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Fotografia
Design, Comunicação e Audiovisuais
Curso Técnico de Multimédia
UFCD 9954 – Fotografia e Imagem Digital
novembro 2023
História da Fotografia
• A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de
1826
• Atribuída ao físico francês Joseph Nicéphore Niépce
• Não é obra de um só autor, mas um processo conjunto de
avanços por parte de muitas pessoas
• Utilizado betume da Judeia sobre uma placa de metal
PHANTOM
• A fotografia mais cara do mundo: vendida por 5,8
milhões de euros
• Tirada por Peter Lik, fotógrafo australiano, no Antelope
Canyon, Arizona, EUA
PHANTOM
Antelope Canyon, Arizona, EUA
Daguerre
• O daguerreótipo é um equipamento responsável pela
produção de uma imagem fotográfica sem negativo.
• Desenvolvido em 1837 por Louis Jacques Mandé Daguerre
• Apresentado publicamente em 1839
A pré-história da fotografia
7
 A invenção da fotografia foi o resultado da combinação
de duas técnicas científicas desenvolvidas ao longo dos
séculos.
 Ótica
 A câmara escura
 Química
 A fotossensibilidade
A câmara escura
O princípio da fotografia
A fotografia não tem apenas um inventor.
 É uma síntese de várias observações e inventos em
momentos distintos.
 A primeira descoberta importante para a fotografia
foi a "câmara escura".
 O conhecimento dos seus princípios óticos devem-se
a Aristóteles, anos antes de Cristo, na sua utilização
para observação de eclipses.
8
A câmara escura
O princípio da fotografia
 Sentado sob uma árvore, Aristóteles observou, durante
um eclipse parcial, a imagem do sol a projetar-se no solo
em forma de meia lua enquanto os seus raios passavam
por um pequeno orifício entre as folhas.
 Observou também que quanto menor fosse o orifício,
mais nítida era a imagem.
9
A câmara escura
O princípio da fotografia
 No século XIV já se aconselhava o uso da câmara escura como
auxílio ao desenho e à pintura.
 Leonardo da Vinci fez uma descrição da câmara escura no seu livro
de notas.
 Giovanni Della Porta, cientista napolitano, publicou em 1558 uma
descrição detalhada da câmara e de seus usos. Esta câmara era um
quarto estanque à luz, com um orifício de um lado e a parede à sua
frente pintada de branco. Quando um objeto era posto diante do
orifício, do lado de fora do compartimento, a sua imagem era
projetada invertida sobre a parede branca.
1
0
A câmara escura
O princípio da fotografia
 Alguns, na tentativa de melhorar a qualidade da imagem
projetada, diminuíam o tamanho do orifício, mas a
imagem escurecia proporcionalmente, tornando-se quase
impossível ao artista identificá-la.
 Este problema foi resolvido em 1550 pelo físico milanês
Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de uma lente
biconvexa junto ao orifício, permitindo desse modo
aumentá-lo, para se obter uma imagem clara sem perder
a nitidez.
1
1
A câmara escura
O princípio da fotografia
 Danielo Brabaro, em 1568, no seu livro "A prática da
perspetiva" mencionava que variando o diâmetro do
orifício, era possível melhorar a nitidez da imagem.
 E assim, outro melhoramento na câmara escura
apareceu: foi instalado um sistema, juntamente com
a lente, que permitia aumentar e diminuir o orifício.
Este foi o primeiro "diafragma".
Quanto mais fechado o orifício, maior era a
possibilidade de focalizar dois objetos a distâncias
diferentes da lente.
1
2
A câmara escura
O princípio da fotografia
1
3
 Nesta altura, já tínhamos condições de formar uma
imagem satisfatoriamente controlável na câmara
escura, mas gravar essa imagem diretamente sobre
o papel sem intervenção do artista era uma nova
meta, só alcançada mais tarde com o
desenvolvimento da química.
A química, em auxílio à fotografia
 Em 1727, o professor de anatomia Johann Schulze, notou que
um vidro que continha ácido nítrico, prata e gesso escurecia
quando exposto à luz proveniente de uma janela. Por
eliminação, ele demonstrou que os cristais de prata
halogénea, ao receberem luz, e não o calor como se supunha,
se transformavam em prata metálica negra.
