
plar de tempo abreviado (rápido) é a Austrália, no qual uma empresa pode ser aberta
em apenas 02 dias, enquanto que no Brasil esse período é de 152 dias e envolve 17
procedimentos.
Além disso, é quase impossível o EMPREENDEDOR realizar todos os processos por ele
mesmo. Alguns órgãos precisam de que umas assessorias jurídicas e contábeis atuem
em conjunto para que processos em locais tramitem com maior facilidade, e menor
tempo entre as sessões.
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O segundo ponto avaliado refere-se às dificuldades de definição do endereço comercial
para empreender. No aspecto descrito, a pesquisa com empresários se mostrou numa
linha determinada com 36% dos empresários questionados concordam que a definição
do local é uma barreira para empreender e 36% discordando sobre esse aspecto.
Contudo, em contrapartida, 28% dos entrevistados se mostraram indiferentes quanto a
este elemento, pois na maioria dos casos, o empreendedor atende seus clientes no modo
“delivery”, impossibilitando de manter um escritório físico, para pagar somente aluguel,
taxas, e as vezes o condomínio, caso seja prédio comercial.
1.2. CONHECIMENTO TÉCNICO SOBRE A ÁREA DE ATUAÇÃO
A falta de conhecimento técnico por parte dos empresários para empreender, também é
uma das barreiras intransponíveis no Brasil. Apesar de os EMPREENDEDORES possuí-
rem órgão que ajudam a evolução das empresas como o SEBRAE, e programas com
pouca divulgação de prefeituras e outras associações, 48.60% dos empresários entrevis-
tados aponta esta barreira como um dos obstáculos para empreender, por conta da im-
pulsão, ou pela falta de capacitação, ou da má escolha de fornecedores e público-alvo
que limita a abertura de seu próprio negócio.
Na contramão desse valor, 24,30% se posicionaram indiferentes, pois acham que estu-
dar somente o mercado e embarcar na moda do Brasileiro já faz sua empresa ter um
salto sem conhecimento da área, e 24,10% se colocaram contrários a esta afirmação,
pois mesmo que estude o mercado e conte com o auxilio do SEBRAE, o EMPREENDE-
DORISMO é ainda uma dificuldade entre os brasileiros, devido à morosidade de abertura
e altas taxas de abertura de seu próprio negócio.
1.3. ADAPTAÇÃO DA EMPRESA NO MERCADO BRASILEIRO
As dificuldades de penetração da empresa ou do produto no mercado atrapalham a
abertura de novos empreendimentos, decorrentes da falta de analise de marcado, ou da
informalidade do mercado. Nessa própria entrevista, 36,90% dos empresários ouvidos
este elemento é uma barreira para empreender. Para 34,20% dos pesquisados esta si-
tuação não impede a ação empreendedora, e 28,90% posicionaram-se de forma indife-
rente.
Porém, para uma reflexão sobre o assunto, a importância de se adaptar no mercado,
realmente é um trunfo para quem que caminhar com longevidade no mercado e almejar
voos altos durante a vida útil da empresa.
Para uma analise bem completa, as empresas informais tem em média 37.00% mais
competitiva que uma empresa formal e legal. Com isso, a informalidade avança para inves-
tir em marketing ou ter uma margem mais flexível para redução de preços e descontos para
atrair mais clientes.
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Porem, os colaboradores que trabalham em informalidade, mesmo tendo ausência de direi-
tos previstos pela CLT e não pagando os seus impostos e benécias tem uma queda de
40.00% de produtividade, perante aos colaboradores de empresas formalizadas, que mes-
mo com crise, garante-se com todos os direitos e ainda desfrutam de vantagens, como:
ASSISTENCIA MÉDICA;
VALE REFEIÇÃO;
VALE ALIMENTAÇÃO;
E OUTROS.
1.4. QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
O EMPREENDEDOR tem muitas tarefas para manter a qualidade de produto, ou servi-
ços em dia, dentro da sua empresa. Embora que 35.10% dos EMPREENDEDORES não
sabem opinar sobre esta fase, é importante ressaltar que é “quase impossível realizar
todas as atividades de uma empresa sozinha”.
Por isso, contratar pessoas que possam colaborar em algum aspecto com sua empresa é
fundamental, mesmo que a carga tributária mais os direitos previstos em lei para quem
é trabalhador, totalizem 103% do valor bruto do salário de um funcionário.
No fundo, isso significa que para 65.00% dos EMPREENDEDORES, a empresa deverá
se desdobrar para dar um salário adequado e digno a quem colabora para seu sucesso e
sua empresa estar em franco progresso. Trabalhar sem colaboradores registrados nessa
fase de seu empreendimento, é andar de mãos dadas com o fracasso e correr um sério
risco de acumular problemas ao logo de sua vida, com enormes indenizações e até a
falência antes de sua empresa ser bem vista no mundo corporativo.
