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Capı́tulo 6 - Diagrama de Bode
Prof. Fernando de Oliveira Souza
(baseado nas notas de aula de SDL do Prof. Bruno Otávio)
fosouza@cpdee.ufmg.br (http://www.cpdee.ufmg.br/∼fosouza/)
Departamento de Engenharia Eletrônica
Universidade Federal de Minas Gerais
Av. Antônio Carlos 6627, Belo Horizonte, MG, Brasil
– p. 1/123
Resposta Senoidal (Tempo contı́nuo)
Considere x(t) = ejωt
, logo
y(t) =
 ∞
−∞
h(τ)x(t − τ)dτ
=
 ∞
−∞
h(τ)ejω(t−τ)
dτ
= ejωt
 ∞
−∞
h(τ)e−jωτ
dτ
= ejωt
H(jω)
 H(jω) = |H(jω)|ej{H(jω)}
 H(jω) resposta em frequência
– p. 2/123
Resposta Senoidal (Tempo contı́nuo)
y(t) = ejωt
H(jω)
= ejωt
|H(jω)|ej{H(jω)}
= e(jωt+{H(jω)})
|H(jω)|
 H(jω) resposta em frequência
 H(jω) = |H(jω)|ej{H(jω)}
 |H(jω)| resposta em módulo ou magnitude
 {H(jω)} resposta em fase
– p. 3/123
Resposta Senoidal (Tempo discreto)
Considere:
y[n] =
∞

k=−∞
h[k]x[n − k], com x[n] = ejωn
então,
y[n] =
∞

k=−∞
h[k]ejω(n−k)
= ejωn
∞

k=−∞
h[k]e−jωk
= ejωn
H(ejω
)
– p. 4/123
Resposta em Frequência
 H(ejω
) =
∞

k=−∞
h[k]e−jωk
 H(ejω
) é chamado de Resposta em
Frequência do sistema discreto.
 H(jω) =
 ∞
−∞
h(τ)e−jωτ
dτ
 H(jω) é chamado de Resposta em
Frequência do sistema contı́nuo.
– p. 5/123
Resposta Senoidal (Diagramas de Blocos)
Em termos de diagrama de blocos,
 Tempo contı́nuo
h(t)
ejωt H(jω)ejωt
 Tempo discreto
h[n]
ejωn H(ejω
)ejωn
– p. 6/123
Resposta em frequência
 A Resposta em frequência pode ser
obtida pela posição dos polos e zeros do
sistema representado por uma função de
transferência.
– p. 7/123
Resposta em frequência
Obtenha a saı́da do sistema com função de
transferência
Y (s)
X(s)
= H(s)
quando a entrada x(t) é uma senoide de
amplitude A
x(t) = Asen(ωt)u(t).
– p. 8/123
Resposta em frequência
A transformada de Laplace da entrada é
X(s) =
Aω
s2 + ω2
Logo, transformada de Laplace da saı́da é
Y (s) = H(s)
Aω
s2 + ω2
Assumindo que H(s) tenha polos reais
distintos e usando frações parciais
Y (s) =
α1
s − p1
+
α2
s − p2
+ · · · +
αn
s − pn
+
β0
s + jω
+
β∗
0
s − jω
– p. 9/123
Resposta em frequência
Y (s) =
α1
s − p1
+
α2
s − p2
+ · · · +
αn
s − pn
+
β0
s + jω
+
β∗
0
s − jω
Logo, a saı́da é
y(t) = α1ep1t
+ α2ep2t
+ · · · + αnepnt
  
yn
+ β0e−jωt
+ β∗
0ejωt
  
yf
 Se H(s) for assintoticamente estável
(p1,p2, . . . ,pn  0), então a solução em
regime permanente será: yf (t)
– p. 10/123
Resposta em frequência
yf (t) = β0e−jωt
+ β0
∗
ejωt
 Calculando os coeficientes:
β0 = (s + jω)H(s)
Aω
(s + jω)(s − jω)




s=−jω
= H(−jω)
Aω
−2jω
=
H(−jω)A
−2j
⇒ β0
∗
=
H(jω)A
2j
– p. 11/123
Resposta em frequência
 Portanto,
yf (t) = β0e−jωt
+ β0
∗
ejωt
= −
H(−jω)A
2j
e−jωt
+
H(jω)A
2j
ejωt
= A

H(jω)
2j
ejωt
−
H(−jω)
2j
e−jωt
= A

|H(jω)|ejH(jω)
2j
ejωt
−
H(−jω)e−jH(jω)
2j
e−jωt
= A|H(jω)|
ej(ωt+H(jω))
−e−j(ωt+H(jω))
2j
= A|H(jω)|sen(ωt + H(jω))
– p. 12/123
Resposta em frequência
yf (t) = A|H(jω)|sen(ωt + H(jω))
 A resposta em regime permanente de um
sistema LIT estável excitado por uma
senóide de freq. ω também será uma
senóde de freq ω, mas com sua
amplitude e fase possivelmente alteradas.
 As mudanças de amplitude e de fase não
são fixas, pois dependem da frequência
do sinal de entrada ω.
– p. 13/123
Resposta em frequência
yf (t) = A|H(jω)|sen(ωt + H(jω))
Objetivos:
1. Analisar como o sistema responde a
entradas senoidais diferentes
2. Avaliar |H(s)| para s assumindo valores no
eixo imaginário (s = jω) é muito útil para
determinar a estabilidade de sistemas em
malha-fechada
(Nesta análise consideramos que H(s) tem polos reais e distintos, mas o
mesmo resultado é obtido caso H(s) tenha polos complexos
conjugados ou repetidos)
– p. 14/123
Exemplo: Resposta em frequência
Saı́da do sistema
H(s) =
1
s + 1
devido a entrada
x(t) = sen(10t)u(t)
 A resposta completa é
y(t) =
10
101
e−t
  
yn
+
1
√
101
sen(10t − 84,2◦
)
  
yf
– p. 15/123
Exemplo: Resposta em frequência
y(t) =
10
101
e−t
  
yn
+
1
√
101
sen(10t − 84,2◦
)
  
yf
1 2 3 4 5 6
y
yn
yf
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0
−0,05
−0,1
– p. 16/123
H. W. Bode
Hendrix Wade Bode (Estados Unidos, 24/12/1905 - 21/06/1982)
 Representar a resposta em
frequência é um problema
antigo;
 Antes dos computadores
esta representação
precisava ser feita a mão;
 A técnica mais usual para
representar resposta em
frequência foi desenvolvida
por H. W. Bode no Labo-
ratório Bell (fundado por
Alexander Graham Bell)
entre 1932 e 1942.
– p. 17/123
Diagrama de Bode
 Escala Logaritmica: permite analisar uma faixa
ampla de frequências
Considere:
G(jω) =
(jω + n1)(jω + n2)
(jω + d1)(jω + d2)(jω + d3)
=
r1r2
r3r4r5
ej(θ1+θ2−θ3−θ4−θ5)
 O ângulo total é a contribuição linear, adição, de
todos os ângulos individuais
 Entretanto, o módulo é: |G(jω)| =
r1r2
r3r4r5
– p. 18/123
Diagrama de Bode
 Escala Logaritmica: permite analisar uma faixa
ampla de frequências
 O módulo é: |G(jω)| =
r1r2
r3r4r5
 Por outro lado:
log10|G(jω)| = log10
r1r2
r3r4r5
= log10r1+log10r2−log10r3−log10r4−log10r5
 O logaritmo de |G(jω)| total é a contribuição
linear dos logaritmos dos termos ri.
– p. 19/123
Diagrama de Bode
 O diagrama de Bode é representado em
duas curvas
i) Magnitude em Decibels × Log de ω
ii) Fase em graus × Log de ω
 Decibel corresponde a 20 vezes o
logaritmo da quantidade:
20 log10 |H(jω)| é a magnitude logaritmica
 Decibel: db, dB (1/10 de bel)
– p. 20/123
Diagrama de Bode: Solução
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−40
−20
0
20
40
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
−40
−20
0
20
40
20 db/dec = 6 db/oitava
20 db/dec 40 db/dec
40 db/dec
Escala logaritmica (db) →
Escala
linear
(db)
→
Escala linear (db) → ω
ω
– p. 21/123
Diagrama de Bode
 Considere a função de transferência:
H(s) = K
(s + a1)(s − a2)
s(s + b1)(s − b2)(s2 + 2ζωns + ω2
n)
em que: k, a1, a2, b1, b2, ζ, ωn  0
 Note que H(s) pode ser rescrita como
H(s) = K
a1a2
b1b2ω2
n
( s
a1
+ 1)( s
a2
− 1)
s( s
b1
+ 1)( s
b2
− 1)( s2
ω2
n
+ 2ζ
ωn
s + 1)
– p. 22/123
Diagrama de Bode
 Considere a função de transferência:
H(s) = K
a1a2
b1b2ω2
n
( s
a1
+ 1)( s
a2
− 1)
s( s
b1
+ 1)( s
b2
− 1)( s2
ω2
n
+ 2ζ
ωn
s + 1)
−4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4
−2
−1
0
1
2
Re{s}
Im{s}
× ×
×
×
×
◦ ◦
a1 a2
b1 b2
– p. 23/123
Diagrama de Bode
 Considere a função de transferência:
H(s) = K
a1a2
b1b2ω2
n
( s
a1
+ 1)( s
a2
− 1)
s( s
b1
+ 1)( s
b2
− 1)( s2
ω2
n
+ 2ζ
ωn
s + 1)
 Fazendo s = jω, obtém-se a resposta em
frequência
H(jω) = K̄
(jω
a1
+ 1)(jω
a2
− 1)
jω(jω
b1
+ 1)(jω
b2
− 1)(j 2ζ
ωn
ω + 1 + (jω)2
ω2
n
)
na qual: K̄ = K
a1a2
b1b2ω2
n
.
– p. 24/123
Diagrama de Bode
H(jω) = K̄
(jω
a1
+ 1)(jω
a2
− 1)
jω(jω
b1
+ 1)(jω
b2
− 1)(j 2ζ
ωn
ω + 1 + (jω)2
ω2
n
)
 Magnitude:
|H(jω)| = K̄


jω
a1
+ 1





jω
a2
− 1



|jω|


jω
b1
+ 1





jω
b2
− 1





j 2ζ
ωn
ω + 1 + (jω)2
ω2
n



 Fase:
H(jω) = K̄+(
jω
a1
+ 1)+(
jω
a2
− 1)−jω−(
jω
b1
+ 1)
−(
jω
b2
− 1)−(j
2ζ
ωn
ω + 1 +
(jω)2
ω2
n
)
– p. 25/123
Diagrama de Bode
H(jω) = K̄
(jω
a1
+ 1)(jω
a2
− 1)
jω(jω
b1
+ 1)(jω
b2
− 1)(j 2ζ
ωn
ω + 1 + (jω)2
ω2
n
)
 Magnitude em db:
20 log10|H(jω)| = 20 log10K̄+20 log10




jω
a1
+ 1




+20 log10




jω
a2
− 1



 −20 log10|jω|
−20 log10




jω
b1
+ 1



 −20 log10




jω
b2
− 1




−20 log10



j
2ζ
ωn
ω + 1 +
(jω)2
ω2
n




– p. 26/123
Diagrama de Bode: atan
s = α + jβ =⇒ |s| = α2 + β2, s = atan
β
α
ω
90◦
−90◦
θ = atan
β
α
β
α
≥ 0
β
α
≤ 0
=⇒
α
jβ
θ
=⇒
α
jβ
θ
– p. 27/123
Diagrama de Bode: atan2
s = α + jβ =⇒



|s| = α2 + β2,
s = θ = atan2 (β,α)
θ =



























atan

β
α

, α0
180◦
+ atan

β
α

, β≥0, α0
−180◦
+ atan

β
α

, β0, α0
90◦
, β0, α=0
−90◦
, β0, α=0
indefinido, β=0, α=0
– p. 28/123
Diagrama de Bode
Considerar separadamente de cada
componente de H(jω),
 Constante
 Polo ou zero na origem
 Polo ou zero simples
 Polos ou zeros complexos conjugados
 Zero de fase não-mı́nima
 Polo instável
O diagrama de bode será esboçado e
analisado considerando-se a composição
destes termos.
– p. 29/123
Diagrama de Bode
Considere novamente
H(jω) =
H1(jω)