 Como as suas observações foram acidentais e não tinham
utilidade prática na época, ele cedeu as suas descobertas à
Academia Imperial de Nuremberg.
1
4
A química, em auxílio à fotografia
 Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de metal com
betume branco da Judéia, que tinha a propriedade de se
endurecer quando atingido pela luz.
Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma
solução de essência de alfazema.
 Em 1826, expondo uma dessas placas durante
aproximadamente 8 horas na sua câmara escura, conseguiu
uma imagem do quintal de sua casa.
1
5
A química, em auxílio à fotografia
 Apesar dessa imagem não ter meios tons e não servir para
litografia, todas as autoridades na matéria a consideram a
primeira fotografia permanente do mundo. Esse processo foi
batizado por Niépce de “Heliografia", (desenho com o Sol)
gravura com a luz solar.
Considerada a
primeira
fotografia
1
6
Hercules Florence
A descoberta isolada da fotografia no Brasil
 Em 1830, Hercules Florence, diante a necessidade de uma
oficina gráfica, inventou o seu próprio meio de impressão, a
Polygraphie, como ele a chamou.
 Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a
possibilidade de se reproduzir usando a luz do sol e descobriu
um processo fotográfico que chamou de Photographie, em
1832, como descreveu nos seus diários, anos antes de
Daguerre.
1
7
Primeiro daguerreótipo
 Nos primórdios da técnica da daguerreotipia eram
necessários cerca de dez minutos de exposição sob forte luz
solar para obter uma imagem satisfatória.
 Por isso, era difícil tirar retratos, e como as pessoas se
moviam as ruas pareciam desertas nas fotografias.
 As primeiras figuras humanas registadas em fotografia foram
as de um engraxador e seu cliente, que permaneceram na
mesma posição até que a sua imagem ficasse visível.
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Fox - Talbot
Um nobre aperfeiçoando a fotografia
 No ano de 1835, Talbot construiu uma pequena câmara de madeira,
com somente 6,30 cm2, que a sua esposa chamava de "ratoeira".
 A câmara foi carregada com papel de cloreto de prata e, de acordo
com a objetiva utilizada, era necessário uma exposição de meia em
meia hora.
1
9
Fox - Talbot
Um nobre aperfeiçoando a fotografia
 A imagem negativa era fixa em sal de cozinha e submetida a um
contacto com outro papel sensível, o processo Calótipo. Desse
modo, a cópia apresentava-se positiva, sem a inversão lateral. A
mais conhecida mostra-nos a janela da biblioteca da abadia de
Locock Abbey, considerada a primeira fotografia obtida pelo
processo negativo/positivo.
2
0
Fox - Talbot
2
1
• Um nobre aperfeiçoando a fotografia
 As imagens de Talbot eram bastante pobres, devido ao seu
reduzido tamanho de 2,5 cm2, quando comparadas com a
Heliografia de Nièpce, de 20,3 x 60,5 cm, obtida nove anos antes.
 Em 1839, quando chegaram à Inglaterra os rumores do invento de
Daguerre, Talbot tinha aprimorado as suas pesquisas, chegou ao
papel fotográfico e precipitadamente publicou o seu trabalho e
apresentou-o à Royal Institution e à Royal Society. Sir Herchel logo
concluiu que o tiossulfato de sódio seria um fixador eficaz e
sugeriu os termos:
• FOTOGRAFIA, NEGATIVO E POSITIVO.
Fox - Talbot
Um nobre aperfeiçoando a fotografia
2
2
 "The Pencil of Nature", o primeiro livro do mundo ilustrado
com fotografias, foi publicado por Talbot em 1844.
 O livro foi editado em seis grandes volumes com um total de
24 talbotipos originais e continha a explicação detalhada dos
seus trabalhos, estabelecendo certos padrões de qualidade
para a imagem.
 Como o negativo da talbotipia não era constituído por um
papel de boa qualidade como base de sensibilização, na
passagem para o positivo perdiam-se muitos detalhes devido
à fibrosidade do papel.
Archer e as suas placas húmidas
2
3
 Muitos fotógrafos pensavam em melhorar a qualidade da cópia,
utilizando como base o vidro.
 A dificuldade em usar o vidro como base do negativo era a de se
encontrar algo que contivesse, numa massa uniforme, os sais de
prata sensíveis à luz, para que não se dissolvessem durante a
revelação.
