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Dois níveis de ACÇÃO:
- a crónica de costumes – associa-se ao
subtítulo “Episódios da Vida Romântica” – que engloba a
representação de cenários e ambientes onde personagens
(principais e figurantes) agem e interagem;
- a intriga - constituída fundamentalmente pelos
amores de Carlos e Mª Eduarda – intriga principal. (intriga
secundária: protagonizada por Pedro da Maia e Maria
Monforte)
- Feição TRÁGICA da acção d’ Os Maias advém dos
seguintes aspectos:
- do fatalismo e da temática do incesto;
- da importância atribuída ao destino (enquanto
força de destruição);
- dos presságios e símbolos de natureza trágica.
Capítulo I – Resumo por tópicos:
• Apresentação do Ramalhete (casa de residência, em Lisboa, de
Afonso da Maia e seu neto, Carlos da Maia).
• Apresentação da família Maia com destaque para a
caracterização física e psicológica de Afonso da Maia.
• Exílio de Afonso da Maia por ser partidário das ideais liberais.
• Casamento de Afonso da Maia com D. Maria Eduarda Runa,
uma mulher conservadora e com ideais opostos aos do marido.
• Nascimento de Pedro da Maia.
• Educação de Pedro da Maia (modelo educacional imposto pela
mãe e contrário aos valores de Afonso da Maia).
• Morte de Maria Eduarda Runa.
• Casamento de Pedro da Maia com Maria Monforte (uma mulher
muito elegante e muito bela, com toilettes deslumbrantes).
Capítulo II – Resumo por tópicos:
• Partida de Pedro e Maria para Itália, onde tencionam passar o
Inverno;
• Maria, enfastiada de Roma, suspira por Paris e deseja “gozarem ali
um lindo Inverno de amor”;
• Gravidez de Maria e regresso a Lisboa;
• Pedro da Maia, antes de partir, escreve uma carta comovida ao pai,
informando-o do seu regresso e dando-lhe a notícia de que iria ter
um neto;
• Chegada a Lisboa. Ida de Pedro a Benfica (onde era suposto
encontrar o pai – que entretanto partira para Santa Olávia);
• Pedro e Maria fixam-se em Arroios;
• Nascimento da filha; Pedro, magoado, não informa o pai;
• Nascimento do filho, Carlos; tentativa de reconciliação com o pai;
• Trancredo e Alencar começam a frequentar os serões da casa de
Arroios;
• Fuga da Monforte com Tancredo, levando com ela a filha;
• Ida de Pedro a casa do pai, em Benfica, levando o filho consigo;
• Suicídio de Pedro da Maia;
• Partida de Afonso com o neto para Santa Olávia. Todos os criados
o acompanham.
ESPAÇO (exterior e interior)
O Ramalhete é o nome da casa onde se inicia e se desenrola grande
parte da acção da obra.
…………
“casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875“
(pág. 5)
“Este inútil pardieiro (como lhe chamava o Vilaça Júnior, agora por
morte de seu pai administrador dos Maias) só veio a servir, nos fins
de 1870, para lá se arrecadarem as mobílias e as louças…” (pág. 6)
"Apesar deste fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete,
sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas
janelas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de
janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tristonho de
residência eclesiástica que competia a uma edificação dos tempos da
Sra. D. Maria I; com uma sineta e com uma cruz no topo, assemelhar-
se-ia a um colégio de jesuítas” (pág. 5)
"o Ramalhete possuia apenas, ao fundo de um terraço de tijolo,
um pobre quintal inculto, abandonado às ervas bravas, com um
cipestre, um cedro, uma cascatazinha seca, um tanque entulhado,
e uma estátua de mármore...enegrecendo a um canto na lenta
humanidade das ramagens silvestres." (pág. 6)
“O procurador compôs logo um relatório a enumerar os
inconvenientes do casarão: o maior era necessitar tantas obras e
tantas despesas; depois a falta de um jardim, devia ser muito
sensível a quem saía dos arvoredos de Santa Olávia; e por fim
aludia mesmo a uma lenda, segundo a qual eram sempre fatais
aos Maias as paredes do Ramalhete…” (pág. 7) (indício de fatalidade)
“Ao fim de ano… do antigo Ramalhete só restava a fachada
tristonha… O que surpreendia logo era o pátio, outrora tão
lôbrego, nu lajeado de pedregulhos – agora resplandecente, com
um pavimento quadrilhado e mármores brancos e vermelhos…”
(pág. 8 e 9)
O Ramalhete situava-se na Rua de São Francisco de Paula
(actualmente: Rua Presidente Manuel de Arriaga), Janelas Verdes, Lisboa. O
seu nome deriva do painel de azulejos com um ramo de girassóis
pintados que se encontrava no lugar heráldio, ao invés do brasão
de família. Estes girassóis simbolizam a ligação da família à terra,
à agricultura bem como a efemeridade da vida.