K̄
H3(jω)
  
(
jω
a1
+ 1)
H6(jω)
  
(
jω
a2
− 1)
jω

H2(jω)
jω
b1
+ 1
  
H4(jω)
jω
b2
− 1
  
H7(jω)
j
2ζ
ωn
ω + 1 +
(jω)2
ω2
n
  
H5(jω)
– p. 30/123
Diagrama de Bode: Constante
 Seja H1(jω) = K̄, em que K̄ ∈ R
 Se H1(jω) = K̄≥0:



⇒ 20 log10 |H1(jω)| = 20 log10 K̄
⇒ H1(jω) = 0◦
 Se H1(jω) = K̄0:









⇒ 20 log10 |H1(jω)| = 20 log10 |K̄|
⇒
H1(jω) = atan2(0,−|K̄|)
= 180◦
+ atan

0
−|K̄|

= 180◦
– p. 31/123
Diagrama de Bode: Constante
−1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
0.5
1
1.5
2
−1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
0.5
1
1.5
2
20 log10 |H1(jω)|
20 log10 |K̄|
H1(jω)
K̄  0
K̄ ≥ 0
180◦
0◦
ω
ω
– p. 32/123
Diagrama de Bode: Polo e Zero na origem
 Seja H2(jω) =
1
jω
:
 Polo:



⇒ 20 log10 |H2(jω)| = −20 log10 |jω| = −20 log10 ω
(reta com inclinação de −20db/dec)
⇒ H2(jω) = −atan
ω
0

= −atan(∞) = −90◦
 Zero (jω):



⇒ 20 log10 |1/H2(jω)| = +20 log10 |jω| = +20 log10 ω
(reta com inclinação de +20db/dec)
⇒ H2(jω) = +atan
ω
0

= +atan(∞) = +90◦
– p. 33/123
Diagrama de Bode: Polo e Zero na origem
−1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
0.5
1
1.5
2
−1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
0.5
1
1.5
2
20 log10 | 1
jω |, 20 log10 |jω|
H2(jω), 1/H2(jω)
zero
polo
zero polo
100
90◦
−90◦ ω
ω
– p. 34/123
Diagrama de Bode: Polo simples
 Seja H4(jω) =
1
jω
b1
+ 1
:
⇒ 20 log10 |H4(jω)| = −20 log10
ω2
b2
1
+ 1
1
2
=













−20 log10(1) = 0, ω b1
−20 log10
√
2 = −3,01, ω = b1
−20 log10

ω2
b2
1
1
2
= −20 log10(ω)+20 log10(b1), ω b1
(reta com inclinação de −20db/dec)
– p. 35/123
Diagrama de Bode: Polo simples
 Seja H4(jω) =
1
jω
b1
+ 1
:
⇒ H4(jω) = −atan
ω
b1
=









−atan(0) = 0, ω b1
−atan(1) = −45◦
, ω = b1
−atan(∞) = −90◦
, ω b1
– p. 36/123
Diagrama de Bode: Zero simples
 Seja H3(jω) =
jω
a1
+ 1:
⇒ 20 log10 |H3(jω)| = +20 log10
ω2
a2
1
+ 1
1
2
=













20 log10(1) = 0, ω a1
20 log10
√
2 = 3,01, ω = a1
20 log10

ω2
a2
1
1
2
= +20 log10(ω)−20 log10(a1), ω a1
(reta com inclinação de +20db/dec)
– p. 37/123
Diagrama de Bode: Zero simples
 Seja H3(jω) =
jω
a1
+ 1:
⇒ H3(jω) = +atan
ω
a1
=









atan(0) = 0, ω a1
atan(1) = 45◦
, ω = a1
atan(∞) = 90◦
, ω a1
– p. 38/123
Diagrama de Bode: Polo e Zero simples
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
−2
10
0
10
2
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−100
−50
0
50
100
20 log10 |H3|, 20 log10 |H4|
H2(jω), 1/H2(jω)
a1/10 a1
a1
10a1
b1/10 b1
b1
10b1
20 db/dec
−20 db/dec
90◦
45◦
0◦
−45◦
−90◦
zero
polo
ω
ω
– p. 39/123
Exemplo: Diagrama de Bode
Trace o diagrama de Bode da seguinte
função de transferência
H(s) = 20
s(s + 100)
(s + 2)(s + 10)
– p. 40/123
Exemplo: Diagrama de Bode
 1◦
Passo:
H(s) = 20
s(s + 100)
(s + 2)(s + 10)
= 20 × 100
s( s
100 + 1)
(s + 2)(s + 10)
=
20 × 100
2
s( s
100 + 1)
(s
2 + 1)(s + 10)
=
20 × 100
2×10
s( s
100 + 1)
(s
2 + 1)( s
10 + 1)
= 100
s( s
100 + 1)
(s
2 + 1)( s
10 + 1)
– p. 41/123
Exemplo: Diagrama de Bode
 2◦
Passo:
H(jω) = H(s)|s=jω
= 100
jω( jω
100 + 1)
(jω
2 + 1)(jω
10 + 1)
 3◦
Passo: Analisar cada um dos termos de
H(jω)
– p. 42/123
Exemplo: Constante
 H1(jω) = 100,



⇒ 20 log10 |H1(jω)| = 20 log10 |100| = 40db
⇒ H1(jω) = 0◦
39
39.5
40
40.5
41
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
−1
−0.5
0
0.5
1
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 43/123
Diagrama de Bode: Zero na origem
 Seja H2(jω) = jω:



⇒ 20 log10 |jω| = +20 log10 |jω| = +20 log10 ω
(reta com inclinação de +20db/dec)
⇒ H2(jω) = +atan
ω
0

= +atan(∞) = +90◦
−40
−20
0
20
40
60
80
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
89
89.5
90
90.5
91
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 44/123
Diagrama de Bode: Zero simples
 Seja H3(jω) =
jω
100
+ 1:
⇒ 20 log10 |H3(jω)| = +20 log10
ω2
1002
+ 1
1
2
=













20 log10(1) = 0, ω 100
20 log10
√
2 = +3,01, ω = 100
20 log10

ω2
1002
1
2
= +20 log10(ω)−20 log10(100), ω 100
(reta com inclinação de +20db/dec)
– p. 45/123
Diagrama de Bode: Zero simples
 Seja H3(jω) =
jω
100
+ 1:
⇒ H3(jω) = +atan
 ω
100

=









atan(0) = 0, ω 100
atan(1) = 45◦
, ω = 100
atan(∞) = 90◦
, ω 100
– p. 46/123
Diagrama de Bode: Zero simples
 Seja H3(jω) =
jω
100
+ 1:
0
10
20
30
40
50
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
0
45
90
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 47/123
Diagrama de Bode: Polo simples 1
 Seja H4(jω) =
1
jω
2 + 1
:
⇒ 20 log10 |H4(jω)| = −20 log10
ω2
22
+ 1
1
2
=













−20 log10(1) = 0, ω 2
−20 log10
√
2 = −3,01, ω = 2
−20 log10

ω2
22
1
2
= −20 log10(ω)+20 log10(2), ω 2
(reta com inclinação de −20db/dec)
– p. 48/123
Diagrama de Bode: Polo simples 1
 Seja H4(jω) =
1
jω
2 + 1
:
⇒ H4(jω) = −atan
ω
2

=









−atan(0) = 0, ω 2
−atan(1) = −45◦
, ω = 2
−atan(∞) = −90◦
, ω 2
– p. 49/123
Diagrama de Bode: Polo simples 1
 Seja H4(jω) =
1
jω
2 + 1
:
−80
−70
−60
−50
−40
−30
−20
−10
0
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
−90
−45
0
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 50/123
Diagrama de Bode: Polo simples 2
 Seja H5(jω) =
1
jω
10 + 1
:
⇒ 20 log10 |H5(jω)| = −20 log10
ω2
102
+ 1
1
2
=













−20 log10(1) = 0, ω 10
−20 log10
√
2 = −3,01, ω = 10
−20 log10

ω2
102
1
2
= −20 log10(ω)+20 log10(10), ω 10
(reta com inclinação de −20db/dec)
– p. 51/123
Diagrama de Bode: Polo simples 2
 Seja H5(jω) =
1
jω
10 + 1
:
⇒ H5(jω) = −atan
 ω
10

