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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM NÍVEL DE
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PEDAGÓGICA: SUPERVISÃO E
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Ivonete André da Lapa
APORTES TEÓRICO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO
ORIENTADOR PEDAGÓGICO
Rio de Janeiro
2018
2
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM NÍVEL DE
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PEDAGÓGICA: SUPERVISÃO E
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
APORTES TEÓRICO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO
ORIENTADOR PEDAGÓGICO
Projeto de Pesquisa apresentado por
Ivonete André da Lapa à Pós-
Graduação da Universidade Veiga de
Almeida, como um dos requisitos para
a obtenção do título de Gestão
Pedagógica: Supervisão e Orientação
Educacional.
Orientador: Profº Dr. Marcelo
Castañeda de Araújo
Rio de Janeiro
2018
3
APORTES TEÓRICO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO
ORIENTADOR PEDAGÓGICO
Projeto de Pesquisa apresentado
por Ivonete André da Lapa à
Pós-Graduação da Universidade
Veiga de Almeida, como um dos
requisitos para a obtenção do título
de Gestão Pedagógica: Supervisão e
Orientação Educacional.
Aprovado em 07 de abril de 2018 pela banca examinadora.
______________________________________
Profª Me. Maria Tereza de Mendonça
Universidade Veiga de Almeida
______________________________________
Prof. Dr. Marcelo Castañeda de Araújo
Universidade Veiga de Almeida
______________________________________
Profª Me. Dayse Medeiros dos Santos - Banca de Gestão Pedagógica:
Supervisão e Orientação Educacional.
Universidade Veiga de Almeida
Rio de Janeiro
2018
4
1. INTRODUÇÃO
No campo educacional muito se fala dos efeitos da perspectiva educação
tradicional. Proposta reflexiva que concebe o educador como o detentor do
saber e o aluno é comparado a uma tábua rasa, que vem ao mundo vazio.
Precisa ter acesso à escola para ser preenchido dos conteúdos assimilados ao
longo da história. Esse perfil de educação deixou marcas profundas na
sociedade, produzindo pessoas passivas, sujeitos incapazes de ser
protagonistas de sua história. Um levantamento histórico feito pelo INEP em
outubro de 2003 e IPEA em 2011 revelam que a maioria das instituições
acadêmicas não estão aptas a formar docentes para atender as demandas e
especificidades dos alunos de hoje. O fazer pedagógico nas salas de aula de
nosso pais precisa ser repensado, reorganizado para atender as
particularidades inerente ao aluno. Os autores que militam nas áreas de
políticas públicas em prol da qualidade do ensino no Brasil argumentam que
muitas escolas não estão dando conta de atender as demandas educacionais
dos alunos.
Alguns estudos (FERNANDES, 2012) indicam que um dos aspectos da
raiz do problema está na má formação dos docentes. Vejam os argumentos da
pesquisadora Fernandes ( 2012, p. 94) para a revista Nova Escola³:
Nos últimos tempos, o acesso à educação cresceu, a despeito desta
boa notícia, a qualidade do ensino não melhorou; a uma década, a
porcentagem de cidadãos considerados plenamente alfabetizados
permanece inalterada: 26%, segundo o indicador de alfabetismo
funcional (Inaf), realizado pelo instituto Paulo Montenegro e pela Ong
Ação Educativa, em São Paulo. O levantamento avalia, por meio de
uma prova, as habilidades de leitura e escrita e matemática da
população entre 15 e 64 anos. Evidentemente, resolver o problema
da qualidade do ensino não é simples. São muitas as variáveis que
fazem a situação atual estar longe do ideal. Segundo o Instituto Paulo
Montenegro, 8% dos que concluíram o ensino médio são
classificados como analfabetos funcionais, como demonstra o
indicador de 2012...é preciso ampliar e melhorar a gestão dos
recursos, valorizar a carreira docente, criar currículo nacional.
Aperfeiçoar a formação inicial e continuada dos professores, garantir
infraestrutura.
O orientador pedagógico é um dos agentes na equipe educacional da
escola que vai deparar com estas questões, ele é a pessoa responsável na
instituição para cooperar no sentido de ajudar a escola minimizar as dificuldades
na área da aprendizagem, propor e atuar para que os alunos se desenvolvam
5
em seu processo de aprendizagem junto ao professor. Os aspectos da
neurociência ampliam o olhar deste profissional e auxilia na qualidade do
ensino. As orientações pautadas na neurociência tem ganhado espaço no
âmbito escolar, atendendo em especial os problemas de educação no Brasil. Na
escola o orientador pedagógico junto ao professor, utiliza instrumentos
específicos de avaliação e estratégias capazes de atender os alunos em sua
individualidade e auxiliá-los na produção escolar e para isso os coloca em
contato com suas reações diante da tarefa e vínculos com o objeto do
conhecimento, resgatando assim o ato de aprender.
Cabe ao orientador pedagógico assessorar a escola no sentido de
alertá-la para o papel que lhe compete, seja redimensionando o
processo de aquisição e incorporação do conhecimento dentro do
espaço escolar, seja reestruturando a atuação da própria instituição
junto a alunos e professores e seja encaminhado a alunos e outros
professores (BOSSA, 2007, p.67).
O orientador pedagógico deve ser capaz de investir em sua formação
pessoal de maneira contínua e significativa, estando apto a desenvolver um
papel profissional inovador, no qual quem ensina deve ter aprendido e
vivenciado o que vai ensinar. Partindo do princípio de que a psicopedagogia
está passando por um processo de evolução, este trabalho procura explorar e
apresentar um pouco sobre a importância e necessidade da formação
continuada do profissional da orientação, o orientador pedagógico. Acredita-se
que as bases do desenvolvimento morfofuncional do cérebro conferem ao
orientador pedagógico conhecimentos sólidos para intervenção pedagógica.
Argumentos de autores como Maia (2011), e Relvas (2009, 2010, 2012),
defendem ser necessário aos profissionais de que limitam no campo da
educação, entender que as interações perpassam por aspectos biológicos,
psicológicos e sociais. Na sala de aula as novas tecnologias têm influenciado
no desenvolvimento do comportamento dos alunos. E um olhar focalizado nas
contribuições dos estudos neurocientíficos, diversas dificuldades de
aprendizagens poderão ser amenizados ou superadas. Mediante ás mudanças
ocorridas em função das inovações tecnológicas e desenvolvimento das
ciências biológicas concebe-se o nascedouro de um perfil diferenciado de ser
humano por se detectar características e especificidades múltiplas. Neste
contexto a escola atual precisa estar apta a acolher e atuar com as demandas
6
de sua comunidade. Pesquisas apontam que em função das especificidades
dos discentes atuais os cursos universitários voltados para a formação dos
profissionais de educação não os habilitam para lidar com as demandas
escolares atuais. Neste sentido este projeto propõem apresentar aspectos dos
fundamentos neurocientíficos para a formação continuada do orientador
pedagógico.
7
2. JUSTIFICATIVA
Atuar com demandas escolares e ao mesmo tempo primar pela formação
continuada permite ao educador aprimorar seu olhar frente as novas demandas
da escola. Por perceber que muitos profissionais atuam sem respaldo teórico
científico das inovações da neurociência para o desenvolvimento da
aprendizagem e ao mesmo tempo tomando contato com esta nova ciência e
suas abordagens para a educação me motivou a refletir sobre os fundamentos
da neurociência para a formação continuada do profissional da orientação
pedagógica. Atualmente frente aos processos de inclusão e a diversidades de
aspectos que os alunos apresentam o profissional da orientação pedagógica
precisa estar bem instrumentalizados para oferecer o apoio necessário que os
professores necessitam. Portanto nesta pesquisa pretende-se abordar aportes
teóricos para a formação continuada do orientador pedagógico, atribuindo-lhe a
função de sujeito articulador e formador de ações transformadora no espaço
escolar.
No campo educacional ainda muito se fala dos efeitos da educação
tradicional, conteudista, classificatória. Onde o educador é percebido como o
detentor de todo o saber. O aluno é apontado como um ser luz, vazio, que
precisa ter acesso à escola para ser preenchido dos conteúdos assimilados ao
longo da história. Esse perfil de educação deixou marcas profundas na
sociedade, produzindo pessoas passivas, sujeitos incapazes de ser
protagonistas de sua história. Um levantamento histórico feito pelo INEP em
outubro de 2003 e IPEA em 2011 revelam que a maioria das instituições
acadêmicas não estão aptas para atuar em prol da formação docente. No
processo de formação continuada o orientador pedagógico precisa encontrar
conteúdos inovadores para aprofundar em sua área de competência ampliando
suas habilidades para apoiar o trabalho dos profissionais e alunos que dele
venha depender. Atualmente várias pesquisas na área da psicologia cognitiva
tem apontado para a importância da parceria entre educação e neurociências
como ferramentas afins para ampliar o olhar sobre a forma como o cérebro se
constitui e funciona. Neste trabalho pretende-se apresentar as contribuições da
8
neurociência como conteúdos necessários à formação continuada do orientador
pedagógico. A atribuição deste profissional não está diretamente ligada à sala
de aula, porém, é este profissional que está à frente dos professores, e lida
diretamente com as especificidades de aprendizagens dos alunos. E com os
aportes teóricos da neurociência este profissional terá mais acesso formação
mais ampla para lidar com as demandas do ato de aprender dos alunos e
profissionais da instituição que nele venha se apoiar.
O desenvolvimento atual das Neurociências é verdadeiramente
fascinante e gera grandes esperanças de que, em breve, tenhamos novos
tratamentos para uma grande gama de distúrbios do sistema nervoso, que
debilitam e incapacitam milhões de pessoas todos os anos. (BEAR, 2008, p.
21). Para os profissionais do ensino, isso é de fundamental importância, pois a
existência do cérebro é um acontecimento maravilhoso, que tem por função
aprender a mudar o meio ou adaptar-se a ele em tempo curto, e, para tanto, só
é preciso que ocorra alguma aprendizagem. O educador precisa conhecer e
reposicionar-se frente aos novos estudos e descobertas a respeito da mente e
da inteligência humana. Só assim ele vai conseguir desenvolver seu trabalho na
perspectiva de atender às individualidades e atingir o maior número possível de
educandos.
9
3. OBJETO DE ESTUDO
 Os fundamentos da Neurociência e sua contribuição para a formação
continuada do orientador pedagógico.
10
4. OBJETIVO GERAL
 Apresentar os fundamentos da neurociência como conteúdo necessário á
formação continuada do orientador pedagógico.
