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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO.
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS/PORTUGUÊS
JOELIA MACHADO AGUIAR
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Sobral
2013
JOELIA MACHADO AGUIAR
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Relatório apresentado como requisito parcial para a
conclusão da disciplina Estágio Supervisionado I do
curso de Licenciatura em Letras/Português da
Universidade Estadual Vale do Acaraú, orientado pelo
Professor Mestre José Raymundo F. Lins Junior.
Sobral
2013
FOLHA DE APROVAÇÂO
Critérios Nota
Cumprimento de Prazos (1,0)
Participação e frequência nas atividades (1,0)
Ortografia (2,0)
Coerência Textual (3,0)
Fundamentação (3,0)
Nota Final*
*Atenção: nota mínima para aprovação 7.
Observações:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Este relatório estabelece que a aluna JOELIA MACHADO AGUIAR foi devidamente
( ) aprovada
( ) reprovada na Disciplina Estágio Supervisionado I do curso de Letras/Português
da Universidade Estadual Vale do Acaraú , em 15 de Dezembro de 2013
_______________________________________________
Profº. Ms. José Raymundo F. Lins Junior
Orientador de Estágio
_________________________________________________
Profº. Ms. José Raymundo F. Lins Junior
Coordenador de Estágio Supervisionado
_________________________________________________
Profº. Maria Elisalene Alves dos Santos
Coordenadora do Curso de Letras
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, autor da vida, a minha família, ao
meu professor/orientador, aos meus colegas e a todos que me
incentivam na caminhada, e acreditam na minha capacidade de
crescimento.
AGRADECIMENTOS
A minha família, pelo incentivo, pelo carinho e por sempre me compreenderem
mediante aos desafios da vida.
Ao meu professor e orientador durante este semestre, Professor e Mestre José
Raymundo F. Lins Junior.
Às minhas amigas que estiveram na escola comigo, Siberi, Daiane e Livramento.
Aos alunos e todo núcleo gestor da E.M.E.F Raul Monte.
A todos que de alguma forma contribuíram significativamente para a realização
deste trabalho.
Obrigada a todos
EPÍGRAFE
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós
sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa.
Por isso aprendemos sempre.”
Paulo Freire
RESUMO
O presente relatório foi elaborado para a disciplina de Estágio Supervisionado I, está
fundamentado no relato das atividades de observação desenvolvidas junto à Escola
Municipal Raul Monte, atendendo assim a proposta da disciplina. A escola, que é de
ensino fundamental, está situada na Rua Maceió, 1 Alto da Brasília. O estágio
iniciou-se em 01 de Outubro de 2013 e terminou em 22 de Outubro de 2013,
constando 12 horas de observação, além do tempo dedicado aos encontros
presenciais e à elaboração deste relatório. As atividades de observação foram
supervisionadas pelo Professor e mestre José Raymundo F. Lins Junior.
Palavras-chave: Estágio supervisionado. Observações. Atividades
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
1.1 O ESTÁGIO
1.1.1 Aspectos legais
2. A ESCOLA
2.1 Identificação da escola e realidade dos alunos
2.2 Aspectos físicos
2.3 Professores, alunos e funcionários em geral.
3. FASE DE ORIENTAÇÃO ESPECÍFICA
4. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO
3.1 OBSERVAÇAO
3.2 RELATORIO DA OBSERVAÇAO
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
7. ANEXOS
1. INTRODUÇÃO
A educação é considerada como um dos setores mais importantes para o
desenvolvimento de um país. É através dela que os cidadãos produzem
conhecimentos e ajudam no crescimento pessoal e da nação em que vivem. Nesta
perspectiva, o estágio proporciona a inserção do acadêmico na realidade
educacional do país, colocando-o em contato direto com a comunidade escolar e
com a vivência diária de um estabelecimento escolar. É o interagir, entre a teoria e a
prática.
A partir dos objetivos propostos pela disciplina, este trabalho busca apresentar
informações que foram adquiridas por meio das observações feitas no decorrer do
período de 10 a 22 de Outubro de 2013 na disciplina de Estagio Supervisionado I.
Essas observações foram realizadas com alunos, professores, merendeiras e
direção da Escola de ensino Fundamental Raul Monte, situada na Rua Maceió, 1
Alto da Brasília no município de Sobral. Este trabalho abordará um pouco a
realidade da educação nesta instituição de ensino, a rotina escolar docente e
discente, o ambiente escolar, e o empenho de toda comunidade escolar nas
atividades.
Neste trabalho serão relatadas além das atividades de observação
desenvolvidas durante o estágio, as atividades de orientação desenvolvidas nos
encontros presenciais da disciplina. A partir destas observações, nota-se que o
estágio possibilita aos futuros professores a compreensão das ações praticadas
dentro da instituição, por meio das observações, dando uma prévia da realidade,
como também do que queremos realmente para a preparação à inserção
profissional, uma relação contínua entre teória-prática que tende a se aprofundar
mais com o contato ao ambiente escolar.
Partindo desse pressuposto, faz-se necessário que a educação seja levada a
sério e que essa teoria e prática mencionada caminhem juntas em favor de
possibilitar a compreensão do aluno, e que esta educação tenha efeito significativo
em sua vida.
1.1ESTÁGIO
A definição etimológica do termo ESTÁGIO, recorrendo ao dicionário, é:
Estágio s.m. Período de estudo prático exigido dos candidatos
ao exercício de certas profissões liberais: Estágio de
engenharia; estágio pedagógico. /Período probatório, durante o
qual uma pessoa exerce uma atividade temporária em uma
empresa. / Aprendizagem, experiência.
Portanto, estágio supervisionado, é qualquer atividade que propicie ao aluno
adquirir experiência profissional específica e que contribua, de forma eficaz e
contínua para sua formação e inserção no mercado de trabalho. Tendo como
objetivo proporcionar ao aluno a oportunidade de aplicar seus conhecimentos
acadêmicos em situações da prática profissional, criando a possibilidade do
exercício de suas habilidades.
Segundo Alarcão (1996), o estágio deve ser considerado tão importante como
os outros conteúdos curriculares. Sendo uma disciplina prática do processo de
ensino- aprendizagem obrigatória para todos os alunos dos cursos que exijam em
sua grade curricular tal requisito, observadas as disposições curriculares, o estágio
pedagógico é a disciplina em que o discente (acadêmico) irá desenvolver seus
conhecimentos, correlacionando a teoria e a prática, fazendo assim, de inicio uma
observação do ambiente escolar e tudo que está a sua volta.
Com isso, nota-se que o Estágio Supervisionado é imprescindível na formação
docente. Para Nóvoa (1992, p. 38). “a formação não se constrói por acumulação (de
cursos, de conhecimento ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de
reflexão crítica sobre práticas e de (re) construção permanente de uma identidade
pessoal.”
