3. Luqiqaman Tink’u
o valor energético para uso próprio
Originário da transcendência energética do Tiawanaku ou
Tiowayaku no Kollasuyo, Bolívia.
4. Ciência Étnica e a Geopolítica da
Instintividade e da Intuição
Conexão do Jagwar com o Pajé Asurini
Yaku’a-a-para ~ Ayahuasca
5. Jagwaratê, Mãe do Fogo
Representada em seu tempo energético com suas obrigações e direitos
6. Jagwaratê ~ Jagwar, o poder ancestral dos entes
sobrenaturais complementares amazônicasandinas
Esta antologia é uma reconstituição da medicina amazônica a partir da ciência étnica que
procura entender a INSTINTIVIDADE e o INSTINTO na hospedagem (incorporação) do jagwar, onça
macho, pelo Pajé. Ele consome drogas alucinógenos como a ayahuasca para hospedar o jagwar. Os
Pajés ainda contam com a ajuda dos entoares verbais e o Yakuá-a-para (instrumento que retêm a chuva)
para transformar-se em onças (deuses).
2. A figura do jagwar como suporte e complexo simbólico é recorrente em toda a extensão da floresta
amazônica, etnográfica e em largas áreas andinas desde tempos e espaços, imemoriais à conquista
euroíndia, cabendo-lhe posição de destaque em conexão com o complexo de drogas alucinógenas
consumidas pela pajelança.
7. Jagwar
A imaginação lhe põe em relação com a ordem fantástica ou fabulosa, representando beleza e fealdade.
8. 3. A Jagwaratê (Mãe do Fogo) e o Jagwar são considerados poderes ancestrais dos entes sobrenaturais
complementares das comunidades originárias.
Nesse fenômeno sobrenatural observa-se o valor, a forma e a prática da INTUIÇÃO e da
INSTINTIVIDADE (banidas no ensino da ciência científica) dos povos originários na natureza e o lugar
que as Pessoas Paisagens ocupam na biosfera, a vivência num cosmos energeticamente fechado,
complementados pelos parentes jawaratê e Jagwar.
4. Os costumes dos povos originários estabelecem regras intercomunitárias, bem como sua interação com
o meio natural, valorizando a coragem, a agressividade como belo e bom, e, seu oposto, o medo
inversamente proporcional à ferocidade e aos preceitos do pacifismo, da solidariedade, da generosidade
e da Phawariy, liberdade de escolha.
5. Aqui, podemos fazer um parênteses, ressaltando que na atualidade o valor da emancipação da
coragem e seu complemento, a agressividade podem-se tornar um antídoto contra o medo e o pavor de
gênero, garantindo a paz, a reciprocidade e a solidariedade. Todos esses sentimentos brotam (surgem)
quando as Mães d’Água renascem e dão a luz às crianças (Ver Mãe d’Umbigo e Mãe d’Água no IKA).
6. O imaginário em torno do Jagwar que liga a ciência étnica energética andina à etnografia amazônica,
também, tem a ver com o complexo das drogas alucinógenas amazônicas.
9. Dentro de um rugir, dentro de um grunhido se expressa o sentimento a floresta.
10. 7. A ingestãoinalação de ayahuasca, yajé, parica ou rapé, mesclada ou não com muitas outras
substâncias de teor alcalóidico era e ainda é praticada por muitos grupos étnicos amazônicos.
8. Conexão energética do Jagwar com o Pajé Asurini
O jagwar está ligado ao Pajé Asurini, à morte e ao canibalismo. O jagwar igualmente está
presente nos rituais que invocam os Karovara e Aapykwara que são Ajayos, forças da transcendência
energética primordiais dos Asurini, vindo a se hospedar na onça Javaraiká. A onça come carne crua e o
Pajé Asurini idem, quando se metamorfoseia (hospeda) no jagwar. Comer carne crua causa doença, mas
o Pajé Asurini é imune a isso.
9. O Pajé, ao ingerir Ayahusca ao som de cânticos e acompanhado da Yakua-a-para, alça voo a procura
de remédios necessários, dando asas ao seu instinto de conservação. Os entoares instintivos valorizam
seu cumprimento, sua honestidade e a sua responsabilidade perante sua comunidade.
10. O temperamento, a postura, a generosidade sensitiva e a virtude da consciência do Pajé são grandes
e profundas ante si mesmo, quando voa à procura de remédios. Eles são íntimos, profundos e
transformam-se numa força divina, dentro da convivência intracomunitária.
12. 11. O Pajé é um mediador, conciliador e sanador (médico prático, empírico) que suavemente diminui a dor
e o sofrimento. Ele segue os seus sentidos sensoriais poderosos para adquirir experiências místicas com
consequências práticas para o bem comunitário.
12. Nós poderíamos seguir essas atitudes variadas e flexíveis em busca de recursos tão ricos e remédios
inesgotáveis (energias sustentáveis e sentidos divinos opostos complementares) e seu retorno seria
bastante amistoso e relaxante com o apoio da verdadeira e real Mãe Natureza.
13. Nascemos Phawary, livres, para
alçar voo, e Phawantaj, livres
queremos continuar ...
MARA WATA
A Ciência Étnica e a
Astronomia Solar do Kollasuyo
O solstício de inverno 2021
associado ao ventre feminino
21 de Junho Ano Novo Andino e
Amazônico -5529 anos