O documento discute as etapas do estágio curricular supervisionado no curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Letras. A primeira etapa do estágio totaliza 100 horas distribuídas entre exposição teórica, caracterização do contexto escolar e elaboração de aulas. O texto enfatiza a importância da reflexão sobre o espaço escolar e da colaboração entre professores para o desenvolvimento profissional dos estagiários.
PLANO DE CURSO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO - 7° PERÍODO DE PEDAGOGIA DAS FIP
Estágio curricular na escola
1. ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO I
OBSERVAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO ESCOLAR
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL
CURSO DE LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA EM LETRAS
PROF. DR. DAVID OLIVEIRA
2. ETAPAS FORMATIVAS DO CLIND
Os cursos terão uma carga horária total de 3.200 horas, assim
distribuídas:
a) Estudos presenciais (08 etapas intensivas) - 2.000 horas
b) Tempo comunidade (atividades de ensino, pesquisa e
extensão) 800 horas. Nesse núcleo serão considerados as 200
h. para atividades complementares.
c) Estágios supervisionados: 400 horas
PPC CLIND, 2018
3. 1ª ETAPA DO ECS
100 horas distribuídas da seguinte maneira:
40h – Exposição Teórica pelo professor do curso;
25h – Caracterização do espaço escolar;
35 – Elaboração de aulas e produção de relatório final.
4. EMENTA
Princípios e fundamentos teóricos e legais do
estágio curricular supervisionado. Reflexões
sobre as tendências e as exigências atuais
no contexto educacional.
5. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília:
MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.
AQUINO, Inlio Croppa. Confrontos na Sala de Aula: Uma leitura institucional
da relação professor-aluno. 1ª ed. São Paulo: Summus Editorial, 1996. vol.
42.
BECKER, Fernando. Epistemologia do Professor: O cotidiano da escola.
Petrópolis: Vozes, 1999.
BRASIL- Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental –
Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução – Brasília, MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais de
Língua Portuguesa –3° e 4° ciclos. Brasília, MEC/SEF, 1997.
BRASIL – Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental.
Referenciais para a formação de professores. Brasília, 1999.
6. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
COLL, Cesar & Edwards, Derelk. Ensino, Aprendizagem e discurso
em sala de aula. Porto Alegre: Art Méd, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GADOTTI, Moacir. Organização do trabalho na escola: Alguns
pressupostos. São Paulo:Ática,1994.
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo.
Petrópolis: Vozes,2000.
GANDIN Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo:
Loyola, 1983.
7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
GANDIN, Luís Armando. Temas para um projeto político-
pedagógico. Petrópolis: Vozes, 2000.
NÓVOA, António. Professor se forma na escola. São Paulo: Abril,
2001.
NÓVOA, António. (Org.). Profissão Professor. Porto – Portugal.
Porto.1995.
PAIVA, Vera L. M.. Estágio do curso de Letras. Mensagem para a
CVL (Comunidade Virtual da Linguagem), encaminhada em 9 mar
2003.
8. PARA INÍCIO DE DISCUSSÃO...
Lei nº 9.394/96 – estabelece em seu § 8º, art. 62, que os currículos dos cursos
da formação de docentes terão por referência a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC-Educação Básica).
Lei nº 11.788/2008 - Dispõe sobre o estágio de estudantes.
Parecer CNE/CEB nº 7/2010 - Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica.
Lei n° 13.005/2014 – Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras
providências.
BNCC 2018 – Anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio (área de
linguagens e trabalho com a Língua Portuguesa).
Resolução CNE/CP nº 1/2020 - Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e institui a
Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da
Educação Básica (BNC-Formação Continuada).
9. PARA INÍCIO DE DISCUSSÃO...
Foi somente a partir da criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), Lei nº 9.394/96, que a formação dos professores para atuar
na educação básica passou a ser feita com a exigência de nível superior.
Art. 63 – Os Institutos Superiores de Educação manterão: I - Cursos
formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso
normal superior, destinado à formação de docentes para a educação
infantil e para as primeiras séries do Ensino Fundamental; II - Programas
de formação pedagógica para portadores de diplomas de Educação
Superior que queiram se dedicar à educação básica; III - Programas de
educação continuada para profissionais de educação dos diversos
níveis. (BRASIL, 1996)
10. (RE)PENSAR O ESPAÇO ESCOLAR
Gadotti (1992), afirma que convivem, nesse esforço coletivo que é a
escola, dois componentes fundamentais: o instituído e o instituinte. O
instituído são as formas, definidas como normas, sistemas de valores
considerados como unificadores das ações no interior da escola e em
todas as escolas. É esse instituído a regra geral que organiza o trabalho
educativo, fornecendo os meios materiais. O instituinte são as pessoas
envolvidas na vida da instituição, expressando suas vontades, construindo
e reconstruindo espaços de ações num processo interativo no meio em
que atuam.
