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Curso Superior de Tecnologia em Fotografia  Trabalho sobre a  Historia   da  Fotografia Disciplina: Fotografia Documental Professor: Fernando Pires Alunos: Paula Vinhas, Samuel Leopoldo Broch, Ligiane Panosso, Felipe Aires, Fernanda L. Semestre: 2010/02
Câmara  escura ,[object Object],[object Object]
O estudioso islâmico Alhazen e cientista (Abu Ali al-Hasan Ibn al-Haitham) (c.965 - 1039) fez um relato completo do princípio incluindo experimentos com cinco lanternas de fora de uma sala com um pequeno buraco. Em 1490 Leonardo da Vinci deu duas descrições claras da câmara obscura em seus cadernos.  Em 1550 pelo físico milanês Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo uma imagem clara sem perder a nitidez.  Dessa forma, nos meados do século XVI a estrutura física rudimentar da máquina fotográfica atual já era conhecida. As primeiras “câmeras escuras” foram grandes salas como o ilustrado pelo cientista holandês Reinerus Gemma-Frisius em 1544  para observar um eclipse solar.
No século 16,  Giovanni Battista Della Porta, em seu livro de 1558 “ Magiae Naturalis” recomendado o uso deste dispositivo como um auxílio para o desenho para os artistas.
Johannes Kepler no início do século 17 a usou para aplicações astronômicas e tinha uma câmera tenda portátil para levantamento na Alta Áustria.  No ano de 1620, Kepler inventou uma câmara escura portátil que viria a ser utilizada para ajuda na execução de desenhos.
[object Object]
A impressão panarama dobrado acima mostra Plymouth Sound, na Inglaterra, no século 19. O pequeno prédio com uma bandeira voando da torre é identificado na chave como "Camera Obscura", embora no detalhe ampliado do lado esquerdo parece que existe uma janela aberta de frente para a água. Ou a cor azul foi aplicada a essa área no erro ou não foram portadas para fechar a luz quando a câmera obscura foi operacional.
[object Object]
[object Object],Thomas Wedgwood, em 1790, tentar realizar a primeira fotografia, através de um pedaço de papel impregnado de nitrato de prata.  Sobre o papel, Wedgwood colocou uma folha de árvore para em seguida submetê-lo por algum tempo à luz. A região obstruída pela folha ficara marcada por sua silhueta branca, contrastando com a área enegrecida pelo contato com a luz.  Embora tal experiência não tenha sido totalmente exitosa, uma vez que algum tempo depois, a área que não havia recebido a luz acabara ficando enegrecida também, Wedgewood foi o primeiro a obter um negativo fotográgico rudimentar.
Em 1793, junto com o seu irmão Claude, Joseph Nicéphore Niépce tenta obter  imagens gravadas quimicamente com a câmara escura. Nesta época,  a litografia era muito popular na França, e como Niépce não tinha habilidade  para o desenho, tentou obter através da câmera escura uma imagem  permanente sobre o material litográfico de imprensa. Recobriu um papel  com cloreto de prata e expôs durante várias horas na câmera escura,  obtendo uma fraca imagem parcialmente fixadas com ácido nítrico.  Como essas imagens eram em negativo e Niépce pelo contrário, queria  imagens positivas que pudessem ser utilizadas como placa de impressão,  determinou-se a realizar novas tentativas.  Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de estanho com betume  branco da Judéia que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido  pela luz. Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma solução de  essência de alfazema. Em 1826, expondo uma dessas placas durante  aproximadamente 8 horas na sua câmera escura fabricada pelo ótico parisiense  Chevalier, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa. Apesar desta imagem  não conter meios tons e não servir para a litografia, todas as autoridades na  matéria a consideram como "a primeira fotografia permanente do mundo".  Esse processo foi batizado por Niépce como Heliografia, gravura com a luz solar.
Em 1929 substitui as placas de metal revestidas de prata por estanho, e escurece as sombras com vapor de iodo.  Niépce e Daguerre durante algum tempo mantiveram correspondência  sobre seus trabalhos. Em 1829 firmaram uma sociedade com o propósito  de aperfeiçoar a heliografia, compartilhando seus conhecimentos secretos. A sociedade não deu certo. Daguerre,decidiu prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata halógena. Suas experiências consistiam em expor, na  câmera escura, placas de cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível à luz. Em 1839 Rapidamente, os grandes centros urbanos da época ficaram repletos  de daguerreótipos, a ponto de vários pintores figurativos, exclamarem com  desespero: "a pintura morreu"! Apesar do êxito da Daguerreotipia, que se popularizou por mais de 20 anos,  sua fragilidade, a dificuldade de ser vista a cena devido a reflexão do fundo polido  do cobre e a impossibilidade de se fazer várias cópias partindo-se do mesmo  original, motivou novas tentativas com a utilização da fotografia sobre o papel.
