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HISTÓRIA DE POÇÕES E ATUALIDADES
Professor Iann Lucas Lago
1. ANTECEDENTES
A) EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL / GRANDES NAVEGAÇÕES
- Pioneirismo português
- Novas rotas de comércio
- Comércio das especiarias (Índias) – périplo africano
- Exploração de ouro, marfim e escravos (feitorias na África)
B) CHEGADA DOS PORTUGUESES
- Pedro Álvares de Cabral (1500)
- Registro da “descoberta”: Caminha (Dom Manuel, o Venturoso)
- Literatura de informação.
- Frei Henrique de Coimbra: primeira missa
- Desinteresse metropolitano
PERÍODO PRÉ-COLONIAL 1500 – 1530
PERÍODO COLONIAL 1530 - 1822
PORTUGAL X ESPANHA
➢ 1492: Descobrimento do Novo
Mundo por Cristóvão Colombo
➢ “Ouro, honra e evangelho”
➢ 1498: Calicute – Índias
➢ Tratado de Tordesilhas (1494)
2. PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500 – 1530)
A) EXPEDIÇÕES EXPLORATÓRIAS
- Potencialidades econômicas
- Mapeamento costeiro
- Expedições para reconhecimento do território
- Atenções voltadas ao comércio oriental de especiarias
B) PAU BRASIL – “OURO VERMELHO” / IBIRAPITANGA
- Escambo
- Trabalho indígena
- Feitorias de pau-brasil
- Tingimento de tecidos (manufatura têxtil) – cor vermelha
MERCANTILISMO
❑ Acumulação primitiva de metais preciosos.
❑ Balança comercial favorável.
❑ Intervenção estatal e protecionismo econômico
❑ Pacto colonial
3. PERÍODO COLONIAL (1530 – 1822)
1. ESCRAVISMO COLONIAL
A) ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA
- Antes da chegada dos europeus
- Leis e costumes das regiões do continente
B) COLONIZAÇÃO
- Início: escravidão indígena
- Fim do século XVI e o fim do século XIX: negros africanos
- Forte movimentação dos padres jesuítas
- Tráfico negreiro extremamente lucrativo
- Mão de obra por excelência no Brasil (colonial e imperial – 400 anos)
QUESTÃO INDÍGENA
❑ Desapropriação cultural
❑ Violência física
❑ Violência psicológica
❑ Violência religiosa
❑ Violência territorial
❑ Doenças
❑ Resistência
2. ESCRAVIDÃO NEGRA
- Mão de obra por excelência.
- Atividades produtivas
(plantação de cana-de-açúcar, tabaco, algodão e mineração)
- Edificação de arraiais, fortes e vilas
- Utilizados em diversos ofícios
- Péssimas condições de trabalho
- Solidariedade: escravizados x livres pobres
- Resistência negra
3. TRÁFICO NEGREIRO
- Comércio internacional de escravos
- Chegada dos primeiro escravos africanos: século XVI
- Alta lucratividade
- Potências marítimas europeias
- Diáspora colonial / africana
- 10 milhões de africanos para as Américas
- Navios tumbeiros
4. SISTEMA ESCRAVISTA
- Ligação com o projeto mercantilista colonial
- Utilização em diversas atividades
- “Escravos de eito”: direcionados ao circuito produtivo
- “Escravos de ganho”: vilas coloniais (água, animais, quitutes, pecúlio)
- “Escravos domésticos”
- Marcado pela violência
4. SISTEMA ESCRAVISTA
- Castigos físicos, condições higiênico-sanitárias, más
condições de alimentação
- Não é homogêneo
- Vários mecanismos de resistência de escravos
- Decisiva na formação da economia brasileira.
- Transformação social e cultural do país.
4. SISTEMA ESCRAVISTA
5. RESISTÊNCIA NEGRA
- Queima de plantações
- Suicídio
- Infanticídio
- Banzo
- Aborto
- Assassinato de feitores
- Religiões de matriz africana
- Prática do compadrio
- Sincretismo
- Quilombos
400 ANOS
✓ Instituição duradoura
✓ Brechas
5. RESISTÊNCIA NEGRA
1. IGREJA CATÓLICA
- Parceira do Estado português.
