2. FATORES DE
TEXTUALIDADE
O texto é a unidade básica de manifestação da
linguagem (KOCH, 1996).
O que o define não é sua extensão, mas o fato de
ser uma unidade de significação em relação ao
contexto. Um texto possui uma unidade de sentido,
não pode ser apenas um amontoado de palavras
ou frases desconectadas.
A organização e inter-relação de ideias envolve
aspectos internos e externos ao texto. Tais aspectos
afetam a produção e recepção de textos e são
chamados de fatores de textualidade.
3. FATORES DE
TEXTUALIDADE
O texto é a unidade básica de manifestação
da linguagem (KOCH, 1996).
O que o define não é sua extensão, mas o
fato de ser uma unidade de significação em
relação ao contexto. Um texto possui uma
unidade de sentido, não pode ser apenas um
amontoado de palavras ou frases
desconectadas.
A organização e inter-relação de ideias
envolve aspectos internos e externos ao texto.
Tais aspectos afetam a produção e recepção
de textos e são chamados de fatores de
textualidade.
4. FATORES DE
TEXTUALIDADE
I. COESÃO
II. COERÊNCIA
III. INTENCIONALIDADE
IV. ACEITABILIDADE
V. INFORMATIVIDADE
VI. SITUACIONALIDADE
VII. INTERTEXTUALIDADE
5. O som protoindo-europeu Teks* é algo mais
que uma raiz, é um abissal rizoma: dele brotaram
nada menos que as palavras texto, contexto,
pretexto, assim como técnica, tecnologia e até as
placas tectônicas (cujo movimento é a causa dos
terremotos e das erupções vulcânicas), e ainda as
palavras arquitetura e “cibertetura”, conforme o
neologismo proposto por Derrick de Kerckhove
(2001, p. 70). Portanto, todas estas palavras e suas
variações rebentam da arcaica atividade têxtil:
tecer, tear, fabricar ou coser fios, tecidos, tapetes,
a atividade ou a arte da tapeçaria e da tessitura,
aquela com que Penélope preenchia o dia para
destecer durante a noite, à longa espera do amor
de Odisseu.
6. Visão de mundo: valores e ideologias
Conhecimento de mundo
Pode ser explícita
Ou implícita (tácita)
7. “A coesão ocorre
quando a INTERPRETAÇÃO
de algum elemento no
discurso é dependente da
de outro. Um PRESSUPÕE o
outro, no sentido de que não
pode ser efetivamente
decodificado a não ser por
recurso ao outro”
Cohesion in English (1976)
HALIDAY & HASAN
COESÃO
8. COESÃO
I. COESÃO REFERENCIAL
• Por retomada (anáfora) ou antecipação (catáfora)
• Gramatical (pronomes, artigos, verbos...)
• Lexical (substituições, elipses...)
II. COESÃO SEQUENCIAL
• Por conexão (conjunções, preposições...)
• Por justaposição (operadores de sequenciação)
TIPOS DE
9. HIPÔNIMO = vocábulo de sentido mais específico em relação
ao sentido de um outro vocábulo, mais geral.
EXEMPLO: Hoje os vendedores retomaram suas atividades. Cansados
das vendas virtuais, os trabalhadores estavam esperançosos.
HIPERÔNIMO = vocábulo de sentido mais genérico em relação
a outro.
SUBSTITUIÇÕES
10. COESÃO
I. COESÃO REFERENCIAL
• Por retomada (anáfora) ou antecipação (catáfora)
• Gramatical (pronomes, artigos, verbos...)
• Lexical (substituições, elipses...)
II. COESÃO SEQUENCIAL
• Por conexão (conjunções, preposições...)
• Por justaposição (operadores de sequenciação)
TIPOS DE
11. I. COESÃO REFERENCIAL
• Por retomada (anáfora) ou antecipação (catáfora)
• Gramatical (pronomes, artigos, verbos...)
• Lexical (substituições, elipses...)
II. COESÃO SEQUENCIAL
• Por conexão (conjunções, preposições...)
• Por justaposição (operadores de sequenciação)
Em obra que se tornou clássica sobre o assunto,
Halliday & Hasan (1976) apresentam o conceito de
coesão textual, como um conceito semântico que se
refere às relações de sentido existentes no interior do
texto e que o definem como um texto.
Segundo eles, “a coesão ocorre quando a
interpretação de algum elemento no discurso é
dependente da de outro. Um pressupõe o outro, no
sentido de que não pode ser efetivamente
decodificado a não ser por recurso ao outro”.
A coesão textual (1989)
INGEDORE VILLAÇA KOCH
12. Em obra que se tornou clássica sobre o assunto,
Halliday & Hasan (1976) apresentam o conceito de
coesão textual, como um conceito semântico que se
refere às relações de sentido existentes no interior do
texto e que o definem como um texto.
Segundo eles, “a coesão ocorre quando a
interpretação de algum elemento no discurso é
dependente da de outro. Um pressupõe o outro, no
sentido de que não pode ser efetivamente
decodificado a não ser por recurso ao outro”.
A coesão textual (1989)
INGEDORE VILLAÇA KOCH
I. COESÃO REFERENCIAL
• Por retomada (anáfora) ou antecipação (catáfora)
• Gramatical (pronomes, artigos, verbos...)
• Lexical (substituições, elipses...)
II. COESÃO SEQUENCIAL
• Por conexão (conjunções, preposições...)
• Por justaposição (operadores de sequenciação)
13. I. COESÃO REFERENCIAL
• Por retomada (anáfora) ou antecipação (catáfora)
• Gramatical (pronomes, artigos, verbos...)
• Lexical (substituições, elipses...)
II. COESÃO SEQUENCIAL
• Por conexão (conjunções, preposições...)
