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1642-1727 
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 Até agora apenas descrevemos os movimentos cinemática. 
 É impossível, no entanto, prever movimentos usando somente a cinemática. 
 Forças são as causas das modificações no movimento. Seu conhecimento 
permite prever o movimento subseqüente de um objeto. 
 O estudo das causas do movimento é a Dinâmica . 
 A Mecânica Newtoniana (Isaac Newton, 1642-1727) estabelece a relação entre a 
força e a aceleração por ela produzida em um corpo de massa m. 
 Entretanto, a Mecânica Newtoniana não se aplica a todas as situações. Em casos de 
altas velocidades, próximas à velocidade da luz, ela deve ser substituída pela Teoria 
da Relatividade Restrita de Albert Einstein (1879-1955). Já, se as dimensões dos 
corpos envolvidos nos movimentos são muito pequenas (massa muito pequena), da 
ordem de dimensões atômicas, ela deve ser substituída pela Mecânica Quântica.
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• Durante séculos, o estudo do movimento e suas causas 
tornou-se o tema central da filosofia natural. Antes de 
Galileu, a maioria dos pensadores acreditava que um corpo 
em movimento encontrar-se-ia num estado forçado, 
enquanto que o repouso seria o seu estado natural. 
• A experiência diária parece confirmar essa afirmativa. 
Quando depositamos um livro sobre uma mesa é fácil 
constatar seu estado natural de repouso. Se colocarmos o 
livro em movimento, dando-lhe apenas um rápido empurrão, 
notamos que ele não irá se mover indefinidamente: o livro 
deslizará sobre a mesa até parar. Ou seja, é fácil observar 
que cessada a força de empurrão da mão, o livro retorna ao 
seu estado natural de repouso. Logo, para que o livro 
mantenha-se em movimento retilíneo uniforme é necessária 
a ação contínua de uma força de empurrão.
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Para Aristóteles havia dois tipos de movimento: 
O movimento natural – Cada um dos 4 elementos (Terra, água, ar e fogo) possui um 
lugar bem definido no Universo. O movimento natural de um corpo consiste em uma 
busca pelo seu lugar natural. O movimento de queda de uma pedra ou da água, por 
exemplo, é um movimento natural, pois visa retornar aos seus lugares naturais. 
O movimento forçado – Quanto aos movimentos não naturais, como o empurrar de 
uma caixa ou arremessar uma pedra, Aristóteles atribuiu uma força em constante 
contato com o objeto, causando o movimento forçado. Embora Aristóletes nunca tenha 
usado uma expressão matemática para mostrar suas idéias sobre o movimento, talvez 
pudéssemos expressar sua idéias usando a expressão abaixo: 
v = F/R, 
onde: v = velocidade, F = força e R = resistência do meio 
Através dessa expressão podemos perceber que para Aristóteles: 
A velocidade é diretamente proporcional à força aplicada no corpo. Quanto maior a 
força maior a velocidade. Ao cessar a força cessa o movimento. 
A velocidade é inversamente proporcional à resistência oferecida pelo meio. De 
acordo com suas idéias, um corpo abandonado longe de seu lugar natural retorna a ele 
tanto mais rápido quanto o meio permitir. Vale frisar que a idéia de um vácuo hipotético 
implicaria em uma velocidade infinita o que era (e continua sendo) uma idéia absurda.
Para Aristóteles a existência de uma força propulsora contínua era uma condição para 
o movimento. Para explicar o movimento forçado de um projétil, que ocorre sem a 
presença aparente de uma força propulsora, argumentava: 
Para Aristóteles, a idéia de um movimento retilíneo eterno é totalmente inaceitável. A 
justificativa de que o meio fornecia ao projétil a força necessária para manter o 
movimento foi denominada de Antiperistasis. O meio não apenas oferecia resistência 
como também sustentava o movimento. www.fisicaatual.com.br
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 Hiparco de Nicéia (130 a.C.) discorda da Antiperistasis de Aristóteles, 
argumentando que o lançador transmite uma força ao projétil que a absorve. A 
força absorvida pelo corpo é consumida à medida que o corpo se move. 
 A noção de força impressa reaparece no trabalho do filósofo árabe Avicena 
(980 - 1037). Para ele, a força que um projétil adquire é algo análogo ao 
que o fogo fornece à água. Avicena explica o movimento de um projétil 
arremessado horizontalmente da seguinte forma: inicialmente o projétil move-se 
em linha reta na direção em que foi lançado até que a força horizontal que 
lhe foi impressa seja totalmente gasta. Quando isso acontece, o projétil para 
momentaneamente, e logo passa a se mover pra baixo sob a ação de seu 
“peso natural”. Para o filósofo Avicena, a trajetória de um projétil lançado 
horizontalmente deveria ser um L invertido. 
 Para Buridan, um ímpetus é adquirido pelo corpo através do agente 
movedor (mão, canhão, etc.) e o corpo fica impregnado dele. Sobre o ímpetus, 
Buridan afirmava que: 
• Tinha caráter eterno e só podia ser dissipado por influências externas 
(gravidade, resistência do meio, etc.). 
• Era proporcional à quantidade de matéria e à velocidade do corpo. Um misto 
entre o que chamamos de força e o que chamamos de quantidade de 
movimento ou momento linear.
CONCEITO DE FORÇA 
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O conceito leigo de força é um conceito primário, intuitivo. 
Por exemplo, é preciso “fazer força” para deformar uma mola, 
empurrar um carrinho,etc. 
Em Física, pode-se definir como força um agente capaz de 
alterar o estado de movimento retilíneo uniforme de um corpo ou 
de produzir deformações em um corpo elástico. Em muitos casos, 
uma força faz as duas coisas ao mesmo tempo. 
A velocidade de um corpo só pode ser alterada por uma força. 
Mas um corpo não necessita sofrer a ação de uma força para 
manter sua velocidade. 