4.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Conhecer os fundamentos da neurociência e sua contribuição para
instrumentalizar o profissional da orientação pedagógica.
 Identificar ações neuropedagógicas para viabilizar a atuação dos
profissionais envolvidos com a aprendizagem dos alunos em contexto
institucional.
 Apresentar fundamentos neuropedagógicos para aperfeiçoar a
competência do orientador pedagógico para atuar junto aos professores
com as especificidades educacionais dos discentes.
11
5. REVISÃO DE LITERATURA
5.1 AS ATRIBUIÇÕES DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO NA
INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Antes de apresentar o referencial teórico desta pesquisa faz-se
necessário entender qual é o papel do profissional da orientação na instituição
escolar. Dos autores lidos para esta pesquisa são unanimes em aferrar que a
atuação do orientador pedagógico é uma ação preventiva e terapêutica,
desempenha uma prática docente envolvendo a preparação e orientação de
profissionais da educação dentro da escola. E detecta possíveis perturbações
no processo de aprendizagem dentre outras promove o processo de integração
e troca entre a comunidade escolar e seu entorno. Segundo (BOSSA, 1994,
p.23):
Cabe ao orientador pedagógico em equipe com outros
profissionais perceber eventuais perturbações no processo de
aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa,
favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de
acordo com as características e particularidades dos indivíduos do
grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter
assistencial, o orientador participa de equipes responsáveis pela
elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das
políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e
coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua
docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança
ou, da própria ensilagem.
Os pesquisadores, Soares e Sena 2010, apresentam o orientador
pedagógico como um agente extremamente importante na instituição escolar.
Segundo eles, este profissional estimula o desenvolvimento de relações
interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a aplicação de métodos de ensino
coerentes com as mais novas concepções a respeito desse processo. O
orientador pedagógico procura interagir com a equipe escolar, ajudando-a
aprofundar o olhar em torno dos discentes e das circunstâncias de construção
do conhecimento, facilitando ao aluno a superar os obstáculos que impede o
pleno domínio das ferramentas primordial à leitura do mundo. Portanto, o
profissional da orientação pedagógica propõe e auxilia no desenvolvimento de
projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando à descoberta e o
desenvolvimento das capacidades da criança, bem como pode contribuir para
12
que os aprendestes sejam capazes de olhar esse mundo em que vive de saber
interpretá-lo e de nele ter condições de interferir com segurança e competência.
Segundo Bossa (2000), a presença de um orientador pedagógico no
contexto escolar é fundamental, ou seja, ele tem muito que fazer na escola. A
sua intervenção inclui:
• Orientar os pais;
• Auxiliar os educadores e consequentemente à toda comunidade
aprendente;
• Buscar instituições parceiras (envolvimento com toda a sociedade);
• Colaborar no desenvolvimento de projetos (Oficinas educativas);
• Propor e acompanhar a implementação e implantação de nova proposta
metodológica de ensino;
• Promover encontros socializadores entre corpo docente, discente,
coordenadores, corpo administrativo e de apoio e dirigentes.
13
5.2 FORMAÇÃO CONTINUADA DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO;
ASPECTOS DA NEUROCIENCIA - DESENVOLVIMENTO
MORFOFUNCIONAL DO CÉREBRO
Os estudos em Neurociência facilitam para (re)pensarmos as formas de
trabalhar a aprendizagem significativa nas instituições escolas, a fim de
potencializar para novas descobertas e avanços da área ligados aos processos
de ensino aprendizagem. A Neurociência é o estudo de como o cérebro
trabalha com as memórias e os mecanismos biológicos, com o propósito de
entender como se constituem as ligações sinápticas no favorecimento ao
acesso às informações e de que maneira os conhecimentos são armazenados e
apreendidos pelos estudantes. Ao se falar em processos de aprendizagem,
cita-se os processos neurais, pois são redes que estabelecem conexões e que
realizam as sinapses (CONSENZA, 2011). As pesquisas em Neurociência
chegam para explicar como é a relação do cérebro e o aprender, que há poucos
anos era quase desconhecida da Educação. O trabalho em conjunto da
Neurociência e da Educação ajuda a conhecer o hipocampo na consolidação
das memórias, com o fluxo do sistema das emoções, possibilitando descobrir os
mistérios que envolvem a região neural, da cognição, linguagem e escrita.
Pesquisadores como Cosenza (2011), Kandel (2002), Bransford (2007), Relvas
(2005) elucidam que a aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas
funcionam de forma relacionada. Assim, conseguimos entender o quanto é
valoroso aliar a música, os jogos e os movimentos com atividades escolares e
ter a possibilidade de trabalhar simultaneamente mais de um sistema —
auditivo, visual, entre outros. Dessa forma, o uso de estratégias dinâmicas
provoca alterações cerebrais que, em muitos casos, desenvolve um processo
de aprendizagem mais qualitativo, corroborando para o uso de competências
necessárias para a formação do aluno. Na medida em que os pesquisadores
estão dedicando mais tempo ao trabalho com os professores, testando e
aprimorando as teorias em salas de aula (BRANSFORD, 2007), a Neurociência
atesta pensar a Educação de forma multilateral e mais equitativa ao explorar as
funcionalidades de cada inteligência que há na sala de aula. O orientador
pedagógico, quando ciente da construção dos processos cognitivos,
proporciona as melhores estratégias, e, certamente, o trabalho por
14
competências fica mais eficaz, e preparar melhor os alunos para construir suas
apendizagens.
Segundo pesquisa da pesquisadora Hennemann (2012), Durante as
últimas décadas, com o avanço de equipamentos que permitem mapear o
cérebro com maior riqueza de detalhes, os estudos médico-científicos tiveram
um aumento significativo procurando entender com maior clareza de que forma
a atividade cerebral influi no nosso comportamento.
Dentro desta análise pode-se dizer que a Neurociência procura estudar
as variações entre o comportamento e a atividade cerebral. Porém trata-se de
um campo interdisciplinar que abrange várias outras “disciplinas’: -
neuroanatomia, neurofisiologia, neuroquímica, neuroimagem, genética,
neurologia, psicologia, psiquiatria, pedagogia.
Todas essas ciências reunidas formam a Neurociência e juntas procuram
investigar o sistema nervoso procurando entender como ele se desenvolve,
como ele é parecido ou diferente entre indivíduos e entre espécies ou como ele
deixa de funcionar. As Neurociências nos revelam como o cérebro produz
nosso comportamento, porque nos emocionamos, porque precisamos comer,
dormir, de que forma tomamos decisões, enfim como somos e o que somos.
Antes das invenção do microscópio composto, no século XVIII, o
tecido neural era considerado como tendo função glandular –ideia
que pode ser rastreada até a Antiguidade e a proposta de Galeno de
que os nervos seriam condutos que levariam os fluidos secretados
pelo cérebro e medula espinhal para a periferia do corpo. ( ARÚJO,
2012, p.14)
Através das Neurociências procura-se perceber a individualidade de
cada um, e a partir disso, entender como as lesões no cérebro interferem no
modo de ser dos indivíduos. Através dos estudos de Luria, que durante a
Segunda Guerra Mundial, desenvolveu um estudo de indivíduos portadores de
lesão cerebral, no qual catalogou cada paciente, mapeou as respectivas lesões
cerebrais e anotou as alterações no comportamento, tendo como objetivo
específico o estudo das bases neurológicas do comportamento, ocorreram
mudanças significativas no experimento médico-cientifico, modificando muito
dos tratamentos que era ofertado aos pacientes com lesões cerebrais, pois
durante vários anos as doenças mentais eram incompreendidas e vistas numa
dimensão mais psicológica, conforme relato abaixo:
15
No período de 1940-1970, muitos psicanalistas americanos
começaram a afirmar que todas as doenças mentais, incluindo a
esquizofrenia e as doenças maníaco-depressivas, eram causadas
por conflitos psicológicos que podiam ser amenizados por meio da
psicoterapia psicanalítica. Com freqüência os pais, e principalmente
as mães, eram acusados pelos transtornos mentais dos seus filhos.
Era particularmente cruel o conceito da “mãe esquizofrenogênica”,
que propunha que a esquizofrenia era causada devido a mãe rejeitar
a criança de forma inconsciente, embora parecesse amá-la. Em uma
série de livros bastante divulgados, Bruno Bettelheim teorizava que o
transtorno autista era causado pela rejeição parental e que somente
a “parentectomia” (isto é, retirar a criança do lar) poderia levar à cura.
Aqueles que defendiam o conceito de que as doenças mentais têm
causas estritamente “ambientais” ou “psicológicas” sentem com
freqüência que estão em um patamar moral superior – defendendo o
paciente contra uma teoria biológica determinista. Em geral não
conseguem ver que as suas próprias teorias da doença mental, na
ausência de provas, culpam os pais e as famílias pelo problema de
uma criança e, assim, causam dor e sofrimento enormes. Isso seria o
equivalente a negar a natureza biológica do câncer e dizer aos pais
de uma criança com leucemia que foi o fracasso deles em ter um
relacionamento amoroso com ela que levou à doença.
(PLISZKA, 2004, p. 13 -14 )
Na atualidade, estudos significativos já proporcionaram mudanças no
tratamento de pacientes com necessidades educacionais especiais, incluindo
os indivíduos com deficiência mental ou intelectual. Indivíduos que antes eram
retiradas do convívio de seus familiares, uma vez que se acreditavam que estes
não teriam condições de reabilitação, hoje, através da Neurociência, sabe-se
que existe a plasticidade cerebral e que a mesma necessita de muito estímulo
daqueles que estão próximos a estes indivíduos.
Para estudiosos que fazem uma relação da área da biologia cerebral
com o contexto escolar, conhecer e entender os processos da aprendizagem
tornou-se um grande desafio para os educadores da atualidade. Segundo
(RELVAS, 2009), é necessário entender que as interações perpassam por
aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Na sala de aula as novas
tecnologias têm influenciado no desenvolvimento do comportamento dos
alunos. E um olhar focalizado nas contribuições dos estudos neurocientíficos,
diversas dificuldades de aprendizagens poderão ser amenizados ou superadas.