=









−atan(0) = 0, ω 10
−atan(1) = −45◦
, ω = 10
−atan(∞) = −90◦
, ω 10
– p. 52/123
Diagrama de Bode: Polo simples 2
 Seja H5(jω) =
1
jω
10 + 1
:
−80
−70
−60
−50
−40
−30
−20
−10
0
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
−90
−45
0
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 53/123
Diagrama de Bode: Solução
−50
0
50
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
−90
−45
0
45
90
Phase
(deg) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 54/123
Exercı́cios
Trace o diagrama de Bode relativo a função
de transferência:
H(s) =
1
(s + 0,1)(s + 1)(s + 10)
– p. 55/123
Diagrama de Bode: Solução
−150
−100
−50
0
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−270
−225
−180
−135
−90
−45
0
Phase
(deg) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 56/123
Solução: MATLAB
w = logspace(-2,2);
p1 = tf(1,[1/0.1 1]);
bode(p1,w);
hold on;
p2 = tf(1,[1 1]);
bode(p2,w);
p3 = tf(1,[1/10 1]);
bode(p3,w);
num = 1;
den = conv([1 0.1],[1 1]);
den = conv(den,[1 10]);
H = tf(num,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(3) h(7)],’Color’,’black’,’linewidth’,2);
grid;
– p. 57/123
Exercı́cios
Trace o diagrama de Bode relativo a função
de transferência:
H(s) =
(s + 1)
(s + 0,1)(s + 10)
– p. 58/123
Diagrama de Bode: Solução
−100
−50
0
50
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−90
−45
0
45
90
Phase
(deg) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 59/123
Solução: MATLAB
w = logspace(-2,2);
p1 = tf(1,[1/0.1 1]);
bode(p1,w);
hold on;
z1 = tf([1 1],1);
bode(z1,w);
p2 = tf(1,[1/10 1]);
bode(p2,w);
num = [1 1];
den = conv([1 0.1],[1 10]);
H = tf(num,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(3) h(7)],’Color’,’black’,’linewidth’,2);
grid;
– p. 60/123
Exercı́cios
Trace o diagrama de Bode relativo a função
de transferência:
H(s) =
100
(s + 0,1)(s + 1)(s + 10)
– p. 61/123
Diagrama de Bode: Solução
−100
−50
0
50
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−270
−225
−180
−135
−90
−45
0
Phase
(deg) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 62/123
Solução: MATLAB
w = logspace(-2,2);
K = tf(100,1);
bode(K,w);
hold on;
p1 = tf(1,[1/0.1 1]);
bode(p1,w);
p2 = tf(1,[1 1]);
bode(p2,w);
p3 = tf(1,[1/10 1]);
bode(p3,w);
den = conv([1 0.1],[1 1]);
den = conv(den,[1 10]);
H = tf(100,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(4) h(8)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid;
– p. 63/123
Exercı́cios
Trace o diagrama de Bode relativo a função
de transferência:
H(s) =
100(s + 10)
(s + 0,1)(s + 1)
– p. 64/123
Diagrama de Bode: Solução
−100
−50
0
50
100
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−180
−135
−90
−45
0
45
90
Phase
(deg) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 65/123
Solução: MATLAB
w = logspace(-2,2);
K = tf(100*10/0.1,1);
bode(K,w);
hold on;
z1 = tf([1/10 1],1);
bode(z1,w);
p1 = tf(1,[1/0.1 1]);
bode(p1,w);
p2 = tf(1,[1/1 1]);
bode(p2,w);
num = 100*[1 10];
den = conv([1 0.1],[1 1]);
H = tf(num,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(3) h(8)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid;
– p. 66/123
Diagrama de Bode
 Considere a função de transferência:
H(s) = K
a1a2
b1b2ω2
n
( s
a1
+ 1)( s
a2
− 1)
s( s
b1
+ 1)( s
b2
− 1)( s2
ω2
n
+ 2ζ
ωn
s + 1)
−4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4
−2
−1
0
1
2
Re{s}
Im{s}
× ×
×
×
×
◦ ◦
a1 a2
b1 b2
– p. 67/123
Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos
 Seja H5(jω) =
1
j 2ζ
ωn
ω +

1−ω2
ω2
n
:
20 log10 |H5(jω)| = −20 log10

4ζ2
ω2
n
ω2
+ 12
− 2ω2
ω2
n
+

ω4
ω4
n
1
2
= −10 log10 1 + (4ζ2
− 2)ω2
ω2
n
+

ω
ωn
4













−10 log10(1) = 0, ω ωn
−10 log10(1 + (4ζ2
− 2) + 1) = −20 log10(2ζ), ω = ωn
−10 log10

ω
ωn
4
= −40 log10(ω)+40 log10(ωn), ω ωn
(reta com inclinação de −40db/dec)
– p. 68/123
Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos
 Seja H5(jω) =
1
j 2ζ
ωn
ω +

1−ω2
ω2
n
:
⇒ H5(jω) = −atan2
2ζ
ωn
ω, 1−
ω2
ω2
n















−atan2

2ζω
ωn
,1

= −atan

2ζω
ωn

= 0◦
, ω ωn
−atan2(2ζ,0) = −90◦
, ω = ωn
−atan2

2ζ
ωn
ω, −ω2
ω2
n

= −atan2

2ζ, − ω
ωn

= −

180◦
+ atan

−2ζωn
ω

= −180◦
, ω ωn
– p. 69/123
Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos
10
−1
10
0
10
1
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
−1
10
0
10
1
−200
−150
−100
−50
0
20 log10 |H5(jω)|
H5(jω)
assintota
assintota
assintota
assintota
−40 db/dec
ζ = 0,1
ζ = 0,1







←−
←−
←−
= 0,2
= 0,2
= 0,3
= 0,3
= 0,5
ζ = 0,707
ζ = 0,707
ζ = 1
0◦
−90◦
−180◦
ω
ω
– p. 70/123
Exercı́cios
Trace o diagrama de Bode relativo a função
de transferência:
H(s) =
1
s2 + 2s + 2
– p. 71/123
Exercı́cios
H(s) =
1
s2 + 2s + 2
=
1
s2 + 2ζωns + ω2
n
logo
ωn =
√
2 e ζ = 1/ωn ≈ 0,7071
Portanto,
H(s) =
1
ω2
n
1
s2/ω2
n + 2ζs/ωn + 1
=
1
2
1
s2/2 + s + 1
– p. 72/123
Diagrama de Bode: Solução
−100
−80
−60
−40
−20
0
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−180
−135
−90
−45
0
Phase
(deg) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 73/123
Solução: MATLAB
wn = sqrt(2);
zeta = 1/wn;
w = logspace(-2,2);
K = tf(1,wn^2);
bode(K,w);
hold on;
p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]);
bode(p12,w);
num = 1
den = [1 2 2];
H = tf(num,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2);
grid;
– p. 74/123
Exercı́cios
Trace o diagrama de Bode relativo a função
de transferência:
H(s) =
1
s2 + 0,2
√
2s + 2
– p. 75/123
Exercı́cios
H(s) =
1
s2 + 0,2
√
2s + 2
=
1
s2 + 2ζωns + ω2
n
logo
ωn =
√
2 e ζ = 0,1
Portanto,
H(s) =
1
2
1
s2/2 + 0,1
√
2s + 1
– p. 76/123
Diagrama de Bode: Solução
−80
−60
−40
−20
0
20
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−180
−135
−90
−45
0
Phase
(deg) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 77/123
Solução: MATLAB
wn = sqrt(2);
zeta = 0.1;
w = logspace(-2,2);
K = tf(1,wn^2);
bode(K,w);
hold on;
p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]);
bode(p12,w);
num = 1
den = [1 0.2*sqrt(2) 2];
H = tf(num,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2);
grid;
– p. 78/123
Exercı́cios
Trace o diagrama de Bode relativo a função
de transferência:
H(s) =
1
s2 + 2
– p. 79/123
Exercı́cios
H(s) =
1
s2 + 2
=
1
s2 + 2ζωns + ω2
n
logo
ωn =
√
2 e ζ = 0
Portanto,
H(s) =
1
2
1
s2/2 + 1
– p. 80/123
Diagrama de Bode: Solução
−80
−60
−40
−20
0
20
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−180
−135
−90
−45
0
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
Este é o resultado esperado? – p. 81/123
Solução: MATLAB
wn = sqrt(2);
zeta = 0;
w = logspace(-2,2);
K = tf(1,wn^2);
bode(K,w);
hold on;
p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]);
bode(p12,w);
num = 1
den = [1 0 2];
H = tf(num,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2);
grid;
– p. 82/123
Diagrama de Bode: Solução
−100
−50
0
50
100
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−180
−135
−90
−45
0
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
Aumentado número de pontos em ω. – p. 83/123
Solução: MATLAB
wn = sqrt(2);
zeta = 0;
w = logspace(-2,2,1000);
K = tf(1,wn^2);
bode(K,w);
hold on;
p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]);
bode(p12,w);
num = 1
den = [1 0 2];
H = tf(num,den);
bode(H,w);
h = findobj(gcf,’type’,’line’);
set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2);
grid;
– p. 84/123
Diagrama de Bode
 Considere a função de transferência:
H(s) = K
a1a2
b1b2ω2
n
( s
a1
+ 1)( s
a2
− 1)
s( s
b1
+ 1)( s
b2
− 1)( s2
ω2
n
+ 2ζ
ωn
s + 1)
−4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4
−2
−1
0
1
2
Re{s}
Im{s}
× ×
×
×
×
◦ ◦
a1 a2
b1 b2
– p. 85/123
Diagrama de Bode: Zero de fase não mı́nima
 Seja H6(jω) =
jω
a2
−1:
⇒ 20 log10 |H6(jω)| = +20 log10
jω2
a2
2
+ (−1)2
1
2
=













20 log10(1) = 0, ω a2
20 log10
√
2 = 3,01, ω = a2
20 log10

ω2
a2
2
1
2
= +20 log10(ω)−20 log10(a2), ω a2
(reta com inclinação de +20db/dec)
 Igual ao zero simples
– p. 86/123
Diagrama de Bode: Zero de fase não mı́nima
 Seja H6(jω) =
jω
a2
−1:
⇒ H6(jω) = +atan2
ω
a2
= 180◦
+ atan −
ω
a2
=









180◦
+ atan(0) = 180◦
, ω a2
180◦
+ atan(−1) = 135◦
, ω = a2
180◦
+ atan(−∞) = 90◦
, ω a2
– p. 87/123
Diagrama de Bode: Polo simples instável
 Seja H7(jω) =
1
jω
b2
−1
:
⇒ 20 log10 |H7(jω)| = −20 log10
jω2
b2
2
+ (−1)2
1
2
=













−20 log10(1) = 0, ω b2
−20 log10
√
2 = −3,01, ω = b2
−20 log10

ω2
b2
1
1
2
= −20 log10(ω)+20 log10(b1), ω b2
(reta com inclinação de −20db/dec)
 Igual ao polo simples
– p. 88/123
Diagrama de Bode: Polo simples instável
 Seja H7(jω) =
1
jω
b2
− 1
:
⇒ H7(jω) = −atan2
ω
b2
, − 1 = −

180◦
+ atan −
ω
b2









−180◦
− atan(0) = −180◦
, ω b2
−180◦
− atan(−1) = −135◦
, ω = b2
−180◦
− atan(−∞) = −90◦
, ω b2
– p. 89/123
Diag. de Bode: Polo/instável e Zero/Fase não mı́nima
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−200
−100
0
100
200
20 log10 |H6(jω)|, 20 log10 |H7(jω)|
H6(jω), H7(jω)
a2/10 a2
a2
10a2
b1/10 b2
b2
10b2
20 db/dec
−20 db/dec
180◦
90◦
0◦
−90◦
−180◦
zero
polo
ω
ω
– p. 90/123
Sistemas de Fase Não-Mı́nima
 Zeros no semi-plano direito.
 Zeros no semi-plano direito são classificados como
zeros de fase não mı́nima
 FT com zeros no semi-plano direito são
classificadas como FT de fase não-mı́nima.
 Os sistemas com FT de fase não mı́nima são
classificados como sistemas de fase não mı́nima.
– p. 91/123
Sistemas de Fase Não-Mı́nima
Uma FT é dita de fase mı́nima
se todos os seus zeros estão
no semi-plano esquerdo do plano-s.
Ela é chamada de FT de fase não-mı́nima se algum
zero estiver no semi-plano direito
Nota: Segundo alguns autores, sistema de fase não-mı́nima não
é caracterizado apenas por zeros no semi-plano direito, mas
também por polos instáveis...
– p. 92/123
Sistemas de Fase Não-Mı́nima
 Se os zeros de H1(s) estão todos no semi-plano
esquerdo e os zeros de H2(s) são os zeros de H1(s)
refletidos para o semi-plano direito, então
|H1(s)| = |H2(s)| e ∠H1(s) = ∠H2(s)
 Quando se compara a variação de fase dos
sistemas H1(s) e H2(s), observa-se que a variação de
fase de H1(s) (todos os zeros no semi-plano esquerdo)
é sempre menor que a variação de fase de H2(s)
(todos os zeros no semi-plano direito).
– p. 93/123
Exercı́cio: Sistemas de Fase Não-Mı́nima
Considere dois sistemas com funções de
transferência
H1(s) =
2s +1
0,1s + 1
, e H2(s) =
2s−1
0,1s + 1
 As duas FT têm a mesma magnitude,
porém caracterı́sticas de fase diferentes
 Trace o diagrama de Bode dos sistemas
acima.
– p. 94/123
Exercı́cio: Sistemas de Fase Não-Mı́nima
0
5
10
15
20
25
30
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
0
45
90
135
180
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
H2
H1
– p. 95/123
Retardo no tempo
 τ: Retardo no tempo, atraso de tempo ou atraso
de transporte.
 f(t − τ): f(t) atrasada de τ unidades
 L{f(t)} = F(s) e L{f(t − τ)} = e−τs
F(s)
 e−τs
: função transcendental
– p. 96/123
H. E. Padé
Henri Eugène Padé (França, 17/12/1863 - 09/07/1953)
 Aproximar e−sτ
como
uma função racional ;
 Padé propôs a
aproximação
e−τs
≈ Pn(s) =
Qn(−τs)
Qn(τs)
sendo
Qn(τs)=
n