Como força é aquilo que altera a velocidade de um corpo e como a 
aceleração é a alteração na velocidade de um corpo. A força deve 
ter alguma relação com a aceleração
As forças podem, de maneira geral, ser classificadas em dois 
grandes grupos: forças de ação à distância e forças de contacto . As 
forças de contato envolvem contato físico entre os objetos. As forças 
de ação à distância atuam através do espaço vazio. As forças que 
agem á distância diminuem com esta. 
contato à 
distância 
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Nuclear Forte 
Nuclear Fraca 
estabiliza o 
núcleo 
Eletromagnética 
estabiliza os átomos 
decaimento 
radioativo 
Gravitacional 
estabiliza o sistema 
solar 
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Antes do século XVII acreditava-se que para manter um objeto em 
movimento com velocidade constante era necessário aplicar uma força 
constante. A experiência cotidiana parece confirmar essa crença, pois, 
por exemplo, se pararmos de empurrar um carrinho de brinquedo, ele irá 
parar. 
No início do século XVII, Galileu começou a fazer experimentos com 
bolas e planos inclinados. Soltou uma bola de uma certa altura num 
plano inclinado. A bola desceu e subiu outro plano. Usando bolas e 
planos muito lisos, Galileu observou que as bolas subiam quase até a 
mesma altura de onde tinham sido soltas. 
h h 
Quase a mesma altura, mas não exatamente. Galileu percebeu que as 
bolas estavam perdendo algo em seu caminho devido ao atrito. Mas se o 
atrito fosse completamente eliminado, o que aconteceria? Galileu concluir 
que as bolas atingiriam exatamente a mesma altura.
Galileu resolveu fazer uma variação em seu experimento: ele iria diminuir 
gradualmente a inclinação do plano por onde as bolas sobem: 
h h 
As bolas irão percorrer distâncias cada vez maiores até pararem. 
Galileu então se perguntou: Onde a bola irá parar se o segundo plano 
não apresentar nenhuma inclinação? 
h ??????? 
Galileu concluiu que, quando se elimina a força de atrito, os objetos 
em movimento mantém seu movimento sem necessidade de força. 
Para parar um objeto, ou para colocá-lo em movimento aí sim, é 
necessário aplicar uma força.
F 0 R = 
repouso 
movimento retilíneo uniforme 
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Aristóteles achava que todo movimento era “forçado”. Se um corpo não 
sofresse a ação de forças ele só poderia estar em repouso. O repouso 
era o único estado natural para um corpo. 
A 1ª Lei de Newton estabelece que movimento é tão natural quanto o 
repouso. Um corpo não necessita sofrer a ação de força para manter 
seu repouso, assim como não precisa sofrer a ação de força para 
manter seu movimento. Ele necessita sofrer a ação de força para 
alterar seu movimento ( sofrer aceleração). 
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Inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem de 
manter seu estado, seja ele de repouso ou movimento. 
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A inércia é um termo usado para medir a capacidade de um objeto para 
resistir a uma mudança em seu estado de movimento 
Um objeto que apresente uma grande inércia necessita de muita força 
para iniciar um movimento ou parar. Um objeto que apresente uma 
pequena inércia necessita de pouca força para iniciar um movimento 
ou parar. 
força 
grande 
inércia 
grande 
mudança 
de 
movimento 
1 m/s2 
força 
pequena 
inércia 
pequena 
mudança 
de 
movimento 
1 m/s2 
A massa de um corpo é a medida da sua 
inércia. 
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Um corpo em 
repouso irá 
permanecer 
em repouso 
a não ser que ele 
sofra a ação de 
uma força. 
Um objeto em 
movimento continuará 
em movimento 
até que atue nele 
uma força.
Imaginemos que empurramos uma caixa sobre uma superfície lisa (pode-se 
desprezar a influência de atrito). Quando se exerce uma certa força 
horizontal F, a caixa adquire uma aceleração a. Se se aplicar uma força 2 
vezes superior, a aceleração da caixa também será 2 vezes superior e 
assim por diante. Ou seja, a aceleração de um corpo é diretamente 
proporcional à força resultante que sobre ele atua: 
Faa 
Entretanto, a aceleração de um corpo também depende da sua massa. 
Imagine, como no exemplo anterior, que se aplica a mesma força F a um 
corpo com massa 2 vezes maior. A aceleração produzida será, então, a/2. 
Se a massa triplicar, a mesma força aplicada irá produzir uma aceleração 
a/3. E assim por diante. De acordo com esta observação, conclui-se que:a 
aceleração de um objeto é inversamente proporcional à sua massa: 
a 1 
m 
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A força da mão acelera a caixa; 
Duas vezes a força, produz 
duas vezes mais aceleração; 
Duas vezes a força sobre 
uma massa duas vezes 
maior, produz a mesma 
aceleração original. 
A força da mão 
acelera a caixa; 
A mesma força sobre uma 
massa duas vezes maior, 
causa metade da 
aceleração; 
A mesma força sobre uma 
massa três vezes maior, 
causa um terço da 
aceleração; 
A A força força resultante que age age sobre sobre um 
corpo é igual ao produto da massa do corpo 
pela sua aceleração. 
corpo é igual ao produto da massa do corpo 
pela sua aceleração. 
