O documento discute a entrevista como um gênero textual que tem a função de informar o público sobre ideias e opiniões. Ele também apresenta os elementos estruturais de uma entrevista e transcreve uma entrevista sobre sustentabilidade com Joanna Guinle, consultora de sustentabilidade.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Entrevista revela ações sustentáveis para eventos
1. Texto 1
Gênero Textual – a entrevista e sua função informativa
A entrevista é um tipo de texto que tem a utilidade de informar as pessoas sobre algum
acontecimento social ou fazer com que o público conheça sobre as ideias e opiniões da pessoa que é
entrevistada.
Desta maneira, tanto o entrevistado quanto o entrevistador devem se posicionar de maneira
adequada, procurando pronunciar as palavras de forma correta e mantendo uma boa aparência, para
que possam causar uma boa impressão diante daqueles que irão assistir a uma entrevista ou lê-la. Mas
não podemos nos esquecer de que tudo aquilo que é planejado com antecedência, tem mais chances
de obter um bom resultado. Dessa forma, é muito importante elaborar as perguntas de maneira clara e
objetiva, procurando sempre facilitar o entendimento.
Estruturalmente, a entrevista compõe-se dos seguintes elementos:
Manchete ou título – Essa é uma parte que deverá despertar interesse no interlocutor envolvido,
podendo ser uma frase criativa ou pergunta interessante.
Apresentação – É o momento em que se apresentam os pontos de maior relevância da
entrevista, como também se destaca o perfil do entrevistado, sua experiência profissional e seu
domínio em relação ao assunto abordado.
Perguntas e respostas – Basicamente, é a entrevista propriamente dita, na qual são retratadas as
falas de cada um dos envolvidos.
Texto 2
“Temos obrigação de fiscalizar!"
Quarta, 18 Maio 2011 Fábio Salgueiro|Do Caravana
Consultora de sustentabilidade, Joanna Guinle pede mobilização da população para que Copa
do Mundo e Olimpíadas sejam sustentáveis
A palavra sustentabilidade está na moda. E com o Brasil como sede nos próximos anos de dois
dos maiores eventos esportivos do planeta - Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 - a
exigência de se promover eventos grandiosos e de forma sustentável é obrigação do país-sede.
Sendo assim, o Caravana da Aventura entrevistou Joanna Guinle, da empresa Palestra, de
consultoria sobre sustentabilidade, e ex-integrante do Greenpeace, que abordou o tema, sobretudo
com relação às próximas Olimpíadas, marcadas para o ano que vem, em Londres.
Segundo ela, a capital londrina segue os passos da sustentabilidade e tem de servir de exemplo
ao Brasil.
Abaixo, a entrevista:
RedaCEM
7.9
Ano/Série: 7º Fundamental Entrega: 30/04/2017
Tema: Sustentabilidade - Entrevista
2. Caravana da Aventura – É possível fazer de um evento tão grandioso como uma Olimpíada ou
uma Copa do Mundo algo sustentável?
Joanna Guinle – Sim, é possível. E Londres é a prova disso. Pela primeira vez, o caderno de
encargos dos jogos traz um capítulo sobre sustentabilidade e o país-sede precisa seguir à risca. E
Londres tem feito isso.
Mas quais as ações que Londres tem feito e que podem servir de exemplo ao mundo, já que é
uma ação inédita e algo novo no caderno de encargos do evento?
No caso de Londres, buscou-se minimizar o impacto da construção no meio ambiente. O que de
legal aconteceu lá é que houve um envolvimento da população com a Olimpíada e com a
sustentabilidade. Por exemplo, em 2009, o governo cedeu material para que a população fizesse uma
faxina e pintasse os muros aos arredores do Parque Olímpico. Houve essa interação e esse é o espírito.
Uma competição como essa tem um lado ambiental e um lado social. É preciso trabalhar bem os dois
lados.
E no Rio de Janeiro, que será palco da Copa do Mundo e das Olimpíadas, podemos esperar uma
competição projetada de forma sustentável?
É preciso primeiramente esperar que a cartilha se torne pública como foi em Londres. Lá terá o
capítulo sustentabilidade. E aí é seguir o que manda o documento. O país-sede sabe disso e, quando
optou por concorrer a ser sede, já colocou isso no caderno de encargos. Então agora será preciso
cumprir com tudo que foi prometido.
E como fiscalizar isso?
Isso cabe às pessoas fiscalizar. O documento será público, todos poderão se interar e cobrar. O
que não pode é apontar o problema e não fazer nada. Nos países lá fora, se seu vizinho fez algo de
errado, as pessoas denunciam. Aqui é preciso ter a mesma postura. Não se pode apenas apontar o
problema e aceitá-lo. É preciso ter o envolvimento da população.
O Brasil corre riscos de fazer feio num evento assim?
Estamos com a faca e o queijo na mão. Podemos fazer algo muito legal, mas existe o risco
também de termos gringos com o dedo na nossa cara, contestando porque não fizemos direito. O
negócio é planejar e correr, pois o tempo voa. O país agora tem uma condição econômica melhor, está
em crescimento. Então é o momento de o Brasil provar que é capaz.
*Joana Guinle é publicitária e pós-graduada em Sustentabilidade. É proprietária da "Palestra" e atua como voluntária na ONG Casa do Zezinho
Proposta de Redação
Tomando como base os textos apresentados acima, pesquise sobre ações sustentáveis que
estejam sendo feitas no contexto em que você vive (em seu prédio, em sua família, em sua escola, na
associação de moradores do seu bairro etc.). Escolha alguém influente desse contexto e monte uma
entrevista, com, no mínimo, quatro perguntas, sobre o tema “sustentabilidade: uma missão possível
ou um desejo inviável?” Seu texto deve conter as características desse gênero, apresentadas no texto I.