- Legitimação da conquista.
- Elemento da colonização.
- Catequização e educação colonial.
A) RELIGIOSIDADE COLONIAL
- Forte traço cultural – religioso
- Arte barroca
- Irmandades religiosas leigas
2. COMPANHIA DE JESUS - JESUÍTAS
- Papel decisivo na Contrarreforma
- Fundada por Inácio de Loyola (1534)
- Estrita obediência da autoridade papal
- Caráter militante: catequese católica
- Contrarreforma: moral e disciplina ao Clero
A) PADRES JESUÍTAS
- Doutrinação direta (seminários) ou criação de colégios
- Catequização das populações ameríndias
- Organização dos aldeamentos – paróquias
- Ambiguidade ideológica quanto à escravidão – não catequização de escravos africanos
- Atuação na área da educação
- Monopólio do ensino (expulsos no Período Pombalino)
- Estranheza com hábitos indígenas
- Ambiguidade na catequização
- Violência religiosa
- Sincretismo
- Literatura de Catequese
RELAÇÃO COM OS AMERÍNDIOS
BANDEIRANTISMO
1. CAPITANIA DE SÃO VICENTE
- Ocupação do planalto vicentino
- Conflitos com as populações nativas
- Indígenas: mão de obra escrava na lavoura
- Gêneros alimentícios (comércio intracolonial)
- Expedições de apresamento indígena
- Incursões ao interior da colônia
- Martim Afonso de Sousa
2. BANDEIRAS
- Expedições particulares: busca de riquezas
- Desrespeito ao Tratado de Tordesilhas
- Diferente das entradas (oficiais da Coroa Portuguesa)
- Consolidação do domínio territorial
- Novos tratados de limites entre Portugal e Espanha (Madrid – 1750)
- Ocupação do interior da colônia
SERTANISMO DE CONTRATO
- Combate à resistência indígena
(ex.: conquista do sertão nordestino
pela pecuária)
- Destruição de quilombos
APRESAMENTO INDÍGENA
- Caça ao indígena
- Missões jesuítas
PROSPEÇÃO DE METAIS
PRECIOSOS
- Mineração
O povoamento do município de Poções e sua
exploração pelo colonizador europeu datam
da segunda metade do século XVIII, mais
precisamente por volta de 1732
Coronel André da Rocha Pinto tomou
rumo pelo Rio de Contas até o Rio Verde e
a cabeceira do Rio São Mateus.
A ocupação do território foi resultado do início de
incursões bandeirantes pelo interior da colônia.
O primeiro objetivo de tais incursões era descobrir
ouro ou outros metais preciosos.
ANDRÉ DA ROCHA PINTO – “PASSAGEM DA CONQUISTA”
MUNICÍPIO DE POÇÕES
Mais tarde, porém, houve a necessidade da fixação no solo, instalando-se ali fazendas, onde
eram praticadas a pecuária bem como a agricultura de subsistência.
A cultura do algodão também começou a ser praticada como forma de aproveitamento do
solo e das condições propícias da região.
A atuação das incursões aumentava o controle da coroa portuguesa na região ao
mesmo tempo em que fazia surgir povoações ao longo do caminho percorrido pelos
bandeirantes.
Governava a capitania da Bahia D. Afonso Miguel Gonçalves, Marquês de
Valença, quando surgiu João Gonçalves da Costa. Descobriu este, os campos
da Conquista e rechaçou os índios ali existentes
MUNICÍPIO DE POÇÕES
Fundou a povoação, depois de ter feito uma estrada entre Ilhéus e aquela
região, tão cheia de feras que, num só mês, o sertanista matou 24 onças.
Estabeleceu-se nesta região o seu filho bastardo sargento-mor Raimundo
Gonçalves da Costa, que escolheu para sede do seu vasto domínio o hoje
arraial de Santo Antonio de Morrinhos, distante 8 quilômetros da vila
De todos os filhos do coronel João Gonçalves da Costa, o sargento-
mor foi o que mais se distinguiu pela bravura, tornando-se o mais
intrépido conquistador dos sertões. Faleceu em 1830, no então
arraial da Vitória.
