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Turma 101
Árabes
Trabalho colaborativo construído pela turma 101 do Instituto Laura Vicuña, orientado pelo prof. Mario Olavo Lopes.
Este trabalho foi desenvolvido pela turma 101 do Instituto Laura Vicuña, e a plataforma
utilizada para sua construção foi o Google Slides, onde os alunos, que puderam ampliar seu
conhecimento através de pesquisas acerca do tema, compartilharam seus resultados com o
restante da turma e com os leitores que se fazem presentes, por meio de slides, que foram
moldados cooperativamente. O objetivo deste trabalho é proporcionar ao leitor um
entendimento a mais sobre o povo árabe, permitindo a compreensão de sua cultura e
algumas curiosidades, cada tópico foi separado de forma que o entendimento seja simples.
Muito obrigado a todos.
Agradecimentos da turma 101.
Email do professor para sugestões, críticas e dúvidas: marioolavo@ilv.com.br
Carta ao leitor
Etimologia
O nome próprio árabe (e cognatos em outras línguas) tem sido utilizado para traduzir
várias palavras com grafias semelhantes e foneticamente diferentes, de textos antigos e
clássicos que não têm necessariamente o mesmo significado ou origem. A etimologia do
termo está, naturalmente, relacionada com o nome da Península Arábica. Gustave E. von
Grunebaum, no seu livro islâmico clássico diz que uma tradução aproximada é imigrante ou
nómada.
Localização
● A civilização Árabe, originalmente surgiu no Oriente Médio localizada na
península desértica, entre Ásia e África;
● Península Arábica foi o berço da civilização árabe;
● Até o século VI, os árabes viviam de forma descentralizada, em tribos
geralmente nômades;
● Mesmo vivendo de maneira dispersa em um grande território, os árabes
puderam edificar algumas cidades, sendo as mais importantes, localizadas a
oeste;
● Meca era uma delas, considerada o maior centro religioso deles, tornando o
comércio mais intenso;
Descendentes de antigos povos semitas, se dividiram em dois grandes grupos:
Os semitas que viviam de forma nômade pelo deserto criando gado de
pequeno porte;
Os sedentários que viviam se dedicando ao comércio nos centros urbanos da
Península Arábica.
Onde vivem os árabes?
A civilização árabe ou islâmica surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada
entre a Ásia e a África. É área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados,
com centenas de milhares recobertos por um enorme deserto, pontilhados por alguns oásis
e por uma cadeia montanhosa, a oeste. Somente uma estreita faixa no litoral sul da
península possui terras aproveitáveis para a agricultura.
A influência arábe no mundo
A cultura árabe surge na Península Arábica com
os povos semitas descendentes de Ismael, filho
patriarca de Abraão.
com a formação do Império Árabe no século
VII, a cultura e a religião islâmica se
espalham pela península
Houve influência recíproca entre aqueles
que eram muçulmanos e falavam árabe e
os povos que foram dominados.
Com isso comunidades cristãs e judaicas
acabaram absorvendo tradições árabes
Eles deixaram seus legados pelo
mundo inteiro, entre eles o avanço na
Matemática, Física, Química, Medicina,
Alquimia, Astronomia e o invento do
papel
Herança intelectual árabe
Matemática
Astronomia
Física
Química
Medicina
Arquitetura
Desenvolvimento dos algarismos, conceito de zero, sistema decimal, prática de
cálculos, álgebra, equações trigonométricas e da aritmética;
Desenvolvimento de técnicas e instrumentos sofisticados de orientação (astrolábios e
observatórios), determinação do tempo e modelos planetários;
Desenvolvimento da hidrostática, da óptica e da mecânica;
Desenvolveram o sabão e produtos cosméticos como por exemplo a água de
rosas a partir de técnicas de fermentação;
Desenvolveram o conceito de hospital, farmácias, foram também responsáveis
pela descrição de grandes farmacopeias, com preparados químicos que buscavam
o bem estar físico e psicológico, foram os primeiros a descreverem a psicologia
experimental, as desordens do sistema nervoso central, as desordens do sono e as
da memória;
Desenvolveram técnicas de construções e elementos geométricos
de grande sofisticação.
Árabes x muçulmanos: entenda a diferença
Primeiramente, devemos esclarecer o que significa ser árabe, pois muitas vezes ouvimos as
expressões “árabe” e “muçulmano” serem utilizadas como sinônimos, ou ouvimos que um
conceito está contido no outro. Porém, isto é um equívoco.
De fato, a maioria dos árabes são muçulmanos, mas isso não é uma regra, tanto que, o inverso
não é verdadeiro: a maioria dos muçulmanos não são árabes.
Então, no que consiste esta diferença?
A diferença está, em que, ser árabe, significa pertencer ao grupo étnico que habita principalmente
o Oriente Médio e a África setentrional. Enquanto ser muçulmano, significa apenas ter fé no
islamismo, o que explica o fato de nem todos os muçulmanos serem árabes, pois há um
considerável percentual de fiéis muçulmanos em gigantescas populações asiáticas como na Índia
e Indonésia.
Países de cultura árabe
predominante
Árabes
Indianos muçulmanos
Origem da Cultura Árabe
A civilização árabe surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada entre a Ásia e a
África. As figuras mais representativas são os nômades beduínos, os quais viviam em regiões
desérticas e se sustentavam, principalmente, da criação de gado.
Com a formação do Império Árabe no século VII, a cultura e a religião islâmica se espalham pela
península, mudando os costumes dos povos nômades. Assim, o islamismo e o idioma serão a
base do processo de “arabização” no norte da África. Como este domínio se fez com relativa
tolerância, houve uma influência recíproca entre aqueles que eram muçulmanos e falavam árabe
e os povos que foram dominados. Através das suas viagens, os árabes entraram em contato com
os povos helênicos, aprenderam e preservaram sua filosofia grega. Desta maneira, as
comunidades cristãs e judaicas eram toleradas nos territórios de maioria muçulmana e acabaram
absorvendo tradições árabes.
A família Árabe
Antes do surgimento do Islão no início dos anos 600, os árabes viviam em uma sociedade
tradicionalmente patriarcal. As mulheres eram consideradas como propriedade, e não existiam
limitações à poliginia.
A mãe é responsável pelos afazeres domésticos e cuidados da casa, enquanto o pai é o
provedor e toma as decisões da casa, as famílias na cultura árabe são patriarcais. Atualmente,
porém, em vários países árabes, a mulher trabalha fora de casa.
É comum encontrar homens que se abraçam e trocam beijos na bochecha ou andando de mãos
dadas (isso é um sinal de grande amizade).
Contudo, quando se dirigem a uma mulher, normalmente os homens árabes não as encaram e
somente a cumprimentam com palavras. Isso porque na maioria dos países árabes, o beijo
público entre casais é proibido.
