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MATT CHMIELEWSKI
Líderde AplicaçõeseConsultordaTrane
Um dos meios mais eficazes para
atingiroequilíbrioentreofertaepro-
curaémelhoraraeficiênciaenergéti-
ca em edifícios. A Associação Brasi-
leira de Serviços de Conservação de
Energia (Abesco) estima que a inefi-
ciência energética em edifícios custe
mais de R$ 17 bilhões por ano para o
Brasil e aponta que equipamentos
ineficientes — incluindo sistemas de
ar-condicionado — sãoresponsáveis
por uma percentagem significativa
desse desperdício.
Os edifícios comerciais conso-
memcercade45%daenergiautiliza-
da no Brasil, de acordo com o Minis-
tério de Minas e Energia. Sistemasde
ar-condicionado são responsáveis
por cerca de 60% do consumo total.
Há uma forte pressão financeira
para melhorar a eficiência energéti-
ca em prédios novos e já existentes.
Em resposta, as empresas dizem que
vão investir cerca de R$ 7 bilhões em
melhorias até o fim da década, con-
formeoInternationalFinanceCorpo-
ration (IFC).
Com a adoção de um conjunto de
medidas,construtorese administra-
dores podem gerenciar o consumo
de energiaparareduzirgastoseoim-
pacto ambiental dos seus edifícios.
Além disso, edifícios mais eficientes
criam ambientes internos saudáveis,
confortáveis e produtivos e ajudam
asorganizaçõesa alcançarseus obje-
tivos financeiros e operacionais.
Uma vez determinadoquea com-
panhia está comprometida a melho-
rar a eficiência energética, é aconse-
lhável a realização de uma auditoria
energética.Muitasorganizaçõesbus-
camajudadeumaEmpresade Servi-
çosdeEnergialocal(ESE)oudeaudi-
torias que examinarão os sistemas
do prédio para garantir que estejam
funcionando de forma eficiente.
De acordo com dados da Trane,
líder global no fornecimento de so-
luções e serviços de conforto inte-
rior e uma marca de Ingersoll
Rand, economias da ordem de 10%
a 25% são possíveis com estratégias
relativamente simples, como a re-
dução da demanda de pico de ener-
gia e a reprogramação dos sistemas
de automação predial para adequa-
ção aos níveis de ocupação e de
agenda operacional.
Medir os resultados é a melhor
maneiradegarantirqueasexpectati-
vas estão sendo alcançadas e manti-
das. A estratégia de manutenção
complementa a iniciativa e garante o
mais baixo custo para o ciclo de vida
dos edifícios. Mesmo em edifícios
bemprojetados,equipadoscommo-
dernos sistemas, vão apresentar de-
sempenho abaixo do previsto se não
forem operados e mantidos com boa
assistência técnica.
Coma demandadeenergiaemas-
censão no país e mais aumentos de
tarifa, este é o momento para pro-
prietários e operadores de edifícios
no Brasil examinarem o enorme po-
tencialqueexisteparamelhorarode-
sempenho,reduziroscustosenergé-
ticos e operacionais e diminuir o im-
pacto ambiental em seus edifícios
existentes.
Mais eficiência energética
em edifícios comerciais
O Brasil já é o nono maior consumidor mundial de energia
elétrica. Mas a demanda continuará a crescer cerca de duas
vezes mais rápido que a expansão da economia, conforme
prevêaEmpresadePesquisaEnergética(EPE),órgãorespon-
sável pelo planejamento energético do Brasil. Esse cresci-
mento será de 56% nessa década, o que significa que o Brasil
terá de aumentar a produção em 264 mil GWh (gigawatts-
hora), o equivalente a incrementar três hidrelétricas de Itai-
pu à infraestrutura de geração de energia.