MUNICÍPIO DE POÇÕES
Os núcleos habitacionais ali formados começaram, paulatinamente, a adquirir ares de
urbanização, já que vilas e cidades tiveram suas origens em grandes pedaços de terra
formados pela casa do fundador ou desbravador e o centro da religiosidade, a igreja
dedicada ao santo padroeiro.
O imigrante europeu não foi o único habitante da região, antes dele ali esteve o verdadeiro
dono da terra: o índio.
Historiadores apontam que os índios mongoiós habitavam a região. Tais índios eram uma
ramificação dos Camacãs do grupo Gê
Além dos mongoiós, há registros, esparsos, da presença de escravos vindos de Angola e
Moçambique, bem como de negros nascidos no Brasil.
MUNICÍPIO DE POÇÕES
Em 1840, surge na região o português de nascimento, coronel Raimundo Pereira de
Magalhães, com 15 anos de idade, tendo encontrado ainda vestígios das
explorações anteriores, principalmente o desejo dos habitantes descobrirem o tesouro
enterrado pelo velho bandeirante André Rocha Pinto.
Confere-se pois, ao coronel André da Rocha Pinto a primazia da penetração inicial na região
que hoje integra o município de Poções, que fazia parte do antigo e bravio sertão da
Ressaca, da comarca de Jacobina.
A povoação foi fundada por Thimóteo Gonçalves da Costa e seus filhos Bernardo e
Roberto Gonçalves da Costa, após a conquista dos indígenas residentes no local pelo
capitão-mor João Gonçalves da Costa, que doou o terreno onde foi construída uma capela
sob a invocação do Divino Espírito Santo
MUNICÍPIO DE POÇÕES
Como ocorreu em todo o solo brasileiro, os índios sofreram violência física e
cultural dos portugueses que buscavam riquezas minerais e a posse de grandes
propriedades de terra para a criação de gado.
Os mongoiós eram agricultores, cultivando banana, milho e mandioca. Os trabalhos
eram divididos por sexo, mas os bens advindos do trabalho eram distribuídos
coletivamente.
Além do índio, há relatos da presença de negros na região de Poções.
MUNICÍPIO DE POÇÕES
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  • 2. 1. ANTECEDENTES A) EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL / GRANDES NAVEGAÇÕES - Pioneirismo português - Novas rotas de comércio - Comércio das especiarias (Índias) – périplo africano - Exploração de ouro, marfim e escravos (feitorias na África) B) CHEGADA DOS PORTUGUESES - Pedro Álvares de Cabral (1500) - Registro da “descoberta”: Caminha (Dom Manuel, o Venturoso) - Literatura de informação. - Frei Henrique de Coimbra: primeira missa - Desinteresse metropolitano
  • 3. PERÍODO PRÉ-COLONIAL 1500 – 1530 PERÍODO COLONIAL 1530 - 1822 PORTUGAL X ESPANHA ➢ 1492: Descobrimento do Novo Mundo por Cristóvão Colombo ➢ “Ouro, honra e evangelho” ➢ 1498: Calicute – Índias ➢ Tratado de Tordesilhas (1494)
  • 4. 2. PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500 – 1530) A) EXPEDIÇÕES EXPLORATÓRIAS - Potencialidades econômicas - Mapeamento costeiro - Expedições para reconhecimento do território - Atenções voltadas ao comércio oriental de especiarias B) PAU BRASIL – “OURO VERMELHO” / IBIRAPITANGA - Escambo - Trabalho indígena - Feitorias de pau-brasil - Tingimento de tecidos (manufatura têxtil) – cor vermelha
  • 5. MERCANTILISMO ❑ Acumulação primitiva de metais preciosos. ❑ Balança comercial favorável. ❑ Intervenção estatal e protecionismo econômico ❑ Pacto colonial 3. PERÍODO COLONIAL (1530 – 1822)
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  • 7.
