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O SIGNIFICADO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE
Lilian Kemmer Chimentão
Resumo
O presente estudo tem como objetivo a compreensão do significado e da
importância da formação continuada docente para o exercício da prática
pedagógica e, principalmente, para a transformação da mesma. Discute-se
ainda a combinação de alguns fatores, que juntos, poderiam corroborar para
que esta formação seja significativa ao professor e eficaz para o processo de
aprendizagem e de desenvolvimento profissional daqueles que a ela se
submetem. Para tanto, fez-se um levantamento bibliográfico e uma reflexão
aprofundada do tema em questão. Desta forma, chegou-se a conclusão de
que, provavelmente, a formação continuada será significativa ao professor
quando houver maior articulação entre teoria e prática. Além disso, percebeu-
se que a formação continuada poderá ser capaz de provocar mudanças na
postura e no fazer pedagógico dos professores quando, através dos programas
de formação continuada, formarem-se profissionais competentes, dotados de
uma fundamentação teórica consistente e com capacidade de análise e
reflexão crítica acerca de todos os aspectos que compõem e influenciam o
contexto escolar.
Palavras-chave: educação; docência; formação continuada.
- Instituição: UEL - Mestranda em Educação.
liliankemmer@hotmail.com.
O SIGNIFICADO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE
Lilian Kemmer Chimentão
Primeiramente, é oportuno relembrar as grandes mudanças que a
sociedade vem sofrendo ao longo do tempo. Dentre essas mudanças,
podemos citar a quantidade de informações que nos são disponibilizadas
diariamente e a velocidade de sua propagação. Sendo assim, estamos
vivenciando um momento em que a informação e o conhecimento são
requisitos indispensáveis para a vida profissional. Antes de prosseguirmos,
esclarecemos que os termos informação e conhecimento, embora
semanticamente afins, não são sinônimos. Informação refere-se a tudo aquilo
que é disponibilizado às pessoas. No entanto, a informação só se torna
conhecimento quando o indivíduo lhe atribui sentido, quando a interpreta.
Pescuma (2005) exemplifica esta diferenciação quando diz que o objetivo da
pesquisa científica é buscar, selecionar, ordenar, elaborar e sistematizar uma
massa de informações para transformá-la em conhecimento.
Seguindo este raciocínio, reconhecemos que a escola continua
tendo um papel fundamental para o desenvolvimento humano. Cabe à escola
possibilitar a construção do conhecimento, pois o que há nos livros e na
internet, por exemplo, são informações. No entanto, verifica-se que a escola
pouco mudou. A educação reprodutivista, isto é, a simples transmissão de
informações, ainda se faz fortemente presente, mas já não faz sentido no
mundo atual.
Nesse caso, conforme advoga Alarcão (2001), urge que a escola
mude, que rompa com velhos paradigmas, que se enquadre na atualidade. E,
para que isso seja possível, é necessária uma mudança de pensamento sobre
a escola, é necessário que acreditemos na possibilidade de encontrar
caminhos melhores e mais adequados para os problemas vivenciados no
momento. O envolvimento de todos aqueles que fazem parte da escola é
imprescindível, pois a escola se faz da interação entre alunos, professores,
equipe pedagógica, pais e colaboradores. Todos, sem exceção, precisam
reavaliar seus conceitos, suas crenças e sua prática (incluindo seus sucessos e
fracassos) para irem em busca de renovação.
Sobre o professor em serviço também recaem algumas novas
exigências. Mais do que nunca, o educador deve estar sempre atualizado e
bem informado, não apenas em relação aos fatos e acontecimentos do mundo,
mas, principalmente, em relação aos conhecimentos curriculares e
pedagógicos e às novas tendências educacionais. Diante deste panorama,
fazemos, a seguir, alguns apontamentos a respeito da ampliação do
reconhecimento da necessidade e importância da capacitação dos profissionais
da educação por meio da formação continuada.
O processo de formação continuada de professores não é novidade.