Archer e as suas placas húmidas
2
4
 Abel Niépce de Saint-Victor, primo de Nicéphore Niépce, descobriu
em 1847 que a clara do ovo, ou a albumina, era uma solução
adequada no caso de iodeto de prata. Uma placa de vidro era
coberta com clara de ovo, sensibilizada com iodeto de potássio,
submetida a uma solução ácida de nitrato de prata, revelada com
ácido gálico e finalmente fixa no tiossulfato de sódio.
Maddox
Emulsão de gelatina e brometo de prata
 Fabricantes britânicos como a Wratten & Wainwrigth e The
Liverpool Dry Plate Co., em 1880, monopolizaram a fabricação
de placas secas.
 Fábricas em todos os países passaram a imitá-los, até que em
1883 quase nenhum fotógrafo usava o material colódio.
2
5
A história de George
Eastman e da Kodak
 George Eastman nasceu em 12 de Julho de 1854, na vila de
Waterville, estado de Nova York, Estados Unidos.
 Quando George tinha 6 anos, o seu pai vendeu o negócio que tinha
mudou-se para Rochester para poder dedicar todo o seu tempo ao
Colégio Comercial Eastman, nessa cidade. Com a morte do pai, dois
anos mais tarde, começaram os tempos difíceis para a Sra. Eastman,
George e suas duas irmãs mais velhas.
 George conseguiu ficar na escola até aos 14 anos e, mesmo sendo
aplicado, nunca se destacou nos estudos. Nessa idade a pobreza
obrigou George a deixar os estudos.
2
6
A história de George Eastman e da
Kodak
2
7
 Com determinação prometeu a si próprio aliviar a difícil situação
financeira e ajudar no lar.
 Obteve um emprego de mensageiro numa companhia de seguros,
com um salário de 3 dólares semanais. Destacou-se por ser
cuidadoso e minucioso no trabalho. Um ano depois, já noutra
companhia de seguros e pela sua dedicação, obteve um aumento
para 5 dólares semanais. Para conseguir um emprego melhor,
estudou contabilidade à noite.
 Em 1874, depois de ter trabalhado em companhias de seguros por 5
anos, e com apenas 20 anos de idade, ingressou no Banco de
Poupança de Rochester.
A história de George Eastman e da
Kodak
 George Eastman sempre foi austero e poupava
mesmo quando ganhava os escassos 3 dólares
semanais. Com um novo salário de 800 dólares
anuais pôde poupar nos sete anos seguintes 3000
dólares que usou para iniciar seu negócio fotográfico.
2
8
Ensaios de um aficionado
2
9
 Aos 24 anos decidiu gozar umas merecidas férias. Tinha
trabalhado sem descanso na contabilidade do banco, ficando
muitas vezes até altas horas da madrugada.
 A leitura sobre a ilha de São Domingos tinha despertado o seu
interesse em visitá-la. Um engenheiro que trabalhava no sótão do
banco sugeriu-lhe que documentasse a viagem fotograficamente.
Este conselho iniciou George Eastman na fotografia.
Ensaios de um aficionado
3
0
 Comprou um equipamento com todos os apetrechos
necessários naqueles dias. A câmara era muito maior que as
de hoje e necessitava de um tripé; a tenda que servia de
câmara escura tinha que ser grande o suficiente para aplicar
a emulsão nas placas de vidro antes da exposição e para
revelá-las em seguida.
Ensaios de um aficionado
3
1
 Um grupo de turistas colocou-se na ponte para posar e
observaram como Eastman focou a câmara, entrou na tenda
para sensibilizar a placa e saiu pronto para tirar a fotografia.
Apesar do calor, o fascinado grupo permaneceu ali durante a
longa e complicada operação, e esperou que ele saísse da
tenda após revelar a placa.
Estava a olhar a fotografia quando alguém lhe perguntou se a
vendia. "Não é para vender", respondeu. "Sou um aficionado".
Ensaios de um aficionado
3
2
 Se bem que no início queria simplificar a fotografia para
satisfação pessoal, logo considerou as possibilidades de
fabricar placas secas para vender.