Dois anos após a morte de Niépce, Daguerre descobriu que uma imagem quase  invisível, latente, podia-se revelar com o vapor de mercúrio, reduzindo-se, assim,  de horas para minutos o tempo de exposição. Conta a história que uma noite  Daguerre guardou uma placa sub-exposta dentro de um armário, onde havia  um termômetro de mercúrio que havia se quebrado. Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou que a placa havia adquirido uma imagem de  densidade bastante satisfatória, tornara-se visível. Em todas as áreas atingidas  pela luz, o mercúrio criara um amálgama de grande brilho, formando as áreas  claras da imagem. Após a revelação, agora controlada, Daguerre submetia a placa com a imagem a um banho fixador, para dissolver os halogenetos de prata  não revelados, formando as áreas escuras da imagem.  Inicialmente foi usado o sal de cozinha, o cloreto de sódio, como elemento fixador,  sendo substituído posteriormente por tiossulfato de sódio (hypo) que garantia maior  durabilidade à imagem. Este processo foi batizado com o nome de Daguerreotipia.  
"VOCÊ APERTA O BOTÃO E NÓS FAZEMOS O RESTO!" As placas secas de gelatina, apesar deserem muito mais cômodas que o colódio, tinham o inconveniente de serem pesadas, frágeis e se perdia muito tempo para substituir a placa na câmera. Assim as novas tentativas visavam substituir o vidro por um suporte menos pesado, frágil e trabalhoso. Em 1861, Alexander Parkes inventando o celulóide solucionava de certa forma o problema pois John Carbutt, um fotógrafo inglês que havia imigrado para a América, convenceu em 1888 a um fabricante de celulóide a produzir folhas suficientemente finas para receber uma emulsão de gelatina. No ano seguinte a Eastman Co. começou a produzir uma película emulsionada em rolo, feita com nitrato de celulose muito mais fina e transparente Eastman, em 1888, já produzia uma câmera, a Kodak n.1, quando introduziu a base maleável de nitrato de celulose em rolo. Colocava-se o rolo na máquina, a cada foto ia se enrolando em outro carretel e findo o filme mandava-se para a fábrica em Rochester. Lá o filme era cortado em tiras, revelado e copiado por contato. O slogam da Eastman "Você aperta o botão e nós fazemos o resto" correu o mundo, dando oportunidade para a fotografia estar ao alcance de milhões de pessoas.
Por isso se atribui ao século XIX a invenção e aperfeiçoamento da fotografia como usamos hoje; ao século XX é atribuído a evolução das aplicações e controles da fotografia no aparecimento da fotografia em cores, cinema, televisão, holografia e todos os usos científicos hoje utilizados. Apesar do processo químico da fotografia estar com seus dias contados, devido o aparecimento da fotografia digital, será somente no próximo século XXI, que se tornará padrão para a captura de imagens.
Século XIX Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista  francês  radicado no  Brasil ,  Antoine Hercules Romuald Florence *. Florence, que chegou ao Brasil em  1824 ,  estabeleceu-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e experimentos. No ano de  1833  Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato. Ainda que totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus,  Niépce  e  Daguerre , obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de  Photografie  Pela descoberta de Florence, o Brasil é considerado um dos pioneiros na Fotografia. O início da fotografia no  Brasil  não se pode esquecer do Imperador  Dom Pedro II , que foi um fotógrafo apaixonado. D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos do Brasil. Novas tecnologias chegam ao Brasil, trazidas por imigrantes radicados no Brasil. Estúdios de retratistas se espalham pelas principais cidades brasileiras. Também foi feita a  primeira documentação fotográfica da Amazônia, com imagens panorâmicas de paisagens brasileiras. A Fotografia no Brasil
Século XX Na década de 1940 dá-se o ápice do Fotoclubismo, movimento que reunia pessoas interessadas  na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Principais fotógrafos expoentes do  fotoclubismo :  Thomas Farkas ,  José Oiticica Filho ,  Eduardo Salvatore ,  Chico Albuquerque ,  José Yalenti ,  Gregori Warchavchik  (também arquiteto),  Hermínia de Mello Nogueira Borges ,  Nogueira Borges ,  Geraldo de Barros  e  Gaspar Gasparian . Nos anos 1950 o Fotojornalismo é  impulsionado pelas revistas  O Cruzeiro  e pelo  Jornal do Brasil , que passam a dar destaque para  a fotografia em suas páginas. Surgem na década de 1970 diversas oficinas e escolas de fotografia no país. Na falta de lugares especializados para exposições são criadas várias galerias,  e surgem grupos como o Photogaleria, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com a intenção de  inserir a fotografia no mercado de arte brasileiro. Nos anos 1980 a fotografia brasileira torna-se  conhecida no exterior por meio da participação em exposições internacionais e da publicação  do trabalho de fotógrafos brasileiros em revistas estrangeiras. Entre os principais nomes  do período estão Sebastião Salgado,  Cristiano Mascaro ,  Miguel Rio Branco ,  Luiz Carlos Felizardo ,  Hugo Denizart ,  Cláudio Edinger ,  Mario Cravo Neto ,  Arnaldo Pappalardo ,  Kenji Ota  e  Marcos Santilli . Em 1981,  Sebastião Salgado  é o único fotógrafo a registrar a tentativa de assassinato do presidente  norte-americano Ronald Reagan, o que lhe dá grande destaque internacional. A partir de então,  Salgado, radicado na França, é reconhecido mundialmente como um dos mestres da fotografia  documental contemporânea. Nos anos 1980 e 90 publica grandes fotorreportagens de  denúncia social, em livros como Sahel: l’Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e  Terra (1997). Em 1997, a  Universidade Estácio de Sá  do Rio de Janeiro, através da sua  Universidade Politécnica lança o curso de Tecnólogo em Fotografia, o primeiro curso de nível  superior em fotografia no Brasil. E em 1999 o  Senac  de São Paulo inicia o primeiro curso de  bacharelado em fotografia do Brasil.
