O documento discute as flores e os tipos de polinização. Primeiro, define o que é uma flor e sua função na reprodução das plantas. Em seguida, descreve os principais tipos de polinização, incluindo anemofilia (pelo vento), entomofilia (por insetos como abelhas e moscas) e ornitofilia (por aves). Finalmente, explica mecanismos como a dicogamia que evitam a autopolinização.
2. As Flores A flor é a estrutura reprodutora característica das plantas denominadas espermatófitas ou fanerogâmicas. A função de uma flor é a de produzir sementes s através da reprodução sexuada. Para as plantas, as sementes representam a próxima geração e servem como o principal meio através do qual as espécies se perpetuam e se propagam.
3. As espermatófitas, super-divisão Spermatophyta (ou Spermatopsida) é o taxon que inclui as plantas que produzem sementes. São plantas com o corpo diferenciado em raiz, caule e folhas, com um sistema vascular composto por xilema e floema e com uma alternância de gerações especial: Fanerógama ou fanerogâmica foi o nome dado ao filo do Reino Plantae (plantas) de seres vivos que apresentam estruturas denominadas de flores, órgãos reprodutores facilmente observáveis. As plantas pertencentes a este taxon eram por vezes referidas como vegetais superiores e, para além de flores diferenciadas, apresentam vasos condutores de seiva e verdadeiros caules, folhas e raízes.
4. Definições A flor é uma estrutura de crescimento determinado que é composta por folhas modificadas, quer estrutural quer funcionalmente, com vista à realização das funções de produção dos gametas e de proteção dos mesmos, através dos antófilos. O caule caracteriza-se por um crescimento indeterminado. Em contraste, a flor apresenta um crescimento determinado, já que o seu meristema apical pára de se dividir mitoticamente depois da produção de todos os antófilos ou peças florais. As flores mais especializadas têm um período de crescimento mais curto e produzem um eixo mais curto e um número mais definido de peças florais em relação às flores más primitivas. Diagrama esquemático que mostra as partes da flor. 1: receptáculo floral, 2:sépalas, 3: pétalas, 4: estames, 5:pistilo.
5. Função: Outras dependem deanimais (especialmente insetos) para realizar este feito. O período de tempo deste processo (até que a flor esteja totalmente expandida e funcional) é chamado anthesis. A função da flor é mediar a união dos esporos masculino (micrósporo) e feminino (megásporo) num processo denominado polinização. Muitas flores dependem do vento para transportar o pólen entre flores da mesma espécie.
6. Muitas das coisas na natureza desenvolveram-se para atrair animais polinizadores. Os movimentos do agente polinizador contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população dispersa de plantas. Flores como essas são chamadas de entomófilas (literalmente: amantes de insetos). Flores normalmente têm nectários em várias partes para atrair esses animais Abelhas e pássaros são polinizadores comuns: ambos têm visão colorida, assim escolhendo flores de coloração atrativa. Algumas flores têm padrões, chamados guias de néctar, que são evidentes na espectro ultravioleta, visível para abelhas, mas não para os humanos. Flores também atraem os polinizadores pelo aroma. A posição dos estames assegura que os grãos de pólen sejam transferidos para o corpo do polinizador. Ao coletar néctar de várias flores da mesma espécie, o polinizador transfere o pólen entre as mesmas.
7. Hermafroditismo Ao contrário do que normalmente é lido, nenhuma flor pode ser considerada hermafrodita. Como hermafrodita, considera-se o organismo capaz de produzir gametas masculinos e femininos. No entanto, a flor, por ser uma estrutura do esporófito, é estritamente assexuada; não produz gametas e sim esporos. Os esporos são responsáveis pela reprodução assexuada do vegetal. Dessa forma, a flor fica impedida de ser designada hermafrodita. A confusão deve-se à prática botânica que convencionou chamar o megásporo de "esporo feminino" e o micrósporo de "esporo masculino", devido à diferença de tamanho entre eles - o mesmo parâmetro usado para diferenciar os gametas feminino (maior) e masculino (menor).
8. Tipos de Polinização Polinização é o ato da transferência de células reprodutivas masculinas (grãos de pólen) que estão localizados nas anteras de uma flor para o receptor feminino (estigma) de outra flor(da mesma espécie), ou para o seu próprio estigma. Pode-se dizer que a polinização é o ato sexual das plantas espermatófitos, já que é através deste processo que o gameta masculino pode alcançar o gameta feminino e fecundá-lo.
18. Dicogamia: consiste no amadurecimento dos órgãos reprodutores em épocas diferentes; a dicogamia pode ser de dois tipos: Protandria: quando amadurecem em primeiro lugar os órgãos masculinos e posteriormente os órgãos femininos. Protoginia: quando amadurecem primeiramente os órgãos femininos e posteriormente os órgãos masculinos. Dioicia: aparecimento de indivíduos com sexos separados: uma planta masculina e outra feminina. Hercogamia: ocorre uma barreira física, que separa com filetes curtos e estiletes longos. Heterostilia: ocorrência, nas flores, de estames com filetes curtos e estiletes longos Auto-esterilidade: neste caso, a flor é estéril ao pólen que ela mesma produziu.
19. Entre as Gimnospermas a polinização é quase sempre anemófila. Especula-se que isso seja conseqüência do momento em que estas plantas evoluíram, quando não havia insetos especializados na coleta de pólen, como abelhas. A pequena variedade de meios de polinização neste grupo reflete-se na pouca variação morfológica de suas estruturas reprodutivas. Em contraste, entre as Angiospermas, o surgimento de flores coincidiu com o surgimento de abelhas, borboletas, mariposas, aves e mamíferos, e a estrutura reprodutiva destas plantas foi selecionada de forma a atrair estes animais, surgindo então uma miríade de formas, tamanhos, cores, aromas e texturas, cada uma de acordo com uma estratégia mais ou menos específica de atração de polinizadores.