O Estágio é uma forma de aproximar os alunos (acadêmicos) das
necessidades do mundo, criando oportunidades de exercitar a prática profissional,
além de enriquecer e atualizar a sua formação acadêmica. Sendo um momento de
grande importância no processo de formação profissional, possibilita ao estudante
vivenciar na prática aquilo que é estudando durante o curso. Por meio dele, o
estudante pode perceber as diferenças do mundo organizacional e exercitar sua
adaptação ao mercado de trabalho.
O estágio funciona como uma “janela do futuro”, tem cumprido de forma
eficiente o papel de elo entre os mundos acadêmico e profissional ao possibilitar ao
acadêmico a oportunidade de conhecimento das diretrizes e do funcionamento das
organizações e suas inter-relações com a comunidade.
Para melhor compreensão sobre o estágio e a diferença entre Estágio
Supervisionado de Estágio Profissional Passerini (2007) esclarece que:
O Estágio Curricular Supervisionado é aquele em que o futuro
profissional toma o campo de atuação como objeto de estudo, de
investigação, de análise e de interpretação crítica, embasando-se no que é
estudado nas disciplinas do curso, indo além do chamado Estágio
Profissional, aquele que busca inserir o futuro profissional no campo de
trabalho de modo que este treine as rotinas de atuação. (PASSERINI 2007,
p. 30)
1.1.1. ASPECTOS LEGAIS
1ª Portaria 1002-29/09/1967-Ministro do trabalho Jarbas Passarinho: Retira a
natureza de vinculo empregatício.
A Lei Federal nº 6.497/77 regulamentou os estágios profissionais
supervisionados na educação superior, no ensino de segundo grau (técnico) e no
ensino supletivo profissionalizante.
O Decreto Federal nº 87.497/82 regulamentou a Lei Federal nº 6.494/77,
caracterizando claramente o estágio supervisionado como “estágio curricular”,
vinculado com a prática escolar do educando e não como um simples apêndice da
atividade escolar, como se fosse uma “atividade extracurricular ” .
A Lei que define as Diretrizes e Bases da Educação no Brasil (Lei 9394 / 96),
de 20 de dezembro de 1996, refere-se ao estágio.
No Título VIII: Das Disposições Gerais, em seu artigo 82:
Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a realização dos estágios dos alunos
regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisprudência.
No Parágrafo único complementa:
O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelece vínculo empregatício, podendo
o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura
previdenciária prevista na legislação específica.
O Estágio Supervisionado obedece às determinações legais. Está
fundamentado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96)
Art. 65, Art. 82, Parecer CNE/CP 9/2001 e respectiva Resolução, Art.61 da LDB e
outras recomendações do CNE, bem como à Resolução CNE/CP nº 2/fev/2002.
A Lei Nº 11.788, de 25 de Setembro de 2008:
Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23
de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de
agosto de 2001; e dá outras providências.
2. ESCOLA
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA E REALIDADE DOS ALUNOS
A Escola Municipal Raul Monte está situada na Rua Maceió, no bairro alto da
Brasília, no município de Sobral. A Unidade de Ensino atinge um público discente
diversificado, sendo, porém os alunos de baixa renda em maior número; os alunos
possuem uma bagagem social carente e vulnerável à problemática social que atinge
toda realidade mundial: a violência, as drogas e outros vícios que causam
dependência, porém o corpo docente e administrativo pedagógico da escola contam
com o apoio dos pais para uma participação mais ativa dentro da escola, o que tem
contribuído muito para a diminuição da violência e o rendimento do aluno em seu
contexto escolar e social. Os alunos são todos do mesmo bairro.
2.2 ASPECTOS FÍSICOS
A Escola Raul Monte possui em sua estrutura doze salas de aula, uma
biblioteca, um laboratório de Informática, uma sala de professores, uma secretaria,
uma diretoria, uma cantina, um depósito, uma quadra poliesportiva, um banheiro
para os alunos do sexo masculino e um para as do sexo feminino e uma sala para o
AEE (Atendimento Educacional Especializado).
A escola até o momento está em estado regular de conservação, mesmo
com alguns empecilhos em portas e fechaduras, algumas janelas quebradas e
rabiscadas, as paredes de algumas salas de aulas estão riscadas pelos alunos. As
salas de aula são iluminadas por lâmpadas fluorescentes, e possuem um ventilador.
A parte externa também possui fluorescente, assim como na biblioteca, na
secretaria, na sala dos professores e nas outras dependências da escola.
Os meios de comunicação utilizados pela escola são o telefone e a Internet. O
Laboratório de Informática possui vinte computadores e uma impressora, porém no
momento não se encontra em funcionamento.
A escola possui recursos de multimídia: televisores, DVD, retroprojetor, todos
esses equipamentos são usados para facilitar o trabalho dos professores e assim,
inovarem em suas aulas, e consequentemente despertarão o desejo e o interesse
dos alunos, fazendo-os participantes e não meros ouvintes.
2.3 PROFESSSORES, ALUNOS E FUNCIONARIOS EM GERAL.
De um modo geral, trata-se de uma instituição com professores e
coordenadores compromissados com o processo ensino/aprendizagem, conscientes
de que a teoria não é a única ferramenta que formará um bom profissional.Portanto,
não basta saber somente a teoria, ou boa parte dos conteúdos, mas, também, é
preciso que a formação se dê, como bem menciona Reis e Fiorentini (2007), por
meio “de leituras, de realização de projetos, de trocas de experiências, de
investigações sobre a própria prática, de reflexões sobre experiências passadas e
presentes, como aluno, no contato com outras pessoas (pais, alunos), com o
mundo”(REIS e FIORENTINI, 2007, p. 4).
Com o apoio da Prefeitura Municipal de Sobral, o núcleo gestor da escola,
busca incentivar os alunos por meio de projetos e premiações.
DISCENTES
A escola possui 745 alunos, divididos em turnos diferentes. Nos turnos
matutino e vespertino funcionam as turmas de 6° ao 9° ano. Já no turno da noite,
funciona o EJA (Educação de Jovens e Adultos). Nos sábados funciona um reforço
escolar para as todas as turmas.
DOCENTES E NÚCLEO GESTOR
No momento a escola possui 20(vinte) professores, sendo apenas 8 (oito)
concursados 12 (doze) temporários.O núcleo gestor é formado por 3 (três)
coordenadoras, 1 (uma) secretária e 1 (uma) diretora.As coordenadoras atuam nas
seguintes áreas:
Flávia: Linguagens e códigos
Fabiana: Matemática e Tecnologia
Chandala: Ciências Humanas
FUNCIONÁRIOS EM GERAL
A escola possui 04(quatro) vigias, os quais reversam durante o dia e a noite.
Possui 07(sete) auxiliares de serviços e 3 (três) cozinheiras,as quais são
responsáveis pela merenda escolar.