Para realizar uma abordagem mais aprofundada do tema em pauta, percebe-se
a necessidade de fundamentar os argumentos tendo por base uma breve
explanação dos aspectos morfofuncionais do desenvolvimento do sistema
nervoso, cérebro e a aprendizagem. Consenza (2011), afirma que o sistema
16
nervoso se modifica durante toda a vida, mas dois momentos são
particularmente importantes ao longo do seu desenvolvimento. O primeiro
corresponde ao período em torno da época do nascimento, quando ocorre, um
ajuste quanto ao número de neurônios que serão realmente utilizados nos
circuitos necessários à execução das diversas funções neurais. O segundo
corresponde à época da adolescência, quando um grande rearranjo tem lugar,
havendo um acelerado processo de eliminação de sinapses, um
“desbastamento sináptico”, que ocorre em diferentes regiões do córtex cerebral.
Além disso, há um notável aumento da mielinização das fibras nervosas em
circuitos cerebrais, tornando-os mais eficientes. As modificações que ocorrem
na adolescência preparam o indivíduo para a vida adulta. O aumento da
conectividade entre as células corticais é progressivo durante a infância, mas
declina na adolescência até atingir o padrão adulto, o que reflete,
provavelmente, uma otimização do potencial de aprendizagem. Nessa fase da
vida diminui a taxa de aprendizagem de novas informações, mas aumenta a
capacidade de usar e elaborar o que já foi aprendido. Dentre os vários autores
que se debruçaram sobre este assunto (MAIA; THOMPSON, 2011), classificam
a estrutura do sistema nervoso em: sistema nervoso central, periférico1
e
autônomo. Segundo eles, o sistema nervoso central é formado pelas estruturas
que compõem a calota craniana e anatomicamente a coluna e o encéfalo.
Segundo os autores (ALBERTO, STEFANINI, VICENTINI,( 2012), apud, ARCE,
MARTINS, 2012, P. 123).
1
Nos vertebrados, a distinção entre as duas divisões do sistema nervoso adulto é simples: o
sistema nervoso central (SNC) compreende todo o tecido nervoso encontrado dentro de
caixas ósseas (o crânio e a coluna vertebral), enquanto o sistema nervoso periférico (SNP)
compreende todo o tecido nervoso restante, situado fora do crânio e da coluna vertebral -
portanto, todos os nervos e gânglios do corpo.
17
http://www.ufrgs.br/auladeembrio/ppts/desenvhum2_2.pdf
O encéfalo compreende o cérebro, cerebelo e o tronco encefálico.
Desde o período pré-natal até o adulto, observa-se um rápido e
intenso crescimento do encéfalo que praticamente triplica seu peso
em relação ao da época do nascimento. Esse crescimento rápido do
encéfalo é resultado de mielinização que ocorre nos dois primeiros
anos de vida assim como aumento dos tamanhos dos neurônios, do
numero de células da neuroglia e da complexidade dos processos
neuronais.
Fonte:http://www.anatomiahumana.ucv.cl/efi/modulo21.html
O sistema nervoso periférico é o responsável por conduzir os reflexos e
nervos que fazem o sistema nervoso central funcionar. Já o sistema nervoso
autônomo representa as estruturas centrais e periféricas relacionadas com
controle das funções involuntárias e orgânicas. Sob este víeis os autores traz
uma relevante contribuição para a educação quando afirmam que, o sistema
nervoso é o grande responsável pela vida mental de relação das pessoas bem
como o bom funcionamento de outros órgãos. Para eles (MAIA; THOMPSON,
2011 p. 21) as funções primordiais do sistema nervoso são:
Funções cognitivas (pensamento e emoção), motricidade e
equilíbrio, sensibilidades (tato, dor temperatura, pressão vibração),
sentidos (visão, audição, gustação, olfato) e controle do meio interno
(respiração, circulação, liberação hormonal). Segundo elas, o
cérebro, como estrutura mais desenvolvida e complexa dentro do
sistema nervoso central, tem atribuições mais complexas dentre as
18
supracitadas, incluindo a projeção sensorial e cognição,
planejamento e iniciação de movimentos voluntários, processos
mentais complexos (pensamento, raciocínio), compreensão e
expressão da linguagem, memoria e aprendizagem, experiências
emocionais e motivacionais.
Fonte: http://www.tdtonline.viewtopic.php
Segundo estes autores a parte mais desenvolvida do sistema nervoso
central é o cérebro, é formado por dois hemisfério com 4 lobos cada um: frontal,
parietal, temporal e occipital e é dividido em: córtex e substancia branca. O
córtex é responsável pelos neurônios e a substancia branca, os axônios
prolongamentos dos neurônios. Os autores, (MAIA; THOMPSON, 2011 p. 22),
defendem que:
“Os neurônios do córtex são superespecializados, sendo setorizados
por áreas funcionais. Tais áreas recebem informações de várias
outras áreas do próprio córtex e de diversas outras estruturas
cerebrais e periféricas, formando uma grande rede conectiva. Por
meio do cérebro o individuo conhece o mundo e age nele, graças as
funções coordenadas dos recursos cognitivos e as conexões que o
cérebro tese entre os dois hemisférios e no interior de cada
hemisfério formando uma rede ordenada e complexa”.
Hennemann (2012), concorda com os referidos autores acima quando diz
que o córtex cerebral é a fina camada de substância cinzenta que recobre o
cérebro. Ele é uma das regiões mais importantes do Sistema Nervoso Central
(SNC). Ele recebe impulsos de todas as vias da sensibilidade, sendo o
responsável pela interpretação e resposta de todas essas informações. Dele
são transmitidos impulsos que iniciam e controlam os movimentos voluntários.
Além disso, o córtex cerebral também está relacionado com os fenômenos
psíquicos. Por muito tempo não se aceitou que certas áreas do cérebro estão
relacionadas a funções específicas. Atualmente, no entanto, sabe-se que
19
existem regiões no córtex cerebral que são mais especializadas na realização
de algumas funções. Além de se localizar em uma região específica, uma
função pode também se lateralizar para um hemisfério cerebral, havendo uma
dominância de um hemisfério sobre o outro. Isto é bem visível nos casos da
linguagem, da gnose (interpretação de estímulos sensoriais) e a práxis
(realização de atos motores complexos). Anatomicamente, o cérebro é dividido
em lobos, sendo eles: frontal, temporal, parietal, occipital e a ínsula. Porém,
essa divisão não representa uma segregação funcional do cérebro:
O córtex cerebral divide-se em 5 lobos, sendo que cada um
tem sua função diferenciada e especializada. Os lobos
cerebrais são designados pelos nomes dos nossos ossos
cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo
frontal localiza-se na região da testa; o lobo occipital, na
região da nuca; o lobo parietal, na parte superior da cabeça; o
lobo temporal, nas regiões laterais da cabeça, por cima das
orelhas e por fim, o lobo da ínsula (que também é conhecido
como ilha de Reil), se localiza na profundidade dos lobos
frontal, parietal e temporal. (HENNEMANN, 2012, P.12)
Fonte: http://www.islam-guide.com/pt/ch1-1-d.htm
A autora (ARCE, 2012), produz uma contribuição significativa para
compreensão dos aspectos morfofuncionais do desenvolvimento do sistema
nervoso, cérebro e aprendizagem. Segundo ela, (ARCE, 2012, p.26-28).
Aparentemente, o cérebro do recém-nascido é estruturalmente
semelhante ao do adulto. Todas as regiões corticais e subcorticais já
estão constituídas e no número de células não se altera. Com o
desenvolver da idade, o desempenho encefálico pós-natal passa por
vários estágios gradualmente complexos. No primeiro estágio, que
compreende o período de zero a dois anos de idade, o latente
desenvolve a percepção do meio ambiente. Entre dois a cinco anos
de idade, período do segundo estágio, a criança usa a linguagem
como um sistema de sinais simbólicos. O córtex associativo
20
processa as informações, ou seja, discrimina os estímulos recebidos
e os compara com aqueles pré-existentes. No terceiro estágio, entre
cinco a oito anos a criança torna-se consciente de que não está
sozinha e passa a interagir com o meio. No quarto estágio, entre sete
a doze anos de idade, a criança reconhece as relações entre e
objetos e compreende seus valores relativos.
Segundo autores citados (ARCE, MARTINS 2012), estudos de imagem
funcional do cérebro revelaram que a estimulação precoce aumenta a função
encefálica, ao passo que a ausência de estimulação precoce leva a perda de
função encefálica. Pesquisas sobre desenvolvimento mostraram que existem
janelas desenvolvimentais de oportunidade para diferentes funções encefálicas.
Consequentemente as janelas de oportunidade são de 0 a 2 anos para o
desenvolvimento emocional, 0 a 4 anos, para matemática e lógica, 0 a 10 anos,
para linguagem e de 3 a 10 anos para música. E finalmente, elas apontam o
fato de que o desenvolvimento encefálico não é linear, mas sim episódico, com
janelas de oportunidades a serem utilizadas. E ainda sob este mesmo enfoque
Luria (1980), citado por Freitas (2006), afirma que os processos mentais, que
incluem sensações, percepção, linguagem, pensamento e memória não podem
ser considerados simples faculdades localizadas em territórios corticais restritos
do cérebro, mas sistemas funcionais complexos, que fazem do ser humano
único em sua construção morfo funcional e comportamental. Quanto ao
paralelo do sistema nervoso e a aprendizagem, Metring (2011) enfatiza que,
não há possibilidades de ensinar sem o conhecimento de como funciona o
cérebro, como ele recebe e processa os conteúdos. Citando Sampaio
(SAMPAIO, apud, 2010, p.33), ele diz que cada criança é um ser diferente e
único, e cada aluno tem sua forma diferente de aprender e não aprender.
Frente á mesma forma de ensinar alguns aprendem e outros não. Para Metring,
o problema é exatamente este, a mesma forma de ensinar para todos os
alunos, como se todos fossem iguais. Os docentes precisam de formação
adequadas para ensinar a cérebros. Cada um dentro do seu jeito e nível de
desenvolvimento.
Araújo (2012), argumenta que, a linguagem e outras funções cognitivas
também ficam localizadas no córtex cerebral, segundo ele Wernicke formulou
um modelo coerente para a organização da linguagem. Segundo esse modelo,
a percepção inicial, auditiva ou visual, da fala é formada em áreas corticais
sensoriais distintas, especializadas para informações auditivas ou visuais. As
21
representações neurais dessas percepções seriam, então, transmitidas para
uma área cortical associativa, especializada para informações auditivas e
visuais (o giro angular). As palavras faladas ou escritas seriam transformadas
em representação neural comum, um código partilhado pela fala e pela escrita.
