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Discurso do método
René Descartes
Introdução à Filosofia
Informações acerca da obra:
• Escrita em língua vernácula (francês) e publicada em 1637 em
Leiden, na Holanda;
• A tradução para o latim foi produzida em 1656;
• Proposição de um método (caminho, via) para a condução do
pensamento humano na investigação das ciências;
• Autoridade da razão em detrimento da tradição medieval
aristotélica-tomista;
• Aproximação dos preceitos matemáticos e geométricos
PRIMEIRA PARTE
• O bom senso, ou a razão, é naturalmente igual em todos os
homens;
• Poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso;
• As opiniões divergentes são oriundas da condução diversa do
pensamento;
• Crítica ao ensino fornecido pelos jesuítas, fortemente atrelado à
tradição do pensamento aristotélico-tomista;
• Necessidade do método para orientar o pensamento através de
um fundamento sólido e garantidor da verdade;
• Relevância do estudo das ciências e do conhecimento dos
costumes
• As reflexões cartesianas são fortemente marcadas por um
caráter biográfico e crítico de sua formação;
• A autonomia do pensamento prescinde da tradição, do
costume e daquilo que é ensinado através do exemplo;
• Descartes desvencilha-se de seus preconceitos
formadores para buscar no mundo os aprendizados
provenientes da sua radical curiosidade e tolerância
acerca dos costumes humanos;
• “Ler o livro do mundo”
• Estudo de si mesmo e dos limites de sua investigação
racional acerca do mundo e da natureza;
SEGUNDA PARTE
• O nosso conhecimento a respeito do mundo está ancorado
não apenas em nossas considerações sobre ele, mas em
diversas opiniões que nos são trazidas por outras pessoas
ao longo de nossa formação;
• Metáfora do edifício: somos um edifício projetado desde a
infância por muitos arquitetos;
• As nossas impressões sobre o mundo não são colocadas à
prova por nós, mas averiguadas a partir de sua recepção e
naturalização;
AS REGRAS DO MÉTODO CARTESIANO
1- REGRA DA EVIDÊNCIA:
A primeira regra exige que não aceitemos como verdadeiro o que
não nos seja claro e distinto. Nesta regra, o filósofo nos alerta sobre
os juízos precipitados e a prevenção, isto é, o preconceito. Uma
ideia, portanto, deve ser clara – a ponto de podermos concebê-la em
nosso espírito – e distinta à medida que conseguimos separá-la de
todas as outras ideias que passam ao mesmo tempo e de maneira
confusa pelo nosso pensamento.
2- REGRA DA ANÁLISE:
A segunda regra consiste em dividir cada uma das
dificuldades que serão examinadas em tantas partes que
sejam possíveis e necessárias para resolvê-las da melhor
maneira. Segundo o filósofo, dividir o problema o torna
mais fácil de ser enfrentado.
3- REGRA DA SÍNTESE:
Agora que as dificuldades foram divididas, o próximo passo
é ordená-las, conduzindo nosso pensamento a solucionar
as dificuldades. Assim, deve-se começar pelas questões
mais simples e os objetos mais fáceis de conhecer, para
gradativamente e ordenadamente tratar dos objetos
compostos e problemas mais complexos.
4- REGRA DA ENUMERAÇÃO:
Nesta etapa, devem-se fazer enumerações completas e
revisões gerais de modo que nada seja omitido. Em outras
palavras, devemos sempre nos certificar de que não
esquecemos nada, de que nenhuma lacuna foi deixada para
trás e todos os elos estejam conectados.
TERCEIRA PARTE
Máximas da moral provisória cartesiana:
1) “A primeira era obedecer às leis e aos costumes de meu país,
retendo constantemente a religião em que Deus me concedeu a
graça de ser instruído desde a infância, e governando-me, em tudo
mais, segundo as opiniões mais moderadas e as mais distanciadas
do excesso, que fossem comumente acolhidas em prática pelos mais
sensatos daqueles com os quais teria de viver” (DESCARTES, 1973,
p. 41).