Vestimenta Árabe
Geralmente, por influência religiosa, os povos árabes tendem a cobrir mais o corpo do que os
Ocidentais. As altas temperaturas também fazem necessário o uso de véus e turbantes a fim de
proteger o rosto e a cabeça. As mulheres, costumam se vestir com mais decoro e dificilmente são
encontradas com os cabelos descobertos.
Utilizam um hijab (tecido que cobre a cabeça sem esconder o rosto), uma abaya (túnica preta e
longa) ou um niqab (tecido que cobre a parte inferior do rosto).
Mulher Árabe
O mundo Árabe é marcado por ser extremamente patriarcal, o que vem afetando o direitos das
mulheres há anos. Em muitos países Árabes o casamento se baseia na vontade dos pais, mas
caso a mulher não goste de seu noivo ela tem o direito de rejeitar a proposta do casamento (em
alguns países). A idade para se casar na maioria dos países Árabes entre homens e mulheres é a
partir dos 18 anos, porém ainda existem países que as mulheres se casam antes de completarem
a sua maioridade.
Além disso, a mulher Árabe não tem o direito de dirigir, viajar sem a presença ou autorização de
um homem (pai, irmão ou marido), participar de competições esportivas entre várias outras
restrições. Porém essas leis são somente na Arábia Saudita, onde as mulheres são muito
restritas.
Em relação às vestimentas, o traje feminino tradicional é a Abaya. É obrigatório que as mulheres
não possam mostrar o corpo nem os cabelos, caso o contrário são consideradas vulgares.
Mulher Árabe
A mulher árabe, em países mais restritos como Atábia Saudita, é vítima de abuso sexual,
violência doméstica e da desiguladade de gênero, porém, vem lutando para que isso acabe,
através de mulheres que são reconhecidas mundialmente pela sua militância feminista. Um
exemplo delas é a Malala, que se tornou a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio Nobel da Paz,
aos 17 anos.
Mulher Árabe no esporte
A participação feminina nos esportes da Arábia Saudita mais que dobrou nos últimos 5
anos. Esse crescimento é atribuído ao programa Visão 2030, que vem dando mais espaço
para mulheres participarem de atividades esportivas. Mas isso nem sempre foi assim, elas
passaram por vários desafios e sofreram e ainda sofrem alguns preconceitos, mas com o
passar do tempo isso vem diminuindo e elas vem ganhando cada vez mais espaço nesse
meio, sempre seguindo e respeitando seus costumes e religião
Religião: Islamismo
Islamismo: O Islã é uma das mais importantes religiões mundiais, originou-se na Península da
Arábia e foi baseada nos ensinamentos de Maomé, chamado de “O Profeta”. Segundo o Alcorão
(o livro sagrado do Islã), o Islã é a religião universal e primordial.
Seguidores: O Muçulmano é um fiel da revelação divina contida no Alcorão e formulada por
Maomé. Já que, no Alcorão, Muculmano é o nome dado aos fiéis, os Muculmanos se sentem
ofendidos quando são chamados de Maometanos pois isto implica a ideia de um culto pessoal a
Maomé, proibido no Islã.
Doutrina e prática: As duas fontes fundamentais da doutrina e da prática islâmicas são o Alcorão
e a sunna. O monoteísmo é uma matéria central para o Islã: a crença em um Deus (Alá), único e
onipotente. Deus desempenha quatro funções fundamentais no Universo e na humanidade:
criação, sustentação, orientação e julgamento, que se conclui com o dia do Juízo, no qual a
humanidade será reunida e todos os indivíduos serão julgados de acordo com seus atos.
No que se refere à prática islâmica, cinco deveres — conhecidos como os "pilares do
Islã"— são fundamentais:
1. Profissão da fé ou testemunho; "Não há nada superior a Deus e Maomé é seu enviado". Esta
profissão deve ser feita, publicamente, por cada muçulmano pelo menos uma vez na vida;
2. Cinco orações diárias. Durante a oração, os muçulmanos olham em direção à Caaba, em
Meca (Makkah). Antes de cada oração comunitária, é feita uma chamada pública, pelo
muezim, a partir do minarete da mesquita;
3. Pagar o zakat (óbolo), instituído por Maomé;
4. Jejum no mês de Ramadã;
5. Peregrinação à Caaba, em Meca. Todo muçulmano adulto, capacitado fisicamente e dotado
De bens suficientes, deve realizá-la pelo menos uma vez na vida.
Além destas cinco instituições básicas, o Islã impõe a proibição do consumo de álcool e carne de
porco. Além da Caaba, os centros mais importantes da vida islâmica são as mesquitas.
A seguir veja um culto:
Ataques terroristas
A definição de terrorismo depende de cada país, mas em geral, o terrorismo são atos
violentos que chamem muita atenção, cometidos por pessoas ou grupos na intenção de
causar medo e danos à um grande número de vítimas em um país ou população.
Entretanto, deve- se saber que não são terroristas por serem árabes, essa
generalização é fruto do preconceito, que vem aumentando, desde o ataque às Torres
Gêmeas (2001).
“A base”
● É o grupo mais conhecido na atualidade por conta dos atentados aos
Estados Unidos em 2001;
● Foi criada por Osama Bin Laden (foto) em 1989;
● É formado por muçulmanos fundamentalistas;
Al-Qaeda
● Objetivo principal: acabar com a influência
que o ocidente possui sobre o mundo árabe.
Desse modo, suas ações terroristas ocorrem
em nações ocidentais e em países
muçulmanos que apoiam os Estados Unidos.
Boko Haram
“A educação não islâmica é pecado”
● Assim como Al-qaeda, também é uma organização antiocidental;
● Ganhou notoriedade com o sequestro de vários jovens e com uma série de
atentados que resultou na morte de várias pessoas na África.
Hamas é um grupo temido por vários países e organizações internacionais.
● Atua no território da Palestina;
● Seu objetivo é destruir o Estado de Israel e a consolidação do Estado da
Palestina;
Hamas
● Alguns países apoiadores, como
Turquia e Qatar, não consideram
como grupo terrorista e sim como
uma frente política legítima;
● Sua sigla significa “Movimento de
Resistência Islâmica”.
Hezbollah
“Partido de Deus”
● É uma força islâmica xiita com estrutura similar a do Exército;
● Ao mesmo tempo, é um grupo político com sede no Líbano;
● Surgiu a partir da Guerra Civil Libanesa;
● A meta principal é construir um Estado Islâmico Libanês e extinguir Israel.
11 de setembro de 2001
Os atentados terroristas que aconteceram dia 11 de setembro de 2001
foram uma série de ataques contra o Pentágono e as Torrer Gêmes, nos
Estados Unidos. Foi um ataque bem planejado, 19 terroristas sequestraram
aviões comerciais para realizar o atentado.
