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AS PAIXÕES DA ALMA
René Descartes
Maria Luíza Mattos DRE: 120044936
Trabalho de Tópico Especial Comunicação Visual VIII (Filosofia)
René Descartes nasceu em 31 de março de 1596, na
cidade de La Hayé, na França. Aos oito anos foi mandado
para um internato jesuíta recém inaugurado em La Flèche.
Apesar de ser um aluno inteligente e dedicado sentia grande
agonia pois não encontrava certeza nos conhecimentos
adquiridos na sua educação. Aos dezesseis foi enviado pelo
pai a Universidade de Poitiers para estudar Direito mas com
apenas dois anos de estudos resolveu largar os estudo e se
dedicar às suas próprias meditações.
Descartes costumava sempre se deslocar, buscando
isolamento. Se alistou no exército e participou de guerras.
Mantinha contato com matemáticos e filósofos mas sempre
costumava recolher-se passando a viver em reclusão,
possuía uma personalidade solitária. Morreu em fevereiro de
1650 devido a uma pneumonia.
Biografia
Pensamento cartesiano
Descartes teve uma visão divina, no qual era dada sua vocação e que seria possível obter uma imagem
matemática do mundo. Com isso percebeu que todo o conhecimento humano podia ser expressado pelo
uso da razão.
O método cartesiano baseava-se na aplicação correta dessas duas regras de pensamento: intuição e
dedução. Intuição seria “a concepção inequívoca de um espírito claro e formado exclusivamente pela luz
da razão”, e dedução seria algo de “necessária inferência a partir de outros fatos tidos como certos”.
Descartes considerava que o mundo se constituía de dois tipos de substância - espírito e matéria. Essa
dicotomia que o incomodava seria abordada no seu Tratado das Paixões da Alma.
Pensamento cartesiano
O ponto crucial do pensamento Cartesiano, acontece em sua obra Discurso do Método que abrange
ideias que iriam modificar a face da matemática e promover vários avanços revolucionários na ciência.
Descartes conclui que por meio de uma dúvida persistente e obsessiva, podemos destruir toda a nossa
crença na estrutura do mundo que nos rodeia. “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo).
Após estabelecer sua única certeza fundamental, Descartes começa a reconstruir, sobre esse
fundamento, tudo aquilo de que duvidara.
Em Meditações, Descartes elabora as idéias expostas no Discurso do Método. Dessa vez, Imaginou que
o universo inteiro, mesmo as verdades da geometria e a realidade que se percebia podia ser obra de um
ser maligno invisível cujo objetivo seria iludi-lo.
Tratado das Paixões da alma
Substância extensa:
1- Funções que dizem respeito ao corpo
(calor, circulação do sangue, etc.);
2- Produção dos espíritos animais;
● Controláveis
● Incontroláveis
Tratado das Paixões da alma
Substância pensante ou inextensa:
1- Ações da alma (vontades)
● Terminam na alma mesma
● Terminam no corpo
2- paixões (percepções)
● Alma como causa (atividades
mentais);
● Corpo como causa;
a.Delírios, alucinações, etc.
b.Nervos
b.1)objetos dos sentidos;
b.2)sensações do corpo;
b.3)percepções da alma;
A definição no sentido estrito das Paixões:
“(...) podemos em geral defini-las por percepções, ou sentimentos, ou emoções da alma,
que referimos particularmente a ela, e que são causadas, mantidas e fortalecidas por
algum movimento dos espíritos.” (DESCARTES, art.27, 1973).
São seis os tipos primitivos de paixões: Amor, Tristeza, Ódio, Alegria, Admiração e Desejo.
Relação entre corpo e alma
Glândula pineal
“Este órgão seria a sede principal da alma, responsável pela tarefa
primordial de conectar as duas naturezas distintas: a mente e o corpo, de
maneira que o corpo, através dos espíritos, movimentaria a glândula, que
produziria as representações para a alma, assim como a alma
movimentaria a glândula, articulando o movimento dos espíritos e o
consequente movimento do corpo.”(TREVISAN, 2016, pg. 4)
A origem das paixões
Paixões são fenômenos que passam no plano da união (“a experiência torna evidente para cada
homem”). Portanto, de que forma as paixões, que se originam do corpo, podem se relacionar com a
alma?
Nesse caso, as paixões nunca poderiam ser objetos da ciência, pois o efeito de um objeto pode ser
diferente para cada indivíduo. Isso evidencia a necessidade de um estudo da moral nesse sentido.
