1) A variação dos estímulos de treino, sobrecarga progressiva e individualidade biológica são conceitos importantes para prescrição de exercícios.
2) A supercompensação ocorre quando o organismo evolui suas capacidades biomotoras após quebra da homeostase por meio de estímulos de treino variados e progressivos.
3) A recuperação pós-treino, desidratação, e períodos de destreinamento influenciam no condicionamento físico e devem ser considerados na prescrição.
2. VARIAÇÃO DOS ESTÍMULOS
- A progressão de capacidades biomotoras se faz pela evolução das mesmas;
- Para que capacidades biomotoras evoluam existe a necessidade de que modificações fisiológicas crônicas venham a
ocorrer;
- Para que mudanças fisiológicas crônicas ocorram há a necessidade de quebra da homeostase;
- Uma das formas de quebra da homeostase é a VARIAÇÃO DE ESTÍMULOS.
Homeostase = estado de equilíbrio funcional fisiológico do organismo
9. - A puxada por trás gerou menor quilagem para realizar o 10RM do que as demais pegadas, portanto, uma
vantagem do ponto de vista de carga mecânica;
- A puxada pela frente gerou maior ativação do latíssimo do dorso do que qualquer outro tipo de pegada tanto na
fase concêntrica quanto excêntrica;
- Maior abdução (plano coronal) com maior abdução transversal com leve extensão do ombro parece
ativar mais o Latíssimo;
- A puxada por trás é mais linear no plano coronal;
- A maior depressão escapular exigida na puxada por trás pode ter ativado
mais trapézio inferior e romboides a custo do latíssimo do dorso.
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10. - Peitoral maior teve maior atividade na puxada com o triângulo seguido puxada com pegada supinada.
- Dentre as funções do peitoral maior a adução transversal somada a leve rotação interna na pegada triângulo
pode, devido a curva comprimento-tensão, colocado o peitoral maior em menor eficiência aumentando o
recrutamento do mesmo para o movimento.
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11. - O deltoide posterior foi mais ativo durante a execução com pegada triângulo.
- Como nesta posição o ombro está aduzido horizontalmente e levemente rodado internamente (movimentos
contrários ao realizados pelo deltoide posterior) este ficou em comprimento ótimo para ser ativado durante
o movimento. Nas demais pegadas o ombro já se encontra mais abduzido e rodado lateralmente gerando
graus diferentes de encurtamento do deltoide posterior.
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14. - Além de verificar se a mudança mecânica (mechanical changes)
modifica a atividade muscular dos extensores de joelho e quadril, o
estudo também verificou se a intensidade (load) (quilagem 40% e
80% de 1RM) seria potencialmente influenciadora.
Leg 45º (LP45)
- Fourteen healthy young women (physical education students)
from the Federal University of Rio Grande do Sul
(UFRGS) were selected for this study.
- Subjects reported an average of 1 hour twice weekly for at least
6 months of strength training.
- Controlaram cadência e ADM do movimento no teste de 1RM;
- Performed 5 repetitions at 40% and 5 repetitions at 80% of 1RM
in each LP exercise (LPL, LP45, and LPH).
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17. "E ai professor?! Coloco os pés para "dentro" ou "para fora"?
A resposta a essa pergunta deve, obviamente, levar em
consideração a necessidade de treino do seu cliente e a verificação
de "'pés para dentro" Rotação Interna do quadril ou "pés para fora"
Rotação Externa do Quadril produzem algum efeito de
intensificação de Gastrocnêmio Lateral ou Gastrocnêmio Medial.
19. Riemann et al. (2011), analisaram o heel-raise exercise (elevação dos calcanhares em pé) e verificaram que na fase concêntrica e excêntrica
o GM é mais ativado (p<0,05) com REQ. Com a RIQ somente na fase concêntrica o GL foi mais ativado (p<0,05). Na posição neutra (pés
alinhados a frente) não houve diferença significativa na ativação de GM e GL.
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20. Os autores especulam que tais resultados possam ser explicados devidos a linha de força vertical projetada mais
medialmente na REQ e lateralmente na RIQ. Os autores também entendem que, devido as modificações entre as posições
de RIQ e REQ, seja possível que alterações na arquitetura muscular (linha de ação, ângulo de penação e comprimento do
fascículo) provoquem as ativações diferenciadas de GM e GL.
Este estudo resolve todos os nossos problemas? Não! Os próprios autores chamam a atenção para:
a) Embora os homens e mulheres do estudo sejam moderadamente treinadas e familiarizadas ao exercício, populações
diferentes da estudada (por exemplo, idosos e desvios posturais de joelho) os resultados podem não ser os mesmos;
b) O exercício no estudo foi realizado com os participantes descalços em com intensidade de 130 a 135% da massa
corporal, podendo ser generalizado somente para tal intensidade;
c) O ângulo de RIQ ou REQ não foi padronizado, diferentes ângulos de rotação podem influenciar no resultado;
d) A altura do bloco de madeira utilizada foi de 3,8cm limitando a dorsiflexão excêntrica;
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21. 2. VARIAÇÃO DO ESTÍMULO: SOBRECARGA PROGRESSIVA
- Quanto mais “forte” fisiologicamente estiver o organismo mais “violenta” deve ser a sobrecarga;
- A sobrecarga deve ser de tal forma, intensidade e volume que consiga quebrar a homeostase;
- A sobrecarga deve ser progressiva ao longo da
intervenção de treinamento;
26. 2. INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA
- Individualidade do ponto de vista:
- Físico;
- Fisiológico;
- Mental;
- Social.