O motivo do ataque foi o extremismo de Bin Laden, considerava os
Estados Unidos como um inimigo, por conter grupos americanos em seu
território.
O atentado teve como consequência a vingança do governo
norte-americano, o país tenta combater o terrorismo, e as normas de
segurança em voos tornaram-se muito rígidas.
● Ao total teve 2996 mortes.
Foi uma ação terrorista causada pelo grupo “Setembro Negro” da Palestina.
A Vila Olímpica foi atacada contra a delegação de Israel.
O plano era realizar um sequestro, porém acabou com um massacre
deixando 11 atletas judeus mortos.
Eles usariam os sequestrados como moeda de troca para a libertação de
mais de 200 presos palestinos das prisões de Israel.
Massacre de Munique em 1972
Oito terroristas ligados a organização Estado Islâmico realizaram uma série
de ataques em Paris com fuzis AK-47, metralhadoras e bombas contra civis
franceses.
Os atentados do dia 13 de novembro são considerados uns dos mais
sangrentos já perpetrados por grupos radicais islâmicos, ficando atrás apenas dos
atentados de 11 de setembro de 2001.
129 pessoas morreram e 350 ficaram feridas.
Atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris
Culinária Árabe
De uma grande variedade, a culinária árabe tem raízes milenares e muito se especula
sobre a sua ligação com os povos que participaram da Crescente Fértil, tendo como sua
base alimentar trigo, cevada, tâmaras, carne, arroz e alguns produtos derivados do leite.
Tal culinária se populariza no Brasil através da chegada de imigrantes árabes
perseguidos pelo Império Otomano por volta do século XIX. Os condimentos e especiarias
utilizados são fortes e marcantes.
Os pratos característicos são:
● Quibe - Bolinho feito com trigo para kibe,
carne moída e temperos
● Esfirra - Pequena torta recheada de carne
moída, espinafre e queijo e etc.
● Húmus - Pasta de grão-de-bico e tahine.
● Baklava - Sobremesa em formato de
triângulo feita com massa de phyllo e
recheada com frutas secas, calda e mel.
● Baba Ganoush - Tipo de purê feito a partir
de berinjela temperada com molho tahine,
azeite e alho.
Quibe Esfirra
Húmus Baklava
Baba Ganoush
Economia no Mundo Árabe
A economia do mundo árabe é composta por uma gama muito grande de diversos tipos variados
de influências, logo, tal é muito rica em diversos setores.
O petróleo é uma das principais atividades econômicas do Mundo Árabe e do Oriente Médio. A
maior concentração dessa fonte energética está localizada lá (cerca de 65% de todo petróleo do
mundo).
Outra atividade econômica importante para o Mundo Árabe é a agropecuária. Por se tratar de
uma atividade com pouco uso de tecnologia e mecanização, é usada por grande parte dos países
do oriente médio, fazendo com que se seja um grande expoente na economia desses países.
Embora seja pouca, o mundo árabe possui uma
pequena parte de investimento nas atividades
industriais. Nos países petrolíferos, há refinarias e
petroquímicas para auxiliar nesse processo. Outras
indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais,
tais como o têxtil e o alimentício.
O turismo também é uma das grandes atividades que
apresentam e mostram toda a importância de vários
países do Mundo Árabe, a exemplo de Dubai e Riad.
De acordo com o Banco Mundial, a Arábia Saudita é a
maior economia árabe, logo, ela continua a ser a
economia mais abrangente em termos de PIB total. Em
termos de PIB per capita, o Catar é o mais rico país em
desenvolvimento no mundo.
Liga Árabe
A Liga Árabe (ou Liga dos Estados Árabes) é uma organização multilateral composta por países árabes.
Objetivo
Tem como objetivo fortalecer os laços
econômicos, políticos e culturais entre os
Estados membros e atuar na mediação de
conflitos e disputas comerciais.
Países que integram o bloco:
● Egito,
● Argélia,
● Líbia,
● Sudão,
● Mauritânia,
● Marrocos,
● Tunísia,
● Djibuti,
● Iêmen,
● Omã,
● Arábia
● Saudita,
● Somália,
● Jordânia,
● Palestina,
● Líbano,
● Kuwait,
● Síria,
● Iraque,
● Bahrein,
● Catar,
● Emirados Árabes,
● Autoridade Nacional Palestina.
História da Liga Árabe
A Liga Árabe foi formalmente estabelecida no Cairo, Egito, em 22 de março de 1945, e aprovou a "Carta
da Liga dos Estados Árabes".
No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha inspirou pela primeira vez a ideia da
Liga Árabe de tentar ganhar aliados na guerra com a Alemanha nazista e as potências do Eixo. Outros
fatores que contribuíram para a formação da Liga Árabe são o aumento das relações econômicas entre
os países árabes, o desenvolvimento de movimentos nacionalistas e pan-árabes e os laços históricos e
religiosos entre esses países.
Na época, a Liga Árabe teve pouco peso nas
Nações Unidas, devido ao pequeno número de
países a ela vinculados, mas, aos poucos, à medida
que os países árabes foram adquirindo a sua
independência, passou a adquirir muita importância,
além de ser o símbolo da unidade árabe.
Estrutura
A estrutura da Liga Árabe é formada por: Conselho, Conselho de Defesa, Conselho Econômico e Social e
Secretariado Geral.
O Conselho é órgão supremo da organização, composto por representantes de todos os membros. Cada
Estado tem direito a um voto nas decisões do conselho.
O Conselho de Defesa, por sua vez, é formado pelos Ministros de Relações Exteriores e de Defesa dos
Estados-membros. O órgão trata de assuntos ligados à defesa e segurança territorial dos
Estados-membros.
Já o Conselho Econômico e Social é formado pelos Ministros da Economia dos Estados-membros e
tem por objetivo promover o desenvolvimento econômico na região.
O Secretariado Geral, diferentes dos conselhos, é um órgão administrativo e executivo, composto por
um Secretário-Geral, eleito pelo Conselho para mandatos de cinco anos, secretários assistentes e
funcionários. Entre as atribuições do Secretariado Geral está a elaboração do orçamento da Liga e o
agendamento das reuniões do Conselho. Desde 2016, o Secretário Geral da Liga Árabe é o egípcio
Ahmed Aboul Gheit.
Conflitos Internos
A Liga Árabe foi enfraquecida em três períodos
diferentes. O primeiro com a expulsão do Egito, que
violou a decisão da organização depois que chegou
a um acordo com Israel em 1979. Somente dez
anos depois os egípcios foram aceitos novamente.