3. FASE DE ORIENTAÇÃO ESPECÍFICA
As aulas teóricas da disciplina de Estágio Supervisionado I, ministradas pelo
professor e orientador José Lins, foram de máxima importância para o embasamento
teórico, contribuindo assim também para minha formação acadêmica e meu
crescimento como docente, pois mesmo atuando em séries iniciais já vivo os
grandes desafios que todo professor enfrenta diariamente.
Logo nas primeiras aulas, o professor falou sobre a importância da disciplina,
tal qual é indissociável da prática. O professor destacou que o estágio deve ser
devidamente comprovado pelo relatório de estágio supervisionado entregue dentro
dos padrões estabelecidos e com todos os anexos determinados, e que sua
aprovação é condição indispensável para que o aluno seja diplomado, pois no
estágio o acadêmico tem a oportunidade de conciliar pratica e teoria. Como bem
mencionou o professor, primeiramente deve-se ter a teoria, obter um maior
conhecimento da realidade para poder ir para a prática. Neste raciocínio, Garrido
(2004), destaca que:
O estágio abre possibilidade para os professores orientadores
proporem a mobilização de pesquisa para ampliar a compreensão das
situações vivenciadas e observadas nas escolas, nos sistemas de ensino e
nas demais situações ou estimularem a partir dessa vivência, conforme
retomadas nesse texto, mostram sua fertilidade para a realização do estágio
como pesquisa e pesquisa como estágio. (PIMENTA, pág.51 2004)
O professor comentou sobre as escolas, fichas, frequências, ementas, cargas
horárias e um seminário que deveríamos apresentar em sala, a turma foi dividida em
grupos e cada grupo ficou com um texto escolhido pelo professor. Em uma conversa
sobre as escolas selecionadas para o estágio, o professor recebeu a ficha de
inscrição na qual tinha os nossos dados, informações e o nome da escola escolhida
por cada acadêmico. Ao analisar as fichas de todos os acadêmicos para realização
do estágio nas escolas, mostrou a necessidade dos mesmos estarem cumprindo a
carga horária de no máximo 13 hrs e logo após teríamos quase 2 meses para
prepararmos o relatório, o professor destacou e se comprometeu, devido todos os
estágios serem realizados no município de Sobral,este, visitaria as instituições a fim
de confirmar se os estagiários estariam realmente cumprindo suas obrigações.
Nas aulas seguintes iniciaram-se as apresentações das equipes, a cada dia
apresentava-se entre duas e três equipes. Após as apresentações eram feitos
questionamentos sobre o texto apresentado, indagações dos acadêmicos e do
professor eram expostas, todas voltadas para a formação docente e os desafios
enfrentados pelo professor, como bem nos é apresentado no texto 4: As
competências para ensinar no século xxi (a formação dos professores e o desafio da
avaliação) onde Perrenoud, retrata as reformas atuais que confrontam os
professores, e os mesmos devem assumir diversos desafios diferentes dos que
caracterizam o contexto escolar.
O contexto escolar é parte integrante dos conhecimentos dos
professores e inclui, entre outros, conhecimentos sobre os estilos de
aprendizagem dos alunos, seus interesses, necessidades e dificuldades,
além de um repertório de técnicas de ensino e de competências de gestão
de sala de aula. (SBEM, 2003, p. 21)
Com o término das apresentações, o professor deu um tempo para
prepararmos o relatório, porém estaria alguns dias do mês de novembro em horário
de aula na universidade para esclarecimento de dúvidas, e por meio de uma
mensagem no sistema, confirmou o dia de entrega do relatório.
Com isso, já posso destacar que tudo fora de suma importância, pois se trata
de uma oportunidade de formação, onde pude ver o cotidiano da escola e,
consequentemente um olhar sobre a educação.
Passerini (2007) nos afirma que:
o processo de formação do professor é contínuo, inicia-se antes
mesmo do curso de graduação, nas interações com os atores que fizeram e
fazem parte de sua formação. E este processo sofre influência dos
acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos modos
de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor
está inserido. (PASSERINI, 2007, p. 18)
Mesmo sendo um estágio apenas de observação, pude conhecer um pouco da
realidade dos alunos, e a partir dos meus conhecimentos teóricos adquiridos na
universidade e o ponto de vista dos autores usados para embasamento tive a
oportunidade de observar a situação em que se encontra a instituição, assumindo
assim um papel ativo, com agregados valores para minha formação docente,
objetivando o crescimento pessoal e profissional.
4. DESENVOLVIMENTO
4.1 OBSERVAÇÃO
O estágio de observação é componente essencial para a formação acadêmica,
neste, deve-se manter uma postura investigativa, de atenta escuta interior e exterior.
O estágio de observação é o ponto de partida para que um exercício docente
alcance resultados significativos. Compreender a escola em seu cotidiano é
condição para qualquer projeto de estágio, pois o ato de ensinar requer um trabalho
específico, com reflexão mais ampla sobre a ação pedagógica que ali se
desenvolve.
A observação do contexto escolar, no qual pude atuar, possibilitou uma
compreensão inicial do processo educativo daquele espaço, permitindo refletir sobre
as interações e comportamentos desempenhados. Neste espaço de tempo de
realização do estágio de observação, foi possível coletar informações que foram
contextualizadas, permitindo produzir novos conhecimentos sobre a docência.
Por meio do estágio entramos em nosso futuro campo de atuação e é lá que
temos contato com os alunos, com a realidade da sala de aula, com o sistema
educacional e, ainda, com os futuros colegas de profissão, em quem, algumas
vezes, tomamos como referências, boas ou não, para a prática pedagógica.
É portanto, o Estágio, uma importante parte integradora do currículo, a parte
em que o licenciando vai assumir pela primeira vez a sua identidade
profissional e sentir na pele o compromisso com o aluno, com sua família,
com sua comunidade com a instituição escolar, que representa sua inclusão
civilizatória, com a produção conjunta de significados em sala de aula, com
a democracia, com o sentido de profissionalismo que implique competência
fazer bem o que lhe compete. (ANDRADE, 2005, pág.2).
4.2 RELATÓRIO DA OBSERVAÇÃO
Fiz o primeiro contato com a escola por meio de uma conversa com a diretora e
apresentação da carta de estágio, pelo qual obtive a aprovação oral imediata no
estabelecimento de ensino. O estagio de observação iniciava-se a partir das 13:00
hrs, ao entrar na escola recebia as boas vindas da coordenadora e ficava no pátio
fazendo algumas observações. A chegada ao espaço escolar foi tranquila e a
recepção amistosa desde o primeiro dia.
Os primeiros passos dados referiram-se às explicações sobre a dinâmica do
estágio, que correspondia ao levantamento de informações, através de conversas
com os responsáveis, das particularidades, atribuições e opiniões dos setores
escolares. De inicio fiz um questionário de levantamento das principais informações
sobre a escola, nome, telefone, equipe diretiva, número de alunos, e outras
informações que serviram para me situar e perceber, numa primeira impressão, as
particularidades da escola pesquisada. Logo no primeiro dia conheci a sala da
diretora, a secretaria e a sala dos professores.