j=0
(n + j)!
j!(n − j)!
(τs)n−j
 Aproximação melhor que a série de Taylor truncada e pode
ser aplicada quando a série de Taylor não converge.
– p. 97/123
Exemplo: Aproximação de Padé
e−τs
≈ Pn(s) =
Qn(−τs)
Qn(τs)
sendo Qn(τs) =
n

j=0
(n + j)!
j!(n − j)!
(τs)n−j
 Para τ = 1, temos a aproximação de Padé
P1(s) =
−s + 2
s + 2
P2(s) =
s2
− 6s + 12
s2 + 6s + 12
P3(s) =
−s3
+ 12s2
− 60s + 120
s3 + 12s2 + 60s + 120
– p. 98/123
Exemplo: Aproximação de Padé
 Considere
H(s) =
1
s + 1
e−s
⇒ Y (s) =
1
s + 1
R(s)e−s
≈
1
s + 1
R(s)
−s + 2
s + 2
≈
1
s + 1
R(s)
s2
− 6s + 12
s2 + 6s + 12
≈
1
s + 1
R(s)
−s3
+ 12s2
− 60s + 120
s3 + 12s2 + 60s + 120
– p. 99/123
Exemplo: Aproximação de Padé
 Para R(s) = 1/s, usando aproximações para e−s
, temos y(t)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
−0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
Resposta ao degrau
Amplitude
Tempo
– p. 100/123
Retardo no Tempo/Fase Não-Mı́nima
O retardo no tempo - ou atraso de transporte -
caracterizado por e−sτ
, é um exemplo de sistema de
fase não-mı́nima. Veja que uma simples expansão de
ordem ‘n’ usando Padé gera ‘n’ zeros no semi
plano-direito...
 Note que
|e−jωτ
| = | cos ωτ − jsen ωτ| = 1
e
∠e−jωτ
= −ωτ
– p. 101/123
Diagrama de Bode: Retardo no tempo
 Seja Hτ (jω) = e−jτω
:
⇒ 20 log10 |Hτ (jω)| = −20 log10 |ejτω
| = −20 log10 |1| = 0
⇒ Hτ (jω) = e−jτω
= −τω
(Taxa de variação de fase constante)
 Seja H(s)e−τs
, logo observe que:
limω→∞
d
dω
∠H(jω)e−jτω
= limω→∞
d
dω
[∠H(jω) + ∠e−jτω
]
= limω→∞
d
dω
[∠H(jω)−τω]
= 0 − τ = −τ
– p. 102/123
Diagrama de Bode: Retardo no tempo
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−20
−10
0
10
20
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
−1
−0.8
−0.6
−0.4
−0.2
0
0.2
20 log10 |e−jτω
|
e−jτω
ω
ω
– p. 103/123
Exemplo: Retardo no tempo
Obter o diagrama de Bode de
H(jω) =
e−jωτ
1 + jωτ
 A magnitude é
20 log |H(jω)| = 20 log

e−jωτ


  
0
+20 log




1
1 + jωτ




 O ângulo de fase é
∠H(jω) = ∠e−jωτ
  
−ωτ
−atan(ωτ)
 Portanto basta combinar o efeito do retardo, ie, um
decréscimo na fase...
– p. 104/123
Diagrama de Bode: Retardo no tempo
 Pode-se usar o MATLAB c

para avaliar a resposta em frequência de
um sistema de 1a. ordem com retardo no tempo.
h=tf(1,[2 1]) % h = 1/(2s + 1) - sem retardo
g=tf(1,[2 1],’iodelay’,2) % g = exp(-2s) * h - h com retardo
bode(h), hold on, bode(g)
Note que para frequências especı́ficas, considerando τ = 2s, obtém-se o
atraso em fase de −τω:
frequência (rad/s) Atraso na Fase (−τω ∗ 180o
/π)
1 −114◦
2 −229◦
10 −1145◦
– p. 105/123
Diagrama de Bode: Retardo no tempo
−30
−25
−20
−15
−10
−5
0
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
−90
−60
−30
0
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 106/123
Obtendo a FT do Diagrama de Bode
1. Traçar assı́ntotas as curvas de módulo. As assı́nto-
tas devem ter inclinações múltiplas de ±20 db/dec.
2. Se a inclinação da curva de módulo mudar de
um fator de 20 db/dec em ω = a1, então a FT possui
um termo da forma:
jω
a1
+ 1
3. Se a inclinação da curva de módulo mudar de
um fator de −20 db/dec em ω = b1, então a FT possui
um termo da forma:
1

jω
b1
+ 1

– p. 107/123
Diag. de Bode: Polo/instável e Zero/Fase não mı́nima
4. Se a inclinação da curva de módulo mudar de
um fator de 40 db/dec em ω = a2, então a FT possui
um termo da forma:

1 + 2ζ j
ω
a2
+ j
ω
a2
2

5. Se a inclinação da curva de módulo mudar de
um fator de −40 db/dec em ω = b2, então a FT possui
um termo da forma:
1

1 + 2ζ

j ω
b2

+

j ω
b2
2
– p. 108/123
Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos
6. Para baixas frequências temos a relação
|H(jω)| ≈



K̄
1
(jω)q




 A qual nos possibilita descobrir o ganho
da FT e o número de polos na origem.
 Para os próximos passos: Assuma que a
FT seja de fase mı́nima e trace a curva
de fase.
– p. 109/123
Diagrama de Bode: Polo e Zero na origem
7. Se a curva de fase obtida diferir da curva
de fase obtida experimentalmente,
então, algum dos zeros/polos estão no
spd ou o sistema tem ganho negativo.
8. Se a curva de fase obtida diferir da curva
de fase obtida experimentalmente por
um fator com taxa de variação
constante, então, haverá um fator de
retardo de transporte.
– p. 110/123
Exemplo 1
Determine a função de transferência do sistema
conhecendo:
−150
−100
−50
0
50
100
Magnitude
(dB)
10
−3
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−180
−135
−90
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 111/123
Exemplo 1: Solução
Traçando as assı́ntotas:
10
−3
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−150
−100
−50
0
50
100
Magnitude
(dB)
10
−3
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−180
−160
−140
−120
−100
−80
Phase
(deg)
Frequency (rad/sec)
– p. 112/123
Exemplo 1: Solução
 Sistema com um polo na origem, usando
20 log10(H(j1)) = 20 log

K̄

 = 0 → K̄ = 1
 Em ω = 0,1 mudança de −20 db/dec, então temos
1
j ω
0,1
+ 1
 Em ω = 1 mudança de +20 db/dec, então temos
j
ω
1
+ 1
 Em ω = 10 mudança de −20 db/dec, então temos
1
j ω
10
+ 1
– p. 113/123
Exemplo 1: Solução
 Assim, temos
H(jω) = 1
jω

j ω
1
+ 1


j ω
0,1
+ 1
 
j ω
10
+ 1

logo, substituindo jω = s,
H(s) =
(s + 1)
s (s + 0,1) (s + 10)
 Finalmente, é necessário encontrar a curva de
fase para a FT encontrada e verificar se é igual a
curva de fase obtida experimentalmente. Neste
caso são idênticas.
– p. 114/123
Exemplo 2
Determine a função de transferência do sistema
conhecendo:
−150
−100
−50
0
50
100
Magnitude
(dB)
10
−3
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−180
−135
−90
−45
0
45
90
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/s)
– p. 115/123
Exemplo 2: Solução
Traçando as assı́ntotas:
10
−3
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−150
−100
−50
0
50
100
Magnitude
(dB)
10
−3
10
−2
10
−1
10
0
10
1
10
2
10
3
−200
−150
−100
−50
0
50
100
Phase
(deg)
Frequency (rad/sec)
– p. 116/123
Exemplo 2: Solução
 Como no Exercı́cio 1, temos:
H(s) =
(s+1)
s (s + 0,1) (s + 10)
 Finalmente, é necessário encontrar a curva de
fase para a FT encontrada e verificar se é igual a
curva de fase obtida experimentalmente. Neste
caso são diferentes.
 Presença de um termo de fase não mı́nima,
neste caso, um zero
 Logo a solução é
H(s) =
(s−1)
s (s + 0,1) (s + 10)
– p. 117/123
Exercı́cio
Determine a função de transferência do sistema
conhecendo:
−30
−25
−20
−15
−10
−5
0
Magnitude
(dB)
10
−2
10
−1
10
0
10
1
−90
−60
−30
0
Phase
(deg)
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
– p. 118/123
Exercı́cio: Solução
 Sistema sem polo na origem, para ω 1 temos
20 log10(G(jω)) = 20 log

K̄

 = 0 → K̄ = 1
 Em ω = 0,5 há uma mudança de −20 db/dec
Gc(jω) = 1
1
j ω
0,5
+ 1
=
1
2
1
jω + 0,5
então (Gc(s): FT calculada)
Gc(s) =
1
2
1
s + 0,5
 Nota-se que a curva de fase medida difere por
uma taxa variante constante da curva calculada,
o que indica a presença de retardo, τ.
– p. 119/123
Exercı́cio: Solução
 Assumindo a presença do retardo temos
Gm(s) = Gc(s)e−sτ
=
1
2
1
s + 0,5
e−sτ
portanto (Gm(s): FT real obtida
experimentamente)
∠Gc(jω)e−jωτ
  