Imagem: google
maps.com – R.
Presidente Manuel de
Arriaga (antiga R. S.
Francisco de Paula
Em Os Maias, o Ramalhete é visto em três perspectivas diferentes:
1ª - Posto ao abandono (cap. I, pág. 6);
2ª - Habitada por Carlos da Maia e o avô, depois de
decorada por um inglês;
3ª - Dez anos depois do desfecho da intriga principal,
posta novamente ao abandono, depois de ser habitada
dois anos.
Quatro elementos:
• o cipreste e o cedro [simbolizam a morte, por
associação destas árvores aos cemitérios];
• a cascatazinha (seca) [este adjectivo simboliza a ausência
de vida. O uso do diminutivo inclui na obra queiroziana,
geralmente, uma caracterização depreciativa e irónica.
No entanto, aqui o objectivo de Eça é dar a impressão
de que é algo simples, singelo];
Imagem 2:
http://images.google.com/im
gres?imgurl=http://www.diaa
dia.pr.gov.br/tvpendrive/arqu
ivos/File/imagens/4geografia
/7cedro_libano_2.
Imagem 1:
http://www.fotosearch.c
om.br/CSP005/k005029
5/
• a estátua da Vénus (enegrecendo a um canto na lenta
humindade) [Enegrecendo - O uso do gerúndio confere uma
ideia de continuidade que já vem do passado.
Canto - Esta expressão reforça a ideia de abandono do local.
Geralmente um canto é um local solitário e esquecido, ao passo
que a estátua de Vénus acompanha o estado de abandono do
edifício.
Lenta humidade - Esta expressão é uma marca do estilo pessoal
do autor. O objectivo, ao trocar muito por lento, é realçar o passar
dos anos, e não a quantidade de humidade].
Imagem: in http://www.lithis.net/36
Personagens
Afonso da Maia
era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes: e com
a sua face larga e nariz aquilino, a pele corada, qause vermelha, o cabelo
branco todo cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e longa – lembrava
como dizia Carlos, um varão esforçado das idades heróicas, um D. Duarte de
Meneses ou um Afonso Albuquerque. E isto fazia sorrir o velho… [era] apenas
uma antepassado bonacheirão que amava os seus livros, o conchego da sua
poltrona, o seu whist ao canto do fogão… Parte do seu rendimento ia-se-lhe
por entre os dedos, esparsamente, numa caridade enternecida. Cada vez
amava mais o que é pobre e o que é fraco.” (pág. 12)
Enquanto jovem adere aos ideais do Liberalismo e é obrigado, por
seu pai (Caetano da Maia) (13), a sair de casa; instalando-se em Inglaterra
(14) mas, falecido o pai, regressa a Lisboa para casar com Maria Eduarda
Runa (15). Mais tarde, dedica a sua vida ao neto Carlos e já velho passa o
tempo em conversas com os amigos, lendo com o seu gato – Reverendo
Bonifácio – aos pés, opinando sobre a necessidade de renovação do país.
Maria Eduarda Runa
é a mulher de Afonso da Maia (que grande parte do romance
já é viúvo). É uma personagem bastante doente, fraca e religiosa. “uma
linda morena, mimosa e um pouco adoentada” (15), “Pensativa e triste,
tossia sempre pelas salas… Verdadeira lisboeta, pequenina e trigueira,
… tinha vivido desde que chegara num ódio surdo àquela terra de
hereges e ao seu idioma bárbaro… indo refugiar-se no sótão com as
criadas portuguesas, para rezar o terço...” (17)
Insiste em dar uma educação típica portuguesa ao seu filho,
Pedro da Maia, e Afonso da Maia, seu marido, não concorda mas
acaba por ceder. “Odiando tudo o que era inglês, não consentira que
seu filho, o Pedrinho, fosse estudar ao colégio de Richmond.” (17) Um
tio desta personagem, um dia, julgando-se Judas, enforcou-se numa
figueira. Afonso preocupa-se ao descobrir uma parecença entre seu
filho, Pedro, e um retrato deste tio (22).