A sequência das tarefas se deu mediante conversas com os responsáveis pela
direção, coordenação pedagógica, setores de merenda escolar, de limpeza, de
Informática, biblioteca escolar e a professora do AEE. No período também foi
realizada uma observação do intervalo escolar e dos acontecimentos que ocorreram
neste. Interessa-me neste momento registrar que me senti estranha no ambiente,
inserida numa realidade nova, contando com pessoas, de certa forma
desconhecidas, e que desempenhavam tarefas diferentes das que eu estava
acostumada a acompanhar. Os estudantes que frequentavam o espaço escolar na
data da observação me olharam curiosos algumas garotas se aproximavam e
interrogavam o motivo de minha visita.
O contato com os alunos me permitiu perceber que a realidade cotidiana fora
da escola é diferente da realidade vivenciada nesta. Os desafios a serem
enfrentados pelos educadores nas próximas décadas, por que não dizer no século
XXI, são enormes.
Problemas rotineiros de indisciplina são encaminhados à direção da escola,
que por sua vez intervém situações problemas entre professores-alunos e alunos-
alunos, sendo que na maioria das vezes é obtido êxito nas soluções; casos raros de
extrema indisciplina possibilitando uma iminente violência são tratados em parceria
com o Conselho Tutelar do município.
Por meio de uma das conversas que tive com a diretora já pude conhecer de
inicio, um pouco da realidade escolar, as atividades, projetos e premiações da
escola. A direção da escola, além de coordenar todas as atividades administrativas
do estabelecimento, desdobra-se em múltiplas outras tarefas, tais como observação
e assistência nos intervalos escolares, representação oficial da escola, supervisão
escolar, auxílio na elaboração da merenda escolar, junto com uma nutricionista que
faz visitas mensais na escola, a qual pôde presenciar a do mês de Outubro.
Dentre tantos projetos desenvolvidos na escola, destaca-se a Jornada
Ampliada, um projeto que abrange várias atividades como: Dança, teatro, arte, roda
de leitura e capoeira.
A escola não apresentou PPP (Projeto Político Pedagógico), mas forneceu
diversas informações orais. A escola participa de conferências municipais, estaduais
e federais. Em 2012 recebeu o prêmio nota 10, se destacando como umas melhores
escolas do estado de Ceará. Como incentivo aos alunos à escola promove passeios,
premiações, gincanas e diversas atividades que despertam nos discentes o desejo
de aprender e interagir com a escola nos projetos.
Quanto aos docentes todos participam de uma formação mensal e recebem
assistência das coordenadoras na prática das atividades escolares, recebem auxílio
nos diagnósticos de leitura, aplicação de simulados e organização dos alunos. A
escola apresenta um quadro de 20(vinte) professores, sendo apenas 8(oito)
concursados.Nas suas aulas,os docentes utilizam-se de metodologias diversas
como: pesquisa na biblioteca, livros didáticos, dinâmicas, jogos didáticos, palestras,
grupos de estudos, reforços escolares, atividades impressas, entre outras.
A partir destas observações e da importância que o professor tem na formação
do cidadão, nota-se a necessidade de investimento e valorização de sua formação,
pois este exerce papel fundamental na educação, como bem menciona Demo (2000)
“a formação do profissional docente representa papel preponderante no que tange à
qualidade da educação, pois “a qualidade da educação depende, em primeiro lugar,
da qualidade do professor” (DEMO, 2000, p. 272).
A escola é vista como espaço importante neste exercício de educar. No entanto
é preciso deixar claro que a escola é influenciada por diferentes fatores além-muros,
sendo de fundamental importância à compreensão do significado desses fatores
para o dia-a-dia da escola, que com o auxilio das novas legislações, a nova LDB,
possibilitam a compreensão da realidade escolar, pois estas legislações
"determinam" a forma de organizar e de fazer a educação em nosso país.
5. CONSIDERAÇOES FINAIS
A experiência adquirida com a Prática do Estágio Supervisionado I
proporcionou a mim uma reflexão sobre como é a realidade escolar, mesmo sendo
apenas uma observação, pude conhecer também a realidade do docente em sala de
aula, de onde foram tiradas lições que irão servir de base para meu futuro, na
certeza de que, como educadora, preciso melhorar os métodos de ensino para
facilitar a vida dos discentes enquanto professora e aprendiz.
O professor deve sempre estar se aperfeiçoando de forma contínua, sendo
assim consciente de que ele é um agente transformador e que não pode estar à
frente na formação de alguém se não levar a sério a sua própria formação,e a
instituição de ensino tem papel importante nesta formação, pois esta, cumpre a
importante função de socializar, tanto dos docentes quanto dos discentes, no
desenvolvimento e na construção de novos saberes.
Mesmo estando dentro da universidade, participando ativamente das aulas,
sendo conhecedora da teoria, isto não é o suficiente, por isso necessita-se do
estágio, para uma prática eficaz. Conhecendo a escola e tudo que a compõe, ficou
percebível a necessidade de sempre estar em busca de novos conhecimentos, criar
e recriar novas técnicas para que os aprendizes não sejam meros repetidores e sim
construtores de conhecimentos,e isto só será capaz por meio de uma formação
eficaz,vivenciada além das paredes da universidade.
Portanto, esta disciplina Estágio Supervisionado I, Este Estágio foi de grande
importância em minha formação, pois mesmo já estando atuando no magistério,
pude conhecer outra realidade escolar, conviver com pessoas diferentes e criar
laços de aprendizagem, pois a cada ida a escola, a cada conversa coversa com o
núcleo gestor, com os alunos e funcionários, novos conhecimentos e saberes eram
adquiridos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PIMENTA, Selma Garrido. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
Acesso em 05 Dez. 2013:
www.prg.unicamp.br/ccg/subformacaoprofessores/SBEM_licenciatura.pdf;
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96). In:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Médio. Parâmetros
Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMT, 1999a. p. 39-57.
ANDRADE, Arnon Mascarenhas de Andrade. O Estágio Supervisionado e a Práxis
Docente. In: SILVA, Maria Lucia Santos Ferreira da. (Org.). Estágio Curricular:
Contribuições para o Redimensionamento de sua Prática. Natal: EdUFRN, 2005.
Disponível em: www.educ.ufrn.br/arnon/estagio.pdf; acesso em: 05 de Dez. 2013.
