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Historia
Aula de
Professora Luanna Gentil
A Colonização no
Brasil pelos
portugueses
A chegada dos portugueses à América seria
uma descoberta? Como os indígenas
interpretaram o acontecimento
à época? Quais são as fontes históricas que
conhecemos sobre o assunto?
A frota portuguesa liderada pelo almirante Pedro Álvares Cabral
foi formada logo depois do retorno de Vasco da Gama
para Portugal. A viagem foi considerada a realização do sonho
português de encontrar uma nova rota marítima para o Oriente.
- Grandes navegadores, escrivões, técnicos e religiosos com a
finalidade de divulgar e expandir o cristianismo.
Em 22 de abril de 1500, depois de um desvio
da rota original, a frota
de Cabral avistou um grande monte, que foi
nomeado Monte Pascoal. As
embarcações foram na direção dele,
chegando a terras desconhecidas,
que foram chamadas inicialmente de Terra de
Vera Cruz.
Fontes europeias
"Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou
outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra
em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de
Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os
achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal
maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela
tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor frutoque
dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente.
E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela
deve lançar. […]
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El-Rei D. Manuel. Rio de
Janeiro:Editora Biblioteca do Exército, 1957. p. 31-32.
O pau-brasil foi retirado de
forma predatória pelos
portugueses, que utilizavam o
trabalho indígena em troca
de produtos europeus.
Esse comércio ficou
conhecido como escambo.
Ao longo da costa brasileira
foram fundadas algumas
feitorias, locais onde era
depositado o
pau-brasil à espera dos
navios portugueses.
Exploração e
Escambo
Durante muito tempo acreditou-se que os
indígenas desconheciam
o escambo, ou seja, trocas de produtos,
antes da exploração do pau-bra-
sil pelos portugueses. No entanto, as
pesquisas arqueológicas recentes
comprovam que havia trocas entre os
povos do litoral e do sertão. Além
disso, foi provado também que existiam
redes de caminhos que levavam
até mesmo ao Império Inca.
- Escambo - Controle dos indigenas de
da exploração econômica.
- Com o grande interesse da terra por
outros territorios, a monarquia
portuguesa optou por controlar a
América colonizando -a.
Exploração e Escambo
- Martim Afonso de Sousa
organizou a primeira
expedição colonizadora,
cujos principais objetivos
eram garantir a posse da
terra, fundar núcleos de
povoamento, procurar
ouro e instalar o primeiro
engenho de açúcar na
América portuguesa.
O açúcar era produzido em
plantations, nome dado aos
latifúndios
monocultores que
produziam em larga escala
para atender o mercado
metropolitano e garantir o
enriquecimento da Coroa.
As capitanias hereditárias
Corsários
Pra evitá-los a Coroa
portuguesa, em 1534,
dividiu suas terras na
América em grandes
lotes e os doou a
nobres portugueses.
Carta de Doação
determinava os limites territoriais da capitania e o
Foral, que estabelecia os direitos e
deveres do donatário. Os principais deveres eram:
administrar e defender a capitania,
aplicar leis aos colonos e indígenas, distribuir
sesmarias, fundar vilas e cidades, auto-
rizar a construção de engenhos e cobrar impostos.
Divisão ,
Dividiam o território
em quinze áreas
doadas a doze
capitães donatários,
normal-
mente membros da
nobreza e navegantes
As capitanias hereditárias
Sesmarias
Eram lotes de terras que
os capitães donatários
estavam autorizados a
doar para os lusitanos
interessados em
transferir-se para a
colônia; tal medida
visava povoar as novas
terras.
Não havia investimento, era
caro. Apenas São Vicente e
Pernambuco prosperaram
A população indígena sofreu
o impacto das tentativas de
colonização promovidas pelos
capitães donatários.
As terras onde viviam, foram
invadidas por colonizadores
portugueses.
Diversas formas de
dominação foram
empreendidas, sendo a
violência o principal recurso
utilizado.
ImpactoSabe-se que os principais grupos indígenas
que tiveram contato com os portugueses
resistiram ao domínio e à expulsão das
terras que habitavam.
A reação das populações nativas foi
utilizada como justificativa para o uso da
violência com o intuito de escravizá-las,
prática que ficou conhecida como “guerra
justa”.
Escravidão e o açúcar
Um engenho costumava apresentar a
estrutura descrita a seguir.
• Casa-grande: local onde vivia o senhor
com sua família, o centro da
administração do engenho.
• Senzala: construções rústicas onde
viviam os escravizados em condi-
ções, normalmente, precárias.
• Capela: pequena igreja onde se
realizavam as cerimônias religiosas.
• Casa do engenho: instalação
destinada à produção açucareira,
onde se localizavam a moenda, as
fornalhas e a casa de purgar (lo-
cal onde o melado era armazenado e
transformado em rapadura).