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  • 11. 1. ESCRAVISMO COLONIAL A) ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA - Antes da chegada dos europeus - Leis e costumes das regiões do continente B) COLONIZAÇÃO - Início: escravidão indígena - Fim do século XVI e o fim do século XIX: negros africanos - Forte movimentação dos padres jesuítas - Tráfico negreiro extremamente lucrativo - Mão de obra por excelência no Brasil (colonial e imperial – 400 anos) QUESTÃO INDÍGENA ❑ Desapropriação cultural ❑ Violência física ❑ Violência psicológica ❑ Violência religiosa ❑ Violência territorial ❑ Doenças ❑ Resistência
  • 12. 2. ESCRAVIDÃO NEGRA - Mão de obra por excelência. - Atividades produtivas (plantação de cana-de-açúcar, tabaco, algodão e mineração) - Edificação de arraiais, fortes e vilas - Utilizados em diversos ofícios - Péssimas condições de trabalho - Solidariedade: escravizados x livres pobres - Resistência negra
  • 13. 3. TRÁFICO NEGREIRO - Comércio internacional de escravos - Chegada dos primeiro escravos africanos: século XVI - Alta lucratividade - Potências marítimas europeias - Diáspora colonial / africana - 10 milhões de africanos para as Américas - Navios tumbeiros
  • 14. 4. SISTEMA ESCRAVISTA - Ligação com o projeto mercantilista colonial - Utilização em diversas atividades - “Escravos de eito”: direcionados ao circuito produtivo - “Escravos de ganho”: vilas coloniais (água, animais, quitutes, pecúlio) - “Escravos domésticos” - Marcado pela violência
  • 16. - Castigos físicos, condições higiênico-sanitárias, más condições de alimentação - Não é homogêneo - Vários mecanismos de resistência de escravos - Decisiva na formação da economia brasileira. - Transformação social e cultural do país. 4. SISTEMA ESCRAVISTA
  • 17. 5. RESISTÊNCIA NEGRA - Queima de plantações - Suicídio - Infanticídio - Banzo - Aborto - Assassinato de feitores - Religiões de matriz africana - Prática do compadrio - Sincretismo - Quilombos 400 ANOS ✓ Instituição duradoura ✓ Brechas
  • 19. 1. IGREJA CATÓLICA - Parceira do Estado português. - Legitimação da conquista. - Elemento da colonização. - Catequização e educação colonial. A) RELIGIOSIDADE COLONIAL - Forte traço cultural – religioso - Arte barroca - Irmandades religiosas leigas
  • 20. 2. COMPANHIA DE JESUS - JESUÍTAS - Papel decisivo na Contrarreforma - Fundada por Inácio de Loyola (1534) - Estrita obediência da autoridade papal - Caráter militante: catequese católica - Contrarreforma: moral e disciplina ao Clero A) PADRES JESUÍTAS - Doutrinação direta (seminários) ou criação de colégios - Catequização das populações ameríndias - Organização dos aldeamentos – paróquias - Ambiguidade ideológica quanto à escravidão – não catequização de escravos africanos - Atuação na área da educação - Monopólio do ensino (expulsos no Período Pombalino)
  • 21. - Estranheza com hábitos indígenas - Ambiguidade na catequização - Violência religiosa - Sincretismo - Literatura de Catequese RELAÇÃO COM OS AMERÍNDIOS
  • 22. BANDEIRANTISMO 1. CAPITANIA DE SÃO VICENTE - Ocupação do planalto vicentino - Conflitos com as populações nativas - Indígenas: mão de obra escrava na lavoura - Gêneros alimentícios (comércio intracolonial) - Expedições de apresamento indígena - Incursões ao interior da colônia - Martim Afonso de Sousa
  • 23. 2. BANDEIRAS - Expedições particulares: busca de riquezas - Desrespeito ao Tratado de Tordesilhas - Diferente das entradas (oficiais da Coroa Portuguesa) - Consolidação do domínio territorial - Novos tratados de limites entre Portugal e Espanha (Madrid – 1750) - Ocupação do interior da colônia SERTANISMO DE CONTRATO - Combate à resistência indígena (ex.: conquista do sertão nordestino pela pecuária) - Destruição de quilombos APRESAMENTO INDÍGENA - Caça ao indígena - Missões jesuítas PROSPEÇÃO DE METAIS PRECIOSOS - Mineração
