SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
Título do Vídeo: Síntese do ácido acetilsalicílico (aspirina)
Nome dos participantes: Beatriz Silva; Débora Carvalho; Mónica Freitas
Professor responsável: Sandra Viegas
Escola: Escola Secundária José Gomes Ferreira
E-mail: sandra.viegas@aebenfica.pt
Resumo
Nesta experiência iremos realizar a síntese do ácido acetilsalicílico, mais conhecido por
aspirina. Os reagentes usados na síntese da aspirina são o ácido salicílico e o anidrido acético e os
produtos da reação são o ácido acetilsalicílico e o ácido acético.
O ácido sulfúrico funciona como catalisador da reação, aumentando assim a sua velocidade e
diminuindo a energia de ativação. A reação deve ser conduzida a temperatura moderadamente
elevada de maneira a, em simultâneo com o catalisador, aumentar a velocidade da reação.
No final, obtêm-se cristais de ácido acetilsalicílico, sendo necessário separá-los da fase
líquida, que é uma solução aquosa de ácido acético. Esta separação faz-se usando uma filtração por
vácuo, que inclui a lavagem dos cristais obtidos com água fria. Outras técnicas, como o aquecimento
em banho de água e o arrefecimento em banho de gelo, serão utilizadas ao longo desta experiência.
Conceitos
Ácido salicílico: é um ácido orgânico, de fórmula química C7H6O3, pertencente ao grupo dos
hidroxiácidos. No seu estado puro é sólido e apresenta forma de cristais brancos ou de pó cristalino,
é inodoro e pouco solúvel em água.
Anidrido acético: é o composto químico com fórmula C4H6O3 e é um dos mais simples anidridos de
ácidos. É largamente usado como reagente em síntese orgânica.
Ácido acetilsalicílico: é um dos fármacos mais populares, com fórmula de estrutura C9H8O4, sendo
usado como analgésico, antipirético, anti-inflamatório e anticoagulante. Felix Hoffmann foi o químico
inglês que, guiando-se em estudos anteriores, descobriu a forma de obtenção laboratorial deste ácido
puro e realizou a sua produção industrial.
Ácido acético: é da família dos ácidos carboxílicos, sendo a sua fórmula química CH3COOH. Pode
também ser chamado ácido etanóico, porém é vulgarmente conhecido por vinagre.
A reação pode ser representada por:
A filtração a vácuo é um método utilizado para separar um sólido de um líquido e consiste
na coneção de uma bomba de vácuo a um kitasato, que faz com que a velocidade da passagem do
líquido pelo papel de filtro seja mais rápida do que numa filtração simples.
Protocolo Experimental
Segurança:
Reagentes:
§ Ácido salicílico
§ Anidrido acético
§ Ácido sulfúrico
§ Gelo
§ Água destilada
Material:
§ Erlenmeyer (100 mL)
§ Espátula
§ Vareta de vidro
§ Funil de pós
§ Pompete
§ Pipeta volumétrica (5 mL)
§ Pipeta graduada (5 mL)
§ Termómetro
§ Suporte universal
§ Garra e noz
§ 2 copos de precipitação
§ Vidros de relógio
§ Pinça
§ Placa de aquecimento
§ Balança
§ Estufa
§ Proveta
§ Material para uma filtração a vácuo
§ Conta-gotas
O ácido salicílico e o anidrido acético são
inflamáveis, corrosivos e nocivos. Por isso, para
manuseá-los é preciso trabalhar na hotte e usar
bata, luvas e óculos de proteção.
O ácido sulfúrico é corrosivo, mutagénico e
tóxico, para trabalhar com este reagente são
necessários os mesmos cuidados.
Procedimento:
1. Pesar 2 g de ácido salicílico para um Erlenmeyer de 100 mL.
2. Medir 5 mL de anidrido acético na hotte e vertê-lo para o Erlenmeyer.
3. Adicionar 4 gotas de ácido sulfúrico.
4. Aquecer o Erlenmeyer em banho de água a cerca de 50°C durante 10 minutos, agitando até
que se dissolva todo o ácido salicílico.
5. Adicionar 2 mL de água destilada.
6. Retirar o Erlenmeyer e adicionar 20 mL de água fria.
7. Arrefecer em banho de gelo até obter cristais.
8. Filtrar por vácuo os cristais.
9. Lavar os cristais com água fria e secá-los por vácuo.
10. Transferir os cristais para um vidro de relógio e secá-los na estufa a 90°C durante 30 minutos.
Aplicações
Inicialmente, o ácido acetilsalicílico começou por ser utilizado no tratamento do reumatismo.
Mas, ao longo do tempo, foram descobertas nele outras propriedades tais como a antipirética, a
analgésica e a anti-inflamatória, estas devem-se à inibição da síntese de prostaglandina, hormona
responsável pela dor, inflamação e estados febris.
Recentemente, o ácido acetilsalicílico passou a ser utilizado no combate e prevenção de
doenças cardiovasculares, tem também um papel na vasodilatação e impede a formação de
plaquetas.
A aspirina possui diversos benefícios para a saúde mas, tal como todos os medicamentos, é
necessário ter algumas precauções. É o medicamento mais consumido no mundo.
Conclusões
A aspirina pode ser sintetizada, no laboratório de Química, por reação do ácido salicílico com
o anidrido acético, usando o ácido sulfúrico como catalisador.
Esta experiência permite, não só utilizar algumas técnicas e reagentes de laboratório mais
invulgares, como também ficar a conhecer o processo de síntese da aspirina, uma reação química
que mudou a história da Química. Os objetivos desta experiência foram cumpridos. Foi necessária
uma atenção redobrada da nossa parte devido aos reagentes que utilizámos e aos perigos que deles
advêm.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a sisteses.pdf