A mão de obra indíge-
na foi uma das primeiras a ser utilizada, porém alguns fatores dificulta-
ram o seu emprego:
• a proteção exercida pelos jesuítas, que pretendiam desenvolver a ca-
tequese com os indígenas;
• o conhecimento do território, o que possibilitava as fugas;
• o trabalho masculino indígena gerava baixa produtividade, já que
nas culturas indígenas a agricultura era uma função das mulheres.
Mesmo com todos esses problemas, o trabalho escravizado in-
dígena foi o que impulsionou os engenhos nordestinos e continuou
existindo durante o período colonial, porém, aos poucos, a escra-
vidão negra foi superando a mão de obra indígena nas fazendas
de açúcar.
a
A escravidão e o açúcar
O tráfico negreiro
Os escravizados eram trazidos da África
em navios negreiros apelidados de
tumbeiros (tumbas), por causa do
grande número de mortes
durante as viagens. Arrancados de suas
terras e obrigados a viver em
condições desumanas, eram tratados
com violência, sujeitos a castigos
corporais e às mais diversas
humilhações.
Foi naturalizado pelos colonos o
tratamento dos escravizados como
“coisas”, ou seja, a experiência escravista
no Brasil teve o caráter mercantil,
onde pessoas tiveram sua humanidade
negada, tornando-se objetos de
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violência como forma
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Fugas
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Quem foi Dandara?
Os impactos da escravidão.
Exercício: Os grupos analisarão
as músicas indicadas, e farão
uma reflexão sobre os impactos
da colonização e da
escravização africana.
A resistência à escravidão
1500 - Chegada e posse desta terra pelos
portugueses.
1520 - Início da escravidão no Brasil com os
índios e a gradativa chegada dos africanos
para suprir carência de mão-de-obra.
1822 - Independência do Brasil que MANTÉM a
escravidão africana.
1888 - Abolição da Escravidão.
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"liberdade". Não é isso?
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O tráfico de escravos transatlântico cresceu a
partir de uma forte demanda de mão de obra nas
Américas, impulsionada pelos consumidores —
inicialmente europeus — dos produtos de
plantations e metais preciosos. Como os
ameríndios morriam em grande quantidade e era
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cruzar o Atlântico, a forma que essa demanda
adquiriu foi moldada por concepções de
identidade social em quatro continentes, o que
garantiu que o trabalho escravo fosse constituído
principalmente por escravos trazidos da África
Por que a escravização foi
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Obrigada
pela aula!

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  • 2. A Colonização no Brasil pelos portugueses A chegada dos portugueses à América seria uma descoberta? Como os indígenas interpretaram o acontecimento à época? Quais são as fontes históricas que conhecemos sobre o assunto?
  • 3. A frota portuguesa liderada pelo almirante Pedro Álvares Cabral foi formada logo depois do retorno de Vasco da Gama para Portugal. A viagem foi considerada a realização do sonho português de encontrar uma nova rota marítima para o Oriente. - Grandes navegadores, escrivões, técnicos e religiosos com a finalidade de divulgar e expandir o cristianismo. Em 22 de abril de 1500, depois de um desvio da rota original, a frota de Cabral avistou um grande monte, que foi nomeado Monte Pascoal. As embarcações foram na direção dele, chegando a terras desconhecidas, que foram chamadas inicialmente de Terra de Vera Cruz.
  • 4. Fontes europeias "Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor frutoque dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. […] CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El-Rei D. Manuel. Rio de Janeiro:Editora Biblioteca do Exército, 1957. p. 31-32.
  • 5. O pau-brasil foi retirado de forma predatória pelos portugueses, que utilizavam o trabalho indígena em troca de produtos europeus. Esse comércio ficou conhecido como escambo. Ao longo da costa brasileira foram fundadas algumas feitorias, locais onde era depositado o pau-brasil à espera dos navios portugueses. Exploração e Escambo Durante muito tempo acreditou-se que os indígenas desconheciam o escambo, ou seja, trocas de produtos, antes da exploração do pau-bra- sil pelos portugueses. No entanto, as pesquisas arqueológicas recentes comprovam que havia trocas entre os povos do litoral e do sertão. Além disso, foi provado também que existiam redes de caminhos que levavam até mesmo ao Império Inca.
  • 6. - Escambo - Controle dos indigenas de da exploração econômica. - Com o grande interesse da terra por outros territorios, a monarquia portuguesa optou por controlar a América colonizando -a. Exploração e Escambo - Martim Afonso de Sousa organizou a primeira expedição colonizadora, cujos principais objetivos eram garantir a posse da terra, fundar núcleos de povoamento, procurar ouro e instalar o primeiro engenho de açúcar na América portuguesa. O açúcar era produzido em plantations, nome dado aos latifúndios monocultores que produziam em larga escala para atender o mercado metropolitano e garantir o enriquecimento da Coroa.