Além disso, a organização nada pode fazer para
evitar a guerra entre seus dois estados membros,
Iraque e Kuwait. O conflito só terminou depois que
os Estados Unidos declararam guerra à chamada
Guerra do Golfo.
A invasão do Iraque pelos Estados Unidos
em 2003 também marcou um momento de
impotência na história da Liga Árabe. Isso
porque Kuwait, Catar e Bahrein e outros
Estados membros também forneceram
ajuda e informações aos americanos.
Guerra Iraque-Kuwait
A história da Guerra Iraque-Kuwait que resultou na Guerra do Golfo.
Primeiramente vamos entender as razões que levaram o Iraque a invadir o Kuwait a partir de 2 de agosto de
1990. O contexto da invasão do Kuwait na data citada remonta a acontecimentos da década de 1980
relacionados com a Guerra Irã-Iraque. Durante essa guerra, os iraquianos tiveram apoio dos Estados Unidos (o
grande interessado em enfraquecer o Irã) e da Arábia Saudita e Kuwait (estes emprestaram grandes somas de
dinheiro ao país governado por Saddam Hussein). Esse amplo apoio internacional impediu que os iraquianos
fossem derrotados, e a guerra foi encerrada em um empate.
Após a guerra, a economia iraquiana estava em crise e era necessário aumentar a arrecadação do país. A
maior fonte de renda do Iraque era a venda de petróleo, porém, o valor do barril era considerado baixo. O
governo iraquiano acusava o governo kuwaitiano de ser o grande responsável pela redução no valor do barril,
além disso acusava o Kuwait de extrair petróleo de poços muito próximos da fronteira entre os dois países.
No entanto, o fator que causou profunda irritação em Saddam Hussein em relação ao Kuwait foi o fato de que os
kuwaitianos passaram a cobrar a devolução dos empréstimos cedidos durante os anos da Guerra Irã-Iraque.
Saddam Hussein considerava isso inaceitável, e desenvolveu um discurso hostil em relação ao Kuwait. O ditador
iraquiano defendia a ideia de que a pequena nação vizinha era “historicamente território iraquiano” e que deveria
ser a 19ª província do Iraque. A invasão do Kuwait foi iniciada a partir de 2 de agosto de 1990.
A decisão de Saddam Hussein é vista pelos historiadores como um erro estratégico, pois o governo iraquiano não
havia considerado que os Estados Unidos jamais permitiriam o fortalecimento de um país que poderia ameaçar a
soberania da Arábia Saudita, o grande aliado dos americanos no Oriente Médio. Além disso, a invasão do Kuwait
tornaria o Iraque um dos países com as maiores reservas de petróleo do mundo, algo que também não receberia
o aval americano.
Após invadir o Kuwait, as forças iraquianas conquistaram rapidamente o país. Com a invasão, a família real
kuwaitiana foi obrigada a fugir e estabelecer-se em Riad, capital da Arábia Saudita.
A invasão do Kuwait gerou uma reação internacional imediata e, no mesmo dia da invasão, o Conselho de
Segurança da ONU divulgou a Resolução 660, que condenava a invasão coordenada pelos iraquianos e
ordenava que as tropas do Iraque abandonassem o Kuwait de imediato.
A continuidade das forças iraquianas no Kuwait resultou no desembarque de tropas americanas e britânicas na
Arábia Saudita, colocadas propositadamente para impedir uma possível invasão daquele país pelas tropas
iraquianas. Em 29 de novembro de 1990, o Conselho de Segurança da ONU emitiu uma nova resolução contra o
Iraque (Resolução 678). A qual estabelecia que as tropas iraquianas se retirassem do Kuwait até o dia 15 de
janeiro de 1991.
Como o governo iraquiano seguiu ignorando as determinações do Conselho de Segurança da ONU, uma
coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos resolveu agir. A partir do dia 17 de janeiro de 1991, foram
iniciados ataques aéreos contra o Iraque, que ficaram internacionalmente conhecidas porque foram transmitidas
em tempo real pela rede de televisão dos Estados Unidos. Os ataques visavam a locais estratégicos e
estenderam-se ao longo de 42 dias.
A campanha aérea foi substituída por uma campanha terrestre, iniciada no dia 24 de fevereiro de 1991, a ação
militar por terra estendeu-se por 100 horas. Por causa do seu despreparo, o exército iraquiano rapidamente foi
derrotado. A partir daí, iniciou uma fuga, retornando para o território iraquiano.
As últimas tropas iraquianas saíram do Kuwait no dia 28 de fevereiro de 1991 e, nesse mesmo dia, os Estados
Unidos encerraram a ofensiva militar e a Guerra do Golfo. A ação do governo americano contrariou aqueles que
esperavam que o país conduzisse suas tropas para dentro do solo iraquiano com o objetivo de derrubar Saddam
Hussein – mas isso só aconteceu doze anos depois.
Guerra do Golfo
Guerra Iraque-Kuwait
Primavera árabe
O que foi ? Foi uma onda de protestos e revoluções populares contra governos árabes que teve início em 2010 e
ocorre até os dias atuais.
Países envolvidos: Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Barein.
Quais são os motivos e objetivos? O movimento ocorre por conta da situação dos países, a crise econômica e a
falta de democracia, com a população sofrendo com o desemprego e o alto preço dos alimentos, tendo como
objetivo mudar essa situação.
Papel das redes socias: tiveram um papel importantíssimo na Primavera árabe, utilizadas para organizar,
comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional para tentativas de repressão e censura na
internet por parte dos países. Foram utilizadas redes como Facebook, Twitter e YouTube.
Quais foram as ditaduras derrubadas? O movimento já foi responsável pela queda de quatro ditaduras: Zine el-
Abidine Ben Ali (Tunísia), Hosni Mubarak (Egito), Muammar Kadafi (Líbia) e Saleh (Iêmen). Porém a única ditadura
que o esse movimento não conseguiu derrubar foi a de Bashar al-Assad, na Síria.
Língua árabe
A língua árabe é empregada em diferentes dialetos do Marrocos ao Iraque. Entre os
muçulmanos é considerada uma língua sagrada, já que foi por seu intermédio que o Alcorão foi
revelado. A partir de 622 d.C., ano da Hégira, o árabe se converteu na língua viva mais
difundida dentro do tronco das línguas semíticas. Na atualidade, cerca de 150 milhões de
pessoas consideram-na seu idioma materno. Existem duas variantes: o árabe clássico e o
popular. O clássico representa a língua sagrada do Islã e nasceu na antiga tradição de literatura
oral dos povos nômades pré-islâmicos. O Alcorão foi ditado no árabe clássico e é nesta língua
que o povo reza nas mesquitas, repetindo, em voz alta, as longas suras que, segundo a crença,
foram ditadas a Maomé pelo arcanjo Gabriel. O árabe coloquial é uma língua normativa,
utilizada nas conversas e nos meios de comunicação. O sistema fonético conta com 28
consoantes e três vogais com um som longo e outro breve.