Maria “morreu, numa agonia terrível de devota, debatendo-se
dias nos pavores do Inferno” (21)
Pedro da Maia
…ficara pequenino e nervoso como Maria Eduarda, tendo pouco da
raça e da força dos Maias; a sua linda face oval de um trigueiro cálido,
dois olhos maravilhosos e irresistíveis… Desenvolvera-se lentamente,
sem curiosidades, indiferente a brinquedos, a animais, a flores, a
livros. Nenhum desejo forte parecera jamais vibrar naquela alma meio
adormecida e passiva… Tomara birra ao padre Vasques, mas não
ousava desobedecer-lhe. Era em tudo fraco; e esse abatimento
contínuo de todo o seu ser resolvia-se a espaços em crises de
melancolia negra, que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo,
com as olheiras fundas e já velho. (20)
Pedro é vítima de uma educação retrógrada. O seu único sentimento
vivo e intenso fora a paixão pela mãe, até se apaixonar por Maria
Monforte (22), paixão que lhe dá até força para contrariar o pai (30).
Apresenta uma enorme cobardia moral (como demonstra a reacção do
suicídio face à fuga da sua mulher) (cap. II, 52).
É o protótipo do herói romântico.
Educação Portuguesa Retrógada: breve crítica social
A alma do seu Pedrinho não abandonaria ela (Maria Runa) à heresia;
- e para o educar mandou vir de Lisboa o padre Vasques, capelão do
conde Runa.
O Vasques ensinava-lhe as declinações latinas, sobretudo a
cartilha…
- Quantos são os inimigos da alma?
E o pequeno, mais dormente, lá ia murmurando:
- Três. Mundo, Diabo e Carne…
Pobre Pedrinho! Inimigo da sua alma só havia ali o reverendo
Vasques, obeso e sórdido, arrotando do fundo da sua poltrona, com
o lenço do rapé sobre o joelho…
Quando Afonso o queria levar, correr com ele sob as árvores
do Tamisa… a mamã acudia de dentro, em terror, a abafá-lo numa
grande manta: depois lá fora, o menino, acostumado ao colo das
criadas e aos recantos estofados, tinha medo do vento e das
árvores… todo acobardado das sombras do bosque vivo, o pai
vergando os ombros, pensativo, triste daquela fraqueza do filho…
(18)
A personagem Pedro da Maia é…
-Fruto das características hereditárias da família Runa
e
-Do meio socio-cultural em que é educado,
portanto…
verifica-se na concepção desta personagem algumas
características do Realismo – neste caso, o apreço pelo
Determinismo (o meio e as características hereditárias
provocam determinados comportamentos).
Maria Monforte
Sob as rosinhas que ornavam o seu chapéu preto, os cabelos
loiros, de um oiro fulvo, ondeavam de leve sobre a testa curta e
clássica: os olhos maravilhosos iluminavam-na toda; a friagem fazia-
lhe mais pálida a carnação de mármore: e com o seu perfil grave de
estátua, o modelado nobre dos ombros e dos braços que o xale cingia –
pareceu a Pedro nesse instante alguma coisa de imortal e superior à
Terra. (22)
Ela oferecia verdadeiramente a encarnação de um ideal da
Renascença, um modelo Ticiano… (24)
Nunca Maria Monforte aparecera mais bela: tinha uma dessas
toilettes excessivas e teatrais que ofendiam Lisboa, e faziam dizer às
senhoras que ela se vestia “como uma cómica”. (26)
Maria, abrigada sob uma sombrinha escarlate, trazia um
vestido cor-de-rosa cuja roda, toda em folhos, quase cobria os joelhos
de Pedro, sentado a seu lado… E a sua face, grave e pura, como um
mármore grego aparecia realmente adorável, iluminada pelos olhos de
um azul sombrio, entre aqueles tons rosados. (29)
É o protótipo da mulher anjo/demónio tipicamente romântica.