Do giro angular, esse código é transmitido para a área de Wernicke, onde seria
reconhecido como linguagem e associado a um significado. Esse código neural
comum seria, em seguida, transmitido para a área de Broca, onde seria
transformado de uma representação sensorial (auditiva ou visual) em
representação motora, que pode desembocar em linguagem falada ou escrita.
http://www.danieleassesgestante.com.br
O cérebro se desenvolve da medula para as áreas frontais, mais
nobres, quando nascemos, nascemos com o cérebro inteiro, porém,
não desenvolvido, ou seja, ainda não estão formadas as redes
neuronais que nos darão a competência ao final dos 20 ou 21 anos
de vida para lidarmos com o meio, produzindo comportamentos
adaptativos inteligentes ou planejados. (METRING, 2011, p. 96)
Outro autor que contribui para a uma melhor compreensão desse
assunto é, (ALMEIDA, 2012, p.45), segundo ele:
O cérebro é dividido por uma fenda em dois hemisférios, que são
segmentados em lobos , regiões demarcadas sem muita nitidez. As
informações captadas pela visão, pela audição, pelo olfato, pelo
paladar e pelo tato provocam impulsos elétricos e reações químicas
em lobos diferentes e não são guardadas da maneira como foram
captadas. Elas são fragmentadas e hierarquizadas.
22
Fonte: http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&rlz=1T4LGEL_pt-
Metring diz que a área mais antiga do cérebro (occipital, pariental e
temporal), começa seu processo de mielinização primeiro, nesse período o
cérebro está preparado para se envolver com as questões que envolvem a
sensibilidade antes de estar pronto para pensar de forma abstrata. Ou, seja a
principio conforme teoria piagetiana, o cérebro esta apto para as funções
motoras, ampliando se para as funções mais complexas. Conforme outros
autores citados por Metring, (apud, MIRANDA & MUSKAT, 2004, SAMPAIO,
2011 p. 35-36):
O padrão de reflexos da lugar a movimentação mais dirigida com
integração entre áreas sesoriais e motoras que permitem a
coordenação dos movimentos, mãos na boca, mão objeto a partir do
terceiro mês de vida. A partir do sexto mês de vida, inicia-se o
desenvolvimento das áreas motoras corticais relacionadas á prensão
manual e ao equilíbrio estático. A partir do segundo ano de vida,
ocorrem o desenvolvimento da fala e da organização das sequencias
motoras. A partir do terceiro ano, a criança já imita movimento das
mãos do observado (abrir e fechar), mas não realiza movimentos
ainda inteligentes. A partir do quarto ano de vida, com um
desenvolvimento ainda rudimentar dos lobos pré-frontais, a criança
começa a programar algumas atividades com maior precisão. A partir
do quinto ano de vida consegue imprimir e reproduzir ritmos
complexos com as mãos. A partir dos seis ou sete anos de idade
começa a ter maior desenvolvimento das noções de lateralidade,
movimentos alternados e simultâneos. A partir dos decimo ano,
inicia-se o desenvolvimento cortical que permite o predomínio das
funções simbólicas e motoras, e o pensamento abstrato começa a
aparecer com alguma independência. A partir dos 14 anos de idade,
ocorre maior associação entre regiões pré-frontais e sistema límbico.
Metring diz que estas informações auxiliam aos docentes no
entendimento de que não adianta promover uma pratica de ensino que não seja
útil ao aluno. A ação dos docentes precisar atender os alunos nas suas
especificidades de desenvolvimento do cérebro, ou seja, o educador precisa
respeitar a condição que o cérebro precisa para realizar determinado
aprendizado. Segundo ele, (METRING, 2011, p.98)
:
Os professores não podem ignorar a zona de desenvolvimento
proximal pregada por Vygotsky. Todos temos uma base que nos
permite uma zona de desenvolvimento real, e Vygotsky bem mostrou
que, quando somos estimulados a partir dela, certamente
alcançaremos resultados satisfatórios de evolução.
23
Segundo o autor, na pratica educativa, esta questão é comprovada
quando um aluno que sabe menos aprende com uma criança que sabe mais. O
fracasso dos educadores enquanto professores é trabalhar o conceito de ZDP
muito longe da ZDR do educando. Para ele o cérebro sempre recebe melhor
aquilo que está mais próximo do que já domina. Ele diz que:
Nosso cérebro nasce com poucas conexões sinápticas, e somente a
estimulação adequada é que vai permitir uma formação ótima dessa
rede neuronal. A rede neuronal é que determina a capacidade de
armazenamento e evocação de dados, sem os quais não podemos
pensar em memória, e, portanto, não haverá aprendizagem.
(METRING, 2011, p. 98)
Fonte:http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com
Cardoso e Teixeira vão dizer que, (CARDOSO, 2000, in TEIXEIRA, 2004
P. 90), Há uma grande diferença entre o cérebro de um recém – nascido e um
adulto, o primeiro com 400g e o segundo com 1300g, e que uma grande
quantidade de interconexões se desenvolve ao longo da vida, mediante a
estimulação do encéfalo que resulta em uma rede complexa. Segundo os
autores de nada serve uma enorme quantidade de informações sem sentido,
porque as sinapses se fortalecem na medida em que a informação para aquela
rede neural seja significante.
Conforme pesquisa de Câmara, esses aspectos entende-se que há
lacunas, seja na formação inicial, seja na formação continuada de profissionais
de educação como o orientador pedagógico, sobretudo quando um grande
número de coordenadores não dispõe de uma formação mais diversificada
abrangendo, entre outras áreas, a Neurociência. Ela pode corroborar para uma
24
maior aprendizagem da criança e do adulto. Os orientadores, assim como
outros profissionais, buscam aplicar suas práticas de ensino, em muitos casos,
a partir de suas histórias de vida (TARDIF, 2001; 2010), com as quais o
cotidiano escolar também colabora para aprimorar as suas práticas, que, sem
dúvida, validam ainda mais os saberes obtidos tanto na formação acadêmica
quanto na interação com seus pares e familiares.
Essa percepção encontra respaldo nos estudos desenvolvidos por autores
como Perrenoud (2002), Nóvoa (1992, 1995), Tardif (2001; 2010; 2005), que
desenvolvem a ideia de que os saberes docentes são ferramentas necessárias
para ampliar práticas na sala de aula e desenvolver ambientes de
aprendizagem. Haja vista as contribuições da Neurociência, os saberes dos
professores, somados a estas, proporcionam um aprender dinâmico e
diversificado. De acordo com a Neurociência, cujo foco de atenção é o
entendimento das atividades neurais e dos processos cognitivos, a
aprendizagem humana não decorre de um simples amontoamento de dados
perceptivos ao nosso cérebro, mas, sim, do processamento e da elaboração
das informações oriundas das percepções no cérebro. Assim, o cérebro é um
sistema complexo e dinâmico, uma vez que seus atos complexos funcionais
não é, apenas, um depósito imóvel para o armazenamento de informação.
Desse modo, a informação deve ser codificada através da sinaptogênese, isto
é, a capacidade de formação de novas conexões, sinapses, entre as células
cerebrais nessas uniões entre os neurônios, que são possibilitadas pela
plasticidade do cérebro, modifica sua química e fisiologia, sobretudo porque
exige modificações nas redes neuronais cada vez que as situações vivenciadas
no ambiente dificultam ou excitam o surgimento de novas sinapses, “conexões”,
mediante a liberação de neurotransmissores (MORAIS, 2004). A Neurociência
deve estar envolvida na formação continuada de orientadores pedagógicos e
nos saberes docentes, principalmente quando esses saberes desencadeiam
dispositivos formativos constitutivos de experiências, interações, entre outros.
Tardif (2010) lembra que o objeto de trabalho do docente é o humano e que
isso tem conseqüências relevantes para a prática profissional dos orientadores,
o que merece maior discussão. Conforme o autor, num dado grupo de alunos
existem especificidades individuais, cabendo ao docente atingir cada um dos
25
indivíduos. Para Moraes e Torre (2004), a Neurociência apresenta
conhecimentos que devem ser aplicados pelos docentes. Os autores entendem
que a aprendizagem é harmonizada pela plasticidade do cérebro e sofre
influência direta do ambiente. Nesse caso, o orientador, por meio de sua ação
profissional, socializa estímulos que podem vir a contribuir para a secreção de
hormônios que provocam o entusiasmo e o desejo de aprender ou o extremo
oposto, o desinteresse. Ações práticas não se constituindo apenas em mais um
saber disciplinar, mas em um saber pertinente e útil para a prática profissional
da docência frente á orientação. Como preconiza Willians apud Moraes e Torre
(2004), o cérebro pode manifestar nos educadores um saber intuitivo de que os
alunos aprendem de diversas formas, à medida que a informação e a memória
sejam entendidas como se formam.
26
6. METODOLOGIA
A proposta deste estudo visa investigar novos conhecimentos que
contribuam para elevar a qualificação e desempenho de docentes frente a
contextos educacionais como o profissional da orientação pedagógica. O
objetivo geral desta pesquisa é, conhecer os fundamentos da neurociência e
sua contribuição para instrumentalizar o orientador pedagógico.
Para responder esse objetivo acima, foram traçados alguns objetivos
específicos, são eles: Identificar ações neuropedagógicas para viabilizar a
atuação dos profissionais envolvidos com a aprendizagem dos alunos em
contexto institucional. Apresentar fundamentos neuropedagógicos para
aperfeiçoar a competência do orientador pedagógico para atuar frente ás
especificidades educacionais dos discentes. Para responder esses objetivos
este projeto propõe a investigação das atribuições do orientador na instituição
escolar, os fundamentos da neurociência e os aspectos morfofuncional do
cérebro como aportes teórico para a formação continuada do orientador.
Esta pesquisa será realizada através de pesquisa bibliográfica, sites da
internet e pesquisa de campo como; entrevista e questionários aplicado a 80
professores sendo 40 atuando em escolas públicas e 40 atuando em escolas
particulares. Leituras de livros, jornais, revistas, internet e questionários.
A neurociência no Brasil está representada principalmente pela
Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), que
congrega a pesquisa básica da área. A pesquisa em neurociência tem sólida
tradição e ampla representação em nosso país (Silveira, 2004; Timo-Iaria, s.d.;
Ventura, 1997, Relvas, (2009), Lent, (2008), Maturama (2002), Huzel (2005),
Kandel (2000), Izquierdo, (2002) e outros. Aprofundaremos na pesquisar a
seguir.