11. (RE)PENSAR O ESPAÇO ESCOLAR
“ [...] o desenvolvimento pessoal e profissional depende muito
do contexto em que exercemos nossa atividade. Todo professor
deve ver a escola não somente como o lugar onde ele ensina,
mas onde aprende” (NÓVOA, 2001)
“O professor que acaba de se formar não pode ficar com as
piores turmas nem ser colocado nas unidades mais difíceis sem
acompanhamento”. (NÓVOA, 2011)
12. (RE)PENSAR O ESPAÇO ESCOLAR
“Tornar-se professor – para nos servirmos do célebre título de Carl
Rogers, Tornar-se pessoa – obriga a refletir sobre as dimensões
pessoais, mas também sobre as dimensões coletivas do
professorado. Não é possível aprender a profissão docente sem
a presença, o apoio e a colaboração dos outros professores”
(NÓVOA, 2019, p.6)
13. (RE)PENSAR O ESPAÇO ESCOLAR
São as negociações (entre gestores, colegas professores e demais sujeitos
sociais, incluindo aqui seus próprios alunos) que efetivam, ou não, os
olhares, comportamentos e posicionamentos frente a algumas maneiras
do que seja ser profissional naquele dado espaço. (PEREIRA, 2022, p.38)
“[...] é pela partilha de um só e mesmo conjunto de discursos que indivíduos,
tão numerosos quanto se queira imaginar, definem sua pertença recíproca”
(FOUCAULT, 2014). Na instituição escolar isso pode ser constatado no tipo de
currículo, ideologia e filosofia, por exemplo, uma vez que a cultura ocidental
na qual estamos inseridos oportuniza diferentes espaços de organização
pedagógica de caráter confessional, cívico-militar, campesina, dentre outros.
14. (RE)PENSAR O ESPAÇO ESCOLAR
Em contextos de jogos de poder, adaptar-se ao ambiente
tal qual um camaleão é questão de sobrevivência,
sobretudo por parte dos graduandos em Letras que ainda
não possuem “nome profissional no mercado”, nem
tampouco um diploma devidamente validado por uma
instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério
da Educação (PEREIRA, 2022, p. 38)
15. Para introduzir certas formas de trabalho na sala de aula é fundamental que os
professores sejam apoiados por seus colegas ou por um assessor externo durante as
aulas. Neste caso, o auxílio dos colegas de trabalho é importante para que o
professor desenvolva os saberes experienciais (TARDIF, 2011)
O professor iniciante irá procurar superar suas dificuldades, elaborando, em
conjunto com outros profissionais da escola, um projeto de formação em serviço
que o ajude a transpor suas dificuldades [...]. É o próprio professor que saberá quais
são as suas dificuldades e, já no início da carreira, ele deverá se apropriar de seu
projeto de formação, o que terá a supervisão do professor coordenador
pedagógico, ajudando-o a vislumbrar as carências do momento.
16. [...] o estagiário precisa se conscientizar da necessidade
de dominar determinados conhecimentos teóricos para
poder tomar decisões fundamentadas no que diz respeito
ao planejamento das aulas, à escolha das atividades a
serem realizadas em sala, ao gerenciamento das aulas e
ao processo de avaliação. Sua prática pedagógica
precisa estar explicitamente baseada em arcabouços
teóricos que fundamentem e justifiquem suas ações, suas
decisões. (OLIVEIRA, 2010, p. 23)
17. DUPLAS
EDIENE e EDILZA (2)
ROMÁRIO e ARTHUR GOMES (2)
MÁRCIA SANTOS e EDJANIA (2)
Mª MÁRCIA e JOSENILDO (4)
ELIZABETE e ADRIANA (4)
ELEUZA, NAYARA e ANA CÁSSIA (4)
LEANDRO JOSÉ e LEANDRO
ANTONIO (1)
ARTHUR e GICELMA (1)
ITAMIRES e VÂNIA (3)
ANALICE e GEILDA (3)
ESCOLAS
1. E.E.I.JOSÉ MANOEL DE SOUZA
2. E.E.I. JOSÉ MÁXIMO DE OLIVEIRA
3. E.E.I. MANOEL HONÓRIO DA SILVA
4. E.E.I. PROFA. MARLENE MARQUES
DOS SANTOS
18. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Disponível em: < L9394 (planalto.gov.br)>. Acesso em: 30, mar.,
2023.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France,
pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: Editora Loyola, 2014.
GADOTTI, Moacir. Escola cidadã: uma aula sobre a autonomia da escola. São
Paulo: Cortez, 1992.
NÓVOA, António. Professor se forma na escola. Revista Nova Escola, São Paulo:
Associação Nova Escola, ed. 142, 2001.
NÓVOA, António. Os Professores e a sua Formação num Tempo de Metamorfose da
Escola. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 44, n. 3, 2019.
OLIVEIRA, L. A. Coisas que todo o professor de português precisa saber: a teoria na
prática. – São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
PEREIRA, David Christian de Oliveira Pereira. Discursos e construções identitárias
do(a) graduando(a) em Letras-Português no contexto do Programa Residência
Pedagógica. 2022. Tese (Doutorado em Letras). Programa de Pós-graduação em
Letras, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2022.