INTRIGA SECUNDÁRIA:
• Amores de Pedro e Maria Monforte (I, 22);
• Casamento de Pedro e Maria Monforte (contrariando a posição de
Afonso) (I, 30);
• Viagem por Itália e França, vivendo uma felicidade de novela (II, 32);
• Nascimento de Maria Eduarda (34);
•Afonso recusa reconciliação com o filho;
• Existência festiva e luxuosa em Arroios (Maria detesta Afonso,
apelidando-o de D. Fuas ou Barbatanas) (II, 35);
•Nascimento de Carlos Eduardo [nome inspirado numa novela de que
era herói o último Stuart, o romanesco príncipe Carlos Eduardo; e
namorada dela, das suas aventuras e desgraças, queria dar esse nome
a seu filho… Carlos Eduardo da Maia! Um tal nome parecia-lhe conter
todo um destino de amores e façanhas. (38)
• Fuga de Maria Monforte com Tancredo, levando Maria e deixando
Carlos com Pedro (46) “É uma fatalidade, parto para sempre com
Tancredo, esquece-me que não sou digna de ti, e levo Maria, que me não
posso separar dela” ;
• Suicídio de Pedro em casa do pai em Benfica (52) Uma brasa morria no
fogão. A noite parecia mais áspera. Eram de repente vergastadas de água
contra a vidraça… depois havia uma calma tenebrosa… nesse silêncio as
goteiras punham um pranto lento…
- Está uma noite de Inglaterra – disse Afonso…
Mas a esta palavra Pedro erguera-se, impetuosamente. Decerto o ferira a
ideia de Maria, longe, num quarto alheio agasalhando-se no leito do
adultério entre os braços do outro…
- Estou realmente cansado, meu pai, vou-me deitar. Boa noite…
amanhã conversaremos mais.
Beijou-lhe a mão e saiu devagar… Afonso demorou-se ainda
ali… Deram dez horas. Antes de se recolher foi ao quarto onde se fizera
a cama da ama… No vasto leito o pequeno (Carlos) dormia como um
Menino Jesus cansado com o seu guizo apertado na mão… A madrugada
clareava, Afonso ia adormecendo – quando de repente um tiro atroou a
casa… Pedro… caído de bruços, numa poça de sangue que ensopava o
tapete, Afonso encontrou seu filho morto.
Tratamento do Tempo:
-Introdução: 1875 (cerca de 5 páginas) – descrição do Ramalhete.
-ANALEPSE: de 1820 a 1875 (cerca de 85 páginas – inicia-se
na pág. 13 (cap. I) e prolonga-se até à pág. 95 (cap. IV).
• nesta grande analepse inclui-se a intriga secundária: os
amores de Pedro e Mª Monforte a um ritmo de novela – narração
rápida, típica da escola literária Romântica.
(Juventude de Afonso da Maia / Exílio de Afonso / Casamento
de Afonso com Mª Eduarda Runa / Infância de Pedro /
Juventude, amores e casamento de Pedro / Suicídio de Pedro /
Infância e educação de Carlos em Santa Olávia / Carlos cursa
Medicina em Coimbra / Primeira viagem de Carlos pela Europa)
Narrador: Cap. I e II
Focalização OMNISCIENTE
Atenção: esta focalização altera-se nos
capítulos subsequentes
focalização interna
(isto é, a narração é feita sob o ponto de vista de
determinadas personagens – primordialmente…
Carlos e Ega – mas há excepções a identificar…)
Linguagem e estilo – Cap I e II:
- Discurso indirecto livre;
- Adjectivação expressiva (dupla e tripla adjectivação);
- Acumulação de sensações;
- Diminutivo;
- Gerúndio;
- Advérbio de modo;
- Estrangeirismo;
- Hipálage;
- Ironia;
- Comparação;
-Metáfora.
(NOTA: nos excertos anteriormente apresentados foram destadas a cor os respectivos recuros estilísticos aqui mencionados.)