 Como fonte de referência para as suas experiências leu
todas as publicações disponíveis sobre a matéria e
consultou a Enciclopédia Britânica de uma biblioteca.
 Trabalhava no banco de dia e experimentava na cozinha da
sua mãe durante as noites, misturando e cozinhando
soluções de segunda a sexta. Deitava-se no sábado à noite e
dormia até a manhã de segunda, só acordando para comer.
Nasce uma empresa
 Em Abril de 1880, George Eastman alugou o
terceiro andar de um edifício de Rochester e
começou a fabricar placas secas para venda.
 As dificuldades que surgiam eram
enfrentadas e resolvidas.
 A nova companhia sofreu um duro golpe
quando se perdeu um lote de placas secas
nas mãos dos distribuidores.
3
3
Em busca da simplicidade
 Em 1885 anunciava que estava a introduzir uma nova película
sensível que seria um substituto económico e conveniente
para as placas de vidro.
 Apesar do sistema de porta-rolos ser adequado e ter um êxito
inicial, o papel não era inteiramente satisfatório como suporte
da emulsão porque a granulação do papel reproduzia-se na
cópia.
Eastman substituiu o papel pela película de colódio mas não
conseguiu fabricar uma que fosse suficientemente forte para
sustentar a emulsão. Então decidiu cobrir o papel com uma
camada de gelatina comum solúvel e em seguida com outra
insolúvel, sensível à luz.
3
4
Fotografia para todos
 Para chegar ao público, Eastman decidiu
fabricar um novo tipo de câmara. Esta,
introduzida em 1888, foi a primeira câmara
Kodak. Era tipo uma caixão, leve e pequena,
carregada com um rolo de papel para 100
exposições.
 O preço da câmara carregada, estojo e correia
era de 25 dólares.
3
5
29
Fotografia para todos
 Uma vez feita a exposição, enviava-se a
câmara a Rochester, onde o rolo exposto era
retirado, processado, feitas as cópias e
colocado um novo rolo, tudo por 10 dólares.
 A câmara Kodak tinha criado um mercado
completamente novo e transformado em
fotógrafos aqueles que só queriam tirar fotos
e não tinham nenhum conhecimento na
matéria. Qualquer um podia “pressionar o
botão" e a companhia do Sr. Eastman fazia o
resto.
Fotografia para todos
 Em 1891 melhorou-se ainda mais a película transparente para
amadores ao colocá-la em carretéis que podiam ser colocados na
câmara em plena luz do dia. A câmara não precisava mais de ser
enviada para Rochester para ser recarregada, os rolos de filme
podiam ser comprados praticamente em qualquer lugar.
 As câmaras para a nova película simplificaram-se ainda mais. A
câmara Kodak dobrável, de bolso, foi lançada no mercado em 1898;
um fole permitia que se recolhesse a lente. Em 1900 apareceu a
primeira câmara Brownie, para crianças, ao preço de um dólar.
3
7
O legado fotográfico de Eastman
3
8
 Este aficionado de Rochester, fez da fotografia um auxiliar
eficaz na medicina, na educação, na ciência, na indústria, na
arte e no entretenimento.
 Eastman foi, ainda, um pioneiro no campo das relações
laborais. Acreditava que para ter muito êxito, os empregados
deviam ter algo mais que bons salários. As suas ideias eram
muito avançadas para a sua época, mas ele sabia que a
aplicação desta filosofia resultaria em mais lealdade e melhor
produção.
Doa a sua fortuna
3
9
 Para ele, a sua grande fortuna oferecia-lhe a oportunidade de ser
útil. George Eastman era um homem modesto, avesso à
publicidade.
 Foi inventor, técnico, organizador e executivo com uma visão
patriótica e filantrópica. Foi o primeiro fabricante dos Estados
Unidos que formulou e colocou em prática a moderna política de
produção em grande escala e baixo preço, para distribuição mundial.
 Viveu a sua filosofia:
"O que fazemos nas nossas horas de trabalho determina o que
temos, o que fazemos nas nossas horas de ócio determina o que
somos".