Vários são os autores que apresentam discussões sobre esta temática e
ressaltam sua relevância para os profissionais do ensino, como Candau (1997),
Nascimento (2000), Pimenta (2002), entre outros. No entanto, salientamos sua
importância, relacionando-a com a necessidade de mudança da escola.
Segundo Shigunov Neto e Maciel (2002), para que as mudanças que
ocorrem na sociedade atual possam ser acompanhadas, é preciso um novo
profissional do ensino, ou seja, um profissional que valorize a investigação
como estratégia de ensino, que desenvolva a reflexão crítica da prática e que
esteja sempre preocupado com a formação continuada.
A nosso ver, a formação continuada passa a ser um dos pré-
requisitos básicos para a transformação do professor, pois é através do estudo,
da pesquisa, da reflexão, do constante contato com novas concepções,
proporcionado pelos programas de formação continuada, que é possível a
mudança. Fica mais difícil de o professor mudar seu modo de pensar o fazer
pedagógico se ele não tiver a oportunidade de vivenciar novas experiências,
novas pesquisas, novas formas de ver e pensar a escola.
A formação continuada de professores tem sido entendida como um
processo permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade
profissional, realizado após a formação inicial, com o objetivo de assegurar um
ensino de melhor qualidade aos educandos.
Ressaltamos que a formação continuada não descarta a
necessidade de uma boa formação inicial, mas para aqueles profissionais que
já estão atuando, há pouco ou muito tempo, ela se faz relevante, uma vez que
o avanço dos conhecimentos, tecnologias e as novas exigências do meio social
e político impõem ao profissional, à escola e às instituições formadoras, a
continuidade, o aperfeiçoamento da formação profissional.
Mas, para que realmente a formação continuada atinja seu objetivo,
precisa ser significativa para o professor. Segundo Nascimento (2000), as
propostas de capacitação dos docentes têm apresentado baixa eficácia, e
algumas das razões apontadas são: a desvinculação entre teoria e prática; a
ênfase excessiva em aspectos normativos; a falta de projetos coletivos e/ou
institucionais; entre outros.
Tais deficiências nos programas de formação continuada, muitas
vezes, têm levado ao desinteresse e reações de indiferença por parte dos
professores, por perceberem que certas atividades que prometem ser de
formação, quase sempre, em nada contribuem para seu desenvolvimento
profissional. Conseqüentemente, sua realidade do dia-a-dia em sala de aula
também permanece inalterada. Esta sensação de ineficácia dos processos de
formação continuada é o sentimento que tem acompanhado muitos professores
atualmente.
Inegavelmente, é difícil que o processo de formação continuada
contemple as necessidades dos docentes da rede estadual de ensino do
Paraná, dada a diversidade do grupo, ou seja, cada professor com uma história
pessoal e profissional peculiar, assim como cada escola com sua própria
história e filosofia. No entanto, é possível imaginar que a combinação de alguns
fatores possa levar a uma capacitação, no mínimo, mais eficaz.
Candau (1997) apresenta três aspectos fundamentais para o
processo de formação continuada de professores: a escola, como locus
privilegiado de formação; a valorização do saber docente; e o ciclo de vida dos
professores. Isto significa dizer que a formação continuada precisa: primeiro,
partir das necessidades reais do cotidiano escolar do professor; depois,
valorizar o saber docente, ou seja, o saber curricular e/ou disciplinar, mais o
saber da experiência; por fim, valorizar e resgatar o saber docente construído
na prática pedagógica (teoria + prática).
Reconhecendo a validade dos aspectos explorados por Candau
(1997), concluímos, como de importância vital para um programa de formação
continuada ser capaz de qualificar professores, que: a) se elaborem programas
que partam das necessidades do dia-a-dia do profissional da educação e b) se
proponham temas e métodos de operacionalização que busquem auxiliar o
docente a refletir e a enfrentar as adversidades vivenciadas na prática. Em
síntese, a relação entre os saberes teóricos e os saberes práticos necessários
para uma boa performance e uma boa qualificação é fundamental .