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Civilização Árabe

  • 1. Turma 101 Árabes Trabalho colaborativo construído pela turma 101 do Instituto Laura Vicuña, orientado pelo prof. Mario Olavo Lopes.
  • 2. Este trabalho foi desenvolvido pela turma 101 do Instituto Laura Vicuña, e a plataforma utilizada para sua construção foi o Google Slides, onde os alunos, que puderam ampliar seu conhecimento através de pesquisas acerca do tema, compartilharam seus resultados com o restante da turma e com os leitores que se fazem presentes, por meio de slides, que foram moldados cooperativamente. O objetivo deste trabalho é proporcionar ao leitor um entendimento a mais sobre o povo árabe, permitindo a compreensão de sua cultura e algumas curiosidades, cada tópico foi separado de forma que o entendimento seja simples. Muito obrigado a todos. Agradecimentos da turma 101. Email do professor para sugestões, críticas e dúvidas: marioolavo@ilv.com.br Carta ao leitor
  • 3. Etimologia O nome próprio árabe (e cognatos em outras línguas) tem sido utilizado para traduzir várias palavras com grafias semelhantes e foneticamente diferentes, de textos antigos e clássicos que não têm necessariamente o mesmo significado ou origem. A etimologia do termo está, naturalmente, relacionada com o nome da Península Arábica. Gustave E. von Grunebaum, no seu livro islâmico clássico diz que uma tradução aproximada é imigrante ou nómada.
  • 4. Localização ● A civilização Árabe, originalmente surgiu no Oriente Médio localizada na península desértica, entre Ásia e África; ● Península Arábica foi o berço da civilização árabe; ● Até o século VI, os árabes viviam de forma descentralizada, em tribos geralmente nômades; ● Mesmo vivendo de maneira dispersa em um grande território, os árabes puderam edificar algumas cidades, sendo as mais importantes, localizadas a oeste; ● Meca era uma delas, considerada o maior centro religioso deles, tornando o comércio mais intenso;
  • 5. Descendentes de antigos povos semitas, se dividiram em dois grandes grupos: Os semitas que viviam de forma nômade pelo deserto criando gado de pequeno porte; Os sedentários que viviam se dedicando ao comércio nos centros urbanos da Península Arábica.
  • 6.
  • 7. Onde vivem os árabes? A civilização árabe ou islâmica surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada entre a Ásia e a África. É área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, com centenas de milhares recobertos por um enorme deserto, pontilhados por alguns oásis e por uma cadeia montanhosa, a oeste. Somente uma estreita faixa no litoral sul da península possui terras aproveitáveis para a agricultura.
  • 8. A influência arábe no mundo A cultura árabe surge na Península Arábica com os povos semitas descendentes de Ismael, filho patriarca de Abraão. com a formação do Império Árabe no século VII, a cultura e a religião islâmica se espalham pela península Houve influência recíproca entre aqueles que eram muçulmanos e falavam árabe e os povos que foram dominados. Com isso comunidades cristãs e judaicas acabaram absorvendo tradições árabes Eles deixaram seus legados pelo mundo inteiro, entre eles o avanço na Matemática, Física, Química, Medicina, Alquimia, Astronomia e o invento do papel
  • 9. Herança intelectual árabe Matemática Astronomia Física Química Medicina Arquitetura Desenvolvimento dos algarismos, conceito de zero, sistema decimal, prática de cálculos, álgebra, equações trigonométricas e da aritmética; Desenvolvimento de técnicas e instrumentos sofisticados de orientação (astrolábios e observatórios), determinação do tempo e modelos planetários; Desenvolvimento da hidrostática, da óptica e da mecânica; Desenvolveram o sabão e produtos cosméticos como por exemplo a água de rosas a partir de técnicas de fermentação; Desenvolveram o conceito de hospital, farmácias, foram também responsáveis pela descrição de grandes farmacopeias, com preparados químicos que buscavam o bem estar físico e psicológico, foram os primeiros a descreverem a psicologia experimental, as desordens do sistema nervoso central, as desordens do sono e as da memória; Desenvolveram técnicas de construções e elementos geométricos de grande sofisticação.
  • 10. Árabes x muçulmanos: entenda a diferença Primeiramente, devemos esclarecer o que significa ser árabe, pois muitas vezes ouvimos as expressões “árabe” e “muçulmano” serem utilizadas como sinônimos, ou ouvimos que um conceito está contido no outro. Porém, isto é um equívoco. De fato, a maioria dos árabes são muçulmanos, mas isso não é uma regra, tanto que, o inverso não é verdadeiro: a maioria dos muçulmanos não são árabes. Então, no que consiste esta diferença? A diferença está, em que, ser árabe, significa pertencer ao grupo étnico que habita principalmente o Oriente Médio e a África setentrional. Enquanto ser muçulmano, significa apenas ter fé no islamismo, o que explica o fato de nem todos os muçulmanos serem árabes, pois há um considerável percentual de fiéis muçulmanos em gigantescas populações asiáticas como na Índia e Indonésia.
  • 11. Países de cultura árabe predominante Árabes Indianos muçulmanos
  • 12. Origem da Cultura Árabe A civilização árabe surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada entre a Ásia e a África. As figuras mais representativas são os nômades beduínos, os quais viviam em regiões desérticas e se sustentavam, principalmente, da criação de gado. Com a formação do Império Árabe no século VII, a cultura e a religião islâmica se espalham pela península, mudando os costumes dos povos nômades. Assim, o islamismo e o idioma serão a base do processo de “arabização” no norte da África. Como este domínio se fez com relativa tolerância, houve uma influência recíproca entre aqueles que eram muçulmanos e falavam árabe e os povos que foram dominados. Através das suas viagens, os árabes entraram em contato com os povos helênicos, aprenderam e preservaram sua filosofia grega. Desta maneira, as comunidades cristãs e judaicas eram toleradas nos territórios de maioria muçulmana e acabaram absorvendo tradições árabes.
  • 13. A família Árabe Antes do surgimento do Islão no início dos anos 600, os árabes viviam em uma sociedade tradicionalmente patriarcal. As mulheres eram consideradas como propriedade, e não existiam limitações à poliginia. A mãe é responsável pelos afazeres domésticos e cuidados da casa, enquanto o pai é o provedor e toma as decisões da casa, as famílias na cultura árabe são patriarcais. Atualmente, porém, em vários países árabes, a mulher trabalha fora de casa. É comum encontrar homens que se abraçam e trocam beijos na bochecha ou andando de mãos dadas (isso é um sinal de grande amizade). Contudo, quando se dirigem a uma mulher, normalmente os homens árabes não as encaram e somente a cumprimentam com palavras. Isso porque na maioria dos países árabes, o beijo público entre casais é proibido.