•VARIABILIDADE ENTRE
ELEMENTOS DA MESMA
ESPÉCIE.
NÃO HÁ
INDIVÍDUOS
IGUAIS
35. Tempo (horas)
50 mg/kg de músculo
Carga de treinamento
Desgastou
25 mg
Desgaste
de 50%
250 mg/kg de músculo
Carga de treinamento
Desgastou
25 mg
Desgaste
de 10%
25000 mg/kg de músculo
Carga de treinamento
Desgastou
25 mg
Desgaste
de 1%
Glicogênio
muscular
ORGANISMO SUPERCOMPENSA BUSCANDO SUSTENTAR DE FORMA MAIS EFICIENTE
UMA NOVA AGRESSÃO
36. CONTINUAR TREINANDO ENTRETANTO COM CARGA MAIS BAIXA
S S
T Q Q S D S S
T Q Q S D S T
Glicogênio
Muscular
100%
Overtraining
Dias da semana
38. J M
F M A J J A D
S O N J F M A
MELHORA
EM
%
DO
VO2
máx.
VO2 = 65 ml/kg/min
Out 2009
VO2 = 52 ml/kg/min
Abr 2010
Volume de treinamento
5 Vezes semana
2 vezes semana
Importância da Manutenção da frequência
de treino
39. Teste até a exaustão
mantendo 70 RMP
unilateral
Biópsia muscular 3 , 10, 24 e 48 horas após teste
para grupo 1. Grupo 2 biopsia logo e somente 48
horas após exercício.
Examinar a recuperação do ATP e glicogênio muscular após a realização de um teste até
a exaustão.
COMO FOI FEITO O ESTUDO?
40. Como foi a recuperação do ATP?
-5.67%
Biópsia seguidas prejudicaram a ressíntese de ATP em virtude da inflamação tecidual gerada
41. Como foi a recuperação do GLICOGÊNIO MUSCULAR?
+ 42%
Ingestão de 1.4 g glicose logo após; 1 e 2 horas após 0.8 g
glicose. Dieta com 80% de carboidratos.
45. Investigar a recuperação das propriedades contráteis dos
extensores do joelho após um treino resistido de alta e
moderada intensidade em atletas bem treinados
COMO FOI FEITO O ESTUDO?
Teste realizados: desempenho da extensão
isocinética máxima em 60 e 240°s;
eletromiografia do vasto medial; salto agachado
Treino de alta intensidade: 3 x 3RM no
agachamento normal e frontal; 3 x 6RM na
cadeira extensora. Teste após 5 min, 3, 7, 11, 22,
26, 30 e 33 horas.
Treino de moderada intensidade: 3x há 70% de
3RM, 3x há 76% de 6RM. Teste após 5min, 3, 7,
11, 22, 26, 30, 33 horas.
46. - 12-14%
- 6-7% - 8-10%
- 1%
Ambas as
intensidades
produziram redução
no desempenho.
Redução foi maior e
recuperação mais
lenta após o treino
mais intenso.
Recuperação foi
mais rápida nas
primeiras 11 horas
e mais lenta até as
22 horas.
Redução da
produção de força
parece ter ocorrido
em virtude da
microlesões nas
proteínas contrateis
e ativação da
atividade
fagocitária.
48. Schoffstall, J.E., J.D. Branch, B.C. Leutholtz, and D.P. Swain. Effects of dehydration and rehydration on the one-
repetition maximum bench press of weight-trained males. J. Strength Cond. Res. 15(1):102–108. 2001.
- 10 homens atletas de powerlifting com experiência se voluntariaram para o estudo
- Foi usada sauna a 60ºC para desidratação. A cada 20’ os voluntários deixavam a sauna por 5’ para serem pesados. Esse
procedimento foi mantido até que 1,5% MC houvesse diminuído. Os voluntários então faziam o resfriamento até que a
temperatura central voltasse a 0,5ºC de variação a linha base. Neste momento as medidas de Desidratado (D) foram
realizadas.
- Após os testes de D um tempo padrão de 2 horas foi dado para reidratarem consumindo água ad libitum afim de voltar a MC
da linha base. O período de 2 horas foi determinado conforme regras da competição (pesagem no máximo 2 horas antes da
competição). Novamente os testes foram realizados com Reidratado (R).
51. Teste em
esteira
Protocolo:
Sujeitos após aquecimento leve corriam até
atingir o seu pace para 10 km, após a
inclinação foi aumentada em 2% a cada 2 min
até a fadiga volitiva.