A título de conclusão, é oportuno reforçar a idéia da articulação entre
teoria e prática, já que, como salienta Pimenta (2002), não podemos cometer o
engano de pensar que apenas a reflexão na prática e sobre a prática será
suficiente para o encaminhamento adequado de todos os problemas
enfrentados no fazer pedagógico.
Embora a formação continuada deva atender às necessidades do
professor no seu cotidiano, ela não pode ser entendida como um receituário, ou
seja, um conjunto de modelos metodológicos e/ou lista de conteúdos que, se
seguidos, serão a solução para os problemas. Os processos de formação
continuada podem ser valiosíssimos, se conseguirem aproximar os
pressupostos teóricos e a prática pedagógica. A formação continuada deve ser
capaz de conscientizar o professor de que teoria e prática são “dois lados da
mesma moeda”, que a teoria o ajuda a compreender melhor a sua prática e a
lhe dar sentido e, conseqüentemente, que a prática proporciona melhor
entendimento da teoria ou, ainda, revela a necessidade de nela fundamentar-
se.
No nosso entendimento, a formação continuada será significativa e
ajudará a provocar mudanças na postura do professor quando conseguir
formar um professor: a) competente na sua profissão, a partir dos recursos de
que ele dispõe; b) dotado de uma fundamentação teórica consistente; e c)
consciente dos aspectos externos que influenciam a educação, visto que a
educação não se resume à sala de aula ou à escola, mas está presente num
contexto cujas características interferem no seu andamento.
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, Isabel (Org.) Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre:
ARTMED, 2001.
CANDAU, V. M. F. Formação continuada de professores: tendências atuais. In:
CANDAU, V. M. (Org.). Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes,
1997, p.51-68.
NASCIMENTO, M. das G. A formação continuada dos professores: modelos,
dimensões e problemática. Ciclo de Conferências da Constituinte Escolar.
Caderno Temático, Belo Horizonte, n. 5, jun., 2000.
PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo Ferreira de. Projeto de pesquisa
– o que é? como fazer?: um guia para sua elaboração. São Paulo: Olho
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PIMENTA, Selma Garrido. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In:
PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Org). Professor reflexivo no
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SHIGUNOV NETO, Alexandre; MACIEL, Lizete Shizue B. (Org.) Reflexões
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Formação docente contínua

  • 1. O SIGNIFICADO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE Lilian Kemmer Chimentão Resumo O presente estudo tem como objetivo a compreensão do significado e da importância da formação continuada docente para o exercício da prática pedagógica e, principalmente, para a transformação da mesma. Discute-se ainda a combinação de alguns fatores, que juntos, poderiam corroborar para que esta formação seja significativa ao professor e eficaz para o processo de aprendizagem e de desenvolvimento profissional daqueles que a ela se submetem. Para tanto, fez-se um levantamento bibliográfico e uma reflexão aprofundada do tema em questão. Desta forma, chegou-se a conclusão de que, provavelmente, a formação continuada será significativa ao professor quando houver maior articulação entre teoria e prática. Além disso, percebeu- se que a formação continuada poderá ser capaz de provocar mudanças na postura e no fazer pedagógico dos professores quando, através dos programas de formação continuada, formarem-se profissionais competentes, dotados de uma fundamentação teórica consistente e com capacidade de análise e reflexão crítica acerca de todos os aspectos que compõem e influenciam o contexto escolar. Palavras-chave: educação; docência; formação continuada. - Instituição: UEL - Mestranda em Educação. liliankemmer@hotmail.com. O SIGNIFICADO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE Lilian Kemmer Chimentão Primeiramente, é oportuno relembrar as grandes mudanças que a sociedade vem sofrendo ao longo do tempo. Dentre essas mudanças, podemos citar a quantidade de informações que nos são disponibilizadas diariamente e a velocidade de sua propagação. Sendo assim, estamos vivenciando um momento em que a informação e o conhecimento são
