1. a. Reconhece as potencialidades dos modos de transporte, ao nível da
organização do território e no aumento das acessibilidades.
Os transportes assumem, atualmente, um papel de grande relevância pela diversidade de
escolhas que facultam, pelo conforto que oferecem e pela rapidez com que permitem efetuar
os diferentes percursos. Transpor distâncias é hoje mais fácil, quer por motivos de trabalho,
quer por motivos de fazer.
As telecomunicações potenciam ainda mais os espaços de vivência, ao permitirem o contacto
com realidades distintas e afastadas, sem deslocação física. Por outro lado, as
telecomunicações aplicadas aos diferentes modos de transporte aumentam a sua fiabilidade e
segurança.
Ao nível do transporte rodoviário, os diferentes equipamentos e soluções tecnologias (quer a
bordo dos veículos quer nas infraestruturas rodoviárias) garantem maior comodidade, maior
segurança e uma melhor informação disponibilizada ao público.
Umas das grandes apostas ao nível das tecnologias aplicadas ao setor dos transportes é a
tecnologia Near Field Comunication (NFC), quer permite aos utilizadores pagarem a sua viagem
em transportes públicos passando o seu telemóvel num leitor próprio.
Outra das aplicações das TIC ao transporte rodoviário é a disponibilização, em tempo real, de
informação aos passageiros e condutores, através dos designados PMV (painéis de mensagem
variável). Desta forma, será possível informar os utentes: da intensidade do tráfego, da
existência de acidentes e/ou de trabalhos na via rodoviária, dos limites de velocidade, das
condições meteorológicas, dos percursos alternativos e dos preços dos combustíveis.
O aumento da importância do mar, como fator estratégico de desenvolvimento de Portugal,
implica fortes investimentos e uma incorporação elevada das TIC, nomeadamente: no controlo
de tráfego portuário, na segurança da navegação no transporte de passageiros e/ou de
mercadorias, na eficiência das plataformas logísticas, na monitorização, gestão e preservação
do ambiente e dos ecossistemas marinhos e na investigação do mar e dos riscos ligados às
alterações climáticas.
A nível ferroviário têm sido instalados sistemas de controlo de velocidade, permitindo
assegurar maiores níveis de segurança na circulação.
Cumulativamente, tem-se assistido a uma supressão das passagens de nível e a uma melhoria
das condições de segurança nas mesmas, através de controlo automatizado, o que tem
contribuído para uma redução significativa da sinistralidade ferroviária.
Nas últimas décadas, a aviação comercial passou a desenvolver tecnologias que tornaram o
avião cada vez mais automatizado, reduzindo assim a importância do piloto na operação da
aeronave, com o objetivo de diminuir os acidentes causados por falha humana. Por outro lado,
as novas tecnologias permitiram melhorar os aviões, tronando-os cada vez mais rápidos,
seguros, eficientes e silenciosos.
A qualidade do serviço prestado aos clientes é a principal prioridade as companhias aéreas,
que, desse modo, investem continuamente em inovação e novas tecnologias, cujas
potencialidades contribuem para o fornecimento de produtos e serviços seguros, fiáveis e
atualizados à medida das expetativas dos clientes.
2. A União Europeia tem como objectivo-chave criar um sistema de transportes eficiente na
utilização de recursos, respeitador do ambiente, seguro e sem descontinuidades, para
benefício dos cidadãos, da economia e da sociedade. A mobilidade sustentável só pode ser
conseguida com uma alteração radical do sistema de transportes e com uma implementação
coerente à escala europeia de soluções de transporte mais ecológicas, seguras e inteligentes.
Para tal, a Europa definiu os seguintes objetivos políticos: redução de 60% das emissões de CO2
até 2050, redução de 50% na utilização de automóveis alimentados a combustíveis
convencionais nas cidades, desenvolvimento de transportes isentos de CO2 nos grandes
centros urbanos até 2030, redução de 40% no consumo de combustíveis fósseis até 2050 e
redução de 40% nas emissões de CO2 dos combustíveis dos transportes marítimos até 2050.
Assim, importa apostar nas seguintes atividades específicas: desenvolvimento de tecnologias
menos poluentes, com base em motores elétricos, baterias e sistemas de propulsão híbridos,
redução do peso e da resistência aerodinâmica das aeronaves e veículos e da resistência
hidrodinâmica dos navios, utilizando materiais mais leves, estruturas mais simples e conceções
inovadoras para reduzir o consumo de combustíveis, otimização das operações de transportes
para utilização e gestão eficientes dos aeroportos, portos, plataformas logísticas e
infraestruturas de transportes de superfície.
Atualmente, vivemos, cada vez mais, numa sociedade “comandada” pelas tecnologias de
informação e comunicação. Estas têm alterado as bases de competitividade e as estratégias
das empresas, das organizações e dos indivíduos, permitindo-lhes: redução de custos, novos
canais de venda e distribuição, novas oportunidades de negócios, inovação de produtos e
novas formas de relacionamento. Por outro lado, as redes de comunicação mais eficientes e de
baixo custo permitem às empresas atuarem em diferentes países e regiões. Através das TIC, é
possível realizar atividades, como escrever artigos para jornais e/ou revistas, vender passagens
aéreas, efetuar transações bancárias ou investimentos, assistir a aulas e conversar em tempo
real.