2) “Minha segunda máxima consistia em ser o mais firme e o mais
resoluto possível em minhas ações, e em não seguir menos
constantemente do que se fossem muito seguras as opiniões mais
duvidosas, sempre que eu me tivesse decidido a tanto” (DESCARTES,
1973, p. 42).
3) “Minha terceira máxima era a de procurar sempre antes vencer a
mim próprio do que à fortuna, e de antes modificar os meus desejos do
que a ordem do mundo; e em geral, a de acostumar-me a crer que
nada há que esteja inteiramente em nosso poder, exceto os nossos
pensamentos, de sorte que, depois de termos feito o melhor possível no
tocante às coisas que nos são exteriores, tudo em que deixamos de nos
sair bem é, em relação a nós, absolutamente impossível”
(DESCARTES, 1973, p. 43).
4) “(...) empregar toda a minha vida em cultivar minha razão
e, adiantar-me, o que mais pudesse, no conhecimento da
verdade, segundo o método que me prescrevera”
(DESCARTES, 1973, p. 43).
QUARTA PARTE
• Descartes mantém uma posição distinta com relação à
epistemologia daquela que adota no que se refere à
moralidade (terceira parte);
• Uso metódico da dúvida;
• Rejeita a autoridade dos sentidos, dado que produzem
ilusões;
• Primeiro princípio da Filosofia cartesiana: “Eu penso, logo
existo” (cogito ergo sum);
• O homem é composto por alma e corpo (res cogitans e res
• O pensamento garante a existência do sujeito pensante;
• A existência de Deus é a garantia da verdade do
conhecimento concebido pelo homem, é o necessário do
pensamento;
• A existência de Deus é tão evidente quando uma
demonstração geométrica;
• A ideia de Deus e da alma, por serem puro pensamento,
não são verificáveis através dos sentidos; A imaginação
não alcança a ideia de Deus, pelo mesmo motivo, e nisto
incorre o erro, a confusão e as ideias obscuras
QUINTA PARTE
• Análise de Descartes acerca da natureza humana física;
• Os animais foram feitos sem alma racional e sensitiva;
• As funções que não dependem do pensamento, que é da alma e
não do corpo, são encontradas tanto em nós quanto nos animais,
mas as que dependem do pensamento somente a nós são
possíveis, pela alma recebida de Deus;
• Semelhante ao do homem é, por exemplo, o coração de um animal.
Descartes sugere que o leitor corte o peito de um grande animal
provido de pulmões, e examine, do coração, ao lado direito, a veia
cava e a arteriosa, e ao lado esquerdo, a artéria venosa.
• Observam-se as membranas, que regulam o fluxo do
sangue pelos canais, e a temperatura do sangue no
coração, que é maior do que a do restante do corpo. As
membranas presentes nas artérias e veias fazem com que
o sangue circule ordenadamente, ou seja, não faça um
caminho indistinto do coração ao corpo e vice-versa;
• O sangue vai do coração rumo às extremidades das
artérias e destas, através de pequenos canais, liga-se às
veias, por onde voltam ao coração. O sangue se aquece no
coração, e a cada parte do corpo transmite esse calor, e o
faz de forma reiterada, pela constância do suprimento de
sangue
• O coração permite a digestão da carne e é um filtro geral
do sangue do corpo. No coração, ainda, são gerados
espíritos animais, como ventos sutis, que sobem para o
cérebro e dele seguem para os músculos, movimentando
os membros. Os nervos e músculos do corpo humano são
movidos pelos espíritos animais que habitam neles;
• Na tela do cérebro, imprimem-se os sentidos das coisas
externas, assim como paixões internas, como a fome e a
sede. As memórias conservam essas impressões e a
fantasia os modificam. Além dos espíritos animais, as
impressões dos sentidos também levam nossos membros
ao movimento.
• A indústria dos homens produz autômatos, máquinas que
se movem por si próprias. No entanto, nenhuma dessas
máquinas movimenta-se tão admiravelmente quanto as
criadas por Deus. Se houvesse aqui máquinas arranjadas
interior e exteriormente como macacos, veríamos nela a
mesma natureza deste animal. Agora, caso fossem feitas o
mais próximo possível dos homens, a diferença para com
estes ficaria clara pela impossibilidade delas de
empregarem palavras ou outros sinais para transmitir
pensamentos, e pela inconsciência de suas ações, que se
realizam apenas em virtude das disposições dos seus
órgãos;
• Os órgãos humanos necessitam de uma disposição
particular para cada ação que empreendem. Nada melhor
do que a razão humana, para dar a eles essas disposições.