  • 2. requisitos indispensáveis para a vida profissional. Antes de prosseguirmos, esclarecemos que os termos informação e conhecimento, embora semanticamente afins, não são sinônimos. Informação refere-se a tudo aquilo que é disponibilizado às pessoas. No entanto, a informação só se torna conhecimento quando o indivíduo lhe atribui sentido, quando a interpreta. Pescuma (2005) exemplifica esta diferenciação quando diz que o objetivo da pesquisa científica é buscar, selecionar, ordenar, elaborar e sistematizar uma massa de informações para transformá-la em conhecimento. Seguindo este raciocínio, reconhecemos que a escola continua tendo um papel fundamental para o desenvolvimento humano. Cabe à escola possibilitar a construção do conhecimento, pois o que há nos livros e na internet, por exemplo, são informações. No entanto, verifica-se que a escola pouco mudou. A educação reprodutivista, isto é, a simples transmissão de informações, ainda se faz fortemente presente, mas já não faz sentido no mundo atual. Nesse caso, conforme advoga Alarcão (2001), urge que a escola mude, que rompa com velhos paradigmas, que se enquadre na atualidade. E, para que isso seja possível, é necessária uma mudança de pensamento sobre a escola, é necessário que acreditemos na possibilidade de encontrar caminhos melhores e mais adequados para os problemas vivenciados no momento. O envolvimento de todos aqueles que fazem parte da escola é imprescindível, pois a escola se faz da interação entre alunos, professores, equipe pedagógica, pais e colaboradores. Todos, sem exceção, precisam reavaliar seus conceitos, suas crenças e sua prática (incluindo seus sucessos e fracassos) para irem em busca de renovação. Sobre o professor em serviço também recaem algumas novas exigências. Mais do que nunca, o educador deve estar sempre atualizado e bem informado, não apenas em relação aos fatos e acontecimentos do mundo, mas, principalmente, em relação aos conhecimentos curriculares e pedagógicos e às novas tendências educacionais. Diante deste panorama, fazemos, a seguir, alguns apontamentos a respeito da ampliação do reconhecimento da necessidade e importância da capacitação dos profissionais da educação por meio da formação continuada.
  • 3. O processo de formação continuada de professores não é novidade. Vários são os autores que apresentam discussões sobre esta temática e ressaltam sua relevância para os profissionais do ensino, como Candau (1997), Nascimento (2000), Pimenta (2002), entre outros. No entanto, salientamos sua importância, relacionando-a com a necessidade de mudança da escola. Segundo Shigunov Neto e Maciel (2002), para que as mudanças que ocorrem na sociedade atual possam ser acompanhadas, é preciso um novo profissional do ensino, ou seja, um profissional que valorize a investigação como estratégia de ensino, que desenvolva a reflexão crítica da prática e que esteja sempre preocupado com a formação continuada. A nosso ver, a formação continuada passa a ser um dos pré- requisitos básicos para a transformação do professor, pois é através do estudo, da pesquisa, da reflexão, do constante contato com novas concepções, proporcionado pelos programas de formação continuada, que é possível a mudança. Fica mais difícil de o professor mudar seu modo de pensar o fazer pedagógico se ele não tiver a oportunidade de vivenciar novas experiências, novas pesquisas, novas formas de ver e pensar a escola. A formação continuada de professores tem sido entendida como um processo permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade profissional, realizado após a formação inicial, com o objetivo de assegurar um ensino de melhor qualidade aos educandos. Ressaltamos que a formação continuada não descarta a necessidade de uma boa formação inicial, mas para aqueles profissionais que já estão atuando, há pouco ou muito tempo, ela se faz relevante, uma vez que o avanço dos conhecimentos, tecnologias e as novas exigências do meio social e político impõem ao profissional, à escola e às instituições formadoras, a continuidade, o aperfeiçoamento da formação profissional. Mas, para que realmente a formação continuada atinja seu objetivo, precisa ser significativa para o professor. Segundo Nascimento (2000), as propostas de capacitação dos docentes têm apresentado baixa eficácia, e algumas das razões apontadas são: a desvinculação entre teoria e prática; a ênfase excessiva em aspectos normativos; a falta de projetos coletivos e/ou institucionais; entre outros.