HERCULE FLORENCE Hercules Florence nasceu em Nice (sul da França), em 1804, filho de um médico do exército de  Napoleão. Chegou ao Rio de Janeiro em 1824, a bordo de uma fragata francesa. Consegue o  primeiro emprego em uma livraria e tipografia, loja de um amigo francês, quando soube do anúncio  do barão de Langsdorff, que procurava um desenhista para sua expedição. Foi contratado, também por seus conhecimentos em cartografia. Durante a expedição que percorreu o interior do Brasil de  1825 a 1829, Florence escreveu um diário minucioso com importantes registros etnográficos,  informações sobre a fauna, flora, hábitos e costumes do século XIX. A contribuição de FLORENCE  à Ciência, às Artes e à História estava apenas começando... Florence não se limitava a desenhar e escrever, fixou até mesmo a musicalidade do canto de  nossas aves em sua pequena monografia da Zoofonia, pois antes da Fotografia, Florence estudou  a Zoofonia (sons produzidos por animais; atualmente, estabelecida como Bioacústica). Em 1829, com o fim da expedição, estabeleceu-se na vila de São Carlos (atual Campinas) e  constituiu família. Dedica-se então à pesquisa de um novo sistema de reprodução, quando inventa  seu próprio meio de impressão, a POLYGRAFIE ou POLYGRAPHIA – sistema de impressão  simultânea de todas as cores primárias. Assim, descobre a POLIGRAFIA – impressão semelhante  a de um mimeógrafo.
FLORENCE  gosta da idéia de procurar novos meios de reprodução e descobre isoladamente um processo de gravação através da luz, que batizou de FOTOGRAFIA (PHOTOGRAFIE), em agosto de 1832 (três anos antes de DAGUERRE). Habilidoso, contudo solitário, no ano de 1833, inventou uma câmera fotográfica rudimentar – utilizou uma chapa de vidro em uma câmera escura, cuja imagem era passada por contato para um papel sensibilizado –, descobrindo isoladamente a fotografia no Brasil. Foi o primeiro a usar a técnica Matriz: negativo/positivo, empregado até hoje! Conforme seu diário, passou a usar urina, rica em amônia, como fixador... Foi na casa de um amigo que Florence soube da pesquisa realizada na França por Daguerre, sobre o mesmo processo fotográfico, abandonando as suas pesquisas... Trabalhou sem descanso no processo de fixação de imagens através da luz solar. Suas anotações e pesquisas são elementos relevantes para nos levar a crer que ele antecedeu Daguèrre na invenção da fotografia. A anotação em seu diário é bem clara : “ A fotografia é a maravilha do século. Eu também já havia estabelecido os fundamentos, previsto esta arte em sua plenitude. Realizei-a antes do processo de Daguèrre, mas trabalhei no exílio. Imprimi por meio do sol sete anos antes de se falar em fotografia. Já tinha lhe dado este nome; entretanto, a Daguèrre todas as honras.” Hoje, com acerto, Hercules Florence é reconhecido como o pai da fotografia. Florence morreu em Campinas, em 27/03/1879.
Foto colorida Embora o advento da fotografia tenha causado forte impacto em todo o universo cultural, artístico e intelectual de sua época, as primeiras fotos eram todas em preto e branco. Mediante um “trabalho adicional”, os primeiros daguerreóticos poderiam ser pintados à mão, abrindo novo mercado para pintores de “miniaturas”. Mas, pouco tempo depois a fotografia em cores passou a ser realidade .