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FR = m.a 
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massa aceleração massa mais 
Força Mais 
força 
aceleração 
velocidade 
aumenta 
velocidade 
aumenta 
mais rápido 
massa mais 
aceleração massa 
Força Força 
menos 
aceleração 
velocidade 
aumenta 
velocidade 
aumenta 
mais lento 
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O movimento abaixo é acelerado, e a velocidade tem o mesmo sentido 
da aceleração: 
V =5m/s 
V = 10m/s V = 15m/s V =20m/s 
a a a a 
0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s 
Como a resultante de forças tem o mesmo sentido da aceleração, então 
a resultante de forças tem o mesmo sentido da velocidade: 
V =5m/s 
V = 10m/s V = 15m/s V =20m/s 
a a a a 
0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s 
FR FR FR FR 
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O movimento abaixo é retardado, e a velocidade tem sentido contrário ao 
da aceleração: 
V =20 m/s V =15 m/s V = 10 m/s V =5,0 m/s 
a a a a 
0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s 
Como a resultante de forças tem o mesmo sentido da aceleração, então 
a resultante de forças tem sentido contrário ao da velocidade: 
V =20 m/s V = 15 m/s V = 10 m/s V = 5,0 m/s 
a a a a 
0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s 
FR 
FR 
FR FR
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Vamos prender dois ímãs a dois carrinhos e a seguir colocar os carrinhos 
sobre uma superfície plana, horizontal e lisa de uma forma tal que os 
polos norte dos dois ímãs fiquem voltados um para o outro. Largando-se a 
seguir os dois carrinhos observa-se que eles passam a se mover, com 
movimentos acelerados, afastando-se um do outro. Tal fato ocorre porque 
o ímã 1 exerce sobre o ímã 2 uma força, enquanto que o ímã 2 exerce 
também uma outra força sobre o ímã 1, tais forças tendo sentidos 
opostos. 
f21 f12 
Quando dois corpos interagem, as forças 
Quando dois corpos interagem, as forças 
que cada corpo exerce sobre o outro são sempre 
iguais em módulo e têm sentidos opostos. 
que cada corpo exerce sobre o outro são sempre 
iguais em módulo e têm sentidos opostos.
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A força F12 exercida pelo objeto 1 sobre o objeto 2 é igual em valor e de 
sentido oposto à F21 exercida pelo objeto 2 sobre o objeto 1 
F12 = - F21 
CARACTERÍSTICAS ddoo ppaarr AAÇÇÃÃOO -- RREEAAÇÇÃÃOO 
- MMeessmmoo mmóódduulloo 
- MMeessmmaa ddiirreeççããoo 
- SSeennttiiddooss ooppoossttooss 
- AAttuuaamm eemm ccoorrppooss ddiiffeerreenntteess ((nnuunnccaa ssee aannuullaamm)) 
- GGeerraamm eeffeeiittooss ddiiffeerreenntteess
Força Gravitacional Força Gravitacional ((FFg) ou Peso (P) g) ou Peso (P) 
Força gravitacional ou peso é a força de atração que a massa da Terra 
exerce em corpos colocados próximos a sua superfície. 
Quando um corpo colocado próximo da Terra é abandonado, se a única 
força que nele atuar for o Peso ( P ), ele cairá sob ação da aceleração da 
gravidade ( g ). 
FRes = m.a 
P = m.g 
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P m
MEDIDA DE FORÇAS www.fisicaatual.com.br 
Lei de Hooke: A força que atua numa mola é diretamente proporcional a 
sua deformação: 
F = K.x 
onde: K = constante elástica da mola 
x = deformação da mola posição equilíbrio 
FX = 0 
posição de equilíbrio 
FX = kx 
x 
posição de equilíbrio 
FX = kx 
x
Um dinamômetro é uma mola calibrada que mede o valor de uma força. A 
intensidade da força aplicada e a deformação são diretamente 
proporcionais, isto é: se uma força de intensidade 1 newton produzir uma deformação 
de 0,5 cm, uma força de intensidade 2 newtons produzirá uma deformação de 1 cm, e 
assim por diante. 
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Balança de mola: 
medida da força peso: 
Balança de braços iguais: 
comparação com massas-padrão 
Mesmo resultado na Terra ou na Lua. 
Resultados diferentes na Terra 
e na Lua 
massa a ser 
medida Massas 
padrões 
Unidade SI de massa: kg (quilograma) 
1 kg é a massa de 1 ℓ de água à temperatura de 40C e à pressão 
atmosférica. 
Em termos do padrão para a massa, encontramos a unidade de 
força: a força que produz uma aceleração de 1 m/s2 em um corpo de 1 
kg é igual a 1 N (newton), que é a unidade SI de força.
FFoorrççaa NNoorrmmaal l ((FFN) N) 
Quando um corpo exerce uma força sobre uma superfície, a superfície se deforma e 
empurra o corpo com uma força normal ( N ) que é perpendicular à superfície. 
-N 
N P 
-P 
A Terra exerce no bloco uma força para baixo: Peso ( P ) 
O bloco reage na Terra: reação ao Peso ( -P ) 
O bloco comprime a mesa: Normal ( N ) 
A mesa reage no bloco: reação à Normal ( -N ) 
Forças que atuam no bloco: N e P. Como não são 
um para ação-reação podem se anular. 
Se o bloco está em repouso, a resultante de forças 
no bloco tem que ser nula. Logo, a reação da normal 
anula o peso. Para isso: 
N = P 
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Quando uma corda (ou um fio, um cabo, ...) é presa a um 
corpo e esticada aplica ao corpo uma força de tração 
orientada ao longo da corda. Essa força é chamada força de 
tração porque a corda está sendo tracionada.
A Terra exerce no corpo uma força para baixo: Peso ( P ) 
O corpo reage na Terra: reação ao Peso ( -P ) 
O corpo exerce na corda uma tração: Tração ( -T ) 
A corda reage no corpo: reação à Tração ( T ) 
Forças que atuam no corpo: T e P. Como não são 
um para ação-reação podem se anular. 
Se o corpo está em repouso, a resultante de forças 
no corpo tem que ser nula. Logo, a reação da tração 
anula o peso. Para isso: 
T = P 
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www.FORÇA DE ATRITO fisicaatual.com.br 
 A força de atrito se origina de forças interatômicas, ou seja, da força 
de interação entre os átomos. Quando as superfícies estão em contato, 
criam-se pontos de aderência ou colagem (ou ainda solda) entre as 
superfícies. É o resultado da força atrativa entre os átomos próximos uns 
dos outros. 
 Para existir a força de atrito deve haver movimentos relativo entre os 
corpos em contato (atrito cinético), ou pelo menos a menos a tendência 
de um se mover em relação ao outro (atrito estático) graças à ação de 
outras força(s), externa(s) a ele(s) aplicadas. 
 Se as superfícies forem muito rugosas, a força de atrito é grande 
porque a rugosidade pode favorecer o aparecimento de vários pontos de 
aderência, como mostra a figura abaixo.