Gm(jω)
= ∠
1
2
1
jω + 0,5
  
Gc(jω)
−ωτ
 Determinar τ.
– p. 120/123
Exercı́cio: Solução
Gc: resposta calculada e Gm: resposta medida
−8
−6
−4
−2
0
Magnitude
(dB) Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
10
−2
10
−1
10
0
−90
−60
−30
0
System: Gc
Frequency (rad/sec): 0.1
Phase (deg): −11.4
System: Gm
Frequency (rad/sec): 0.1
Phase (deg): −22.8
System: Gc
Frequency (rad/sec): 0.2
Phase (deg): −21.8
System: Gm
Frequency (rad/sec): 0.2
Phase (deg): −44.7
Phase
(deg)
– p. 121/123
Exercı́cio: Solução
 Temos que
∠Gm(jω) = ∠Gc(jω) − ωτ
 Cálculo 1: Para ω = 0,1, temos:
 ∠Gc(jω) = −11,4◦
= −0,1990 rad
 ∠Gm(jω) = −22,8◦
= −0,3979 rad Portanto
−0,3979 = −0,1990 − ωτ
τ =
0,3979 − 0,1990
0,1
= 1,989 ≈ 2
– p. 122/123
Exercı́cio: Solução
 Cálculo 2: Para ω = 0,2, temos:
 ∠Gc(jω) = −21,8◦
= −0,3805 rad
 ∠Gm(jω) = −44,7◦
= −0,7802 rad
Portanto
−0,7802 = −0,3805 − ωτ
τ =
0,7802 − 0,3805
0,2
= 1,9985 ≈ 2
 Finalmente
G(s) =
1
2
1
s + 0,5
e−2s
– p. 123/123