Doa a sua fortuna
4
0
 Por ocasião da sua morte, em 1932, o editorial do jornal New
York Times dizia:
"Eastman foi um fator relevante na educação do mundo. Daquilo
que capitalizou através das suas grandes contribuições à raça
humana, deu generosamente para o seu bem estar, patrocinou a
música e o saber, apoiou o ensino e a investigação científica,
procurou diminuir o sofrimento humano favorecendo instituições
sanitárias, ajudou os mais necessitados na sua luta quotidiana, fez
da sua cidade um centro artístico e glorificou a sua pátria ante os
olhos do mundo".

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  • 1. Fotografia Design, Comunicação e Audiovisuais Curso Técnico de Multimédia UFCD 9954 – Fotografia e Imagem Digital novembro 2023
  • 2. História da Fotografia • A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 • Atribuída ao físico francês Joseph Nicéphore Niépce • Não é obra de um só autor, mas um processo conjunto de avanços por parte de muitas pessoas • Utilizado betume da Judeia sobre uma placa de metal
  • 3. PHANTOM • A fotografia mais cara do mundo: vendida por 5,8 milhões de euros • Tirada por Peter Lik, fotógrafo australiano, no Antelope Canyon, Arizona, EUA
  • 6. Daguerre • O daguerreótipo é um equipamento responsável pela produção de uma imagem fotográfica sem negativo. • Desenvolvido em 1837 por Louis Jacques Mandé Daguerre • Apresentado publicamente em 1839
  • 7. A pré-história da fotografia 7  A invenção da fotografia foi o resultado da combinação de duas técnicas científicas desenvolvidas ao longo dos séculos.  Ótica  A câmara escura  Química  A fotossensibilidade
  • 8. A câmara escura O princípio da fotografia A fotografia não tem apenas um inventor.  É uma síntese de várias observações e inventos em momentos distintos.  A primeira descoberta importante para a fotografia foi a "câmara escura".  O conhecimento dos seus princípios óticos devem-se a Aristóteles, anos antes de Cristo, na sua utilização para observação de eclipses. 8
  • 9. A câmara escura O princípio da fotografia  Sentado sob uma árvore, Aristóteles observou, durante um eclipse parcial, a imagem do sol a projetar-se no solo em forma de meia lua enquanto os seus raios passavam por um pequeno orifício entre as folhas.  Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais nítida era a imagem. 9
  • 10. A câmara escura O princípio da fotografia  No século XIV já se aconselhava o uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à pintura.  Leonardo da Vinci fez uma descrição da câmara escura no seu livro de notas.  Giovanni Della Porta, cientista napolitano, publicou em 1558 uma descrição detalhada da câmara e de seus usos. Esta câmara era um quarto estanque à luz, com um orifício de um lado e a parede à sua frente pintada de branco. Quando um objeto era posto diante do orifício, do lado de fora do compartimento, a sua imagem era projetada invertida sobre a parede branca. 1 0
  • 11. A câmara escura O princípio da fotografia  Alguns, na tentativa de melhorar a qualidade da imagem projetada, diminuíam o tamanho do orifício, mas a imagem escurecia proporcionalmente, tornando-se quase impossível ao artista identificá-la.  Este problema foi resolvido em 1550 pelo físico milanês Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo desse modo aumentá-lo, para se obter uma imagem clara sem perder a nitidez. 1 1
  • 12. A câmara escura O princípio da fotografia  Danielo Brabaro, em 1568, no seu livro "A prática da perspetiva" mencionava que variando o diâmetro do orifício, era possível melhorar a nitidez da imagem.  E assim, outro melhoramento na câmara escura apareceu: foi instalado um sistema, juntamente com a lente, que permitia aumentar e diminuir o orifício. Este foi o primeiro "diafragma". Quanto mais fechado o orifício, maior era a possibilidade de focalizar dois objetos a distâncias diferentes da lente. 1 2
  • 13. A câmara escura O princípio da fotografia 1 3  Nesta altura, já tínhamos condições de formar uma imagem satisfatoriamente controlável na câmara escura, mas gravar essa imagem diretamente sobre o papel sem intervenção do artista era uma nova meta, só alcançada mais tarde com o desenvolvimento da química.