  • 14. Vestimenta Árabe Geralmente, por influência religiosa, os povos árabes tendem a cobrir mais o corpo do que os Ocidentais. As altas temperaturas também fazem necessário o uso de véus e turbantes a fim de proteger o rosto e a cabeça. As mulheres, costumam se vestir com mais decoro e dificilmente são encontradas com os cabelos descobertos. Utilizam um hijab (tecido que cobre a cabeça sem esconder o rosto), uma abaya (túnica preta e longa) ou um niqab (tecido que cobre a parte inferior do rosto).
  • 15. Mulher Árabe O mundo Árabe é marcado por ser extremamente patriarcal, o que vem afetando o direitos das mulheres há anos. Em muitos países Árabes o casamento se baseia na vontade dos pais, mas caso a mulher não goste de seu noivo ela tem o direito de rejeitar a proposta do casamento (em alguns países). A idade para se casar na maioria dos países Árabes entre homens e mulheres é a partir dos 18 anos, porém ainda existem países que as mulheres se casam antes de completarem a sua maioridade. Além disso, a mulher Árabe não tem o direito de dirigir, viajar sem a presença ou autorização de um homem (pai, irmão ou marido), participar de competições esportivas entre várias outras restrições. Porém essas leis são somente na Arábia Saudita, onde as mulheres são muito restritas. Em relação às vestimentas, o traje feminino tradicional é a Abaya. É obrigatório que as mulheres não possam mostrar o corpo nem os cabelos, caso o contrário são consideradas vulgares.
  • 16. Mulher Árabe A mulher árabe, em países mais restritos como Atábia Saudita, é vítima de abuso sexual, violência doméstica e da desiguladade de gênero, porém, vem lutando para que isso acabe, através de mulheres que são reconhecidas mundialmente pela sua militância feminista. Um exemplo delas é a Malala, que se tornou a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos.
  • 17. Mulher Árabe no esporte A participação feminina nos esportes da Arábia Saudita mais que dobrou nos últimos 5 anos. Esse crescimento é atribuído ao programa Visão 2030, que vem dando mais espaço para mulheres participarem de atividades esportivas. Mas isso nem sempre foi assim, elas passaram por vários desafios e sofreram e ainda sofrem alguns preconceitos, mas com o passar do tempo isso vem diminuindo e elas vem ganhando cada vez mais espaço nesse meio, sempre seguindo e respeitando seus costumes e religião
  • 18. Religião: Islamismo Islamismo: O Islã é uma das mais importantes religiões mundiais, originou-se na Península da Arábia e foi baseada nos ensinamentos de Maomé, chamado de “O Profeta”. Segundo o Alcorão (o livro sagrado do Islã), o Islã é a religião universal e primordial. Seguidores: O Muçulmano é um fiel da revelação divina contida no Alcorão e formulada por Maomé. Já que, no Alcorão, Muculmano é o nome dado aos fiéis, os Muculmanos se sentem ofendidos quando são chamados de Maometanos pois isto implica a ideia de um culto pessoal a Maomé, proibido no Islã. Doutrina e prática: As duas fontes fundamentais da doutrina e da prática islâmicas são o Alcorão e a sunna. O monoteísmo é uma matéria central para o Islã: a crença em um Deus (Alá), único e onipotente. Deus desempenha quatro funções fundamentais no Universo e na humanidade: criação, sustentação, orientação e julgamento, que se conclui com o dia do Juízo, no qual a humanidade será reunida e todos os indivíduos serão julgados de acordo com seus atos.
  • 19. No que se refere à prática islâmica, cinco deveres — conhecidos como os "pilares do Islã"— são fundamentais: 1. Profissão da fé ou testemunho; "Não há nada superior a Deus e Maomé é seu enviado". Esta profissão deve ser feita, publicamente, por cada muçulmano pelo menos uma vez na vida; 2. Cinco orações diárias. Durante a oração, os muçulmanos olham em direção à Caaba, em Meca (Makkah). Antes de cada oração comunitária, é feita uma chamada pública, pelo muezim, a partir do minarete da mesquita; 3. Pagar o zakat (óbolo), instituído por Maomé; 4. Jejum no mês de Ramadã; 5. Peregrinação à Caaba, em Meca. Todo muçulmano adulto, capacitado fisicamente e dotado De bens suficientes, deve realizá-la pelo menos uma vez na vida. Além destas cinco instituições básicas, o Islã impõe a proibição do consumo de álcool e carne de porco. Além da Caaba, os centros mais importantes da vida islâmica são as mesquitas. A seguir veja um culto:
  • 20.
  • 21. Ataques terroristas A definição de terrorismo depende de cada país, mas em geral, o terrorismo são atos violentos que chamem muita atenção, cometidos por pessoas ou grupos na intenção de causar medo e danos à um grande número de vítimas em um país ou população. Entretanto, deve- se saber que não são terroristas por serem árabes, essa generalização é fruto do preconceito, que vem aumentando, desde o ataque às Torres Gêmeas (2001).
  • 22. “A base” ● É o grupo mais conhecido na atualidade por conta dos atentados aos Estados Unidos em 2001; ● Foi criada por Osama Bin Laden (foto) em 1989; ● É formado por muçulmanos fundamentalistas; Al-Qaeda ● Objetivo principal: acabar com a influência que o ocidente possui sobre o mundo árabe. Desse modo, suas ações terroristas ocorrem em nações ocidentais e em países muçulmanos que apoiam os Estados Unidos.
  • 23. Boko Haram “A educação não islâmica é pecado” ● Assim como Al-qaeda, também é uma organização antiocidental; ● Ganhou notoriedade com o sequestro de vários jovens e com uma série de atentados que resultou na morte de várias pessoas na África.
  • 24. Hamas é um grupo temido por vários países e organizações internacionais. ● Atua no território da Palestina; ● Seu objetivo é destruir o Estado de Israel e a consolidação do Estado da Palestina; Hamas ● Alguns países apoiadores, como Turquia e Qatar, não consideram como grupo terrorista e sim como uma frente política legítima; ● Sua sigla significa “Movimento de Resistência Islâmica”.
  • 25. Hezbollah “Partido de Deus” ● É uma força islâmica xiita com estrutura similar a do Exército; ● Ao mesmo tempo, é um grupo político com sede no Líbano; ● Surgiu a partir da Guerra Civil Libanesa; ● A meta principal é construir um Estado Islâmico Libanês e extinguir Israel.