Bibliografia:
- QUEIRÓS, Eça de, Os Maias, Edição Livros do Brasil, Lisboa;
- REIS, Fernando Egídio et al, Análise da obra – Os Maias de Eça de
Queirós –, Texto Editores, 28, 1998;
- http://www.lithis.net/36
- http://portuguesonline2.no.sapo.pt/webqeca.htm
- google.maps;
- material compilado e fornecido na aula.

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  • 1.
  • 2. Dois níveis de ACÇÃO: - a crónica de costumes – associa-se ao subtítulo “Episódios da Vida Romântica” – que engloba a representação de cenários e ambientes onde personagens (principais e figurantes) agem e interagem; - a intriga - constituída fundamentalmente pelos amores de Carlos e Mª Eduarda – intriga principal. (intriga secundária: protagonizada por Pedro da Maia e Maria Monforte) - Feição TRÁGICA da acção d’ Os Maias advém dos seguintes aspectos: - do fatalismo e da temática do incesto; - da importância atribuída ao destino (enquanto força de destruição); - dos presságios e símbolos de natureza trágica.
  • 3. Capítulo I – Resumo por tópicos: • Apresentação do Ramalhete (casa de residência, em Lisboa, de Afonso da Maia e seu neto, Carlos da Maia). • Apresentação da família Maia com destaque para a caracterização física e psicológica de Afonso da Maia. • Exílio de Afonso da Maia por ser partidário das ideais liberais. • Casamento de Afonso da Maia com D. Maria Eduarda Runa, uma mulher conservadora e com ideais opostos aos do marido. • Nascimento de Pedro da Maia. • Educação de Pedro da Maia (modelo educacional imposto pela mãe e contrário aos valores de Afonso da Maia). • Morte de Maria Eduarda Runa. • Casamento de Pedro da Maia com Maria Monforte (uma mulher muito elegante e muito bela, com toilettes deslumbrantes).
  • 4. Capítulo II – Resumo por tópicos: • Partida de Pedro e Maria para Itália, onde tencionam passar o Inverno; • Maria, enfastiada de Roma, suspira por Paris e deseja “gozarem ali um lindo Inverno de amor”; • Gravidez de Maria e regresso a Lisboa; • Pedro da Maia, antes de partir, escreve uma carta comovida ao pai, informando-o do seu regresso e dando-lhe a notícia de que iria ter um neto; • Chegada a Lisboa. Ida de Pedro a Benfica (onde era suposto encontrar o pai – que entretanto partira para Santa Olávia); • Pedro e Maria fixam-se em Arroios; • Nascimento da filha; Pedro, magoado, não informa o pai; • Nascimento do filho, Carlos; tentativa de reconciliação com o pai; • Trancredo e Alencar começam a frequentar os serões da casa de Arroios; • Fuga da Monforte com Tancredo, levando com ela a filha; • Ida de Pedro a casa do pai, em Benfica, levando o filho consigo; • Suicídio de Pedro da Maia; • Partida de Afonso com o neto para Santa Olávia. Todos os criados o acompanham.
  • 5. ESPAÇO (exterior e interior) O Ramalhete é o nome da casa onde se inicia e se desenrola grande parte da acção da obra. ………… “casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875“ (pág. 5) “Este inútil pardieiro (como lhe chamava o Vilaça Júnior, agora por morte de seu pai administrador dos Maias) só veio a servir, nos fins de 1870, para lá se arrecadarem as mobílias e as louças…” (pág. 6) "Apesar deste fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas janelas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tristonho de residência eclesiástica que competia a uma edificação dos tempos da Sra. D. Maria I; com uma sineta e com uma cruz no topo, assemelhar- se-ia a um colégio de jesuítas” (pág. 5)