Importancia da agua no laboratorio.pdf
Importancia da agua no laboratorio.pdfImportancia da agua no laboratorio.pdf
Importancia da agua no laboratorio.pdfCristianyMarinho1
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃORELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃOEzequias Guimaraes
 
Relatório experimental iorgânica2
Relatório experimental iorgânica2Relatório experimental iorgânica2
Relatório experimental iorgânica2Rodrigo Sintra
 
Lista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativasLista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativasAlberio Rocha
 
Apostila qa quantitativa
Apostila qa quantitativaApostila qa quantitativa
Apostila qa quantitativaSayonara Silva
 
Desafio santander[2]
Desafio santander[2]Desafio santander[2]
Desafio santander[2]kamilajp2
 
Determinação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em águaDeterminação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em águaRahisa Scussel
 
Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001
Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001
Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001Đean Moore
 
propriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdfpropriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdfMaikonOliveira16
 
Protocolo de atividades experimentais1 resultados e fotos
Protocolo de atividades experimentais1   resultados e fotosProtocolo de atividades experimentais1   resultados e fotos
Protocolo de atividades experimentais1 resultados e fotosEMPRETIC
 
Bebidas alcoólicas
Bebidas alcoólicasBebidas alcoólicas
Bebidas alcoólicas2011quimica
 

Semelhante a sisteses.pdf (20)

Importancia da agua no laboratorio.pdf
Importancia da agua no laboratorio.pdfImportancia da agua no laboratorio.pdf
Importancia da agua no laboratorio.pdf
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃORELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
 
Relatório experimental iorgânica2
Relatório experimental iorgânica2Relatório experimental iorgânica2
Relatório experimental iorgânica2
 
ciclohexeno
ciclohexeno ciclohexeno
ciclohexeno
 
Cap18
Cap18Cap18
Cap18
 
Cap10
Cap10Cap10
Cap10
 
Lista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativasLista de exercicios de propriedades coligativas
Lista de exercicios de propriedades coligativas
 
Apostila qa quantitativa
Apostila qa quantitativaApostila qa quantitativa
Apostila qa quantitativa
 
Desafio santander[2]
Desafio santander[2]Desafio santander[2]
Desafio santander[2]
 
Determinação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em águaDeterminação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em água
 
Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001
Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001
Relatório de Química Processo de Separação das Misturas 001
 
propriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdfpropriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdf
 
Protocolo de atividades experimentais1 resultados e fotos
Protocolo de atividades experimentais1   resultados e fotosProtocolo de atividades experimentais1   resultados e fotos
Protocolo de atividades experimentais1 resultados e fotos
 
Cap12
Cap12Cap12
Cap12
 
Resumo prova
Resumo provaResumo prova
Resumo prova
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Bebidas alcoólicas
Bebidas alcoólicasBebidas alcoólicas
Bebidas alcoólicas
 
Adolpho lutz leite
Adolpho lutz leiteAdolpho lutz leite
Adolpho lutz leite
 
Cap27
Cap27Cap27
Cap27
 
Adolpho lutz leite
Adolpho lutz leiteAdolpho lutz leite
Adolpho lutz leite
 

Mais de MarciaRodrigues615662

4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdf
4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdf4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdf
4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdfMarciaRodrigues615662
 