• Por justaposição (operadores de sequenciação)
“É feito por conectores ou operadores discursivos,
que são palavras ou expressões responsáveis pela
concatenação, pela criação de relações entre os
segmentos do texto. São exemplos de operadores:
então, portanto, já que, com efeito, porque, ora,
mas, assim, daí, dessa forma, isto é.”
(PLATÃO; FIORIN, 1999, p. 374)
14.
15. II. COESÃO SEQUENCIAL
• Por conexão (conjunções, preposições...)
• Por justaposição (operadores de sequenciação)
“É feito por conectores ou operadores
discursivos, que são palavras ou expressões
responsáveis pela concatenação, pela criação
de relações entre os segmentos do texto. São
exemplos de operadores: então, portanto, já
que, com efeito, porque, ora, mas, assim, daí,
dessa forma, isto é.”
(PLATÃO; FIORIN, 1999, p. 374)
EXEMPLOS:
Embora o Dec. 9.758/19 pareça útil por enxugar o uso dos pronomes
de tratamento, apesar de reforçar o empobrecimento da língua.
Embora o Dec. 9.758/19 pareça útil por enxugar o uso dos pronomes
de tratamento, ele apenas reforça o empobrecimento da língua.
16. II. COESÃO SEQUENCIAL
• Por conexão (conjunções, preposições...)
• Por justaposição (operadores de sequenciação)
“Nesse caso, a coesão se faz pelo estabelecimento da
sequência do texto, que é organizada com ou sem sequenciadores.
Quando o texto se organiza sem sequenciadores, cabe ao leitor
reconstruir, com base na sequência, os operadores discursivos que
não estão presentes na superfície textual.”
(PLATÃO; FIORIN, 1999, p. 381-382)
EXEMPLOS:
a
Esta pesquisa tem como objetivos específicos: caracterizar a gestão fiscal
no Brasil e os desafios municipais; analisar o impacto da complexidade
legislativa no tocante à gestão fiscal; e avaliar variáveis de desempenho.
a
Esta pesquisa tem como objetivos específicos: primeiramente, caracterizar a
gestão fiscal no Brasil e os desafios municipais; em seguida, analisar o
impacto da complexidade legislativa no tocante à gestão fiscal; e, por fim,
avaliar variáveis de desempenho.
17. “A coerência está diretamente ligada à
possibilidade de se estabelecer um sentido para
o texto, ou seja, ela é o que faz com que o texto
faça sentido para os usuários, devendo,
portanto, ser entendida como um princípio de
interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do
texto numa situação de comunicação e à
capacidade que o receptor tem para calcular
o sentido deste texto.”
(KOCH; TRAVAGLIA, 2001, p. 21)
COERÊNCIA
20. “A palavra coerência, da mesma
família de aderência e aderente,
provém do latim cohaerentia (formada
do prefixo co = junto com + o verbo
haerere = estar preso). Significa, pois,
conexão, união estreita entre várias
partes, relação entre ideias que se
harmonizam, ausência de contradição.”
Lições de texto (1997)
PLATÃO & FIORIN
COERÊNCIA
21. TIPOS DE
I. SINTÁTICA
II. SEMÂNTICA
III. PRAGMÁTICA
IV. ESTILÍSTICA
V. GENÉRICA
VI. TEMÁTICA
COERÊNCIA
22. TIPOS DE COERÊNCIA
SINTÁTICA: refere-se aos meios sintáticos para
expressar a coerência semântica como, por
exemplo, os conectivos, o uso de pronomes, etc.
Exemplo de incoerência sintática:
“No caso de uma pesquisa onde as hipóteses
iniciais não se comprovem, deve-se ter a ética de
não forçar os resultados.”
23. TIPOS DE COERÊNCIA
SEMÂNTICA: refere-se à relação entre significados
dos elementos das frases na sequência de um texto
(coerência local) ou entre os elementos do texto
como um todo (coerência global).
Exemplo de incoerência semântica local:
“Solicito uma primeira oportunidade de emprego,
pois garanto que demonstrarei toda a minha
experiência profissional.”
24. TIPOS DE COERÊNCIA
PRAGMÁTICA: “depende de como os falantes
entendem a situação comunicativa, do que sabem
previamente a respeito de seus interlocutores e,
também, dos seus conhecimentos de mundo e de
língua” (MARINHO, 2020).
Retomando o exemplo de incoerência semântica,
para repensá-lo à luz da pragmática:
“Solicito uma primeira oportunidade de emprego,
pois garanto que demonstrarei toda a minha
experiência profissional.”
25. TIPOS DE COERÊNCIA
ESTILÍSTICA: o emissor deve utilizar em seu texto
(oral ou escrito) elementos linguísticos (léxico e tipos
de estruturas) pertencentes ou constitutivos do
mesmo estilo ou registro linguístico.
Exemplo de incoerência estilística:
“Sem mais para o momento, elevamos nossos votos
de estima e camaradagem.”
26. TIPOS DE COERÊNCIA
GENÉRICA: trata-se da adequação enunciativa
ao gênero textual em uso, pois os gêneros textuais
exigem uma relativa estabilidade em sua estrutura,
assim como em seu tema e estilo textual.
Exemplos de incoerência genérica:
➢ Confundir a carta comercial com o ofício;
➢ Confundir a resenha com o resumo.
27. TIPOS DE COERÊNCIA
TEMÁTICA: requer que todos os
enunciados do texto estejam vinculados ao
tema central, com exceção apenas de
explicações secundárias.
Exemplos de incoerência temática:
➢ Fugir (ou apenas tangenciar) o tema;
➢ Gerar expectativas introdutórias que não
serão cumpridas pelo texto.