PASSERINI, Gislaine Alexandre. O estágio supervisionado na formação inicial
de professores de matemática na ótica de estudantes do curso de licenciatura
em matemática da UEL. 121f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e
Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina. Londrina: UEL, 2007
REIS, Maria Elídia Teixeira; FIORENTINI, Dario. Desenvolvimento profissional em
saberes e práticas num curso de licenciatura em Matemática para professores em
serviço. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 30, Caxambu, MG. Anais da 30ª
Reunião Anual da ANPEd: 30 anos de pesquisa e compromisso social. Rio de
Janeiro: ANPEd, 2007. v. 1. p. 1-17.
DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
p.272
7. ANEXOS
FOTO 1: Frente da Escola Raul Monte
FOTO 2:Vista aérea da Escola Raul Monte
H

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  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO. CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS/PORTUGUÊS JOELIA MACHADO AGUIAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Sobral 2013
  • 2. JOELIA MACHADO AGUIAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Relatório apresentado como requisito parcial para a conclusão da disciplina Estágio Supervisionado I do curso de Licenciatura em Letras/Português da Universidade Estadual Vale do Acaraú, orientado pelo Professor Mestre José Raymundo F. Lins Junior. Sobral 2013
  • 3. FOLHA DE APROVAÇÂO Critérios Nota Cumprimento de Prazos (1,0) Participação e frequência nas atividades (1,0) Ortografia (2,0) Coerência Textual (3,0) Fundamentação (3,0) Nota Final* *Atenção: nota mínima para aprovação 7. Observações: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Este relatório estabelece que a aluna JOELIA MACHADO AGUIAR foi devidamente ( ) aprovada ( ) reprovada na Disciplina Estágio Supervisionado I do curso de Letras/Português da Universidade Estadual Vale do Acaraú , em 15 de Dezembro de 2013 _______________________________________________ Profº. Ms. José Raymundo F. Lins Junior Orientador de Estágio _________________________________________________ Profº. Ms. José Raymundo F. Lins Junior Coordenador de Estágio Supervisionado _________________________________________________ Profº. Maria Elisalene Alves dos Santos
  • 4. Coordenadora do Curso de Letras DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus, autor da vida, a minha família, ao meu professor/orientador, aos meus colegas e a todos que me incentivam na caminhada, e acreditam na minha capacidade de crescimento.
  • 5. AGRADECIMENTOS A minha família, pelo incentivo, pelo carinho e por sempre me compreenderem mediante aos desafios da vida. Ao meu professor e orientador durante este semestre, Professor e Mestre José Raymundo F. Lins Junior. Às minhas amigas que estiveram na escola comigo, Siberi, Daiane e Livramento. Aos alunos e todo núcleo gestor da E.M.E.F Raul Monte. A todos que de alguma forma contribuíram significativamente para a realização deste trabalho. Obrigada a todos
  • 6. EPÍGRAFE “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” Paulo Freire
  • 7. RESUMO O presente relatório foi elaborado para a disciplina de Estágio Supervisionado I, está fundamentado no relato das atividades de observação desenvolvidas junto à Escola Municipal Raul Monte, atendendo assim a proposta da disciplina. A escola, que é de ensino fundamental, está situada na Rua Maceió, 1 Alto da Brasília. O estágio iniciou-se em 01 de Outubro de 2013 e terminou em 22 de Outubro de 2013, constando 12 horas de observação, além do tempo dedicado aos encontros presenciais e à elaboração deste relatório. As atividades de observação foram supervisionadas pelo Professor e mestre José Raymundo F. Lins Junior. Palavras-chave: Estágio supervisionado. Observações. Atividades
  • 8. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 O ESTÁGIO 1.1.1 Aspectos legais 2. A ESCOLA 2.1 Identificação da escola e realidade dos alunos 2.2 Aspectos físicos 2.3 Professores, alunos e funcionários em geral. 3. FASE DE ORIENTAÇÃO ESPECÍFICA 4. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 3.1 OBSERVAÇAO 3.2 RELATORIO DA OBSERVAÇAO 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 6. REFERÊNCIAS 7. ANEXOS
  • 9. 1. INTRODUÇÃO A educação é considerada como um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de um país. É através dela que os cidadãos produzem conhecimentos e ajudam no crescimento pessoal e da nação em que vivem. Nesta perspectiva, o estágio proporciona a inserção do acadêmico na realidade educacional do país, colocando-o em contato direto com a comunidade escolar e com a vivência diária de um estabelecimento escolar. É o interagir, entre a teoria e a prática. A partir dos objetivos propostos pela disciplina, este trabalho busca apresentar informações que foram adquiridas por meio das observações feitas no decorrer do período de 10 a 22 de Outubro de 2013 na disciplina de Estagio Supervisionado I. Essas observações foram realizadas com alunos, professores, merendeiras e direção da Escola de ensino Fundamental Raul Monte, situada na Rua Maceió, 1 Alto da Brasília no município de Sobral. Este trabalho abordará um pouco a realidade da educação nesta instituição de ensino, a rotina escolar docente e discente, o ambiente escolar, e o empenho de toda comunidade escolar nas atividades. Neste trabalho serão relatadas além das atividades de observação desenvolvidas durante o estágio, as atividades de orientação desenvolvidas nos encontros presenciais da disciplina. A partir destas observações, nota-se que o estágio possibilita aos futuros professores a compreensão das ações praticadas dentro da instituição, por meio das observações, dando uma prévia da realidade, como também do que queremos realmente para a preparação à inserção profissional, uma relação contínua entre teória-prática que tende a se aprofundar mais com o contato ao ambiente escolar. Partindo desse pressuposto, faz-se necessário que a educação seja levada a sério e que essa teoria e prática mencionada caminhem juntas em favor de possibilitar a compreensão do aluno, e que esta educação tenha efeito significativo em sua vida.