  • 6. "o Ramalhete possuia apenas, ao fundo de um terraço de tijolo, um pobre quintal inculto, abandonado às ervas bravas, com um cipestre, um cedro, uma cascatazinha seca, um tanque entulhado, e uma estátua de mármore...enegrecendo a um canto na lenta humanidade das ramagens silvestres." (pág. 6) “O procurador compôs logo um relatório a enumerar os inconvenientes do casarão: o maior era necessitar tantas obras e tantas despesas; depois a falta de um jardim, devia ser muito sensível a quem saía dos arvoredos de Santa Olávia; e por fim aludia mesmo a uma lenda, segundo a qual eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete…” (pág. 7) (indício de fatalidade) “Ao fim de ano… do antigo Ramalhete só restava a fachada tristonha… O que surpreendia logo era o pátio, outrora tão lôbrego, nu lajeado de pedregulhos – agora resplandecente, com um pavimento quadrilhado e mármores brancos e vermelhos…” (pág. 8 e 9)
  • 7. O Ramalhete situava-se na Rua de São Francisco de Paula (actualmente: Rua Presidente Manuel de Arriaga), Janelas Verdes, Lisboa. O seu nome deriva do painel de azulejos com um ramo de girassóis pintados que se encontrava no lugar heráldio, ao invés do brasão de família. Estes girassóis simbolizam a ligação da família à terra, à agricultura bem como a efemeridade da vida. Imagem: google maps.com – R. Presidente Manuel de Arriaga (antiga R. S. Francisco de Paula
  • 8. Em Os Maias, o Ramalhete é visto em três perspectivas diferentes: 1ª - Posto ao abandono (cap. I, pág. 6); 2ª - Habitada por Carlos da Maia e o avô, depois de decorada por um inglês; 3ª - Dez anos depois do desfecho da intriga principal, posta novamente ao abandono, depois de ser habitada dois anos. Quatro elementos: • o cipreste e o cedro [simbolizam a morte, por associação destas árvores aos cemitérios]; • a cascatazinha (seca) [este adjectivo simboliza a ausência de vida. O uso do diminutivo inclui na obra queiroziana, geralmente, uma caracterização depreciativa e irónica. No entanto, aqui o objectivo de Eça é dar a impressão de que é algo simples, singelo]; Imagem 2: http://images.google.com/im gres?imgurl=http://www.diaa dia.pr.gov.br/tvpendrive/arqu ivos/File/imagens/4geografia /7cedro_libano_2. Imagem 1: http://www.fotosearch.c om.br/CSP005/k005029 5/
  • 9. • a estátua da Vénus (enegrecendo a um canto na lenta humindade) [Enegrecendo - O uso do gerúndio confere uma ideia de continuidade que já vem do passado. Canto - Esta expressão reforça a ideia de abandono do local. Geralmente um canto é um local solitário e esquecido, ao passo que a estátua de Vénus acompanha o estado de abandono do edifício. Lenta humidade - Esta expressão é uma marca do estilo pessoal do autor. O objectivo, ao trocar muito por lento, é realçar o passar dos anos, e não a quantidade de humidade]. Imagem: in http://www.lithis.net/36
  • 10. Personagens Afonso da Maia era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes: e com a sua face larga e nariz aquilino, a pele corada, qause vermelha, o cabelo branco todo cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e longa – lembrava como dizia Carlos, um varão esforçado das idades heróicas, um D. Duarte de Meneses ou um Afonso Albuquerque. E isto fazia sorrir o velho… [era] apenas uma antepassado bonacheirão que amava os seus livros, o conchego da sua poltrona, o seu whist ao canto do fogão… Parte do seu rendimento ia-se-lhe por entre os dedos, esparsamente, numa caridade enternecida. Cada vez amava mais o que é pobre e o que é fraco.” (pág. 12) Enquanto jovem adere aos ideais do Liberalismo e é obrigado, por seu pai (Caetano da Maia) (13), a sair de casa; instalando-se em Inglaterra (14) mas, falecido o pai, regressa a Lisboa para casar com Maria Eduarda Runa (15). Mais tarde, dedica a sua vida ao neto Carlos e já velho passa o tempo em conversas com os amigos, lendo com o seu gato – Reverendo Bonifácio – aos pés, opinando sobre a necessidade de renovação do país.