A  fotografia colorida  foi explorada durante os anos de 1800. Em 1861, o matemático, físico e filósofo natural escocês James Clerk Maxwell, iniciou as mais importantes investigações relativas à percepção da cor. Demonstrou as bases importantes da fotografia em cores. Seu método consistia em fotografar um elemento colorido três vezes, mantendo a máquina imóvel, utilizando cada filtro de cor fundamental (vermelho, verde e azul). Através deste processo, conseguia-se três negativos monocromáticos - em preto e branco -distintos, porem cada um com diferentes gradações de cinza. Estes três negativos eram convertidos em slides, sendo projetados cada um dos seus respectivos filtros sobre uma tela branca, de modo que coincidisse exatamente um sobre o outro, reproduzindo-se assim as cores de elemento original. As cores neutras, como o branco, apareciam onde as três cores (vermelho, verde, azul), se misturavam e o preto aonde a luz não chegava. James Clerk Maxwell A primeira fotografia colorida, tirada por James Clerk Maxwell em 1861.
Este método, apesar dos resultados, teve que ser abandonado em pouco tempo, pois não permita fotos de objetos em movimento, além de fornecer alguns inconvenientes, pois a fotografia em cores positivas originava grande perda de luz, devido a cada filtro permitir a passagem de 1/3 dela. Em 1869 Louis Ducos du Hauron publicava seu   livro apresentando outro método: o Subtrativo, pelo meio do qual as cores poderiam ser recriadas. Uma de suas sugestões era, ao contrário de misturar as cores “aditivas”, vermelhas, verdes e azuis, poderíamos utilizar suas cores contrarias ou “subtrativas”, cian, magenta e amarelo. Este processo resume-se em fotografar o objeto três vezes sendo em que cada uma delas utiliza-se em fotografar o objeto três vezes sendo em que cada uma delas utiliza-se um filtro positivo diferente: Azul, Verde, Vermelho. Em cada negativo, como o processo empregado anteriormente, as cores eram representadas pôr diferentes tons e densidade de cinza.   Esses três negativos eram tingidos com a cor complementar do filme na hora de fotografar. Finalmente, por meio de um branqueador eliminava-se a prata de modo que ficasse só a cor. Em seguida, estes slides eram superpostos e projetados de uma só vez no mesmo aparelho sem a utilização de qualquer filtro adicional. Quando as cores subtrativas se misturavam sobre a tela, obtinha-se as cores originais do objeto fotográfico. Mas até então todos os métodos pesquisados eram artesanais e relativamente onerosos, não permitindo sua “eventual” industrialização. Com o último solucionou-se o problema dos três projetores, filtros de proteção e da prata, mas a questão do movimento ainda permanência em pauta. Pensou-se então em reunir as três fotos em uma só e o único meio viável seria um material sensível com três camadas diferentes - três emulsões sendo que cada um seria sensível a uma só e a única cor, evitando assim o problema dos filtros na hora de fotografar. A emulsão sensível ao azul não apresentou nenhum problema na sua construção, pois até então todos os materiais sensíveis impressionavam esta cor. Isso constituía porem, a maior dificuldades para que as outras camadas fossem sensíveis somente ao verde e vermelho, devido ao fato de serem compostas pôr partes de brometo de prata, eram também sensíveis ao azul.
O único meio encontrado foi de introduzir entre a primeira emulsão sensível ao azul e as duas outras sensíveis ao verde e ao vermelho respectivamente, um filtro amarelo. Este filtro tem pôr função básica absorver o azul, deixando passar somente as cores verdes e vermelhas. E assim aos poucos se chegou a construção do filme em cores usado nos dias de hoje, os quais são revestidas de três camadas de emulsão cada uma delas sensível a uma unida cor. Devemos contudo salientar que estas possuem latitude do que os filmes em branco e preto. Devido a essa baixa latitude, a exposição dos filmes em cores, deve ser a mais correta possível. Em 1873, o químico alemão Hermann Vogel descobriu o processo de sensibilização por corantes, por meio de placas de colódio estabelecendo as bases da fotografia ortocromática, pancromática (utilizadas nos filmes P&B atuais) e a fotografia tricolor. Em 1876 alguns fotógrafos alemães, utilizando “baixa tecnologia”, conseguiram suas primeiras imagens impressas em papel, conforme ilustração ao lado. Fotografia colorida datada de 1877.
Quando em 1906, os filmes “Pretos & Branco” Pancromáticos, sensível a todas as cores, começaram a ser industrializados, alguns fotógrafos começaram a aplicar a técnica de separação de cores, de Hauron. Em 1903 os irmãos franceses Auguste e Louis Lumiere desenvolveram novas chapas denominadas “Auto Chrome”, passando a ser comercializada em 1907  e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata . Foram eles também os primeiros a trabalharem com filme perfurado 35mm e câmeras cinematográficas, introduzindo no mercado o cinema em cores. O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963. Em meados de 1930, a Kodak passou a produzir filmes baseados no principio de Maxwell, lançando os primeiros “Kodakchrome”
Fotografia digital A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes (como correspondentes de órgãos de imprensa) sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento de pressão para transferir imagens aos jornais mais rapidamente. Fotógrafos em localidades remotas carregariam um minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital nasceu. Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão provavelmente substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora. A Kodak anunciou em Janeiro de 2004 que não iria mais produzir câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o fim desse mesmo ano. Entretanto, a fotografia "líquida" vai durar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais. Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz num código electrónico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado num cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível também transferir os dados diretamente para uma impressora, gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado. Fotografia colorida atual feita com câmera digital.