  • 10. 1.1ESTÁGIO A definição etimológica do termo ESTÁGIO, recorrendo ao dicionário, é: Estágio s.m. Período de estudo prático exigido dos candidatos ao exercício de certas profissões liberais: Estágio de engenharia; estágio pedagógico. /Período probatório, durante o qual uma pessoa exerce uma atividade temporária em uma empresa. / Aprendizagem, experiência. Portanto, estágio supervisionado, é qualquer atividade que propicie ao aluno adquirir experiência profissional específica e que contribua, de forma eficaz e contínua para sua formação e inserção no mercado de trabalho. Tendo como objetivo proporcionar ao aluno a oportunidade de aplicar seus conhecimentos acadêmicos em situações da prática profissional, criando a possibilidade do exercício de suas habilidades. Segundo Alarcão (1996), o estágio deve ser considerado tão importante como os outros conteúdos curriculares. Sendo uma disciplina prática do processo de ensino- aprendizagem obrigatória para todos os alunos dos cursos que exijam em sua grade curricular tal requisito, observadas as disposições curriculares, o estágio pedagógico é a disciplina em que o discente (acadêmico) irá desenvolver seus conhecimentos, correlacionando a teoria e a prática, fazendo assim, de inicio uma observação do ambiente escolar e tudo que está a sua volta. Com isso, nota-se que o Estágio Supervisionado é imprescindível na formação docente. Para Nóvoa (1992, p. 38). “a formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimento ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexão crítica sobre práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal.” O Estágio é uma forma de aproximar os alunos (acadêmicos) das necessidades do mundo, criando oportunidades de exercitar a prática profissional, além de enriquecer e atualizar a sua formação acadêmica. Sendo um momento de grande importância no processo de formação profissional, possibilita ao estudante vivenciar na prática aquilo que é estudando durante o curso. Por meio dele, o
  • 11. estudante pode perceber as diferenças do mundo organizacional e exercitar sua adaptação ao mercado de trabalho. O estágio funciona como uma “janela do futuro”, tem cumprido de forma eficiente o papel de elo entre os mundos acadêmico e profissional ao possibilitar ao acadêmico a oportunidade de conhecimento das diretrizes e do funcionamento das organizações e suas inter-relações com a comunidade. Para melhor compreensão sobre o estágio e a diferença entre Estágio Supervisionado de Estágio Profissional Passerini (2007) esclarece que: O Estágio Curricular Supervisionado é aquele em que o futuro profissional toma o campo de atuação como objeto de estudo, de investigação, de análise e de interpretação crítica, embasando-se no que é estudado nas disciplinas do curso, indo além do chamado Estágio Profissional, aquele que busca inserir o futuro profissional no campo de trabalho de modo que este treine as rotinas de atuação. (PASSERINI 2007, p. 30) 1.1.1. ASPECTOS LEGAIS 1ª Portaria 1002-29/09/1967-Ministro do trabalho Jarbas Passarinho: Retira a natureza de vinculo empregatício. A Lei Federal nº 6.497/77 regulamentou os estágios profissionais supervisionados na educação superior, no ensino de segundo grau (técnico) e no ensino supletivo profissionalizante. O Decreto Federal nº 87.497/82 regulamentou a Lei Federal nº 6.494/77, caracterizando claramente o estágio supervisionado como “estágio curricular”, vinculado com a prática escolar do educando e não como um simples apêndice da atividade escolar, como se fosse uma “atividade extracurricular ” . A Lei que define as Diretrizes e Bases da Educação no Brasil (Lei 9394 / 96), de 20 de dezembro de 1996, refere-se ao estágio. No Título VIII: Das Disposições Gerais, em seu artigo 82: Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisprudência. No Parágrafo único complementa:
  • 12. O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelece vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na legislação específica. O Estágio Supervisionado obedece às determinações legais. Está fundamentado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) Art. 65, Art. 82, Parecer CNE/CP 9/2001 e respectiva Resolução, Art.61 da LDB e outras recomendações do CNE, bem como à Resolução CNE/CP nº 2/fev/2002. A Lei Nº 11.788, de 25 de Setembro de 2008: Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. 2. ESCOLA 2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA E REALIDADE DOS ALUNOS A Escola Municipal Raul Monte está situada na Rua Maceió, no bairro alto da Brasília, no município de Sobral. A Unidade de Ensino atinge um público discente diversificado, sendo, porém os alunos de baixa renda em maior número; os alunos possuem uma bagagem social carente e vulnerável à problemática social que atinge toda realidade mundial: a violência, as drogas e outros vícios que causam dependência, porém o corpo docente e administrativo pedagógico da escola contam com o apoio dos pais para uma participação mais ativa dentro da escola, o que tem contribuído muito para a diminuição da violência e o rendimento do aluno em seu contexto escolar e social. Os alunos são todos do mesmo bairro. 2.2 ASPECTOS FÍSICOS A Escola Raul Monte possui em sua estrutura doze salas de aula, uma biblioteca, um laboratório de Informática, uma sala de professores, uma secretaria, uma diretoria, uma cantina, um depósito, uma quadra poliesportiva, um banheiro
  • 13. para os alunos do sexo masculino e um para as do sexo feminino e uma sala para o AEE (Atendimento Educacional Especializado). A escola até o momento está em estado regular de conservação, mesmo com alguns empecilhos em portas e fechaduras, algumas janelas quebradas e rabiscadas, as paredes de algumas salas de aulas estão riscadas pelos alunos. As salas de aula são iluminadas por lâmpadas fluorescentes, e possuem um ventilador. A parte externa também possui fluorescente, assim como na biblioteca, na secretaria, na sala dos professores e nas outras dependências da escola. Os meios de comunicação utilizados pela escola são o telefone e a Internet. O Laboratório de Informática possui vinte computadores e uma impressora, porém no momento não se encontra em funcionamento. A escola possui recursos de multimídia: televisores, DVD, retroprojetor, todos esses equipamentos são usados para facilitar o trabalho dos professores e assim, inovarem em suas aulas, e consequentemente despertarão o desejo e o interesse dos alunos, fazendo-os participantes e não meros ouvintes. 2.3 PROFESSSORES, ALUNOS E FUNCIONARIOS EM GERAL. De um modo geral, trata-se de uma instituição com professores e coordenadores compromissados com o processo ensino/aprendizagem, conscientes de que a teoria não é a única ferramenta que formará um bom profissional.Portanto, não basta saber somente a teoria, ou boa parte dos conteúdos, mas, também, é preciso que a formação se dê, como bem menciona Reis e Fiorentini (2007), por meio “de leituras, de realização de projetos, de trocas de experiências, de investigações sobre a própria prática, de reflexões sobre experiências passadas e presentes, como aluno, no contato com outras pessoas (pais, alunos), com o mundo”(REIS e FIORENTINI, 2007, p. 4). Com o apoio da Prefeitura Municipal de Sobral, o núcleo gestor da escola, busca incentivar os alunos por meio de projetos e premiações. DISCENTES
  • 14. A escola possui 745 alunos, divididos em turnos diferentes. Nos turnos matutino e vespertino funcionam as turmas de 6° ao 9° ano. Já no turno da noite, funciona o EJA (Educação de Jovens e Adultos). Nos sábados funciona um reforço escolar para as todas as turmas. DOCENTES E NÚCLEO GESTOR No momento a escola possui 20(vinte) professores, sendo apenas 8 (oito) concursados 12 (doze) temporários.O núcleo gestor é formado por 3 (três) coordenadoras, 1 (uma) secretária e 1 (uma) diretora.As coordenadoras atuam nas seguintes áreas: Flávia: Linguagens e códigos Fabiana: Matemática e Tecnologia Chandala: Ciências Humanas FUNCIONÁRIOS EM GERAL A escola possui 04(quatro) vigias, os quais reversam durante o dia e a noite. Possui 07(sete) auxiliares de serviços e 3 (três) cozinheiras,as quais são responsáveis pela merenda escolar. 3. FASE DE ORIENTAÇÃO ESPECÍFICA As aulas teóricas da disciplina de Estágio Supervisionado I, ministradas pelo professor e orientador José Lins, foram de máxima importância para o embasamento teórico, contribuindo assim também para minha formação acadêmica e meu crescimento como docente, pois mesmo atuando em séries iniciais já vivo os grandes desafios que todo professor enfrenta diariamente. Logo nas primeiras aulas, o professor falou sobre a importância da disciplina, tal qual é indissociável da prática. O professor destacou que o estágio deve ser devidamente comprovado pelo relatório de estágio supervisionado entregue dentro dos padrões estabelecidos e com todos os anexos determinados, e que sua aprovação é condição indispensável para que o aluno seja diplomado, pois no estágio o acadêmico tem a oportunidade de conciliar pratica e teoria. Como bem