  • 11. Maria Eduarda Runa é a mulher de Afonso da Maia (que grande parte do romance já é viúvo). É uma personagem bastante doente, fraca e religiosa. “uma linda morena, mimosa e um pouco adoentada” (15), “Pensativa e triste, tossia sempre pelas salas… Verdadeira lisboeta, pequenina e trigueira, … tinha vivido desde que chegara num ódio surdo àquela terra de hereges e ao seu idioma bárbaro… indo refugiar-se no sótão com as criadas portuguesas, para rezar o terço...” (17) Insiste em dar uma educação típica portuguesa ao seu filho, Pedro da Maia, e Afonso da Maia, seu marido, não concorda mas acaba por ceder. “Odiando tudo o que era inglês, não consentira que seu filho, o Pedrinho, fosse estudar ao colégio de Richmond.” (17) Um tio desta personagem, um dia, julgando-se Judas, enforcou-se numa figueira. Afonso preocupa-se ao descobrir uma parecença entre seu filho, Pedro, e um retrato deste tio (22). Maria “morreu, numa agonia terrível de devota, debatendo-se dias nos pavores do Inferno” (21)
  • 12. Pedro da Maia …ficara pequenino e nervoso como Maria Eduarda, tendo pouco da raça e da força dos Maias; a sua linda face oval de um trigueiro cálido, dois olhos maravilhosos e irresistíveis… Desenvolvera-se lentamente, sem curiosidades, indiferente a brinquedos, a animais, a flores, a livros. Nenhum desejo forte parecera jamais vibrar naquela alma meio adormecida e passiva… Tomara birra ao padre Vasques, mas não ousava desobedecer-lhe. Era em tudo fraco; e esse abatimento contínuo de todo o seu ser resolvia-se a espaços em crises de melancolia negra, que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho. (20) Pedro é vítima de uma educação retrógrada. O seu único sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe, até se apaixonar por Maria Monforte (22), paixão que lhe dá até força para contrariar o pai (30). Apresenta uma enorme cobardia moral (como demonstra a reacção do suicídio face à fuga da sua mulher) (cap. II, 52). É o protótipo do herói romântico.
  • 13. Educação Portuguesa Retrógada: breve crítica social A alma do seu Pedrinho não abandonaria ela (Maria Runa) à heresia; - e para o educar mandou vir de Lisboa o padre Vasques, capelão do conde Runa. O Vasques ensinava-lhe as declinações latinas, sobretudo a cartilha… - Quantos são os inimigos da alma? E o pequeno, mais dormente, lá ia murmurando: - Três. Mundo, Diabo e Carne… Pobre Pedrinho! Inimigo da sua alma só havia ali o reverendo Vasques, obeso e sórdido, arrotando do fundo da sua poltrona, com o lenço do rapé sobre o joelho… Quando Afonso o queria levar, correr com ele sob as árvores do Tamisa… a mamã acudia de dentro, em terror, a abafá-lo numa grande manta: depois lá fora, o menino, acostumado ao colo das criadas e aos recantos estofados, tinha medo do vento e das árvores… todo acobardado das sombras do bosque vivo, o pai vergando os ombros, pensativo, triste daquela fraqueza do filho… (18)
  • 14. A personagem Pedro da Maia é… -Fruto das características hereditárias da família Runa e -Do meio socio-cultural em que é educado, portanto… verifica-se na concepção desta personagem algumas características do Realismo – neste caso, o apreço pelo Determinismo (o meio e as características hereditárias provocam determinados comportamentos).
  • 15. Maria Monforte Sob as rosinhas que ornavam o seu chapéu preto, os cabelos loiros, de um oiro fulvo, ondeavam de leve sobre a testa curta e clássica: os olhos maravilhosos iluminavam-na toda; a friagem fazia- lhe mais pálida a carnação de mármore: e com o seu perfil grave de estátua, o modelado nobre dos ombros e dos braços que o xale cingia – pareceu a Pedro nesse instante alguma coisa de imortal e superior à Terra. (22) Ela oferecia verdadeiramente a encarnação de um ideal da Renascença, um modelo Ticiano… (24) Nunca Maria Monforte aparecera mais bela: tinha uma dessas toilettes excessivas e teatrais que ofendiam Lisboa, e faziam dizer às senhoras que ela se vestia “como uma cómica”. (26) Maria, abrigada sob uma sombrinha escarlate, trazia um vestido cor-de-rosa cuja roda, toda em folhos, quase cobria os joelhos de Pedro, sentado a seu lado… E a sua face, grave e pura, como um mármore grego aparecia realmente adorável, iluminada pelos olhos de um azul sombrio, entre aqueles tons rosados. (29) É o protótipo da mulher anjo/demónio tipicamente romântica.