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  • 1. Curso Superior de Tecnologia em Fotografia Trabalho sobre a Historia da Fotografia Disciplina: Fotografia Documental Professor: Fernando Pires Alunos: Paula Vinhas, Samuel Leopoldo Broch, Ligiane Panosso, Felipe Aires, Fernanda L. Semestre: 2010/02
  • 2.
  • 3. O estudioso islâmico Alhazen e cientista (Abu Ali al-Hasan Ibn al-Haitham) (c.965 - 1039) fez um relato completo do princípio incluindo experimentos com cinco lanternas de fora de uma sala com um pequeno buraco. Em 1490 Leonardo da Vinci deu duas descrições claras da câmara obscura em seus cadernos. Em 1550 pelo físico milanês Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo uma imagem clara sem perder a nitidez. Dessa forma, nos meados do século XVI a estrutura física rudimentar da máquina fotográfica atual já era conhecida. As primeiras “câmeras escuras” foram grandes salas como o ilustrado pelo cientista holandês Reinerus Gemma-Frisius em 1544 para observar um eclipse solar.
  • 4. No século 16, Giovanni Battista Della Porta, em seu livro de 1558 “ Magiae Naturalis” recomendado o uso deste dispositivo como um auxílio para o desenho para os artistas.
  • 5. Johannes Kepler no início do século 17 a usou para aplicações astronômicas e tinha uma câmera tenda portátil para levantamento na Alta Áustria. No ano de 1620, Kepler inventou uma câmara escura portátil que viria a ser utilizada para ajuda na execução de desenhos.
  • 6.
  • 7. A impressão panarama dobrado acima mostra Plymouth Sound, na Inglaterra, no século 19. O pequeno prédio com uma bandeira voando da torre é identificado na chave como "Camera Obscura", embora no detalhe ampliado do lado esquerdo parece que existe uma janela aberta de frente para a água. Ou a cor azul foi aplicada a essa área no erro ou não foram portadas para fechar a luz quando a câmera obscura foi operacional.
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  • 9.
  • 10. Em 1793, junto com o seu irmão Claude, Joseph Nicéphore Niépce tenta obter imagens gravadas quimicamente com a câmara escura. Nesta época, a litografia era muito popular na França, e como Niépce não tinha habilidade para o desenho, tentou obter através da câmera escura uma imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Recobriu um papel com cloreto de prata e expôs durante várias horas na câmera escura, obtendo uma fraca imagem parcialmente fixadas com ácido nítrico. Como essas imagens eram em negativo e Niépce pelo contrário, queria imagens positivas que pudessem ser utilizadas como placa de impressão, determinou-se a realizar novas tentativas. Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de estanho com betume branco da Judéia que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, expondo uma dessas placas durante aproximadamente 8 horas na sua câmera escura fabricada pelo ótico parisiense Chevalier, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa. Apesar desta imagem não conter meios tons e não servir para a litografia, todas as autoridades na matéria a consideram como "a primeira fotografia permanente do mundo". Esse processo foi batizado por Niépce como Heliografia, gravura com a luz solar.
  • 11. Em 1929 substitui as placas de metal revestidas de prata por estanho, e escurece as sombras com vapor de iodo. Niépce e Daguerre durante algum tempo mantiveram correspondência sobre seus trabalhos. Em 1829 firmaram uma sociedade com o propósito de aperfeiçoar a heliografia, compartilhando seus conhecimentos secretos. A sociedade não deu certo. Daguerre,decidiu prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata halógena. Suas experiências consistiam em expor, na câmera escura, placas de cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível à luz. Em 1839 Rapidamente, os grandes centros urbanos da época ficaram repletos de daguerreótipos, a ponto de vários pintores figurativos, exclamarem com desespero: "a pintura morreu"! Apesar do êxito da Daguerreotipia, que se popularizou por mais de 20 anos, sua fragilidade, a dificuldade de ser vista a cena devido a reflexão do fundo polido do cobre e a impossibilidade de se fazer várias cópias partindo-se do mesmo original, motivou novas tentativas com a utilização da fotografia sobre o papel.