  • 15. mencionou o professor, primeiramente deve-se ter a teoria, obter um maior conhecimento da realidade para poder ir para a prática. Neste raciocínio, Garrido (2004), destaca que: O estágio abre possibilidade para os professores orientadores proporem a mobilização de pesquisa para ampliar a compreensão das situações vivenciadas e observadas nas escolas, nos sistemas de ensino e nas demais situações ou estimularem a partir dessa vivência, conforme retomadas nesse texto, mostram sua fertilidade para a realização do estágio como pesquisa e pesquisa como estágio. (PIMENTA, pág.51 2004) O professor comentou sobre as escolas, fichas, frequências, ementas, cargas horárias e um seminário que deveríamos apresentar em sala, a turma foi dividida em grupos e cada grupo ficou com um texto escolhido pelo professor. Em uma conversa sobre as escolas selecionadas para o estágio, o professor recebeu a ficha de inscrição na qual tinha os nossos dados, informações e o nome da escola escolhida por cada acadêmico. Ao analisar as fichas de todos os acadêmicos para realização do estágio nas escolas, mostrou a necessidade dos mesmos estarem cumprindo a carga horária de no máximo 13 hrs e logo após teríamos quase 2 meses para prepararmos o relatório, o professor destacou e se comprometeu, devido todos os estágios serem realizados no município de Sobral,este, visitaria as instituições a fim de confirmar se os estagiários estariam realmente cumprindo suas obrigações. Nas aulas seguintes iniciaram-se as apresentações das equipes, a cada dia apresentava-se entre duas e três equipes. Após as apresentações eram feitos questionamentos sobre o texto apresentado, indagações dos acadêmicos e do professor eram expostas, todas voltadas para a formação docente e os desafios enfrentados pelo professor, como bem nos é apresentado no texto 4: As competências para ensinar no século xxi (a formação dos professores e o desafio da avaliação) onde Perrenoud, retrata as reformas atuais que confrontam os professores, e os mesmos devem assumir diversos desafios diferentes dos que caracterizam o contexto escolar. O contexto escolar é parte integrante dos conhecimentos dos professores e inclui, entre outros, conhecimentos sobre os estilos de aprendizagem dos alunos, seus interesses, necessidades e dificuldades, além de um repertório de técnicas de ensino e de competências de gestão de sala de aula. (SBEM, 2003, p. 21)
  • 16. Com o término das apresentações, o professor deu um tempo para prepararmos o relatório, porém estaria alguns dias do mês de novembro em horário de aula na universidade para esclarecimento de dúvidas, e por meio de uma mensagem no sistema, confirmou o dia de entrega do relatório. Com isso, já posso destacar que tudo fora de suma importância, pois se trata de uma oportunidade de formação, onde pude ver o cotidiano da escola e, consequentemente um olhar sobre a educação. Passerini (2007) nos afirma que: o processo de formação do professor é contínuo, inicia-se antes mesmo do curso de graduação, nas interações com os atores que fizeram e fazem parte de sua formação. E este processo sofre influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos modos de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor está inserido. (PASSERINI, 2007, p. 18) Mesmo sendo um estágio apenas de observação, pude conhecer um pouco da realidade dos alunos, e a partir dos meus conhecimentos teóricos adquiridos na universidade e o ponto de vista dos autores usados para embasamento tive a oportunidade de observar a situação em que se encontra a instituição, assumindo assim um papel ativo, com agregados valores para minha formação docente, objetivando o crescimento pessoal e profissional. 4. DESENVOLVIMENTO 4.1 OBSERVAÇÃO O estágio de observação é componente essencial para a formação acadêmica, neste, deve-se manter uma postura investigativa, de atenta escuta interior e exterior. O estágio de observação é o ponto de partida para que um exercício docente alcance resultados significativos. Compreender a escola em seu cotidiano é condição para qualquer projeto de estágio, pois o ato de ensinar requer um trabalho específico, com reflexão mais ampla sobre a ação pedagógica que ali se desenvolve.
  • 17. A observação do contexto escolar, no qual pude atuar, possibilitou uma compreensão inicial do processo educativo daquele espaço, permitindo refletir sobre as interações e comportamentos desempenhados. Neste espaço de tempo de realização do estágio de observação, foi possível coletar informações que foram contextualizadas, permitindo produzir novos conhecimentos sobre a docência. Por meio do estágio entramos em nosso futuro campo de atuação e é lá que temos contato com os alunos, com a realidade da sala de aula, com o sistema educacional e, ainda, com os futuros colegas de profissão, em quem, algumas vezes, tomamos como referências, boas ou não, para a prática pedagógica. É portanto, o Estágio, uma importante parte integradora do currículo, a parte em que o licenciando vai assumir pela primeira vez a sua identidade profissional e sentir na pele o compromisso com o aluno, com sua família, com sua comunidade com a instituição escolar, que representa sua inclusão civilizatória, com a produção conjunta de significados em sala de aula, com a democracia, com o sentido de profissionalismo que implique competência fazer bem o que lhe compete. (ANDRADE, 2005, pág.2). 4.2 RELATÓRIO DA OBSERVAÇÃO Fiz o primeiro contato com a escola por meio de uma conversa com a diretora e apresentação da carta de estágio, pelo qual obtive a aprovação oral imediata no estabelecimento de ensino. O estagio de observação iniciava-se a partir das 13:00 hrs, ao entrar na escola recebia as boas vindas da coordenadora e ficava no pátio fazendo algumas observações. A chegada ao espaço escolar foi tranquila e a recepção amistosa desde o primeiro dia. Os primeiros passos dados referiram-se às explicações sobre a dinâmica do estágio, que correspondia ao levantamento de informações, através de conversas com os responsáveis, das particularidades, atribuições e opiniões dos setores escolares. De inicio fiz um questionário de levantamento das principais informações sobre a escola, nome, telefone, equipe diretiva, número de alunos, e outras informações que serviram para me situar e perceber, numa primeira impressão, as
  • 18. particularidades da escola pesquisada. Logo no primeiro dia conheci a sala da diretora, a secretaria e a sala dos professores. A sequência das tarefas se deu mediante conversas com os responsáveis pela direção, coordenação pedagógica, setores de merenda escolar, de limpeza, de Informática, biblioteca escolar e a professora do AEE. No período também foi realizada uma observação do intervalo escolar e dos acontecimentos que ocorreram neste. Interessa-me neste momento registrar que me senti estranha no ambiente, inserida numa realidade nova, contando com pessoas, de certa forma desconhecidas, e que desempenhavam tarefas diferentes das que eu estava acostumada a acompanhar. Os estudantes que frequentavam o espaço escolar na data da observação me olharam curiosos algumas garotas se aproximavam e interrogavam o motivo de minha visita. O contato com os alunos me permitiu perceber que a realidade cotidiana fora da escola é diferente da realidade vivenciada nesta. Os desafios a serem enfrentados pelos educadores nas próximas décadas, por que não dizer no século XXI, são enormes. Problemas rotineiros de indisciplina são encaminhados à direção da escola, que por sua vez intervém situações problemas entre professores-alunos e alunos- alunos, sendo que na maioria das vezes é obtido êxito nas soluções; casos raros de extrema indisciplina possibilitando uma iminente violência são tratados em parceria com o Conselho Tutelar do município. Por meio de uma das conversas que tive com a diretora já pude conhecer de inicio, um pouco da realidade escolar, as atividades, projetos e premiações da escola. A direção da escola, além de coordenar todas as atividades administrativas do estabelecimento, desdobra-se em múltiplas outras tarefas, tais como observação e assistência nos intervalos escolares, representação oficial da escola, supervisão escolar, auxílio na elaboração da merenda escolar, junto com uma nutricionista que faz visitas mensais na escola, a qual pôde presenciar a do mês de Outubro.