  • 4. Tais deficiências nos programas de formação continuada, muitas vezes, têm levado ao desinteresse e reações de indiferença por parte dos professores, por perceberem que certas atividades que prometem ser de formação, quase sempre, em nada contribuem para seu desenvolvimento profissional. Conseqüentemente, sua realidade do dia-a-dia em sala de aula também permanece inalterada. Esta sensação de ineficácia dos processos de formação continuada é o sentimento que tem acompanhado muitos professores atualmente. Inegavelmente, é difícil que o processo de formação continuada contemple as necessidades dos docentes da rede estadual de ensino do Paraná, dada a diversidade do grupo, ou seja, cada professor com uma história pessoal e profissional peculiar, assim como cada escola com sua própria história e filosofia. No entanto, é possível imaginar que a combinação de alguns fatores possa levar a uma capacitação, no mínimo, mais eficaz. Candau (1997) apresenta três aspectos fundamentais para o processo de formação continuada de professores: a escola, como locus privilegiado de formação; a valorização do saber docente; e o ciclo de vida dos professores. Isto significa dizer que a formação continuada precisa: primeiro, partir das necessidades reais do cotidiano escolar do professor; depois, valorizar o saber docente, ou seja, o saber curricular e/ou disciplinar, mais o saber da experiência; por fim, valorizar e resgatar o saber docente construído na prática pedagógica (teoria + prática). Reconhecendo a validade dos aspectos explorados por Candau (1997), concluímos, como de importância vital para um programa de formação continuada ser capaz de qualificar professores, que: a) se elaborem programas que partam das necessidades do dia-a-dia do profissional da educação e b) se proponham temas e métodos de operacionalização que busquem auxiliar o docente a refletir e a enfrentar as adversidades vivenciadas na prática. Em síntese, a relação entre os saberes teóricos e os saberes práticos necessários para uma boa performance e uma boa qualificação é fundamental . A título de conclusão, é oportuno reforçar a idéia da articulação entre teoria e prática, já que, como salienta Pimenta (2002), não podemos cometer o engano de pensar que apenas a reflexão na prática e sobre a prática será
  • 5. suficiente para o encaminhamento adequado de todos os problemas enfrentados no fazer pedagógico. Embora a formação continuada deva atender às necessidades do professor no seu cotidiano, ela não pode ser entendida como um receituário, ou seja, um conjunto de modelos metodológicos e/ou lista de conteúdos que, se seguidos, serão a solução para os problemas. Os processos de formação continuada podem ser valiosíssimos, se conseguirem aproximar os pressupostos teóricos e a prática pedagógica. A formação continuada deve ser capaz de conscientizar o professor de que teoria e prática são “dois lados da mesma moeda”, que a teoria o ajuda a compreender melhor a sua prática e a lhe dar sentido e, conseqüentemente, que a prática proporciona melhor entendimento da teoria ou, ainda, revela a necessidade de nela fundamentar- se. No nosso entendimento, a formação continuada será significativa e ajudará a provocar mudanças na postura do professor quando conseguir formar um professor: a) competente na sua profissão, a partir dos recursos de que ele dispõe; b) dotado de uma fundamentação teórica consistente; e c) consciente dos aspectos externos que influenciam a educação, visto que a educação não se resume à sala de aula ou à escola, mas está presente num contexto cujas características interferem no seu andamento. REFERÊNCIAS ALARCÃO, Isabel (Org.) Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: ARTMED, 2001. CANDAU, V. M. F. Formação continuada de professores: tendências atuais. In: CANDAU, V. M. (Org.). Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1997, p.51-68.
  • 6. NASCIMENTO, M. das G. A formação continuada dos professores: modelos, dimensões e problemática. Ciclo de Conferências da Constituinte Escolar. Caderno Temático, Belo Horizonte, n. 5, jun., 2000. PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo Ferreira de. Projeto de pesquisa – o que é? como fazer?: um guia para sua elaboração. São Paulo: Olho d´Água, 2005. PIMENTA, Selma Garrido. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Org). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002. SHIGUNOV NETO, Alexandre; MACIEL, Lizete Shizue B. (Org.) Reflexões sobre a formação de professores. Campinas: Papirus, 2002.