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  • 1. Capı́tulo 6 - Diagrama de Bode Prof. Fernando de Oliveira Souza (baseado nas notas de aula de SDL do Prof. Bruno Otávio) fosouza@cpdee.ufmg.br (http://www.cpdee.ufmg.br/∼fosouza/) Departamento de Engenharia Eletrônica Universidade Federal de Minas Gerais Av. Antônio Carlos 6627, Belo Horizonte, MG, Brasil – p. 1/123
  • 2. Resposta Senoidal (Tempo contı́nuo) Considere x(t) = ejωt , logo y(t) = ∞ −∞ h(τ)x(t − τ)dτ = ∞ −∞ h(τ)ejω(t−τ) dτ = ejωt ∞ −∞ h(τ)e−jωτ dτ = ejωt H(jω) H(jω) = |H(jω)|ej{H(jω)} H(jω) resposta em frequência – p. 2/123
  • 3. Resposta Senoidal (Tempo contı́nuo) y(t) = ejωt H(jω) = ejωt |H(jω)|ej{H(jω)} = e(jωt+{H(jω)}) |H(jω)| H(jω) resposta em frequência H(jω) = |H(jω)|ej{H(jω)} |H(jω)| resposta em módulo ou magnitude {H(jω)} resposta em fase – p. 3/123
  • 4. Resposta Senoidal (Tempo discreto) Considere: y[n] = ∞ k=−∞ h[k]x[n − k], com x[n] = ejωn então, y[n] = ∞ k=−∞ h[k]ejω(n−k) = ejωn ∞ k=−∞ h[k]e−jωk = ejωn H(ejω ) – p. 4/123
  • 5. Resposta em Frequência H(ejω ) = ∞ k=−∞ h[k]e−jωk H(ejω ) é chamado de Resposta em Frequência do sistema discreto. H(jω) = ∞ −∞ h(τ)e−jωτ dτ H(jω) é chamado de Resposta em Frequência do sistema contı́nuo. – p. 5/123
  • 6. Resposta Senoidal (Diagramas de Blocos) Em termos de diagrama de blocos, Tempo contı́nuo h(t) ejωt H(jω)ejωt Tempo discreto h[n] ejωn H(ejω )ejωn – p. 6/123
  • 7. Resposta em frequência A Resposta em frequência pode ser obtida pela posição dos polos e zeros do sistema representado por uma função de transferência. – p. 7/123
  • 8. Resposta em frequência Obtenha a saı́da do sistema com função de transferência Y (s) X(s) = H(s) quando a entrada x(t) é uma senoide de amplitude A x(t) = Asen(ωt)u(t). – p. 8/123
  • 9. Resposta em frequência A transformada de Laplace da entrada é X(s) = Aω s2 + ω2 Logo, transformada de Laplace da saı́da é Y (s) = H(s) Aω s2 + ω2 Assumindo que H(s) tenha polos reais distintos e usando frações parciais Y (s) = α1 s − p1 + α2 s − p2 + · · · + αn s − pn + β0 s + jω + β∗ 0 s − jω – p. 9/123
  • 10. Resposta em frequência Y (s) = α1 s − p1 + α2 s − p2 + · · · + αn s − pn + β0 s + jω + β∗ 0 s − jω Logo, a saı́da é y(t) = α1ep1t + α2ep2t + · · · + αnepnt yn + β0e−jωt + β∗ 0ejωt yf Se H(s) for assintoticamente estável (p1,p2, . . . ,pn 0), então a solução em regime permanente será: yf (t) – p. 10/123
  • 11. Resposta em frequência yf (t) = β0e−jωt + β0 ∗ ejωt Calculando os coeficientes: β0 = (s + jω)H(s) Aω (s + jω)(s − jω) s=−jω = H(−jω) Aω −2jω = H(−jω)A −2j ⇒ β0 ∗ = H(jω)A 2j – p. 11/123
  • 12. Resposta em frequência Portanto, yf (t) = β0e−jωt + β0 ∗ ejωt = − H(−jω)A 2j e−jωt + H(jω)A 2j ejωt = A H(jω) 2j ejωt − H(−jω) 2j e−jωt = A |H(jω)|ejH(jω) 2j ejωt − H(−jω)e−jH(jω) 2j e−jωt = A|H(jω)| ej(ωt+H(jω)) −e−j(ωt+H(jω)) 2j = A|H(jω)|sen(ωt + H(jω)) – p. 12/123
  • 13. Resposta em frequência yf (t) = A|H(jω)|sen(ωt + H(jω)) A resposta em regime permanente de um sistema LIT estável excitado por uma senóide de freq. ω também será uma senóde de freq ω, mas com sua amplitude e fase possivelmente alteradas. As mudanças de amplitude e de fase não são fixas, pois dependem da frequência do sinal de entrada ω. – p. 13/123
  • 14. Resposta em frequência yf (t) = A|H(jω)|sen(ωt + H(jω)) Objetivos: 1. Analisar como o sistema responde a entradas senoidais diferentes 2. Avaliar |H(s)| para s assumindo valores no eixo imaginário (s = jω) é muito útil para determinar a estabilidade de sistemas em malha-fechada (Nesta análise consideramos que H(s) tem polos reais e distintos, mas o mesmo resultado é obtido caso H(s) tenha polos complexos conjugados ou repetidos) – p. 14/123
  • 15. Exemplo: Resposta em frequência Saı́da do sistema H(s) = 1 s + 1 devido a entrada x(t) = sen(10t)u(t) A resposta completa é y(t) = 10 101 e−t yn + 1 √ 101 sen(10t − 84,2◦ ) yf – p. 15/123
  • 16. Exemplo: Resposta em frequência y(t) = 10 101 e−t yn + 1 √ 101 sen(10t − 84,2◦ ) yf 1 2 3 4 5 6 y yn yf 0,2 0,15 0,1 0,05 0 0 −0,05 −0,1 – p. 16/123
  • 17. H. W. Bode Hendrix Wade Bode (Estados Unidos, 24/12/1905 - 21/06/1982) Representar a resposta em frequência é um problema antigo; Antes dos computadores esta representação precisava ser feita a mão; A técnica mais usual para representar resposta em frequência foi desenvolvida por H. W. Bode no Labo- ratório Bell (fundado por Alexander Graham Bell) entre 1932 e 1942. – p. 17/123
  • 18. Diagrama de Bode Escala Logaritmica: permite analisar uma faixa ampla de frequências Considere: G(jω) = (jω + n1)(jω + n2) (jω + d1)(jω + d2)(jω + d3) = r1r2 r3r4r5 ej(θ1+θ2−θ3−θ4−θ5) O ângulo total é a contribuição linear, adição, de todos os ângulos individuais Entretanto, o módulo é: |G(jω)| = r1r2 r3r4r5 – p. 18/123
  • 19. Diagrama de Bode Escala Logaritmica: permite analisar uma faixa ampla de frequências O módulo é: |G(jω)| = r1r2 r3r4r5 Por outro lado: log10|G(jω)| = log10 r1r2 r3r4r5 = log10r1+log10r2−log10r3−log10r4−log10r5 O logaritmo de |G(jω)| total é a contribuição linear dos logaritmos dos termos ri. – p. 19/123
  • 20. Diagrama de Bode O diagrama de Bode é representado em duas curvas i) Magnitude em Decibels × Log de ω ii) Fase em graus × Log de ω Decibel corresponde a 20 vezes o logaritmo da quantidade: 20 log10 |H(jω)| é a magnitude logaritmica Decibel: db, dB (1/10 de bel) – p. 20/123
  • 21. Diagrama de Bode: Solução 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −40 −20 0 20 40 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 −40 −20 0 20 40 20 db/dec = 6 db/oitava 20 db/dec 40 db/dec 40 db/dec Escala logaritmica (db) → Escala linear (db) → Escala linear (db) → ω ω – p. 21/123
  • 22. Diagrama de Bode Considere a função de transferência: H(s) = K (s + a1)(s − a2) s(s + b1)(s − b2)(s2 + 2ζωns + ω2 n) em que: k, a1, a2, b1, b2, ζ, ωn 0 Note que H(s) pode ser rescrita como H(s) = K a1a2 b1b2ω2 n ( s a1 + 1)( s a2 − 1) s( s b1 + 1)( s b2 − 1)( s2 ω2 n + 2ζ ωn s + 1) – p. 22/123
  • 23. Diagrama de Bode Considere a função de transferência: H(s) = K a1a2 b1b2ω2 n ( s a1 + 1)( s a2 − 1) s( s b1 + 1)( s b2 − 1)( s2 ω2 n + 2ζ ωn s + 1) −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 −2 −1 0 1 2 Re{s} Im{s} × × × × × ◦ ◦ a1 a2 b1 b2 – p. 23/123
  • 24. Diagrama de Bode Considere a função de transferência: H(s) = K a1a2 b1b2ω2 n ( s a1 + 1)( s a2 − 1) s( s b1 + 1)( s b2 − 1)( s2 ω2 n + 2ζ ωn s + 1) Fazendo s = jω, obtém-se a resposta em frequência H(jω) = K̄ (jω a1 + 1)(jω a2 − 1) jω(jω b1 + 1)(jω b2 − 1)(j 2ζ ωn ω + 1 + (jω)2 ω2 n ) na qual: K̄ = K a1a2 b1b2ω2 n . – p. 24/123
  • 25. Diagrama de Bode H(jω) = K̄ (jω a1 + 1)(jω a2 − 1) jω(jω b1 + 1)(jω b2 − 1)(j 2ζ ωn ω + 1 + (jω)2 ω2 n ) Magnitude: |H(jω)| = K̄ jω a1 + 1 jω a2 − 1 |jω| jω b1 + 1 jω b2 − 1 j 2ζ ωn ω + 1 + (jω)2 ω2 n Fase: H(jω) = K̄+( jω a1 + 1)+( jω a2 − 1)−jω−( jω b1 + 1) −( jω b2 − 1)−(j 2ζ ωn ω + 1 + (jω)2 ω2 n ) – p. 25/123
  • 26. Diagrama de Bode H(jω) = K̄ (jω a1 + 1)(jω a2 − 1) jω(jω b1 + 1)(jω b2 − 1)(j 2ζ ωn ω + 1 + (jω)2 ω2 n ) Magnitude em db: 20 log10|H(jω)| = 20 log10K̄+20 log10 jω a1 + 1 +20 log10 jω a2 − 1 −20 log10|jω| −20 log10 jω b1 + 1 −20 log10 jω b2 − 1 −20 log10 j 2ζ ωn ω + 1 + (jω)2 ω2 n – p. 26/123
  • 27. Diagrama de Bode: atan s = α + jβ =⇒ |s| = α2 + β2, s = atan β α ω 90◦ −90◦ θ = atan β α β α ≥ 0 β α ≤ 0 =⇒ α jβ θ =⇒ α jβ θ – p. 27/123
  • 28. Diagrama de Bode: atan2 s = α + jβ =⇒    |s| = α2 + β2, s = θ = atan2 (β,α) θ =                            atan β α , α0 180◦ + atan β α , β≥0, α0 −180◦ + atan β α , β0, α0 90◦ , β0, α=0 −90◦ , β0, α=0 indefinido, β=0, α=0 – p. 28/123
  • 29. Diagrama de Bode Considerar separadamente de cada componente de H(jω), Constante Polo ou zero na origem Polo ou zero simples Polos ou zeros complexos conjugados Zero de fase não-mı́nima Polo instável O diagrama de bode será esboçado e analisado considerando-se a composição destes termos. – p. 29/123
  • 30. Diagrama de Bode Considere novamente H(jω) = H1(jω) K̄ H3(jω) ( jω a1 + 1) H6(jω) ( jω a2 − 1) jω H2(jω) jω b1 + 1 H4(jω) jω b2 − 1 H7(jω) j 2ζ ωn ω + 1 + (jω)2 ω2 n H5(jω) – p. 30/123
  • 31. Diagrama de Bode: Constante Seja H1(jω) = K̄, em que K̄ ∈ R Se H1(jω) = K̄≥0:    ⇒ 20 log10 |H1(jω)| = 20 log10 K̄ ⇒ H1(jω) = 0◦ Se H1(jω) = K̄0:          ⇒ 20 log10 |H1(jω)| = 20 log10 |K̄| ⇒ H1(jω) = atan2(0,−|K̄|) = 180◦ + atan 0 −|K̄| = 180◦ – p. 31/123
  • 32. Diagrama de Bode: Constante −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 0.5 1 1.5 2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 0.5 1 1.5 2 20 log10 |H1(jω)| 20 log10 |K̄| H1(jω) K̄ 0 K̄ ≥ 0 180◦ 0◦ ω ω – p. 32/123
  • 33. Diagrama de Bode: Polo e Zero na origem Seja H2(jω) = 1 jω : Polo:    ⇒ 20 log10 |H2(jω)| = −20 log10 |jω| = −20 log10 ω (reta com inclinação de −20db/dec) ⇒ H2(jω) = −atan ω 0 = −atan(∞) = −90◦ Zero (jω):    ⇒ 20 log10 |1/H2(jω)| = +20 log10 |jω| = +20 log10 ω (reta com inclinação de +20db/dec) ⇒ H2(jω) = +atan ω 0 = +atan(∞) = +90◦ – p. 33/123
  • 34. Diagrama de Bode: Polo e Zero na origem −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 0.5 1 1.5 2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 0.5 1 1.5 2 20 log10 | 1 jω |, 20 log10 |jω| H2(jω), 1/H2(jω) zero polo zero polo 100 90◦ −90◦ ω ω – p. 34/123
  • 35. Diagrama de Bode: Polo simples Seja H4(jω) = 1 jω b1 + 1 : ⇒ 20 log10 |H4(jω)| = −20 log10 ω2 b2 1 + 1 1 2 =              −20 log10(1) = 0, ω b1 −20 log10 √ 2 = −3,01, ω = b1 −20 log10 ω2 b2 1 1 2 = −20 log10(ω)+20 log10(b1), ω b1 (reta com inclinação de −20db/dec) – p. 35/123
  • 36. Diagrama de Bode: Polo simples Seja H4(jω) = 1 jω b1 + 1 : ⇒ H4(jω) = −atan ω b1 =          −atan(0) = 0, ω b1 −atan(1) = −45◦ , ω = b1 −atan(∞) = −90◦ , ω b1 – p. 36/123
  • 37. Diagrama de Bode: Zero simples Seja H3(jω) = jω a1 + 1: ⇒ 20 log10 |H3(jω)| = +20 log10 ω2 a2 1 + 1 1 2 =              20 log10(1) = 0, ω a1 20 log10 √ 2 = 3,01, ω = a1 20 log10 ω2 a2 1 1 2 = +20 log10(ω)−20 log10(a1), ω a1 (reta com inclinação de +20db/dec) – p. 37/123
  • 38. Diagrama de Bode: Zero simples Seja H3(jω) = jω a1 + 1: ⇒ H3(jω) = +atan ω a1 =          atan(0) = 0, ω a1 atan(1) = 45◦ , ω = a1 atan(∞) = 90◦ , ω a1 – p. 38/123
  • 39. Diagrama de Bode: Polo e Zero simples 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 −2 10 0 10 2 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −100 −50 0 50 100 20 log10 |H3|, 20 log10 |H4| H2(jω), 1/H2(jω) a1/10 a1 a1 10a1 b1/10 b1 b1 10b1 20 db/dec −20 db/dec 90◦ 45◦ 0◦ −45◦ −90◦ zero polo ω ω – p. 39/123
  • 40. Exemplo: Diagrama de Bode Trace o diagrama de Bode da seguinte função de transferência H(s) = 20 s(s + 100) (s + 2)(s + 10) – p. 40/123