  • 12. Dois anos após a morte de Niépce, Daguerre descobriu que uma imagem quase invisível, latente, podia-se revelar com o vapor de mercúrio, reduzindo-se, assim, de horas para minutos o tempo de exposição. Conta a história que uma noite Daguerre guardou uma placa sub-exposta dentro de um armário, onde havia um termômetro de mercúrio que havia se quebrado. Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou que a placa havia adquirido uma imagem de densidade bastante satisfatória, tornara-se visível. Em todas as áreas atingidas pela luz, o mercúrio criara um amálgama de grande brilho, formando as áreas claras da imagem. Após a revelação, agora controlada, Daguerre submetia a placa com a imagem a um banho fixador, para dissolver os halogenetos de prata não revelados, formando as áreas escuras da imagem. Inicialmente foi usado o sal de cozinha, o cloreto de sódio, como elemento fixador, sendo substituído posteriormente por tiossulfato de sódio (hypo) que garantia maior durabilidade à imagem. Este processo foi batizado com o nome de Daguerreotipia.  
  • 13. "VOCÊ APERTA O BOTÃO E NÓS FAZEMOS O RESTO!" As placas secas de gelatina, apesar deserem muito mais cômodas que o colódio, tinham o inconveniente de serem pesadas, frágeis e se perdia muito tempo para substituir a placa na câmera. Assim as novas tentativas visavam substituir o vidro por um suporte menos pesado, frágil e trabalhoso. Em 1861, Alexander Parkes inventando o celulóide solucionava de certa forma o problema pois John Carbutt, um fotógrafo inglês que havia imigrado para a América, convenceu em 1888 a um fabricante de celulóide a produzir folhas suficientemente finas para receber uma emulsão de gelatina. No ano seguinte a Eastman Co. começou a produzir uma película emulsionada em rolo, feita com nitrato de celulose muito mais fina e transparente Eastman, em 1888, já produzia uma câmera, a Kodak n.1, quando introduziu a base maleável de nitrato de celulose em rolo. Colocava-se o rolo na máquina, a cada foto ia se enrolando em outro carretel e findo o filme mandava-se para a fábrica em Rochester. Lá o filme era cortado em tiras, revelado e copiado por contato. O slogam da Eastman "Você aperta o botão e nós fazemos o resto" correu o mundo, dando oportunidade para a fotografia estar ao alcance de milhões de pessoas.
  • 14. Por isso se atribui ao século XIX a invenção e aperfeiçoamento da fotografia como usamos hoje; ao século XX é atribuído a evolução das aplicações e controles da fotografia no aparecimento da fotografia em cores, cinema, televisão, holografia e todos os usos científicos hoje utilizados. Apesar do processo químico da fotografia estar com seus dias contados, devido o aparecimento da fotografia digital, será somente no próximo século XXI, que se tornará padrão para a captura de imagens.
  • 15. Século XIX Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francês radicado no Brasil , Antoine Hercules Romuald Florence *. Florence, que chegou ao Brasil em 1824 , estabeleceu-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e experimentos. No ano de 1833 Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato. Ainda que totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus, Niépce e Daguerre , obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de Photografie Pela descoberta de Florence, o Brasil é considerado um dos pioneiros na Fotografia. O início da fotografia no Brasil não se pode esquecer do Imperador Dom Pedro II , que foi um fotógrafo apaixonado. D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos do Brasil. Novas tecnologias chegam ao Brasil, trazidas por imigrantes radicados no Brasil. Estúdios de retratistas se espalham pelas principais cidades brasileiras. Também foi feita a primeira documentação fotográfica da Amazônia, com imagens panorâmicas de paisagens brasileiras. A Fotografia no Brasil
  • 16. Século XX Na década de 1940 dá-se o ápice do Fotoclubismo, movimento que reunia pessoas interessadas na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Principais fotógrafos expoentes do fotoclubismo : Thomas Farkas , José Oiticica Filho , Eduardo Salvatore , Chico Albuquerque , José Yalenti , Gregori Warchavchik (também arquiteto), Hermínia de Mello Nogueira Borges , Nogueira Borges , Geraldo de Barros e Gaspar Gasparian . Nos anos 1950 o Fotojornalismo é impulsionado pelas revistas O Cruzeiro e pelo Jornal do Brasil , que passam a dar destaque para a fotografia em suas páginas. Surgem na década de 1970 diversas oficinas e escolas de fotografia no país. Na falta de lugares especializados para exposições são criadas várias galerias, e surgem grupos como o Photogaleria, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com a intenção de inserir a fotografia no mercado de arte brasileiro. Nos anos 1980 a fotografia brasileira torna-se conhecida no exterior por meio da participação em exposições internacionais e da publicação do trabalho de fotógrafos brasileiros em revistas estrangeiras. Entre os principais nomes do período estão Sebastião Salgado, Cristiano Mascaro , Miguel Rio Branco , Luiz Carlos Felizardo , Hugo Denizart , Cláudio Edinger , Mario Cravo Neto , Arnaldo Pappalardo , Kenji Ota e Marcos Santilli . Em 1981, Sebastião Salgado é o único fotógrafo a registrar a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan, o que lhe dá grande destaque internacional. A partir de então, Salgado, radicado na França, é reconhecido mundialmente como um dos mestres da fotografia documental contemporânea. Nos anos 1980 e 90 publica grandes fotorreportagens de denúncia social, em livros como Sahel: l’Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997). Em 1997, a Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, através da sua Universidade Politécnica lança o curso de Tecnólogo em Fotografia, o primeiro curso de nível superior em fotografia no Brasil. E em 1999 o Senac de São Paulo inicia o primeiro curso de bacharelado em fotografia do Brasil.