  • 24. O povoamento do município de Poções e sua exploração pelo colonizador europeu datam da segunda metade do século XVIII, mais precisamente por volta de 1732 Coronel André da Rocha Pinto tomou rumo pelo Rio de Contas até o Rio Verde e a cabeceira do Rio São Mateus. A ocupação do território foi resultado do início de incursões bandeirantes pelo interior da colônia. O primeiro objetivo de tais incursões era descobrir ouro ou outros metais preciosos. ANDRÉ DA ROCHA PINTO – “PASSAGEM DA CONQUISTA” MUNICÍPIO DE POÇÕES
  • 25. Mais tarde, porém, houve a necessidade da fixação no solo, instalando-se ali fazendas, onde eram praticadas a pecuária bem como a agricultura de subsistência. A cultura do algodão também começou a ser praticada como forma de aproveitamento do solo e das condições propícias da região. A atuação das incursões aumentava o controle da coroa portuguesa na região ao mesmo tempo em que fazia surgir povoações ao longo do caminho percorrido pelos bandeirantes. Governava a capitania da Bahia D. Afonso Miguel Gonçalves, Marquês de Valença, quando surgiu João Gonçalves da Costa. Descobriu este, os campos da Conquista e rechaçou os índios ali existentes MUNICÍPIO DE POÇÕES
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  • 27. Fundou a povoação, depois de ter feito uma estrada entre Ilhéus e aquela região, tão cheia de feras que, num só mês, o sertanista matou 24 onças. Estabeleceu-se nesta região o seu filho bastardo sargento-mor Raimundo Gonçalves da Costa, que escolheu para sede do seu vasto domínio o hoje arraial de Santo Antonio de Morrinhos, distante 8 quilômetros da vila De todos os filhos do coronel João Gonçalves da Costa, o sargento- mor foi o que mais se distinguiu pela bravura, tornando-se o mais intrépido conquistador dos sertões. Faleceu em 1830, no então arraial da Vitória. MUNICÍPIO DE POÇÕES
  • 28. Os núcleos habitacionais ali formados começaram, paulatinamente, a adquirir ares de urbanização, já que vilas e cidades tiveram suas origens em grandes pedaços de terra formados pela casa do fundador ou desbravador e o centro da religiosidade, a igreja dedicada ao santo padroeiro. O imigrante europeu não foi o único habitante da região, antes dele ali esteve o verdadeiro dono da terra: o índio. Historiadores apontam que os índios mongoiós habitavam a região. Tais índios eram uma ramificação dos Camacãs do grupo Gê Além dos mongoiós, há registros, esparsos, da presença de escravos vindos de Angola e Moçambique, bem como de negros nascidos no Brasil. MUNICÍPIO DE POÇÕES
  • 29. Em 1840, surge na região o português de nascimento, coronel Raimundo Pereira de Magalhães, com 15 anos de idade, tendo encontrado ainda vestígios das explorações anteriores, principalmente o desejo dos habitantes descobrirem o tesouro enterrado pelo velho bandeirante André Rocha Pinto. Confere-se pois, ao coronel André da Rocha Pinto a primazia da penetração inicial na região que hoje integra o município de Poções, que fazia parte do antigo e bravio sertão da Ressaca, da comarca de Jacobina. A povoação foi fundada por Thimóteo Gonçalves da Costa e seus filhos Bernardo e Roberto Gonçalves da Costa, após a conquista dos indígenas residentes no local pelo capitão-mor João Gonçalves da Costa, que doou o terreno onde foi construída uma capela sob a invocação do Divino Espírito Santo MUNICÍPIO DE POÇÕES
  • 30. Como ocorreu em todo o solo brasileiro, os índios sofreram violência física e cultural dos portugueses que buscavam riquezas minerais e a posse de grandes propriedades de terra para a criação de gado. Os mongoiós eram agricultores, cultivando banana, milho e mandioca. Os trabalhos eram divididos por sexo, mas os bens advindos do trabalho eram distribuídos coletivamente. Além do índio, há relatos da presença de negros na região de Poções. MUNICÍPIO DE POÇÕES