27
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ASPECTOS DA NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO

  • 1. UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA PRÓ-REITORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PEDAGÓGICA: SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Ivonete André da Lapa APORTES TEÓRICO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO Rio de Janeiro 2018
  • 2. 2 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA PRÓ-REITORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PEDAGÓGICA: SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL APORTES TEÓRICO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO Projeto de Pesquisa apresentado por Ivonete André da Lapa à Pós- Graduação da Universidade Veiga de Almeida, como um dos requisitos para a obtenção do título de Gestão Pedagógica: Supervisão e Orientação Educacional. Orientador: Profº Dr. Marcelo Castañeda de Araújo Rio de Janeiro 2018
  • 3. 3 APORTES TEÓRICO PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO Projeto de Pesquisa apresentado por Ivonete André da Lapa à Pós-Graduação da Universidade Veiga de Almeida, como um dos requisitos para a obtenção do título de Gestão Pedagógica: Supervisão e Orientação Educacional. Aprovado em 07 de abril de 2018 pela banca examinadora. ______________________________________ Profª Me. Maria Tereza de Mendonça Universidade Veiga de Almeida ______________________________________ Prof. Dr. Marcelo Castañeda de Araújo Universidade Veiga de Almeida ______________________________________ Profª Me. Dayse Medeiros dos Santos - Banca de Gestão Pedagógica: Supervisão e Orientação Educacional. Universidade Veiga de Almeida Rio de Janeiro 2018
  • 4. 4 1. INTRODUÇÃO No campo educacional muito se fala dos efeitos da perspectiva educação tradicional. Proposta reflexiva que concebe o educador como o detentor do saber e o aluno é comparado a uma tábua rasa, que vem ao mundo vazio. Precisa ter acesso à escola para ser preenchido dos conteúdos assimilados ao longo da história. Esse perfil de educação deixou marcas profundas na sociedade, produzindo pessoas passivas, sujeitos incapazes de ser protagonistas de sua história. Um levantamento histórico feito pelo INEP em outubro de 2003 e IPEA em 2011 revelam que a maioria das instituições acadêmicas não estão aptas a formar docentes para atender as demandas e especificidades dos alunos de hoje. O fazer pedagógico nas salas de aula de nosso pais precisa ser repensado, reorganizado para atender as particularidades inerente ao aluno. Os autores que militam nas áreas de políticas públicas em prol da qualidade do ensino no Brasil argumentam que muitas escolas não estão dando conta de atender as demandas educacionais dos alunos. Alguns estudos (FERNANDES, 2012) indicam que um dos aspectos da raiz do problema está na má formação dos docentes. Vejam os argumentos da pesquisadora Fernandes ( 2012, p. 94) para a revista Nova Escola³: Nos últimos tempos, o acesso à educação cresceu, a despeito desta boa notícia, a qualidade do ensino não melhorou; a uma década, a porcentagem de cidadãos considerados plenamente alfabetizados permanece inalterada: 26%, segundo o indicador de alfabetismo funcional (Inaf), realizado pelo instituto Paulo Montenegro e pela Ong Ação Educativa, em São Paulo. O levantamento avalia, por meio de uma prova, as habilidades de leitura e escrita e matemática da população entre 15 e 64 anos. Evidentemente, resolver o problema da qualidade do ensino não é simples. São muitas as variáveis que fazem a situação atual estar longe do ideal. Segundo o Instituto Paulo Montenegro, 8% dos que concluíram o ensino médio são classificados como analfabetos funcionais, como demonstra o indicador de 2012...é preciso ampliar e melhorar a gestão dos recursos, valorizar a carreira docente, criar currículo nacional. Aperfeiçoar a formação inicial e continuada dos professores, garantir infraestrutura. O orientador pedagógico é um dos agentes na equipe educacional da escola que vai deparar com estas questões, ele é a pessoa responsável na instituição para cooperar no sentido de ajudar a escola minimizar as dificuldades na área da aprendizagem, propor e atuar para que os alunos se desenvolvam
  • 5. 5 em seu processo de aprendizagem junto ao professor. Os aspectos da neurociência ampliam o olhar deste profissional e auxilia na qualidade do ensino. As orientações pautadas na neurociência tem ganhado espaço no âmbito escolar, atendendo em especial os problemas de educação no Brasil. Na escola o orientador pedagógico junto ao professor, utiliza instrumentos específicos de avaliação e estratégias capazes de atender os alunos em sua individualidade e auxiliá-los na produção escolar e para isso os coloca em contato com suas reações diante da tarefa e vínculos com o objeto do conhecimento, resgatando assim o ato de aprender. Cabe ao orientador pedagógico assessorar a escola no sentido de alertá-la para o papel que lhe compete, seja redimensionando o processo de aquisição e incorporação do conhecimento dentro do espaço escolar, seja reestruturando a atuação da própria instituição junto a alunos e professores e seja encaminhado a alunos e outros professores (BOSSA, 2007, p.67). O orientador pedagógico deve ser capaz de investir em sua formação pessoal de maneira contínua e significativa, estando apto a desenvolver um papel profissional inovador, no qual quem ensina deve ter aprendido e vivenciado o que vai ensinar. Partindo do princípio de que a psicopedagogia está passando por um processo de evolução, este trabalho procura explorar e apresentar um pouco sobre a importância e necessidade da formação continuada do profissional da orientação, o orientador pedagógico. Acredita-se que as bases do desenvolvimento morfofuncional do cérebro conferem ao orientador pedagógico conhecimentos sólidos para intervenção pedagógica. Argumentos de autores como Maia (2011), e Relvas (2009, 2010, 2012), defendem ser necessário aos profissionais de que limitam no campo da educação, entender que as interações perpassam por aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Na sala de aula as novas tecnologias têm influenciado no desenvolvimento do comportamento dos alunos. E um olhar focalizado nas contribuições dos estudos neurocientíficos, diversas dificuldades de aprendizagens poderão ser amenizados ou superadas. Mediante ás mudanças ocorridas em função das inovações tecnológicas e desenvolvimento das ciências biológicas concebe-se o nascedouro de um perfil diferenciado de ser humano por se detectar características e especificidades múltiplas. Neste contexto a escola atual precisa estar apta a acolher e atuar com as demandas
  • 6. 6 de sua comunidade. Pesquisas apontam que em função das especificidades dos discentes atuais os cursos universitários voltados para a formação dos profissionais de educação não os habilitam para lidar com as demandas escolares atuais. Neste sentido este projeto propõem apresentar aspectos dos fundamentos neurocientíficos para a formação continuada do orientador pedagógico.
  • 7. 7 2. JUSTIFICATIVA Atuar com demandas escolares e ao mesmo tempo primar pela formação continuada permite ao educador aprimorar seu olhar frente as novas demandas da escola. Por perceber que muitos profissionais atuam sem respaldo teórico científico das inovações da neurociência para o desenvolvimento da aprendizagem e ao mesmo tempo tomando contato com esta nova ciência e suas abordagens para a educação me motivou a refletir sobre os fundamentos da neurociência para a formação continuada do profissional da orientação pedagógica. Atualmente frente aos processos de inclusão e a diversidades de aspectos que os alunos apresentam o profissional da orientação pedagógica precisa estar bem instrumentalizados para oferecer o apoio necessário que os professores necessitam. Portanto nesta pesquisa pretende-se abordar aportes teóricos para a formação continuada do orientador pedagógico, atribuindo-lhe a função de sujeito articulador e formador de ações transformadora no espaço escolar. No campo educacional ainda muito se fala dos efeitos da educação tradicional, conteudista, classificatória. Onde o educador é percebido como o detentor de todo o saber. O aluno é apontado como um ser luz, vazio, que precisa ter acesso à escola para ser preenchido dos conteúdos assimilados ao longo da história. Esse perfil de educação deixou marcas profundas na sociedade, produzindo pessoas passivas, sujeitos incapazes de ser protagonistas de sua história. Um levantamento histórico feito pelo INEP em outubro de 2003 e IPEA em 2011 revelam que a maioria das instituições acadêmicas não estão aptas para atuar em prol da formação docente. No processo de formação continuada o orientador pedagógico precisa encontrar conteúdos inovadores para aprofundar em sua área de competência ampliando suas habilidades para apoiar o trabalho dos profissionais e alunos que dele venha depender. Atualmente várias pesquisas na área da psicologia cognitiva tem apontado para a importância da parceria entre educação e neurociências como ferramentas afins para ampliar o olhar sobre a forma como o cérebro se constitui e funciona. Neste trabalho pretende-se apresentar as contribuições da
  • 8. 8 neurociência como conteúdos necessários à formação continuada do orientador pedagógico. A atribuição deste profissional não está diretamente ligada à sala de aula, porém, é este profissional que está à frente dos professores, e lida diretamente com as especificidades de aprendizagens dos alunos. E com os aportes teóricos da neurociência este profissional terá mais acesso formação mais ampla para lidar com as demandas do ato de aprender dos alunos e profissionais da instituição que nele venha se apoiar. O desenvolvimento atual das Neurociências é verdadeiramente fascinante e gera grandes esperanças de que, em breve, tenhamos novos tratamentos para uma grande gama de distúrbios do sistema nervoso, que debilitam e incapacitam milhões de pessoas todos os anos. (BEAR, 2008, p. 21). Para os profissionais do ensino, isso é de fundamental importância, pois a existência do cérebro é um acontecimento maravilhoso, que tem por função aprender a mudar o meio ou adaptar-se a ele em tempo curto, e, para tanto, só é preciso que ocorra alguma aprendizagem. O educador precisa conhecer e reposicionar-se frente aos novos estudos e descobertas a respeito da mente e da inteligência humana. Só assim ele vai conseguir desenvolver seu trabalho na perspectiva de atender às individualidades e atingir o maior número possível de educandos.
  • 9. 9 3. OBJETO DE ESTUDO  Os fundamentos da Neurociência e sua contribuição para a formação continuada do orientador pedagógico.
  • 10. 10 4. OBJETIVO GERAL  Apresentar os fundamentos da neurociência como conteúdo necessário á formação continuada do orientador pedagógico. 4.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Conhecer os fundamentos da neurociência e sua contribuição para instrumentalizar o profissional da orientação pedagógica.  Identificar ações neuropedagógicas para viabilizar a atuação dos profissionais envolvidos com a aprendizagem dos alunos em contexto institucional.  Apresentar fundamentos neuropedagógicos para aperfeiçoar a competência do orientador pedagógico para atuar junto aos professores com as especificidades educacionais dos discentes.