O corpo da figura abaixo está sendo empurrado por uma força F. Ele 
sofre a ação de uma força de atrito Fa . Atuam no corpo a força normal 
( N ) e o peso ( P ). 
Mesmo aumentado a força aplicada, o corpo continua em repouso. Atua atrito 
estático: 
V = 0 V = 0 V = 0 F 
F F 
Quando o corpo entra em movimento, podemos diminuir a força aplicada que ele se 
mantém em movimento. Atua atrito cinético: 
V ǂ 0 
F 
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fe1 
c 
c 
c 
fe2 
fc 
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 Se o corpo não se move, então a força de atrito estático fe e a componente F que é paralela à 
superfície se equilibram. Elas são iguais em módulos, e fe possui sentido oposto ao dessa 
componente de F. A força de atrito estático aumenta à medida que a força aplicada aumenta e 
atinge um valor máximo dado por: 
f .N e(máxima) e = m 
onde μe é o coeficiente de atrito estático. 
 Se o corpo começa a deslizar ao longo da superfície, o módulo da força de atrito diminui 
rapidamente para um valor fc ( força de atrito cinético) dado por: 
onde μC é o coeficiente de atrito cinético. 
f .N C C = m 
F 2 > F1 
f e2 > fe1
repouso 
Força de atrito estática 
movimento 
Força de atrito cinética 
Força de atrito 
estática 
máxima 
Comparação entre a força aplicada e a velocidade do 
V(m/s) corpo. 
F(N) 
tempo (s) 
tempo (s) 
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 A força de atrito estático varia de zero até um valor máximo dado por: 
f .N (e)máxima e =m 
 A força de atrito cinético que atua durante o movimento é constante e 
dada por: 
f .N c e =m 
 A força de atrito estático máxima é sempre maior que a força de atrito 
cinético. Isso se deve aos coeficientes de atrito: 
e c m > m 
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Um corpo executa um MCU quando descreve uma trajetória circular 
mantendo um valor de velocidade constante. O corpo sofrerá a ação 
apenas da aceleração centrípeta. 
De acordo com a 2ª Lei de Newton, se um corpo sofre aceleração, ele 
sofrerá a ação de uma resultante de força no mesmo sentido da 
aceleração. Essa resultante de forças é chamada de força centrípeta. 
F m.a R = Fcentípeta = m.acentrípeta 
a V 
2 
R 
centrípeta = 
F m.V 
2 
R 
centrípteta = 
ac 
Fc 
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MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
Um corpo gira sobre uma mesa lisa preso a uma corda: 
v 
Vista lateral 
N 
P 
T 
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 A força peso é anulada pela reação da 
normal. 
 A tensão exercida pela corda é a 
resultante de força que atua no corpo. 
T = Fc 
Vista de topo 
Se a tensão exercida pela corda é a resultante 
de forças que atua na direção do centro, ela 
faz o papel de força centrípeta: 
F m.V 
2 
R 
centrípteta = 
T m.V 
2 
R 
= 
Aumentando a velocidade do corpo, a tensão 
na corda aumenta .
Pêndulo Simples 
T 
P 
T’ 
P 
Pêndulo em repouso: FR = 0 P = T 
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No ponto mais baixo existe uma resultante atuando 
na direção do centro. 
T' > P 
F T P m.V 
R 
2 
centrípteta = - = 
Com o pêndulo oscilando, a tensão na corda é 
maior do que com o pêndulo em repouso.
Movimento Circular 
Vertical 
No ponto mais 
baixo 
R 
N 
P v 
N > T 
Força resultante: N + P 
N 
P 
F R = FC 
R 
v 
Fc 
F N P m.V 
R 
2 
centrípteta = - = 
PODEMOS 
SUBSTITUIR 
POR 
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SSuubbiinnddoo www.fisicaatual.com.br 
v 
N 
P 
A normal é a resultante de forças na direção do 
centro: 
F N m.V 
R 
2 
centrípteta = = 
NNoo ppoonnttoo mmaaiiss aallttoo 
R 
v 
P 
Força resultante: N + P 
N 
P 
F R = FC 
R 
v 
F R = FN C 
F N P m.V 
R 
2 
centrípteta = + = 
Podemos 
substituir 
por
A velocidade mínima para passar pelo ponto mais alto dará quando a 
reação da normal for nula: 
N = 0 
R 
v 
P = FC 
2m 
F P m.V 
R 
in 
C = = 
= in V g.R min = 
2m 
m.g m.V 
R 
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www.fisicaatual.com.br Curvas 
Planas 
 o peso é anulado pela reação da 
normal. 
 a resultante de forças é a força de 
atrito estático. 
 a força de atrito estático faz o papel 
de força centrípeta. 
 se a velocidade aumenta, a força de 
atrito estático aumenta. 
 a maior velocidade para fazer a curva 
sem derrapar é uma velocidade para 
qual a força centrípeta é a força de 
atrito estático máximo. 
2m 
F (F ) m.V 
2 máxima 
= = áxima 
centrípteta atrito máxima R 
R 
.m.g m.V 
e m = V .g.R máxima e = m 
Se as rodas travarem e deslizarem, passa a atuar força de atrito cinético, que é 
menor que a estático máxima. Assim, o carro tem probabilidade de derrapar.
www.fisicaatual.com.br Curvas Inclinadas 
N N.cos θ 
c 
N.sen θ 
Uma parte da normal ( N cosθ) anula o peso (m.g): 
N.cos θ = m.g 
A outra parte da normal ( N ) aponta para o centro da trajetória, e 
se soma à força de atrito para aumentar a força centrípeta. A 
velocidade máxima para descrever uma curva inclinada é maior 
do que para descrever uma curva plana de mesmo raio.
Na Terra a sensação de peso ocorre devido a força de reação normal 
( N ) que recebemos da superfície de apoio. Na situação de equilíbrio: N 
= P = mg. 