  • 26. 11 de setembro de 2001 Os atentados terroristas que aconteceram dia 11 de setembro de 2001 foram uma série de ataques contra o Pentágono e as Torrer Gêmes, nos Estados Unidos. Foi um ataque bem planejado, 19 terroristas sequestraram aviões comerciais para realizar o atentado. O motivo do ataque foi o extremismo de Bin Laden, considerava os Estados Unidos como um inimigo, por conter grupos americanos em seu território. O atentado teve como consequência a vingança do governo norte-americano, o país tenta combater o terrorismo, e as normas de segurança em voos tornaram-se muito rígidas. ● Ao total teve 2996 mortes.
  • 27. Foi uma ação terrorista causada pelo grupo “Setembro Negro” da Palestina. A Vila Olímpica foi atacada contra a delegação de Israel. O plano era realizar um sequestro, porém acabou com um massacre deixando 11 atletas judeus mortos. Eles usariam os sequestrados como moeda de troca para a libertação de mais de 200 presos palestinos das prisões de Israel. Massacre de Munique em 1972
  • 28. Oito terroristas ligados a organização Estado Islâmico realizaram uma série de ataques em Paris com fuzis AK-47, metralhadoras e bombas contra civis franceses. Os atentados do dia 13 de novembro são considerados uns dos mais sangrentos já perpetrados por grupos radicais islâmicos, ficando atrás apenas dos atentados de 11 de setembro de 2001. 129 pessoas morreram e 350 ficaram feridas. Atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris
  • 29. Culinária Árabe De uma grande variedade, a culinária árabe tem raízes milenares e muito se especula sobre a sua ligação com os povos que participaram da Crescente Fértil, tendo como sua base alimentar trigo, cevada, tâmaras, carne, arroz e alguns produtos derivados do leite. Tal culinária se populariza no Brasil através da chegada de imigrantes árabes perseguidos pelo Império Otomano por volta do século XIX. Os condimentos e especiarias utilizados são fortes e marcantes.
  • 30. Os pratos característicos são: ● Quibe - Bolinho feito com trigo para kibe, carne moída e temperos ● Esfirra - Pequena torta recheada de carne moída, espinafre e queijo e etc. ● Húmus - Pasta de grão-de-bico e tahine. ● Baklava - Sobremesa em formato de triângulo feita com massa de phyllo e recheada com frutas secas, calda e mel. ● Baba Ganoush - Tipo de purê feito a partir de berinjela temperada com molho tahine, azeite e alho. Quibe Esfirra Húmus Baklava Baba Ganoush
  • 31. Economia no Mundo Árabe A economia do mundo árabe é composta por uma gama muito grande de diversos tipos variados de influências, logo, tal é muito rica em diversos setores. O petróleo é uma das principais atividades econômicas do Mundo Árabe e do Oriente Médio. A maior concentração dessa fonte energética está localizada lá (cerca de 65% de todo petróleo do mundo). Outra atividade econômica importante para o Mundo Árabe é a agropecuária. Por se tratar de uma atividade com pouco uso de tecnologia e mecanização, é usada por grande parte dos países do oriente médio, fazendo com que se seja um grande expoente na economia desses países.
  • 32. Embora seja pouca, o mundo árabe possui uma pequena parte de investimento nas atividades industriais. Nos países petrolíferos, há refinarias e petroquímicas para auxiliar nesse processo. Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, tais como o têxtil e o alimentício. O turismo também é uma das grandes atividades que apresentam e mostram toda a importância de vários países do Mundo Árabe, a exemplo de Dubai e Riad. De acordo com o Banco Mundial, a Arábia Saudita é a maior economia árabe, logo, ela continua a ser a economia mais abrangente em termos de PIB total. Em termos de PIB per capita, o Catar é o mais rico país em desenvolvimento no mundo.
  • 33. Liga Árabe A Liga Árabe (ou Liga dos Estados Árabes) é uma organização multilateral composta por países árabes.
  • 34. Objetivo Tem como objetivo fortalecer os laços econômicos, políticos e culturais entre os Estados membros e atuar na mediação de conflitos e disputas comerciais.
  • 35. Países que integram o bloco: ● Egito, ● Argélia, ● Líbia, ● Sudão, ● Mauritânia, ● Marrocos, ● Tunísia, ● Djibuti, ● Iêmen, ● Omã, ● Arábia ● Saudita, ● Somália, ● Jordânia, ● Palestina, ● Líbano, ● Kuwait, ● Síria, ● Iraque, ● Bahrein, ● Catar, ● Emirados Árabes, ● Autoridade Nacional Palestina.
  • 36. História da Liga Árabe A Liga Árabe foi formalmente estabelecida no Cairo, Egito, em 22 de março de 1945, e aprovou a "Carta da Liga dos Estados Árabes". No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha inspirou pela primeira vez a ideia da Liga Árabe de tentar ganhar aliados na guerra com a Alemanha nazista e as potências do Eixo. Outros fatores que contribuíram para a formação da Liga Árabe são o aumento das relações econômicas entre os países árabes, o desenvolvimento de movimentos nacionalistas e pan-árabes e os laços históricos e religiosos entre esses países. Na época, a Liga Árabe teve pouco peso nas Nações Unidas, devido ao pequeno número de países a ela vinculados, mas, aos poucos, à medida que os países árabes foram adquirindo a sua independência, passou a adquirir muita importância, além de ser o símbolo da unidade árabe.
  • 37. Estrutura A estrutura da Liga Árabe é formada por: Conselho, Conselho de Defesa, Conselho Econômico e Social e Secretariado Geral. O Conselho é órgão supremo da organização, composto por representantes de todos os membros. Cada Estado tem direito a um voto nas decisões do conselho. O Conselho de Defesa, por sua vez, é formado pelos Ministros de Relações Exteriores e de Defesa dos Estados-membros. O órgão trata de assuntos ligados à defesa e segurança territorial dos Estados-membros. Já o Conselho Econômico e Social é formado pelos Ministros da Economia dos Estados-membros e tem por objetivo promover o desenvolvimento econômico na região. O Secretariado Geral, diferentes dos conselhos, é um órgão administrativo e executivo, composto por um Secretário-Geral, eleito pelo Conselho para mandatos de cinco anos, secretários assistentes e funcionários. Entre as atribuições do Secretariado Geral está a elaboração do orçamento da Liga e o agendamento das reuniões do Conselho. Desde 2016, o Secretário Geral da Liga Árabe é o egípcio Ahmed Aboul Gheit.
