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causemumacidente.Paracontribuircomaexecuçãodeações
concretasnacriaçãodehospitaisseguros,apresento,demaneira
resumida,osTop10HealthTechnologyHazardspublicadospelo
ECRI–EmergencyCareResearchInstitutepara2015.
1. Políticas e práticas inadequadas na configuração de alarmes
Os alarmes são utilizados para indicar mudanças nas
condições do paciente ou circunstâncias que podem
afetar o cuidado assistencial. Quando este sistema falha,
pode produzir danos severos ou até mesmo a morte.
Normalmente estão associados à configuração dos
limites de alarme de modo não apropriado.
2. Dados incorretos nos sistemas de TI em saúde
Informações erradas, incompletas ou inexatas podem
levar a decisões incorretas quanto ao tratamento do
paciente e, consequentemente, produzir algum tipo
de dano. Um dos aspectos importantes deste risco é a
dificuldade de reconhecê-lo e corrigi-lo.
3. Má administração de medicamentos
Em 2014, o foco foi dado na programação incorreta
de bombas de infusão, porém, este ano, está no
emaranhado de linhas de infusão quando é feito o uso de
equipamentos com vários canais em um único paciente.
Atualmente, são frequentes os erros do local de infusão e
o fluxo ajustado.
4. Processamento inadequado de endoscópio e 		
	 instrumentos cirúrgicos
Em 2013, a Joint Commission relatou as 13 mais urgentes
ameaças para a vida. Destas, sete estavam diretamente
relacionadas à esterilização ou à desinfecção de alto nível
feitas de maneira imprópria.
5. Desconexões não detectadas ou por erro de 		
	 configuração ou ausência do alarme
Oscircuitosdosventiladorespossuemváriospontosde
conexãoeapresentamumaincidênciadedesconexãoalta.Os
problemasmaiscomunsestãorelacionadosaobaixovolume
dosomdealarmesoulimitesdealarmesmalconfigurados,
fazendocomquenãosejaacionadodiantedeumevento.
Os 10 riscos tecnológicos
mais importantes de 2015
6. Erros no uso de equipamentos de movimentação e 	
	 falhas destes dispositivos
Há no mercado um grande número de tecnologias
destinadas à movimentação, como os montados no teto
e os equipamentos móveis para elevação, dispositivos
de transferência de pacientes e mesmo cadeiras e macas
especialmente projetadas para tal. Além dos problemas
relacionados ao uso, estão incluídos os de natureza
elétrica, a ruptura de componentes mecânicos, a soltura
de ganchos e mesmo a ruptura de alças de sustentação.
7. Aumento da dose de radiação
“Dose Creep” é a elevação dos níveis de exposição à radiação,
numa tentativa de melhorar a qualidade de imagem durante
o diagnóstico radiográfico. Embora não cause resultados
negativos imediatos, é um problema traiçoeiro e que pode
ter consequências ruins em longo prazo.
8. Cirurgia robótica: complicações devido ao treinamento 	
	 insuficiente
São dispositivos complexos que alteram o processo cirúrgico
para todos os envolvidos e, como acontece com qualquer
nova tecnologia que parte de abordagens anteriores, a
preparação é fundamental para a utilização segura. Se
os cirurgiões e suas equipes não são suficientemente
treinados, eventos adversos podem ocorrer.
9. Segurança cibernética: proteção insuficiente
A tendência crescente à criação de redes e conectividade
entre dispositivos médicos está associada ao aumento
correspondente da vulnerabilidade desses dispositivos
frente a um malware e ataques maliciosos. São poucas
as evidências de danos diretos a pacientes pelas
vulnerabilidades dos sistemas, mas a segurança cibernética
é, no entanto, uma consideração em relação ao paciente,
que irá exigir maior atenção nos próximos anos.
10. Gerenciamento de alertas de segurança e “recalls”
Muitos tipos de problemas podem ocorrer com os
dispositivos médicos, que vão desde questões de menor
prioridade até as potencialmente fatais, e podem
resultar na emissão de recalls ou alertas de segurança
do fabricante ou de organizações como FDA, ECRI ou
Anvisa, que se destinam a informar sobre problemas
identificados antes que ocorram incidentes adicionais.
No entanto, o alerta sozinho não pode proteger os
pacientes de danos, e os hospitais devem responder de
maneira adequada a eles, para eliminar lesões evitáveis.
Os principais critérios de inclusão nesta lista do ECRI
consideram a severidade dos riscos, a frequência com
que se manifestam, a amplitude de suas consequências, a
dificuldade de constatá-los, se foi passível de publicidade e,
também, a possibilidade de que as atitudes das pessoas e
organizações reduzam os já existentes.