Suponha uma nave espacial, em forma de cilindro oco de raio R, 
mostrada abaixo, girando com velocidade angular constante em torno de 
um eixo E. No interior de naves espaciais podemos evitar a flutuação dos 
cosmonautas através da rotação da nave. Esta rotação obriga os 
astronautas a exercer uma força normal no piso da nave. 
Um astronauta nessa nave girante, 
recebe como reação do piso da nave uma 
força normal que funciona como sua 
resultante centrípeta, dando a sensação 
de peso. 
Gravidade Simulada em 
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Mecânica dinâmica

  • 2. www.fisicaatual.com.br  Até agora apenas descrevemos os movimentos cinemática.  É impossível, no entanto, prever movimentos usando somente a cinemática.  Forças são as causas das modificações no movimento. Seu conhecimento permite prever o movimento subseqüente de um objeto.  O estudo das causas do movimento é a Dinâmica .  A Mecânica Newtoniana (Isaac Newton, 1642-1727) estabelece a relação entre a força e a aceleração por ela produzida em um corpo de massa m.  Entretanto, a Mecânica Newtoniana não se aplica a todas as situações. Em casos de altas velocidades, próximas à velocidade da luz, ela deve ser substituída pela Teoria da Relatividade Restrita de Albert Einstein (1879-1955). Já, se as dimensões dos corpos envolvidos nos movimentos são muito pequenas (massa muito pequena), da ordem de dimensões atômicas, ela deve ser substituída pela Mecânica Quântica.
  • 3. www.fisicaatual.com.br • Durante séculos, o estudo do movimento e suas causas tornou-se o tema central da filosofia natural. Antes de Galileu, a maioria dos pensadores acreditava que um corpo em movimento encontrar-se-ia num estado forçado, enquanto que o repouso seria o seu estado natural. • A experiência diária parece confirmar essa afirmativa. Quando depositamos um livro sobre uma mesa é fácil constatar seu estado natural de repouso. Se colocarmos o livro em movimento, dando-lhe apenas um rápido empurrão, notamos que ele não irá se mover indefinidamente: o livro deslizará sobre a mesa até parar. Ou seja, é fácil observar que cessada a força de empurrão da mão, o livro retorna ao seu estado natural de repouso. Logo, para que o livro mantenha-se em movimento retilíneo uniforme é necessária a ação contínua de uma força de empurrão.
  • 4. www.fisicaatual.com.br Para Aristóteles havia dois tipos de movimento: O movimento natural – Cada um dos 4 elementos (Terra, água, ar e fogo) possui um lugar bem definido no Universo. O movimento natural de um corpo consiste em uma busca pelo seu lugar natural. O movimento de queda de uma pedra ou da água, por exemplo, é um movimento natural, pois visa retornar aos seus lugares naturais. O movimento forçado – Quanto aos movimentos não naturais, como o empurrar de uma caixa ou arremessar uma pedra, Aristóteles atribuiu uma força em constante contato com o objeto, causando o movimento forçado. Embora Aristóletes nunca tenha usado uma expressão matemática para mostrar suas idéias sobre o movimento, talvez pudéssemos expressar sua idéias usando a expressão abaixo: v = F/R, onde: v = velocidade, F = força e R = resistência do meio Através dessa expressão podemos perceber que para Aristóteles: A velocidade é diretamente proporcional à força aplicada no corpo. Quanto maior a força maior a velocidade. Ao cessar a força cessa o movimento. A velocidade é inversamente proporcional à resistência oferecida pelo meio. De acordo com suas idéias, um corpo abandonado longe de seu lugar natural retorna a ele tanto mais rápido quanto o meio permitir. Vale frisar que a idéia de um vácuo hipotético implicaria em uma velocidade infinita o que era (e continua sendo) uma idéia absurda.
  • 5. Para Aristóteles a existência de uma força propulsora contínua era uma condição para o movimento. Para explicar o movimento forçado de um projétil, que ocorre sem a presença aparente de uma força propulsora, argumentava: Para Aristóteles, a idéia de um movimento retilíneo eterno é totalmente inaceitável. A justificativa de que o meio fornecia ao projétil a força necessária para manter o movimento foi denominada de Antiperistasis. O meio não apenas oferecia resistência como também sustentava o movimento. www.fisicaatual.com.br
  • 6. www.fisicaatual.com.br  Hiparco de Nicéia (130 a.C.) discorda da Antiperistasis de Aristóteles, argumentando que o lançador transmite uma força ao projétil que a absorve. A força absorvida pelo corpo é consumida à medida que o corpo se move.  A noção de força impressa reaparece no trabalho do filósofo árabe Avicena (980 - 1037). Para ele, a força que um projétil adquire é algo análogo ao que o fogo fornece à água. Avicena explica o movimento de um projétil arremessado horizontalmente da seguinte forma: inicialmente o projétil move-se em linha reta na direção em que foi lançado até que a força horizontal que lhe foi impressa seja totalmente gasta. Quando isso acontece, o projétil para momentaneamente, e logo passa a se mover pra baixo sob a ação de seu “peso natural”. Para o filósofo Avicena, a trajetória de um projétil lançado horizontalmente deveria ser um L invertido.  Para Buridan, um ímpetus é adquirido pelo corpo através do agente movedor (mão, canhão, etc.) e o corpo fica impregnado dele. Sobre o ímpetus, Buridan afirmava que: • Tinha caráter eterno e só podia ser dissipado por influências externas (gravidade, resistência do meio, etc.). • Era proporcional à quantidade de matéria e à velocidade do corpo. Um misto entre o que chamamos de força e o que chamamos de quantidade de movimento ou momento linear.