52. - 8 homens jovens altamente treinados em performance aeróbia de corrida de pista e estrada e adaptados a corrida em
esteira fizeram parte do estudo.
- O critério para confirmar a desidratação (D) foi uma queda de 2% no volume plasmático em relação a coleta controle.
- A desidratação foi produzida através da ingestão de diuréticos 5 horas antecedendo os testes (1500, 5000 e 10.000m).
Corrida em pista
sintética (outdoor)
Valores médios: temperatura
15,7º, umidade relativa 31,8%
54. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE /
REVERSIBILIDADE
Base Conceitual
“NÃO SE ARMAZENA
CONDICIONAMENTO FÍSICO”
55. Objetivo: examinar o impacto de quatro semanas de destreinamento ou de redução do volume de
treino sobre desempenho de força e resposta hormonal.
56. COMO FOI FEITO O ESTUDO?
- 16 semanas de treino de força: SUPINO, desenvolvimento e ombros, puxador, AGACHAMENTO, flexão joelhos, flexão
dos joelhos vertical, abdominal e extensão do tronco;
- Primeiras seis semanas: 3x 10RM no supino e 3 x há 80% de 10RM no agachamento;
- Da sétima a décima primeira semana: 3x 6RM no supino e 3 x há 80% de 6RM no agachamento;
- Durante ultimas cinco semanas (12 a 16 semanas) 3 x há 85-90% de 1RM (duas a quatro repetições) em ambos os
exercícios.
DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS
Grupo que permaneceu quatro
semanas sem treino
Grupo que reduziu o volume e
aumento intensidade. Treinaram
com quilagem entre 90 a 95% de
1RM (três a quatro repetições), e
duas a três séries para os exercícios
para parte superior e inferior.
57. E AI QUAIS FORAM OS RESULTADOS?
+2% -9%
+24% +17% +27% +3% +16% -6%
58. E A POTÊNCIA MUSCULAR?
+29% +1% +26% -17% +37% +48% +29% -14%
59. - Quatro semanas de destreinamento produziu queda significativa em 1RM no supino e agachamento. Porém, a queda foi
mais significativa na produção de potencia;
- Isso pode ter ocorrido pelo destreinamento produzir uma atrofia preferencialmente das fibras do tipo II (maior capacidade
para produzir potencia) e atrelada a uma redução no drive neural (hipóteses).
PONTOS IMPORTANTES DA DISCUSSÃO
60. Investigar o efeito de uma período de treinamento de força (12 semanas), destreinamento de um ano e
retreinamento de 12 semanas sobre a força dinâmica, hipertrofia e tarefa funcional em mulheres idosas.
61. COMO FOI REALIZADO O ESTUDO?
Leg press, cadeira extensora, mesa flexora, bíceps, tríceps,
puxador, desenvolvimento de ombro, supino e abdominal;
- 1° A 3° SEMANA: 2 x 20-15 rep; 4° A 6° SEMANA: 3 x 15 a
12 rep; 7° A 9° SEMANA: 3 x 12-10 rep; 10° A 12° SEMANAS:
4 x 10 a 8rep.
Foi avaliado: 1RM cadeira extensora e rosca scott, volume muscular após as 12 semanas de
treino e depois de um ano de destreinamento
62. E AI QUAIS FORAM OS RESULTADOS?
+40% +70%
+38% +46%
-36% - 64%
-35% -43%
Um ano de destreinamento produziu praticamente perda total dos ganhos produzidos.
63. Analisar o efeito de 15 dias de destreinamento e retreinamento sobre o
comportamento de variáveis que influenciam o desempenho aeróbio
64. COMO FOI EXECUTADO O ESTUDO?
- Seis corredores; quatro realizavam corrida de longa distância e dois de curta (400-1500);
- Treinamento deles consistia de corrida continua (15-30km) por dia em uma intensidade igual a 75% do VO2máx.
Primeiro dia: Teste VO2máx
Segundo dia: Teste corrida até exaustão há 90% VO2máx; coleta de Fcmáx e tempo de exaustão. E biópsia do
gastrocnêmico lateral direto.
15 dias destreinamento primeiro sete dias perna direta imobilizada (gesso) e 8 dias seguinte somente atividades do dia a
dia.
PROTOCOLO EXPERIMENTAL
Novamente testes
Retreinamento de 15 dias
Novamente testes
65. QUAL FOI O COMPORTAMENTO DO Vo2máx e Fcmáx?
-2.4 – 7.3% +0.5-6.6% + 4bpm - 7bpm
66. E O DESEMPENHO NO TESTE ATÉ A EXAUSTÃO?
- 2.5 a 50.5% - 32% +9bpm (+2-10%) -9bpm (-3 a 7%)
68. E AI QUAIS AS CONCLUSÕES?
Destreinamento de curto tempo produziu redução moderada no VO2máx, no desempenho em teste submáximo e na
atividade das enzimas lactato desidrogenasse e desidrogenasse succinato.