  • 14. A química, em auxílio à fotografia  Em 1727, o professor de anatomia Johann Schulze, notou que um vidro que continha ácido nítrico, prata e gesso escurecia quando exposto à luz proveniente de uma janela. Por eliminação, ele demonstrou que os cristais de prata halogénea, ao receberem luz, e não o calor como se supunha, se transformavam em prata metálica negra.  Como as suas observações foram acidentais e não tinham utilidade prática na época, ele cedeu as suas descobertas à Academia Imperial de Nuremberg. 1 4
  • 15. A química, em auxílio à fotografia  Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de metal com betume branco da Judéia, que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma solução de essência de alfazema.  Em 1826, expondo uma dessas placas durante aproximadamente 8 horas na sua câmara escura, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa. 1 5
  • 16. A química, em auxílio à fotografia  Apesar dessa imagem não ter meios tons e não servir para litografia, todas as autoridades na matéria a consideram a primeira fotografia permanente do mundo. Esse processo foi batizado por Niépce de “Heliografia", (desenho com o Sol) gravura com a luz solar. Considerada a primeira fotografia 1 6
  • 17. Hercules Florence A descoberta isolada da fotografia no Brasil  Em 1830, Hercules Florence, diante a necessidade de uma oficina gráfica, inventou o seu próprio meio de impressão, a Polygraphie, como ele a chamou.  Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a possibilidade de se reproduzir usando a luz do sol e descobriu um processo fotográfico que chamou de Photographie, em 1832, como descreveu nos seus diários, anos antes de Daguerre. 1 7
  • 18. Primeiro daguerreótipo  Nos primórdios da técnica da daguerreotipia eram necessários cerca de dez minutos de exposição sob forte luz solar para obter uma imagem satisfatória.  Por isso, era difícil tirar retratos, e como as pessoas se moviam as ruas pareciam desertas nas fotografias.  As primeiras figuras humanas registadas em fotografia foram as de um engraxador e seu cliente, que permaneceram na mesma posição até que a sua imagem ficasse visível. 1 8
  • 19. Fox - Talbot Um nobre aperfeiçoando a fotografia  No ano de 1835, Talbot construiu uma pequena câmara de madeira, com somente 6,30 cm2, que a sua esposa chamava de "ratoeira".  A câmara foi carregada com papel de cloreto de prata e, de acordo com a objetiva utilizada, era necessário uma exposição de meia em meia hora. 1 9
  • 20. Fox - Talbot Um nobre aperfeiçoando a fotografia  A imagem negativa era fixa em sal de cozinha e submetida a um contacto com outro papel sensível, o processo Calótipo. Desse modo, a cópia apresentava-se positiva, sem a inversão lateral. A mais conhecida mostra-nos a janela da biblioteca da abadia de Locock Abbey, considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo. 2 0
  • 21. Fox - Talbot 2 1 • Um nobre aperfeiçoando a fotografia  As imagens de Talbot eram bastante pobres, devido ao seu reduzido tamanho de 2,5 cm2, quando comparadas com a Heliografia de Nièpce, de 20,3 x 60,5 cm, obtida nove anos antes.  Em 1839, quando chegaram à Inglaterra os rumores do invento de Daguerre, Talbot tinha aprimorado as suas pesquisas, chegou ao papel fotográfico e precipitadamente publicou o seu trabalho e apresentou-o à Royal Institution e à Royal Society. Sir Herchel logo concluiu que o tiossulfato de sódio seria um fixador eficaz e sugeriu os termos: • FOTOGRAFIA, NEGATIVO E POSITIVO.
  • 22. Fox - Talbot Um nobre aperfeiçoando a fotografia 2 2  "The Pencil of Nature", o primeiro livro do mundo ilustrado com fotografias, foi publicado por Talbot em 1844.  O livro foi editado em seis grandes volumes com um total de 24 talbotipos originais e continha a explicação detalhada dos seus trabalhos, estabelecendo certos padrões de qualidade para a imagem.  Como o negativo da talbotipia não era constituído por um papel de boa qualidade como base de sensibilização, na passagem para o positivo perdiam-se muitos detalhes devido à fibrosidade do papel.
  • 23. Archer e as suas placas húmidas 2 3  Muitos fotógrafos pensavam em melhorar a qualidade da cópia, utilizando como base o vidro.  A dificuldade em usar o vidro como base do negativo era a de se encontrar algo que contivesse, numa massa uniforme, os sais de prata sensíveis à luz, para que não se dissolvessem durante a revelação.