E o seu hospital, está desenvolvendo ações para reduzir os
riscos relacionados a tecnologias em saúde?
Lúcio Flávio de Magalhães Brito
Engenheiro Clínico Certificado
Lb@engenhariaclinica.com

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Políticas e práticas inadequadas na configuração de alarmes Os alarmes são utilizados para indicar mudanças nas condições do paciente ou circunstâncias que podem afetar o cuidado assistencial. Quando este sistema falha, pode produzir danos severos ou até mesmo a morte. Normalmente estão associados à configuração dos limites de alarme de modo não apropriado. 2. Dados incorretos nos sistemas de TI em saúde Informações erradas, incompletas ou inexatas podem levar a decisões incorretas quanto ao tratamento do paciente e, consequentemente, produzir algum tipo de dano. Um dos aspectos importantes deste risco é a dificuldade de reconhecê-lo e corrigi-lo. 3. Má administração de medicamentos Em 2014, o foco foi dado na programação incorreta de bombas de infusão, porém, este ano, está no emaranhado de linhas de infusão quando é feito o uso de equipamentos com vários canais em um único paciente. Atualmente, são frequentes os erros do local de infusão e o fluxo ajustado. 4. Processamento inadequado de endoscópio e instrumentos cirúrgicos Em 2013, a Joint Commission relatou as 13 mais urgentes ameaças para a vida. Destas, sete estavam diretamente relacionadas à esterilização ou à desinfecção de alto nível feitas de maneira imprópria. 5. Desconexões não detectadas ou por erro de configuração ou ausência do alarme Oscircuitosdosventiladorespossuemváriospontosde conexãoeapresentamumaincidênciadedesconexãoalta.Os problemasmaiscomunsestãorelacionadosaobaixovolume dosomdealarmesoulimitesdealarmesmalconfigurados, fazendocomquenãosejaacionadodiantedeumevento. Os 10 riscos tecnológicos mais importantes de 2015 6. Erros no uso de equipamentos de movimentação e falhas destes dispositivos Há no mercado um grande número de tecnologias destinadas à movimentação, como os montados no teto e os equipamentos móveis para elevação, dispositivos de transferência de pacientes e mesmo cadeiras e macas especialmente projetadas para tal. Além dos problemas relacionados ao uso, estão incluídos os de natureza elétrica, a ruptura de componentes mecânicos, a soltura de ganchos e mesmo a ruptura de alças de sustentação. 7. Aumento da dose de radiação “Dose Creep” é a elevação dos níveis de exposição à radiação, numa tentativa de melhorar a qualidade de imagem durante o diagnóstico radiográfico. Embora não cause resultados negativos imediatos, é um problema traiçoeiro e que pode ter consequências ruins em longo prazo. 8. Cirurgia robótica: complicações devido ao treinamento insuficiente São dispositivos complexos que alteram o processo cirúrgico para todos os envolvidos e, como acontece com qualquer nova tecnologia que parte de abordagens anteriores, a preparação é fundamental para a utilização segura. Se os cirurgiões e suas equipes não são suficientemente treinados, eventos adversos podem ocorrer. 9. Segurança cibernética: proteção insuficiente A tendência crescente à criação de redes e conectividade entre dispositivos médicos está associada ao aumento correspondente da vulnerabilidade desses dispositivos frente a um malware e ataques maliciosos. São poucas as evidências de danos diretos a pacientes pelas vulnerabilidades dos sistemas, mas a segurança cibernética é, no entanto, uma consideração em relação ao paciente, que irá exigir maior atenção nos próximos anos. 10. Gerenciamento de alertas de segurança e “recalls” Muitos tipos de problemas podem ocorrer com os dispositivos médicos, que vão desde questões de menor prioridade até as potencialmente fatais, e podem resultar na emissão de recalls ou alertas de segurança do fabricante ou de organizações como FDA, ECRI ou Anvisa, que se destinam a informar sobre problemas identificados antes que ocorram incidentes adicionais. No entanto, o alerta sozinho não pode proteger os pacientes de danos, e os hospitais devem responder de maneira adequada a eles, para eliminar lesões evitáveis. Os principais critérios de inclusão nesta lista do ECRI consideram a severidade dos riscos, a frequência com que se manifestam, a amplitude de suas consequências, a dificuldade de constatá-los, se foi passível de publicidade e, também, a possibilidade de que as atitudes das pessoas e organizações reduzam os já existentes. E o seu hospital, está desenvolvendo ações para reduzir os riscos relacionados a tecnologias em saúde? Lúcio Flávio de Magalhães Brito Engenheiro Clínico Certificado Lb@engenhariaclinica.com