Papagaios possuem aparelhos que os permitem imitar a
fala dos homens, mas eles não podem demonstrar o que
pensam. Homens surdos-mudos criam formas de
expressar seus pensamentos. Daí se conclui que no
homem há algo além dos órgãos que explica o
pensamento e a sua expressão. Descartes entendia que os
homens possuem razão, e os animais não;
• As ações dos animais explicam-se por um efeito produzido
pela disposição dos seus órgãos. Os mecanismos de um
relógio produzem o seu funcionamento, e este, na
habilidade de medir as horas, é melhor do que o homem.
Da mesma forma os animais são mais habilidosos do que
os homens, para certas coisas. Como os animais e os
relógios, os homens também agem pelo movimento dos
seus órgãos. Entretanto, diferentemente deles, são
dotados de alma racional, que faz com que as habilidades
dos seus possuidores sejam, em geral, bem superiores às
dos outros seres;
• A alma não pode ser um efeito da matéria, como são os
movimentos que o homem tem em comum com os animais:
ela tem que ter sido criada diretamente. E, diferentemente do
que Platão afirmou, a alma não está no corpo, muito menos
está presa nele. Ela vive independente do corpo, sobrevive à
morte dele, mas, enquanto o corpo vive, ambos são
estreitamente ligados um ao outro, chegando a experimentar
os mesmos sentimentos e apetites
Leitura do Discurso do Método (quinta parte): Thiago Ricardo de Mattos:
https://filosofia.pro.br/2592-2/
SEXTA PARTE
• Contribuição de sua pesquisa no conhecimento da
natureza e a necessidade de divulgação do Discurso do
método;
• Considerações sobre a escrita e a utilidade do tratado
exposto;
• Recomendação de leitura da obra e advertências sobre seu
caráter experimental;
• Progresso científico almejado pelo uso do método

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  • 1. Discurso do método René Descartes Introdução à Filosofia
  • 2. Informações acerca da obra: • Escrita em língua vernácula (francês) e publicada em 1637 em Leiden, na Holanda; • A tradução para o latim foi produzida em 1656; • Proposição de um método (caminho, via) para a condução do pensamento humano na investigação das ciências; • Autoridade da razão em detrimento da tradição medieval aristotélica-tomista; • Aproximação dos preceitos matemáticos e geométricos
  • 3. PRIMEIRA PARTE • O bom senso, ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; • Poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso; • As opiniões divergentes são oriundas da condução diversa do pensamento; • Crítica ao ensino fornecido pelos jesuítas, fortemente atrelado à tradição do pensamento aristotélico-tomista; • Necessidade do método para orientar o pensamento através de um fundamento sólido e garantidor da verdade; • Relevância do estudo das ciências e do conhecimento dos costumes
  • 4. • As reflexões cartesianas são fortemente marcadas por um caráter biográfico e crítico de sua formação; • A autonomia do pensamento prescinde da tradição, do costume e daquilo que é ensinado através do exemplo; • Descartes desvencilha-se de seus preconceitos formadores para buscar no mundo os aprendizados provenientes da sua radical curiosidade e tolerância acerca dos costumes humanos; • “Ler o livro do mundo” • Estudo de si mesmo e dos limites de sua investigação racional acerca do mundo e da natureza;
  • 5.
  • 6. SEGUNDA PARTE • O nosso conhecimento a respeito do mundo está ancorado não apenas em nossas considerações sobre ele, mas em diversas opiniões que nos são trazidas por outras pessoas ao longo de nossa formação; • Metáfora do edifício: somos um edifício projetado desde a infância por muitos arquitetos; • As nossas impressões sobre o mundo não são colocadas à prova por nós, mas averiguadas a partir de sua recepção e naturalização;
  • 7. AS REGRAS DO MÉTODO CARTESIANO 1- REGRA DA EVIDÊNCIA: A primeira regra exige que não aceitemos como verdadeiro o que não nos seja claro e distinto. Nesta regra, o filósofo nos alerta sobre os juízos precipitados e a prevenção, isto é, o preconceito. Uma ideia, portanto, deve ser clara – a ponto de podermos concebê-la em nosso espírito – e distinta à medida que conseguimos separá-la de todas as outras ideias que passam ao mesmo tempo e de maneira confusa pelo nosso pensamento.