Efeitos da Paixão
São determinadas situações que, levando os espíritos a mover a glândula, causam determinadas
sensações à alma, que produzirá determinadas emoções ou paixões. Portanto, a mesma situação faz
com que indivíduos tenham paixões diferentes, por exemplo, numa mesma situação de perigo dois
homens podem ter maneiras distintas de reagir.
As paixões podem também movimentar o corpo independentemente do espírito. Isto é, as paixões
possuem um caráter incontrolável que faz com que seu corpo mova-se antes mesmo que você possa
raciocinar.
O efeito das paixões
“Pois cumpre notar que o principal efeito de todas as paixões nos homens é que incitam e
dispõem a sua alma a querer as coisas para as quais elas lhes preparam os corpos; de
sorte que o sentimento de medo incita a fugir, o da audácia a querer combater e assim por
diante”. (DESCARTES, 1973, pg. 242).
A vontade
Poderíamos combater as paixões através de outra parte da alma: a vontade.
Isso ocorreria indiretamente através de uma “representação que produza
uma paixão contrária”.
“Portanto, é colocando uma representação ao lado da outra que
combatemos paixões. “(DESCARTES, 1992, Pg. ,244).
“A partir disso é que se poderá distinguir as almas fortes das
fracas.” (DESCARTES, 1992, pg. 246).
Considerações finais
A moral imposta por Descartes sobre a vontade mostra como o pensamento cartesiano está diluído em
seu tratado das paixões;
É importante ressaltar que mesmo com esse pensamento matemático e racional ele ainda teve que abrir
mão de certas explicações para prosseguir com sua tese;
O tratado das paixões teoriza a ligação entre corpo e alma, que a princípio, seriam totalmente
desconexas. Com a base teórica concluída, Descartes poderia então dissertar sobre as paixões.
Referências
STRATHERN, Paul. Descartes em 90 minutos. [S. l.]: ZAHAR, 1996
DESCARTES, René. As Paixões da Alma. [S. l.]: Escala, 2006.
Noto, C. de S. (2002). As Paixões da Alma, sobre o desejo. Primeiros Escritos, (5), 20-27.
https://doi.org/10.11606/issn.2594-5920.primeirosestudos.2002.104604
TREVISAN, Heliakim Marques. Estudo sobre As Paixões da Alma de René Descartes. Em curso: Revista
da Graduação em Filosofia da UFSCar, [s. l.], 2016

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As paixões da alma René Descartes

  • 1. AS PAIXÕES DA ALMA René Descartes Maria Luíza Mattos DRE: 120044936 Trabalho de Tópico Especial Comunicação Visual VIII (Filosofia)
  • 2. René Descartes nasceu em 31 de março de 1596, na cidade de La Hayé, na França. Aos oito anos foi mandado para um internato jesuíta recém inaugurado em La Flèche. Apesar de ser um aluno inteligente e dedicado sentia grande agonia pois não encontrava certeza nos conhecimentos adquiridos na sua educação. Aos dezesseis foi enviado pelo pai a Universidade de Poitiers para estudar Direito mas com apenas dois anos de estudos resolveu largar os estudo e se dedicar às suas próprias meditações. Descartes costumava sempre se deslocar, buscando isolamento. Se alistou no exército e participou de guerras. Mantinha contato com matemáticos e filósofos mas sempre costumava recolher-se passando a viver em reclusão, possuía uma personalidade solitária. Morreu em fevereiro de 1650 devido a uma pneumonia. Biografia
  • 3. Pensamento cartesiano Descartes teve uma visão divina, no qual era dada sua vocação e que seria possível obter uma imagem matemática do mundo. Com isso percebeu que todo o conhecimento humano podia ser expressado pelo uso da razão. O método cartesiano baseava-se na aplicação correta dessas duas regras de pensamento: intuição e dedução. Intuição seria “a concepção inequívoca de um espírito claro e formado exclusivamente pela luz da razão”, e dedução seria algo de “necessária inferência a partir de outros fatos tidos como certos”. Descartes considerava que o mundo se constituía de dois tipos de substância - espírito e matéria. Essa dicotomia que o incomodava seria abordada no seu Tratado das Paixões da Alma.
  • 4. Pensamento cartesiano O ponto crucial do pensamento Cartesiano, acontece em sua obra Discurso do Método que abrange ideias que iriam modificar a face da matemática e promover vários avanços revolucionários na ciência. Descartes conclui que por meio de uma dúvida persistente e obsessiva, podemos destruir toda a nossa crença na estrutura do mundo que nos rodeia. “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo). Após estabelecer sua única certeza fundamental, Descartes começa a reconstruir, sobre esse fundamento, tudo aquilo de que duvidara. Em Meditações, Descartes elabora as idéias expostas no Discurso do Método. Dessa vez, Imaginou que o universo inteiro, mesmo as verdades da geometria e a realidade que se percebia podia ser obra de um ser maligno invisível cujo objetivo seria iludi-lo.