  • 41. Exemplo: Diagrama de Bode 1◦ Passo: H(s) = 20 s(s + 100) (s + 2)(s + 10) = 20 × 100 s( s 100 + 1) (s + 2)(s + 10) = 20 × 100 2 s( s 100 + 1) (s 2 + 1)(s + 10) = 20 × 100 2×10 s( s 100 + 1) (s 2 + 1)( s 10 + 1) = 100 s( s 100 + 1) (s 2 + 1)( s 10 + 1) – p. 41/123
  • 42. Exemplo: Diagrama de Bode 2◦ Passo: H(jω) = H(s)|s=jω = 100 jω( jω 100 + 1) (jω 2 + 1)(jω 10 + 1) 3◦ Passo: Analisar cada um dos termos de H(jω) – p. 42/123
  • 43. Exemplo: Constante H1(jω) = 100,    ⇒ 20 log10 |H1(jω)| = 20 log10 |100| = 40db ⇒ H1(jω) = 0◦ 39 39.5 40 40.5 41 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 4 −1 −0.5 0 0.5 1 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 43/123
  • 44. Diagrama de Bode: Zero na origem Seja H2(jω) = jω:    ⇒ 20 log10 |jω| = +20 log10 |jω| = +20 log10 ω (reta com inclinação de +20db/dec) ⇒ H2(jω) = +atan ω 0 = +atan(∞) = +90◦ −40 −20 0 20 40 60 80 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 4 89 89.5 90 90.5 91 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 44/123
  • 45. Diagrama de Bode: Zero simples Seja H3(jω) = jω 100 + 1: ⇒ 20 log10 |H3(jω)| = +20 log10 ω2 1002 + 1 1 2 =              20 log10(1) = 0, ω 100 20 log10 √ 2 = +3,01, ω = 100 20 log10 ω2 1002 1 2 = +20 log10(ω)−20 log10(100), ω 100 (reta com inclinação de +20db/dec) – p. 45/123
  • 46. Diagrama de Bode: Zero simples Seja H3(jω) = jω 100 + 1: ⇒ H3(jω) = +atan ω 100 =          atan(0) = 0, ω 100 atan(1) = 45◦ , ω = 100 atan(∞) = 90◦ , ω 100 – p. 46/123
  • 47. Diagrama de Bode: Zero simples Seja H3(jω) = jω 100 + 1: 0 10 20 30 40 50 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 4 0 45 90 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 47/123
  • 48. Diagrama de Bode: Polo simples 1 Seja H4(jω) = 1 jω 2 + 1 : ⇒ 20 log10 |H4(jω)| = −20 log10 ω2 22 + 1 1 2 =              −20 log10(1) = 0, ω 2 −20 log10 √ 2 = −3,01, ω = 2 −20 log10 ω2 22 1 2 = −20 log10(ω)+20 log10(2), ω 2 (reta com inclinação de −20db/dec) – p. 48/123
  • 49. Diagrama de Bode: Polo simples 1 Seja H4(jω) = 1 jω 2 + 1 : ⇒ H4(jω) = −atan ω 2 =          −atan(0) = 0, ω 2 −atan(1) = −45◦ , ω = 2 −atan(∞) = −90◦ , ω 2 – p. 49/123
  • 50. Diagrama de Bode: Polo simples 1 Seja H4(jω) = 1 jω 2 + 1 : −80 −70 −60 −50 −40 −30 −20 −10 0 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 4 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 50/123
  • 51. Diagrama de Bode: Polo simples 2 Seja H5(jω) = 1 jω 10 + 1 : ⇒ 20 log10 |H5(jω)| = −20 log10 ω2 102 + 1 1 2 =              −20 log10(1) = 0, ω 10 −20 log10 √ 2 = −3,01, ω = 10 −20 log10 ω2 102 1 2 = −20 log10(ω)+20 log10(10), ω 10 (reta com inclinação de −20db/dec) – p. 51/123
  • 52. Diagrama de Bode: Polo simples 2 Seja H5(jω) = 1 jω 10 + 1 : ⇒ H5(jω) = −atan ω 10 =          −atan(0) = 0, ω 10 −atan(1) = −45◦ , ω = 10 −atan(∞) = −90◦ , ω 10 – p. 52/123
  • 53. Diagrama de Bode: Polo simples 2 Seja H5(jω) = 1 jω 10 + 1 : −80 −70 −60 −50 −40 −30 −20 −10 0 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 4 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 53/123
  • 54. Diagrama de Bode: Solução −50 0 50 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 4 −90 −45 0 45 90 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 54/123
  • 55. Exercı́cios Trace o diagrama de Bode relativo a função de transferência: H(s) = 1 (s + 0,1)(s + 1)(s + 10) – p. 55/123
  • 56. Diagrama de Bode: Solução −150 −100 −50 0 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −270 −225 −180 −135 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 56/123
  • 57. Solução: MATLAB w = logspace(-2,2); p1 = tf(1,[1/0.1 1]); bode(p1,w); hold on; p2 = tf(1,[1 1]); bode(p2,w); p3 = tf(1,[1/10 1]); bode(p3,w); num = 1; den = conv([1 0.1],[1 1]); den = conv(den,[1 10]); H = tf(num,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(3) h(7)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 57/123
  • 58. Exercı́cios Trace o diagrama de Bode relativo a função de transferência: H(s) = (s + 1) (s + 0,1)(s + 10) – p. 58/123
  • 59. Diagrama de Bode: Solução −100 −50 0 50 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −90 −45 0 45 90 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 59/123
  • 60. Solução: MATLAB w = logspace(-2,2); p1 = tf(1,[1/0.1 1]); bode(p1,w); hold on; z1 = tf([1 1],1); bode(z1,w); p2 = tf(1,[1/10 1]); bode(p2,w); num = [1 1]; den = conv([1 0.1],[1 10]); H = tf(num,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(3) h(7)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 60/123
  • 61. Exercı́cios Trace o diagrama de Bode relativo a função de transferência: H(s) = 100 (s + 0,1)(s + 1)(s + 10) – p. 61/123
  • 62. Diagrama de Bode: Solução −100 −50 0 50 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −270 −225 −180 −135 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 62/123
  • 63. Solução: MATLAB w = logspace(-2,2); K = tf(100,1); bode(K,w); hold on; p1 = tf(1,[1/0.1 1]); bode(p1,w); p2 = tf(1,[1 1]); bode(p2,w); p3 = tf(1,[1/10 1]); bode(p3,w); den = conv([1 0.1],[1 1]); den = conv(den,[1 10]); H = tf(100,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(4) h(8)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 63/123
  • 64. Exercı́cios Trace o diagrama de Bode relativo a função de transferência: H(s) = 100(s + 10) (s + 0,1)(s + 1) – p. 64/123
  • 65. Diagrama de Bode: Solução −100 −50 0 50 100 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −180 −135 −90 −45 0 45 90 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 65/123
  • 66. Solução: MATLAB w = logspace(-2,2); K = tf(100*10/0.1,1); bode(K,w); hold on; z1 = tf([1/10 1],1); bode(z1,w); p1 = tf(1,[1/0.1 1]); bode(p1,w); p2 = tf(1,[1/1 1]); bode(p2,w); num = 100*[1 10]; den = conv([1 0.1],[1 1]); H = tf(num,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(3) h(8)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 66/123
  • 67. Diagrama de Bode Considere a função de transferência: H(s) = K a1a2 b1b2ω2 n ( s a1 + 1)( s a2 − 1) s( s b1 + 1)( s b2 − 1)( s2 ω2 n + 2ζ ωn s + 1) −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 −2 −1 0 1 2 Re{s} Im{s} × × × × × ◦ ◦ a1 a2 b1 b2 – p. 67/123
  • 68. Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos Seja H5(jω) = 1 j 2ζ ωn ω + 1−ω2 ω2 n : 20 log10 |H5(jω)| = −20 log10 4ζ2 ω2 n ω2 + 12 − 2ω2 ω2 n + ω4 ω4 n 1 2 = −10 log10 1 + (4ζ2 − 2)ω2 ω2 n + ω ωn 4              −10 log10(1) = 0, ω ωn −10 log10(1 + (4ζ2 − 2) + 1) = −20 log10(2ζ), ω = ωn −10 log10 ω ωn 4 = −40 log10(ω)+40 log10(ωn), ω ωn (reta com inclinação de −40db/dec) – p. 68/123
  • 69. Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos Seja H5(jω) = 1 j 2ζ ωn ω + 1−ω2 ω2 n : ⇒ H5(jω) = −atan2 2ζ ωn ω, 1− ω2 ω2 n                −atan2 2ζω ωn ,1 = −atan 2ζω ωn = 0◦ , ω ωn −atan2(2ζ,0) = −90◦ , ω = ωn −atan2 2ζ ωn ω, −ω2 ω2 n = −atan2 2ζ, − ω ωn = − 180◦ + atan −2ζωn ω = −180◦ , ω ωn – p. 69/123
  • 70. Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos 10 −1 10 0 10 1 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 −1 10 0 10 1 −200 −150 −100 −50 0 20 log10 |H5(jω)| H5(jω) assintota assintota assintota assintota −40 db/dec ζ = 0,1 ζ = 0,1 ←− ←− ←− = 0,2 = 0,2 = 0,3 = 0,3 = 0,5 ζ = 0,707 ζ = 0,707 ζ = 1 0◦ −90◦ −180◦ ω ω – p. 70/123
  • 71. Exercı́cios Trace o diagrama de Bode relativo a função de transferência: H(s) = 1 s2 + 2s + 2 – p. 71/123
  • 72. Exercı́cios H(s) = 1 s2 + 2s + 2 = 1 s2 + 2ζωns + ω2 n logo ωn = √ 2 e ζ = 1/ωn ≈ 0,7071 Portanto, H(s) = 1 ω2 n 1 s2/ω2 n + 2ζs/ωn + 1 = 1 2 1 s2/2 + s + 1 – p. 72/123
  • 73. Diagrama de Bode: Solução −100 −80 −60 −40 −20 0 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −180 −135 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 73/123
  • 74. Solução: MATLAB wn = sqrt(2); zeta = 1/wn; w = logspace(-2,2); K = tf(1,wn^2); bode(K,w); hold on; p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]); bode(p12,w); num = 1 den = [1 2 2]; H = tf(num,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 74/123
  • 75. Exercı́cios Trace o diagrama de Bode relativo a função de transferência: H(s) = 1 s2 + 0,2 √ 2s + 2 – p. 75/123
  • 76. Exercı́cios H(s) = 1 s2 + 0,2 √ 2s + 2 = 1 s2 + 2ζωns + ω2 n logo ωn = √ 2 e ζ = 0,1 Portanto, H(s) = 1 2 1 s2/2 + 0,1 √ 2s + 1 – p. 76/123
  • 77. Diagrama de Bode: Solução −80 −60 −40 −20 0 20 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −180 −135 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 77/123
  • 78. Solução: MATLAB wn = sqrt(2); zeta = 0.1; w = logspace(-2,2); K = tf(1,wn^2); bode(K,w); hold on; p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]); bode(p12,w); num = 1 den = [1 0.2*sqrt(2) 2]; H = tf(num,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 78/123
  • 79. Exercı́cios Trace o diagrama de Bode relativo a função de transferência: H(s) = 1 s2 + 2 – p. 79/123
  • 80. Exercı́cios H(s) = 1 s2 + 2 = 1 s2 + 2ζωns + ω2 n logo ωn = √ 2 e ζ = 0 Portanto, H(s) = 1 2 1 s2/2 + 1 – p. 80/123
  • 81. Diagrama de Bode: Solução −80 −60 −40 −20 0 20 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −180 −135 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) Este é o resultado esperado? – p. 81/123
  • 82. Solução: MATLAB wn = sqrt(2); zeta = 0; w = logspace(-2,2); K = tf(1,wn^2); bode(K,w); hold on; p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]); bode(p12,w); num = 1 den = [1 0 2]; H = tf(num,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 82/123
  • 83. Diagrama de Bode: Solução −100 −50 0 50 100 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −180 −135 −90 −45 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) Aumentado número de pontos em ω. – p. 83/123
  • 84. Solução: MATLAB wn = sqrt(2); zeta = 0; w = logspace(-2,2,1000); K = tf(1,wn^2); bode(K,w); hold on; p12 = tf(1,[1/wn^2 2*zeta/wn 1]); bode(p12,w); num = 1 den = [1 0 2]; H = tf(num,den); bode(H,w); h = findobj(gcf,’type’,’line’); set([h(3) h(6)],’Color’,’black’,’linewidth’,2); grid; – p. 84/123
  • 85. Diagrama de Bode Considere a função de transferência: H(s) = K a1a2 b1b2ω2 n ( s a1 + 1)( s a2 − 1) s( s b1 + 1)( s b2 − 1)( s2 ω2 n + 2ζ ωn s + 1) −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 −2 −1 0 1 2 Re{s} Im{s} × × × × × ◦ ◦ a1 a2 b1 b2 – p. 85/123
  • 86. Diagrama de Bode: Zero de fase não mı́nima Seja H6(jω) = jω a2 −1: ⇒ 20 log10 |H6(jω)| = +20 log10 jω2 a2 2 + (−1)2 1 2 =              20 log10(1) = 0, ω a2 20 log10 √ 2 = 3,01, ω = a2 20 log10 ω2 a2 2 1 2 = +20 log10(ω)−20 log10(a2), ω a2 (reta com inclinação de +20db/dec) Igual ao zero simples – p. 86/123
  • 87. Diagrama de Bode: Zero de fase não mı́nima Seja H6(jω) = jω a2 −1: ⇒ H6(jω) = +atan2 ω a2 = 180◦ + atan − ω a2 =          180◦ + atan(0) = 180◦ , ω a2 180◦ + atan(−1) = 135◦ , ω = a2 180◦ + atan(−∞) = 90◦ , ω a2 – p. 87/123