  • 8. 2- REGRA DA ANÁLISE: A segunda regra consiste em dividir cada uma das dificuldades que serão examinadas em tantas partes que sejam possíveis e necessárias para resolvê-las da melhor maneira. Segundo o filósofo, dividir o problema o torna mais fácil de ser enfrentado.
  • 9. 3- REGRA DA SÍNTESE: Agora que as dificuldades foram divididas, o próximo passo é ordená-las, conduzindo nosso pensamento a solucionar as dificuldades. Assim, deve-se começar pelas questões mais simples e os objetos mais fáceis de conhecer, para gradativamente e ordenadamente tratar dos objetos compostos e problemas mais complexos.
  • 10. 4- REGRA DA ENUMERAÇÃO: Nesta etapa, devem-se fazer enumerações completas e revisões gerais de modo que nada seja omitido. Em outras palavras, devemos sempre nos certificar de que não esquecemos nada, de que nenhuma lacuna foi deixada para trás e todos os elos estejam conectados.
  • 11. TERCEIRA PARTE Máximas da moral provisória cartesiana: 1) “A primeira era obedecer às leis e aos costumes de meu país, retendo constantemente a religião em que Deus me concedeu a graça de ser instruído desde a infância, e governando-me, em tudo mais, segundo as opiniões mais moderadas e as mais distanciadas do excesso, que fossem comumente acolhidas em prática pelos mais sensatos daqueles com os quais teria de viver” (DESCARTES, 1973, p. 41).
  • 12. 2) “Minha segunda máxima consistia em ser o mais firme e o mais resoluto possível em minhas ações, e em não seguir menos constantemente do que se fossem muito seguras as opiniões mais duvidosas, sempre que eu me tivesse decidido a tanto” (DESCARTES, 1973, p. 42). 3) “Minha terceira máxima era a de procurar sempre antes vencer a mim próprio do que à fortuna, e de antes modificar os meus desejos do que a ordem do mundo; e em geral, a de acostumar-me a crer que nada há que esteja inteiramente em nosso poder, exceto os nossos pensamentos, de sorte que, depois de termos feito o melhor possível no tocante às coisas que nos são exteriores, tudo em que deixamos de nos sair bem é, em relação a nós, absolutamente impossível” (DESCARTES, 1973, p. 43).
  • 13. 4) “(...) empregar toda a minha vida em cultivar minha razão e, adiantar-me, o que mais pudesse, no conhecimento da verdade, segundo o método que me prescrevera” (DESCARTES, 1973, p. 43).
  • 14. QUARTA PARTE • Descartes mantém uma posição distinta com relação à epistemologia daquela que adota no que se refere à moralidade (terceira parte); • Uso metódico da dúvida; • Rejeita a autoridade dos sentidos, dado que produzem ilusões; • Primeiro princípio da Filosofia cartesiana: “Eu penso, logo existo” (cogito ergo sum); • O homem é composto por alma e corpo (res cogitans e res
  • 15. • O pensamento garante a existência do sujeito pensante; • A existência de Deus é a garantia da verdade do conhecimento concebido pelo homem, é o necessário do pensamento; • A existência de Deus é tão evidente quando uma demonstração geométrica; • A ideia de Deus e da alma, por serem puro pensamento, não são verificáveis através dos sentidos; A imaginação não alcança a ideia de Deus, pelo mesmo motivo, e nisto incorre o erro, a confusão e as ideias obscuras
  • 16. QUINTA PARTE • Análise de Descartes acerca da natureza humana física; • Os animais foram feitos sem alma racional e sensitiva; • As funções que não dependem do pensamento, que é da alma e não do corpo, são encontradas tanto em nós quanto nos animais, mas as que dependem do pensamento somente a nós são possíveis, pela alma recebida de Deus; • Semelhante ao do homem é, por exemplo, o coração de um animal. Descartes sugere que o leitor corte o peito de um grande animal provido de pulmões, e examine, do coração, ao lado direito, a veia cava e a arteriosa, e ao lado esquerdo, a artéria venosa.