  • 24. Archer e as suas placas húmidas 2 4  Abel Niépce de Saint-Victor, primo de Nicéphore Niépce, descobriu em 1847 que a clara do ovo, ou a albumina, era uma solução adequada no caso de iodeto de prata. Uma placa de vidro era coberta com clara de ovo, sensibilizada com iodeto de potássio, submetida a uma solução ácida de nitrato de prata, revelada com ácido gálico e finalmente fixa no tiossulfato de sódio.
  • 25. Maddox Emulsão de gelatina e brometo de prata  Fabricantes britânicos como a Wratten & Wainwrigth e The Liverpool Dry Plate Co., em 1880, monopolizaram a fabricação de placas secas.  Fábricas em todos os países passaram a imitá-los, até que em 1883 quase nenhum fotógrafo usava o material colódio. 2 5
  • 26. A história de George Eastman e da Kodak  George Eastman nasceu em 12 de Julho de 1854, na vila de Waterville, estado de Nova York, Estados Unidos.  Quando George tinha 6 anos, o seu pai vendeu o negócio que tinha mudou-se para Rochester para poder dedicar todo o seu tempo ao Colégio Comercial Eastman, nessa cidade. Com a morte do pai, dois anos mais tarde, começaram os tempos difíceis para a Sra. Eastman, George e suas duas irmãs mais velhas.  George conseguiu ficar na escola até aos 14 anos e, mesmo sendo aplicado, nunca se destacou nos estudos. Nessa idade a pobreza obrigou George a deixar os estudos. 2 6
  • 27. A história de George Eastman e da Kodak 2 7  Com determinação prometeu a si próprio aliviar a difícil situação financeira e ajudar no lar.  Obteve um emprego de mensageiro numa companhia de seguros, com um salário de 3 dólares semanais. Destacou-se por ser cuidadoso e minucioso no trabalho. Um ano depois, já noutra companhia de seguros e pela sua dedicação, obteve um aumento para 5 dólares semanais. Para conseguir um emprego melhor, estudou contabilidade à noite.  Em 1874, depois de ter trabalhado em companhias de seguros por 5 anos, e com apenas 20 anos de idade, ingressou no Banco de Poupança de Rochester.
  • 28. A história de George Eastman e da Kodak  George Eastman sempre foi austero e poupava mesmo quando ganhava os escassos 3 dólares semanais. Com um novo salário de 800 dólares anuais pôde poupar nos sete anos seguintes 3000 dólares que usou para iniciar seu negócio fotográfico. 2 8
  • 29. Ensaios de um aficionado 2 9  Aos 24 anos decidiu gozar umas merecidas férias. Tinha trabalhado sem descanso na contabilidade do banco, ficando muitas vezes até altas horas da madrugada.  A leitura sobre a ilha de São Domingos tinha despertado o seu interesse em visitá-la. Um engenheiro que trabalhava no sótão do banco sugeriu-lhe que documentasse a viagem fotograficamente. Este conselho iniciou George Eastman na fotografia.
  • 30. Ensaios de um aficionado 3 0  Comprou um equipamento com todos os apetrechos necessários naqueles dias. A câmara era muito maior que as de hoje e necessitava de um tripé; a tenda que servia de câmara escura tinha que ser grande o suficiente para aplicar a emulsão nas placas de vidro antes da exposição e para revelá-las em seguida.
  • 31. Ensaios de um aficionado 3 1  Um grupo de turistas colocou-se na ponte para posar e observaram como Eastman focou a câmara, entrou na tenda para sensibilizar a placa e saiu pronto para tirar a fotografia. Apesar do calor, o fascinado grupo permaneceu ali durante a longa e complicada operação, e esperou que ele saísse da tenda após revelar a placa. Estava a olhar a fotografia quando alguém lhe perguntou se a vendia. "Não é para vender", respondeu. "Sou um aficionado".
  • 32. Ensaios de um aficionado 3 2  Se bem que no início queria simplificar a fotografia para satisfação pessoal, logo considerou as possibilidades de fabricar placas secas para vender.  Como fonte de referência para as suas experiências leu todas as publicações disponíveis sobre a matéria e consultou a Enciclopédia Britânica de uma biblioteca.  Trabalhava no banco de dia e experimentava na cozinha da sua mãe durante as noites, misturando e cozinhando soluções de segunda a sexta. Deitava-se no sábado à noite e dormia até a manhã de segunda, só acordando para comer.