  • 5. Tratado das Paixões da alma Substância extensa: 1- Funções que dizem respeito ao corpo (calor, circulação do sangue, etc.); 2- Produção dos espíritos animais; ● Controláveis ● Incontroláveis
  • 6. Tratado das Paixões da alma Substância pensante ou inextensa: 1- Ações da alma (vontades) ● Terminam na alma mesma ● Terminam no corpo 2- paixões (percepções) ● Alma como causa (atividades mentais); ● Corpo como causa; a.Delírios, alucinações, etc. b.Nervos b.1)objetos dos sentidos; b.2)sensações do corpo; b.3)percepções da alma;
  • 7. A definição no sentido estrito das Paixões: “(...) podemos em geral defini-las por percepções, ou sentimentos, ou emoções da alma, que referimos particularmente a ela, e que são causadas, mantidas e fortalecidas por algum movimento dos espíritos.” (DESCARTES, art.27, 1973). São seis os tipos primitivos de paixões: Amor, Tristeza, Ódio, Alegria, Admiração e Desejo.
  • 8. Relação entre corpo e alma Glândula pineal “Este órgão seria a sede principal da alma, responsável pela tarefa primordial de conectar as duas naturezas distintas: a mente e o corpo, de maneira que o corpo, através dos espíritos, movimentaria a glândula, que produziria as representações para a alma, assim como a alma movimentaria a glândula, articulando o movimento dos espíritos e o consequente movimento do corpo.”(TREVISAN, 2016, pg. 4)
  • 9. A origem das paixões Paixões são fenômenos que passam no plano da união (“a experiência torna evidente para cada homem”). Portanto, de que forma as paixões, que se originam do corpo, podem se relacionar com a alma? Nesse caso, as paixões nunca poderiam ser objetos da ciência, pois o efeito de um objeto pode ser diferente para cada indivíduo. Isso evidencia a necessidade de um estudo da moral nesse sentido.
  • 10. Efeitos da Paixão São determinadas situações que, levando os espíritos a mover a glândula, causam determinadas sensações à alma, que produzirá determinadas emoções ou paixões. Portanto, a mesma situação faz com que indivíduos tenham paixões diferentes, por exemplo, numa mesma situação de perigo dois homens podem ter maneiras distintas de reagir. As paixões podem também movimentar o corpo independentemente do espírito. Isto é, as paixões possuem um caráter incontrolável que faz com que seu corpo mova-se antes mesmo que você possa raciocinar.
  • 11. O efeito das paixões “Pois cumpre notar que o principal efeito de todas as paixões nos homens é que incitam e dispõem a sua alma a querer as coisas para as quais elas lhes preparam os corpos; de sorte que o sentimento de medo incita a fugir, o da audácia a querer combater e assim por diante”. (DESCARTES, 1973, pg. 242).
  • 12. A vontade Poderíamos combater as paixões através de outra parte da alma: a vontade. Isso ocorreria indiretamente através de uma “representação que produza uma paixão contrária”. “Portanto, é colocando uma representação ao lado da outra que combatemos paixões. “(DESCARTES, 1992, Pg. ,244). “A partir disso é que se poderá distinguir as almas fortes das fracas.” (DESCARTES, 1992, pg. 246).
  • 13. Considerações finais A moral imposta por Descartes sobre a vontade mostra como o pensamento cartesiano está diluído em seu tratado das paixões; É importante ressaltar que mesmo com esse pensamento matemático e racional ele ainda teve que abrir mão de certas explicações para prosseguir com sua tese; O tratado das paixões teoriza a ligação entre corpo e alma, que a princípio, seriam totalmente desconexas. Com a base teórica concluída, Descartes poderia então dissertar sobre as paixões.
  • 14. Referências STRATHERN, Paul. Descartes em 90 minutos. [S. l.]: ZAHAR, 1996 DESCARTES, René. As Paixões da Alma. [S. l.]: Escala, 2006. Noto, C. de S. (2002). As Paixões da Alma, sobre o desejo. Primeiros Escritos, (5), 20-27. https://doi.org/10.11606/issn.2594-5920.primeirosestudos.2002.104604 TREVISAN, Heliakim Marques. Estudo sobre As Paixões da Alma de René Descartes. Em curso: Revista da Graduação em Filosofia da UFSCar, [s. l.], 2016