  • 17. HERCULE FLORENCE Hercules Florence nasceu em Nice (sul da França), em 1804, filho de um médico do exército de Napoleão. Chegou ao Rio de Janeiro em 1824, a bordo de uma fragata francesa. Consegue o primeiro emprego em uma livraria e tipografia, loja de um amigo francês, quando soube do anúncio do barão de Langsdorff, que procurava um desenhista para sua expedição. Foi contratado, também por seus conhecimentos em cartografia. Durante a expedição que percorreu o interior do Brasil de 1825 a 1829, Florence escreveu um diário minucioso com importantes registros etnográficos, informações sobre a fauna, flora, hábitos e costumes do século XIX. A contribuição de FLORENCE à Ciência, às Artes e à História estava apenas começando... Florence não se limitava a desenhar e escrever, fixou até mesmo a musicalidade do canto de nossas aves em sua pequena monografia da Zoofonia, pois antes da Fotografia, Florence estudou a Zoofonia (sons produzidos por animais; atualmente, estabelecida como Bioacústica). Em 1829, com o fim da expedição, estabeleceu-se na vila de São Carlos (atual Campinas) e constituiu família. Dedica-se então à pesquisa de um novo sistema de reprodução, quando inventa seu próprio meio de impressão, a POLYGRAFIE ou POLYGRAPHIA – sistema de impressão simultânea de todas as cores primárias. Assim, descobre a POLIGRAFIA – impressão semelhante a de um mimeógrafo.
  • 18. FLORENCE gosta da idéia de procurar novos meios de reprodução e descobre isoladamente um processo de gravação através da luz, que batizou de FOTOGRAFIA (PHOTOGRAFIE), em agosto de 1832 (três anos antes de DAGUERRE). Habilidoso, contudo solitário, no ano de 1833, inventou uma câmera fotográfica rudimentar – utilizou uma chapa de vidro em uma câmera escura, cuja imagem era passada por contato para um papel sensibilizado –, descobrindo isoladamente a fotografia no Brasil. Foi o primeiro a usar a técnica Matriz: negativo/positivo, empregado até hoje! Conforme seu diário, passou a usar urina, rica em amônia, como fixador... Foi na casa de um amigo que Florence soube da pesquisa realizada na França por Daguerre, sobre o mesmo processo fotográfico, abandonando as suas pesquisas... Trabalhou sem descanso no processo de fixação de imagens através da luz solar. Suas anotações e pesquisas são elementos relevantes para nos levar a crer que ele antecedeu Daguèrre na invenção da fotografia. A anotação em seu diário é bem clara : “ A fotografia é a maravilha do século. Eu também já havia estabelecido os fundamentos, previsto esta arte em sua plenitude. Realizei-a antes do processo de Daguèrre, mas trabalhei no exílio. Imprimi por meio do sol sete anos antes de se falar em fotografia. Já tinha lhe dado este nome; entretanto, a Daguèrre todas as honras.” Hoje, com acerto, Hercules Florence é reconhecido como o pai da fotografia. Florence morreu em Campinas, em 27/03/1879.
  • 19. Foto colorida Embora o advento da fotografia tenha causado forte impacto em todo o universo cultural, artístico e intelectual de sua época, as primeiras fotos eram todas em preto e branco. Mediante um “trabalho adicional”, os primeiros daguerreóticos poderiam ser pintados à mão, abrindo novo mercado para pintores de “miniaturas”. Mas, pouco tempo depois a fotografia em cores passou a ser realidade .
  • 20. A fotografia colorida foi explorada durante os anos de 1800. Em 1861, o matemático, físico e filósofo natural escocês James Clerk Maxwell, iniciou as mais importantes investigações relativas à percepção da cor. Demonstrou as bases importantes da fotografia em cores. Seu método consistia em fotografar um elemento colorido três vezes, mantendo a máquina imóvel, utilizando cada filtro de cor fundamental (vermelho, verde e azul). Através deste processo, conseguia-se três negativos monocromáticos - em preto e branco -distintos, porem cada um com diferentes gradações de cinza. Estes três negativos eram convertidos em slides, sendo projetados cada um dos seus respectivos filtros sobre uma tela branca, de modo que coincidisse exatamente um sobre o outro, reproduzindo-se assim as cores de elemento original. As cores neutras, como o branco, apareciam onde as três cores (vermelho, verde, azul), se misturavam e o preto aonde a luz não chegava. James Clerk Maxwell A primeira fotografia colorida, tirada por James Clerk Maxwell em 1861.