  • 11. 11 5. REVISÃO DE LITERATURA 5.1 AS ATRIBUIÇÕES DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR Antes de apresentar o referencial teórico desta pesquisa faz-se necessário entender qual é o papel do profissional da orientação na instituição escolar. Dos autores lidos para esta pesquisa são unanimes em aferrar que a atuação do orientador pedagógico é uma ação preventiva e terapêutica, desempenha uma prática docente envolvendo a preparação e orientação de profissionais da educação dentro da escola. E detecta possíveis perturbações no processo de aprendizagem dentre outras promove o processo de integração e troca entre a comunidade escolar e seu entorno. Segundo (BOSSA, 1994, p.23): Cabe ao orientador pedagógico em equipe com outros profissionais perceber eventuais perturbações no processo de aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o orientador participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensilagem. Os pesquisadores, Soares e Sena 2010, apresentam o orientador pedagógico como um agente extremamente importante na instituição escolar. Segundo eles, este profissional estimula o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a aplicação de métodos de ensino coerentes com as mais novas concepções a respeito desse processo. O orientador pedagógico procura interagir com a equipe escolar, ajudando-a aprofundar o olhar em torno dos discentes e das circunstâncias de construção do conhecimento, facilitando ao aluno a superar os obstáculos que impede o pleno domínio das ferramentas primordial à leitura do mundo. Portanto, o profissional da orientação pedagógica propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando à descoberta e o desenvolvimento das capacidades da criança, bem como pode contribuir para
  • 12. 12 que os aprendestes sejam capazes de olhar esse mundo em que vive de saber interpretá-lo e de nele ter condições de interferir com segurança e competência. Segundo Bossa (2000), a presença de um orientador pedagógico no contexto escolar é fundamental, ou seja, ele tem muito que fazer na escola. A sua intervenção inclui: • Orientar os pais; • Auxiliar os educadores e consequentemente à toda comunidade aprendente; • Buscar instituições parceiras (envolvimento com toda a sociedade); • Colaborar no desenvolvimento de projetos (Oficinas educativas); • Propor e acompanhar a implementação e implantação de nova proposta metodológica de ensino; • Promover encontros socializadores entre corpo docente, discente, coordenadores, corpo administrativo e de apoio e dirigentes.
  • 13. 13 5.2 FORMAÇÃO CONTINUADA DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO; ASPECTOS DA NEUROCIENCIA - DESENVOLVIMENTO MORFOFUNCIONAL DO CÉREBRO Os estudos em Neurociência facilitam para (re)pensarmos as formas de trabalhar a aprendizagem significativa nas instituições escolas, a fim de potencializar para novas descobertas e avanços da área ligados aos processos de ensino aprendizagem. A Neurociência é o estudo de como o cérebro trabalha com as memórias e os mecanismos biológicos, com o propósito de entender como se constituem as ligações sinápticas no favorecimento ao acesso às informações e de que maneira os conhecimentos são armazenados e apreendidos pelos estudantes. Ao se falar em processos de aprendizagem, cita-se os processos neurais, pois são redes que estabelecem conexões e que realizam as sinapses (CONSENZA, 2011). As pesquisas em Neurociência chegam para explicar como é a relação do cérebro e o aprender, que há poucos anos era quase desconhecida da Educação. O trabalho em conjunto da Neurociência e da Educação ajuda a conhecer o hipocampo na consolidação das memórias, com o fluxo do sistema das emoções, possibilitando descobrir os mistérios que envolvem a região neural, da cognição, linguagem e escrita. Pesquisadores como Cosenza (2011), Kandel (2002), Bransford (2007), Relvas (2005) elucidam que a aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de forma relacionada. Assim, conseguimos entender o quanto é valoroso aliar a música, os jogos e os movimentos com atividades escolares e ter a possibilidade de trabalhar simultaneamente mais de um sistema — auditivo, visual, entre outros. Dessa forma, o uso de estratégias dinâmicas provoca alterações cerebrais que, em muitos casos, desenvolve um processo de aprendizagem mais qualitativo, corroborando para o uso de competências necessárias para a formação do aluno. Na medida em que os pesquisadores estão dedicando mais tempo ao trabalho com os professores, testando e aprimorando as teorias em salas de aula (BRANSFORD, 2007), a Neurociência atesta pensar a Educação de forma multilateral e mais equitativa ao explorar as funcionalidades de cada inteligência que há na sala de aula. O orientador pedagógico, quando ciente da construção dos processos cognitivos, proporciona as melhores estratégias, e, certamente, o trabalho por
  • 14. 14 competências fica mais eficaz, e preparar melhor os alunos para construir suas apendizagens. Segundo pesquisa da pesquisadora Hennemann (2012), Durante as últimas décadas, com o avanço de equipamentos que permitem mapear o cérebro com maior riqueza de detalhes, os estudos médico-científicos tiveram um aumento significativo procurando entender com maior clareza de que forma a atividade cerebral influi no nosso comportamento. Dentro desta análise pode-se dizer que a Neurociência procura estudar as variações entre o comportamento e a atividade cerebral. Porém trata-se de um campo interdisciplinar que abrange várias outras “disciplinas’: - neuroanatomia, neurofisiologia, neuroquímica, neuroimagem, genética, neurologia, psicologia, psiquiatria, pedagogia. Todas essas ciências reunidas formam a Neurociência e juntas procuram investigar o sistema nervoso procurando entender como ele se desenvolve, como ele é parecido ou diferente entre indivíduos e entre espécies ou como ele deixa de funcionar. As Neurociências nos revelam como o cérebro produz nosso comportamento, porque nos emocionamos, porque precisamos comer, dormir, de que forma tomamos decisões, enfim como somos e o que somos. Antes das invenção do microscópio composto, no século XVIII, o tecido neural era considerado como tendo função glandular –ideia que pode ser rastreada até a Antiguidade e a proposta de Galeno de que os nervos seriam condutos que levariam os fluidos secretados pelo cérebro e medula espinhal para a periferia do corpo. ( ARÚJO, 2012, p.14) Através das Neurociências procura-se perceber a individualidade de cada um, e a partir disso, entender como as lesões no cérebro interferem no modo de ser dos indivíduos. Através dos estudos de Luria, que durante a Segunda Guerra Mundial, desenvolveu um estudo de indivíduos portadores de lesão cerebral, no qual catalogou cada paciente, mapeou as respectivas lesões cerebrais e anotou as alterações no comportamento, tendo como objetivo específico o estudo das bases neurológicas do comportamento, ocorreram mudanças significativas no experimento médico-cientifico, modificando muito dos tratamentos que era ofertado aos pacientes com lesões cerebrais, pois durante vários anos as doenças mentais eram incompreendidas e vistas numa dimensão mais psicológica, conforme relato abaixo:
  • 15. 15 No período de 1940-1970, muitos psicanalistas americanos começaram a afirmar que todas as doenças mentais, incluindo a esquizofrenia e as doenças maníaco-depressivas, eram causadas por conflitos psicológicos que podiam ser amenizados por meio da psicoterapia psicanalítica. Com freqüência os pais, e principalmente as mães, eram acusados pelos transtornos mentais dos seus filhos. Era particularmente cruel o conceito da “mãe esquizofrenogênica”, que propunha que a esquizofrenia era causada devido a mãe rejeitar a criança de forma inconsciente, embora parecesse amá-la. Em uma série de livros bastante divulgados, Bruno Bettelheim teorizava que o transtorno autista era causado pela rejeição parental e que somente a “parentectomia” (isto é, retirar a criança do lar) poderia levar à cura. Aqueles que defendiam o conceito de que as doenças mentais têm causas estritamente “ambientais” ou “psicológicas” sentem com freqüência que estão em um patamar moral superior – defendendo o paciente contra uma teoria biológica determinista. Em geral não conseguem ver que as suas próprias teorias da doença mental, na ausência de provas, culpam os pais e as famílias pelo problema de uma criança e, assim, causam dor e sofrimento enormes. Isso seria o equivalente a negar a natureza biológica do câncer e dizer aos pais de uma criança com leucemia que foi o fracasso deles em ter um relacionamento amoroso com ela que levou à doença. (PLISZKA, 2004, p. 13 -14 ) Na atualidade, estudos significativos já proporcionaram mudanças no tratamento de pacientes com necessidades educacionais especiais, incluindo os indivíduos com deficiência mental ou intelectual. Indivíduos que antes eram retiradas do convívio de seus familiares, uma vez que se acreditavam que estes não teriam condições de reabilitação, hoje, através da Neurociência, sabe-se que existe a plasticidade cerebral e que a mesma necessita de muito estímulo daqueles que estão próximos a estes indivíduos. Para estudiosos que fazem uma relação da área da biologia cerebral com o contexto escolar, conhecer e entender os processos da aprendizagem tornou-se um grande desafio para os educadores da atualidade. Segundo (RELVAS, 2009), é necessário entender que as interações perpassam por aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Na sala de aula as novas tecnologias têm influenciado no desenvolvimento do comportamento dos alunos. E um olhar focalizado nas contribuições dos estudos neurocientíficos, diversas dificuldades de aprendizagens poderão ser amenizados ou superadas. Para realizar uma abordagem mais aprofundada do tema em pauta, percebe-se a necessidade de fundamentar os argumentos tendo por base uma breve explanação dos aspectos morfofuncionais do desenvolvimento do sistema nervoso, cérebro e a aprendizagem. Consenza (2011), afirma que o sistema
  • 16. 16 nervoso se modifica durante toda a vida, mas dois momentos são particularmente importantes ao longo do seu desenvolvimento. O primeiro corresponde ao período em torno da época do nascimento, quando ocorre, um ajuste quanto ao número de neurônios que serão realmente utilizados nos circuitos necessários à execução das diversas funções neurais. O segundo corresponde à época da adolescência, quando um grande rearranjo tem lugar, havendo um acelerado processo de eliminação de sinapses, um “desbastamento sináptico”, que ocorre em diferentes regiões do córtex cerebral. Além disso, há um notável aumento da mielinização das fibras nervosas em circuitos cerebrais, tornando-os mais eficientes. As modificações que ocorrem na adolescência preparam o indivíduo para a vida adulta. O aumento da conectividade entre as células corticais é progressivo durante a infância, mas declina na adolescência até atingir o padrão adulto, o que reflete, provavelmente, uma otimização do potencial de aprendizagem. Nessa fase da vida diminui a taxa de aprendizagem de novas informações, mas aumenta a capacidade de usar e elaborar o que já foi aprendido. Dentre os vários autores que se debruçaram sobre este assunto (MAIA; THOMPSON, 2011), classificam a estrutura do sistema nervoso em: sistema nervoso central, periférico1 e autônomo. Segundo eles, o sistema nervoso central é formado pelas estruturas que compõem a calota craniana e anatomicamente a coluna e o encéfalo. Segundo os autores (ALBERTO, STEFANINI, VICENTINI,( 2012), apud, ARCE, MARTINS, 2012, P. 123). 1 Nos vertebrados, a distinção entre as duas divisões do sistema nervoso adulto é simples: o sistema nervoso central (SNC) compreende todo o tecido nervoso encontrado dentro de caixas ósseas (o crânio e a coluna vertebral), enquanto o sistema nervoso periférico (SNP) compreende todo o tecido nervoso restante, situado fora do crânio e da coluna vertebral - portanto, todos os nervos e gânglios do corpo.