Há uma forte pressão
financeira para melhorar
a eficiência energética
em prédios existentes e
novos. Em resposta, as
empresas dizem que vão
investir R$7 bilhões
Sexta-feira e fim de semana, 5, 6 e 7 de dezembro de 2014 Brasil Econômico 31

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  • 1. MATT CHMIELEWSKI Líderde AplicaçõeseConsultordaTrane Um dos meios mais eficazes para atingiroequilíbrioentreofertaepro- curaémelhoraraeficiênciaenergéti- ca em edifícios. A Associação Brasi- leira de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) estima que a inefi- ciência energética em edifícios custe mais de R$ 17 bilhões por ano para o Brasil e aponta que equipamentos ineficientes — incluindo sistemas de ar-condicionado — sãoresponsáveis por uma percentagem significativa desse desperdício. Os edifícios comerciais conso- memcercade45%daenergiautiliza- da no Brasil, de acordo com o Minis- tério de Minas e Energia. Sistemasde ar-condicionado são responsáveis por cerca de 60% do consumo total. Há uma forte pressão financeira para melhorar a eficiência energéti- ca em prédios novos e já existentes. Em resposta, as empresas dizem que vão investir cerca de R$ 7 bilhões em melhorias até o fim da década, con- formeoInternationalFinanceCorpo- ration (IFC). Com a adoção de um conjunto de medidas,construtorese administra- dores podem gerenciar o consumo de energiaparareduzirgastoseoim- pacto ambiental dos seus edifícios. Além disso, edifícios mais eficientes criam ambientes internos saudáveis, confortáveis e produtivos e ajudam asorganizaçõesa alcançarseus obje- tivos financeiros e operacionais. Uma vez determinadoquea com- panhia está comprometida a melho- rar a eficiência energética, é aconse- lhável a realização de uma auditoria energética.Muitasorganizaçõesbus- camajudadeumaEmpresade Servi- çosdeEnergialocal(ESE)oudeaudi- torias que examinarão os sistemas do prédio para garantir que estejam funcionando de forma eficiente. De acordo com dados da Trane, líder global no fornecimento de so- luções e serviços de conforto inte- rior e uma marca de Ingersoll Rand, economias da ordem de 10% a 25% são possíveis com estratégias relativamente simples, como a re- dução da demanda de pico de ener- gia e a reprogramação dos sistemas de automação predial para adequa- ção aos níveis de ocupação e de agenda operacional. Medir os resultados é a melhor maneiradegarantirqueasexpectati- vas estão sendo alcançadas e manti- das. A estratégia de manutenção complementa a iniciativa e garante o mais baixo custo para o ciclo de vida dos edifícios. Mesmo em edifícios bemprojetados,equipadoscommo- dernos sistemas, vão apresentar de- sempenho abaixo do previsto se não forem operados e mantidos com boa assistência técnica. Coma demandadeenergiaemas- censão no país e mais aumentos de tarifa, este é o momento para pro- prietários e operadores de edifícios no Brasil examinarem o enorme po- tencialqueexisteparamelhorarode- sempenho,reduziroscustosenergé- ticos e operacionais e diminuir o im- pacto ambiental em seus edifícios existentes. Mais eficiência energética em edifícios comerciais O Brasil já é o nono maior consumidor mundial de energia elétrica. Mas a demanda continuará a crescer cerca de duas vezes mais rápido que a expansão da economia, conforme prevêaEmpresadePesquisaEnergética(EPE),órgãorespon- sável pelo planejamento energético do Brasil. Esse cresci- mento será de 56% nessa década, o que significa que o Brasil terá de aumentar a produção em 264 mil GWh (gigawatts- hora), o equivalente a incrementar três hidrelétricas de Itai- pu à infraestrutura de geração de energia. Há uma forte pressão financeira para melhorar a eficiência energética em prédios existentes e novos. Em resposta, as empresas dizem que vão investir R$7 bilhões Sexta-feira e fim de semana, 5, 6 e 7 de dezembro de 2014 Brasil Econômico 31