  • 88. Diagrama de Bode: Polo simples instável Seja H7(jω) = 1 jω b2 −1 : ⇒ 20 log10 |H7(jω)| = −20 log10 jω2 b2 2 + (−1)2 1 2 =              −20 log10(1) = 0, ω b2 −20 log10 √ 2 = −3,01, ω = b2 −20 log10 ω2 b2 1 1 2 = −20 log10(ω)+20 log10(b1), ω b2 (reta com inclinação de −20db/dec) Igual ao polo simples – p. 88/123
  • 89. Diagrama de Bode: Polo simples instável Seja H7(jω) = 1 jω b2 − 1 : ⇒ H7(jω) = −atan2 ω b2 , − 1 = − 180◦ + atan − ω b2          −180◦ − atan(0) = −180◦ , ω b2 −180◦ − atan(−1) = −135◦ , ω = b2 −180◦ − atan(−∞) = −90◦ , ω b2 – p. 89/123
  • 90. Diag. de Bode: Polo/instável e Zero/Fase não mı́nima 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −200 −100 0 100 200 20 log10 |H6(jω)|, 20 log10 |H7(jω)| H6(jω), H7(jω) a2/10 a2 a2 10a2 b1/10 b2 b2 10b2 20 db/dec −20 db/dec 180◦ 90◦ 0◦ −90◦ −180◦ zero polo ω ω – p. 90/123
  • 91. Sistemas de Fase Não-Mı́nima Zeros no semi-plano direito. Zeros no semi-plano direito são classificados como zeros de fase não mı́nima FT com zeros no semi-plano direito são classificadas como FT de fase não-mı́nima. Os sistemas com FT de fase não mı́nima são classificados como sistemas de fase não mı́nima. – p. 91/123
  • 92. Sistemas de Fase Não-Mı́nima Uma FT é dita de fase mı́nima se todos os seus zeros estão no semi-plano esquerdo do plano-s. Ela é chamada de FT de fase não-mı́nima se algum zero estiver no semi-plano direito Nota: Segundo alguns autores, sistema de fase não-mı́nima não é caracterizado apenas por zeros no semi-plano direito, mas também por polos instáveis... – p. 92/123
  • 93. Sistemas de Fase Não-Mı́nima Se os zeros de H1(s) estão todos no semi-plano esquerdo e os zeros de H2(s) são os zeros de H1(s) refletidos para o semi-plano direito, então |H1(s)| = |H2(s)| e ∠H1(s) = ∠H2(s) Quando se compara a variação de fase dos sistemas H1(s) e H2(s), observa-se que a variação de fase de H1(s) (todos os zeros no semi-plano esquerdo) é sempre menor que a variação de fase de H2(s) (todos os zeros no semi-plano direito). – p. 93/123
  • 94. Exercı́cio: Sistemas de Fase Não-Mı́nima Considere dois sistemas com funções de transferência H1(s) = 2s +1 0,1s + 1 , e H2(s) = 2s−1 0,1s + 1 As duas FT têm a mesma magnitude, porém caracterı́sticas de fase diferentes Trace o diagrama de Bode dos sistemas acima. – p. 94/123
  • 95. Exercı́cio: Sistemas de Fase Não-Mı́nima 0 5 10 15 20 25 30 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 0 45 90 135 180 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) H2 H1 – p. 95/123
  • 96. Retardo no tempo τ: Retardo no tempo, atraso de tempo ou atraso de transporte. f(t − τ): f(t) atrasada de τ unidades L{f(t)} = F(s) e L{f(t − τ)} = e−τs F(s) e−τs : função transcendental – p. 96/123
  • 97. H. E. Padé Henri Eugène Padé (França, 17/12/1863 - 09/07/1953) Aproximar e−sτ como uma função racional ; Padé propôs a aproximação e−τs ≈ Pn(s) = Qn(−τs) Qn(τs) sendo Qn(τs)= n j=0 (n + j)! j!(n − j)! (τs)n−j Aproximação melhor que a série de Taylor truncada e pode ser aplicada quando a série de Taylor não converge. – p. 97/123
  • 98. Exemplo: Aproximação de Padé e−τs ≈ Pn(s) = Qn(−τs) Qn(τs) sendo Qn(τs) = n j=0 (n + j)! j!(n − j)! (τs)n−j Para τ = 1, temos a aproximação de Padé P1(s) = −s + 2 s + 2 P2(s) = s2 − 6s + 12 s2 + 6s + 12 P3(s) = −s3 + 12s2 − 60s + 120 s3 + 12s2 + 60s + 120 – p. 98/123
  • 99. Exemplo: Aproximação de Padé Considere H(s) = 1 s + 1 e−s ⇒ Y (s) = 1 s + 1 R(s)e−s ≈ 1 s + 1 R(s) −s + 2 s + 2 ≈ 1 s + 1 R(s) s2 − 6s + 12 s2 + 6s + 12 ≈ 1 s + 1 R(s) −s3 + 12s2 − 60s + 120 s3 + 12s2 + 60s + 120 – p. 99/123
  • 100. Exemplo: Aproximação de Padé Para R(s) = 1/s, usando aproximações para e−s , temos y(t) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Resposta ao degrau Amplitude Tempo – p. 100/123
  • 101. Retardo no Tempo/Fase Não-Mı́nima O retardo no tempo - ou atraso de transporte - caracterizado por e−sτ , é um exemplo de sistema de fase não-mı́nima. Veja que uma simples expansão de ordem ‘n’ usando Padé gera ‘n’ zeros no semi plano-direito... Note que |e−jωτ | = | cos ωτ − jsen ωτ| = 1 e ∠e−jωτ = −ωτ – p. 101/123
  • 102. Diagrama de Bode: Retardo no tempo Seja Hτ (jω) = e−jτω : ⇒ 20 log10 |Hτ (jω)| = −20 log10 |ejτω | = −20 log10 |1| = 0 ⇒ Hτ (jω) = e−jτω = −τω (Taxa de variação de fase constante) Seja H(s)e−τs , logo observe que: limω→∞ d dω ∠H(jω)e−jτω = limω→∞ d dω [∠H(jω) + ∠e−jτω ] = limω→∞ d dω [∠H(jω)−τω] = 0 − τ = −τ – p. 102/123
  • 103. Diagrama de Bode: Retardo no tempo 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −20 −10 0 10 20 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 20 log10 |e−jτω | e−jτω ω ω – p. 103/123
  • 104. Exemplo: Retardo no tempo Obter o diagrama de Bode de H(jω) = e−jωτ 1 + jωτ A magnitude é 20 log |H(jω)| = 20 log e−jωτ 0 +20 log 1 1 + jωτ O ângulo de fase é ∠H(jω) = ∠e−jωτ −ωτ −atan(ωτ) Portanto basta combinar o efeito do retardo, ie, um decréscimo na fase... – p. 104/123
  • 105. Diagrama de Bode: Retardo no tempo Pode-se usar o MATLAB c para avaliar a resposta em frequência de um sistema de 1a. ordem com retardo no tempo. h=tf(1,[2 1]) % h = 1/(2s + 1) - sem retardo g=tf(1,[2 1],’iodelay’,2) % g = exp(-2s) * h - h com retardo bode(h), hold on, bode(g) Note que para frequências especı́ficas, considerando τ = 2s, obtém-se o atraso em fase de −τω: frequência (rad/s) Atraso na Fase (−τω ∗ 180o /π) 1 −114◦ 2 −229◦ 10 −1145◦ – p. 105/123
  • 106. Diagrama de Bode: Retardo no tempo −30 −25 −20 −15 −10 −5 0 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 −90 −60 −30 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 106/123
  • 107. Obtendo a FT do Diagrama de Bode 1. Traçar assı́ntotas as curvas de módulo. As assı́nto- tas devem ter inclinações múltiplas de ±20 db/dec. 2. Se a inclinação da curva de módulo mudar de um fator de 20 db/dec em ω = a1, então a FT possui um termo da forma: jω a1 + 1 3. Se a inclinação da curva de módulo mudar de um fator de −20 db/dec em ω = b1, então a FT possui um termo da forma: 1 jω b1 + 1 – p. 107/123
  • 108. Diag. de Bode: Polo/instável e Zero/Fase não mı́nima 4. Se a inclinação da curva de módulo mudar de um fator de 40 db/dec em ω = a2, então a FT possui um termo da forma: 1 + 2ζ j ω a2 + j ω a2 2 5. Se a inclinação da curva de módulo mudar de um fator de −40 db/dec em ω = b2, então a FT possui um termo da forma: 1 1 + 2ζ j ω b2 + j ω b2 2 – p. 108/123
  • 109. Diag. de Bode: Polos (ou Zeros) complexos 6. Para baixas frequências temos a relação |H(jω)| ≈ K̄ 1 (jω)q A qual nos possibilita descobrir o ganho da FT e o número de polos na origem. Para os próximos passos: Assuma que a FT seja de fase mı́nima e trace a curva de fase. – p. 109/123
  • 110. Diagrama de Bode: Polo e Zero na origem 7. Se a curva de fase obtida diferir da curva de fase obtida experimentalmente, então, algum dos zeros/polos estão no spd ou o sistema tem ganho negativo. 8. Se a curva de fase obtida diferir da curva de fase obtida experimentalmente por um fator com taxa de variação constante, então, haverá um fator de retardo de transporte. – p. 110/123
  • 111. Exemplo 1 Determine a função de transferência do sistema conhecendo: −150 −100 −50 0 50 100 Magnitude (dB) 10 −3 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −180 −135 −90 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 111/123
  • 112. Exemplo 1: Solução Traçando as assı́ntotas: 10 −3 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −150 −100 −50 0 50 100 Magnitude (dB) 10 −3 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −180 −160 −140 −120 −100 −80 Phase (deg) Frequency (rad/sec) – p. 112/123
  • 113. Exemplo 1: Solução Sistema com um polo na origem, usando 20 log10(H(j1)) = 20 log K̄ = 0 → K̄ = 1 Em ω = 0,1 mudança de −20 db/dec, então temos 1 j ω 0,1 + 1 Em ω = 1 mudança de +20 db/dec, então temos j ω 1 + 1 Em ω = 10 mudança de −20 db/dec, então temos 1 j ω 10 + 1 – p. 113/123
  • 114. Exemplo 1: Solução Assim, temos H(jω) = 1 jω j ω 1 + 1 j ω 0,1 + 1 j ω 10 + 1 logo, substituindo jω = s, H(s) = (s + 1) s (s + 0,1) (s + 10) Finalmente, é necessário encontrar a curva de fase para a FT encontrada e verificar se é igual a curva de fase obtida experimentalmente. Neste caso são idênticas. – p. 114/123
  • 115. Exemplo 2 Determine a função de transferência do sistema conhecendo: −150 −100 −50 0 50 100 Magnitude (dB) 10 −3 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −180 −135 −90 −45 0 45 90 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/s) – p. 115/123
  • 116. Exemplo 2: Solução Traçando as assı́ntotas: 10 −3 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −150 −100 −50 0 50 100 Magnitude (dB) 10 −3 10 −2 10 −1 10 0 10 1 10 2 10 3 −200 −150 −100 −50 0 50 100 Phase (deg) Frequency (rad/sec) – p. 116/123
  • 117. Exemplo 2: Solução Como no Exercı́cio 1, temos: H(s) = (s+1) s (s + 0,1) (s + 10) Finalmente, é necessário encontrar a curva de fase para a FT encontrada e verificar se é igual a curva de fase obtida experimentalmente. Neste caso são diferentes. Presença de um termo de fase não mı́nima, neste caso, um zero Logo a solução é H(s) = (s−1) s (s + 0,1) (s + 10) – p. 117/123
  • 118. Exercı́cio Determine a função de transferência do sistema conhecendo: −30 −25 −20 −15 −10 −5 0 Magnitude (dB) 10 −2 10 −1 10 0 10 1 −90 −60 −30 0 Phase (deg) Bode Diagram Frequency (rad/sec) – p. 118/123
  • 119. Exercı́cio: Solução Sistema sem polo na origem, para ω 1 temos 20 log10(G(jω)) = 20 log K̄ = 0 → K̄ = 1 Em ω = 0,5 há uma mudança de −20 db/dec Gc(jω) = 1 1 j ω 0,5 + 1 = 1 2 1 jω + 0,5 então (Gc(s): FT calculada) Gc(s) = 1 2 1 s + 0,5 Nota-se que a curva de fase medida difere por uma taxa variante constante da curva calculada, o que indica a presença de retardo, τ. – p. 119/123
  • 120. Exercı́cio: Solução Assumindo a presença do retardo temos Gm(s) = Gc(s)e−sτ = 1 2 1 s + 0,5 e−sτ portanto (Gm(s): FT real obtida experimentamente) ∠Gc(jω)e−jωτ Gm(jω) = ∠ 1 2 1 jω + 0,5 Gc(jω) −ωτ Determinar τ. – p. 120/123
  • 121. Exercı́cio: Solução Gc: resposta calculada e Gm: resposta medida −8 −6 −4 −2 0 Magnitude (dB) Bode Diagram Frequency (rad/sec) 10 −2 10 −1 10 0 −90 −60 −30 0 System: Gc Frequency (rad/sec): 0.1 Phase (deg): −11.4 System: Gm Frequency (rad/sec): 0.1 Phase (deg): −22.8 System: Gc Frequency (rad/sec): 0.2 Phase (deg): −21.8 System: Gm Frequency (rad/sec): 0.2 Phase (deg): −44.7 Phase (deg) – p. 121/123
  • 122. Exercı́cio: Solução Temos que ∠Gm(jω) = ∠Gc(jω) − ωτ Cálculo 1: Para ω = 0,1, temos: ∠Gc(jω) = −11,4◦ = −0,1990 rad ∠Gm(jω) = −22,8◦ = −0,3979 rad Portanto −0,3979 = −0,1990 − ωτ τ = 0,3979 − 0,1990 0,1 = 1,989 ≈ 2 – p. 122/123
  • 123. Exercı́cio: Solução Cálculo 2: Para ω = 0,2, temos: ∠Gc(jω) = −21,8◦ = −0,3805 rad ∠Gm(jω) = −44,7◦ = −0,7802 rad Portanto −0,7802 = −0,3805 − ωτ τ = 0,7802 − 0,3805 0,2 = 1,9985 ≈ 2 Finalmente G(s) = 1 2 1 s + 0,5 e−2s – p. 123/123