  • 17. • Observam-se as membranas, que regulam o fluxo do sangue pelos canais, e a temperatura do sangue no coração, que é maior do que a do restante do corpo. As membranas presentes nas artérias e veias fazem com que o sangue circule ordenadamente, ou seja, não faça um caminho indistinto do coração ao corpo e vice-versa; • O sangue vai do coração rumo às extremidades das artérias e destas, através de pequenos canais, liga-se às veias, por onde voltam ao coração. O sangue se aquece no coração, e a cada parte do corpo transmite esse calor, e o faz de forma reiterada, pela constância do suprimento de sangue
  • 18. • O coração permite a digestão da carne e é um filtro geral do sangue do corpo. No coração, ainda, são gerados espíritos animais, como ventos sutis, que sobem para o cérebro e dele seguem para os músculos, movimentando os membros. Os nervos e músculos do corpo humano são movidos pelos espíritos animais que habitam neles; • Na tela do cérebro, imprimem-se os sentidos das coisas externas, assim como paixões internas, como a fome e a sede. As memórias conservam essas impressões e a fantasia os modificam. Além dos espíritos animais, as impressões dos sentidos também levam nossos membros ao movimento.
  • 19. • A indústria dos homens produz autômatos, máquinas que se movem por si próprias. No entanto, nenhuma dessas máquinas movimenta-se tão admiravelmente quanto as criadas por Deus. Se houvesse aqui máquinas arranjadas interior e exteriormente como macacos, veríamos nela a mesma natureza deste animal. Agora, caso fossem feitas o mais próximo possível dos homens, a diferença para com estes ficaria clara pela impossibilidade delas de empregarem palavras ou outros sinais para transmitir pensamentos, e pela inconsciência de suas ações, que se realizam apenas em virtude das disposições dos seus órgãos;
  • 20. • Os órgãos humanos necessitam de uma disposição particular para cada ação que empreendem. Nada melhor do que a razão humana, para dar a eles essas disposições. Papagaios possuem aparelhos que os permitem imitar a fala dos homens, mas eles não podem demonstrar o que pensam. Homens surdos-mudos criam formas de expressar seus pensamentos. Daí se conclui que no homem há algo além dos órgãos que explica o pensamento e a sua expressão. Descartes entendia que os homens possuem razão, e os animais não;
  • 21. • As ações dos animais explicam-se por um efeito produzido pela disposição dos seus órgãos. Os mecanismos de um relógio produzem o seu funcionamento, e este, na habilidade de medir as horas, é melhor do que o homem. Da mesma forma os animais são mais habilidosos do que os homens, para certas coisas. Como os animais e os relógios, os homens também agem pelo movimento dos seus órgãos. Entretanto, diferentemente deles, são dotados de alma racional, que faz com que as habilidades dos seus possuidores sejam, em geral, bem superiores às dos outros seres;
  • 22. • A alma não pode ser um efeito da matéria, como são os movimentos que o homem tem em comum com os animais: ela tem que ter sido criada diretamente. E, diferentemente do que Platão afirmou, a alma não está no corpo, muito menos está presa nele. Ela vive independente do corpo, sobrevive à morte dele, mas, enquanto o corpo vive, ambos são estreitamente ligados um ao outro, chegando a experimentar os mesmos sentimentos e apetites Leitura do Discurso do Método (quinta parte): Thiago Ricardo de Mattos: https://filosofia.pro.br/2592-2/
  • 23. SEXTA PARTE • Contribuição de sua pesquisa no conhecimento da natureza e a necessidade de divulgação do Discurso do método; • Considerações sobre a escrita e a utilidade do tratado exposto; • Recomendação de leitura da obra e advertências sobre seu caráter experimental; • Progresso científico almejado pelo uso do método