  • 7. As capitanias hereditárias Corsários Pra evitá-los a Coroa portuguesa, em 1534, dividiu suas terras na América em grandes lotes e os doou a nobres portugueses. Carta de Doação determinava os limites territoriais da capitania e o Foral, que estabelecia os direitos e deveres do donatário. Os principais deveres eram: administrar e defender a capitania, aplicar leis aos colonos e indígenas, distribuir sesmarias, fundar vilas e cidades, auto- rizar a construção de engenhos e cobrar impostos. Divisão , Dividiam o território em quinze áreas doadas a doze capitães donatários, normal- mente membros da nobreza e navegantes
  • 8. As capitanias hereditárias Sesmarias Eram lotes de terras que os capitães donatários estavam autorizados a doar para os lusitanos interessados em transferir-se para a colônia; tal medida visava povoar as novas terras. Não havia investimento, era caro. Apenas São Vicente e Pernambuco prosperaram
  • 9. A população indígena sofreu o impacto das tentativas de colonização promovidas pelos capitães donatários. As terras onde viviam, foram invadidas por colonizadores portugueses. Diversas formas de dominação foram empreendidas, sendo a violência o principal recurso utilizado. ImpactoSabe-se que os principais grupos indígenas que tiveram contato com os portugueses resistiram ao domínio e à expulsão das terras que habitavam. A reação das populações nativas foi utilizada como justificativa para o uso da violência com o intuito de escravizá-las, prática que ficou conhecida como “guerra justa”.
  • 10. Escravidão e o açúcar Um engenho costumava apresentar a estrutura descrita a seguir. • Casa-grande: local onde vivia o senhor com sua família, o centro da administração do engenho. • Senzala: construções rústicas onde viviam os escravizados em condi- ções, normalmente, precárias. • Capela: pequena igreja onde se realizavam as cerimônias religiosas. • Casa do engenho: instalação destinada à produção açucareira, onde se localizavam a moenda, as fornalhas e a casa de purgar (lo- cal onde o melado era armazenado e transformado em rapadura).
  • 11. A mão de obra indíge- na foi uma das primeiras a ser utilizada, porém alguns fatores dificulta- ram o seu emprego: • a proteção exercida pelos jesuítas, que pretendiam desenvolver a ca- tequese com os indígenas; • o conhecimento do território, o que possibilitava as fugas; • o trabalho masculino indígena gerava baixa produtividade, já que nas culturas indígenas a agricultura era uma função das mulheres. Mesmo com todos esses problemas, o trabalho escravizado in- dígena foi o que impulsionou os engenhos nordestinos e continuou existindo durante o período colonial, porém, aos poucos, a escra- vidão negra foi superando a mão de obra indígena nas fazendas de açúcar. a A escravidão e o açúcar
  • 12. O tráfico negreiro Os escravizados eram trazidos da África em navios negreiros apelidados de tumbeiros (tumbas), por causa do grande número de mortes durante as viagens. Arrancados de suas terras e obrigados a viver em condições desumanas, eram tratados com violência, sujeitos a castigos corporais e às mais diversas humilhações. Foi naturalizado pelos colonos o tratamento dos escravizados como “coisas”, ou seja, a experiência escravista no Brasil teve o caráter mercantil, onde pessoas tiveram sua humanidade negada, tornando-se objetos de compra e venda. - A naturalização da violência como forma de "punir" e "educar".
  • 13. Quilombos Fugas Religião A figura de Zumbi dos Palmares Quem foi Dandara? Os impactos da escravidão. Exercício: Os grupos analisarão as músicas indicadas, e farão uma reflexão sobre os impactos da colonização e da escravização africana. A resistência à escravidão
  • 14. 1500 - Chegada e posse desta terra pelos portugueses. 1520 - Início da escravidão no Brasil com os índios e a gradativa chegada dos africanos para suprir carência de mão-de-obra. 1822 - Independência do Brasil que MANTÉM a escravidão africana. 1888 - Abolição da Escravidão. 1888 - 1520 = 368 anos de escravidão. 1888 - Abolição da Escravidão. 2021 - Dias atuais. Me acompanhe num cálculo rápido e básico! Cálculo básico: 2021 - 1888 = 133 anos de "liberdade". Não é isso? A resistência à escravidão
  • 15. O tráfico de escravos transatlântico cresceu a partir de uma forte demanda de mão de obra nas Américas, impulsionada pelos consumidores — inicialmente europeus — dos produtos de plantations e metais preciosos. Como os ameríndios morriam em grande quantidade e era insuficiente o número de europeus dispostos a cruzar o Atlântico, a forma que essa demanda adquiriu foi moldada por concepções de identidade social em quatro continentes, o que garantiu que o trabalho escravo fosse constituído principalmente por escravos trazidos da África Por que a escravização foi africana?
  • 16.