  • 7. CONCEITO DE FORÇA www.fisicaatual.com.br O conceito leigo de força é um conceito primário, intuitivo. Por exemplo, é preciso “fazer força” para deformar uma mola, empurrar um carrinho,etc. Em Física, pode-se definir como força um agente capaz de alterar o estado de movimento retilíneo uniforme de um corpo ou de produzir deformações em um corpo elástico. Em muitos casos, uma força faz as duas coisas ao mesmo tempo. A velocidade de um corpo só pode ser alterada por uma força. Mas um corpo não necessita sofrer a ação de uma força para manter sua velocidade. Como força é aquilo que altera a velocidade de um corpo e como a aceleração é a alteração na velocidade de um corpo. A força deve ter alguma relação com a aceleração
  • 8. As forças podem, de maneira geral, ser classificadas em dois grandes grupos: forças de ação à distância e forças de contacto . As forças de contato envolvem contato físico entre os objetos. As forças de ação à distância atuam através do espaço vazio. As forças que agem á distância diminuem com esta. contato à distância www.fisicaatual.com.br
  • 9. Nuclear Forte Nuclear Fraca estabiliza o núcleo Eletromagnética estabiliza os átomos decaimento radioativo Gravitacional estabiliza o sistema solar www.fisicaatual.com.br
  • 10. www.fisicaatual.com.br Antes do século XVII acreditava-se que para manter um objeto em movimento com velocidade constante era necessário aplicar uma força constante. A experiência cotidiana parece confirmar essa crença, pois, por exemplo, se pararmos de empurrar um carrinho de brinquedo, ele irá parar. No início do século XVII, Galileu começou a fazer experimentos com bolas e planos inclinados. Soltou uma bola de uma certa altura num plano inclinado. A bola desceu e subiu outro plano. Usando bolas e planos muito lisos, Galileu observou que as bolas subiam quase até a mesma altura de onde tinham sido soltas. h h Quase a mesma altura, mas não exatamente. Galileu percebeu que as bolas estavam perdendo algo em seu caminho devido ao atrito. Mas se o atrito fosse completamente eliminado, o que aconteceria? Galileu concluir que as bolas atingiriam exatamente a mesma altura.
  • 11. Galileu resolveu fazer uma variação em seu experimento: ele iria diminuir gradualmente a inclinação do plano por onde as bolas sobem: h h As bolas irão percorrer distâncias cada vez maiores até pararem. Galileu então se perguntou: Onde a bola irá parar se o segundo plano não apresentar nenhuma inclinação? h ??????? Galileu concluiu que, quando se elimina a força de atrito, os objetos em movimento mantém seu movimento sem necessidade de força. Para parar um objeto, ou para colocá-lo em movimento aí sim, é necessário aplicar uma força.
  • 12. F 0 R = repouso movimento retilíneo uniforme www.fisicaatual.com.br
  • 13. Aristóteles achava que todo movimento era “forçado”. Se um corpo não sofresse a ação de forças ele só poderia estar em repouso. O repouso era o único estado natural para um corpo. A 1ª Lei de Newton estabelece que movimento é tão natural quanto o repouso. Um corpo não necessita sofrer a ação de força para manter seu repouso, assim como não precisa sofrer a ação de força para manter seu movimento. Ele necessita sofrer a ação de força para alterar seu movimento ( sofrer aceleração). www.fisicaatual.com.br
  • 14. Inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem de manter seu estado, seja ele de repouso ou movimento. www.fisicaatual.com.br
  • 15. A inércia é um termo usado para medir a capacidade de um objeto para resistir a uma mudança em seu estado de movimento Um objeto que apresente uma grande inércia necessita de muita força para iniciar um movimento ou parar. Um objeto que apresente uma pequena inércia necessita de pouca força para iniciar um movimento ou parar. força grande inércia grande mudança de movimento 1 m/s2 força pequena inércia pequena mudança de movimento 1 m/s2 A massa de um corpo é a medida da sua inércia. www.fisicaatual.com.br
  • 16. www.fisicaatual.com.br Um corpo em repouso irá permanecer em repouso a não ser que ele sofra a ação de uma força. Um objeto em movimento continuará em movimento até que atue nele uma força.
  • 17. Imaginemos que empurramos uma caixa sobre uma superfície lisa (pode-se desprezar a influência de atrito). Quando se exerce uma certa força horizontal F, a caixa adquire uma aceleração a. Se se aplicar uma força 2 vezes superior, a aceleração da caixa também será 2 vezes superior e assim por diante. Ou seja, a aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força resultante que sobre ele atua: Faa Entretanto, a aceleração de um corpo também depende da sua massa. Imagine, como no exemplo anterior, que se aplica a mesma força F a um corpo com massa 2 vezes maior. A aceleração produzida será, então, a/2. Se a massa triplicar, a mesma força aplicada irá produzir uma aceleração a/3. E assim por diante. De acordo com esta observação, conclui-se que:a aceleração de um objeto é inversamente proporcional à sua massa: a 1 m www.fisicaatual.com.br
  • 18. A força da mão acelera a caixa; Duas vezes a força, produz duas vezes mais aceleração; Duas vezes a força sobre uma massa duas vezes maior, produz a mesma aceleração original. A força da mão acelera a caixa; A mesma força sobre uma massa duas vezes maior, causa metade da aceleração; A mesma força sobre uma massa três vezes maior, causa um terço da aceleração; A A força força resultante que age age sobre sobre um corpo é igual ao produto da massa do corpo pela sua aceleração. corpo é igual ao produto da massa do corpo pela sua aceleração. www.fisicaatual.com.br
  • 19. FR = m.a www.fisicaatual.com.br
  • 20. massa aceleração massa mais Força Mais força aceleração velocidade aumenta velocidade aumenta mais rápido massa mais aceleração massa Força Força menos aceleração velocidade aumenta velocidade aumenta mais lento www.fisicaatual.com.br
  • 21. O movimento abaixo é acelerado, e a velocidade tem o mesmo sentido da aceleração: V =5m/s V = 10m/s V = 15m/s V =20m/s a a a a 0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s Como a resultante de forças tem o mesmo sentido da aceleração, então a resultante de forças tem o mesmo sentido da velocidade: V =5m/s V = 10m/s V = 15m/s V =20m/s a a a a 0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s FR FR FR FR www.fisicaatual.com.br
  • 22. www.fisicaatual.com.br O movimento abaixo é retardado, e a velocidade tem sentido contrário ao da aceleração: V =20 m/s V =15 m/s V = 10 m/s V =5,0 m/s a a a a 0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s Como a resultante de forças tem o mesmo sentido da aceleração, então a resultante de forças tem sentido contrário ao da velocidade: V =20 m/s V = 15 m/s V = 10 m/s V = 5,0 m/s a a a a 0,0 s 1,0 s 2,0 s 3,0 s FR FR FR FR
  • 23. www.fisicaatual.com.br Vamos prender dois ímãs a dois carrinhos e a seguir colocar os carrinhos sobre uma superfície plana, horizontal e lisa de uma forma tal que os polos norte dos dois ímãs fiquem voltados um para o outro. Largando-se a seguir os dois carrinhos observa-se que eles passam a se mover, com movimentos acelerados, afastando-se um do outro. Tal fato ocorre porque o ímã 1 exerce sobre o ímã 2 uma força, enquanto que o ímã 2 exerce também uma outra força sobre o ímã 1, tais forças tendo sentidos opostos. f21 f12 Quando dois corpos interagem, as forças Quando dois corpos interagem, as forças que cada corpo exerce sobre o outro são sempre iguais em módulo e têm sentidos opostos. que cada corpo exerce sobre o outro são sempre iguais em módulo e têm sentidos opostos.