  • 16. INTRIGA SECUNDÁRIA: • Amores de Pedro e Maria Monforte (I, 22); • Casamento de Pedro e Maria Monforte (contrariando a posição de Afonso) (I, 30); • Viagem por Itália e França, vivendo uma felicidade de novela (II, 32); • Nascimento de Maria Eduarda (34); •Afonso recusa reconciliação com o filho; • Existência festiva e luxuosa em Arroios (Maria detesta Afonso, apelidando-o de D. Fuas ou Barbatanas) (II, 35); •Nascimento de Carlos Eduardo [nome inspirado numa novela de que era herói o último Stuart, o romanesco príncipe Carlos Eduardo; e namorada dela, das suas aventuras e desgraças, queria dar esse nome a seu filho… Carlos Eduardo da Maia! Um tal nome parecia-lhe conter todo um destino de amores e façanhas. (38)
  • 17. • Fuga de Maria Monforte com Tancredo, levando Maria e deixando Carlos com Pedro (46) “É uma fatalidade, parto para sempre com Tancredo, esquece-me que não sou digna de ti, e levo Maria, que me não posso separar dela” ; • Suicídio de Pedro em casa do pai em Benfica (52) Uma brasa morria no fogão. A noite parecia mais áspera. Eram de repente vergastadas de água contra a vidraça… depois havia uma calma tenebrosa… nesse silêncio as goteiras punham um pranto lento… - Está uma noite de Inglaterra – disse Afonso… Mas a esta palavra Pedro erguera-se, impetuosamente. Decerto o ferira a ideia de Maria, longe, num quarto alheio agasalhando-se no leito do adultério entre os braços do outro… - Estou realmente cansado, meu pai, vou-me deitar. Boa noite… amanhã conversaremos mais. Beijou-lhe a mão e saiu devagar… Afonso demorou-se ainda ali… Deram dez horas. Antes de se recolher foi ao quarto onde se fizera a cama da ama… No vasto leito o pequeno (Carlos) dormia como um Menino Jesus cansado com o seu guizo apertado na mão… A madrugada clareava, Afonso ia adormecendo – quando de repente um tiro atroou a casa… Pedro… caído de bruços, numa poça de sangue que ensopava o tapete, Afonso encontrou seu filho morto.
  • 18. Tratamento do Tempo: -Introdução: 1875 (cerca de 5 páginas) – descrição do Ramalhete. -ANALEPSE: de 1820 a 1875 (cerca de 85 páginas – inicia-se na pág. 13 (cap. I) e prolonga-se até à pág. 95 (cap. IV). • nesta grande analepse inclui-se a intriga secundária: os amores de Pedro e Mª Monforte a um ritmo de novela – narração rápida, típica da escola literária Romântica. (Juventude de Afonso da Maia / Exílio de Afonso / Casamento de Afonso com Mª Eduarda Runa / Infância de Pedro / Juventude, amores e casamento de Pedro / Suicídio de Pedro / Infância e educação de Carlos em Santa Olávia / Carlos cursa Medicina em Coimbra / Primeira viagem de Carlos pela Europa)
  • 19. Narrador: Cap. I e II Focalização OMNISCIENTE Atenção: esta focalização altera-se nos capítulos subsequentes focalização interna (isto é, a narração é feita sob o ponto de vista de determinadas personagens – primordialmente… Carlos e Ega – mas há excepções a identificar…)
  • 20. Linguagem e estilo – Cap I e II: - Discurso indirecto livre; - Adjectivação expressiva (dupla e tripla adjectivação); - Acumulação de sensações; - Diminutivo; - Gerúndio; - Advérbio de modo; - Estrangeirismo; - Hipálage; - Ironia; - Comparação; -Metáfora. (NOTA: nos excertos anteriormente apresentados foram destadas a cor os respectivos recuros estilísticos aqui mencionados.)
  • 21. Bibliografia: - QUEIRÓS, Eça de, Os Maias, Edição Livros do Brasil, Lisboa; - REIS, Fernando Egídio et al, Análise da obra – Os Maias de Eça de Queirós –, Texto Editores, 28, 1998; - http://www.lithis.net/36 - http://portuguesonline2.no.sapo.pt/webqeca.htm - google.maps; - material compilado e fornecido na aula.