  • 17. 17 http://www.ufrgs.br/auladeembrio/ppts/desenvhum2_2.pdf O encéfalo compreende o cérebro, cerebelo e o tronco encefálico. Desde o período pré-natal até o adulto, observa-se um rápido e intenso crescimento do encéfalo que praticamente triplica seu peso em relação ao da época do nascimento. Esse crescimento rápido do encéfalo é resultado de mielinização que ocorre nos dois primeiros anos de vida assim como aumento dos tamanhos dos neurônios, do numero de células da neuroglia e da complexidade dos processos neuronais. Fonte:http://www.anatomiahumana.ucv.cl/efi/modulo21.html O sistema nervoso periférico é o responsável por conduzir os reflexos e nervos que fazem o sistema nervoso central funcionar. Já o sistema nervoso autônomo representa as estruturas centrais e periféricas relacionadas com controle das funções involuntárias e orgânicas. Sob este víeis os autores traz uma relevante contribuição para a educação quando afirmam que, o sistema nervoso é o grande responsável pela vida mental de relação das pessoas bem como o bom funcionamento de outros órgãos. Para eles (MAIA; THOMPSON, 2011 p. 21) as funções primordiais do sistema nervoso são: Funções cognitivas (pensamento e emoção), motricidade e equilíbrio, sensibilidades (tato, dor temperatura, pressão vibração), sentidos (visão, audição, gustação, olfato) e controle do meio interno (respiração, circulação, liberação hormonal). Segundo elas, o cérebro, como estrutura mais desenvolvida e complexa dentro do sistema nervoso central, tem atribuições mais complexas dentre as
  • 18. 18 supracitadas, incluindo a projeção sensorial e cognição, planejamento e iniciação de movimentos voluntários, processos mentais complexos (pensamento, raciocínio), compreensão e expressão da linguagem, memoria e aprendizagem, experiências emocionais e motivacionais. Fonte: http://www.tdtonline.viewtopic.php Segundo estes autores a parte mais desenvolvida do sistema nervoso central é o cérebro, é formado por dois hemisfério com 4 lobos cada um: frontal, parietal, temporal e occipital e é dividido em: córtex e substancia branca. O córtex é responsável pelos neurônios e a substancia branca, os axônios prolongamentos dos neurônios. Os autores, (MAIA; THOMPSON, 2011 p. 22), defendem que: “Os neurônios do córtex são superespecializados, sendo setorizados por áreas funcionais. Tais áreas recebem informações de várias outras áreas do próprio córtex e de diversas outras estruturas cerebrais e periféricas, formando uma grande rede conectiva. Por meio do cérebro o individuo conhece o mundo e age nele, graças as funções coordenadas dos recursos cognitivos e as conexões que o cérebro tese entre os dois hemisférios e no interior de cada hemisfério formando uma rede ordenada e complexa”. Hennemann (2012), concorda com os referidos autores acima quando diz que o córtex cerebral é a fina camada de substância cinzenta que recobre o cérebro. Ele é uma das regiões mais importantes do Sistema Nervoso Central (SNC). Ele recebe impulsos de todas as vias da sensibilidade, sendo o responsável pela interpretação e resposta de todas essas informações. Dele são transmitidos impulsos que iniciam e controlam os movimentos voluntários. Além disso, o córtex cerebral também está relacionado com os fenômenos psíquicos. Por muito tempo não se aceitou que certas áreas do cérebro estão relacionadas a funções específicas. Atualmente, no entanto, sabe-se que
  • 19. 19 existem regiões no córtex cerebral que são mais especializadas na realização de algumas funções. Além de se localizar em uma região específica, uma função pode também se lateralizar para um hemisfério cerebral, havendo uma dominância de um hemisfério sobre o outro. Isto é bem visível nos casos da linguagem, da gnose (interpretação de estímulos sensoriais) e a práxis (realização de atos motores complexos). Anatomicamente, o cérebro é dividido em lobos, sendo eles: frontal, temporal, parietal, occipital e a ínsula. Porém, essa divisão não representa uma segregação funcional do cérebro: O córtex cerebral divide-se em 5 lobos, sendo que cada um tem sua função diferenciada e especializada. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos nossos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo frontal localiza-se na região da testa; o lobo occipital, na região da nuca; o lobo parietal, na parte superior da cabeça; o lobo temporal, nas regiões laterais da cabeça, por cima das orelhas e por fim, o lobo da ínsula (que também é conhecido como ilha de Reil), se localiza na profundidade dos lobos frontal, parietal e temporal. (HENNEMANN, 2012, P.12) Fonte: http://www.islam-guide.com/pt/ch1-1-d.htm A autora (ARCE, 2012), produz uma contribuição significativa para compreensão dos aspectos morfofuncionais do desenvolvimento do sistema nervoso, cérebro e aprendizagem. Segundo ela, (ARCE, 2012, p.26-28). Aparentemente, o cérebro do recém-nascido é estruturalmente semelhante ao do adulto. Todas as regiões corticais e subcorticais já estão constituídas e no número de células não se altera. Com o desenvolver da idade, o desempenho encefálico pós-natal passa por vários estágios gradualmente complexos. No primeiro estágio, que compreende o período de zero a dois anos de idade, o latente desenvolve a percepção do meio ambiente. Entre dois a cinco anos de idade, período do segundo estágio, a criança usa a linguagem como um sistema de sinais simbólicos. O córtex associativo
  • 20. 20 processa as informações, ou seja, discrimina os estímulos recebidos e os compara com aqueles pré-existentes. No terceiro estágio, entre cinco a oito anos a criança torna-se consciente de que não está sozinha e passa a interagir com o meio. No quarto estágio, entre sete a doze anos de idade, a criança reconhece as relações entre e objetos e compreende seus valores relativos. Segundo autores citados (ARCE, MARTINS 2012), estudos de imagem funcional do cérebro revelaram que a estimulação precoce aumenta a função encefálica, ao passo que a ausência de estimulação precoce leva a perda de função encefálica. Pesquisas sobre desenvolvimento mostraram que existem janelas desenvolvimentais de oportunidade para diferentes funções encefálicas. Consequentemente as janelas de oportunidade são de 0 a 2 anos para o desenvolvimento emocional, 0 a 4 anos, para matemática e lógica, 0 a 10 anos, para linguagem e de 3 a 10 anos para música. E finalmente, elas apontam o fato de que o desenvolvimento encefálico não é linear, mas sim episódico, com janelas de oportunidades a serem utilizadas. E ainda sob este mesmo enfoque Luria (1980), citado por Freitas (2006), afirma que os processos mentais, que incluem sensações, percepção, linguagem, pensamento e memória não podem ser considerados simples faculdades localizadas em territórios corticais restritos do cérebro, mas sistemas funcionais complexos, que fazem do ser humano único em sua construção morfo funcional e comportamental. Quanto ao paralelo do sistema nervoso e a aprendizagem, Metring (2011) enfatiza que, não há possibilidades de ensinar sem o conhecimento de como funciona o cérebro, como ele recebe e processa os conteúdos. Citando Sampaio (SAMPAIO, apud, 2010, p.33), ele diz que cada criança é um ser diferente e único, e cada aluno tem sua forma diferente de aprender e não aprender. Frente á mesma forma de ensinar alguns aprendem e outros não. Para Metring, o problema é exatamente este, a mesma forma de ensinar para todos os alunos, como se todos fossem iguais. Os docentes precisam de formação adequadas para ensinar a cérebros. Cada um dentro do seu jeito e nível de desenvolvimento. Araújo (2012), argumenta que, a linguagem e outras funções cognitivas também ficam localizadas no córtex cerebral, segundo ele Wernicke formulou um modelo coerente para a organização da linguagem. Segundo esse modelo, a percepção inicial, auditiva ou visual, da fala é formada em áreas corticais sensoriais distintas, especializadas para informações auditivas ou visuais. As
  • 21. 21 representações neurais dessas percepções seriam, então, transmitidas para uma área cortical associativa, especializada para informações auditivas e visuais (o giro angular). As palavras faladas ou escritas seriam transformadas em representação neural comum, um código partilhado pela fala e pela escrita. Do giro angular, esse código é transmitido para a área de Wernicke, onde seria reconhecido como linguagem e associado a um significado. Esse código neural comum seria, em seguida, transmitido para a área de Broca, onde seria transformado de uma representação sensorial (auditiva ou visual) em representação motora, que pode desembocar em linguagem falada ou escrita. http://www.danieleassesgestante.com.br O cérebro se desenvolve da medula para as áreas frontais, mais nobres, quando nascemos, nascemos com o cérebro inteiro, porém, não desenvolvido, ou seja, ainda não estão formadas as redes neuronais que nos darão a competência ao final dos 20 ou 21 anos de vida para lidarmos com o meio, produzindo comportamentos adaptativos inteligentes ou planejados. (METRING, 2011, p. 96) Outro autor que contribui para a uma melhor compreensão desse assunto é, (ALMEIDA, 2012, p.45), segundo ele: O cérebro é dividido por uma fenda em dois hemisférios, que são segmentados em lobos , regiões demarcadas sem muita nitidez. As informações captadas pela visão, pela audição, pelo olfato, pelo paladar e pelo tato provocam impulsos elétricos e reações químicas em lobos diferentes e não são guardadas da maneira como foram captadas. Elas são fragmentadas e hierarquizadas.