  • 24. www.fisicaatual.com.br A força F12 exercida pelo objeto 1 sobre o objeto 2 é igual em valor e de sentido oposto à F21 exercida pelo objeto 2 sobre o objeto 1 F12 = - F21 CARACTERÍSTICAS ddoo ppaarr AAÇÇÃÃOO -- RREEAAÇÇÃÃOO - MMeessmmoo mmóódduulloo - MMeessmmaa ddiirreeççããoo - SSeennttiiddooss ooppoossttooss - AAttuuaamm eemm ccoorrppooss ddiiffeerreenntteess ((nnuunnccaa ssee aannuullaamm)) - GGeerraamm eeffeeiittooss ddiiffeerreenntteess
  • 25. Força Gravitacional Força Gravitacional ((FFg) ou Peso (P) g) ou Peso (P) Força gravitacional ou peso é a força de atração que a massa da Terra exerce em corpos colocados próximos a sua superfície. Quando um corpo colocado próximo da Terra é abandonado, se a única força que nele atuar for o Peso ( P ), ele cairá sob ação da aceleração da gravidade ( g ). FRes = m.a P = m.g www.fisicaatual.com.br
  • 27. MEDIDA DE FORÇAS www.fisicaatual.com.br Lei de Hooke: A força que atua numa mola é diretamente proporcional a sua deformação: F = K.x onde: K = constante elástica da mola x = deformação da mola posição equilíbrio FX = 0 posição de equilíbrio FX = kx x posição de equilíbrio FX = kx x
  • 28. Um dinamômetro é uma mola calibrada que mede o valor de uma força. A intensidade da força aplicada e a deformação são diretamente proporcionais, isto é: se uma força de intensidade 1 newton produzir uma deformação de 0,5 cm, uma força de intensidade 2 newtons produzirá uma deformação de 1 cm, e assim por diante. www.fisicaatual.com.br
  • 29. Balança de mola: medida da força peso: Balança de braços iguais: comparação com massas-padrão Mesmo resultado na Terra ou na Lua. Resultados diferentes na Terra e na Lua massa a ser medida Massas padrões Unidade SI de massa: kg (quilograma) 1 kg é a massa de 1 ℓ de água à temperatura de 40C e à pressão atmosférica. Em termos do padrão para a massa, encontramos a unidade de força: a força que produz uma aceleração de 1 m/s2 em um corpo de 1 kg é igual a 1 N (newton), que é a unidade SI de força.
  • 30. FFoorrççaa NNoorrmmaal l ((FFN) N) Quando um corpo exerce uma força sobre uma superfície, a superfície se deforma e empurra o corpo com uma força normal ( N ) que é perpendicular à superfície. -N N P -P A Terra exerce no bloco uma força para baixo: Peso ( P ) O bloco reage na Terra: reação ao Peso ( -P ) O bloco comprime a mesa: Normal ( N ) A mesa reage no bloco: reação à Normal ( -N ) Forças que atuam no bloco: N e P. Como não são um para ação-reação podem se anular. Se o bloco está em repouso, a resultante de forças no bloco tem que ser nula. Logo, a reação da normal anula o peso. Para isso: N = P www.fisicaatual.com.br
  • 31. www.fisicaatual.com.br Quando uma corda (ou um fio, um cabo, ...) é presa a um corpo e esticada aplica ao corpo uma força de tração orientada ao longo da corda. Essa força é chamada força de tração porque a corda está sendo tracionada.
  • 32. A Terra exerce no corpo uma força para baixo: Peso ( P ) O corpo reage na Terra: reação ao Peso ( -P ) O corpo exerce na corda uma tração: Tração ( -T ) A corda reage no corpo: reação à Tração ( T ) Forças que atuam no corpo: T e P. Como não são um para ação-reação podem se anular. Se o corpo está em repouso, a resultante de forças no corpo tem que ser nula. Logo, a reação da tração anula o peso. Para isso: T = P www.fisicaatual.com.br
  • 33. www.FORÇA DE ATRITO fisicaatual.com.br  A força de atrito se origina de forças interatômicas, ou seja, da força de interação entre os átomos. Quando as superfícies estão em contato, criam-se pontos de aderência ou colagem (ou ainda solda) entre as superfícies. É o resultado da força atrativa entre os átomos próximos uns dos outros.  Para existir a força de atrito deve haver movimentos relativo entre os corpos em contato (atrito cinético), ou pelo menos a menos a tendência de um se mover em relação ao outro (atrito estático) graças à ação de outras força(s), externa(s) a ele(s) aplicadas.  Se as superfícies forem muito rugosas, a força de atrito é grande porque a rugosidade pode favorecer o aparecimento de vários pontos de aderência, como mostra a figura abaixo.