  • 33. Nasce uma empresa  Em Abril de 1880, George Eastman alugou o terceiro andar de um edifício de Rochester e começou a fabricar placas secas para venda.  As dificuldades que surgiam eram enfrentadas e resolvidas.  A nova companhia sofreu um duro golpe quando se perdeu um lote de placas secas nas mãos dos distribuidores. 3 3
  • 34. Em busca da simplicidade  Em 1885 anunciava que estava a introduzir uma nova película sensível que seria um substituto económico e conveniente para as placas de vidro.  Apesar do sistema de porta-rolos ser adequado e ter um êxito inicial, o papel não era inteiramente satisfatório como suporte da emulsão porque a granulação do papel reproduzia-se na cópia. Eastman substituiu o papel pela película de colódio mas não conseguiu fabricar uma que fosse suficientemente forte para sustentar a emulsão. Então decidiu cobrir o papel com uma camada de gelatina comum solúvel e em seguida com outra insolúvel, sensível à luz. 3 4
  • 35. Fotografia para todos  Para chegar ao público, Eastman decidiu fabricar um novo tipo de câmara. Esta, introduzida em 1888, foi a primeira câmara Kodak. Era tipo uma caixão, leve e pequena, carregada com um rolo de papel para 100 exposições.  O preço da câmara carregada, estojo e correia era de 25 dólares. 3 5
  • 36. 29 Fotografia para todos  Uma vez feita a exposição, enviava-se a câmara a Rochester, onde o rolo exposto era retirado, processado, feitas as cópias e colocado um novo rolo, tudo por 10 dólares.  A câmara Kodak tinha criado um mercado completamente novo e transformado em fotógrafos aqueles que só queriam tirar fotos e não tinham nenhum conhecimento na matéria. Qualquer um podia “pressionar o botão" e a companhia do Sr. Eastman fazia o resto.
  • 37. Fotografia para todos  Em 1891 melhorou-se ainda mais a película transparente para amadores ao colocá-la em carretéis que podiam ser colocados na câmara em plena luz do dia. A câmara não precisava mais de ser enviada para Rochester para ser recarregada, os rolos de filme podiam ser comprados praticamente em qualquer lugar.  As câmaras para a nova película simplificaram-se ainda mais. A câmara Kodak dobrável, de bolso, foi lançada no mercado em 1898; um fole permitia que se recolhesse a lente. Em 1900 apareceu a primeira câmara Brownie, para crianças, ao preço de um dólar. 3 7
  • 38. O legado fotográfico de Eastman 3 8  Este aficionado de Rochester, fez da fotografia um auxiliar eficaz na medicina, na educação, na ciência, na indústria, na arte e no entretenimento.  Eastman foi, ainda, um pioneiro no campo das relações laborais. Acreditava que para ter muito êxito, os empregados deviam ter algo mais que bons salários. As suas ideias eram muito avançadas para a sua época, mas ele sabia que a aplicação desta filosofia resultaria em mais lealdade e melhor produção.
  • 39. Doa a sua fortuna 3 9  Para ele, a sua grande fortuna oferecia-lhe a oportunidade de ser útil. George Eastman era um homem modesto, avesso à publicidade.  Foi inventor, técnico, organizador e executivo com uma visão patriótica e filantrópica. Foi o primeiro fabricante dos Estados Unidos que formulou e colocou em prática a moderna política de produção em grande escala e baixo preço, para distribuição mundial.  Viveu a sua filosofia: "O que fazemos nas nossas horas de trabalho determina o que temos, o que fazemos nas nossas horas de ócio determina o que somos".
  • 40. Doa a sua fortuna 4 0  Por ocasião da sua morte, em 1932, o editorial do jornal New York Times dizia: "Eastman foi um fator relevante na educação do mundo. Daquilo que capitalizou através das suas grandes contribuições à raça humana, deu generosamente para o seu bem estar, patrocinou a música e o saber, apoiou o ensino e a investigação científica, procurou diminuir o sofrimento humano favorecendo instituições sanitárias, ajudou os mais necessitados na sua luta quotidiana, fez da sua cidade um centro artístico e glorificou a sua pátria ante os olhos do mundo".