  • 21. Este método, apesar dos resultados, teve que ser abandonado em pouco tempo, pois não permita fotos de objetos em movimento, além de fornecer alguns inconvenientes, pois a fotografia em cores positivas originava grande perda de luz, devido a cada filtro permitir a passagem de 1/3 dela. Em 1869 Louis Ducos du Hauron publicava seu livro apresentando outro método: o Subtrativo, pelo meio do qual as cores poderiam ser recriadas. Uma de suas sugestões era, ao contrário de misturar as cores “aditivas”, vermelhas, verdes e azuis, poderíamos utilizar suas cores contrarias ou “subtrativas”, cian, magenta e amarelo. Este processo resume-se em fotografar o objeto três vezes sendo em que cada uma delas utiliza-se em fotografar o objeto três vezes sendo em que cada uma delas utiliza-se um filtro positivo diferente: Azul, Verde, Vermelho. Em cada negativo, como o processo empregado anteriormente, as cores eram representadas pôr diferentes tons e densidade de cinza. Esses três negativos eram tingidos com a cor complementar do filme na hora de fotografar. Finalmente, por meio de um branqueador eliminava-se a prata de modo que ficasse só a cor. Em seguida, estes slides eram superpostos e projetados de uma só vez no mesmo aparelho sem a utilização de qualquer filtro adicional. Quando as cores subtrativas se misturavam sobre a tela, obtinha-se as cores originais do objeto fotográfico. Mas até então todos os métodos pesquisados eram artesanais e relativamente onerosos, não permitindo sua “eventual” industrialização. Com o último solucionou-se o problema dos três projetores, filtros de proteção e da prata, mas a questão do movimento ainda permanência em pauta. Pensou-se então em reunir as três fotos em uma só e o único meio viável seria um material sensível com três camadas diferentes - três emulsões sendo que cada um seria sensível a uma só e a única cor, evitando assim o problema dos filtros na hora de fotografar. A emulsão sensível ao azul não apresentou nenhum problema na sua construção, pois até então todos os materiais sensíveis impressionavam esta cor. Isso constituía porem, a maior dificuldades para que as outras camadas fossem sensíveis somente ao verde e vermelho, devido ao fato de serem compostas pôr partes de brometo de prata, eram também sensíveis ao azul.
  • 22. O único meio encontrado foi de introduzir entre a primeira emulsão sensível ao azul e as duas outras sensíveis ao verde e ao vermelho respectivamente, um filtro amarelo. Este filtro tem pôr função básica absorver o azul, deixando passar somente as cores verdes e vermelhas. E assim aos poucos se chegou a construção do filme em cores usado nos dias de hoje, os quais são revestidas de três camadas de emulsão cada uma delas sensível a uma unida cor. Devemos contudo salientar que estas possuem latitude do que os filmes em branco e preto. Devido a essa baixa latitude, a exposição dos filmes em cores, deve ser a mais correta possível. Em 1873, o químico alemão Hermann Vogel descobriu o processo de sensibilização por corantes, por meio de placas de colódio estabelecendo as bases da fotografia ortocromática, pancromática (utilizadas nos filmes P&B atuais) e a fotografia tricolor. Em 1876 alguns fotógrafos alemães, utilizando “baixa tecnologia”, conseguiram suas primeiras imagens impressas em papel, conforme ilustração ao lado. Fotografia colorida datada de 1877.
  • 23. Quando em 1906, os filmes “Pretos & Branco” Pancromáticos, sensível a todas as cores, começaram a ser industrializados, alguns fotógrafos começaram a aplicar a técnica de separação de cores, de Hauron. Em 1903 os irmãos franceses Auguste e Louis Lumiere desenvolveram novas chapas denominadas “Auto Chrome”, passando a ser comercializada em 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata . Foram eles também os primeiros a trabalharem com filme perfurado 35mm e câmeras cinematográficas, introduzindo no mercado o cinema em cores. O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963. Em meados de 1930, a Kodak passou a produzir filmes baseados no principio de Maxwell, lançando os primeiros “Kodakchrome”
  • 24. Fotografia digital A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes (como correspondentes de órgãos de imprensa) sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento de pressão para transferir imagens aos jornais mais rapidamente. Fotógrafos em localidades remotas carregariam um minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital nasceu. Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão provavelmente substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora. A Kodak anunciou em Janeiro de 2004 que não iria mais produzir câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o fim desse mesmo ano. Entretanto, a fotografia "líquida" vai durar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais. Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz num código electrónico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado num cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível também transferir os dados diretamente para uma impressora, gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado. Fotografia colorida atual feita com câmera digital.