  • 38. Conflitos Internos A Liga Árabe foi enfraquecida em três períodos diferentes. O primeiro com a expulsão do Egito, que violou a decisão da organização depois que chegou a um acordo com Israel em 1979. Somente dez anos depois os egípcios foram aceitos novamente. Além disso, a organização nada pode fazer para evitar a guerra entre seus dois estados membros, Iraque e Kuwait. O conflito só terminou depois que os Estados Unidos declararam guerra à chamada Guerra do Golfo. A invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003 também marcou um momento de impotência na história da Liga Árabe. Isso porque Kuwait, Catar e Bahrein e outros Estados membros também forneceram ajuda e informações aos americanos. Guerra Iraque-Kuwait
  • 39. A história da Guerra Iraque-Kuwait que resultou na Guerra do Golfo. Primeiramente vamos entender as razões que levaram o Iraque a invadir o Kuwait a partir de 2 de agosto de 1990. O contexto da invasão do Kuwait na data citada remonta a acontecimentos da década de 1980 relacionados com a Guerra Irã-Iraque. Durante essa guerra, os iraquianos tiveram apoio dos Estados Unidos (o grande interessado em enfraquecer o Irã) e da Arábia Saudita e Kuwait (estes emprestaram grandes somas de dinheiro ao país governado por Saddam Hussein). Esse amplo apoio internacional impediu que os iraquianos fossem derrotados, e a guerra foi encerrada em um empate. Após a guerra, a economia iraquiana estava em crise e era necessário aumentar a arrecadação do país. A maior fonte de renda do Iraque era a venda de petróleo, porém, o valor do barril era considerado baixo. O governo iraquiano acusava o governo kuwaitiano de ser o grande responsável pela redução no valor do barril, além disso acusava o Kuwait de extrair petróleo de poços muito próximos da fronteira entre os dois países. No entanto, o fator que causou profunda irritação em Saddam Hussein em relação ao Kuwait foi o fato de que os kuwaitianos passaram a cobrar a devolução dos empréstimos cedidos durante os anos da Guerra Irã-Iraque.
  • 40. Saddam Hussein considerava isso inaceitável, e desenvolveu um discurso hostil em relação ao Kuwait. O ditador iraquiano defendia a ideia de que a pequena nação vizinha era “historicamente território iraquiano” e que deveria ser a 19ª província do Iraque. A invasão do Kuwait foi iniciada a partir de 2 de agosto de 1990. A decisão de Saddam Hussein é vista pelos historiadores como um erro estratégico, pois o governo iraquiano não havia considerado que os Estados Unidos jamais permitiriam o fortalecimento de um país que poderia ameaçar a soberania da Arábia Saudita, o grande aliado dos americanos no Oriente Médio. Além disso, a invasão do Kuwait tornaria o Iraque um dos países com as maiores reservas de petróleo do mundo, algo que também não receberia o aval americano. Após invadir o Kuwait, as forças iraquianas conquistaram rapidamente o país. Com a invasão, a família real kuwaitiana foi obrigada a fugir e estabelecer-se em Riad, capital da Arábia Saudita. A invasão do Kuwait gerou uma reação internacional imediata e, no mesmo dia da invasão, o Conselho de Segurança da ONU divulgou a Resolução 660, que condenava a invasão coordenada pelos iraquianos e ordenava que as tropas do Iraque abandonassem o Kuwait de imediato.
  • 41. A continuidade das forças iraquianas no Kuwait resultou no desembarque de tropas americanas e britânicas na Arábia Saudita, colocadas propositadamente para impedir uma possível invasão daquele país pelas tropas iraquianas. Em 29 de novembro de 1990, o Conselho de Segurança da ONU emitiu uma nova resolução contra o Iraque (Resolução 678). A qual estabelecia que as tropas iraquianas se retirassem do Kuwait até o dia 15 de janeiro de 1991. Como o governo iraquiano seguiu ignorando as determinações do Conselho de Segurança da ONU, uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos resolveu agir. A partir do dia 17 de janeiro de 1991, foram iniciados ataques aéreos contra o Iraque, que ficaram internacionalmente conhecidas porque foram transmitidas em tempo real pela rede de televisão dos Estados Unidos. Os ataques visavam a locais estratégicos e estenderam-se ao longo de 42 dias. A campanha aérea foi substituída por uma campanha terrestre, iniciada no dia 24 de fevereiro de 1991, a ação militar por terra estendeu-se por 100 horas. Por causa do seu despreparo, o exército iraquiano rapidamente foi derrotado. A partir daí, iniciou uma fuga, retornando para o território iraquiano. As últimas tropas iraquianas saíram do Kuwait no dia 28 de fevereiro de 1991 e, nesse mesmo dia, os Estados Unidos encerraram a ofensiva militar e a Guerra do Golfo. A ação do governo americano contrariou aqueles que esperavam que o país conduzisse suas tropas para dentro do solo iraquiano com o objetivo de derrubar Saddam Hussein – mas isso só aconteceu doze anos depois.
  • 42. Guerra do Golfo Guerra Iraque-Kuwait
  • 43. Primavera árabe O que foi ? Foi uma onda de protestos e revoluções populares contra governos árabes que teve início em 2010 e ocorre até os dias atuais. Países envolvidos: Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Barein. Quais são os motivos e objetivos? O movimento ocorre por conta da situação dos países, a crise econômica e a falta de democracia, com a população sofrendo com o desemprego e o alto preço dos alimentos, tendo como objetivo mudar essa situação. Papel das redes socias: tiveram um papel importantíssimo na Primavera árabe, utilizadas para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional para tentativas de repressão e censura na internet por parte dos países. Foram utilizadas redes como Facebook, Twitter e YouTube. Quais foram as ditaduras derrubadas? O movimento já foi responsável pela queda de quatro ditaduras: Zine el- Abidine Ben Ali (Tunísia), Hosni Mubarak (Egito), Muammar Kadafi (Líbia) e Saleh (Iêmen). Porém a única ditadura que o esse movimento não conseguiu derrubar foi a de Bashar al-Assad, na Síria.
  • 44. Língua árabe A língua árabe é empregada em diferentes dialetos do Marrocos ao Iraque. Entre os muçulmanos é considerada uma língua sagrada, já que foi por seu intermédio que o Alcorão foi revelado. A partir de 622 d.C., ano da Hégira, o árabe se converteu na língua viva mais difundida dentro do tronco das línguas semíticas. Na atualidade, cerca de 150 milhões de pessoas consideram-na seu idioma materno. Existem duas variantes: o árabe clássico e o popular. O clássico representa a língua sagrada do Islã e nasceu na antiga tradição de literatura oral dos povos nômades pré-islâmicos. O Alcorão foi ditado no árabe clássico e é nesta língua que o povo reza nas mesquitas, repetindo, em voz alta, as longas suras que, segundo a crença, foram ditadas a Maomé pelo arcanjo Gabriel. O árabe coloquial é uma língua normativa, utilizada nas conversas e nos meios de comunicação. O sistema fonético conta com 28 consoantes e três vogais com um som longo e outro breve.