  • 22. 22 Fonte: http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&rlz=1T4LGEL_pt- Metring diz que a área mais antiga do cérebro (occipital, pariental e temporal), começa seu processo de mielinização primeiro, nesse período o cérebro está preparado para se envolver com as questões que envolvem a sensibilidade antes de estar pronto para pensar de forma abstrata. Ou, seja a principio conforme teoria piagetiana, o cérebro esta apto para as funções motoras, ampliando se para as funções mais complexas. Conforme outros autores citados por Metring, (apud, MIRANDA & MUSKAT, 2004, SAMPAIO, 2011 p. 35-36): O padrão de reflexos da lugar a movimentação mais dirigida com integração entre áreas sesoriais e motoras que permitem a coordenação dos movimentos, mãos na boca, mão objeto a partir do terceiro mês de vida. A partir do sexto mês de vida, inicia-se o desenvolvimento das áreas motoras corticais relacionadas á prensão manual e ao equilíbrio estático. A partir do segundo ano de vida, ocorrem o desenvolvimento da fala e da organização das sequencias motoras. A partir do terceiro ano, a criança já imita movimento das mãos do observado (abrir e fechar), mas não realiza movimentos ainda inteligentes. A partir do quarto ano de vida, com um desenvolvimento ainda rudimentar dos lobos pré-frontais, a criança começa a programar algumas atividades com maior precisão. A partir do quinto ano de vida consegue imprimir e reproduzir ritmos complexos com as mãos. A partir dos seis ou sete anos de idade começa a ter maior desenvolvimento das noções de lateralidade, movimentos alternados e simultâneos. A partir dos decimo ano, inicia-se o desenvolvimento cortical que permite o predomínio das funções simbólicas e motoras, e o pensamento abstrato começa a aparecer com alguma independência. A partir dos 14 anos de idade, ocorre maior associação entre regiões pré-frontais e sistema límbico. Metring diz que estas informações auxiliam aos docentes no entendimento de que não adianta promover uma pratica de ensino que não seja útil ao aluno. A ação dos docentes precisar atender os alunos nas suas especificidades de desenvolvimento do cérebro, ou seja, o educador precisa respeitar a condição que o cérebro precisa para realizar determinado aprendizado. Segundo ele, (METRING, 2011, p.98) : Os professores não podem ignorar a zona de desenvolvimento proximal pregada por Vygotsky. Todos temos uma base que nos permite uma zona de desenvolvimento real, e Vygotsky bem mostrou que, quando somos estimulados a partir dela, certamente alcançaremos resultados satisfatórios de evolução.
  • 23. 23 Segundo o autor, na pratica educativa, esta questão é comprovada quando um aluno que sabe menos aprende com uma criança que sabe mais. O fracasso dos educadores enquanto professores é trabalhar o conceito de ZDP muito longe da ZDR do educando. Para ele o cérebro sempre recebe melhor aquilo que está mais próximo do que já domina. Ele diz que: Nosso cérebro nasce com poucas conexões sinápticas, e somente a estimulação adequada é que vai permitir uma formação ótima dessa rede neuronal. A rede neuronal é que determina a capacidade de armazenamento e evocação de dados, sem os quais não podemos pensar em memória, e, portanto, não haverá aprendizagem. (METRING, 2011, p. 98) Fonte:http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com Cardoso e Teixeira vão dizer que, (CARDOSO, 2000, in TEIXEIRA, 2004 P. 90), Há uma grande diferença entre o cérebro de um recém – nascido e um adulto, o primeiro com 400g e o segundo com 1300g, e que uma grande quantidade de interconexões se desenvolve ao longo da vida, mediante a estimulação do encéfalo que resulta em uma rede complexa. Segundo os autores de nada serve uma enorme quantidade de informações sem sentido, porque as sinapses se fortalecem na medida em que a informação para aquela rede neural seja significante. Conforme pesquisa de Câmara, esses aspectos entende-se que há lacunas, seja na formação inicial, seja na formação continuada de profissionais de educação como o orientador pedagógico, sobretudo quando um grande número de coordenadores não dispõe de uma formação mais diversificada abrangendo, entre outras áreas, a Neurociência. Ela pode corroborar para uma
  • 24. 24 maior aprendizagem da criança e do adulto. Os orientadores, assim como outros profissionais, buscam aplicar suas práticas de ensino, em muitos casos, a partir de suas histórias de vida (TARDIF, 2001; 2010), com as quais o cotidiano escolar também colabora para aprimorar as suas práticas, que, sem dúvida, validam ainda mais os saberes obtidos tanto na formação acadêmica quanto na interação com seus pares e familiares. Essa percepção encontra respaldo nos estudos desenvolvidos por autores como Perrenoud (2002), Nóvoa (1992, 1995), Tardif (2001; 2010; 2005), que desenvolvem a ideia de que os saberes docentes são ferramentas necessárias para ampliar práticas na sala de aula e desenvolver ambientes de aprendizagem. Haja vista as contribuições da Neurociência, os saberes dos professores, somados a estas, proporcionam um aprender dinâmico e diversificado. De acordo com a Neurociência, cujo foco de atenção é o entendimento das atividades neurais e dos processos cognitivos, a aprendizagem humana não decorre de um simples amontoamento de dados perceptivos ao nosso cérebro, mas, sim, do processamento e da elaboração das informações oriundas das percepções no cérebro. Assim, o cérebro é um sistema complexo e dinâmico, uma vez que seus atos complexos funcionais não é, apenas, um depósito imóvel para o armazenamento de informação. Desse modo, a informação deve ser codificada através da sinaptogênese, isto é, a capacidade de formação de novas conexões, sinapses, entre as células cerebrais nessas uniões entre os neurônios, que são possibilitadas pela plasticidade do cérebro, modifica sua química e fisiologia, sobretudo porque exige modificações nas redes neuronais cada vez que as situações vivenciadas no ambiente dificultam ou excitam o surgimento de novas sinapses, “conexões”, mediante a liberação de neurotransmissores (MORAIS, 2004). A Neurociência deve estar envolvida na formação continuada de orientadores pedagógicos e nos saberes docentes, principalmente quando esses saberes desencadeiam dispositivos formativos constitutivos de experiências, interações, entre outros. Tardif (2010) lembra que o objeto de trabalho do docente é o humano e que isso tem conseqüências relevantes para a prática profissional dos orientadores, o que merece maior discussão. Conforme o autor, num dado grupo de alunos existem especificidades individuais, cabendo ao docente atingir cada um dos
  • 25. 25 indivíduos. Para Moraes e Torre (2004), a Neurociência apresenta conhecimentos que devem ser aplicados pelos docentes. Os autores entendem que a aprendizagem é harmonizada pela plasticidade do cérebro e sofre influência direta do ambiente. Nesse caso, o orientador, por meio de sua ação profissional, socializa estímulos que podem vir a contribuir para a secreção de hormônios que provocam o entusiasmo e o desejo de aprender ou o extremo oposto, o desinteresse. Ações práticas não se constituindo apenas em mais um saber disciplinar, mas em um saber pertinente e útil para a prática profissional da docência frente á orientação. Como preconiza Willians apud Moraes e Torre (2004), o cérebro pode manifestar nos educadores um saber intuitivo de que os alunos aprendem de diversas formas, à medida que a informação e a memória sejam entendidas como se formam.
  • 26. 26 6. METODOLOGIA A proposta deste estudo visa investigar novos conhecimentos que contribuam para elevar a qualificação e desempenho de docentes frente a contextos educacionais como o profissional da orientação pedagógica. O objetivo geral desta pesquisa é, conhecer os fundamentos da neurociência e sua contribuição para instrumentalizar o orientador pedagógico. Para responder esse objetivo acima, foram traçados alguns objetivos específicos, são eles: Identificar ações neuropedagógicas para viabilizar a atuação dos profissionais envolvidos com a aprendizagem dos alunos em contexto institucional. Apresentar fundamentos neuropedagógicos para aperfeiçoar a competência do orientador pedagógico para atuar frente ás especificidades educacionais dos discentes. Para responder esses objetivos este projeto propõe a investigação das atribuições do orientador na instituição escolar, os fundamentos da neurociência e os aspectos morfofuncional do cérebro como aportes teórico para a formação continuada do orientador. Esta pesquisa será realizada através de pesquisa bibliográfica, sites da internet e pesquisa de campo como; entrevista e questionários aplicado a 80 professores sendo 40 atuando em escolas públicas e 40 atuando em escolas particulares. Leituras de livros, jornais, revistas, internet e questionários. A neurociência no Brasil está representada principalmente pela Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), que congrega a pesquisa básica da área. A pesquisa em neurociência tem sólida tradição e ampla representação em nosso país (Silveira, 2004; Timo-Iaria, s.d.; Ventura, 1997, Relvas, (2009), Lent, (2008), Maturama (2002), Huzel (2005), Kandel (2000), Izquierdo, (2002) e outros. Aprofundaremos na pesquisar a seguir.
  • 27. 27 BIBLIOGRAFIA ACAMPORA, Bianca. Psicopedagogia Clínica. Rio de Janeiro: WAK, 2012 ALMEIDA, Geraldo Peçanha. Dificuldades de aprendizagem em Letra e Escrita. 3ª Ed. Rio de Janeiro: WAK, 2011. _____.Neurociência e Sequência Didática para Educação Infantil. Rio De Janeiro: WAK, 2012. ARCE, Alessandra, MARTINS, Ligia M. (orgs). Ensinando aos Pequenos. 2ª ed. Campinas – SP: Editora, Alínea, 2012 ANTUNES, Celso. Professores e Professauros. 4ª. Petrópolis: Vozes, 2010. FICHER, D.M; ROSE, G. Silva. Percepção do professor sobre neurociência aplicada à educação. EDUCERE. Revista de Educação, Umuarama, v. 9, n. 1, p.7-32. , jan/jun, 1998. BATISTA, Cristina Abrantes Mota; MONTOAN, Maria Tereza Egler. Atendimento Educaçional especializado; Deficiencia mental: Brasília DF; Mec, 2007. BEAR MF, Connors BW, Paradiso MA. Neurociências. Desvendando o sistema nervoso. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2002. ________. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. BEAUCLAIR, João. Para Entender Psicopedagogia. Rio de Janeiro: WAK, 2009 ______, Educação e Psicopedagogia. Rio de Janeiro: WAK, 2007 ______, Psicopedagogia. Rio de Janeiro: WAK, 2011 BELLO, Janaína da Silva. A Memória do Aprendente. Monografia (graduação em Psicopedagogia Institucional) Universidade Candido Mendes Tijuca – Projeto a Vez do Mestre, rio de Janeiro, 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SESP, 1994. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. BRANSFORD, J. D.; BROWN, A. l.; COCKING, R. R. Como as Pessoas Aprendem: Cérebro, Mente, Escola. São Paulo: Editora Senac, 2007.
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