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdfAvaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdfMarciaRodrigues615662
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfMarciaRodrigues615662
 
introducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdfintroducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdfMarciaRodrigues615662
 
Benefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptx
Benefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptxBenefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptx
Benefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptxMarciaRodrigues615662
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfMarciaRodrigues615662
 
introducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdfintroducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdfMarciaRodrigues615662
 
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdfAvaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdfMarciaRodrigues615662
 
A evolução da Ciência Psicologica.pptx
A  evolução da Ciência Psicologica.pptxA  evolução da Ciência Psicologica.pptx
A evolução da Ciência Psicologica.pptxMarciaRodrigues615662
 
LIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdf
LIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdfLIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdf
LIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdfMarciaRodrigues615662
 
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdfPB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdfMarciaRodrigues615662
 
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdfPB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdfMarciaRodrigues615662
 
Farmacologia ilustrada 5° ediçao.pdf
Farmacologia ilustrada 5° ediçao.pdfFarmacologia ilustrada 5° ediçao.pdf
Farmacologia ilustrada 5° ediçao.pdfMarciaRodrigues615662
 
APOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
APOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdfAPOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
APOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdfMarciaRodrigues615662
 

Mais de MarciaRodrigues615662 (20)

2º AULA.pptx
2º AULA.pptx2º AULA.pptx
2º AULA.pptx
 
Módulo 3_Farmácia Hospitalar.pptx
Módulo 3_Farmácia Hospitalar.pptxMódulo 3_Farmácia Hospitalar.pptx
Módulo 3_Farmácia Hospitalar.pptx
 
4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdf
4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdf4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdf
4-protozoadotgi-121031163342-phpapp02.pdf
 
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdfAvaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
 
PROTOZOARIOS.pdf
PROTOZOARIOS.pdfPROTOZOARIOS.pdf
PROTOZOARIOS.pdf
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
 
cholesterol_portuguese_final.pdf
cholesterol_portuguese_final.pdfcholesterol_portuguese_final.pdf
cholesterol_portuguese_final.pdf
 
introducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdfintroducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdf
 
Benefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptx
Benefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptxBenefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptx
Benefícios do uso de fitoterápicos na luta contra.pptx
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
 
introducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdfintroducao a infecção hospitalar.pdf
introducao a infecção hospitalar.pdf
 
cholesterol_portuguese_final.pdf
cholesterol_portuguese_final.pdfcholesterol_portuguese_final.pdf
cholesterol_portuguese_final.pdf
 
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdfAvaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
Avaliação Laboratorial do metabolismo dos carboidratos.pdf
 
A evolução da Ciência Psicologica.pptx
A  evolução da Ciência Psicologica.pptxA  evolução da Ciência Psicologica.pptx
A evolução da Ciência Psicologica.pptx
 
LIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdf
LIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdfLIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdf
LIVRO DE CONTROLE DE QUALIDADE FISICO - QUIMICO.pdf
 
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdfPB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01.pdf
 
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdfPB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdf
PB_PROVA11_FARMACEUTICOHOSPITALAR_CE_MAI18_01 (1).pdf
 
LIVRO DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
LIVRO DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdfLIVRO DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
LIVRO DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
 
Farmacologia ilustrada 5° ediçao.pdf
Farmacologia ilustrada 5° ediçao.pdfFarmacologia ilustrada 5° ediçao.pdf
Farmacologia ilustrada 5° ediçao.pdf
 
APOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
APOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdfAPOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
APOSTILA DE QUIMICA FARMACEUTICA.pdf
 