  • 19. Dentre tantos projetos desenvolvidos na escola, destaca-se a Jornada Ampliada, um projeto que abrange várias atividades como: Dança, teatro, arte, roda de leitura e capoeira. A escola não apresentou PPP (Projeto Político Pedagógico), mas forneceu diversas informações orais. A escola participa de conferências municipais, estaduais e federais. Em 2012 recebeu o prêmio nota 10, se destacando como umas melhores escolas do estado de Ceará. Como incentivo aos alunos à escola promove passeios, premiações, gincanas e diversas atividades que despertam nos discentes o desejo de aprender e interagir com a escola nos projetos. Quanto aos docentes todos participam de uma formação mensal e recebem assistência das coordenadoras na prática das atividades escolares, recebem auxílio nos diagnósticos de leitura, aplicação de simulados e organização dos alunos. A escola apresenta um quadro de 20(vinte) professores, sendo apenas 8(oito) concursados.Nas suas aulas,os docentes utilizam-se de metodologias diversas como: pesquisa na biblioteca, livros didáticos, dinâmicas, jogos didáticos, palestras, grupos de estudos, reforços escolares, atividades impressas, entre outras. A partir destas observações e da importância que o professor tem na formação do cidadão, nota-se a necessidade de investimento e valorização de sua formação, pois este exerce papel fundamental na educação, como bem menciona Demo (2000) “a formação do profissional docente representa papel preponderante no que tange à qualidade da educação, pois “a qualidade da educação depende, em primeiro lugar, da qualidade do professor” (DEMO, 2000, p. 272). A escola é vista como espaço importante neste exercício de educar. No entanto é preciso deixar claro que a escola é influenciada por diferentes fatores além-muros, sendo de fundamental importância à compreensão do significado desses fatores para o dia-a-dia da escola, que com o auxilio das novas legislações, a nova LDB, possibilitam a compreensão da realidade escolar, pois estas legislações "determinam" a forma de organizar e de fazer a educação em nosso país.
  • 20. 5. CONSIDERAÇOES FINAIS A experiência adquirida com a Prática do Estágio Supervisionado I proporcionou a mim uma reflexão sobre como é a realidade escolar, mesmo sendo apenas uma observação, pude conhecer também a realidade do docente em sala de aula, de onde foram tiradas lições que irão servir de base para meu futuro, na certeza de que, como educadora, preciso melhorar os métodos de ensino para facilitar a vida dos discentes enquanto professora e aprendiz. O professor deve sempre estar se aperfeiçoando de forma contínua, sendo assim consciente de que ele é um agente transformador e que não pode estar à frente na formação de alguém se não levar a sério a sua própria formação,e a instituição de ensino tem papel importante nesta formação, pois esta, cumpre a importante função de socializar, tanto dos docentes quanto dos discentes, no desenvolvimento e na construção de novos saberes. Mesmo estando dentro da universidade, participando ativamente das aulas, sendo conhecedora da teoria, isto não é o suficiente, por isso necessita-se do estágio, para uma prática eficaz. Conhecendo a escola e tudo que a compõe, ficou percebível a necessidade de sempre estar em busca de novos conhecimentos, criar e recriar novas técnicas para que os aprendizes não sejam meros repetidores e sim construtores de conhecimentos,e isto só será capaz por meio de uma formação eficaz,vivenciada além das paredes da universidade. Portanto, esta disciplina Estágio Supervisionado I, Este Estágio foi de grande importância em minha formação, pois mesmo já estando atuando no magistério, pude conhecer outra realidade escolar, conviver com pessoas diferentes e criar laços de aprendizagem, pois a cada ida a escola, a cada conversa coversa com o núcleo gestor, com os alunos e funcionários, novos conhecimentos e saberes eram adquiridos.
  • 21. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PIMENTA, Selma Garrido. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. Acesso em 05 Dez. 2013: www.prg.unicamp.br/ccg/subformacaoprofessores/SBEM_licenciatura.pdf; BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96). In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Médio. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMT, 1999a. p. 39-57. ANDRADE, Arnon Mascarenhas de Andrade. O Estágio Supervisionado e a Práxis Docente. In: SILVA, Maria Lucia Santos Ferreira da. (Org.). Estágio Curricular: Contribuições para o Redimensionamento de sua Prática. Natal: EdUFRN, 2005. Disponível em: www.educ.ufrn.br/arnon/estagio.pdf; acesso em: 05 de Dez. 2013. PASSERINI, Gislaine Alexandre. O estágio supervisionado na formação inicial de professores de matemática na ótica de estudantes do curso de licenciatura em matemática da UEL. 121f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina. Londrina: UEL, 2007 REIS, Maria Elídia Teixeira; FIORENTINI, Dario. Desenvolvimento profissional em saberes e práticas num curso de licenciatura em Matemática para professores em serviço. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 30, Caxambu, MG. Anais da 30ª Reunião Anual da ANPEd: 30 anos de pesquisa e compromisso social. Rio de Janeiro: ANPEd, 2007. v. 1. p. 1-17. DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p.272
  • 22. 7. ANEXOS FOTO 1: Frente da Escola Raul Monte FOTO 2:Vista aérea da Escola Raul Monte