A informalidade, que já é uma grande tendência no Brasil, ainda é vista como uma solu-
ção rápida até certo ponto, por alguns EMPREENDEDORES. A avaliação a curto é médio
prazo, para a informalidade, traz um caminho “negro”. Insalubridade, periculosidade e a
ausência de plano de carreira são alguns aspectos que a informalidade traz e prejudica o
avanço não só da economia, mas sim da vida humana, para os novos colaboradores.
1.5. TECNOLOGIAS NO EMPREENDEDORISMO
Os obstáculos relacionados às tecnologias usadas na condução do EMPREENDIMENTO
são considerados um impedimento para a abertura de novas organizações. A maioria
dos entrevistados, em números de 46,70% dos empresários pesquisados concorda com
esta afirmação; pois as tendências globais do empreendedorismo, os startups, alimen-
tam-se diretamente de tecnologia, com criações de serviços para acessos às plataformas
digitais. Para 20.00% discordam desta posição, pois atuam ainda com o conceito antigo
ou tradicional de serviços, batendo de porta em porta, ou ainda, utilizando panfletos e
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flyers. A técnica ainda encontra acesso para alguns centros, mas os e-mails marketing, e
a adesão da ferramenta WHATSAPP Business têm complicado mais a vida desses “arca-
ísmos” e ausências de conteúdo digital para seus clientes. Finalizando, os 33,30% de
EMPREENDEDORES, não se posicionaram quanto à tecnologia, pois mesmo não tendo
dotes da tecnologia, eles apostam ainda na miscelânea para atingir novos alvos de seu
EMPREENDORISMO.
1.6. CULTURA EDUCACIONAL VOLTADA AO EMPREENDORISMO
Incluindo no ciclo das barreiras, existe a falta de uma cultura educacional voltada ao
empreendedorismo, no qual muitos dos EMPREENDEDORES, não conhecem o desen-
volvimento do empreendedorismo. Os resultados mostram que para 52% dos empresá-
rios estudados existe a falta desta cultura, e que a mesma não é estimulada, por concen-
tração de poder, ou por medo que os sucessores não acompanhem a trajetória de suces-
so.
Apenas 9,10% da amostra pesquisada discordam desta afirmação, por entender que
para ter a cultura de EMPREENDEDOR é criar desde o inicio um sucessor natural ou
alimentar a vontade dos colaboradores aspirarem à vaga de líder ou de empreendedor
através de seus resultados, e um grande número, isto é, 38,90% não se posicionaram e
se mostraram indiferentes quanto a este ponto, por entender que mesmo sem a cultura é
possível desenvolver o EMPREENDEDORISMO no mercado competitivo brasileiro.
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CONCLUSÃO
Visto que o brasileiro é tido como um EMPREENDEDOR nato pela concepção mundial,
muitos se utilizam deste elogio para mergulhar de cabeça nesse universo de criação de
novos negócios para obter sua renda. Porém, se este EMPREENDEDOR, não se atentar
nestes aspectos apontados nesta breve pesquisa realizada, o negócio está fadado a ruir
com pouco tempo de existência. As vezes entende-se como o EMPREENDEDORISMO
como uma “válvula de escape” do extenuante mercado de trabalho que é bastante com-
petitivo, e com salários que o profissional não consegue manter-se.
Porém, o EMPREENEDORISMO requer cuidados, atenções e paciência para os inician-
tes, pois qualquer passo além da amplitude normal de sequencia de um novo negócio, o
novo empreendedor tenderá a voltar para o mercado competitivo e agitado, uma vez que
seu negócio ruiu, por conta da inexperiência e da ânsia de tornar seu sonho, uma fonte
renda em curto prazo.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ZUSE, Bruna De Oliveira; CAVALINI, Maciel Alves; MICHELS, Edilen Tamar Popsin;
CRUZ, Emerson Ronei Da. BARREIRAS DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL SEGUNDO A
OPINIÃO DOS EMPRESÁRIOS LIGADOS AO SETOR VAREJISTA DA REGIÃO CELEIRO DO ES-
TADO DO RIO GRANDE DO SUL "Salão do Conhecimento Uniijui, XXV Seminário de Iniciação
Científica, v.1. Disponível em:
<https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/8177/6905
>.Acessado em 10.06.2018
CLICO. Os 4 principais desafios que um novo empreendedor enfrenta no Brasil. Disponí-
vel em: <https://guiaempreendedor.com/os-4-principais-desafios-que-um-novo-
empreendedor-enfrenta-no-brasil/>. Acessado em 10.06.2018