  • 34. O corpo da figura abaixo está sendo empurrado por uma força F. Ele sofre a ação de uma força de atrito Fa . Atuam no corpo a força normal ( N ) e o peso ( P ). Mesmo aumentado a força aplicada, o corpo continua em repouso. Atua atrito estático: V = 0 V = 0 V = 0 F F F Quando o corpo entra em movimento, podemos diminuir a força aplicada que ele se mantém em movimento. Atua atrito cinético: V ǂ 0 F www.fisicaatual.com.br
  • 35. fe1 c c c fe2 fc www.fisicaatual.com.br  Se o corpo não se move, então a força de atrito estático fe e a componente F que é paralela à superfície se equilibram. Elas são iguais em módulos, e fe possui sentido oposto ao dessa componente de F. A força de atrito estático aumenta à medida que a força aplicada aumenta e atinge um valor máximo dado por: f .N e(máxima) e = m onde μe é o coeficiente de atrito estático.  Se o corpo começa a deslizar ao longo da superfície, o módulo da força de atrito diminui rapidamente para um valor fc ( força de atrito cinético) dado por: onde μC é o coeficiente de atrito cinético. f .N C C = m F 2 > F1 f e2 > fe1
  • 36. repouso Força de atrito estática movimento Força de atrito cinética Força de atrito estática máxima Comparação entre a força aplicada e a velocidade do V(m/s) corpo. F(N) tempo (s) tempo (s) www.fisicaatual.com.br
  • 37.  A força de atrito estático varia de zero até um valor máximo dado por: f .N (e)máxima e =m  A força de atrito cinético que atua durante o movimento é constante e dada por: f .N c e =m  A força de atrito estático máxima é sempre maior que a força de atrito cinético. Isso se deve aos coeficientes de atrito: e c m > m www.fisicaatual.com.br
  • 38. Um corpo executa um MCU quando descreve uma trajetória circular mantendo um valor de velocidade constante. O corpo sofrerá a ação apenas da aceleração centrípeta. De acordo com a 2ª Lei de Newton, se um corpo sofre aceleração, ele sofrerá a ação de uma resultante de força no mesmo sentido da aceleração. Essa resultante de forças é chamada de força centrípeta. F m.a R = Fcentípeta = m.acentrípeta a V 2 R centrípeta = F m.V 2 R centrípteta = ac Fc www.fisicaatual.com.br MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
  • 39. Um corpo gira sobre uma mesa lisa preso a uma corda: v Vista lateral N P T www.fisicaatual.com.br  A força peso é anulada pela reação da normal.  A tensão exercida pela corda é a resultante de força que atua no corpo. T = Fc Vista de topo Se a tensão exercida pela corda é a resultante de forças que atua na direção do centro, ela faz o papel de força centrípeta: F m.V 2 R centrípteta = T m.V 2 R = Aumentando a velocidade do corpo, a tensão na corda aumenta .
  • 40. Pêndulo Simples T P T’ P Pêndulo em repouso: FR = 0 P = T www.fisicaatual.com.br No ponto mais baixo existe uma resultante atuando na direção do centro. T' > P F T P m.V R 2 centrípteta = - = Com o pêndulo oscilando, a tensão na corda é maior do que com o pêndulo em repouso.
  • 41. Movimento Circular Vertical No ponto mais baixo R N P v N > T Força resultante: N + P N P F R = FC R v Fc F N P m.V R 2 centrípteta = - = PODEMOS SUBSTITUIR POR www.fisicaatual.com.br
  • 42. SSuubbiinnddoo www.fisicaatual.com.br v N P A normal é a resultante de forças na direção do centro: F N m.V R 2 centrípteta = = NNoo ppoonnttoo mmaaiiss aallttoo R v P Força resultante: N + P N P F R = FC R v F R = FN C F N P m.V R 2 centrípteta = + = Podemos substituir por
  • 43. A velocidade mínima para passar pelo ponto mais alto dará quando a reação da normal for nula: N = 0 R v P = FC 2m F P m.V R in C = = = in V g.R min = 2m m.g m.V R www.fisicaatual.com.br
  • 44. www.fisicaatual.com.br Curvas Planas  o peso é anulado pela reação da normal.  a resultante de forças é a força de atrito estático.  a força de atrito estático faz o papel de força centrípeta.  se a velocidade aumenta, a força de atrito estático aumenta.  a maior velocidade para fazer a curva sem derrapar é uma velocidade para qual a força centrípeta é a força de atrito estático máximo. 2m F (F ) m.V 2 máxima = = áxima centrípteta atrito máxima R R .m.g m.V e m = V .g.R máxima e = m Se as rodas travarem e deslizarem, passa a atuar força de atrito cinético, que é menor que a estático máxima. Assim, o carro tem probabilidade de derrapar.
  • 45. www.fisicaatual.com.br Curvas Inclinadas N N.cos θ c N.sen θ Uma parte da normal ( N cosθ) anula o peso (m.g): N.cos θ = m.g A outra parte da normal ( N ) aponta para o centro da trajetória, e se soma à força de atrito para aumentar a força centrípeta. A velocidade máxima para descrever uma curva inclinada é maior do que para descrever uma curva plana de mesmo raio.
  • 46. Na Terra a sensação de peso ocorre devido a força de reação normal ( N ) que recebemos da superfície de apoio. Na situação de equilíbrio: N = P = mg. Suponha uma nave espacial, em forma de cilindro oco de raio R, mostrada abaixo, girando com velocidade angular constante em torno de um eixo E. No interior de naves espaciais podemos evitar a flutuação dos cosmonautas através da rotação da nave. Esta rotação obriga os astronautas a exercer uma força normal no piso da nave. Um astronauta nessa nave girante, recebe como reação do piso da nave uma força normal que funciona como sua resultante centrípeta, dando a sensação de peso. Gravidade Simulada em Naves www.fisicaatual.com.br

Notas do Editor

  1. Figure 5-14. Caption: A force is required to keep an object moving in a circle. If the speed is constant, the force is directed toward the circle’s center.