sisteses.pdf

  • 1. Título do Vídeo: Síntese do ácido acetilsalicílico (aspirina) Nome dos participantes: Beatriz Silva; Débora Carvalho; Mónica Freitas Professor responsável: Sandra Viegas Escola: Escola Secundária José Gomes Ferreira E-mail: sandra.viegas@aebenfica.pt Resumo Nesta experiência iremos realizar a síntese do ácido acetilsalicílico, mais conhecido por aspirina. Os reagentes usados na síntese da aspirina são o ácido salicílico e o anidrido acético e os produtos da reação são o ácido acetilsalicílico e o ácido acético. O ácido sulfúrico funciona como catalisador da reação, aumentando assim a sua velocidade e diminuindo a energia de ativação. A reação deve ser conduzida a temperatura moderadamente elevada de maneira a, em simultâneo com o catalisador, aumentar a velocidade da reação. No final, obtêm-se cristais de ácido acetilsalicílico, sendo necessário separá-los da fase líquida, que é uma solução aquosa de ácido acético. Esta separação faz-se usando uma filtração por vácuo, que inclui a lavagem dos cristais obtidos com água fria. Outras técnicas, como o aquecimento em banho de água e o arrefecimento em banho de gelo, serão utilizadas ao longo desta experiência. Conceitos Ácido salicílico: é um ácido orgânico, de fórmula química C7H6O3, pertencente ao grupo dos hidroxiácidos. No seu estado puro é sólido e apresenta forma de cristais brancos ou de pó cristalino, é inodoro e pouco solúvel em água. Anidrido acético: é o composto químico com fórmula C4H6O3 e é um dos mais simples anidridos de ácidos. É largamente usado como reagente em síntese orgânica. Ácido acetilsalicílico: é um dos fármacos mais populares, com fórmula de estrutura C9H8O4, sendo usado como analgésico, antipirético, anti-inflamatório e anticoagulante. Felix Hoffmann foi o químico inglês que, guiando-se em estudos anteriores, descobriu a forma de obtenção laboratorial deste ácido puro e realizou a sua produção industrial. Ácido acético: é da família dos ácidos carboxílicos, sendo a sua fórmula química CH3COOH. Pode também ser chamado ácido etanóico, porém é vulgarmente conhecido por vinagre. A reação pode ser representada por:
  • 2. A filtração a vácuo é um método utilizado para separar um sólido de um líquido e consiste na coneção de uma bomba de vácuo a um kitasato, que faz com que a velocidade da passagem do líquido pelo papel de filtro seja mais rápida do que numa filtração simples. Protocolo Experimental Segurança: Reagentes: § Ácido salicílico § Anidrido acético § Ácido sulfúrico § Gelo § Água destilada Material: § Erlenmeyer (100 mL) § Espátula § Vareta de vidro § Funil de pós § Pompete § Pipeta volumétrica (5 mL) § Pipeta graduada (5 mL) § Termómetro § Suporte universal § Garra e noz § 2 copos de precipitação § Vidros de relógio § Pinça § Placa de aquecimento § Balança § Estufa § Proveta § Material para uma filtração a vácuo § Conta-gotas O ácido salicílico e o anidrido acético são inflamáveis, corrosivos e nocivos. Por isso, para manuseá-los é preciso trabalhar na hotte e usar bata, luvas e óculos de proteção. O ácido sulfúrico é corrosivo, mutagénico e tóxico, para trabalhar com este reagente são necessários os mesmos cuidados.
  • 3. Procedimento: 1. Pesar 2 g de ácido salicílico para um Erlenmeyer de 100 mL. 2. Medir 5 mL de anidrido acético na hotte e vertê-lo para o Erlenmeyer. 3. Adicionar 4 gotas de ácido sulfúrico. 4. Aquecer o Erlenmeyer em banho de água a cerca de 50°C durante 10 minutos, agitando até que se dissolva todo o ácido salicílico. 5. Adicionar 2 mL de água destilada. 6. Retirar o Erlenmeyer e adicionar 20 mL de água fria. 7. Arrefecer em banho de gelo até obter cristais. 8. Filtrar por vácuo os cristais. 9. Lavar os cristais com água fria e secá-los por vácuo. 10. Transferir os cristais para um vidro de relógio e secá-los na estufa a 90°C durante 30 minutos. Aplicações Inicialmente, o ácido acetilsalicílico começou por ser utilizado no tratamento do reumatismo. Mas, ao longo do tempo, foram descobertas nele outras propriedades tais como a antipirética, a analgésica e a anti-inflamatória, estas devem-se à inibição da síntese de prostaglandina, hormona responsável pela dor, inflamação e estados febris. Recentemente, o ácido acetilsalicílico passou a ser utilizado no combate e prevenção de doenças cardiovasculares, tem também um papel na vasodilatação e impede a formação de plaquetas. A aspirina possui diversos benefícios para a saúde mas, tal como todos os medicamentos, é necessário ter algumas precauções. É o medicamento mais consumido no mundo. Conclusões A aspirina pode ser sintetizada, no laboratório de Química, por reação do ácido salicílico com o anidrido acético, usando o ácido sulfúrico como catalisador. Esta experiência permite, não só utilizar algumas técnicas e reagentes de laboratório mais invulgares, como também ficar a conhecer o processo de síntese da aspirina, uma reação química que mudou a história da Química. Os objetivos desta experiência foram cumpridos. Foi necessária uma atenção redobrada da nossa parte devido aos reagentes que utilizámos e aos perigos que deles advêm.